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Page 1: Feec   curso de doutrinação

Curso de Doutrinação

Coordenação de Atividades Mediúnicas

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Page 2: Feec   curso de doutrinação

A DoutrinaçãoDt/01

Dt/02

Curso deDoutrinação

Doutrinador ou Esclarecedor ?

““Foi criada e desenvolvida por Allan Foi criada e desenvolvida por Allan Kardec Kardec para para substituir as prsubstituir as prááticas bticas báárbaras do exorcismo largamente rbaras do exorcismo largamente usadas na antiguidade.usadas na antiguidade.

Nas religiões, recorriaNas religiões, recorria--se a mse a méétodos de expulsão por todos de expulsão por meio de preces, objetos sagrados, como crucifixos, meio de preces, objetos sagrados, como crucifixos, relrelííquias, rosquias, rosáários, terrios, terçços, medalhas, os, medalhas, áágua benta, gua benta, ameaameaçças, xingos, queima de incensos e outros as, xingos, queima de incensos e outros ingredientes, pancadas e torturasingredientes, pancadas e torturas””. .

Segundo Herculano Pires, Segundo Herculano Pires, “é“é a ta téécnica cnica espespííritaritade afastar os Espde afastar os Espííritos ritos obsessores obsessores atravatravéés do s do esclarecimento doutrinesclarecimento doutrinááriorio””..

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Page 3: Feec   curso de doutrinação

““As pesquisas espAs pesquisas espííritas levaram ritas levaram KardecKardec a instituir e a instituir e praticar intensivamente a DOUTRINApraticar intensivamente a DOUTRINAÇÇÃO como forma ÃO como forma persuasiva de esclarecimento do persuasiva de esclarecimento do obsessorobsessor e do e do obsedado atravobsedado atravéés das s das Reuniões de Reuniões de DesobsessãoDesobsessão. . Ambos necessitam de esclarecimento evangAmbos necessitam de esclarecimento evangéélico para lico para superar os conflitos do passadosuperar os conflitos do passado””..

““Obsessor Obsessor e obsedado são tratados com amor e e obsedado são tratados com amor e compreensão como criaturas humanas e não como compreensão como criaturas humanas e não como algoz satânico e valgoz satânico e víítima inocentetima inocente””..

““Apegados Apegados àà matmatééria e ria e àà vida terrena, os vida terrena, os obsessores obsessores necessitam sentirnecessitam sentir--se seguros no meio medise seguros no meio mediúúnico, nico, envolvidos nos fluidos e emanaenvolvidos nos fluidos e emanaçções ões ectoplasmectoplasmááticas ticas da da sessão, para poderem conversar de maneira proveitosa sessão, para poderem conversar de maneira proveitosa com os com os espespííritos esclarecedoresritos esclarecedores””. .

Dt/04

Dt/03

A QUEM COMPETE O DIÁLOGO ?

♥ Pessoa que tenha aptidão para o diálogo;

♥ Médium esclarecido e/ou dirigente de grupo.

Nunca entregar a tarefa para pessoa inabilitada

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Page 4: Feec   curso de doutrinação

Dt/06

Dt/05

QUALIDADES DO DOUTRINADORFORMAÇÃO DOUTRINÁRIA SÓLIDA

* Obras Básicas: O Evangelho Segundo o Espiritismo,

O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns,

A Gênese, O Ceu e o Inferno, Obras Póstumas

• Diálogo com as Sombras

• Obsessão e Desobsessão

• Coleção André Luiz

• Coleção Manoel P. de Miranda

• Diretrizes de Segurança

Divaldo Franco e Raul Teixeira

• Memórias de um Suicida

• Como Doutrinar os EspíritosVanderley Pereira

• DoutrinaçãoRoque Jacintho

• Obsessão e suas MáscarasDra. Marlene Nobre

* Obras Complementares:

QUALIDADES DO DOUTRINADORFORMAÇÃO DOUTRINÁRIA SÓLIDA

• Lei de Causa e Efeito

• Tipos de médiuns e mediunidade

• Passe, recursos e técnicas

• Condições de vida no plano espiritual

• Evangelho

• Conduta Moral

A Importância do estudo (ESDE) na sedimentação de conhecimentos acerca de:

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Page 5: Feec   curso de doutrinação

Dt/08

Dt/07

QUALIDADES DO DOUTRINADORAUTORIDADE MORAL

ORAÇÃO E JEJUM ...

VIDA CRISTÃ

QUALIDADES DO DOUTRINADOR

RACIOCINADASINCERA

CONFIAR EM SI MESMO

ASSISTÊNCIA DOS BONS ESPÍRITOS

DESEJO SINCERO DE AJUDAR

COLOCAR-SE NO LUGAR DO SOFREDOR

AMOR

AUTORIDADE FUNDAMENTADA NO EXEMPLO

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Page 6: Feec   curso de doutrinação

Dt/09

Dt/10

OUTRAS QUALIDADES

SENSIBILIDADE E TATO

P A C I Ê N C I A

• Saber suportar, esperar, não querer convencer o espírito a qualquer custo.

• O Espírito é um homem desencarnado, portanto com as mesmas sensibilidades;

• Perceber o campo em que pisa, religião do espírito, seus pontos mais sensíveis e acessíveis.

OUTRAS QUALIDADES

E N E R G I A

V I G I L Â N C I A

• Do pensamento, sensações, suposições e intuições;

• Do que diz o comunicante nas entrelinhas;

• Do que ocorre à sua volta com encarnados ou desencarnados.

• Na hora certa, atitude firme sem ser agressiva.

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Page 7: Feec   curso de doutrinação

Dt/11

Dt/12

GRUPO MEDIÚNICOInfluência do

Grupo no Diálogo

• O esclarecimento aos desencarnados sofredores ésemelhante à psicoterapia, e a reunião é o tratamento em grupo.

• O pensamentos, ações e sentimentos influenciam decisivamente no ambiente espiritual da reunião.

• Médiuns de vibração (sustentação e apoio) �pilastra de sustentação fluídica e psíquica da reunião.

MÉDIUM DE APOIO OU VIBRAÇÃO• Não se render ao sono;

• Fazer silêncio mantendo a sustentação

psíquica, vibratória e fluídica do ambiente;

• Atender aos apelos de maior cooperação

mental que o dirigente fizer;

• Manter simpatia e solidariedade na alma;

• Apoiar mentalmente quem estiver dialogando com o

comunicante;

• Não discordar mentalmente do doutrinador;

• Não fazer doutrinação paralela.

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Page 8: Feec   curso de doutrinação

Dt/13

Dt/14

DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS

PRIMEIRO PASSO

Observar se o médium está envolvido

• Respiração ofegante

• Movimentos faciais

• Movimentação dos dedos e das mãos

• Outros detalhes

DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS

SEGUNDO PASSO

As primeiras palavras

• Saudar o espírito comunicante;

• Formular pergunta estimuladora ao diálogo;

• Insistir fraternalmente.

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Page 9: Feec   curso de doutrinação

2. Não fazer interrogat2. Não fazer interrogatóório tolo:rio tolo:a) Qual o seu nome ?

b) De que morreu ?

c) Você é homem ou mulher ?

3. Analisar as id3. Analisar as idééias, linguagem e atitudes ias, linguagem e atitudes do espdo espíírito.rito.

4. Se poss4. Se possíível deduzir o sexo para facilitar vel deduzir o sexo para facilitar o encaminhamento da conversao encaminhamento da conversaçção.ão.

Dt/15

Dt/16

DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS

TERCEIRO PASSO

Deixar o espírito comunicante falar

1. Ouvir o esp1. Ouvir o espíírito para saber:rito para saber:a) Quem é e por que veio ?

b) Se ignora ou não o seu estado ?

c) Se pode dialogar com clareza ?

d) Qual a sua história, motivação ou razões ?

DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS

TERCEIRO PASSO

Deixar o espírito comunicante falar

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Page 10: Feec   curso de doutrinação

•A integridade moral e física do médium;

•A dignidade do recinto;

•A disciplina do templo.

Dt/17

Dt/18

TIRAR A IDÉIA FIXA DOESPÍRITO COMUNICANTE

Quebrar o monólogo das idéias fixas (vingança, sofrimentos passados) ou do “andar em círculos”, utilizando as

seguintes estratégias:

• Fazer perguntas do seu interesse;

• Chamar atenção para algo diferente;

• Entrar no “seu tema” para logo sair, enfocando o assunto sob outros ângulos;

• Descongestionar o seu campo mental.

CONTER EXCESSOS

Os espíritos sofredores podem e devem desabafar, exprimindo-se com desinibição. Entretanto, não se

deve permitir que venham a desrespeitar:

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Page 11: Feec   curso de doutrinação

Dt/19

Dt/20

EMPATIAProcurar colocar-se na posição do

comunicante, viver seu drama, sem no entanto desequilibrar-se emocionalmente.

• Não ficar “assistindo” o comunicado;

• Fazer apreciação emocional da comunicação;

• Vibrar com o comunicante. Sofrer, alegrar-se e compreender suas dificulda-des e temores, sem perder o equilíbrio.

CAPTAR O PENSAMENTODO COMUNICANTE

Geralmente o médium não transmite integralmente o problema do comunicante

Cabe ao doutrinador captar pelas vibrações e emoções que transmite, a sua verdadeira posição espiritual

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Page 12: Feec   curso de doutrinação

• Pela vidência, detectamos formas, cenas, que precisam ser interpretadas, interpretação que nem sempre é feita adequadamente, com reflexos negativos no trabalho do esclarecimento.

•A intuição é, pois, mais útil e segura. Dt/21

Dt/22

INTUIÇÕES

O DIÁLOGO• Falar em bom som para que todos ouçam claramente.

• Falar em termos claros e lógicos, linguagem acessível a encarnados e desencarnados, sem floreios.

• Tecer comentários evangélicos doutrinários sem demonstrar erudição, sapiência, e sem querer dar aulas de espiritismo.

• Aliar sentimento e compaixão ao raciocínio.

• Evitar críticas, acusações, julgamentos, palavras ásperas.

• Procurar entender, não vencer.

• Evitar polêmicas (perde tempo, causa irritação e desequilíbrio).

• Dosar a verdade.

• Sugerir uma atitudes, um caminho, sem forçar ou impor.

• Pela intuição, podemos captar as idéias e sugestões dos mentores espirituais com relativa facilidade.

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Page 13: Feec   curso de doutrinação

Dt/23

Dt/24

RECOMENDAÇÕES AO DOUTRINADOR

RECOMENDAÇÕES AO GRUPO

• Solicitar ajuda aos benfeitores para o afastamento das entidades malfeitoras.

