fatores que podem influenciar na rotatividade de … · técnica de estudo de caso. os dados foram...
TRANSCRIPT
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NA ROTATIVIDADE
DE PESSOAL: UM ESTUDO DE CASO EM REDE DE SUPERMERCADOS DE UBERLÂNDIA
Área temática: Gestão Estratégia e Organizacional
Carla Kattielli Junqueira Azevedo
Marcelino Franco Moura
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar os fatores que podem influenciar na rotatividade de funcionários
em uma Rede de Supermercados de Uberlândia. Este estudo fez uso da pesquisa bibliográfica, descritiva conclusiva e da
técnica de estudo de caso. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário, com perguntas fechadas,
aplicado aos funcionários de duas lojas da rede. O índice de satisfação diagnosticado nesta pesquisa revelou que os
funcionários não deixariam a empresa para trabalhar em uma concorrente e que valorizam o clima positivo, de forma a
não terem interesse em sair da empresa. Por outro lado, a pesquisa revela que os funcionários estão satisfeitos com a
empresa onde prestam serviços, pois não trocariam por outra do mesmo ramo, e, se fosse para trocar de empresa,
optariam por uma em outro ramo de atividades. As organizações vivem em constantes mudanças, em decorrência dos
processos de modernização tecnológica, políticas econômicas e outras formas de reestruturação produtiva. Neste cenário,
os gestores precisam estar no centro dessas mudanças, participando ativamente para o sucesso da organização. Para
tanto, é necessário que utilizem processos de gestão estratégicos que possa auxiliar na tomada de decisão, atendendo
desta forma, as exigências do mercado. Mesmo não havendo um índice elevado de funcionários insatisfeitos, o estudo
revelou que a empresa deve procurar dar maior atenção aos recursos humanos da empresa como um todo, pois qualidade
e produtividade só podem ser conseguidas com pessoas satisfeitas nos respectivos cargos, de acordo com as suas
capacidades e potencialidades.
Palavras-chaves:
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
2
1. INTRODUÇÃO
A Qualidade de Vida no Trabalho é importante, pois atualmente no mundo todo, as
organizações buscam melhorar sua eficiência e é importante visar à qualidade junto aos seus
colaboradores. Há necessidade de atrair e manter bons funcionários, para que estes estejam satisfeitos,
é necessário desenvolver produtos de melhor qualidade, aumentando a produtividade, diminuindo
custos e melhorando a imagem da empresa no mercado. Então, há necessidade dos profissionais serem
saudáveis, equilibrados, com controle emocional e serem motivados para o trabalho (KARPINSKI,
D.;STEFANO,S.R., 2008, p. 1).
Um funcionário motivado e aliado com os objetivos da empresa tem grande importância dentro dela,
pois pode transmitir ao cliente uma imagem positiva. Por este motivo, cada vez mais se torna
importante valorizar o cliente interno, oferecendo a ele um ambiente motivador, atraindo e retendo
talentos. HANDEL(2005, p.68).
Para atingir seus objetivos as organizações devem estar atentas à administração de recursos humanos,
pois são as pessoas que trabalham na empresa que contribuem para o crescimento e geração dos
resultados. Chiavenato (2004) destaca que a administração de pessoal constitui a maneira de fazer com
que as coisas sejam exercidas da melhor maneira possível, por meio dos recursos disponíveis, a fim de
traçar e alcançar a meta desejada.
Os colaboradores permanecerão nas empresas se houver motivação e reconhecimento pelo seu
trabalho. A consequência das deficiências desses fatores pode vir causar a desmotivação e insatisfação,
contribuindo para o crescimento da rotatividade, que segundo Chiavenato (2004, p.88), a rotatividade
de pessoal (ou turnover) é o resultado da saída de alguns colaboradores e a entrada de outros para
substituí-los no trabalho.
A necessidade de se avançar nas pesquisar e aumentar os conhecimentos na área especifica de
satisfação no trabalho e nos fatores que podem levar a rotatividade de pessoal são de suma
importância, pois no mundo atual percebe-se que as empresas estão buscando melhorar o
relacionamento com seus colaboradores e os níveis de satisfação com a qualidade de vida no trabalho,
devido à necessidade de atrair e manter bons funcionários, os quais satisfeitos proporcionarão à
empresa benefícios como: redução de custos, aumento de produtividade e qualidade, diminuição do
absenteísmo, maior satisfação dos colaboradores, melhoria na comunicação e imagem da empresa no
mercado.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
3
Portanto, este estudo justifica-se pela relevância desse tema e pelo alto índice de rotatividade no setor
supermercadista, sendo assim, o seguinte problema de pesquisa é apresentado: Quais os possíveis
fatores que influenciam na rotatividade de funcionários em uma rede de supermercados?
