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Não basta estar no DNA Secretário de Esportes de Elias Fausto diz que a distribuição de recursos para o esporte passados às prefeituras sofre alterações. A cultura brasileira diz que somos o país do futebol. Desde pequenos as crianças são “induzidas” pelos pais a seguirem o mesmo time que eles, vestem a camisa – ou o uniforme completo -, ganham uma bola de presente e depois do primeiro chute não param mais. De acordo com a professora de educação física Dalva Maria da Silva – que tem experiência de 25 anos nessa área, o esporte resgata as pessoas de um mundo adverso. E, segundo ela, parece que é próprio do adolescente o futebol. “É estressante tentar mudar a modalidade esportiva nas aulas de educação física,” desabafa Dalva. “É uma situação tão incômoda que tem hora que dá vontade de ceder ao que os alunos pedem. Eu mesmo já cheguei a ceder o futebol para não me estressar de tanto que os alunos insistem,” comenta. Treino do time de basquete de Indaiatuba.Foto Divulgação. O secretário de esportes de Elias Fausto, Maurício Antunes, revela que o que não falta são investi- mentos financeiros no esporte, ele diz que o problema está na gestão de todo o montante que é repassa- do às prefeituras. Antunes também cita a péssima remuneração dos professores, o que causa a falta de profissionais para trabalhar na área. “O salário de um professor de educação física em um municí- pio como o nosso é de R$ 680,00”- conta. Victor Hugo Granado Antequera, administrador, percebeu com 13 anos que podia ter futuro no basquete, fez teste em uma equipe e começou a treinar. No entanto, sua trajetória na modalidade parou quando iniciou a faculdade e se decepcionou ao descobrir que não havia um programa de incentivo ao esporte. O interesse nacional é o futebol. É preciso fazer jus ao nome de país do futebol. Uma das formas é ganhar títulos e fazer com que o esporte mude a sociedade. Por Fertnando Santos e Debora Nogueira É o fim das barreiras Brasileiros se interessam cada vez mais por futebol americano Dados recentes mostram que o football, como é conhecido o futebol americano nos Estados Unidos, está cada vez mais popular em nosso país, isto está acontecendo através da Superbol que transmite os jogos da Liga na TV a cabo. pag02 Treinamento da equipe Salto Flames, Foto Divulgação Jogo Brasil x China realizado dia 04/08. Foto Divulgação Basquete: Um jogo de incentivo Treinador e aluno que transmitem emoções. Treinador e aluno comentam experiencias vividas no es- porte e de como elas influen- ciam em suas vidas. pag03 Veja também: O foco ainda é o futebol Professora de educação física, afirma que falta interesse do governo para investir em outras modalidades como o Basquete e Futebol Americano. Segundo Secretário de Esportes de Elias Fausto, o problema está na gestão municipal. pag04 boneco.indd 1 01/09/2012 18:45:36

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Jornal desenvolvido por estudantes do 4º semestre de comunicação social com habilitação em jornalismo.

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Page 1: FCAD Sport

Não basta estar no DNA

Secretário de Esportes de Elias Fausto diz que a distribuição de recursos para o esporte passados às prefeituras sofre alterações.

A cultura brasileira diz que somos o país do futebol. Desde pequenos as crianças são “induzidas” pelos pais a seguirem o mesmo time que eles, vestem a camisa – ou o uniforme completo -, ganham uma bola de presente e depois do primeiro chute não param mais. De acordo com a professora de educação física Dalva Maria da Silva – que tem experiência de 25 anos nessa área, o esporte resgata as pessoas de um mundo adverso. E, segundo ela, parece que é próprio do adolescente o futebol. “É estressante tentar mudar a modalidade esportiva nas aulas de educação física,” desabafa Dalva. “É uma situação tão incômoda que tem hora que dá vontade de ceder ao que os alunos pedem. Eu mesmo já cheguei a ceder o futebol para não me estressar de tanto que os alunos insistem,” comenta.

Treino do time de basquete de Indaiatuba.Foto Divulgação. O secretário de esportes de Elias Fausto, Maurício Antunes, revela que o que não falta são investi-mentos financeiros no esporte, ele diz que o problema está na gestão de todo o montante que é repassa-do às prefeituras. Antunes também cita a péssima remuneração dos professores, o que causa a falta

de profissionais para trabalhar na área. “O salário de um professor de educação física em um municí-pio como o nosso é de R$ 680,00”- conta. Victor Hugo Granado Antequera, administrador, percebeu com 13 anos que podia ter futuro no basquete, fez teste em uma equipe e começou a treinar. No entanto, sua trajetória na modalidade parou quando iniciou a faculdade e se decepcionou ao descobrir que não havia um programa de incentivo ao esporte. O interesse nacional é o futebol. É preciso fazer jus ao nome de país do futebol. Uma das formas é ganhar títulos e fazer com que o esporte mude a sociedade.

Por Fertnando Santos eDebora Nogueira

É o fim das barreirasBrasileiros se interessam cada vez mais por futebol americano

Dados recentes mostram que o football, como é conhecido o futebol americano nos Estados Unidos, está cada vez mais popular em nosso país, isto está acontecendo através da Superbol que transmite os jogos da Liga na TV a cabo. pag02

Treinamento da equipe Salto Flames, Foto Divulgação

Jogo Brasil x China realizado dia 04/08. Foto Divulgação

Basquete: Um jogo de incentivo

Treinador e aluno que transmitem emoções.

