fatos e mitos sobre a imputaÇÃo objetiva. 1. introduÇÃo. - merecido atenÇÃo no brasil desde...

FATOS E MITOS FATOS E MITOS SOBRE A IMPUTAÇÃO SOBRE A IMPUTAÇÃO

OBJETIVAOBJETIVA

1. INTRODUÇÃO.1. INTRODUÇÃO.

- MERECIDO ATENÇÃO NO BRASIL DESDE 2000.- MERECIDO ATENÇÃO NO BRASIL DESDE 2000.- O MODO COMO SE INTRODUZIU O TEMA- O MODO COMO SE INTRODUZIU O TEMA * CONTA-GOTAS.* CONTA-GOTAS. * CONFUSO.* CONFUSO. * SEM ASSOCIAÇÃO A ORIGENS E TEORIAS DE * SEM ASSOCIAÇÃO A ORIGENS E TEORIAS DE

BASEBASE- PRODUTO FINAL:- PRODUTO FINAL: * REPULSA À IDÉIA.* REPULSA À IDÉIA. * POUCA PENETRAÇÃO JURISPRUDENCIAL.* POUCA PENETRAÇÃO JURISPRUDENCIAL. * ESTIGMA ACADÊMICO (CURIOSO QUE SER * ESTIGMA ACADÊMICO (CURIOSO QUE SER

CIENTÍFICO NESSE PAÍS É DEFEITO)CIENTÍFICO NESSE PAÍS É DEFEITO) * POUCA COMPREENSÃO SOBRE SUA ORIGEM E * POUCA COMPREENSÃO SOBRE SUA ORIGEM E

ALCANCE.ALCANCE.

2. PROPOSIÇÃO2. PROPOSIÇÃO

- NÃO HÁ PRETENSÃO DE RESOLVER O - NÃO HÁ PRETENSÃO DE RESOLVER O TEMA AQUI.TEMA AQUI.

- APENAS RELATAR A QUE SE ASSOCIA - APENAS RELATAR A QUE SE ASSOCIA O TEMA PARA PERMITIR O TEMA PARA PERMITIR POSTERIORES ACLARAÇÕES.POSTERIORES ACLARAÇÕES.

- NÃO É UMA TEORIA FECHADA, - NÃO É UMA TEORIA FECHADA, CONCLUÍDA.CONCLUÍDA.

- NÃO HÁ SEQUER ACORDO SOBRE O - NÃO HÁ SEQUER ACORDO SOBRE O CONCEITO OU OS LIMITES.CONCEITO OU OS LIMITES.

3. O MITO DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA E 3. O MITO DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA E SUAS FALSAS ORIGENS.SUAS FALSAS ORIGENS.

- PORQUE TRANSFORMOU-SE EM UM MITO - PORQUE TRANSFORMOU-SE EM UM MITO NO BRASIL.NO BRASIL.

3.1. FALSA IMPRESSÃO DO NOVO:3.1. FALSA IMPRESSÃO DO NOVO:* SOMENTE PODE SER DISCUTIDA * SOMENTE PODE SER DISCUTIDA SEGUNDO NOVAS TEORIAS DO DLEITO.SEGUNDO NOVAS TEORIAS DO DLEITO.* NÃO É COMPATÍVEL COM O FINALISMO.* NÃO É COMPATÍVEL COM O FINALISMO.* SUBSTITUI E PROMOVE O ABANDONO * SUBSTITUI E PROMOVE O ABANDONO DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.


3.2. A VINCULAÇÃO A MODERNAS 3.2. A VINCULAÇÃO A MODERNAS TEORIAS DO DELITO.TEORIAS DO DELITO.

- NÃO É ASSUNTO NOVO. - NÃO É ASSUNTO NOVO. - DESDE SEMPRE IMPUTAMOS - DESDE SEMPRE IMPUTAMOS

OBJETIVAMENTE ÀS PESSOAS O OBJETIVAMENTE ÀS PESSOAS O RESULTADO DE SUAS CONDUTAS.RESULTADO DE SUAS CONDUTAS.

- QUALQUER TEORIA DO DELITO IMPLICA EM - QUALQUER TEORIA DO DELITO IMPLICA EM IMPUTAR RESULTADOS DELITIVOS.IMPUTAR RESULTADOS DELITIVOS.

