fcad sport - 2ª edição

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Equoterapia O centro de terapia Camaster da cidade de Salto, atualmente atende aprox- imadamente 30 pacientes em uma área coberta de 600m2 com uma equipe experiente no tratamento de portadores de necessidades especiais. pag.6 Veja também: Hipismo para todos Esporte que dá “salto” na saúde. O hipismo não é ainda um dos esportes mais populares, mas tudo indica melhoras para o futuro dessa prática. pag. 5 2ª Edição - R$ 1,00 Artes marciais Elas se popularizam com transmissões televisivas. O muay thai, jiu-jitsu, judô, UFC ou boxe parece vio- lento, mas há toda uma organização de técnicas para um desenvolvimento físico, mental, espiritual e, além, é claro, a práti- ca da atividade física. ED02_FCADSPORT.indd 1 30/09/2012 19:41:16

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Jornal desenvolvido por estudantes do 4º semestre de comunicação social com habilitação em jornalismo.

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Page 1: FCAD Sport - 2ª edição

EquoterapiaO centro de terapia Camaster da cidade de Salto, atualmente atende aprox-imadamente 30 pacientes em uma área coberta de 600m2 com uma equipe experiente no tratamento de portadores de necessidades especiais. pag.6

Veja também:Hipismo para todosEsporte que dá “salto” na saúde.

O hipismo não é ainda um dos esportes mais populares, mas tudo indica melhoras para o futuro dessa prática.

pag. 5

2ª Edição - R$ 1,00

Artes marciaisElas se popularizam com transmissões televisivas. O muay thai, jiu-jitsu, judô, UFC ou boxe parece vio-lento, mas há toda uma organização de técnicas para um desenvolvimento físico, mental, espiritual e, além, é claro, a práti-ca da atividade física.

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Page 2: FCAD Sport - 2ª edição

E D I T O R I A L Essa é a 2ª edição do jornal FCAD Sport pro-duzido pela equipe dos es-tudantes do 4ª semestre de Jornalismo da FCAD-Ceunsp. Trazemos aqui uma edição especial em cor ver-melha, pois é a cor que ex-pressa ação, combate, con-fiança, astúcia, coragem e atitude positiva, característi-cas inerentes aos dois temas tratados: lutas e hipismo. Essa cor pode significar tam-bém a raiva que na luta é con-trolada e ligada à ética, afinal por trás de uma aparente violência e brutalidade existe a concentração e de-terminação dos atletas. Esses adjetivos que também se aplicam ao hipismo, uma vez que o cavaleiro, ou amazona, tem que se con-centrar e se empenhar ao máximo para obter seu total desempenho e de seu cavalo.

Equipe FCAD SPORTS

Expediente:Editor e Diagramador:Gilson FernandesSub-editor:Fernando SantosReportagem e Fotografia:Débora Nogueira; Jéssica Corsi; Larissa Ferreira; Marcos Vinicius; Rafael Chagas; Viviane Andrello; Katelyn Caldeiras

Quebra de tabusJiu-jitsu busca o respeito ao próximo, mas ainda é rotulado como violento.

Com a expansão do budismo, o jiu-jitsu percorreu o sudeste asiático a

China e finalmente chegou ao Japão, onde se desenvolveu e popularizou-se. A arte marcial chegou ao Brasil em 1917, tendo como pioneiro Gastão Gracie que logo levou o filho mais velho Carlos Gracie, para apren-der a luta. Aos 19 anos, Car-los se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lu-tador e professor dessa arte marcial, abrindo a primeira academia. Apesar de ser considerado um dos esportes mais popu-lares no Brasil, a luta ainda carrega o estereótipo de violenta. Mas praticantes da arte ten-tam quebrar esse tabu. “Comecei a prati-car o esporte por influência do meu pai. No primeiro dia pensei que levaria várias surras, achava que o esporte era só vi-olência, mas não foi bem isso que ocor-reu,” conta Paulo Henrique Oliva, 21anos estudante de direito e praticante da modalidade há oito anos. De acordo com ele o fundamento e a conduta de um lutador são o respeito ao próximo, além do estímulo mental. A fama de um esporte violento se dá pelos famosos ‘pitboys’, grupos que se reúnem para arrumar brigas. Um person-agem associado ao tema é o polêmico Ryan Grace, praticante da arte. Envolvido em in-

