fatores de resistência estruturais

119
Pascholati, Sérgio F. Esalq/USP LFT - 5755 Controle de Doenças Através da Indução de Resistência

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Page 1: Fatores de resistência estruturais

Pascholati, Sérgio F.

Esalq/USP

LFT - 5755

Controle de Doenças Através

da Indução de Resistência

Page 2: Fatores de resistência estruturais

Uso intensivo de defensivos agrícolas (agrotóxicos) para

o controle de doenças, pragas e plantas invasoras tem

gerado:

- Contaminação de alimentos, solo, água, animais

- Intoxicação de agricultores

- Resistência de patógenos, pragas e plantas invasoras

- Surgimento de doenças iatrogênicas

- Desequilíbrio biológico (ciclagem de nutrientes e matéria orgânica)

- Eliminação de organismos benéficos / redução biodiversidade

(Brasil responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos –

herbicidas / inseticidas / fungicidas)

Page 3: Fatores de resistência estruturais

“Entretanto, a preocupação da sociedade com o

impacto da agricultura no ambiente e a

contaminação da cadeia alimentar com agrotóxicos

está alterando o cenário agrícola, resultando em

mercados de alimentos produzidos sem o uso de

agrotóxicos ou aqueles com selos que garantem que

os agrotóxicos foram utilizados adequadamente”

Morandi & Bettiol, 2009

Page 4: Fatores de resistência estruturais

Controle alternativo*

Controle biológico Indução de resistência

* Não inclui:

- Melhoramento genético clássico para resistência

- Controle químico clássico

(* Visão do Professor e de outros autores)

Page 5: Fatores de resistência estruturais

Controle Biológico – Conceito

“Controle biológico é a redução da soma de inóculo ou atividades determinantes da

doença, provocada por um patógeno, realizada por um ou mais organismos que

não o homem”

(Cook & Baker, 1983)

Definição mais simples e direta:

“Controle biológico é o controle de um microrganismo através de outro

microrganismo”

(Bettiol & Ghini, 1995)

Page 6: Fatores de resistência estruturais

Controle biológico

Uso de qualquer microrganismo para

controlar um patógeno

Efeito direto sobre

o patógeno

Page 7: Fatores de resistência estruturais

Levedura

Bactéria

Levedura

ou

Bactéria

+ Patógeno

Page 8: Fatores de resistência estruturais

Água – Penicillium sp Streptomyces sp – Penicillium sp

Page 9: Fatores de resistência estruturais

Controle biológico*

Mecanismos de ação dos antagonistas:

- Antibiose

- Competição

- Parasitismo

- Predação

- Hipovirulência

- Indução de defesa do hospedeiro

(* Visão de outros autores, mas não do Professor)

Page 10: Fatores de resistência estruturais

Indução de Defesa do Hospedeiro

(Resistência induzida)

Ativação de mecanismos de resistência

latentes em resposta ao tratamento

com agentes bióticos ou abióticos

A ação se dá sobre a planta hospedeira

modificando a sua relação com o patógeno

Page 11: Fatores de resistência estruturais

Resistência induzida

Indutor

Provocador*

Local Sistêmica

*Provocador = desafiador = patógeno (“Challenger”)

Horas / dias

Page 12: Fatores de resistência estruturais

Características importantes:

- Resposta sistêmica

- Resposta inespecífica

Indutor

Resistência

ativada

.

Sinal é transportado

sistemicamente na

planta

Page 13: Fatores de resistência estruturais

C - Tomateiro cv. Hildaris

protegido por

Piriformospora indica

contra Fusarium

oxysporum

(Qiang et al., 2012 MPP 13: 508-518)

Page 14: Fatores de resistência estruturais

Defesa das plantas:

mecanismos estruturais

e bioquímicos ativados

Page 15: Fatores de resistência estruturais

Componentes do triângulo da doença

Page 16: Fatores de resistência estruturais

Ciclo das relações patógeno-hospedeiro (Ciclo da doença)

O desenvolvimento de doenças infecciosas é caracterizado pela

ocorrência de uma série de eventos sucessivos e ordenados.