- NOS SISTEMAS DE IMPUTAÇÃO - NOS SISTEMAS DE IMPUTAÇÃO ONTOLÓGICOS RESUME-SE NA ONTOLÓGICOS RESUME-SE NA CAUSALIDADE.CAUSALIDADE.


- RICHARD HONIG, 1930, CAUSALIDADE E IMPUTAÇÃO - RICHARD HONIG, 1930, CAUSALIDADE E IMPUTAÇÃO OBJETIVA.OBJETIVA.* FAZ CRÍTICA JUSTAMENTE À INCAPACIDADE DA * FAZ CRÍTICA JUSTAMENTE À INCAPACIDADE DA CAUSALIDADE ONTOLÓGICA RESOLVER CAUSALIDADE ONTOLÓGICA RESOLVER DETERMINADOS CASOS.DETERMINADOS CASOS.* SUSTENTA QUE A IMPUTAÇÃO DEPENDE DE * SUSTENTA QUE A IMPUTAÇÃO DEPENDE DE DETERMINAR QUE O RESULTADO DERIVA DE UM DETERMINAR QUE O RESULTADO DERIVA DE UM CURSO CAUSAL QUE SE PODE ATRIBUIR A UMA CURSO CAUSAL QUE SE PODE ATRIBUIR A UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DO AUTOR.MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DO AUTOR.

- NA ÉPOCA HAVIA NEOKANTISMO.- NA ÉPOCA HAVIA NEOKANTISMO.- DE ONDE VEM A FALSA SENSAÇÃO DO NOVO:- DE ONDE VEM A FALSA SENSAÇÃO DO NOVO:

* RENITÊNCIA NA CONCEPÇÃO FINALISTA * RENITÊNCIA NA CONCEPÇÃO FINALISTA ESTRITAMENTE WELZELIANA.ESTRITAMENTE WELZELIANA.* FALTA DE INVESTIMENTO EM PESQUISA NO BRASIL.* FALTA DE INVESTIMENTO EM PESQUISA NO BRASIL.


3.3. A SUBSTITUIÇÃO DE CRITÉRIOS.3.3. A SUBSTITUIÇÃO DE CRITÉRIOS.

- SUPRIR OS PROBLEMAS NÃO RESOLVIDOS SÓ PELO - SUPRIR OS PROBLEMAS NÃO RESOLVIDOS SÓ PELO ÂMBITO DA CAUSALIDADE.ÂMBITO DA CAUSALIDADE.

- ADOÇÃO DE CRITÉRIOS NORMATIVOS DE IMPUTAÇÃO QUE - ADOÇÃO DE CRITÉRIOS NORMATIVOS DE IMPUTAÇÃO QUE SOMADOS À CAUSALIDADE DETERMINAM A IMPUTAÇÃO.SOMADOS À CAUSALIDADE DETERMINAM A IMPUTAÇÃO.

- DECORRE DE:- DECORRE DE:* SUPERAÇÃO DO ONTOLOGICISMO VINCULANTE DA * SUPERAÇÃO DO ONTOLOGICISMO VINCULANTE DA TEORIA DO DELITO.TEORIA DO DELITO.* ORIGEM EM 1970, ROXIN, POLÍTICA CRIMINAL E * ORIGEM EM 1970, ROXIN, POLÍTICA CRIMINAL E SISTEMA DE DIREITO PENAL.SISTEMA DE DIREITO PENAL.* FALÊNCIA DA CAUSALIDADE NAS CIÊNCIAS NATURAIS.* FALÊNCIA DA CAUSALIDADE NAS CIÊNCIAS NATURAIS.

- FRUTO, PORTANTO, DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO - FRUTO, PORTANTO, DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DA TEORIA DO DELITO COMO RESULTADO DO DA TEORIA DO DELITO COMO RESULTADO DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO EM GERAL.DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO EM GERAL.


3.4. A MESCLA DE CRITÉRIOS E A FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO 3.4. A MESCLA DE CRITÉRIOS E A FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.TEÓRICA.

- O BRASIL PASSA POR UM PROCESSO DE RECICLAGEM DA DOUTRINA - O BRASIL PASSA POR UM PROCESSO DE RECICLAGEM DA DOUTRINA JURÍDICO-PENAL.JURÍDICO-PENAL.