• Evitar tocar o corpo do médium (interferência magnética)

• Evitar comunicações simultâneas.

• Encaminhar aquelas entidades que não se dispõem a falar ou não dão sinais de aproveitamento.

• Procurar limitar a 2, ou no máximo 3 comunicações por médium.

• Não permitir comunicações psicofônicas com gritos, choro alto, convulsões, bocejamento, batidas nas mesas, batidas com os pés ou qualquer desequilíbrio do médium.

Como estava

boa a feijoada

• Alimentação•Meditação• Leitura Espírita• Sono durante as reuniões• Pontualidade e assiduidade• Freqüentar o GEM e o ESDE

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Page 14: Feec   curso de doutrinação

Espíritos que fazem sofrer– Os que desejam tomar tempo da reunião

– Espíritos irônicos

– Espíritos desafiantes

– Espíritos descrentes

– Espíritos auxiliares de obsessores

– Espíritos vingativos

– Espíritos mistificadores

– Inimigos do Espiritismo

– Espíritos galhofeiros, zombeteiros

– Espíritos ligados à trabalhos de magiaDt/25

Dt/26

Tipos de Comunicantes

Espíritos que sofrem– Espíritos que não conseguem falar

– Espíritos que desconhecem a própria situação

– Suicidas

– Alcoólatras e toxicômanos

– Dementados

– Amedrontados

– Sofredores

ESPÍRITOS QUE NÃO CONSEGUEM FALAR

• Como se apresentam:– Problemas no controle da fala devido a ódio

ou desequilíbrio psíquico– Não querer deixar transparecer o que pensam– Reflexo de doenças de que eram portadores

antes do desencarne

Classificação baseada no modo como os Espíritos se apresentam nas reuniões de desobsessão

• Procedimentos iniciais:– Não insistir para que falem forçando-os com

perguntas– Aguçar os sentimentos para captar o bloqueio

da fala: se ódio, doença, camuflagem, etc.

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Page 15: Feec   curso de doutrinação

• Como proceder:– Utilizar palavras de reconforto e amor, aguardando

que responda espontaneamente.– Se não fala para não ceder a possibilidade de

mudança de atitude, é aconselhavel deixá-lo àvontade, entregue ao socorro da equipe espiritual.

Dt/27

Dt/28

MUDEZ E DOENÇASSe for caso de mudez o comunicante farásinais habituais

QUANDO O ÓDIO IMPEDE O DIÁLOGO

• Como proceder:– O doutrinador aos poucos irá conscientizá-lo que

este problema pode ser resolvido. Que era uma conseqüência da deficiência do corpo físico, mas que no estado atual ele poderá superar.

– Confiar em Jesus.

O espírito deixa transparecer o estado em que se encontra pela postura, gesticulação ou

vibrações do médium.

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Page 16: Feec   curso de doutrinação

• Como proceder:– deve-se entrar em contato com a Entidade, participar da

sua dor, consolá-la, e, na oportunidade que se faça lógica e própria, esclarecer-lhe que já ocorreu o fenômeno da morte, mas, somente quando o Espírito possa receber a notícia com a necessária serenidade, a fim de que disso retire o proveito indispensável a sua paz. Dt/29

Dt/30

OS QUE DESCONHECEM A PRÓPRIA SITUAÇÃO

ESPÍRITOS SUICIDAS

• Características:– não têm consciência que estão no plano

espiritual;– não sabem que morreram;– sentem-se imantados aos locais onde viveram.

• Como se apresentam:– com um sofrimento moral e espiritual que comove a todos;– as vezes enlouquecidos pelas alucinações que padecem,

revivendo as cenas de suicídio;– outras vezes apresentam-se presos ao corpo em estado

de decomposição.

• Como proceder:– aliviar-lhe o sofrimento através do passe e prece com

sentimento;– pedir ao grupo que projete pelo pensamento e vontade,

fluidos reparadores e balsamizantes;– necessitam mais de consolo de que doutrinação;– muitos adormecem para serem levados para os hospitais

no plano espiritual.

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Page 17: Feec   curso de doutrinação

• Como se apresentam:– Criticam os participantes, a Casa Espírita, os espíritas em

geral, tentando provocar o doutrinador.– Comentam sobre as comunicações anteriores zombando

dos problemas apresentados e tentando alongar a conversa• Como proceder:

– Observando seu intento, não se deve debater com eles tentando provar a excelência do Espiritismo, dos propósitos da reunião mediúnica e dos espíritas.

– Procurar convencê-los de que enquanto analisam, criticam ou perseguem outras pessoas, esquecem-se de si mesmos, de buscar a sua felicidade e paz interior.

– Quase nunca são esclarecidos de uma só vez.

• Como proceder:– De nada adianta tentar convencê-los das inconveniências

dos vícios, do desequilíbrio, etc.– Deve-se apresentar Jesus como ESPERANÇA. É nEle

que vamos encontrar forças para resistir.– Se estiverem em delírios, o passe, juntamente com uma

prece do coração, é o meio de aliviá-los. Dt/31

Dt/32

Alcoólatras e Toxicômanos

Espíritos que desejamtomar tempo da reunião

• Como se apresentam:– Pedindo que lhes dêem aquilo de que tanto sentem

falta. Sofrem muito e das súplicas podem chegar acrises terríveis, com delírios, visões e alucinações.

– Muitas vezes sentem-se perseguidos por bichos e monstros que lhes infundem grande pavor.

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Page 18: Feec   curso de doutrinação

• Como proceder:– Atentar para alguma observação, no decorrer do diálogo,

que revele os pontos sensíveis que procuram esconder.– Apesar da aparente fortaleza, são todos indigentes de

amor e paz, quase sempre separados de seus afetos mais caros.

– Poderá ser necessário recorrer à energia equilibrada, serena e segura, dosada no amor. Dt/33

Dt/34

Espíritos Desafiantes• Como se apresentam:

– Julgam-se fortes, invulneráveis, e utilizam-se desse recurso para amedrontar o grupo.

– Ameaçam os presentes com as mais variadas perseguições e desafiam-nos a prosseguirmos interferindo em seus planos

• Como se apresentam:– Geralmente, sendo muito inteligentes, usam a

ironia como agressão.– Ferem o doutrinador e os participantes com comentários

irônicos e contundentes.– Alguns revelam que seguem os participantes da reunião

para vigiar-lhes os passos e que ninguém faz o que prega.• Como proceder:

– Jamais ficar agastado ou melindrado com as agressões.– Aceitar as críticas com humildade sincera, compreendendo

que em realidade somos ainda imperfeitos.– Defender-se não.

Espíritos Irônicos

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Page 19: Feec   curso de doutrinação

• Como se apresentam:– Aparecem cheios de adornos, utensílios e objetos de magia;– Reclamam de interferência em seus trabalhos;– Afirmam que os objetos usados na magia ou despacho

desapareceram e propõem outros trabalhos mais “pesados”para resolver os assuntos;

– Dizem que são muitos e que têm muito poder.• Como proceder:

– Jamais desafiar o espírito comunicante;– Mostrar que não são felizes procedendo assim;– Esclarecer que Deus é pai de todos e mais do que Ele

ninguém pode;– Desmaterializar os objetos.

• Como proceder:– Estimular a conversa, analisando psicologicamente o caráter

do comunicante, para ver se o que ele fala combina bem com o que ele afirma ser. Percebendo que se trata de mistificação, fazê-lo entender, que ele é quem estátentando enganar-se, e convidá-lo a se modificar. Dt/35

Dt/36

Espíritos ligados a trabalhos de magia, terreiros, etc.

• Como se apresentam:– Chegam aconselhando, apresentando-se

como amigos ou mentores e, usando de muita sutileza, podem até propor modificações no andamento dos trabalhos

– Também há os que aparentam ser necessitados com a finalidade de desviar o ritmo das tarefas e ocupar o tempo.

Espíritos Mistificadores

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Page 20: Feec   curso de doutrinação

Federação Espírita do Estado do Ceará Coordenação de Atividades Mediúnicas

Curso de Doutrinação Texto 01 Pág. 1

ASSIMILAÇÃO DE CORRENTES MENTAIS Nos Domínios da Mediunidade (André Luiz), cap 5, (pág 46-49)

Notamos que a cabeça venerável de Clementino passou a emitir raios fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Silva, sob os dedos do benfeitor se nimbava de luminosidade intensa, embora diversa.

O mentor desencarnado levantou a voz comovente, suplicando a Bênção Divina com expressões que nos eram familiares, expressões essas que Silva transmitiu igualmente em voz alta, imprimindo-lhes diminutas variações. ( . . . )

Fios de luz brilhante ligavam os componentes da mesa, dando-nos a perceber que a pre-ce os reunia mais fortemente entre si.

Terminada a oração, acerquei-me de Silva. Desejava investigar mais a fundo as impressões que lhe assaltavam o campo físico, e

observei-lhe, então, todo o busto, inclusive braços e mãos, sob vigorosa onda de força, a eri-çar-lhe a pele, num fenômeno de doce excitação, como que “agradável calafrio”. Essa onda descansava sobre o plexo solar, onde se transformava em luminoso estímulo, que se estendia pelos nervos até o cérebro, do qual se derramava pela boca, em forma de palavras. ( . . . )

- Vimos aqui, o fenômeno da perfeita assimilação de correntes mentais ... comparemos a organização de Silva a um aparelho receptor... A emissão mental de Clementino ... envolve Raul Silva em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos po-ros (antenas)... Essas impressões apóiam-se nos centros do corpo espiritual (condensadores), atingem, de imediato, os cabos do sistema nervoso (bobinas de indução), ... reconstituindo-se automaticamente, no cérebro, onde possuímos centenas de centros motores, ... ligados uns aos outros e em cujos fulcros dinâmicos se processam as ações e reações mentais, que determinam vibrações criativas através do pensamento e da palavra, considerando ... a boca por valioso alto-falante.

O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO DOS DOUTRINADORES

Já vimos no estudo feito por André Luiz intitulado “Assimilação de Correntes Mentais” (Nos Domínios da Mediunidade Cap. 5), como se processa a intuição, que é a mediunidade dos doutrinadores e dirigentes.

Dessa forma, quando o cérebro está rico de idéias adquiridas pelo estudo e pela experi-ência, o psicossoma harmonizado por uma serena confiança além de vitalizado por energias decorrentes de pensamentos elevados e ideais superiores, é suficiente o toque sutil da inspira-ção para que o intercâmbio se expresse com qualidade no trabalho de doutrinação.