Para obter as respostas à pergunta-problema, este artigo tem como objetivo identificar os possíveis
fatores que podem influenciar na rotatividade de funcionários em uma Rede de Supermercados em
Uberlândia, além de demonstrar, por meio de um estudo de caso, as percepções dos colaboradores em
relação às perspectivas de crescimento oportunizadas pela organização, e consequentemente, à
descrição de como esses funcionários veem, no modo geral, a empresa onde trabalham.
O estudo de caso foi realizado em uma rede de supermercados, conduzido por meio de questionário
com perguntas fechadas, sendo a pesquisa aplicada diretamente ao colaborador no ponto de venda. No
que concerne ao conhecimento cientifico, a pesquisa poderá contribuir como referencial em estudos
voltados ao tema.
O artigo está subdivido em cinco partes. A primeira apresenta a contextualização do tema e
problema - a introdução. A segunda parte apresenta o referencial teórico ligado ao tema, ou seja,
rotatividade de pessoal e os fatores que influenciam na rotatividade de funcionários. Na parte três são
relatados os aspectos metodológicos da investigação. Sendo que a quarta etapa do estudo trata da
análise e interpretação dos resultados, tendo por fim, a parte cinco, que descreve as considerações
finais evidenciando os resultados gerados após a pesquisa.
2. Referencial Teórico
2.1 Satisfação e qualidade de vida no trabalho
De acordo com Spector (2005), satisfação no trabalho é uma variável de atitude que representa como
uma pessoa se sente em relação ao seu trabalho de forma geral e em seus vários aspectos. Em poucas
palavras, satisfação no trabalho é o quanto as pessoas gostam do que fazem. Ainda para o autor, a
satisfação no trabalho tem sido um fator causador de importantes realizações por parte dos
funcionários, melhor desempenho no trabalho e do melhoramento da saúde e aumento da expectativa
de vida.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
4
Para Spector (2005), a maioria dos estudos sobre satisfação no trabalho parte de uma perspectiva
ambiental, de como as características organizacionais e ambientais tornam os funcionários satisfeitos
ou insatisfeitos.
Essas características referem-se ao conteúdo e à natureza em si. Cinco delas fazem parte da teoria das
características do trabalho de Hackman e Oldhman (1975) e são: variedade das habilidades, identidade
e importância da tarefa, autonomia, feedback no trabalho, retroação extrínseca e inter-relacionamento.
Chiavenato (2004) afirma que a preocupação da sociedade com a qualidade de vida das pessoas
deslocou-se há muito tempo para a situação do trabalho, como parte integrante de uma sociedade
complexa e de um ambiente heterogêneo.
A qualidade de vida no trabalho assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos
empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho, e, de outro, o interesse das organizações
quanto a seus efeitos potenciais sobre a produtividade e qualidade. (Chiavenato, 2004, p. 89)
Para que se alcance o grau de satisfação dos colaboradores, é preciso que a qualidade de vida
no trabalho na empresa encontre maneiras de atingir o bem estar como: a renda deverá ser compatível
com o mercado e que de algum modo proporcione condições de suprir necessidades básicas e sociais;
tenha orgulho de fazer parte da empresa; estimular a autoestima, mostrando como é importante a sua
colaboração na organização; ter uma definição positiva da empresa perante a sociedade; proporcionar
uma relação equilibrada entre tempo de trabalho e lazer com a sua família; estabelecer horários
acessíveis e formas de labor sensatas; oferecer oportunidades de cargos por merecimento, dedicação,
competências; utilizar o potencial que o colaborar detém; respeitar os direitos legais e ser justo nas
recompensas merecidas (KARPINSKI, D.;STEFANO,S.R., 2008, p. 4).
2.2 Rotatividade de pessoal ou turnover
A causa da rotatividade esta ligada diretamente a satisfação dos colaboradores das organizações.
“A expressão rotatividade de recursos humanos é usada para definir a flutuação de pessoal entre uma
organização e seu ambiente [...].” (CHIAVENATO 2004, p.151).
O referido autor ainda afirma que a rotatividade, também conhecida como turnoveré expressa por meio
de uma relação percentual entre as demissões e os desligamentos com relação ao número médio de
colaboradores num determinado período.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
5
Marras (2000, p. 66) corrobora que a rotatividade consiste no “número de empregados desligados da
empresa num determinado período, comparativamente ao quadro médio de efetivos. A rotatividade é
expressa por um número índice, que recebe o nome de índice de rotatividade”.