Hospedeiro doente

*

*

*

Page 17: Fatores de resistência estruturais

Fisiologia do Parasitismo

(Fisiologia / bioquímica fitopatológica)

Especialidade dentro da fitopatologia envolvida no

esclarecimento das bases bioquímicas e fisiológicas das

interações hospedeiro-patógeno

Tratado: Die Exantheme der Pflanzen

Franz Unger (1833)

Pedra fundamental

Page 18: Fatores de resistência estruturais

Interação planta

x

microrganismo patogênico

Page 19: Fatores de resistência estruturais

Patógeno x Planta

Reconhecimento

Page 20: Fatores de resistência estruturais

Patógeno x Planta

Defesa

Page 21: Fatores de resistência estruturais

(Cavalcanti et al. 2005)

Page 22: Fatores de resistência estruturais

Patógeno x Planta – complexidade da interação

Patógeno Planta

Ataque

Defesa

Page 23: Fatores de resistência estruturais

“NA NATUREZA RESISTÊNCIA É A

REGRA”

“Capacidade da planta em evitar ou atrasar a

entrada e/ou a subsequente atividade de um

patógeno”

Page 24: Fatores de resistência estruturais

A defesa da planta

Estrutural Estrutural

Química

Parede celular

Cutícula

Parede celular

Química

Local Sistêmica

PASSIVA (Constitutiva)

ATIVA (Induzida)

Page 25: Fatores de resistência estruturais

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA

(Fatores de resistência)

1)ESTRUTURAIS (FÍSICOS)

Atraso na penetração do hospedeiro

2) BIOQUÍMICOS

Inibição do crescimento

Condições adversas para a sobrevivência

Page 26: Fatores de resistência estruturais

Resistência

Sistema multicomponente / Resulta de um

número de mecanismos operando de maneira

integrada e coordenada

Page 27: Fatores de resistência estruturais

Resistência

Sistema multicomponente / Resulta de um

número de mecanismos operando de maneira

integrada e coordenada

Para serem efetivos os mecanismos de defesa

devem ocorrer em uma seqüência específica

durante a infecção e a colonização

Page 28: Fatores de resistência estruturais

Nível de resistência

“Soma das contribuições de um número de

mecanismos de resistência (constitutivos /

induzidos)”

Cevada

X

Cochliobolus sativus

(Plant Disease 83(3). 1999)

Page 29: Fatores de resistência estruturais

Fatores de resistência

estruturais

Page 30: Fatores de resistência estruturais

Pré-formados Cutícula

Estômatos

Tricomas

Vasos Condutore

Pós-formados

Papilas

Halos

Lignificação

Camadas de cortiça

Camadas de Abscisão

Tiloses

Page 31: Fatores de resistência estruturais

- DEFESAS (BARREIRAS) CELULARES

- DEFESAS (BARREIRAS) HISTOLÓGICAS

Fatores de resistência estruturais

PÓS-FORMADOS

Page 32: Fatores de resistência estruturais

ESTRUTURA DE DEFESA (BARREIRA) CELULAR

Page 33: Fatores de resistência estruturais

ATAQUE DO PATÓGENO

MUDANÇAS MORFOLÓGICAS MUDANÇAS BIOQUÍMICAS

Page 34: Fatores de resistência estruturais

Aumento do fluxo citoplasmático em direção

ao sítio de penetração

Rearranjo do citoesqueleto

Migração do núcleo

Justaposição de materiais componentes da

parede celular

Barreiras estruturais pós-formadas

ATAQUE DO PATÓGENO

MUDANÇAS MORFOLÓGICAS MUDANÇAS BIOQUÍMICAS

Page 35: Fatores de resistência estruturais

Agregação citoplasmática

Halos

Papilas

Lignificação

Page 36: Fatores de resistência estruturais

Agregação citoplasmática

Halos

Papilas

Lignificação

Page 37: Fatores de resistência estruturais

Acúmulo de massa de citoplasma no sítio sob ataque

Resposta rápida

Composição: estruturas celulares do tipo retículo

endoplasmático rugoso e complexo de Golgi

AGREGAÇÃO CITOPLASMÁTICA

Page 38: Fatores de resistência estruturais

AGREGAÇÃO CITOPLASMÁTICA

Polarização celular

Movimentação de diferentes

compostos

Mudança na arquitetura

celular

Movimentação do núcleo

(Schmelzer, E. Trends in Plant Science, v. 7, p. 411-415, 2002)

