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Fatores Ecológicos Ciências do Ambinete Módulo 1 Professora: Bartira Brandão da Cunha

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Fatores Ecológicos

Ciências do Ambinete – Módulo 1

Professora: Bartira Brandão da Cunha

FATORES ECOLÓGICOS: CONCEITO

São conjuntos de fatores físicos e biológicos de um determinado ambiente que atuam sobre o desenvolvimento de uma comunidade.

Podem constituir elementos de resistência ambiental, diminuindo a sobrevivência dos seres vivos.

Bióticos Abióticos

Relacionados

aos Seres Vivos

Relacionados as condições

do Meio Ambiente

AlimentaçãoProteção

LocomoçãoReprodução

Clima Relevo

Hidrografia

FATORES ECOLÓGICOS

FATORES ECOLÓGICOS

FATORES ECOLÓGICOS BIÓTICOS

Fatores ocasionados pela presença de seres vivos ou suas

relações.

Os seres vivos se associam com outros da mesma espécie ou de

espécies diferentes, surgindo assim as relações ecológicas.

A relação entre seres vivos se dá com o intuito de suprir as suas

necessidades básicas.

BIO = VIDA

RELAÇÕES BIOLÓGICAS: CLASSIFICAÇÃO

As relações bióticas podem ser classificadas em:

• Ocorre com indivíduos de mesma espécie

Intra-específicas

• Ocorre com indivíduos de espécies diferentes

Inter-específicas

• Não ocorre prejuízo para nenhuma espécieHarmônicas

• Ocorre prejuízo para pelo menos uma espécieDesarmônicas

RELAÇÕES BIOLÓGICAS: CLASSIFICAÇÃO

Quais são essas relações?

1. Canibalismo

2. Competição

3. Predatismo

4. Forésia

5. Mutualismo

6. Parasitismo

7. Inquilinismo

8. Comensalismo

9. Colônia

10. Sociedade

11. Amensalismo

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Organismos de mesma espécie que se mantêm anatomicamente unidos entre si formando um conjunto funcional. Apresentam profunda interdependência fisiológica.

Colônias

Podem ser: Homomorfas - Morfológica e

fisiologicamente diferentes. Cada indivíduo executa um trabalho

diferente.

Ex.: Cnidário - Physalia physalis

Caravela

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

A caravela não é um animal isolado. É umacolônia de vários pólipos transparentes que, comoum todo, ficam flutuando sobre a água do mar. Nacolônia, grupos diferentes de pólipos desempenhamfunções diferentes. Uns são responsáveis pela digestão dos alimentos, outros pela reprodução, outros pela proteção de toda a colônia, e assim por diante.

Curiosidade!!

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Colônias

Corais

Podem ser: Heteromorfas - morfologia e fisiologia semelhantes. Não

existe divisão de trabalho. Todos Têm o mesmo papel.

Ex.: Algas, corais, protozoários

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Associação de indivíduos de uma mesma espécie e que formam uma organização social. Pode-se observar nítida divisão de trabalho. Os indivíduos são anatomicamente originados para determinadas funções – Polimorfismo

Sociedade

Formigas

Ex.: Homens, castores, abelhas, formigas

Aedes Aegipty X vírus da dengue

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Transporte de um ser vivo, seus ovos ou sementes por outro.

Forésia

Um exemplo de forésia é a relação

entre o mosquito Aedes aegipty e o

vírus da dengue. O vírus utiliza o

mosquito para o transporte. A

relação é neutra para o Aedes e

positiva para o vírus da dengue.

Ex.: Pólen x insetos e aves,

sementes x aves e mamíferos

Troca de benefícios entre seres vivos com ou sem interdependência

Mutualismo

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Ex.: Cupim x protozoários,

Algas x fungos,

Plantas x insetos,

Gado x garsa

Gado e Garsa

Curiosidade!!

Algumas espécies de formigas vivem dentro dos troncos de árvores, que

lhes fornecem abrigo e alimento em troca de proteção contra insetos

desfolhadores.