Para Lucena (1995) a rotatividade de pessoal pode significar investimentos perdidos, desperdiçados,
como também, pode afetar profundamente o nível de produtividade de suas atividades, a continuidade
da empresa e seus resultados, além dos custos elevados com desligamentos e novas contratações.
De acordo com o autor, existem dois tipos de rotatividade, aquele controlado pela organização e outro
controlado pelo mercado. O primeiro ocorre quando a organização consegue reter e motivar os
profissionais que tem melhor desempenho, mais qualificado e com potencial para crescer e contribuir
para o desempenho da empresa. Já a rotatividade controlada pelo mercado é aquela onde a empresa
perde seus melhores funcionários para os concorrentes por não cultivar políticas e critérios para mantê-
los motivados, permanecendo na organização os colaboradores com menor competência.
2.2.1 Possíveis fatores que podem influenciar na rotatividade
De acordo com Quége (2008), a rotatividade de funcionários (turnover) é sem dúvida um elemento que
demanda atenção constante por parte de qualquer líder dentro de uma organização. A necessidade de
entender a rotatividade acaba por se tornar um fator de competitividade em todos os mercados, pois ela
envolve a perda de capital intelectual, fuga de conhecimento e memória corporativa, riscos que
envolvem a carteira de clientes e recursos financeiros diretos e indiretos.
Tecnicamente o Turnover pode ser ocasionado por vários fatores, mas para fins deste estudo será dado
ênfase nos seguintes pontos: Plano de Carreira; Clima organizacional e Motivação. Quége (2008).
Plano de Carreira
A gestão de carreira é um processo pelo qual indivíduos desenvolvem, programam e monitoram metas
e estratégias de carreira. Através de uma gestão estruturada de carreira, os indivíduos podem se tornar
mais produtivos e auto realizados (GREENHAUS, 1999).
Schein (1978) aborda que as fases da vida de um indivíduo podem influenciar suas expectativas,
motivações, necessidades e prioridades e representar componentes das “âncoras de carreira”,
orientando as trajetórias profissionais dos indivíduos.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
6
Complementando os estudos de Schein (1978), Vieira e Silva (2008, p. 36) relata que “a identificação
da âncora de carreira pode auxiliar as empresas a desenvolverem uma política de atração e retenção de
talentos diferenciada, flexível e, portanto, mais eficaz”.
No desenvolvimento de carreiras, além da preocupação natural dos indivíduos com o planejamento e a
busca de oportunidades, existe outro fator que interfere neste processo, o clima organizacional.
Maximiano (2004) afirma que o clima é uma medida de como as pessoas se sentem em relação à
organização e a seus administradores, e que deve ser estudado para a compreensão do comportamento
dos funcionários na empresa.
Clima organizacional
Na visão de Coda (1997), o clima organizacional é o indicador do grau de satisfação dos
membros de uma empresa em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da
organização, tais como: política de recursos humanos, modelo de gestão, missão da empresa, processo
de comunicação, valorização profissional e a identificação com a organização. O autor explica que o
clima organizacional reflete uma tendência ou inclinação sobre até que ponto estaria efetivamente
sendo atendidas as necessidades da organização e das pessoas que dela fazem parte.
O conceito de clima organizacional para Chiavenato (2009) caracteriza-se pela influência do ambiente
da organização sobre os diferentes graus de motivação por ele provocados nas pessoas. Desta forma, o
clima organizacional será favorável ou desfavorável, na medida em que proporcione satisfação ou
frustração das necessidades pessoais dos empregados.
Para Schneider e Reichers (1983) buscam-se estudar clima organizacional visando oferecer às
organizações, condições de instrumentalizar explicações sobre o modo como as pessoas se comportam
e fazem as coisas. Explicam que o clima é algo que emerge das interações sociais entre os membros de
um grupo de trabalho e dos aspectos comportamentais do grupo.
Há, também, vários fatores como: salário, estratégias motivacionais, o tipo de tecnologia empregado e
até mesmo, o tipo de poder exercidas as regras de conduta e a rigidez da disciplina, que podem em
muitos casos, gerar descontentamento ou insatisfação entre os empregados e, em decorrência, causar
danos ao ambiente de trabalho.
Motivação
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
7
O termo motivação “refere-se às forças que energizam, dirigem e sustentam os esforços de uma
pessoa” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 360). Pode-se dizer que o comportamento das pessoas é o
resultado de diferentes motivações. Por ser assim, algo que provoca a motivação de uma pessoa, pode
não ter efeito sobre outra.Muitas teorias foram desenvolvidas para explicar a motivação humana e sua
influência no desempenho dos indivíduos nas organizações. Autores, por exemplo, como Maslow, com
a hierarquia criada a respeito das necessidades humanas; Herzberg com a Teoria de dois fatores; e
McGregor com a Teoria X e Y (PARENTE, 2000).