Treinador e aluno comentam experiencias vividas no es-porte e de como elas influen-ciam em suas vidas. pag03

Veja também:

O foco ainda é o futebol Professora de educação física, afirma que falta interesse do governo para investir em outras modalidades como o Basquete e Futebol Americano. Segundo Secretário de Esportes de Elias Fausto, o problema está na gestão municipal. pag04

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Page 2: FCAD Sport

Editorial Como trabalho prático para o 2º período letivo de 2012 foi proposto pelos professores das disciplinas de Planejamento Visual, Tecnologias da Comunicação IV e Jornalismo Impresso. A elaboração de um jornal em quatro edições que serve também como uma oficina. É assim que lançamos esta 1ª Edição do jornal, esse primeiro com uma cara de informativo, que tem como nome FCAD SPORT. Tudo o que aqui se encontra foi feito com muita dedicação e pensando em você, nosso leitor fiel.

Boa leitura,Equipe FCAD SPORTS

EXPEDIENTE:

Diagramação:Gilson Fernandes

Revisão e Reportagem:Fernando Santos

Reportagem e Fotografia:Debora NogueiraRafael FormentonViviane AndrelloLarissa FerreiraKatelyn CaldeirasJéssica Corsi

Por Viviane Andrello

É o fim das barreiras

Brasileiros se interessam cada vez mais por futebol americano

Dados recentes mostram que o football, como é conhecido o futebol americano nos Estados Unidos, está cada vez mais popu-lar em nosso país, isto está acon-tecendo através da Superbol que transmite os jogos da Liga na TV a cabo. O preconceito que ‘ronda’ está menor. “Antes eu imaginava que era apenas um jogo violento, mas mudei minha concepção,” disse Vanessa Cristina de Oliveira, 25 anos, a mais nova fã do futebol americano. “Talvez a falta de conhecimento é o que mais atrapalha as pessoas, só conhecem o esporte de fora, acham que se resume apenas em pancadaria, tudo isso por causa de filmes que acabam com a identidade do esporte, tornando-o complicado e violento, essa é

Treinamento da equipe Salto Flames. Foto Divulgação www.flamesfa.com.br/news

a primeira barreira que tentamos ultrapassar,” afirma Paulo Cavoto, jogador do Flames, time do inte-rior paulista. O futebol americano é um trabalho de equipe. “Praticamente é impossível resolver o jogo sozinho, se o time não está bem, nada vai bem. No futebol ameri-cano o conceito de grupo é ainda mais forte você depende muito da equipe e todos tem que fazer o seu papel direito, se alguém brilhar é porque todo o time fez seu papel, é um jogo muito mais estratégico do que físico,” finaliza Cavoto.

Basquete: Um jogo de incentivo

Treinador e aluno que transmitem emoções.

André Luiz Matheus, 15 anos, estudante, é um dos milhares de garotos que treinam o esporte como estilo de vida e como um incentivo. Jogador na equipe da Associação Atlética Ituana, time da cidade de Itu e joga há cinco anos: “A vontade pelo basquete surgiu, por que queria algo novo, o diferencial é a emoção ao jogar”- conta o aluno. Para André, muitos jovens não se interessam muito pelo esporte, “alguns pensam em praticar outros praticam”- diz o atleta. O que parece estar fora da realidade para as pessoas, o jovem deixa bem claro que o que o faz ir à busca dos objetivos é a força de vontade: “Estudo de manhã, depois pego um ônibus e vou para o treino, não meço esforços. É muito melhor do que estar nas ruas, cada dia apren-do mais, as amizades que eu tenho aqui são muito legais, é muito bom quando estamos com amigos do bem”- completa o jogador. Já Aparecido Cézar (Neto), 34 anos professor de educação física e atual treinador do time. É conhecido como um bom espelho esportista, aos 16 anos fez parte da Seleção Brasileira de Basquete e outros times grandes da região um deles como o XV de Piracicaba. Chegou a A.A Ituana, com grandes projetos de iniciação esportiva. Com o grande projeto autorizado, o ex-atleta trouxe grandes resulta-dos para o time. Nos últimos anos, deixou a equipe em terceiro lugar, seguidos de um vice-campeonato, ficaram com título da Copa Itu de Basquete de 2011 e hoje lideram

o campeonato. “Procuro passar elementos essenciais para o bom desempenho: Disciplina, res-peito e dedicação”- diz o técnico. “Tenho contado também com os princípios básicos: Conselho e paciência; conselhos para trilhar um caminho sério e paciência para se obter o sucesso”- enfatiza Neto. Desde que o treinador chegou ao grupo, já teve dois jogadores que tiveram destaque e foram jogar em outros grandes times e já os vê com grandes chances de chegar ao patamar de seleção “O mercado está crescendo, os olhos estão se voltando para cada esporte, cada qual com seu merecimento, apesar de 16 anos que se passou desde que não jogo mais, ainda vejo alguns problemas no “mundo do basquete.” Não trabalham em cima da formação de base dos atletas o que dificulta as vezes no bom resultado. Aqui criamos uma certa intimidade entre alunos e tre-inador, um trabalho em conjunto muito bacana, qual conhecemos todos e assim facilita o trabalho”-

comenta o treinador. Atualmente o Basquete do Brasil alcança o top 10 no ranking da FIBA (Federação Internacional de Basquete), depois de chegar às Olimpíadas de Londres desa-creditada, a seleção fez bonito, mas não levou a medalha. Porém, o bom desempenho compensou os 16 anos ausentes no maior evento esportivo do planeta. Isso mostra a importância para muitos garotos que estão na busca do sucesso na carreira. “O Basquete é emo-cionante do começo ao fim. Uma vez faltando alguns minutos e um ponto para vencermos o jogo, fica-mos na expectativa da bola cair no cesto e não é que caiu. É a melhor coisa que eu pude sentir! Por isso incentivo todos os jovens e as pes-soas a olhar o esporte com mais carinho, porque ele tem muitas coisas boas”- finaliza o técnico da equipe.

Por Jéssica Corsi

Treino de basquete da equipe de IndaiatubaFoto Divulgação

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