úmeras brigas e sendo detido inúmeras vezes, até ser encontrado morto em 2007. “As pessoas parecem que ficam com medo de quem pratica o esporte, algumas confundem com o MMA (artes marciais mistas, que incluem golpes de luta em pé e técnicas de luta no chão) e te rotulam de ‘pitboy’. Por incrível que pareça, eu era nervoso e bagunceiro na

escola, adorava uma briga,” conta Paulo Henrique. O atleta revela

que depois que adquiriu con-hecimentos sobre o jiu-jitsu

aprendeu a respeitar os mais fracos, escutar, e pensar muito antes de

agir, tudo graças ao esporte. Segundo especialistas,

o Jiu-Jitsu é um esporte reco-mendado para todos os sexos e

idades. Beneficia a saúde, condi-cionamento físico, concentração e es-tresse. O lutador Paulo Oliva, confirma que o esporte trouxe maturidade, quali-dade de vida e alegrias. Uma delas foi a classificação para o mundial brasilei-ro em 2007 no qual não saiu vitorioso, mas ficou contente em ter participado.

Por Larissa Ferreira

fotos arquivo pessoalfotos arquivo pessoalfotos arquivo pessoal

fotos arquivo pessoal

lidade de apadrinhar um paciente carente e lhe dar uma melhor condição de vida e bem estar. E com apenas R$ 150 por mês qualquer pessoa pode ajudar quem precisa.

Por Rafael Chagas

Serviço:Centro de Equoterapia

CAMASTEREstrada Elias Fausto (Rua Mun. SLT-161), nº 500, bairro Buru. CEP: 13.328.330 - Salto/SP(11) 9961-8686 - Luciane Padovani/[email protected] Horário de funcionamento: quintas-feiras das 13h às 17h e sextas-feiras das 8h às 12h e das 14h às 17hwww.camasterequoterapia.wordpress.com

Fotos Divulgação/Assessoria Clínica Camaster

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“Depois que adquiri con-hecimentos sobre o jiu-jitsu

aprendi a respeitar os mais fra-cos, escutar e pensar muito antes

de agir.”Paulo Oliva, 21 anos

Judoca.

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Artes marciais aparecem mais na TVBoxeador ganhador de cinco ouros conta que sempre competiu com dinheiro do próprio bolso.

fotos arquivo pessoal

Murros, golpes em qualquer parte do corpo, nocaute, socos violentos, o boxe é assim, esporte que em 1867 adquiriu regras semelhantes às atuais, mas que de acordo com estudos arqueológicos pode ter surgido na antiguidade. Atual-mente é uma das lutas mais mil-ionárias que existem, enfrentando grandes dificuldades, principal-mente com falta de patrocínio. Everton Diego Araújo Bitto, professor de educação física, pratica boxe há oito anos e participou de diversas com-petições da modali-dade entre elas o Campeonato Su l -amer icano de Boxe, em São Paulo; Campeonato Panamericano, no Rio de Janeiro e a Copa Rudel de Boxe, em Sorocaba. Do total de sete jogos que par-ticipou ganhou cinco medalhas de ouro. De acordo com o atleta, faltam incentivos e patrocínio ao boxe e a todas as artes marciais de um modo geral. “Só ocorre a valorização quando o atleta conquista algum prê-mio, no entanto, na base

ninguém ajuda.” Conta Bitto. Com a transmissão dos jogos de UFC – a principal organização das artes marciais mistas ou MMA - pela televisão fala-se da popularização da modalidade superando até mesmo o boxe, mas para o professor o boxe é um esporte milionário e por isso não é possível que alguma outra luta tome o seu espaço. “As pessoas gostam de assistir a esses esportes onde um é derrotado pelo outro através de uma ‘briga’ saudável, porque é insti-gante,” conta Tayná Mamede Casim,

assessora parlamentar. Para Aline Cristina de

Castro, jogadora de vôlei como hobby, as crian-

ças tem uma fixação pelos esportes de lu-

tas desde cedo devido ao contato com jogos de

computador que têm como característica a violência.