- QUARENTA ANOS EM 10.- QUARENTA ANOS EM 10.- CONCEPÇÕES DA TEORIA CAUSAL DA AÇÃO COM OBRAS DE GRANDES - CONCEPÇÕES DA TEORIA CAUSAL DA AÇÃO COM OBRAS DE GRANDES

PENALISTAS BRASILEIROS COMO NÉLSON HUNGRIA OU ANÍBAL PENALISTAS BRASILEIROS COMO NÉLSON HUNGRIA OU ANÍBAL BRUNO. BRUNO.

- FINALISMO (QUE DESPERTA NO PÓS-GUERRA) NOSSO COLHE EM - FINALISMO (QUE DESPERTA NO PÓS-GUERRA) NOSSO COLHE EM SUCESSIVOS PROCESSOS DITATORIAIS E SE IMPLANTA SUCESSIVOS PROCESSOS DITATORIAIS E SE IMPLANTA LEGISLATIVAMENTE SOMENTE EM 1984.LEGISLATIVAMENTE SOMENTE EM 1984.

- OUTRA GERAÇÃO DE JURISTAS QUE VIVEU SOB UM SISTEMA POLÍTICO - OUTRA GERAÇÃO DE JURISTAS QUE VIVEU SOB UM SISTEMA POLÍTICO ONDE PENSAR ERA SUBVERSIVO.ONDE PENSAR ERA SUBVERSIVO.

- ENQUANTO DORMÍAMOS EM BERÇO EXPLÊNDIDO COM AULAS DE MORAL - ENQUANTO DORMÍAMOS EM BERÇO EXPLÊNDIDO COM AULAS DE MORAL E CÍVICA, ROXIN REVOLUCIONAVA COM SEUS ESCRITOS.E CÍVICA, ROXIN REVOLUCIONAVA COM SEUS ESCRITOS.

* EM 1962 PUBLICA UMA CRÍTICA VEEMENTE À TEORIA DA * EM 1962 PUBLICA UMA CRÍTICA VEEMENTE À TEORIA DA AÇÃO FINALISTA, BASE DO SISTEMA VIGENTE.AÇÃO FINALISTA, BASE DO SISTEMA VIGENTE.

* EM 1970 SEU POLÍTICA CRIMINAL E SISTEMA DE DIREITO * EM 1970 SEU POLÍTICA CRIMINAL E SISTEMA DE DIREITO PENAL.PENAL.


- O SAIR DA DITADURA DEIXOU COMO SEQUELA O - O SAIR DA DITADURA DEIXOU COMO SEQUELA O ATRASO.ATRASO.

- DESDE 1990, HÁ UMA INTENSA E PROFUSA - DESDE 1990, HÁ UMA INTENSA E PROFUSA RECUPERAÇÃO, UM INCREMENTO DE RECUPERAÇÃO, UM INCREMENTO DE PUBLICAÇÕES, INVESTIMENTO EM INTERCÂMBIOS.PUBLICAÇÕES, INVESTIMENTO EM INTERCÂMBIOS.

- CRIARAM-SE DIFERENTES SISTEMAS NESSE - CRIARAM-SE DIFERENTES SISTEMAS NESSE PERÍODO, COM DIFERENTES FUNÇÕES E MISSÕES PERÍODO, COM DIFERENTES FUNÇÕES E MISSÕES DO DP.DO DP.* ANOS 60-70 ROXIN ATÉ HOJE.* ANOS 60-70 ROXIN ATÉ HOJE.* ANOS 80 JAKOBS ATÉ HOJE.* ANOS 80 JAKOBS ATÉ HOJE.* ANOS 90 VIVES, ATÉ HOJE.* ANOS 90 VIVES, ATÉ HOJE.

- OS CRITÉRIOS DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA VEM - OS CRITÉRIOS DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA VEM MISTURADOS.MISTURADOS.

4. OS FATOS.4. OS FATOS.

4.1. A NORMATIVIZAÇÃO DA DOGMÁTICA 4.1. A NORMATIVIZAÇÃO DA DOGMÁTICA JURÍDICO-PENAL.JURÍDICO-PENAL.

O MODELO ANALÍTICO, FRUTO DO POSITIVISMO, O MODELO ANALÍTICO, FRUTO DO POSITIVISMO, PRETENDEU SUPLANTAR CONCEITOS MATERIAIS PRETENDEU SUPLANTAR CONCEITOS MATERIAIS E FORMAIS DE CRIME.E FORMAIS DE CRIME.