Phytophthora infestans (batata)

Page 39: Fatores de resistência estruturais

ESTRUTURA DE DEFESA (BARREIRA) CELULAR

Page 40: Fatores de resistência estruturais

Agregação citoplasmática

Halos

Papilas

Lignificação

Page 41: Fatores de resistência estruturais

HALOS

Alterações da parede celular no ponto (sítio) de

penetração do patógeno

Região parcialmente degradada / sofre reparos

Após formação do halo pode ocorrer a formação de

papila

Page 42: Fatores de resistência estruturais

HALOS

Page 43: Fatores de resistência estruturais

HALOS

Oidio (trigo, cevada)

(Mishina, G.N. et al., Biology Bulletin, 4: 354-360, 2001)

Page 44: Fatores de resistência estruturais

ESTRUTURA DE DEFESA (BARREIRA) CELULAR

Page 45: Fatores de resistência estruturais

Agregação citoplasmática

Halos

Papilas

Lignificação

Page 46: Fatores de resistência estruturais

Conídio

Vesícula de

infecção

Hifa primária

Necrotrófico

Papila

Hifa de

penetração

Apressório

Epiderme

PAPILAS

Papilas

Deposição de material

heterogêneo entre a

membrana plasmática e a

parede celular no sítio de

infecção.

Plant Cell 10(8). 1996.

Page 47: Fatores de resistência estruturais

PAPILAS

Page 48: Fatores de resistência estruturais

PAPILAS

Formação: pode iniciar antes da penetração do fungo

e continuar após

Composição: calose, lignina, derivados fenólicos,

silício, suberina, celulose

Função:

barreira contra penetração de fungos (lignificação)

dificulta troca de metabolitos (hospedeiro x

patógeno)

mecanismo de reparo

Page 49: Fatores de resistência estruturais

Blumeria graminis f. sp. hordei (cevada)

(Rudolf Heitefuss. Naturwissenschaften, 88, 273-283, 2001)

Interação Compatível Interação Incompatível

C - conídio

H - hifa

PA - papila

Page 50: Fatores de resistência estruturais

ESTRUTURA DE DEFESA (BARREIRA) CELULAR

Page 51: Fatores de resistência estruturais

Agregação citoplasmática

Halos

Papilas

Lignificação

Page 52: Fatores de resistência estruturais

LIGNIFICAÇÃO

Ocorre: citoplasma em degeneração / depósitos extracelulares / paredes

celulares

Lignina: componente da parede celular

Importante: lamela média, paredes

Page 53: Fatores de resistência estruturais

Lignificação Fenilalanina

amônia-liase

(PAL)

Peroxidase

Polímero tridimensional =

unidades de fenil propano

Polimerização - oxidação de

hidroxilas dos grupos fenólicos

pela peroxidase

Page 54: Fatores de resistência estruturais

Lignificação Resistência mecânica

Barreira contra movimento de nutrientes

(Hospedeiro Patógeno)

Barreira contra movimento de toxinas /

enzimas (Patógeno Hospedeiro)

Precursores: tóxicos, lignificação do

patógeno (intercelular)

LIGNIFICAÇÃO

Tubo lignífero

Acúmulo lignina

Page 55: Fatores de resistência estruturais

Lignificação Xanthomonas campestris pv. campestris (repolho)

(Gay, P.A. & Tuzun, S. Canadian Journal of Botany 78: 1144–1149, 2000)

PB e S – Suscetíveis

C – Parcialmente resistentes

GC e H - Resistentes Hidatódios

LIGNIFICAÇÃO

Page 56: Fatores de resistência estruturais

Lignificação (atividade peroxidase)

Xanthomonas campestris pv. campestris (repolho)

(Gay, P.A. & Tuzun, S. Canadian Journal of Botany 78: 1144–1149, 2000)