Árvore e formiga

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Uma espécie se beneficia enquanto a outra não leva qualquer vantagem ou desvantagem.

Comensalismo

Rêmora e tubarão

Outro exemplo é a Entamoeba

coli, uma ameba comensal que

vive no intestino humano, onde se

nutre dos restos da digestão do

seu hospedeiro, sem prejudicar o

homem.

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Ex.: Rêmora x tubarão,

Hiena x leão,

Ameba x homem

Uma espécie procura abrigo (usa como moradia) ou suporte no corpo de outra espécie.

Inquilinismo

Bromélias

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES HARMÔNICAS

Ex.: Bromélias, orquídeas,

trepadeiras

Um animal mata e devora o outro da mesma espécie.

Canibalismo

Aranhas

Raro. Ocorre em superpopulações

quando há falta de alimento.

Em algumas espécies é comum a

fêmea devorar o macho após a

fecundação.

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Ex.: Aranhas, peixes, louva-a-

deus

Urso Polar

O aquecimento global fez diminuir em

20% a calota polar ártica nos últimos 30

anos, reduzindo o território de caça dos

ursos-polares. A mudança radical de seu

habitat provocada pelo homem está

custando caro aos ursos. Recentemente,

no Alasca, pesquisadores americanos

identificaram um caso inédito de

canibalismo na espécie: uma família de

ursos foi atacada e comida por um grupo

de machos. Estimativas apontam que os

ursos-polares podem desaparecer em

vinte anos.

Canibalismo

INTRA-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Uma espécie tem seu crescimento e reprodução inibidos por substâncias secretadas por outra espécie.

Amensalismoou Antibiose

O exemplo mais clássico de

amensalismo são os antibióticos

produzidos por fungos que impedem

a proliferação das bactérias. Esses

antibióticos são largamente

utilizados pela medicina, no

combate às infecções bacterianas.

Fungos xBactérias

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Ex.: fungos e bactérias

(antibióticos), algas e peixes

(maré vermelha)

Indivíduos de mesma espécie precisam dos mesmos recursos (água, alimento, território, parceiro) do meio e disputam entre si.

Competição

Luta pela Fêmea

Intra-específica

INTRA E INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Ex.: todos os seres vivos

Indivíduos de espécies diferentes precisam dos mesmos recursos (água, alimento, território) do meio e disputam entre espécies.

Competição

Corujas x cobrasDisputa por alimento

INTRA E INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Ocorre sempre que há sobreposição de nichos ecológicos;

Fator de seleção natural e de limitação da população.

Algumas espécies desenvolvem adaptações por meio da seleção natural, que lhes permite reduzir ou evitar a competição por recursos com outras espécies.

Competição

INTRA E INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Um ser vive às custas de outro absorvendo alimentos.

Parasitismo

Carrapato x Boi

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Ectoparasitas vivem na

superfície externa do corpo do hospedeiro.

Ex.: piolhos, carrapatos

Parasitismo

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

Endoparasitas vivem no

interior do hospedeiro.

Ex.: lombriga, solitária, schistosoma.

Schistosoma x homem

Um animal ataca e devora outro de espécie

diferente.Predatismo

Leoa x Zebra

Frequente. Aplicado no controle

biológico (parasita x praga).

INTER-ESPECÍFICAS

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

CURIOSIDADES

Como os predadores aumentam suas chances de obter uma refeição ?

Fazendo uso de técnicas, como perseguição, tocaia e camuflagem. Alguns predadores são rápidos o suficiente para alcançar suas presas, alguns se

escondem e esperam, outros injetam substâncias químicas paralisantes.

CURIOSIDADES

Como as presas se defendem de predadores e os evitam?

Por possuirem capacidade de correr, voar, nadar, visão e olfato

altamente desenvolvidos, substâncias venenosas, irritantes,

gosto e cheiro ruim, coloração de advertência. Inflar, imitar o

predador.

