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Entertainment & Humor


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Quadrinhos brasileiros que tem como personagem central o último dos famosos exploradores ingleses, o Coronel Percy Harrison Fawcett, numa saga Amazônica, onde realidade e ficção se fundem, fermentadas por adrenalina e magia.

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Notícia telegrafada, veiculada emjornais de todo o mundo, a 6 de mar-

ço de 1925: “Chegou na capital doMato Grosso o militar inglês P. H.

Fawcett, pronto para explorar cida-des soterradas nos sertões mato-

grossenses e pesquisar a existênciade ouro nas minas que encontrar

pelo caminho. Fawcett avisa que sóvoltará depois de encontrar as ruí-

nas de uma cidade originária daAtlântida.”

Ano: 1925. Lugar: selvas brasileiras, onde fica hojeo Parque Nacional do Xingu. Percy HarrisonFawcett, coronel do exército britânico, é conhe-cido hoje como um dos maiores aventureiros davida real. De fato, sua história, já contaminadacom muitos boatos, é muito mais interessante quequalquer filme de aventura.

Fawcett já havia cruzado o mundo trabalhandopara o exército inglês, mas o Bra- sil tinhaalgo que o fascinaria. Lendas so-bre uma cidade perdida, aindahabitada por índios de pelebranca, deixaram Fawcett ob-cecado. Um povo originadopelos sobreviventes daAtlântida, nos confins das sel-

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vas brasileiras. Uma cidade lendária, conheci-da por outras culturas como Muribeca, ou ain-da, Eldorado.

O coronel organizou duas expedições aoBrasil. Na primeira, Fawcett não encon-trou sua cidade, mas obteve indíciosque o animariam a organizar umanova expedição. Como ele demons-trou, em uma carta dirigida a jornaisde todo o mundo:

“ Não duvido um só instante da exis-tência dessas velhas cidades. Eumesmo vi parte de uma delas - e essaé a razão pela qual achei que deveriafazer novas expedições. Viajei por lu-gares ainda não explorados, os índiostêm me falado de construções antigas, deseu povo e mais coisas estranhas exis-tentes nestes locais. Se tiver bastante sortee conseguir atravessar a região de índi-

O Coronel Fawcett, em uma de suas expedições

porAndréDiniz

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os selvagens e regressar vivo, terei condiçõesde ampliar imensamente o nosso conhecimen-to histórico. “

Uma estatueta de basalto, que Fawcett ganharade H. Rider Haggard, o autor de As Minas doRei Salomão, justificaria por si só todo o mitocriado em torno do coronel. Além de cincoinscrições indecifráveis em seu peito, uma par-ticularidade da estatueta intrigava a todos quenesta tocavam. Mais uma vez, as palavras dopróprio Fawcett:

“Existe uma propriedade particular nessa ima-gem de pedra, e todos podem senti-la ao to-car a mão. Estranhamente, uma correnteelétrica atravessa o braço da gente, causandoum choque tão forte que muitas pessoas a lar-gam de imediato. Acredito sinceramente queela veio de uma das cidade perdidas. Quandodescobrir os significados existentes nela, des-cobrirei também o caminho para chegar nolugar de onde se originou.”

Em 1925, Fawcett desapareceu nasmatas brasileiras em busca da solu-ção destes enigmas. Com uma ex-pedição de apenas mais duaspessoas: os jovens Rimmel e Jack,seu filho. Não voltaram mais. En-tre várias hipóteses, como a de queeles teriam sido mortos por índi-os, prevalece na mente daquelesque acreditam em Fawcett a deque eles realmente encontrarama civilização que buscavam paraviver lá para sempre.

O ídolo que Fawcett carregava sempre consigo

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Jack Fawcett, o filho.Parece estranho uma expediçãodeste porte com apenas três pes-soas. Para o coronel, os jovensJack Fawcett e Rimmel eram oreforço necessário para a sua bus-ca. Ficou clássica uma discussãoque Fawcett teve com o marechalCândido Rondon, que insistiupara que o trio fosse acompanha-do por homens do exército. MasFawcett fincou pé. O velho des-bravador não gostava de grandesexpedições. Estas, segundo ele,estariam fadadas ao fracasso.