BASE ONTOLÓGICA, PORTANTO.BASE ONTOLÓGICA, PORTANTO. TEORIAS CAUSAIS NATURALISTAS.TEORIAS CAUSAIS NATURALISTAS. A AÇÃO NATURAL NÃO PERMITIA CONSIDERAÇÃO A AÇÃO NATURAL NÃO PERMITIA CONSIDERAÇÃO

NORMATIVA SOBRE A IMPUTAÇÃO.NORMATIVA SOBRE A IMPUTAÇÃO. AUTOR ERA QUEM DEU CAUSA AO MOVIMENTO AUTOR ERA QUEM DEU CAUSA AO MOVIMENTO

MODIFICATIVO DO MEIO EXTERNO.MODIFICATIVO DO MEIO EXTERNO.


4.1.1. UMA TENDÊNCIA ANTIGA.4.1.1. UMA TENDÊNCIA ANTIGA. O NEOKANTISMO O NEOKANTISMO TEORIA SOCIAL DA AÇÃO.TEORIA SOCIAL DA AÇÃO. RELEVÂNCIA SOCIAL COMO CONCEITO RELEVÂNCIA SOCIAL COMO CONCEITO

NORMATIVO.NORMATIVO. TENTATIVA DE APROXIMAÇÃO DO TENTATIVA DE APROXIMAÇÃO DO

CAUSALISMO E FINALISMO.CAUSALISMO E FINALISMO. A VITÓRIA DO FINALISMO.A VITÓRIA DO FINALISMO. A FALTA DE BASE FIRME DO SIGNIFICADO A FALTA DE BASE FIRME DO SIGNIFICADO

SOCIAL DA AÇÃO.SOCIAL DA AÇÃO.


4.1.2. A REDUÇÃO DAS FUNÇÕES DO CONCEITO DE 4.1.2. A REDUÇÃO DAS FUNÇÕES DO CONCEITO DE AÇÃO EM DIREITO PENAL.AÇÃO EM DIREITO PENAL.

IMPORTÂNCIA DADA POR WELZEL E SEUS DISCÍPULOS IMPORTÂNCIA DADA POR WELZEL E SEUS DISCÍPULOS À TEORIA DA AÇÃO ONTOLÓGICA.À TEORIA DA AÇÃO ONTOLÓGICA.

FUNÇÕES DA AÇÃO:FUNÇÕES DA AÇÃO: CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO – UNIDADE SUPERIOR, SUPRACONCEITO, QUE INCLUI – UNIDADE SUPERIOR, SUPRACONCEITO, QUE INCLUI

OMISSÃO E AÇÃO, DOLO E CULPA.OMISSÃO E AÇÃO, DOLO E CULPA. FUNÇÃO DE DEFINIÇÃOFUNÇÃO DE DEFINIÇÃO - SUBSTRATO AO QUAL SE - SUBSTRATO AO QUAL SE

ACRESCENTARIAM PREDICADOS VALORATIVOS DE TIPICIDADE, ACRESCENTARIAM PREDICADOS VALORATIVOS DE TIPICIDADE, ANTIJURIDICIDADE E CULPABILIDADE. ANTIJURIDICIDADE E CULPABILIDADE.

FUNÇÃO DE ENLACE OU UNIÃO FUNÇÃO DE ENLACE OU UNIÃO - PRESERVAÇÃO DOS DEMAIS - PRESERVAÇÃO DOS DEMAIS ELEMENTOS DO DELITO, SEM INVASÃO DOS SEUS CONTEÚDOS ELEMENTOS DO DELITO, SEM INVASÃO DOS SEUS CONTEÚDOS NORMATIVOS.NORMATIVOS.

FUNÇÃO NEGATIVAFUNÇÃO NEGATIVA.. A EVOLUÇÃO MOSTROU QUE A AÇÃO É INCAPAZ A EVOLUÇÃO MOSTROU QUE A AÇÃO É INCAPAZ

DESSE PAPEL.DESSE PAPEL. A CRÍTICA DE UM DOGMA DE MARINUCCI.A CRÍTICA DE UM DOGMA DE MARINUCCI. O REFORÇO DO PARADIGMA NORMATIVO.O REFORÇO DO PARADIGMA NORMATIVO.