Em termos práticos, diríamos que um dos sinais que caracteriza aquele assistente de mediúnica com o potencial para a doutrinação é uma certa lucidez que lhe aparece e lhe vai permitindo familiarizar-se com os problemas revelados pelos comunicantes, à medida que acompanham o trabalho dos doutrinadores em exercício. É como se lhe brotassem na mente, simultaneamente a fala do doutrinador, as necessidades e os problemas dos comunicantes.

Não confundir este fato com a intromissão mental no diálogo, o que, em hipótese algu-ma, deve ser praticado.

Chegado o seu momento de atuar (e quase sempre é um compromisso reencarnatório previamente assumido), começa um longo trabalho de aprender com cada experiência, inclu-sive com as próprias falhas e insuficiências. O hábito de analisar-se e analisar cada atendi-mento que faz, vai-lhe permitindo avançar mais rápido.

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Page 21: Feec   curso de doutrinação

Federação Espírita do Estado do Ceará Coordenação de Atividades Mediúnicas

Curso de Doutrinação Texto 01 Pág. 2

INTUIÇÃO Esclarecendo os Desencarnados (Umberto Ferreira), (pág 21)

Os esclarecedores precisam muito mais da intuição do que da vidência. A intuição é a

faculdade mediúnica essencial para que os esclarecedores conduzam adequadamente o escla-recimento do comunicante. A respeito do assunto, esclarece-nos Emmanuel, em Emmanuel, capítulo VII:

O homem necessita das suas faculdades intuitivas, através de sucessivos exer-

cícios da mente, a qual, por sua vez, deverá vibrar ao ritmo dos ideais generosos.

Cada individualidade deve alargar o círculo das suas capacidades espirituais,

porquanto poderá, como recompensa à sua perseverança e esforço, certificar-se

das sublimes verdades do mundo invisível, sem o concurso de quaisquer intermedi-

ários. O que se lhe faz, porém, altamente necessário é o amor, o devotamento, a

aspiração pura e a fé inabalável, concentrados nessa luz que o coração almeja fer-

vorosamente: esse estado espiritual aumentará o poder vibratório da mente e o

homem terá então nascido para uma vida melhor.

Destacamos alguns pontos extremamente elucidativos desta dissertação de Emmanuel: 1º) O homem precisa da intuição; 2º) A intuição pode ser desenvolvida; 3º) Ao desenvolvê-la, "alargamos o circulo de nossas capacidades espirituais"; 4º) Com a intuição desenvolvida, podemos conhecer as "sublimes verdades do mundo

invisível" e "sem o concurso de quaisquer intermediários"; 5º) Para desenvolvê-la, devemos fazer "sucessivos exercícios da mente", que "deverá

vibrar ao ritmo dos ideais generosos"; 6º) No exercício da mente, para desenvolver a intuição, precisamos cultivar o "amor, o

devotamento, a aspiração pura e a fé inabalável"; 7º) Estes exercícios nos permitirão atingir um "estado espiritual", que "aumentará o

poder vibratório da mente". Pela intuição, podemos captar as idéias e sugestões dos mentores espirituais com relati-

va facilidade. Pela vidência, detectamos formas, cenas, que precisam ser interpretadas, inter-pretação que nem sempre é feita adequadamente, com reflexos negativos no trabalho do escla-recimento. A intuição é, pois, mais útil e segura.

André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade, capítulo V, nos relata o caso do mé-dium esclarecedor Raul Silva, que tinha intuição muito desenvolvida. A sintonia dele com o mentor espiritual era quase plena. Relata o autor espiritual que Raul Silva repetia as expres-sões do mentor Clementino, "imprimindo-lhes diminutas variações".

O estudo e os exercícios constantes para desenvolver as faculdades intuitivas podem le-var os esclarecedores a conseguir uma sintonia com os mentores espirituais tão boa quanto a de Raul Silva.

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Page 22: Feec   curso de doutrinação

Federação Espírita do Estado do Ceará Coordenação de Atividades Mediúnicas

Curso de Doutrinação Texto 02 Pág. 1

Nossas Deficiências

Doutrinação (Roque Jacintho), cap. 3 (pág 16-18)

Muitos companheiros distanciam-se dos trabalhos de doutrinação sob alegação de

incapacidade ou de não possuir condição moral suficiente, distantes da perfeição, desauto-rizados a manejar o verbo em nome do Mestre Divino no socorro através da mediunidade.

Justo, porém, repetirmos que a Terra não é albergue de anjos e que os Espíritos Puros nem sempre conseguem fazer-se ouvidos pelos infelizes que vagueiam pelas trevas umbrali-nas e que lhes não suportariam a perfeição.

É da lei que o próximo socorra o próximo. E somos as criaturas que, pelas nossas

vibrações e pelas nossas deficiências, temos a melhor posição para servir de ponte aos

que precisam de transpor os abismos da inferioridade espiritual. Lembremo-nos, igualmente, que todo atendimento espiritual legítimo é produto de

uma cadeia que se forma, elo por elo, e que para funcionar efetivamente há de ser completa. Atenhamo-nos à escala espírita que Allan Kardec insere no capítulo 1, da 2ª parte de "O Livro dos Espíritos" e teremos uma visão ampla da gradação que existe em cada benefício. As pro-vidências maiores nascem com os Espíritos Puros, que as transmitem aos de categoria imedia-tamente inferior e assim sucessivamente até que nos penetram no íntimo, pelas vias intuitivas. Somos parte da cadeia, embora parcela modesta, e não podemos esquivar-nos às tarefas

a não ser interrompendo a caridade tão bem organizada pelos nossos Mentores. Com todas as nossas deficiências, com todas as nossas dúvidas, com todas as nossas

hesitações, com todas as nossas repetidas alternâncias, não poderemos fugir ao nosso trabalho na Seara do Amor, apenas porque não reluzimos como as almas imaculadas que já venceram todos os degraus da elevação, após terem passado por planos iguais ao nosso.

O próprio serviço burilar-nos-á.

Nossa fé firmar-se-á, pouco e pouco.

Nossas dúvidas desaparecerão, ante o serviço.

Perderemos maus hábitos, ao calor do trabalho. Tão logo tomemos intimidade com "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e esten-

damos o primeiro copo d'água a quem tem sede ou o primeiro sorriso de simpatia aos escravos da dor, já estaremos autorizados a falar do Bem e do Amor, em nome de Jesus, visando redi-mir nossos irmãos infelizes.

Negar o nosso concurso é afastar-nos da caridade que não pede tesouros terrenos e nem construção de alvenaria para realizar-se.

Nosso esforço em refrear nossos impulsos intempestivos, nossa luta em redimir-

nos, nossa disposição de levantar-nos após as quedas experimentadas servem para os

Espíritos sofredores como um grito de alerta e de estímulos imensuráveis mostrando-

lhes que a virtude celeste começa nos primeiros degraus e que a pureza espiritual é a

última estância que se atinge, quando se resolve a palmilhar as escarpas da evolução.

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Page 23: Feec   curso de doutrinação

Federação Espírita do Estado do Ceará Coordenação de Atividades Mediúnicas

Curso de Doutrinação Texto 02 Pág. 2

Nos Domínios da Sombra

Contos e Apólogos (Irmão X), item 40 (pág 173-177)

Em compacta assembléia do reino das sombras, um poderoso soberano das trevas, dian-

te de milhares de falangistas da miséria e da ignorância, explicava o motivo da grande reuni-ão.

O Espiritismo com Jesus, aclarando a mente humana, prejudicava os planos infernais. Em toda parte da Terra, as criaturas começavam a raciocinar menos superficialmente!

Indagavam, com segurança, quanto aos enigmas do sofrimento e da morte e aprendiam, sem maior dificuldade, as lições da Justiça Divina. Compreendiam, sem cadeias dogmáticas, os ensinamentos do Evangelho. Oravam com fervor. Meditavam na reencarnação e passavam a interpretar com mais inteligência os deveres que lhes cabiam no Planeta. Muita gente entrega-va-se aos livros nobres, à caridade e à compaixão, iluminando a paisagem social do mundo e, por isso, todas as atividades da sombra surgiam ameaçadas...

Que fazer para conjurar o perigo? E pediu para que os seus assessores apresentassem sugestões. Depois de alguns momentos de expectativa, ergueu-se o comandante das legiões da in-

credulidade e falou: - Procuremos veicular a crença de que Deus não existe e de que as criaturas viventes es-

tão entregues a forças cruéis e fatais da Natureza... O maioral das trevas, porém, objetou, desencantado: - O argumento não serve. Quanto mais avança nos trilhos da inteligência mais reconhe-

ce o homem a Paternidade de Deus, sendo atraído inelutavelmente para a fé ardente e pura. Levantou-se, no entanto, o orientador das legiões da vaidade e opinou: - Espalharemos a noticia de que Jesus nada tem que ver com o Espiritismo, que as mani-

festações dos desencarnados se resumem num caso fisiológico para as conclusões da Ciência, e, desnorteando os profitentes da Renovadora Doutrina, faremos com que gozem a vida no mundo, como melhor lhes pareça, sem qualquer obrigação para com o Evangelho e, assim, serão colhidos no túmulo, com as mesmas lacunas morais que trouxeram do berço ...

O rei das sombras anuiu, complacente: - Sim, essa ilusão já foi muito importante, contudo, há milhares de pessoas despertando

para a verdade, na certeza de que as portas do sepulcro não se abririam para os vivos da Terra, sem a intervenção de Jesus.

Nesse ponto, o diretor das falanges da discórdia pôs-se de pé e conclamou: - Sabemos que a força dos espíritas nasce das reuniões em que se congregam para a ora-

ção e para o aprendizado da Vida Espiritual, e nas quais tomam contacto com os Mensageiros da Luz... Assim sendo, assopraremos a cizânia entre os seguidores dessa bandeira transforma-dora, exagerando-lhes a noção da dignidade própria. Separá-los-emos uns dos outros com o invisível bastão da maledicência. Chamaremos em nosso auxilio os polemistas, os discutido-res, os carregadores de lixo social, os fiscais do próximo e os examinadores de consciências alheias para que os seus templos se povoem de feridas e mágoas incuráveis e, assim, os ir-mãos em Cristo saberão detestar-se uns aos outros, com sorrisos nos lábios, inutilizando-se para as obras do bem.

O chefe satânico, todavia, considerou: - Isso é medida louvável, contudo necessitamos de providência de efeito mais profundo,

porque sempre aparece um dia em que as brigas e os desacordos terminam com os remédios da humildade e com o socorro da oração.