Controle Inoculado

Page 57: Fatores de resistência estruturais

ESTRUTURA DE DEFESA (BARREIRA) HISTOLÓGICA

Page 58: Fatores de resistência estruturais

Camadas de Cortiça

Camada de Abscisão

Tilose

Page 59: Fatores de resistência estruturais

Camadas de Cortiça

Camada de Abscisão

Tilose

Page 60: Fatores de resistência estruturais

CAMADAS DE CORTIÇA

Podem ser formadas em resposta: - Injúria Mecânica - Presença de patógenos

Page 61: Fatores de resistência estruturais

CAMADAS DE CORTIÇA

Manchas / lesões locais - fungos / bactérias

Morangueiro X

Mycosphaerella fragariae

Maçã X

Venturia inaequalis

Mancha de micosferela Sarna da macieira

Page 62: Fatores de resistência estruturais

Camada de células suberosas (suberina – polímero insolúvel associado com ceras solúveis) Tecido morto

- Impede invasão

- Impede fluxo de nutrientes

- Impede fluxo metabolitos tóxicos (patógeno planta)

CAMADAS DE CORTIÇA

Camada de Cortiça

Tecido sadio

Felogênio

Tecido doente

Folha com mancha

Page 63: Fatores de resistência estruturais

Epiderme Micélio

Camada de Cortiça

CAMADAS DE CORTIÇA

Formação de camada de cortiça em tubérculo de batata após infecção com Rhizoctonia sp

Grão amido

Page 64: Fatores de resistência estruturais

Camadas de Cortiça

Camada de Abscisão

Tilose

Page 65: Fatores de resistência estruturais

CAMADA DE ABSCISÃO

Podem ser formadas:

- Processo natural - Presença de patógeno

Poda

Fenologia

Colheita

Abscisão do órgão

Camada de abscisão

Camadas de

células

separadas por

dissolução da

lamela média

Page 66: Fatores de resistência estruturais

CAMADA DE ABSCISÃO

Abscisão de folhas, frutos e/ou flores

Interação Patógeno X Hospedeiro

- Sítios de Infecção

- Camadas de células separadas por

dissolução da lamela média

- Enzimas celulolíticas e pectinolíticas

- Proteção do hospedeiro

- Invasão sistêmica

- Metabólitos tóxicos

Page 67: Fatores de resistência estruturais

CAMADA DE ABSCISÃO

Zona de abscisão

Zona de lignificação

Tecido doente Tecido sadio

Células sadias suberizadas

Camadas de

células

separadas por

dissolução da

lamela média

Page 68: Fatores de resistência estruturais

Pessegueiro X

Cladosporium carpophilum

Ameixeira X

Xanthomonas campestris pv. ipruni

Perfurações (Shot hole)

CAMADA DE ABSCISÃO

Page 69: Fatores de resistência estruturais

Camadas de Cortiça

Camada de Abscisão

Tiloses

Page 70: Fatores de resistência estruturais

TILOSES

Vasos lenhosos (xilema)

Situações de estresse, envelhecimento e invasão

por patógenos vasculares

Page 71: Fatores de resistência estruturais

TILOSES

- Células parenquimáticas (xilema) emitem

porções do protoplasma para o interior dos

elementos condutores

Page 72: Fatores de resistência estruturais

TILOSES

- Processo de hipertrofia

- Crescimento em tamanho e número

- Obstrução parcial ou total dos vasos

- Invasão sistêmica

* Acúmulo de terpenóides fungitóxicos

- Transporte de água

Page 73: Fatores de resistência estruturais

TILOSES

Xilema

Tiloses

Page 74: Fatores de resistência estruturais

Fatores de resistência

bioquímicos

Page 75: Fatores de resistência estruturais

ATAQUE DO PATÓGENO

MUDANÇAS BIOQUÍMICAS MUDANÇAS MORFOLÓGICAS

Page 76: Fatores de resistência estruturais

Bioquímicos Inibição do crescimento

Condições adversas para a sobrevivência

Pré-formados

- Fenóis

- Alcalóides

- Lactonas insaturadas

- Glicosídeos fenólicos

- Glicosídeos cianogênicos

- Fototoxinas

- Proteínas / peptídeos antimicrobianos

Pós-formados

- Fitoalexinas

- Espécies reativas de oxigênio

- Quitinases

- -1,3-glucanases

- Proteínas-RP

- Peptídeos antimicrobianos

Page 77: Fatores de resistência estruturais

SUBSTÂNCIAS PRÉ- E PÓS-FORMADAS x RESISTÊNCIA

Presentes em concentracões adequadas nas partes

invadidas

Forma acessível ao patógeno

Mudancas na [substância]