4.2. A TENDÊNCIA FUNCIONALISTA DO 4.2. A TENDÊNCIA FUNCIONALISTA DO DIREITO PENAL A PARTIR DE MEADOS DOS DIREITO PENAL A PARTIR DE MEADOS DOS ANOS 70 DO SÉCULO XX.ANOS 70 DO SÉCULO XX.

INSERÇÃO DE CRITÉRIOS POLÍTICO CRIMINAIS – ROXIN INSERÇÃO DE CRITÉRIOS POLÍTICO CRIMINAIS – ROXIN EM 70.EM 70.

O TIPO COMO BASE E FUNÇÃO DE LIMITAÇÃO O TIPO COMO BASE E FUNÇÃO DE LIMITAÇÃO PRINCIPIOLÓGICA PRINCIPIOLÓGICA * FORMAL – GARANTIA DO PRINCÍPIO DE LEGALIDADE.* FORMAL – GARANTIA DO PRINCÍPIO DE LEGALIDADE.* MATERIAL – GARANTIA DO PRINCÍPIO DE * MATERIAL – GARANTIA DO PRINCÍPIO DE INTERVENÇÃO MÍNIMA.INTERVENÇÃO MÍNIMA.

INTERVENÇÃO MÍNIMA EXIGE CRITÉRIOS AXIOLÓGICOS INTERVENÇÃO MÍNIMA EXIGE CRITÉRIOS AXIOLÓGICOS PARA A INTERVENÇÃO DO SISTEMA PENAL.PARA A INTERVENÇÃO DO SISTEMA PENAL.

MINISTÉRIO PÚBLICO E DEFESA DO REGIME MINISTÉRIO PÚBLICO E DEFESA DO REGIME DEMOCRÁTICO.DEMOCRÁTICO.

4. OS FATOS.4. OS FATOS.4.3. O QUE RESTA DA CAUSALIDADE.4.3. O QUE RESTA DA CAUSALIDADE. EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES. (UNIFORMES) FORMULADA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES. (UNIFORMES) FORMULADA

JULIUS GLASER APRIMORADA VON BURI. CAUSA É TUDO O QUE JULIUS GLASER APRIMORADA VON BURI. CAUSA É TUDO O QUE CONTRIBUI PARA O RESULTADO.CONTRIBUI PARA O RESULTADO.

CAUSALIDADE ADEQUADA (DIFERENCIADORAS) CAUSALIDADE ADEQUADA (DIFERENCIADORAS) A OPOSIÇÃO MAIS EVIDENTE À TEORIA DA EQUIVALÊNCIA É A A OPOSIÇÃO MAIS EVIDENTE À TEORIA DA EQUIVALÊNCIA É A

POSSIBILIDADE DE REGRESSÃO AO INFINITO, QUE É COMBATIDA POSSIBILIDADE DE REGRESSÃO AO INFINITO, QUE É COMBATIDA PELO ELEMENTO SUBJETIVO.PELO ELEMENTO SUBJETIVO.

A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE, PORÉM É PRESUMIDA E NÃO A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE, PORÉM É PRESUMIDA E NÃO CONSTATADA.CONSTATADA.

POR EXEMPLO: POR EXEMPLO: * NA TENTATIVA, ONDE NÃO HÁ RESULTADO.* NA TENTATIVA, ONDE NÃO HÁ RESULTADO.* NO CRIME OMISSIVO, ONDE SE SUPÕE A REALIZAÇÃO DA * NO CRIME OMISSIVO, ONDE SE SUPÕE A REALIZAÇÃO DA

AÇÃO, E SUAS CONSEQUÊNCIAS.AÇÃO, E SUAS CONSEQUÊNCIAS. A CAUSALIDADE ADEQUADA SE VALE DE REGRAS DE A CAUSALIDADE ADEQUADA SE VALE DE REGRAS DE

PROBABILIDADE QUE TAMPOUCO SÃO ABSOLUTAS.PROBABILIDADE QUE TAMPOUCO SÃO ABSOLUTAS. FORAM PRENÚNCIOS DA NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE CRITÉRIOS FORAM PRENÚNCIOS DA NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE CRITÉRIOS

NORMATIVOS PARA A IMPUTAÇÃO OBJETIVA DO RESULTADO.NORMATIVOS PARA A IMPUTAÇÃO OBJETIVA DO RESULTADO.