Abraham Maslow relacionou uma hierarquia de cinco necessidades fundamentais: básicas, segurança,
participação, reconhecimento e auto realização. Essa hierarquia, a princípio, entendida de forma
sequencial, foi reconhecida mais tarde, por ele próprio, de forma menos rígida, pois, as necessidades
podem surgir concomitantemente, em graus diferentes e serem, em parte, satisfeitas ou não. Assim,
não é necessário que uma necessidade seja satisfeita, para que surjam outras especialmente as de nível
mais elevado (PARENTE, 2000).
Para Herzberg, existem dois fatores motivacionais. O primeiro diz respeito aos aspectos pessoais de
realização profissional e ao conteúdo do trabalho, como o gosto pela função, por exemplo. Esse fator é
tido como motivacional pelo autor. O segundo está relacionado aos aspectos externos, ligados ao
ambiente de trabalho, como, por exemplo: a supervisão, o salário e status. Herzberg chamou de fatores
higiênicos. Ambos os fatores contêm aspectos subjetivos relacionados ao reconhecimento pelos
resultados (LACOMBE; HEILBORN, 2003).
Já McGregor afirma que a teoria X é praticada pelos administradores que não acreditam nas pessoas,
havendo forte dependência dos empregados em relação à chefia. A teoria Y, por outro lado, pressupõe
que o ser humano aceita responsabilidades e pode considerar o trabalho da mesma forma que um jogo.
Assim, as pessoas devem ser motivadas em função de suas necessidades específicas, por exemplo,
perspectiva de valorização profissional.
Observa o autor que esses argumentos estão em concordância com o pensamento de Freud, McGregor
e Maslow, os quais defendem que as necessidades não satisfeitas são os motivadores do
comportamento.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
8
3. Aspectos Metodológicos
Para atingir os objetivospropostos neste trabalho, faz-se necessário indicar o tipo de estudo da
pesquisa, que segundoYin (2001, p. 19), a escolha da técnica mais apropriada para a investigação que
se deseja realizar vai depender basicamente de três condições: (a) do tipo de questão de pesquisa; (b)
do nível de controle que o investigador possui sobre os eventos comportamentais reais; (c) do grau de
foco em eventos contemporâneos ou históricos. Quanto ao objetivo do estudo em questão, a pesquisa
caracteriza-se como exploratória, tomando como base Richardson (1999, p. 281) quando afirma que “a
pesquisa exploratória procura conhecer as características de um fenômeno para procurar explicações
das causas e consequências de dito fenômeno”.
Quanto aos procedimentos, a pesquisa é do tipo estudo de caso, caracterizada por estudar apenas um
único caso, de forma a aprofundar os conhecimentos de um caso específico (BEUREN, 2012).
Para obter um resultado satisfatório, esta pesquisa terá além de estudo de caso, a pesquisa
bibliográfica.
Quanto à abordagem do problema de pesquisa, a pesquisa é qualitativa, por meio da qual
permite analisar de forma mais aprofundada o objeto de estudo, destacando características não
observadas em um estudo quantitativo (BEUREN, 2012).
O presente trabalho foi realizado, em duas lojas de uma Rede de Supermercados localizadas na
cidade de Uberlândia – MG, no período de Março a Agosto de 2013, para atender ao objetivo
deidentificar os possíveis fatores que podem influenciar na rotatividade de funcionários em uma Rede
de Supermercados em Uberlândia.
A Rede de Supermercados Valor pertence ao Grupo Peixoto, e é composta atualmente por mais de 170
(cento e setenta) lojas que estão espalhadas em três estados do país (Minas Gerais, São Paulo e
Paraná); A rede atua desde 2001, como empresa associativista ondelojas varejistas se tornam
associados da marca Valor, passando então a receber benefícios exclusivos da marca; No ano de 2011
o Peixoto adquiriu um supermercado na cidade de Uberlândia– MG, que passou a se chamar Valor
Supermercados, sendo esta a primeira lojaprópria do Grupo cujo foco principal é ser um supermercado
escola, onde todas as técnicas e conceitos de varejo são aplicados primeiro nesta loja para depois
serem expandidos para os demais associados á Rede Valor. Hoje se totalizam três lojas próprias do
grupo, sendo uma localizada na cidade de Tupaciguara-Mg, onde atuam com o mesmo formato de
supermercado escola, gerando mais de 150 empregos diretos.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
9
A coleta de dados foi feita por meio de questionário estruturado com perguntas fechadas, sendo que a
pesquisa foi aplicada diretamente ao colaborador no ponto de venda com a seguinte metodologia: a
cada possível avaliado apto pelo pesquisador, foi aplicado o questionário de forma direta e cordial,
com total concordância do entrevistado. Em sua maioria, as perguntas de um questionário têm opções
ou categorias de respostas fechadas. Essas perguntas fornecem uma lista fixa de alternativas de
resposta e pedem que o entrevistado selecione uma ou mais como indicativa da melhor resposta
possível (REA; PARKER, 2000).