Mudancas na expresão da doenca

Page 78: Fatores de resistência estruturais

Bioquímicos Inibição do crescimento

Condições adversas para a sobrevivência

Pré-formados

- Fenóis

- Alcalóides

- Lactonas insaturadas

- Glicosídeos fenólicos

- Glicosídeos cianogênicos

- Fototoxinas

- Proteínas / peptídeos antimicrobianos

Pós-formados

- Fitoalexinas

- Espécies reativas de oxigênio

- Quitinases

- -1,3-glucanases

- Proteínas-RP

- Peptídeos antimicrobianos

Page 79: Fatores de resistência estruturais

Espécies reativas de oxigênio (EAOs)

Interação de um patógeno com a célula da planta hospedeira

Page 80: Fatores de resistência estruturais

Espécies (re) ativas de oxigênio (EAOs)

(Reactive oxygen species (ROS)

Reconhecimento

elicitor-receptor

Membrana plasmática

célula vegetal

Explosão oxidativa

(rápida geração e

acúmulo de EAOs)

EAOs disparam

peroxidação de lipídeos na

membrana e

a indução de outras

respostas de defesa

Peroxidação

lipídeos

ativa cascata de

sinalização

do ácido

jasmônico

Síntese de

proteínas de defesa

e fitoalexinas

Page 81: Fatores de resistência estruturais

Queima ou explosão oxidativa

(Oxidative burst)

- Um dos fenômenos mais estudados em relação à interação planta-

patógeno (1983 – primeiro relato EAOs x defesa vegetal)

- Produção de moléculas de H2O2, ânion superóxido (O2-) e radicais

hidroxila livres (OH-)

- Substâncias citotóxicas / causam danos oxidativos em lipídeos,

enzimas e ácidos nucleicos podem causar morte celular

(RH)

Page 82: Fatores de resistência estruturais

Espécies reativas de oxigênio

- Podem estar envolvidas na resposta de defesa contra patógenos

- Induzem a síntese de fitoalexinas, participam na síntese de lignina

e etileno, ativam genes de resistência

- Exibem atividade antimicrobiana direta

- Inibição da produção de EAOs favorece a compatibilidade

Page 83: Fatores de resistência estruturais

Reconhecimento

Defesa

Page 84: Fatores de resistência estruturais

Funções das EAO’s na planta

• Efeito tóxico direto do H2O2 ao patógeno

(antifúngico e antibacteriano)

O H2O2 a 0,1 mM inibiu completamente o crescimento de E.

carotovora e mais de 95% do crescimento de P. infestans

(Wu et al. 1995)

Erwinia carotovora sp. carotovora Phytophthora infestans

Page 85: Fatores de resistência estruturais

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA

Bioquímicos pós-formados

FITOALEXINAS

Page 86: Fatores de resistência estruturais

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA

Bioquímicos pós-formados

Fitoalexinas

Compostos antimicrobianos de

baixa massa molecular,

sintetizados pelas plantas, que

acumulam em células vegetais em

resposta à infecção microbiana.

Page 87: Fatores de resistência estruturais

Síntese de fitoalexinas

• Modelo hipotético para a síntese de fitoalexinas

(Côté, 1995)

Page 88: Fatores de resistência estruturais
Page 89: Fatores de resistência estruturais
Page 90: Fatores de resistência estruturais

SAÍDA DE ELETRÓLITOS

Kievitone (fitoalexina)

Triton X-100 (detergente)

X

Rhizoctonia solani

Page 91: Fatores de resistência estruturais
Page 92: Fatores de resistência estruturais

Fitoalexinas x resistência

• Atividade antifúngica de duas cumarinas de girassol no

crescimento Sclerotinia sclerotiorum

Aiapina

Escopoletina

URDANGARIN et al., 1999

Page 93: Fatores de resistência estruturais

Mecanismos de Defesa

Fitoalexinas

22 horas

30 horas

45 horas

Apressório

Sorgo

X

Colletotrichum

sublineolum

(Ralph L. Nicholson)