4.3.1. A FALÊNCIA DA CAUSALIDADE NO 4.3.1. A FALÊNCIA DA CAUSALIDADE NO ÂMBITO DAS CIÊNCIAS NATURAIS.ÂMBITO DAS CIÊNCIAS NATURAIS.

TEORIA DO CAOS.TEORIA DO CAOS. FÍSICA E QUÍMICA QUÂNTICAS.FÍSICA E QUÍMICA QUÂNTICAS. PRINCÍPIO DA INDETERMINAÇÃO DE HEISENBERG.PRINCÍPIO DA INDETERMINAÇÃO DE HEISENBERG. SPIN.SPIN. FALÊNCIA DO PARADIGMA MECANICISTA FALÊNCIA DO PARADIGMA MECANICISTA

NEWTONIANO.NEWTONIANO. A IMPORTAÇÃO DA CAUSALIDADE PARA CIÊNCIAS A IMPORTAÇÃO DA CAUSALIDADE PARA CIÊNCIAS

SOCIAIS FALHA.SOCIAIS FALHA. O CASO DA COLZA O CASO DA COLZA


4.3.2. O PAPEL DA CAUSALIDADE NOS 4.3.2. O PAPEL DA CAUSALIDADE NOS MODERNOS SISTEMAS DE MODERNOS SISTEMAS DE IMPUTAÇÃO.IMPUTAÇÃO.

RESTA PARA A CAUSALIDADE O PAPEL RESTA PARA A CAUSALIDADE O PAPEL NEGATIVO.NEGATIVO.

MUÑOZ CONDE E DIAZ PITA.MUÑOZ CONDE E DIAZ PITA. ADOÇÃO DE CRITÉRIOS NORMATIVOS ADOÇÃO DE CRITÉRIOS NORMATIVOS

PARA IMPUTAÇÃO.PARA IMPUTAÇÃO. PORQUE AS MODERNAS TEORIAS DA PORQUE AS MODERNAS TEORIAS DA

IMPUTAÇÃO ESCOLHERAM O RISCO?IMPUTAÇÃO ESCOLHERAM O RISCO?


4.4. A SOCIEDADE DE RISCO.4.4. A SOCIEDADE DE RISCO. ULRICH BECK - ULRICH BECK - RISIKOSCHAFTRISIKOSCHAFT

4.5. O RISCO COMO CRITÉRIO DE EXCLUSÃO.4.5. O RISCO COMO CRITÉRIO DE EXCLUSÃO. AS MODERNAS CONCEPÇÕES DA IMPUTAÇÃO AS MODERNAS CONCEPÇÕES DA IMPUTAÇÃO

OBJETIVA SE VALEM DO RISCO.OBJETIVA SE VALEM DO RISCO. SE PRETENDE QUE QUANDO A ATIVIDADE SE SE PRETENDE QUE QUANDO A ATIVIDADE SE

ENCONTRE NO ÂMBITO DO RISCO QUE A ENCONTRE NO ÂMBITO DO RISCO QUE A SOCIEDADE CONSENTE, NÃO HAJA SOCIEDADE CONSENTE, NÃO HAJA RESPONSABILIDADE PENAL.RESPONSABILIDADE PENAL.

ASSIM, A TEORIA DO RISCO SE FIRMA COMO ASSIM, A TEORIA DO RISCO SE FIRMA COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL.ELEMENTO FUNDAMENTAL.

5. FUNCIONALISMO E 5. FUNCIONALISMO E IMPUTAÇÃO OBJETIVA.IMPUTAÇÃO OBJETIVA.

5.1. CRITÉRIOS DE ROXIN:5.1. CRITÉRIOS DE ROXIN: Breve explanação sobre a função e Breve explanação sobre a função e

estrutura do sistema de imputação estrutura do sistema de imputação em Roxin.em Roxin.