Foram selecionados 25 funcionários da Loja 01 e 35 funcionários da Loja 02. Os participantes foram
escolhidos de forma aleatória, de acordo com a disponibilidade dos entrevistados em responder o
questionário. Os respondentes fazem parte das áreas operacionais do açougue e da padaria das
respectivas empresas.
Do total dos respondentes 38 são homens, com o percentual de 63,3%, e 22 são mulheres, ou seja,
36,6%. Atividade predominantemente masculina, salvo em alguns setores como atendimento de
padaria, onde a presença feminina se torna maioria
Gráfico 01 – Sexo
Masculino63%
Feminino37%
SEXO
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Para o inicio da coleta de dados foi apresentado aos participantes o questionário com as devidas
explicações e finalidades, destacando a importância da sua participação e o correto preenchimento do
questionário para concretização do trabalho. Informando que sua participação é voluntaria e que e as
informações fornecidas serão mantidas em sigilo.
Para tratamento e análise de dados foi utilizado o software Microsoft Excel.Os resultados foram
analisados um a um, primeiramente de forma manual, para uma pré-seleção de nível de
qualidade/importância para a pesquisa.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
10
4. Análise e interpretação dos resultados
Por meio dos resultados dos questionários aplicados á sessenta funcionários distribuídos em duas lojas
da Rede de Supermercados de Uberlândia – MG pode-se discorrer sobre os dados abaixo.
Através da tabela 1, podemos observar que a maioria dos entrevistados, ou seja, 37% se sentem
satisfeitos em trabalhar na atual função, e apenas 13% referiram estarem muito insatisfeitos, mostrando
que a função em que atuam na empresa não é motivo de insatisfação, pelo contrário, o percentual
positivo é bastante significativo.Observa-se que não se deve deixar de lado o percentual ligado àqueles
que afirmam estar pouco satisfeitos, indicando que há certo descontentamento, devendo ser
investigadas as causas.
Tabela 1: Como se sente na atual função
Fa* Fr* %
Muito insatisfeito
8 13
Insatisfeito
14 23
Pouco satisfeito
16 26
Satisfeito
22 37
TOTAL 60 100
Fa = Freqüência absoluta Fr = Freqüência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
De acordo com Spector (2005), satisfação no trabalho é uma variável de atitude que representa como
uma pessoa se sente em relação ao seu trabalho de forma geral e em seus vários aspectos. Em poucas
palavras, satisfação no trabalho é o quanto as pessoas gostam do que fazem. Ainda para o autor, a
satisfação no trabalho tem sido um fator causador de importantes realizações por parte dos
funcionários, melhor desempenho no trabalho e do melhoramento da saúde e aumento da expectativa
de vida.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
11
A tabela 2 demonstra que 60% dos entrevistados possuem visão negativa quanto às perspectivas de
crescimento na empresa, sendo que 18% veem sempre boas perspectivas de crescimento, enquanto
22% veem quase sempre.
Tabela 2: Visualiza alguma perspectiva de crescimento na empresa?
Fa* Fr* %
Nunca
9 15
Quase Nunca
27 45
Quase sempre
13 22
Sempre
11 18
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
A baixa escolaridade dos entrevistados pode ser apontada como um dos motivos para estes não
visualizarem crescimento na empresa, pois, para preenchimento das vagas que eles ocupam, é exigido
apenas o segundo grau completo.
Conforme o que diz Bergamini (1997), a diversidade de interesses percebida entre os indivíduos
permite aceitar, de forma razoavelmente clara, que as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas
mesmas razões, o que justifica as diferentes opiniões referentes à pergunta do questionário que foi
aplicado.
Apesar de a maioria dos entrevistados terem demonstrado uma visão negativa quanto às perspectivas
de crescimento na empresa, foi constatado que a oferta de plano de carreira é motivo para a
permanência na empresa, segundo a opinião de 77,00% dos entrevistados, conforme a tabela 3.
Tabela 3: Se a empresa te oferece plano de carreira, isso te motiva a ficar nela?