“Umas pancadas devem fazer bem para a saúde mental dos atletas que praticam o boxe,” brinca. Ela diz que devido à forte propaganda que é feita aqui no Brasil sobre o futebol outros es-portes são esquecidos e consequente-mente deixam de receber patrocínio. São várias as modalidades esportivas e o grande diferencial das artes marciais, por exemplo, é que os atletas desenvolvem técnicas, cri-

ando um domínio sobre as atitudes e tornam-se pessoas que terão um autocontrole maior em momentos de tensão e estresse. Mesmo essas mo-dalidades tendo a cara de violentas servem para tranquilizar os ânimos.

“Só ocorre a

valorização quando o atleta conquista algum

prêmio, no entanto, na base ninguém ajuda.”

Everton Diego Araujo,Professor e atleta.

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Por Fernando Santos

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EQUOTERAPIA

A equoterapia tem como objetivo atender pacientes portadores de necessidades especiais ou com comprometimentos motores e psicológicos, baseando-se em um trabalho realizado através de um cavalo com total suporte e uma equipe multidisciplinar, tendo como objetivo melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos praticantes. A técnica inclui uma equipe composta por profissionais das mais diversas áreas como: fisioterapia, psicologia, psicopedagogia, equitação e educação física. Imprescindível também a utilização dos cavalos, que junto com os pacientes são integrantes fundamentais. O cavalo é um exce-lente e principal com-ponente do trabalho de reabilitação, porque possui movimentos muito semelhantes aos da marcha humana. “A diferença entre o andar humano e o do cavalo é mínima,” afirma a terapeuta ocupacional Luciane Pa-dovani. “Assim o cavalo proporciona uma sensação de

liberdade, como se o próprio paciente estivesse andan-do e assim possibilita a execução de exercícios de co-ordenação e equilíbrio mais prazerosos fortalecendo a autoestima e autoconfiança, sem contar com o lado afetivo e a agressividade do impacto, proporcionando um aprimo-ramento físico gradual do paciente,” finaliza a terapeuta. Entre os benefícios da prática da equoterapia, destaca-se a melhora da coordenação psicomotora e da localização neuro global, o desenvolvimento das reações

de equilíbrio, a melhora dos padrões respiratórios e san-guíneos, aspectos psicológi-cos como concentração, autoestima, independência de atuação, prazer, víncu-los afetivos entre muitos outros. “Diariamente nota-

mos a melhora de nossos pacientes,” revela Luciane. As sessões de equoterapia são realizadas uma vez por semana por um valor de R$ 300 mensais. Além do atendimento particular, existe a possibi-

O centro de equoterapia Camaster está situado na ci-dade de Salto, e atualmente atende aproximadamente 30 praticantes, em uma área coberta de 600m2 com

uma equipe experiente em Equoterapia.

Centro clínico oferece atendimento para portadores de necessidades especiais

Fotos Divulgação/Assessoria Clínica Camaster

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“Faltam incentivos e pa-

trocínio ao boxe e a todas as artes marciais .

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Hipismo para todosEsporte que dá “salto” na saúde.

O hipismo não é ainda um dos esportes mais populares, mas tudo in-dica melhoras para o futuro dessa prática. Caio Gracco, 39 anos diretor e pre-parador de alunos e cavalos é quem garante. “Aqui temos uma escola preparatória, podem começar com uma equitação lúdica, ou seja, apenas conviver, brincar ou visando seu desenvolvimento bio-psico-social. Temos alunos de to-das as idades. De crianças até idosos, onde também os pre-paramos para competições e para estarem dando ‘saltos’ cada vez maiores.” O desempenho do Bras-il no hipismo, não vai lá aquelas coisas. Pelo menos não nas Olím-piadas de Londres de 2012. Sem medalhas os competidores reclamaram a falta de cavalos, em suas disposições. “Mas a procura está crescendo, está muito competitivo sim! Sediamos aqui um campeonato pan-americano, é foi muito legal.” Comenta o preparador. “Os cavalos são atletas, não é um tra-balho pesado para eles, é leve e depois existe todo um cuidado e um preparo para o animal,” comenta o diretor, que finaliza: “O curso não é caro, geralmente o aluno

não precisa ter o cavalo, capacete isso é cedido pelas escolas, e isso é bom.” Eduardo Pereira Garrido, 33 anos é Veterinário e responsável pela saúde dos animais. “Os cavalos tem um pre-paro físico diferenciado, por que trabal-