Page 94: Fatores de resistência estruturais

Concentração

fitoalexinas

150 mM

9 uM inibe

C. graminicola

in vitro

Page 95: Fatores de resistência estruturais

PROTEÍNAS RELACIONADAS A PATOGÊNESE

(PR-proteins)

“Proteínas-RP” = proteínas induzidas no

hospedeiro após a infecção com patógenos

(podem compreender 10% das proteínas solúveis da folha)

Page 96: Fatores de resistência estruturais

PROTEÍNAS RELACIONADAS A PATOGÊNESE

(PR-proteins)

1970 – folhas de fumo exibindo reação de hipersensibilidade

ao TMV – 10 proteínas isoladas

1993 – 33 proteínas isoladas / 31 caracterizadas / 25

encaixavam nos 5 grupos existentes

2007 – 17 grupos com sub-grupos

(centenas de proteínas isoladas / caracterizadas)

“Proteínas-RP” = proteínas induzidas no

hospedeiro após a infecção com patógenos

(podem compreender 10% das proteínas solúveis da folha)

Page 97: Fatores de resistência estruturais

Características

Page 98: Fatores de resistência estruturais

Características

PR básicas

PR ácidas

Page 99: Fatores de resistência estruturais

Classificação das “Proteínas-RP”

Classificadas em 17 famílias de acordo com:

- Massa molecular

- Composição de amino-ácidos

- Reações serológicas

Page 100: Fatores de resistência estruturais
Page 101: Fatores de resistência estruturais

Exemplos de mecanismos de ação

PR-2

PR-3, PR-4, PR-

8, PR-11

PR-5

Page 102: Fatores de resistência estruturais

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA - Bioquímicos pós-formados

-1,3-glucanases e quitinases

(a) - -1,3 e -1,6-glucanas

(b) - Retículo glicoproteico

(c) - Proteína

(d) - Microfibrilas de quitina (e) - Plasmalema

Page 103: Fatores de resistência estruturais

Mecanismos de Defesa - Quitinases e B-1,3-Glucanases

Célula vegetal Lamela média

Page 104: Fatores de resistência estruturais

Ação antifúngica

• Inibição de Phytophthora infestans em tomate

(Niderman et al., 1995)

Page 105: Fatores de resistência estruturais

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Plantas possuem famílias de multi-genes (codificam os mesmos)

- Alguns constitutivos – comuns em órgãos de armazenamento / reprodução

- Outros produzidos em resposta ao ataque de patógenos – ex. folhas

Page 106: Fatores de resistência estruturais

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Plantas possuem famílias de multi-genes (codificam os mesmos)

- Alguns constitutivos – comuns em órgãos de armazenamento / reprodução

- Outros produzidos em resposta ao ataque de patógenos – ex. folhas

Page 107: Fatores de resistência estruturais

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Plantas possuem famílias de multi-genes (codificam os mesmos)

- Alguns constitutivos – comuns em órgãos de armazenamento / reprodução

- Outros produzidos em resposta ao ataque de patógenos – ex. folhas

Page 108: Fatores de resistência estruturais

Proteínas ligantes de quitina (PLQs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Proteínas com sequência conservada de aminoácidos (“chitin-binding domain” – 30 a 43 aa)

- Atividade antifúngica – ligam-se a quitina (altera polaridade celular / inibindo crescimento)

- Induzíveis: algumas incluídas nas “Proteínas-RP “ -

(Proteínas relacionadas a patogênese) – família PR-4

Page 109: Fatores de resistência estruturais

Proteínas ligantes de quitina (PLQs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Proteínas com sequência conservada de aminoácidos (“chitin-binding domain” – 30 a 43 aa)

- Atividade antifúngica – ligam-se a quitina (altera polaridade celular / inibindo crescimento)

- Induzíveis: algumas incluídas nas “Proteínas-RP “ -

(Proteínas relacionadas a patogênese) – família PR-4

Heveina (4,7 kDa / rica

cisteína) - seringueira

Acúmulo induzido por injúria

em folhas e tronco

Page 110: Fatores de resistência estruturais

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Plantas possuem famílias de multi-genes (codificam os mesmos)