Fa* Fr* %
Sim 46 77
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
12
Não
14 23
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Podemos considerar, através dos dados da tabela 3, que os funcionários estão almejando continuar na
empresa, e para isso a empresa precisa proporcionar as condições dessa continuidade, fazendo com que
os funcionários possam crescer profissionalmente e colaborando também com a melhor prestação de
serviços.
Quando uma empresa possui um planejamento de carreira coerente com sua realidade, permite
condições que levam as pessoas a se motivarem, pois conseguem perceber quais são as chances de
crescimento dentro da carreira (BULGACOV, 1999).
Podemos afirmar através do que foi descrito na tabela 4, que o clima organizacional favorável na
empresa (90%) faz com que os funcionários permaneçam na mesma entre outros fatores.
Tabela 4: Um clima favorável com seus colegas e seus superiores ajudam a manter você na empresa?
Fa* Fr* %
Sim
54 90
Não
6 10
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Ressalta-se que o clima organizacional influencia na motivação dos colaboradores. Chiavenato (2003)
ainda afirma que um bom clima organizacional depende de fatores como condições econômicas da
empresa, de sua estrutura organizacional; das oportunidades que os colaboradores têm em relação
àparticipação; do que significa trabalho; da escolha da equipe; do preparo e treinamento; do estilo que
se lidera e da avaliação e remuneração da equipe.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
13
Percebe-se, na tabela 5, que o fator benefício também representa um motivo pelo qual os funcionários
optam por permanecer na empresa.
Tabela 5: Se a empresa oferecesse algum tipo de benefício (assistência médica, odontológica, entre
outros) isso seria um fator para continuar na empresa?
Fa* Fr* %
Sim
48 80
Não
12 20
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Para Marras (2005, p. 96) o benefício é um conjunto de programas ou planos oferecidos pela
organização como um complemento aos salários. E segundo Chiavenato (2002, p.415) os benefícios
sociais constituem um aspecto importante do pacote de remuneração. O beneficio é uma forma de
remuneração indireta que visa oferecer aos funcionários uma base para a satisfação de suas
necessidades pessoais.
Conforme a tabela 6 abaixo, 62% dos entrevistados mencionou que não trocariam de emprego em
empresa no mesmo ramo. O que reforça a importância da afirmação de Parente (2000), de que as
empresas de um mesmo setor varejista concorrem não só para conquistar clientes, mas também para
atrair e reter bons funcionários.
Tabela 6: Trocaria esta empresa da qual você faz parte hoje por outra do mesmo ramo?
Fa* Fr* %
Sim
23 38
Não
37 62
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa ( 2013).
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
14
É importante lembrar que, quando as pessoas abandonam seu trabalho, as empresas perdem o
investimento que fizeram no desenvolvimento do funcionário, e como ressalta Chiavenato (2004,
p.155) “a rotatividade de pessoal não é uma causa, mas o efeito, a consequência de certos fenômenos
localizados interna ou externamente à organização que condicionam a atitude e o comportamento do
pessoal”. Segundo o mesmo, os reflexos mais relevantes causados pela rotatividade de pessoal são os
custos, diminuição da produção, entre outros.
Podemos identificar através da tabela 7, que a maioria (82%) dos entrevistados prefere mudar
de ramo e função, caso tenham oportunidade.
Tabela 7: Mudaria de ramo de atividade e função caso tivesse oportunidade?
Fa* Fr* %
Sim
49 82
Não
11 18
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
É importante analisar, neste caso, que 82% dos entrevistados da tabela 7, em que afirmam que
mudariam de ramo, confrontando com a tabela 6, em que 62% dos entrevistados não trocariam de
empresa do mesmo ramo, face às condições oferecidas pela empresa atual, conforme resultados sobre
clima organizacional e satisfação na atividade atual, são satisfatórios. Há que se analisar, ainda, que os
entrevistados aceitariam mudar de ramo caso tivessem oportunidade, por considerarem de forma
positiva, a busca pelo desenvolvimento e crescimento profissional, conforme dados demonstrados na
tabela 2, em que 60% dos entrevistados não visualizam esse crescimento na empresa pesquisada. Pode-
se analisar, ainda, que por conhecimento do setor em que atuam, visualizam que perspectivas melhores
seriam alcançadas em outro ramo.
Outro aspecto a ser observado neste contexto é o grau com queas pessoas se identificam com a
organização que as emprega. A insatisfação do empregado é uma causa de declínio do compromisso
organizacional, e esse compromisso implica vontade de investir grande dose de esforço em favor da
organização e ter intenção de ficar muito tempo na empresa (WAGNER III; HOLLENBECK, 1999).