A essa altura, ergueu-se o condutor das falanges da desordem e ponderou:

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Curso de Doutrinação Texto 02 Pág. 3

- Se o problema é de reuniões, conseguiremos liquidá-lo em três tempos. Buscaremos sugerir aos membros dessas instituições que o lugar dos conclaves é muito longe e que não lhes convém afrontar as surpresas desagradáveis da via pública. Faremos que o horário das reuniões coincida com o lançamento de filmes especiais ou com festividades domésticas de data fixa. Improvisaremos tentações determinadas para os companheiros que possuam maio-res deveres e responsabilidades junto às assembléias, a fim de que os iniciantes não venham a perseverar no trabalho da própria elevação. Organizaremos dificuldades para as conduções e atrairemos visitas afetuosas que cheguem no momento exato da saída para os cultos espíritas-cristãos. Tumultuaremos o ambiente nos lares, escondendo chapéus e bolsas, carteiras e cha-ves para que os crentes se tomem de mau humor, desistindo do serviço espiritual e desacredi-tando a própria fé.

O soberano das trevas mostrou larga satisfação no semblante e ajuntou: - Sim, isso é precioso trabalho de rotina que não podemos menosprezar. Entretanto, ca-

recemos de recurso diferente... O responsável pelas falanges da dúvida ergueu-se e disse: - As reuniões referidas são sempre mais valiosas com o auxílio de médiuns competen-

tes. Buscaremos desalentá-los e dispersá-los, penetrando a onda mental em que se comunicam com os Benfeitores Celestes, fazendo-lhes crer que a palavra do Além resulta de um engano deles próprios, obrigando-os a se sentirem mentirosos, palhaços, embusteiros e mistificadores, sem qualquer confiança em si mesmos, para que as assembléias se vejam incapazes e desmo-ralizadas...

O mentor do recinto aprovou a alegação, mas considerou: - Indiscutivelmente, o combate aos médiuns não pode esmorecer, entretanto, precisamos

de providência mais viva, mais penetrante... Foi então que o orientador das falanges da preguiça se levantou, tomou a palavra, e fa-

lou respeitoso: - Ilustre chefe, creio que a melhor medida será recordar ao pensamento de todos os

membros das agremiações espíritas que Deus existe, que Jesus é o Guia da Humanidade, que a alma é imortal, que a Justiça Divina é indefectível, que a reencarnação é uma verdade incon-teste e que a oração é uma escada solar, reunindo a Terra ao Céu...

O soberano das sombras, porém, entre o espanto e a ira, cortou-lhe a palavra, exclaman-do:

- Onde pretende chegar com semelhantes afirmações? O comandante dos exércitos preguiçosos acrescentou, sem perturbar-se: - Sim, diremos que o Espiritismo com Jesus, pedindo às almas encarnadas para que se

regenerem, buscando o conhecimento superior e servindo à caridade, é, de fato, o roteiro da luz, mas que há tempo bastante para a redenção, que ninguém precisa incomodar-se,

que as realizações edificantes não efetuadas numa existência podem ser atendidas em outras, que tudo deve permanecer agora como está no íntimo de cada criatura na carne para vermos como ficarão depois da morte, que a liberalidade do Senhor é incomensurável e

que todos os serviços e reformas da consciência, marcados para hoje, podem ser transfe-ridos para amanhã... Desse modo, tanto vale viverem no Espiritismo como fora dele, com fé ou sem fé, porque o salário de inutilidade será sempre o mesmo...

O rei das sombras sorriu, feliz, e concordou: - Oh! até que enfim descobrimos a solução! ... De todos os lados ouviam-se risonhas exclamações: - Bravos! Muito bem! Muito bem! O argumento do astucioso condutor das falanges da inércia havia vencido.

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Curso de Doutrinação Texto 03 Pág. 1

Prece Inicial Desobsessão (André Luiz), mensagem 29

Sobrevindo o momento exato em que a reunião terá começo, o orientador diminuirá o teor da iluminação e tomará a palavra, formulando a prece inicial.

Cogitará, porém, de ser preciso, não se alongando além de dois minutos. Há quem prefira a oração decorada; todavia, é aconselhável que o dirigente ore com su-

as próprias palavras, envolvendo a equipe nos sentimentos que lhe fluem da alma.

A prece, nessas circunstâncias, pede o mínimo de tempo, de vez que há entidades

em agoniada espera de socorro, à feição do doente desesperado, reclamando medicação substancial. Em diversas circunstâncias, acham-se ligadas desde muitas horas antes à mente

do médium psicofônico, alterando-lhe o psiquismo e até mesmo a vida orgânica, motivo pelo

qual o socorro direto não deve sofrer dilação.

Cooperação Mental Desobsessão (André Luiz), mensagem 38

Enquanto persista o esclarecimento endereçado ao sofredor desencarnado, é imperioso que os assistentes se mantenham em harmoniosa união de pensamentos, oferecendo base às afirmativas do dirigente ou do assessor que retenha eventualmente a palavra.

Não lhes perpasse qualquer idéia de censura ou de crueldade, ironia ou escândalo. Tanto o amigo que orienta o irmão infortunado quanto os companheiros que o escutam

abrigarão na alma a simpatia e a solidariedade, como se estivessem socorrendo um parente dos mais queridos, para que o necessitado encontre apoio real no socorro que lhe seja minis-trado.

Forçoso compreender que, de outro modo, o serviço assistencial enfrentaria perturba-ções mevitáveis, pela ausência do concurso mental imprescindível.

O dirigente assumirá a iniciativa de qualquer apelo à cooperação mental, no mo-

mento em que a providência se mostre precisa, e ativará o ânimo dos companheiros que,

porventura, se revelem desatentos ou entorpecidos, desde que o conjunto em ação é

comparável a um dínamo em cujas engrenagens a corrente mental do amparo fraterno

necessita circular equilibradamente na prestação de serviço.

Culto da Assistência

Desobsessão (André Luiz), mensagem 71

Outro aspecto de serviço que os obreiros da desobsessão não podem olvidar, sem preju-ízo, é a assistência aos necessitados.

Entidades sofredoras ou transviadas, a quem se dirige a palavra instrutiva nas reuniões do agrupamento de socorro espiritual, acompanham, em muitos casos, aqueles mesmos que as exortam aos caminhos da paciência e da caridade, examinando-lhes os exemplos.

A assistência aos necessitados, seja através do pão ou do agasalho, do auxilio financeiro ou do medicamento, do passe ou do ensinamento, em favor dos que atravessam provações mais difíceis que as nossas, não é somente um dever, mas também valioso curso de experiên-cias e lições educativas para nós e para os outros.

Nesse propósito, é impossível igualmente esquecer que os irmãos em revolta e desespe-

ro, que nos ouvem os apelos à regeneração e ao amor, não se transformam simplesmente à

força de nossas palavras, mas, sobretudo, ao toque moral de nossas ações, quando as

nossas ações se patenteiam de acordo com os nossos ensinamentos.

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 1

Tipos de Espíritos Comunicantes Obsessão / Desobsessão (Suely Caldas Schubert), 3ª parte-cap. 12 (pág 171-180)

ESPÍRITOS QUE SOFREM

ESPÍRITOS QUE NÃO CONSEGUEM FALAR (Leia também as questões 26 e 27 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

São bastante comuns as manifestações de entidades que não conseguem falar. Essa difi-

culdade pode ser resultante de problemas mentais que interferem no centro da fala, como também em virtude do ódio em que se consomem, que, de certa maneira, oblitera a capacida-de de transmitir o que pensam e sentem(1). Em outros casos, pode ser um reflexo de doenças de que eram portadores antes da desencarnação e que persistem no além-túmulo, por algum tempo, de acordo com o estado de cada uma. Finalmente, existem aqueles que não querem falar para não deixar transparecer o que pensam, representando essa atitude uma defesa contra o trabalho que pressentem (ou sabem) estar sendo feito junto deles. Neste último caso, o mé-dium pode conseguir traduzir as suas intenções, paulatinamente.

Não há necessidade de tentar insistentemente que falem, forçando-os com perguntas, pois nem sempre isso é o melhor para eles. O doutrinador deve procurar sentir, captar os sen-timentos que trazem. Geralmente não é difícil apreendê-los. Os que sofrem ou os que se re-bolcam no ódio deixam transparecer o estado em que se encontram. De qualquer forma são sumamente necessitados do nosso amor e atenção. O doutrinador deve dizer-lhes palavras de reconforto, aguardando que respondam espontaneamente. Muitos conseguem conversar ao cabo de alguns minutos, outros não resistem e acabam aceitando o diálogo, cabendo ao dou-trinador atendê-los de acordo com a problemática que apresentam.

Os que têm problema de mudez, por exemplo, conseguirão através de gestos demonstrá-lo. Ciente disso, o doutrinador pode ir aos poucos conscientizando-o de que esse problema pode ser resolvido, que era uma conseqüência de deficiência do corpo físico, mas que no esta-do atual ele poderá superar, se confiar em Jesus, se quiser com bastante fé, etc. Nesse momen-to, o passe e a prece ajudam muito.

Em qualquer circunstância deve-se deixar que tudo ocorra com naturalidade, sem querer forçar a reação por parte dos que se comunicam.

(1) Já recebemos entidades com tanto ódio que pareciam sufocadas, tendo por isto dificuldade de

falar, e algumas outras que choravam de ódio.

ESPÍRITOS QUE DESCONHECEM A PRÓPRIA SITUAÇÃO (Leia as questões 17 e 94 do livro CDE)

(Leia também os textos transcritos a seguir, na pág. 3, dos livros de Divaldo e André Luiz) Não têm consciência de que estão no plano espiritual. Não sabem que morreram e sen-

tem-se imantados aos locais onde viveram ou onde está o centro de seus interesses. Uns são mais fáceis de serem conscientizados e o doutrinador, sentindo essa possibili-

dade, encaminhará o diálogo para isso. Outros, porém, trazem a idéia fixa em certas ocorrên-cias da vida física e torna-se mais difícil a tarefa de aclarar-lhes a situação. Certos Espíritos não têm condições de serem informados sobre a própria morte, apresentando um total despre-paro para a verdade. Essa explicação será feita com tato, dosando-se a verdade conforme o caso. Deve-se procurar infundir-lhes a confiança em Deus e noções de que a vida se processa em vários estágios, que ninguém morre (a prova disso é ele estar ali falando) e que a vida ver-dadeira é a espiritual.

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 2

ESPÍRITOS SUICIDAS (Leia também a questão 51 do livro Como Doutrinar os Espíritos)

(Leia também o texto transcrito a seguir, na pág. 4, do livro de Umberto Ferreira)

São seres que sofrem intensamente. Quando se comunicam apresentam um sofrimento tão atroz, que comove a todos. Às vezes, estão enlouquecidos pelas alucinações que padecem, em virtude da repetição da cena em que destruíram o próprio corpo, pelas dores superlativas daí advindas e ao chegarem à reunião estão no ponto máximo da agonia e do cansaço.