- Alguns constitutivos – comuns em órgãos de armazenamento / reprodução

- Outros produzidos em resposta ao ataque de patógenos – ex. folhas

Page 111: Fatores de resistência estruturais

Tioninas

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Peptídeos (5 kDa) ricos em cisteína e aminoácidos básicos

- Encontradas em folhas e sementes

- Podem ser constitutivas ou induzidas por patógenos (Família PR-13)

- Tóxicas a fungos, bactérias, células vegetais e animais (formam canais iônicos

nas membranas celulares)

Page 112: Fatores de resistência estruturais

Tioninas

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Peptídeos (5 kDa) ricos em cisteína e aminoácidos básicos

- Encontradas em folhas e sementes

- Podem ser constitutivas ou induzidas por patógenos (Família PR-13)

- Tóxicas a fungos, bactérias, células vegetais e animais (formam canais iônicos

nas membranas celulares)

Plantas de arroz

Transformadas com gene

codificador para tionina Não-transformadas

Resistentes a

Burkholderia plantarii

Mortas pelo

patógeno

Page 113: Fatores de resistência estruturais

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Plantas possuem famílias de multi-genes (codificam os mesmos)

- Alguns constitutivos – comuns em órgãos de armazenamento / reprodução

- Outros produzidos em resposta ao ataque de patógenos – ex. folhas

Page 114: Fatores de resistência estruturais

Inibidores de proteases (IPs) / poligalacturonases (PIPGs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Inibidores de proteases: 10 a 90 kDa / apresentam especificidade quanto a classe de

protease inibida (serino proteases, aspártico proteases, metalo proteases, cisteíno

proteases)

- Comum a presença de IPs em sementes / tubérculos: atuam como agentes regulatórios

de proteases endógenas e/ou como mecanismo de proteção contra proteases de insetos

e/ou patógenos

- Inibidores de tripsina (trigo sarraceno) inibiram in vitro proteases de Botrytis cinerea

Page 115: Fatores de resistência estruturais

Inibidores de proteases (IPs) / poligalacturonases (PIPGs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Inibidores de proteases: 10 a 90 kDa / apresentam especificidade quanto a classe de

protease inibida (serino proteases, aspártico proteases, metalo proteases, cisteíno

proteases)

- Comum a presença de IPs em sementes / tubérculos: atuam como agentes regulatórios

de proteases endógenas e/ou como mecanismo de proteção contra proteases de insetos

e/ou patógenos

- Inibidores de tripsina (trigo sarraceno) inibiram in vitro proteases de Botrytis cinerea

Superexpressão heteróloga de

genes IP de Nicotiana alata em

fumo transgênico

Aumento da resistência

contra B. cinerea

Page 116: Fatores de resistência estruturais

Inibidores de proteases (IPs) / poligalacturonases (PIPGs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Inibidores de poligalacturonases: proteínas com domínios ricos em leucina

- Contribuem na resistência das plantas:

a) Pela inibição das poligalacturonases

b) Prolongando a vida de oligômeros (10-13 resíduos de galacturonato)

eliciadores da defesa (HR, lignificação, fitoalexinas)

Page 117: Fatores de resistência estruturais

Inibidores de proteases (IPs) / poligalacturonases (PIPGs)

Proteínas e peptídeos antimicrobianos

- Inibidores de poligalacturonases: proteínas com domínios ricos em leucina

- Contribuem na resistência das plantas:

a) Pela inibição das poligalacturonases

b) Prolongando a vida de oligômeros (10-13 resíduos de galacturonato)

eliciadores da defesa (HR, lignificação, fitoalexinas)

Tomateiro / videira

superexpressando o gene pgip

de pereira

Aumento na atividade

inibitória de PIPG

Diminuição na

suscetibilidade a

Botrytis cinerea

Page 118: Fatores de resistência estruturais

Patógeno x Planta – defesa é o foco da indução de

resistência

Patógeno Planta

Ataque

Defesa

Page 119: Fatores de resistência estruturais