ham muito a musculatura devido aos saltos. Temos um trabalho

diário com eles, logicamente com os descansos que

todo animal tem, isso resulta na boa quali-

dade física e aptidão.” Já a procura do

esporte como terapia, é também muito visada

e acaba se tornando uma paixão, como o caso da

aluna e competidora Karina Mendes, 25 anos que escolheu

montar e nos conta: “Eu era muito an-siosa e para melhorar nesse aspecto escolhi o hipismo. É diferente eu gosto muito.” Diz a amazona. Ela monta há dois anos, começou a competir na penúl-tima etapa e está na sua 2° competição. A competição está na 6° etapa do campe-onato regional, tem uma somatória de oito etapas na qual sairá o grande campeão. A final será no Centro Hípico Terras II.

A procura do esporte como terapia, é tam-

bém muito visada e acaba se tornando uma paixão.

Por Jéssica Corsi

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Fotos: Jéssica Corsi

Artes MarciaisEsportes que envolvem lutas vêm ganhando cada vez mais adeptos

Alguns dos esportes mais praticados hoje em todo o País estão relacio-nados às artes marciais. O evento UFC promove lutas entre praticantes de MMA (Mixed Martial Arts), que já ganhou uma enorme legião de fãs e cada vez mais adeptos. As modalidades mais praticadas dos lutado-res do evento são as artes marciais como o jiu-jitsu, muay thay e o clássico boxe. Formado em Edu-cação Física pela USP, o tre-inador Caio Pettinari Moreira Toledo, afirma que existem pontos positivos e negativos nas artes marciais. “Hoje o esporte desfruta de um grande prestígio entre a sociedade, principalmente pelo surgimento de grandes ídolos em eventos como o UFC e o extinto Pride, ído-los do porte de Anderson Silva, os irmãos Nogueira, Junior Cigano entre outros.” Comenta o professor que complementa: ”Luto todos esses esportes há 10 anos, sempre me interessei por artes marciais pela parte disciplinar, pela evolução física e mental que ela pode proporcionar. Pontos nega-tivos seriam se pessoas começarem a usar a luta para praticar o mal,” explica. O boxe tailandês possui uma agressividade e potência combativa na luta

em pé. Essa luta por sua vez é conhecida como nobre arte, possibilitando uma téc-nica rápida e reflexos mais desenvolvidos. Já o Jiu-Jitsu quer dizer arte suave, que envolve a arte de controlar o corpo do adversário, por meio de alavancas e imo-bilizações no chão. Com a devida técnica se anulam parte de vantagens de peso e tamanho, o que permite que uma pessoa menor vença um oponente maior. São lutas que exigem muita técnica e condicionamento físico, assim precisando ser muito bem praticadas para se chegar a um alto nível. “Meu pai me introdu-ziu no esporte e sempre foi grande fã de lutas, embora nunca tenha praticado. Hoje a luta é minha profissão e meu estilo de vida. Minha saúde melhorou muito de-pois que comecei a praticar o esporte. Era uma criança que sofria de bronquite e tinha dificuldades para respirar e a luta me forta-leceu muito,” conclui Caio.

Por Débora Nogueira

CURIOSIDADES O octógono pode ter sido inspirado por Chuck Norris?

Ok, o que no mundo das lutas não foi in-spirado por Chuck Nor-ris? Mas nesse caso, a referência é do filme de 1980: “The Octagon”. No filme, Norris lutava contra um clã de ninjas assassinos, onde to-dos os duelos principais do filme aconteciam,

adivinhem onde? Exato: num octógono! De qualquer forma, quem trouxe o octógono para vida real foi o evento Cage Rage e o UFC registrou o modelo e os ta-manhos oficiais quando começou suas competições.

A primeira luta de MMA. Em geral pensamos em Vale Tudo ou no Shoot Fight, mas a primeira luta registrada foi bem antes disso. Aconteceu em Xangai 1909, quando o boxeador inglês Hercules O’brien en-frentou o mestre do Wushu, Huo Yuan Jia.o Mestre das armas era conhecido por desafiar e enfrentar lutadores de outras modalidades e sua história foi contada no filme Fearless (Mestre das Armas, 2006), com Jet Li.

Cartaz do filme/Google imagens

Google imagens

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