Cabe ao doutrinador socorrê-los, aliviando-lhes os sofrimentos através do passe. Não necessitam tanto de doutrinação, quanto de consolo. Estão buscando uma pausa pa-

ra os seus aflitivos padecimentos. A vibração amorosa dos presentes, os eflúvios balsamizan-tes do Alto atuarão como brando anestésico, aliviando-os, e muitos adormecem, para serem levado em seguida pelos trabalhadores espirituais.

ESPÍRITOS ALCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS (Leia também a questão 14 do livro Como Doutrinar os Espíritos)

(Leia também o texto transcrito a seguir, na pág. 6, do livro de Luiz Sérgio)

Quase sempre se apresentam pedindo, suplicando ou exigindo que lhes dêem aquilo de que tanto sentem falta. Sofrem muito e das súplicas podem chegar a crises terríveis, delírios em que se debatem e que os desequilibram totalmente. Sentem-se cercados por sombras, per-seguidos por bichos, monstros que lhes infundem pavor, enquanto sofrem as agonias da falta do álcool ou do tóxico.

De nada adiantará ao doutrinador tentar convencê-los das inconveniências dos vícios e da importância da temperança, do equilíbrio. Não estão em condições de entender e aceitar tais tipos de conselhos. Deve-se tentar falar-lhes a respeito de Jesus, de que nEle é que encon-tramos forças para resistir. De que somente com Jesus seremos capazes de vencer os condi-cionamentos ao vício.

Se, entretanto, estiverem em delírios, o passe é o meio de aliviá-los.

ESPÍRITOS DEMENTADOS (Leia também as questões 98, 99 e 101 do livro Como Doutrinar os Espíritos)

Não têm consciência de coisa alguma. O que falam não apresenta lógica. Quase todos são portadores de monoideísmo, idéia fixa em determinada ocorrência, razão por que não ou-vem, nem entendem o que se lhes fala.

Devem ser socorridos com passes. Em alguns casos, o Espírito parece despertar de um longo sono e passa a ouvir a voz que lhe fala. São os que trazem problemas menos graves.

ESPÍRITOS AMEDRONTADOS

(Vide: O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap. VI, Verger – assassino do Arcebispo de Paris)

Dizem-se perseguidos e tentam desesperadamente se esconder de seus perseguidores. Mostram-se aflitos e com muito medo.

É necessário infundir-lhes confiança, demonstrando que ali naquele recinto estão a salvo de qualquer ataque, desde que também se coloquem sob a proteção de Jesus.

São vítimas de obsessões, sendo dominados e perseguidos por entidades mais fortes mentalmente, com as quais se comprometeram. Muitos deles são empregados pelos obsesso-res para atormentar outras vítimas. Obrigados a obedecer, não são propriamente cúmplices, mas também vítimas.

ESPÍRITOS SOFREDORES

(Leia também o texto transcrito a seguir, na pág. 5, do livro de Umberto Ferreira) (Vide: O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap. IV, Lisbeth , perg. 1-9)

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 3

São os que apresentam ainda os sofrimentos da desencarnação ou do mal que os viti-mou. Se morreram em desastre, sentem, por exemplo, as aflições daqueles instantes. Sofrem muito e há necessidade de aliviá-los através da prece e do passe. A maioria adormece e é le-vada pelos trabalhadores espirituais.

DOUTRINAÇÃO Diretrizes de Segurança (Divaldo Franco e Raul Teixeira), Cap. 5, questão 62 (pág

90-91) 62. No atendimento a espíritos sofredores, o doutrinador deve, antes de mais nada, fazer o

comunicante conhecer a sua situação espiritual ?

Divaldo - Há que perguntar-se, quem de nós esta em condições de receber uma notícia, a mais impor-tante da vida, como o é a da morte, com a serenidade que seria de esperar ?

Não podemos ter a presunção de fazer o que a Divindade tem paciência no realizar. Essa ques-tão de esclarecer o Espírito no primeiro encontro é um ato de invigilância, e, as vezes, de leviandade, porque é muito fácil dizer a alguém que está em perturbação: VOCÊ JÁ MORREU ! É muito difícil escutar-se esta frase e recebê-la serenamente.

Dizer a alguém que deixou a família na Terra e foi colhido numa circunstância trágica que aquilo é a morte, necessita de habilidade e carinho, preparando primeiro o ouvinte, a fim de evitar-lhe choques, ulcerações da alma.

Considerando-se que a terapêutica moderna, principalmente no capítulo das psicoterapias, ob-jetiva sempre libertar o homem de quaisquer traumas e não lhe criar novos por que, na Vida Espiritual se deverá usar metodologia diferente ?

A nossa tarefa não é a de dizer verdades, mas, a de consolar porque, dizer simplesmente que o comunicante já desencarnou, os guias também poderiam fazê-lo. Deve-se entrar em contato com a entidade, participar da sua dor, consolá-la, e, na oportunidade que se faça lógica e própria, esclarecer-lhe que já ocorreu o fenômeno da morte, mas, somente quando o Espírito possa receber a notícia com a necessária serenidade, a fim de que disso retire o proveito indispensável à sua paz. Do contrário, será perturbá-lo, prejudicá-lo gravemente, criando embaraços para os Mentores Espirituais.

DIÁLOGO DE ANDRÉ LUIZ NO POSTO DE SOCORRO CAMPO DA PAZ Os Mensageiros (André Luiz), Cap. 21

(...) Esclarecia-nos sobre as múltiplas obrigações do trabalho de rotina, quando algumas entida-

des se acercaram respeitosas: - Senhor Alfredo - disse um velho de barbas muito alvas, estou aguardando o resultado de mi-

nha petição. Em que ficamos, quanto às minhas terras e os escravos ? Paguei bom preço ao Carmo Garcia. Sabe o senhor que venho sendo perseguido durante muitos anos, e não posso perder mais tem-po. Quando volto para casa ? Creio esteja o senhor ciente da necessidade de eu voltar ao seio dos meus. Esperam-me a mulher e os filhos.

Como excelente médico da alma, Alfredo prestou a maior atenção e respondeu, como se estives-se tratando com pessoa de bom senso.

- Sim, Malaquias, você reclama com razão, mas sua saúde não permite o regresso apressado. Você sabe que sua esposa, Dona Sinhá, pediu fosse você aqui tratado convenientemente. Creio que ela deve estar muito tranqüila a seu respeito. Suas idéias, porém, meu amigo, não estão ainda bem coor-denadas. Temos alguma coisa mais a fazer. Porque preocupar-se tanto, assim, com as terras e os escra-vos ? Primeiramente a saúde, Malaquias ; não esqueça a saúde.

O velho sorriu, como o doente apoiado na firmeza e no otimismo do médico. - Reconheço que as suas observações são justas, mas os meus não se movem sem mim, são pre-

guiçosos e necessitam da minha presença. Mas, doutrinando sutilmente o pobre velhinho, o adminis-trador objetou:

- Entretanto, donde vieram os filhos para seus braços paternos ? Não vieram das mãos de Deus ? _ Sim, sim... _ afirmava o ancião, trêmulo e satisfeito.(...)

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 4

ESPÍRITOS DE SUICIDAS Esclarecendo os Desencarnados (Umberto Ferreira), págs. 55-56

Os suicidas são os espíritos que se manifestam nas piores situações, sobretudo os que provocaram a própria desencarnação de forma consciente e sem atenuantes. O terrível sofri-mento que enfrentam, após a morte do corpo físico, os deixa numa condição de franco dese-quilíbrio. Perdem a noção do tempo. A falta de compreensão da Misericórdia Divina agrava muito o seu sofrimento e os faz perder a esperança de alivio. Por estes motivos, apresentam-se em total desespero.

Na maioria das vezes, o que a equipe de desobsessão pode fazer pelos suicidas é prestar-lhes os primeiros socorros, preparando-os para serem encaminhados a uma instituição de socorro espiritual, onde serão esclarecidos futuramente. Os recursos que podem ser mobili-zados em seu favor são a prece, o passe, os medicamentos do Plano Espiritual e o sono.

Inicialmente, o esclarecedor pode recorrer à prece e ao passe. Em seguida poderá di-zer ao comunicante que lhe será ministrado um medicamento. Caso ele não demonstre melho-ra e continue desesperado e com a mente fixa na própria situação de sofrimento, o esclarece-dor poderá recorrer ao sono, induzindo-o a dormir e esclarecendo que ele despertará mais tar-de, num ambiente adequado ao tratamento de que necessita. Poderá explicar-lhe que parte do tratamento será feito durante o sono e, por isso, ele despertará em melhores condições. Para aumentar a sua confiança e fazê-lo entregar-se ao sono sem relutância, é conveniente assegu-rar-lhe que será um sono tranqüilo e reparador.

Os próprios mentores espirituais se encarregarão de induzir-lhe o sono e de encami-nhá-lo a uma colônia de tratamento espiritual.

Se o suicida se apresentar mais equilibrado, ou se melhorar com as primeiras medidas mobilizadas em seu favor, o esclarecimento poderá ser feito como no caso dos espíritos sofre-dores, de acordo com as necessidades do comunicante.

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 5

ESPÍRITOS SOFREDORES: SOFRIMENTOS FÍSICOS Esclarecendo os Desencarnados (Umberto Ferreira), págs. 39-41

O sofrimento dos espíritos é de natureza moral. Entretanto, o espírito não se liberta

da influência da matéria logo que chega ao Mundo Espiritual. Durante um tempo mais ou menos longo, dependendo do seu adiantamento, conserva impressões muito fortes da vida material. Se estava doente, continua com as mesmas dores, o mesmo mal-estar. Permanece condicionado à vida material com todas as suas necessidades e sensações.

O esclarecedor deve conduzir o diálogo como se estivesse socorrendo e orientan-do um encarnado, dizendo-lhe que ele irá receber o tratamento que vai aliviá-lo e, depois, curá-lo definitivamente. Caso ele responda que já fez vários tratamentos sem resultados, o esclarecedor pode afirmar que se trata de tratamento diferente dos outros e, sem dúvida, lhe trará o alívio desejado, porque será feito por equipe especializada.

Inicialmente, poderá sugerir ao espírito que tome o medicamento a ser ministrado pe-la equipe de médicos e enfermeiros. Os espíritos já têm tudo preparado, porque sabem, com antecedência, das necessidades dos espíritos programados para se comunicarem.