Se o protagonista desta saga é, in-discutivelmente, o Fawcett pai,é em Jack que os místicos que es-tudam o caso concentram suaatenção. À primeira vista pareceestranho, afinal Jack não tinhapersonalidade forte, nem teve umpapel decisivo no que diz respei-to à busca da cidade perdida.Cabe lembrar que Jack só acom-panhou o pai na última viagem,e que as pesquisas do coronel seiniciaram muito antes do filhonascer. Mas, mesmo repassandoestes dados, Jack continua sen-

do uma figura curiosa. Aliás, mes-mo antes de nascer, o rapaz pa-recia já estar com o destino tra-çado.

Fevereiro de 1903, no porto deCeilão (atual Sri Lanka). Se algumdia um filme for feito sobre estecaso, provavelmente será nestemesmo instante e local que co-meçará a primeira cena. Nina, aesposa de Fawcett, o abraça,após ver o marido desembarcardo navio que o trazia de volta,após meses em alto-mar. Ninaestá grávida e Fawcett logo quersaber como está seu filho. O ca-sal ainda se abraça, quando éabordado por cinco homens.

Fawcett logo repara nas vestesdestes homens, que se vestemcomo monges budistas. Eles seanunciam como profetas e dizemque vieram da Índia, unicamen-te para transmitir-lhe uma profe-

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cia. Mesmo diante da reação de Fawcett, queestranha muito aquela abordagem, eles conti-nuam a explicação. A profecia diz respeito aum menino. Dizem isso e apontam para a bar-riga de Nina.

- Um espírito muito luminoso está reencarnandocomo seu filho. Ele vem com a missão de ser opai de uma nova raça na Terra. Quando cres-cer, este garoto vai acompanhá-lo em viagenspara lugares distantes no sul, onde serão dadoscomo desaparecidos. Lá, o seu filho será a se-mente de uma nova civilização.

Nada mais foi dito pelos profetas budistas. Re-almente, anos depois, a profecia se concreti-zou, ao menos no que diz respeito ao desapa-recimento dos dois.

Jack cresceu, e tornou-se um rapaz estranho.Seu rosto era como o de um bebê, jamais tendocrescido sequer um fio de barba (quando desa-pareceu, Jack já tinha 25 anos). Sempre foi umrapaz muito introspectivo e pouco sociável, enunca demonstrou muito interesse pelo sexooposto. Muitos acham que estas característicasreforçam a profecia, ligando tanta introspecçãoao fato de Jack, de certa forma, não pertencer aesse mundo.

A cidade de EldorA cidade de EldorA cidade de EldorA cidade de EldorA cidade de Eldoradoadoadoadoado.....

Segundo lendas indígenas,Manoa, ou Eldorado para osespanhóis, seria uma cidaderepleta de construções de

Jack Fawcett, antes do desaparecimento

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ouro, incluindo o próprio chãoonde seus habitantes pisavam.Muitos aventureiros determina-dos a encontrar este tesouro de-sapareceram para sempre. Mas ointeresse de Fawcett não estava(só) no ouro. Em todo aqueleempenho, havia muita paixão,obsessão e busca da verdade.Fawcett, na verdade, tinha oexato perfil de um aventureiro ro-mântico.Os primeiros séculos da nossahistória foram sempre marcadospor lendas e boatos sobrefartíssimas minas de ouro e prataexistentes no interior do país. Es-tas lendas sempre atraíram aven-tureiros e mercenários dos maisdiversos cantos, todos dispostosa comprovar a veracidade naexistência destas minas. Fawcettpesquisou todos estes relatos, eum em especial, que diz respei-to à expedição de Diego Alvarez.Nos primeiros anos de descober-ta do Brasil, a caravela de Diegonaufragou no litoralbrasileiro. Único so-brevivente do naufrá-gio, Diego foi resgata-do por índios da tribodos tupinambás, ca-sando-se, depois, comuma índia, de nomeParaguaçu. Após anos

com os índios, Diego foiencntrado, e mudou-se para aBahia, trazendo sua esposa. Anosdepois, o sobrinho de Diego tam-bém casou-se com uma índiaTupinambá, indo viver entreeles. Foi, então, apelidado deMuribeca. E foi seguindo os re-latos dos índios que Muribecadescobriu várias minas de ouro,prata e pedras preciosas. Tor-nou-se um homem muito rico esua descoberta repercutiu até naEuropa.Bem, Muribeca teve um filho, oqual chamou Robério Dias. Nocomeço do século XVII, Robérioresolveu pedir a D. Pedro II o tí-tulo de marquês (não confundircom o nosso D. Pedro II, esseoutro era rei de Portugal!). Emtroca, Robério teria a oferecer a