A criação do risco, a realização do A criação do risco, a realização do risco e o alcance do tipo.risco e o alcance do tipo.


a) Criação de um risco não a) Criação de um risco não permitidopermitido

a.1) Exclusão da imputação em a.1) Exclusão da imputação em hipóteses de diminuição de riscohipóteses de diminuição de risco

* médicos que intervém no sentido de * médicos que intervém no sentido de postergar, diante da impossibilidade postergar, diante da impossibilidade de impedir, a morte de pacientes. de impedir, a morte de pacientes.


a) Criação de um risco não permitidoa) Criação de um risco não permitido

a.2) Exclusão da imputação se falta a criação do risco a.2) Exclusão da imputação se falta a criação do risco juridicamente relevante.juridicamente relevante.

* uma atividade que, segundo critérios normais da * uma atividade que, segundo critérios normais da experiência cotidiana, não pode ser considerada causadora experiência cotidiana, não pode ser considerada causadora de riscos penalmente relevantes. Ex. subir escadas, nadar, de riscos penalmente relevantes. Ex. subir escadas, nadar, subir a montanha, etc. Claro que sempre se corre o risco de subir a montanha, etc. Claro que sempre se corre o risco de um atropelamento em uma grande cidade, de cair da um atropelamento em uma grande cidade, de cair da escada, de afogar-se ou de despencar da montanha, mas escada, de afogar-se ou de despencar da montanha, mas esta não é a regra. esta não é a regra.

* onde a atividade desenvolvida é própria do cotidiano, * onde a atividade desenvolvida é própria do cotidiano, ainda possa estar relacionada com um resultado de lesão a ainda possa estar relacionada com um resultado de lesão a um bem jurídico não pode gerar responsabilidade penal, um bem jurídico não pode gerar responsabilidade penal, porque os riscos relacionados com esta lesão são porque os riscos relacionados com esta lesão são considerados socialmente adequados. considerados socialmente adequados.

* aquele que submete outrem a uma atividade deste tipo * aquele que submete outrem a uma atividade deste tipo não pode ser responsabilizado pela eventual ocorrência de não pode ser responsabilizado pela eventual ocorrência de dano a um bem jurídico decorrente destas atividades. dano a um bem jurídico decorrente destas atividades.


a) Criação de um risco não permitidoa) Criação de um risco não permitido

a.3) Exclusão da imputação em casos a.3) Exclusão da imputação em casos de risco permitidode risco permitido

* condução de veículo automotor e * condução de veículo automotor e estrita obediência às regras de trânsito.estrita obediência às regras de trânsito.

* prática de esportes radicais ou o * prática de esportes radicais ou o manejo de usinas energéticas manejo de usinas energéticas nucleares.nucleares.


b) Realização do riscob) Realização do risco

b.1) a exclusão da imputação se falta a b.1) a exclusão da imputação se falta a realização do perigo criado; realização do perigo criado;

* o resultado que se produz não deriva da fonte * o resultado que se produz não deriva da fonte de perigo criada por este, ainda que a ele se de perigo criada por este, ainda que a ele se relacione causalmente.relacione causalmente.

* a doutrina das teorias da causalidade trata sob * a doutrina das teorias da causalidade trata sob o epíteto de “cursos causais imprevisíveis” e o epíteto de “cursos causais imprevisíveis” e procura resolver através das “causas absoluta e procura resolver através das “causas absoluta e relativamente supervenientes” que aparecem relativamente supervenientes” que aparecem “dentro e fora do desdobramento necessário” do “dentro e fora do desdobramento necessário” do curso causal. , curso causal. ,



b2.) a exclusão da imputação se b2.) a exclusão da imputação se falta a realização do risco não falta a realização do risco não permitido. permitido.

* o caso clássico da fábrica de * o caso clássico da fábrica de pincéis.pincéis.



b.3) Exclusão da imputação em caso de b.3) Exclusão da imputação em caso de resultados que não estão cobertos pelo resultados que não estão cobertos pelo fim de proteção da norma de cuidado. fim de proteção da norma de cuidado.

* dois ciclistas pilotam bicicletas à noite, na * dois ciclistas pilotam bicicletas à noite, na estrada, um atrás do outro, sem luz.estrada, um atrás do outro, sem luz.

* fim de proteção da norma de cuidado * fim de proteção da norma de cuidado limitadora do risco permitido não se limitadora do risco permitido não se confunde com fim de proteção do tipo penal. confunde com fim de proteção do tipo penal.


c) Alcance do tipoc) Alcance do tipo

c.1) situações de cooperação em c.1) situações de cooperação em uma auto-colocação em perigo uma auto-colocação em perigo dolosa.dolosa.