O tempo necessário para a ministração do medicamento e o início dos efeitos pode ser bem curto. É equivalente ao tempo necessário para a ministração do recurso medicamen-toso, porquanto os espíritos estão numa dimensão em que a sucessão temporal não é como na Terra. Logo que o comunicante "ingere" o medicamento, o esclarecedor já pode começar a sugestionar a melhora, dizendo-lhe, por exemplo: "O medicamento já está fazendo efeito. Você já está melhorando. A dor já está passando." Na maioria das vezes, ele confirma a me-lhora e demonstra muita alegria pelo alívio obtido. Em seguida, o esclarecedor pode convidá-lo a seguir com os membros da equipe para o local adequado à continuidade do tratamento.

Caso o espírito peça alguma explicação sobre a sua situação, o esclarecedor pode di-zer-lhe que os demais membros da equipe lhe darão as explicações necessárias.

Em alguns casos, o espírito não acusa qualquer melhora. Insiste que o novo tratamen-to não adiantou. Isto acontece com espíritos que centralizam a mente na doença. São mais doentes da alma que do corpo. Nesse caso, o esclarecedor pode explicar-lhes que a sua ajuda é indispensável. Que eles precisam mudar a atitude mental, mentalizando a melhora, ao invés de mentalizar a doença.

Em alguns casos, a queixa principal do espírito é de sede intensa. Nesse caso, o esclare-cedor pode começar oferecendo-lhe água para beber. Da mesma forma, os espíritos se encar-regam de entregar-lhe a água. Aliviada a sede, o diálogo prosseguirá como no caso acima.

ESPÍRITOS SOFREDORES: SOFRIMENTOS MORAIS Esclarecendo os Desencarnados (Umberto Ferreira), págs. 43-44

A maioria dos espíritos que se comunicam em reuniões mediúnicas é sofredora. E o

tipo de sofrimento que os infelicita é de ordem moral, exacerbado pela consciência culpada. O esclarecedor deve ouvi-lo atentamente, procurando identificar a causa do sofri-

mento. Em seguida, deve explicar-lhe o que ele pode fazer para amenizar o próprio sofrimen-to.

É imprescindível falar-lhe acerca da importância da oração e da prática do bem como recursos para amenizar a sua dor.

É importante explicar-lhe que a autocondenação ou autoflagelação não resolve os seus problemas; ao contrário, agrava-os. O que mais pode ajudá-lo é o esforço para aprender a prática do bem e a oração.

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Curso de Doutrinação Texto 04 Pág. 6

É oportuno falar-lhe acerca da Misericórdia Divina, que dá a todos oportunidade de reparar os erros cometidos, ampara e dá forças aos que se arrependem.

Por fim, é recomendável convidá-lo a acompanhar a equipe numa prece em seu beneficio.

Diálogos de Luiz Sérgio sobre Viciados Driblando a Dor (Luiz Sérgio), Capítulos I e II

- Existem muitas divergências sobre informação e prevenção, que devem ser avaliadas por quem deseja trabalhar com drogados. É desagradável para o viciado e para quem deseja ajudá-lo ouvir um milhão de palavras inúteis sobre repressão e ameaças. O que se deve fazer é levar a pessoa a se interessar por si mesma, a se gostar, mostrar-lhe o quanto a socie-dade perde por tê-la tão distante, agonizante mesmo. A pessoa precisa conhecer o perigo que está enfrentando. Quem a está ajudando não está fazendo isso apenas por fazer, mas sim porque é um conhecedor do assunto. Cabe explicar a um provável consumidor, ou já depen-dente, que o drogado carrega um estigma, por parte da comunidade, de difícil aceitação para a família.

- O dependente de drogas é um doente psíquico, completou Carlos. Ele tem no seu in-consciente um trauma. Quem consome droga deseja driblar a dor, não é mesmo, Luiz Sérgio?

- Tem razão, Carlos. O jovem, quando busca o tóxico, o faz por alguma causa. Se bus-carmos a origem, encontraremos primeiramente a fraqueza familiar, ou seja, pais inse-guros; lar desequilibrado, filhos negligenciados ou superprotegidos, quer dizer, mimo ou desprezo. Ainda mais: dinheiro fácil, excesso de liberdade.

(...)A espiritualidade, no momento, procura orientar o viciado sobre o seu próprio com-portamento, fazendo-o compreender o valor da vida. Enfim, ganha a confiança do doente para aplicar o remédio. É preciso contar com a cooperação dos pais, sem se sentirem culpados, nem filhos acusando-os. A droga adotou o seu filho e você precisa vencê-la. Quando o jovem busca a companhia da droga é porque algo acontece com ele. Ele é um doente. A família tem de conscientizar-se de que algo falhou na vida do jovem. Ou ele é por demais orgulhoso, ou tímido e complexado. Um jovem dono de si mesmo jamais se droga. A família de um droga-do deve buscar a orientação de um bom psicólogo. Algo o jovem deseja: agredir a família ou se autodestruir. Ele, muitas vezes, é agressivo, e outras vezes ótimo filho, dependendo do ambiente familiar. Os pais não são culpados, como também não o são os filhos dependentes. No dia a dia de uma família algo triste aconteceu e eles não perceberam as tendências do filho e alimentaram seu ego, fazendo dele um ser especial ou inexistente. O que é preciso é o filho ser tratado como um componente da família. Não importa a sua idade; importa, sim, que ele se julgue útil e amado por todos. Geralmente, o jovem, quando deseja agredir os pais, tudo faz para que a família descubra o seu vício, ficando contente com as brigas da mãe e a violên-cia do pai. Se os pais derem ao filho a certeza de um amor equilibrado, ele voltará atrás e a-bandonará o vício. Mas se os pais continuarem desejando que ele seja um homem de bem, sem a família ter um procedimento elevado, ele continuará a agredir. Quem descobrir que seu filho é viciado tudo deve fazer para mudar o ambiente familiar. O pai tem de voltar a ser o herói da época infantil, a mãe o ninho de amor que o aconchega nas horas de tormenta. Se não for assim, o filho viverá distante da sociedade e a família sentirá ainda mais a sua ausência.

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Curso de Doutrinação Texto 05 Pág. 1

Tipos de Espíritos Comunicantes Obsessão / Desobsessão (Suely Caldas Schubert), 3ª parte-cap. 12 (pág 171-180)

ESPÍRITOS QUE FAZEM SOFRER

ESPÍRITOS QUE DESEJAM TOMAR O TEMPO DA REUNIÃO (Leia também a questões 23 e 49 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

Vêem com a idéia preconcebida de ocupar o tempo dos trabalhos e assim perturbarem o

seu desenrolar. Usam muito a técnica de acusar os participantes, os espíritas em geral, ou comentam so-

bre as comunicações anteriores, zombando dos problemas apresentados. Tentam alongar a conversa, têm resposta para tudo.

Observando o seu intento, o doutrinador não deve debater com eles, tentando provar a excelência do Espiritismo, dos propósitos da reunião e dos espíritas, mas sim levá-los a pensar em si mesmos. Procurar convencê-los de que enquanto analisam, criticam ou perseguem ou-tras pessoas, esquecem-se de si mesmo, de buscar a sua felicidade e paz interior.

Quase nunca são esclarecidos de uma só vez. Voltam mais vezes.

ESPÍRITOS IRÔNICOS (Leia também a questão 11 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

São difíceis para o diálogo. E, geralmente, sendo muito inteligentes, usam a ironia como

agressão. Ferem o doutrinador e os participantes com os comentários mais irônicos e contun-dentes. Ironizam os espíritas, acusando-os de usarem máscara; de se fingirem de santos; de artifícios dos quais, dizem, utilizam para catequizar os incautos; de usar magia, hipnotismo, etc.

Alguns revelam que seguem os participantes da reunião para vigiar-lhes os passos e que ninguém faz nada do que prega.

Em hipótese alguma deve-se ficar agastado ou melindrado com isso. É, aliás, o que al-mejam. Pelo contrário, devemos aceitar as críticas ferinas, inclusive porque apresentam gran-de fundo de verdade. Essa aceitação é a melhor resposta. A humildade sincera, verdadeira, nascida da compreensão de que em realidade somos ainda muito imperfeitos.

Tentar defender-se, mostrar que os espíritas trabalham muito, que naquele Centro se produz muito, é absolutamente ineficaz. Será até demonstração de vaidade de nossa parte, visto que temos ciência de nossa indigência espiritual e do pouco que produzimos e progre-dimos. E eles sabem disto.

Aceitando as acusações e sentindo, acima de tudo, o quanto existe de razão no que fa-lam, eles aos poucos se desarmarão. Simultaneamente ir conscientizando-os do verdadeiro estado em que se encontram; da profunda solidão em que vivem, afastados dos seus afetos mais caros; que, em realidade, são profundamente infelizes -- eis alguns dos pontos que po-dem ser abordados.

Tais entidades voltam mais vezes, pois esse esclarecimento demanda tempo.

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ESPÍRITOS ESCARNECEDORES

Esclarecendo os Desencarnados (Umberto Ferreira), págs. 59-60

Freqüentemente, espíritos escarnecedores se manifestam na reunião e se valem do escár-nio para provocar os componentes do grupo, com o objetivo de irritá-los e desestabilizá-los, comprometendo o trabalho a ser realizado.

Os membros da reunião, especialmente o dirigente ou o esclarecedor encarregado do ca-so, não devem-se deixar influenciar pelas palavras do comunicante, muito menos se irritar com ele. Ao contrário, devem se colocar acima das suas provocações e cultivar o sentimento de compreensão e indulgência para com ele. Não é conveniente responder às provocações, nem polemizar.

A melhor atitude é ignorar as provocações e tentar melhorar a sintonia com os mentores espirituais, para descobrir as suas necessidades mais íntimas e planejar o que vai dizer-lhe. E, assim que tiver oportunidade, começar a falar-lhe serenamente.

O esclarecedor pode dizer-lhe: Você foi criado por Deus, como todos nós. E Ele o ama como a todos os seus filhos

e não se afasta de nenhuma das suas criaturas. Nós é que nos afastamos pela sintonia

com o mal e por deixarmos o caminho do bem, utilizando o livre arbítrio que Ele con-

cede a todos.

Nós estamos aqui em Seu nome e em nome de Jesus, para falar ao seu coração,

convidando-o a iniciar um novo aprendizado, numa escola espiritual, sob a orientação

de trabalhadores da Seara de Jesus, que lhe esclarecerão as dúvidas e o ensinarão a

praticar o bem.

Somos todos irmãos e queremos o seu bem. Aproveite esta oportunidade!

Mesmo que o espírito continue escarnecendo, o esclarecedor deve prosseguir imperturbá-vel e falando com amor. Se não conseguir demovê-lo, pode recorrer à oração e deixá-lo aos cuidados dos bons espíritos, que o encaminharão ao lugar certo.