Algumas presas fogem dos seus predadores ou se utilizam de

seus cascos ou espinhos protetores, outras se camuflam e há

as que utilizam substâncias químicas para repelir ou

envenenar os predadores.

CURIOSIDADES

CURIOSIDADES

Com base na coloração, o biólogo Edward Wilson nos

apresenta duas regras para avaliar os possíveis perigos de

uma espécie animal desconhecida que encontramos na

natureza.

PRIMEIRA: Se ela for pequena e muito bonita, provavelmente é VENENOSA.

SEGUNDA: Se for muito Bonita e fácil de pegar, provavelmente é MORTAL.

CURIOSIDADES

Predatismo Controle Biológico

Gambusia: Peixe larvófago utilizado no combate às larvas de Anopheles (mosquito transmissor da malária). Calosoma: Besouro predador de lagartas desfolhadoras.

Feito a partir de estudos, não causam desequilíbrio ambiental.

CONTROLE BIOLÓGICO

Algumas relações têm importância vital para o equilíbrio ecológico. O predatismo é utilizado pelo homem para o controle biológico.

Consiste no emprego de organismos que atacam outros que estejam causando danos às lavouras,

florestas e outros ambientes.

Vantagens:

Não polui o ambiente com produtos químicos; Quando bem planejado, não causa desequilíbrios

ecológicos.

CONTROLE BIOLÓGICO

Psilídeo-de-concha x Eucalipto

Controle biológico Vespa (Psyllaephagus bliteus)

FATORES ECOLÓGICOS: ABIÓTICOSA = AUSÊNCIA

BIO = VIDA

Constituem todas as influências que os seres vivos possam

receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos,

químicos ou físico-químicos do meio ambiente

Cada tipo de ambiente sofre os efeitos de fatores abióticos

particulares, por exemplo:

Marinho

Salinidade

Costa

Marés

Floresta

Solo e Clima

FATORES ECOLÓGICOS: ABIÓTICOS

FATORES ECOLÓGICOS MAIS RELEVANTES

Temperatura

Luz

Água/umidade

Nutrientes

Pressão

Salinidade

Vento

pH

TEMPERATURA

Influência:

Metabolismo

Apetite

Fotossíntese

Desenvolvimento

Atividade sexual

Fecundação

As temperaturas mais favoráveis à vida estão na faixa de 10 a

30°C.

Divide os seres em grupos e dá origem a alguns fenômenos

como migração e hibernação.

TEMPERATURA:DIVISÃO DE GRUPOS

Seres HOMEOTÉRMICOS Conseguem manter a temperatura corporal, apesar das variações do meio.

Exemplo: Aves e Mamíferos.

Seres HETEROTÉRMICO A temperatura corporal desses seres acompanha as variações do meio.

Exemplo: Reptéis e Anfíbios.

TEMPERATURA:DIVISÃO DE GRUPOS

Seres Estenotérmicos:

Espécies que sobrevivem entre estreitos limites de temperatura (pequena

amplitude térmica).

Seres Euritérmicos

Espécies que resistem a grandes variações de temperatura (grande

amplitude térmica).

Estenotérmico

Eurotérmico

TEMPERATURA:DIVISÃO DE GRUPOS

TEMPERATURA:FENÔMENOS

Urso Crocodilo

Hibernação: É a diminuição da atividade vital de umindivíduo devido ao frio. Ex.: Ursos e morcegos

Estivação: É a diminuição da atividade vital de um indivíduo devido ao calor. Ex.: Canguru e lagartos.

TEMPERATURA:FENÔMENOS

Migrações: Deslocamentos anuais de aves e outrosanimais para lugares mais quentes.

Vida latente: É a morte aparente observada em determinadas estruturas dos seres vivos. Ex.: Esporos de bactérias e protozoários, sementes.

Sementes Cegonha-negra

Permitem aos animais resistir às condições de temperatura

TEMPERATURA: ADAPTAÇÕES

Orelhas e focinhos curtos

Pêlos densos ecompridos

Grande teor de gorduras

Estas características fazem com que a perda de

calor seja mínima, permitindo assim a

sobrevivência.