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
15
Fator relevante a ser considerado na determinação do compromisso do empregado paraatingir
os objetivos da empresa, é a relação entre o tipo de trabalho e sua carga horária de trabalho. E pode-se
observar na tabela 8, que 85% dos entrevistados alegam que a carga horária exercida condiz com a
função ocupada.
Tabela 8: Sua carga horária está adequada e condiz com sua função exercida?
Fa* Fr* %
Sim
51 85
Não
9 15
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Os funcionários trabalham oito horas por dia, e também aos sábados, e em alguns domingos e feriados,
de acordo com a escala de folga, sendo necessário o acompanhamento dos acréscimos decorrentes das
horas-extras consideradas ao se trabalhar além dos dias de semana e banco de horas. Por causa das
horas extras, muitas organizações enfrentam demandas judiciais desnecessárias, o que deixa o
funcionário duplamente insatisfeito com a empresa (WAGNER III; HOLLENBECK, 1999).
Outro fator importante investigado neste cenário entre trabalho e trabalhador é o ambiente físico da
empresa. A tabela 9, por exemplo, mostra que 35% dos entrevistados acredita que poderia usufruir de
um ambiente melhor que o utilizado no momento; E 65% dos entrevistados estão satisfeitas com as
instalações de seu ambiente de trabalho oferecidas pela empresa.
Tabela 9: Sente-se satisfeito com as instalações de seu ambiente de trabalho (banheiro, vestuário,
refeitório, por exemplo)?
Fa* Fr* %
Sim
39 65
Não
9 35
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
16
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Vários dados documentados demonstram que algumas características físicas do local de trabalho
podem estimular reações emocionais negativas nos trabalhadores (WAGNER III; HOLLENBECK,
1999). No caso investigado, as entrevistas não pontuaram quais seriam os fatores considerados
negativos no ambiente físico.
Marras (2005, p. 31) ressalta que enquanto as organizações preocupam-se em ser mais competitivas e
melhores a custos menores, os empregados buscam no interior da empresa onde trabalham a
compensação do estresse causado pela busca frenética de resultados. A conscientização do desejo de
“viver qualitativamente melhor” é algo patente e palpável para a grande massa dos trabalhadores.
Também foi foco de investigação as ações praticadas pela empresa no que diz respeito às atividades
dedicadas aos funcionários que não estão ligados às funções exercidas na empresa. Conforme a tabela
10, dos entrevistados 100% alegaram que a empresa não fornece atividades aos funcionários fora do
período de trabalho.
Tabela 10: A empresa oferece algum tipo de atividade recreativa fora do período de trabalho?
Fa* Fr* %
Sim
0 0
Não
60 100
TOTAL 60 100
Fa = Frequência absoluta Fr = Frequência relativa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
A empresa poderia ter funcionários mais motivados e satisfeitos se a mesma oferecesse atividades
recreativas, pois, vários estudos demonstram que a recreação vem se tornando cada vez mais presente
como técnica a ser desenvolvida nas empresas, visando a diminuição do Stress acumulativo tanto na
vida pessoal quanto profissional, onde através dessas atividades de integração (em grupo),
desenvolvemos também uma melhora da relação interpessoal fazendo com que o ambiente de trabalho
se torne favorável a uma maior produção.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
17
Para que ocorra efetivo desenvolvimento organizacional, deve-se buscar, além do aprimoramento
estritamente técnico, desenvolver a competência pessoal e interpessoal. Ao adotar tal postura a
empresa estará visando a um melhor relacionamento entre os membros que a compõem, com o intuito
primordial de melhorar a qualidade de vida no trabalho com consequentes reflexos na vida social do
indivíduo (KANAANE, 1999).
5. Considerações Finais
O presente estudo teve como objetivo identificar os possíveis fatores que podem influenciar na
rotatividade de funcionários em uma Rede de Supermercados em Uberlândia, além de demonstrar, por
meio de um estudo de caso, as percepções dos colaboradores em relação às perspectivas de
crescimento oportunizadas pela organização, e consequentemente, à descrição de como esses
funcionários veem, no modo geral, a empresa onde trabalham.