O comunicante pode ser tocado pelas palavras, sentimento e serenidade do esclarecedor e dos demais membros da reunião, e mudar de atitude; nesse caso, o diálogo pode tomar a dire-ção determinada pelo que o espírito disser.

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COMENTÁRIOS DE MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA Tramas do Destino (Manoel Philomeno de Miranda), págs. 105-107

Não obstante a forma como os irmãos infelizes do além-túmulo agem em relação às suas

vitimas, também investem, simultaneamente, contra os que lhes distendem mãos amigas, pro-vocando a irrupção de problemas no lar, no trabalho, na rua, com que objetivam descoroçoar o ânimo desses abnegados agentes da caridade e do amor. Atiram-lhes petardos mentais com que pretendem penetrar a fortaleza interior; inspiram desânimo; empestam a psicosfera de que se nutrem os lidadores da solidariedade; utilizam-se de pessoas frívolas, que lhes servem de instrumentos dóceis; despertam sentimentos contraditórios; açulam paixões... Tudo fazem por instalar a dúvida, criar áreas de atritos, impondo, quando possível, sucessão de acontecimen-tos desagradáveis. Programam conversações doentias e telecomandam comentários deprimen-tes, tais como: “todo aquele que se envolve com a prática do bem, somente recebe ingrati-dão”; “enquanto se trabalha no programa da caridade, as coisas dão para trás”; “embora aju-dando-se com dedicação, não se recebe ajuda” ; “os maus progridem e os bons, interessados na melhora e progresso dos seus irmãos, sofrem, incompreensivelmente”...

Alguns trabalhadores, pouco adestrados ao culto dos deveres de enobrecimento, agasa-lham essas idéias perturbadoras, deixando-se desanimar ou intoxicando-se pela revolta que delas decorre. Não lhes passa pela mente que todos mantemos vínculos de sombra com a reta-guarda e que nos acontece somente o que merecemos ou a nossa insensatez engendra.

As provações, em qualquer circunstância, constituem aprendizado valioso e desconto de títulos em débito, postos em cobrança no transcurso da oportunidade melhor com que mais facilmente se libera o homem das responsabilidades negativas, inditosas.

Sempre bênçãos não podem ser tomadas à conta de punição ou experimentação divina para testar a frágil resistência humana...

Outrossim, desde que ninguém jornadeia à mercê do acaso, sujeito a ocorrências de dor e sombra sem que as mereça, fácil compreender-se que os credenciados pelo esforço pessoal ao serviço edificante recolhem maior quota de ajuda. conforme o ensino evangélico de que “mais recebe aquele que mais dá”.

Naturalmente, os Benfeitores Espirituais, interessados na ascensão dos seus tutelados, vê-em, identificam as graves teceduras das redes de que se utilizam os maus, não ficando iner-mes, nem os deixando à própria sorte. Enquanto sabem que toda aflição bem recebida produz conquista de relevo para quem a aceita de bom grado, reconhecem que a dor defluente da obra do amor propicia maior soma de aquisições, impulsionando com facilidade a sublimação dos propósitos e a liberação do passado.

A pedra lapidada fulge e o pântano drenado se adorna de flores. Sem embargo, esses abnegados Mensageiros alentam os que com eles sintonizam; res-

guardam-nos do mal, induzem-nos à perseverança no trabalho da auto-iluminação; sustentam-lhes a fé; promovem encontros circunstanciais edificantes; conduzem-nos a Esferas de luz e a Escolas de sabedoria, quando ocorre o desprendimento parcial pelo sono; dão informações preciosas; irrigam a mente que se torna fértil de idéias elevadas; produzem euforia interior... Não afastam, porém, os problemas nem as lutas, por saberem que, através de tais, melhor-mente se purificam e elevam...

Como a Terra é também preciosa Escola, tudo se transmuda em ensinamento, em cuja conquista se devem investir todos os valores possíveis.

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ESPÍRITOS DESAFIANTES

(Leia também a questão 21 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

Vêm desafiar-nos. Julgam-se fortes, invulneráveis e utilizam-se desse recurso para ame-drontar. Ameaçam os presentes com as mais variadas perseguições e desafiam-nos a que pros-sigamos interferindo em seus planos.

Cabe ao doutrinador ir encaminhando o diálogo, atento a alguma observação que o co-municante fizer e que sirva como base para atingir-lhe o ponto sensível. Todos nós temos os nossos pontos vulneráveis -- aquelas feridas que ocultamos cuidadosamente, envolvendo-as na couraça do orgulho, da vaidade, do egoísmo, da indiferença.

Em geral, os obsessores, no decorrer da comunicação, acabam resvalando e deixando entrever os pontos suscetíveis que tanto escondem. Aparentam fortaleza, mas, como todos, são indigentes de amor e de paz. Quase sempre estão separados de seus afetos mais caros, seja por nível evolutivo, seja por terem sido feridos por eles.

O doutrinador recorrerá à energia equilibrada -- dosada no amor --, serena e segura, quando sentir necessidade.

Espíritos desse padrão vibratório quase sempre têm que se comunicar mais vezes. O que se observa é que a cada semana eles se apresentam menos seguros, menos firmes e fortes que na anterior. Até que se atinge o momento do despertar da consciência.

TÉCNICAS E RECURSOS Diálogo com as Sombras (Hermínio C. Miranda), págs. 216, 217, 221, 222, 238 e 239

O doutrinador precisa estar muito atento a esses sinais reveladores. Tentar identi-

ficá-los é sua tarefa, mas que o faça com muito tato, paciência e compreensão. Ninguém gosta de revelar suas fraquezas, seus erros, seus crimes, suas mazelas e imperfeições. Nada de coa-ções, de pressões, de imposições. Espere com paciência, busque com tranqüila perseverança, que a verdade virá. Lembre-se de que ela se encontra ali mesmo, na memória daquele irmão que sofre. Ele a dirá, se é que chegou a sua hora de mudar de rumo. Basta um pouco de ajuda, habilidade, tato e paciência. É preciso, também, que tenhamos a faculdade da empatia, ou seja, apreciação emocional dos sentimentos alheios. Veja bem: apreciação emocional. É ne-cessário que as nossas emoções estejam envolvidas. Se apenas assistimos às agonias de um Espírito que se debate nas suas angústias, não temos empatia; somos meros espectadores. É preciso aprender a vibrar com ele, sofrer com ele, compreender sua relutância em abrir-se, aceitar seu temor em descobrir suas feridas, mas, a despeito de tudo isso, ajudá-lo a descobri-las...

Estejamos certos, porém, de que a resistência será grande, a luta interior que pre-senciaremos será dolorosa, difícil, e muitas vezes o Espírito recuará novamente, temeroso, acovardado, sentindo-se ainda despreparado.

Neste caso, ouvimos sempre uma destas frases: - Ainda não estou preparado... Espere um pouco mais... De outra vez... Deixe-me.

Dê-me mais tempo. Preciso pensar... Junto de um companheiro particularmente agoniado, presenciamos a dura batalha

entre os lampejos da esperança de paz e os apelos de seu insaciado desejo de vingança: iria, agora, abandonar tudo aquilo, que era a motivação de sua vida, e o tinha sido por séculos e séculos? Entregar-se à dor? Abandonar a sua vítima? E a sua vingança? E, no entanto, nin-

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guém melhor do que ele sentia a inadiável necessidade de uma atitude de renúncia, embora sabendo que apenas trocava uma dor por outra.

O doutrinador não o forçou. Limitou-se a dizer, com o coração aberto à compre-ensão e ao afeto:

- A decisão é sua. Claro que você pode continuar a fazer isso. Deus, que amparou aquele a quem você persegue por tanto tempo, há de continuar amparando-o. Mas, e você? É isto que lhe convém? É isto mesmo que você quer?

***

O problema das ameaças merece alguma digressão mais ampla, porque ele tem implicações muito sérias no trabalho de doutrinação.

Em primeiro lugar, como nos disse um Espírito amigo, certa vez, não podemos colher rosas, sem jamais nos ferirmos nos espinhos. Quanta verdade nesta imagem! Por mais estranho que nos pareça, a uma observação superficial, os Espíritos mais terrivelmente pertur-bados e desarmonizados guardam em si incrível potencial para as realizações futuras - apti-dões, experiências e qualificações inesperadas, preciosas, e, por mais fantástico que nos pare-ça, uma enorme capacidade de amar.

Um deles, muito difícil, agressivo, poderoso, quase inabordável, não pôde conter sua gratidão, depois de desperto: beijou, com emoção e respeito, a mão de seu aturdido dou-trinador, o mesmo que, ainda há poucas semanas, ele daria tudo para destruir.

No trabalho mediúnico de desobsessão, temos, pois, que contar com contratem-pos, ferimentos e angústias, especialmente se deixarmos cair as nossas guardas. Isto é válido para todo o grupo, e não apenas para o médium, ou para o doutrinador. O cerco aperta-se, ainda que estejamos guardados na prece e na vigilância.

- "Vigiai e orai" - disse o Cristo, segundo Marcos - "para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Marcos, 14:38.)

O Espírito deseja a libertação, teme novas quedas, sonha com a paz, sofre a au-sência de afetos muito profundos e, de certa forma, está pronto para a vida em plano melhor e mais purificado, ou, pelo menos, não tão difícil e grosseiro como este mundo de provas em que vivemos; mas, no fundo, mergulhado no corpo físico, que o sufoca, sua vontade debilita-se e a fraqueza da carne vence as melhores intenções. Os seres desencarnados inferiores que nos vigiam, nos espionam e nos assediam, sabem disso, tão bem ou melhor do que nós, e, enquanto puderem, hão de reter-nos na retaguarda, pelo menos, como disse um amigo espiri-tual muito querido, para engrossar as fileiras dos que estão parados.

Mesmo com toda a vigilância, e em prece, continuamos vulneráveis. E "eles" sa-bem disso. Quando o esquecemos, eles nos lembram:

- Você pensa que é invulnerável? Quem poderá responder que é? E as nossas mazelas, os erros ainda não resgata-

dos, as culpas ainda não cobradas, as infâmias ainda não desfeitas? Contudo, temos que pros-seguir o trabalho de resgate, a despeito dos espinhos das rosas, das ameaças e, logicamente, de um ou outro desengano maior. É preciso estarmos, no entanto, bem certos de que, em nenhu-ma hipótese, sofreremos senão naquilo em que ofendemos a Lei, e jamais em decorrência do trabalho de desobsessão, em si mesmo. Seria profundamente injusta a Lei, se assim não fosse. Então, vamos ser punidos porque estamos procurando, exatamente, praticar a Lei universal do amor fraterno e da solidariedade que nos recomenda o Cristo?