* traficante que vende drogas ao * traficante que vende drogas ao viciado que se mata de overdose. viciado que se mata de overdose.

* Limite: Nosso Código penal, tipifica * Limite: Nosso Código penal, tipifica auxílio ao suicídio (art. 122).auxílio ao suicídio (art. 122).


c) Alcance do tipoc) Alcance do tipoc.2) a colocação em perigo de terceiro consentida por estec.2) a colocação em perigo de terceiro consentida por este * caso do sujeito que insiste com o barqueiro que promova a * caso do sujeito que insiste com o barqueiro que promova a

travessia de determinado rio.travessia de determinado rio. * passageiro que insiste para que o condutor para que exceda * passageiro que insiste para que o condutor para que exceda

a velocidade de um veículo.a velocidade de um veículo. - A forma correta é “saber até que ponto o tipo, conforme seu - A forma correta é “saber até que ponto o tipo, conforme seu

fim de proteção inclui a colocação em perigo de um terceiro, fim de proteção inclui a colocação em perigo de um terceiro, aceitada por este”. - Estaria fora do âmbito uma auto-aceitada por este”. - Estaria fora do âmbito uma auto-colocação em perigo. colocação em perigo.

- Pressupostos, de exclusão da imputação: - Pressupostos, de exclusão da imputação: * o dano seja conseqüência do perigo corrido e não de outros * o dano seja conseqüência do perigo corrido e não de outros

dados adicionaisdados adicionais * o sujeito que seja posto em perigo tenha a mesma * o sujeito que seja posto em perigo tenha a mesma

responsabilidade pela atuação de quem o coloca em perigoresponsabilidade pela atuação de quem o coloca em perigo * a pessoa exposta ao perigo tenha uma consciência a respeito * a pessoa exposta ao perigo tenha uma consciência a respeito

do risco idêntica àquela que tem quem o coloca em riscodo risco idêntica àquela que tem quem o coloca em risco


c) Alcance do tipoc) Alcance do tipo

c.3) a imputação do resultado a um c.3) a imputação do resultado a um âmbito de responsabilidade alheioâmbito de responsabilidade alheio

* caminhoneiro que, conduzindo o seu * caminhoneiro que, conduzindo o seu veículo à noite, sem luzes traseiras, foi veículo à noite, sem luzes traseiras, foi parado por policiais rodoviários.parado por policiais rodoviários.


2. CRITÉRIOS DE JAKOBS:2. CRITÉRIOS DE JAKOBS: - Breve explanação sobre o ponto de vista de - Breve explanação sobre o ponto de vista de

Jakobs sobre a função e estrutura do sistema Jakobs sobre a função e estrutura do sistema de imputação.de imputação.

I. O RISCO PERMITIDOI. O RISCO PERMITIDOII. O PRINCÍPIO DE CONFIANÇAII. O PRINCÍPIO DE CONFIANÇAIII. A PROIBIÇÃO DE REGRESSOIII. A PROIBIÇÃO DE REGRESSOIV. A COMPETÊNCIA OU CAPACIDADE DA VÍTIMAIV. A COMPETÊNCIA OU CAPACIDADE DA VÍTIMAa) Atuações que contam com o consentimento a) Atuações que contam com o consentimento

do ofendidodo ofendidob) b) Ações realizadas pela vítima a seu próprio Ações realizadas pela vítima a seu próprio

riscorisco

6. ANÁLISE CRÍTICA:6. ANÁLISE CRÍTICA:

1. A perspectiva de um modelo de 1. A perspectiva de um modelo de sistema significativo de imputação.sistema significativo de imputação.

2. O resultado em Direito penal.2. O resultado em Direito penal.

3. O que oferece verdadeiramente a 3. O que oferece verdadeiramente a imputação objetiva.imputação objetiva.

* Sua falta de validade como teoria * Sua falta de validade como teoria geral.geral.

* Um critério adicional (axiológico) de * Um critério adicional (axiológico) de limitação do alcance dos tipos penais.limitação do alcance dos tipos penais.

fatos e mitos sobre a imputaÇÃo objetiva. 1. introduÇÃo. - merecido atenÇÃo no brasil desde...

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