A expedição Fawcett

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exata localização das minas descobertas porseu pai. O rei não era lá flor que se cheirasse,e tramou logo um plano. Disse aceitar o acor-do, mas o título só seria deferido após as mi-nas serem encontradas. Robério acompa-nhou, então, os militares destacados para lo-calizarem as minas, indicando o caminho aeles. Mas, durante a viagem, Robério conse-guiu abrir o envelope que acreditava contero título de marquês, e teve uma desagradávelsurpresa. O envelope continha apenas um tí-tulo de capitão de uma missão militar. Postoirrelevante diante do aspirado título de mar-quês. Revoltado com a traição, Robério re-cusou-se a continuar e não revelou a locali-zação das minas. Foi preso por isso, passan-do anos no cárcere, sempre recusando-se aentregar o local do tesouro. Morreu anos de-pois, levando consigo o segredo que iria me-xer com a imaginação das muitas geraçõesseguintes.Fawcett tomou conhecimento dessa históriaem um manuscrito de 1753, conhecido comoDocumento 512. Resolveu, desde então, des-cobrir a localização destas minas, quando es-tivesse pelo Brasil. A fixação neste objetivofez com que Fawcett, em 1925, sumisse nomeio das matas brasileiras, nunca mais sen-do visto. Mas fez, também, com que Fawcettentrasse para a história do imaginário popu-lar, tornando-seuma verdadeiralenda.

Fawcett, em 1924

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Tive o privilégio de lerpor antecipação uma HQ maravilhosa

intitulada Fawcett, escrita por AndréDiniz, ótimo talento da nova geração dequadrinhistas, e desenhada por ninguémmenos do que Flavio Colin, lenda vivana arte seqüencial brasileira.

Aqui não falarei de Fawcett, que temcomo personagem central o último dosfamosos exploradores ingleses, o CoronelPercy Harrison Fawcett, numa sagaAmazônica, onde realidade e ficção sefundem, fermentadas por adrenalina e ma-gia. Meu comentário será dispensável,pois o próprio leitor poderá viajar nasbelíssimas páginas deste álbum, guiadopor suas próprias emoções.

Mas não posso deixar escapar a oportu-nidade de falar desse incrível artista e serhumano que é Colin. Quem não teve asorte de conhecê-lo pessoalmente e usu-fruir de sua amizade deve invejar-me.

Conheci-o no remoto ano de 1962, numanimado dia do pay-day na Editora Ou-tubro, localizada no bairro da Moóca, emSão Paulo. Entretanto, só iniciamos nossaamizade quando vim para o Rio de Janei-ro em 1972, época em que ambos traba-lhávamos em publicidade. A partir de1976, quando retornamos ao mundo dosquadrinhos, nosso vínculo tornou-secomo de dois irmãos cosangüíneos, tro-cando idéias, enfrentando vicissitudespróprias de um legionário (como o filmeclássico Beau Geste), em troca de parcosganhos pela liberdade de sobreviver fa-zendo o que se gosta.

Embora moremos distanciados um do ou-tro, mantemos longos contatos telefônicosao menos uma vez por semana. Falamos

de tudo, pois o mestre é vivido e dotadode inteligência enciclopédica. Sem dúvi-da, ele é um dos desenhistas brasileirosque mais lêem. Conversar com Colin ésempre um aprendizado, pela sua ververica, espirituosa. Ele é um artista comple-to que, além de ser quadrinhista de ní-vel superlativo e de estilo pessoalinclonável, suas ilustrações de livros,pinturas, talhas e esculturas em madei-ra despertam vivos entusiasmos da críti-ca.

Por tudo isso, mestre Colin é colecionadorde incontáveis troféus, prêmios e home-nagens.

De memória destaco alguns pontos altosno seu esplêndido currículo na área deHQ: O Anjo, Shane, Vigilante Rodoviá-rio, Sepé Tiarajú, Vizunga, Guerra dos Far-rapos, Rainha Diaba, Caraíba, O Boi dasAspas de Ouro, Antônio Mortalma e esteque o leitor vai começar a ler, Fawcett.

Que o talento e a garra desse guerreirocontinuem sempre acesos, servindo deinspiração a todos nós, veteranos e jo-vens amantes do mágico mundo batizadode 9ª Arte.

Julio Y. Shimamoto