Não aceitaremos a intimidação, mas não a devolveremos com uma palavra ou um gesto de desafio ou de provocação. É necessário não intimidar-se diante da bravata, mas sem

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cometer o engano de ridicularizá-la. Há uma diferença considerável em ser intimorato e ser temerário. Nossa bagagem de erros ainda a resgatar não nos permite usar o manto da invulne-rabilidade, mas não deve deter os nossos passos na ajuda ao irmão que sofre. Mesmo que ele nos fira, com a peçonha de seu rancor inconsciente, quando lhe estendermos a mão, para aju-dá-lo a levantar-se, ele nos será muito grato se o conseguirmos e, no fundo, bem no fundo de si mesmo, ele, mais do que ninguém, deseja e espera que nós consigamos salvá-lo, pois que, por si mesmo, com seus próprios recursos, ele não o conseguiu ainda. E, afinal de contas, se os espinhos nos ferirem, aqui e ali, também estaremos nos libertando das nossas próprias cul-pas.

A regra, portanto, é esta: não ridicularizar a bravata, nem desafiar a ameaça; não responder à ironia com a mofa; não se intimidar, mas não ser imprudente.

***

Em casos excepcionais, sob condições especiais, mentores espirituais, presentes,

incorporam-se em outros médiuns, para doutrinar o Espírito manifestado. E comum, nestes casos, falarem com inusitada energia e firmeza, e, no entanto, sem o menor traço de rancor, de impaciência, de agressividade. Um desses companheiros amados, certa vez disse um "Basta!", com incontestável autoridade, ao Espírito que deblaterava com arrogância e impertinência.

O problema da palavra enérgica é, pois, extremamente delicado. Se pronunciada antes da hora, no momento inoportuno, pode acarretar inconvenientes e perigos incontorná-veis, pois que não podemos esquecer-nos de que os Espíritos desarvorados empenham-se, com extraordinário vigor e habilidade, em arrastar-nos para a altercação e o conflito, clima em que se sentem muito mais à vontade do que o doutrinador. Se este "topar a briga", estará arris-cando-se a sérias e imprevisíveis dificuldades. Não pode, por outro lado, revelar-se temeroso e intimidado. Esse meio-ermo, entre destemor e intrepidez, é a marca que distingue um dou-trinador razoável de um incapaz, pois os bons mesmo são raríssimos. E aquele que se julga um bom doutrinador está a caminho de sua própria perda, pois começa a ficar vaidoso. Os próprios Espíritos desequilibrados encarregam-se de demonstrar que não há doutrinadores impecáveis. Muitas vezes envolvem, enganam e mistificam. Se o doutrinador julga-se invul-nerável e infalível, está perdido: é melhor passar suas atribuições a outro que, embora não tão qualificado intelectualmente, tenha melhor condição, se conseguir manter-se ao mesmo tempo firme e humilde.

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ESPÍRITOS DESCRENTES

(Leia também a questão 16 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

Apresentam-se insensíveis a qualquer sentimento. Descrêem de tudo e de todos. Dizem-se frios, céticos, ateus.

No entanto, o doutrinador terá um argumento favorável, fazendo-os sentir que apesar de tudo continuam vivos e que se comunicam através da mediunidade. Também poderá abordar outro aspecto, que é o de dizer que entende essa indiferença, pois que ela é resultante dos so-frimentos e desilusões que o atormentam. Que, em realidade, essa descrença não o conduzirá a nada de bom, e sim a maiores dissabores e a uma solidão insuportável.

O doutrinador deve deixar de lado toda argumentação que vise a provar a existência de Deus, pois qualquer tentativa nesse sentido não atingirá o objetivo. Eles estão armados contra essa doutrinação e é esta justamente a que esperam encontrar. Primeiro, deve-se tentar desper-tá-los para a realidade da vida, que palpita dentro deles, e da sofrida posição em que se colo-cam, por vontade própria. Ao se conscientizarem do sofrimento em que jazem, da angústia que continuadamente tentam disfarçar, da distância que os separa dos seres amados, por si mesmos recorrerão a Deus. Inclusive, o doutrinador deve falar-lhes que somente o Pai pode oferecer-lhes o remédio e a cura para seus males.

ESPÍRITOS QUE AUXILIAM OS OBSESSORES (Leia também a questão 108 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

São bastante comuns nas reuniões. Às vezes, dizem abertamente o que fazem e que têm

um chefe. Em outros casos, tentam esconder as suas atividades e muitos chegam a afirmar que o chefe não quer que digam nada. Também costumam dizer que foram trazidos à força ou que não sabem como vieram parar ali.

É preciso dizer-lhes que ninguém é chefe de ninguém. Que o nosso único “chefe” é Je-sus. Mostrar-lhes também o mal que estão praticando e do qual advirão sérias conseqüências para eles mesmos. É de bom alvitre mencionar que o chefe no qual tanto acreditam em verda-de não lhes deseja bem-estar e alegrias, visto que não permite que sigam seu caminho ao en-contro de amigos verdadeiros e entes queridos. (47).

(47) Quando mencionamos os entes queridos do comunicante, isto não significa forçar a comunica-

ção de um deles. Inclusive deve-se evitar fazê-lo, pois isto deve ser natural e cabe aos Mentores resolve-rem. É comum que se diga ao obsessor: “Lembre-se de sua mãe”. Deve-se evitar isto, pois a resposta pode-rá ser: “Por quê? ela não prestava” ou “era pior que eu”, etc. Daí o cuidado.

ESPÍRITOS VINGATIVOS

São aqueles obsessores que, por vingança, se vinculam a determinadas criaturas. Muitos declaram abertamente seus planos, enquanto que outros se negam a comentar

suas ações ou o que desejam. Costumam apresentar-se enraivecidos, acusando os participantes de estarem criando obstáculos aos seus planos. Falam do passado, do quanto sofreram nas mãos dos que hoje são as vítimas. Nesses casos, o doutrinador deve procurar demonstrar-lhes o quanto estão se prejudicando, o quanto o ódio e a vingança os tornam infelizes; que, embora o neguem, no fundo, prosseguem sofrendo, já que não encontram um momento de paz; que o ódio consome aquele que o cultiva. É importante levá-los a refletir sobre si mesmos, para que verifiquem o estado em que se encontram. A maioria se julga forte e invencível, mas confes-sam estar sendo tolhidos pelos trabalhos da reunião, o que os enfurece. Diante desse argumen-

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to, o doutrinador deve enfatizar que a força que tentam demonstrar se dilui ante o poder do Amor que dimana de Jesus.

Conforme o caso, os resultados se apresentam de imediato. O obsessor, conquistado pe-lo envolvimento fluídico do grupo e pela lógica do doutrinador, sente-se enfraquecido e ter-mina por confessar-se arrependido. Em outros casos, a entidade se retira enraivecida, retor-nando para novas comunicações, nas semanas seguintes. Quando voltam, identificam-se ou são percebidos pelos participantes ante a tônica que imprimirem à conversação.

ESPÍRITOS MISTIFICADORES (Leia também a questão 66 e 74 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

São os que procuram encobrir as suas reais intenções, tomando, às vezes, nomes ilustres

ou ares de importância. Chegam aconselhando, tentando aparentar que são amigos ou mento-res. Usam de muita sutileza e podem até propor modificações no andamento dos trabalhos.

Mistificadores existem que se comunicam aparentando, por exemplo, ser um sofredor, um necessitado, com a finalidade de desviar o ritmo das tarefas e de ocupar o tempo.

O médium experiente e vigilante e o grupo afinizado os identificarão. Mas não se pode dispensar toda a vigilância e discernimento.

Numa reunião bem orientada, se se comunica um mistificador, nem sempre significa que haja desequilíbrio, desorganização ou invigilância. As comunicações desse tipo são per-mitidas pelos Mentores, para avaliar a capacidade do grupo e porque sabem o rendimento da equipe, e que o mistificador terá possibilidades de ser ali beneficiado.

O médium que recebe a entidade detém condições de sentir as suas vibrações. Mesmo que o grupo não perceba, o médium sabe e, posteriormente, após os trabalhos, no instante da avaliação, tem ensejo de declarar o que sentiu e quais eram as reais intenções do comunicante. Ressalte-se, contudo, que, quando o grupo é bem homogêneo, todos ou alguns participantes perceberão o fato.

ESPÍRITOS OBSESSORES INIMIGOS DO ESPIRITISMO

São, geralmente, irmãos de outros credos religiosos. Alguns agem imbuídos de boa fé,

acreditando que estão certos. Muitos, todavia, o fazem absolutamente cônscios de que estão errados, pelo simples prazer de provocar discórdia. Dizem-se defensores do Cristo, da pureza dos seus ensinamentos. Não admitem que os espíritas sigam Jesus.

O doutrinador deve evitar as explanações sobre religião. De nada adiantará tentar con-vencê-los de que o Espiritismo é a Terceira Revelação, o Consolador Prometido. É este o ca-minho menos indicado. Deve-se evitar comparações entre religiões. A conversação deve girar em torno dos ensinamentos de Jesus. Comparar-se o que o Mestre ensinou e as atitudes dos que se dizem seus legítimos seguidores. São muito difíceis de ser convencidos. São cultos e cristalizados em seus pontos de vista.

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ESPÍRITOS GALHOFEIROS, ZOMBETEIROS (Leia também a questão 59 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

Apresentam-se tentando perturbar o ambiente, seja fazendo comentários jocosos, seja

dizendo palavras e frases engraçadas, com a intenção de baixar o padrão vibratório dos pre-sentes. Alguns chegam rindo; um riso que prolongam a fim de tomar tempo; exasperar e irri-tar os presentes, ou também levá-los a rir.

É preciso muita paciência com eles e o grupo deve manter elevado o teor dos pensamen-tos e vibrações. Deve-se procurar o diálogo no sentido de torná-los conscientes da inutilidade dessa atitude e de que em verdade, o riso encobre, não raro, o medo, a solidão e o desassosse-go.

ESPÍRITOS LIGADOS A TRABALHOS DE MAGIA, TERREIRO, ETC

(Leia também a questão 24 do livro Como Doutrinar os Espíritos - CDE)

Vez por outra surgem na sessão entidades ligadas aos trabalhos de magia, despachos,

etc. Podem estar vinculados a algum nome, a algum caso que esteja sendo tratado pela equipe. Uns reclamam da interferência havida; outros propõem trabalhos mais “pesados” para resol-ver os assuntos; vários reclamam de estar ali e dizem não saber como foram parar naquele ambiente, pedindo inclusive muitos objetos empregados em reuniões que tais.

O doutrinador irá observar a característica apresentada, fazendo a abordagem corres-pondente.

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