TEMPERATURA: ADAPTAÇÕES

Estas características facilitam a perda de calor para o meio e evitam o

sobre-aquecimento.

Pêlos menos densos e mais curtos

Menos gorduras

Maior superfície corporal em contato

com o exterior

LUZ

ESSENCIAL

Produção de alimentos

Processos ópticos

Pigmentação da pele

ORIENTA O MOVIMENTO DOS VEGETAIS

REGULA

Ritmos biológicos diários e anuais

Atividade motora dos animais

Divide os seres em alguns grupos e dá origem a alguns fenômenos

Toupeira

Estenofóticos: Não suportam grandes variações de luz.

Eurifóticos: Suportam grandes variações de luz

LUZ: DIVISÃO EM GRUPOS

Mariposa

Girassol

Processo pelos quais seres autotróficos produzem seu alimento.

Fotossíntese

LUZ: FENÔMENOS

Fenômeno que orienta o movimento dos vegetais.

Heliotropismo

Processo no qual alguns animais e vegetais produzem luz.

Bioluminescência

Vagalume

ÁGUA/UMIDADE

A água faz parte da composição da célula

Esta presente em todos os processo metabólicos

É solvente universal

Promove a lixiviação dos nutrientes através dachuva

Tem papel fundamental

Na temperatura corporal

Na regulação do clima

Na distribuição dos seres vivos na biosfera

Divide os seres em alguns grupos

Vitória-régia

São adaptados a locais com pouca água, áridos. Ex.: Cactos, mamíferos do deserto

Cactos

Xerófitos

Vivem na água. Ex.: Vitória-régia, peixesHidrófitos

ÁGUA: DIVISÃO EM GRUPOS

NUTRIENTES

São necessários ao crescimento e à reproduçãodos seres vivos.

Podem se tornar fatores limitantes, por falta ouexcesso.

Constituem, juntamente com outrascaracterísticas do solo (pH, textura, umidade), osfatores edáficos

São divididos em grupos e seu suprimento é mantido através dos ciclos biogeoquímicos

NUTRIENTES: DIVISÃO EM GRUPOS

Necessário em quantidades relativamente pequenas. Ex.: manganês, cobre, zinco, magnésio

Micronutrientes

Entra em grande quantidade na composição dos tecidos vivos. Ex.: carbono, oxigênio, hidrogênio,

nitrogênio

Macronutrientes

PRESSÃO : DIVISÃO EM GRUPOS

Não suportam grandes variaçõesde pressão. Ex.: a maioria dos mamíferos

Estenobáricos

Suportam grandes variações de pressão. Ex.: Baleias, polvo

Euribáricos

MacacoBaleia Polvo Lebre

Para cada fator ecológico, os seres vivos têm limites de tolerância de sobrevivência

Quanto mais ampla for a faixa de tolerância de um organismos aos fatores do meio, mais

ampla será sua distribuição geográfica

Através da tecnologia o homem tem ampliado a sua faixa de tolerância, de modo a sobreviver em várias regiões da biosfera

e fora dela.

Fatores limitantes bióticos: competição, predatismo e

parasitismo.

Fatores limitantes abióticos: temperatura, água, luz e

nutrientes

FATORES LIMITANTES

EXERCÍCIO: Que relações são apresentadas nas imagens abaixo, e como são classificadas?

1 2

5

6

3 4 7

Respostas

1 – COLÔNIAS - Intra-específica harmônica

2 – AMENSALISMO - Inter-específica desarmônica

3 – MUTUALISMO - Inter-específica harmônica

4 – PARASITISMO - Inter-específica desarmônica

5 – COMPETIÇÃO - Intra-específica desarmônica; Inter-específicadesarmônica

6 – PREDATISMO - Inter-especifica desarmônica

7 – SOCIEDADE - Intra-específica harmônica (sociedade)