Por meio da investigação teórico-empírica realizada neste estudo de caso, o propósito desta pesquisa
foi alcançado através da analise quantitativa e qualitativa dos dados coletados, ou seja, obteve-se a
identificação das causas da rotatividade de funcionários na rede de Uberlândia na visão dos sujeitos
selecionados. A partir das percepções dos colaboradores quanto às perspectivas de crescimento
oportunizadas pela organização, foi feita a descrição de como esses funcionários veem, no modo geral,
a empresa onde trabalham. Assim, no que se refere a manter-se no emprego em que estão, constatou-se
que 90% dos funcionários consideram o clima organizacional fator fundamental no processo desta
tomada de decisão quanto a sair ou não da empresa. A esse mesmo respeito, também é relevante no
processo de tomada de decisão por parte dos funcionários, os benefícios que a empresa possa vir a
oferecer a elas, como, por exemplo, assistência odontológica; totalizando 80% dos entrevistados.
Por outro lado, a pesquisa revela que os funcionários estão satisfeitos com a empresa onde prestam
serviços, pois não trocariam por outra do mesmo ramo, e, se fosse para trocar de empresa, optariam
por uma em outro ramo de atividades.
As organizações vivem em constantes mudanças, em decorrência dos processos de modernização
tecnológica, políticas econômicas e outras formas de reestruturação produtiva. Neste cenário, os
gestores precisam estar no centro dessas mudanças, participando ativamente para o sucesso da
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
18
organização. Para tanto, é necessário que utilizem processos de gestão estratégicos que possa auxiliar
na tomada de decisão, atendendo desta forma, as exigências do mercado.
O clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da organização e está
relacionado diretamente com o grau de satisfação. É necessário e importante avaliar este clima
organizacional, pois alguns efeitos negativos que este traz podem ser minimizados, como por exemplo,
a rotatividade de pessoal, fator em ênfase no cenário da economia atual.
Desse modo, há necessidade de cada vez mais valorizar os recursos humanos da empresa, pois
qualidade e produtividade só podem ser conseguidas com pessoas satisfeitas alocadas nos cargos, de
acordo com as suas capacidades e potencialidades, sendo bem remuneradas.
Referências
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo:
Atlas, 1998.
BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
BEUREN, I.M. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria e Prática. São
Paulo: Atlas, 2012.
CHIAVENATO, I. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal: Como agregar talentos à
empresa. São Paulo: Manole, 2009.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: O Capital Humano das Organizações. São Paulo: Editora
Atlas 8ª Edição, 2004.
CHIAVENATO, Adalberto. Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso das
organizações. 2. ed. São Paulo: Elsevier, 2005.
CHIAVENATO, Adalberto. Recursos Humanos. 7. ed.São Paulo: Atlas, 2002.
CODA, R.. Pesquisa de clima organizacional e gestão estratégica de recursos humanos. São Paulo,
SP: Atlas, 1997.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
19
GREENHAUS, J, H. et al..Career management.3 ed. Orlando: Harcourt, 1999.
HACHMAN, J.R.; OLDHAM, G.R. Development of the job diagnostic survey.
JournalofAppliedPsychology, v. 60, n. 2, p. 159-170, 1975.
HANDEL, M. J..Trends in perceived job quality, 1989 to 1998.Work andoccupations, n. 32, p. 66-
94, 2005.
KANAANE, R.. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. 2. ed.
São Paulo, SP: Atlas, 1999.
KARPINSKI,D.;STEFANO,S.R. Qualidade de vida no trabalho e satisfação um estudo de caso no
setor atacadista de beneficiamento de cereais. Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de
2008. http://www.unicentro.br - Ciências Sociais Aplicadas2008. 23f.
LUCENA, Maria Diva da Salete. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1995
MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 3. ed.
São Paulo: Futura, 2005.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital.
4.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
PARENTE, Juracy. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000.
QUÉGE, Marco A. Estudo sobre Rotatividade de Funcionários no Brasil. Revista Business School
São Paulo. São Paulo, 2008. Disponível em:
<http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios.pdf>. Acesso em: 8/08/2013.
REA, L. M.; PARKER, R. A..Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo, SP:
Pioneira, 2000.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
20
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
SCHEIN, E. H..Career dynamic: Matching individual and organizational needs. Massachusetts:
Addison-Wesley, 1978.
SCHNEIDER, B.; REICHERS, A.On the etiology of climates.Personnel Psychology, v.36, n.1, p.19-
39, 1983.
SPECTOR, E. P. Psicologia nas Organizações. São Paulo: EditoraSaraiva, 2005.
WAGNER III, J. A.; HOLLENBECK, J. R. Comportamento organizacional: criando vantagem
competitiva. São Paulo: Saraiva, 1999.
YIN, R.K. Case study research: design and methods. SagePublications, Inc. 1994.
VIEIRA, A.; SILVA, C. J. J. M.. Por que deixar a empresa quando tudo indica que o melhor é
ficar?.Revista de Ciências da Administração (CAD/UFSC), v. 10, p. 37-58, 2008.