farmacologia clínica das doenças tropicais
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Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais
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PROTOZOÁRIOS
Prof. Dra. Priscila de Faria PintoProf. Adjunta Departamento de BioquímicaInstituto de Ciências Biológicas UFJFLaboratório de Estrutura e Função de Proteí[email protected]@yahoo.com.br
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Comensalismo é representado por uma associação frouxa entre dois seres sem ocorrer prejuízo para eles, em que o comensal tem assegurado a sua nutrição;
Parasitismo representa a relação ecológica que acontece entre indivíduos de espécies diferentes, em que pode ser observada, além de associação intrínseca e duradora, uma dependência metabólica de grau variável.
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Principais Protozoários
Giardia lamblia - giardíase;
Trichomonas vaginalis - tricomoníse;
Entamoeba hystolitica – amebíase;
Leishmania sp – leishmaniose;
Trypanossoma cruzi – doença de Chagas;
Plasmodium sp – malária;
Toxoplasma gondi – toxoplamose.
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Giardíase - CID 10: A07.1
Infecção por protozoários que atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado.
A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em adultos, quanto em crianças. Não há invasão intestinal.
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Giardíase
Agente etiológico - Giardia lamblia, protozoário flagelado que existe sob as formas de cisto e trofozoíto. O cisto é a forma infectante encontrada no ambiente.
Reservatório - O homem e alguns animais domésticos ou selvagens, como cães, gatos e castores.
Período de incubação - De 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10dias.
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Tratamento Giardíase
Medicamentos Adultos Crianças
Secnidazol 2g – V.ODose única
30mg/Kg ou 1mL/KgDose única
Tinidazol 2g – V.O 30 mg/kg/dia
Metronidazol 250 mg – V.O2x/dia – 5 dias
15 mg/Kg/dia(Máximo de 250mg)Por 5 dias
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Amebíase - CID 10: A06
Infecção causada por protozoário que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra-intestinal da doença.
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Amebíase
Agente etiológico - Entamoeba histolytica.
Reservatório - O homem.
Período de incubação - Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.
Período de transmissibilidade - Quando não tratada, pode durar anos.
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Comensais de interesse
Endolimax nana;
Entamoeba coli;
Iodamoeba butschlii;
São adquiridos igualmente aos parasitas intestinais patogênicos.
Podem estar presentes nos resultados dos exames coproparasitologicos.
http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/trofozoitos-enana/
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Leitura de apoio
Protozoário comensal em amostra fecal: parâmetro para prevenção de infecção parasitaria via fecal-oral.
Autoria de Brito , A.M e colaboradores.
Revista:Scire Salutis, Aquidabã, v.3, n.2, p.17-22, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.6008/ESS2236-9600.2013.002.0002
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Tratamento
Formas intestinais:
Secnidazol (1ª opção) via oral – não recomendado para gestantes (1 Trimestre) e lactentes
Metronidazol via oral por 5 dias
TinidazolVO, durante 2 dias, para formas intestinais.
Formas graves: amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extra intestinal: MetronidazolVO, 3 vezes/dia, durante 10 dias.
Formas extra-intestinais: Tinidazol
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Tricomoníase - CID 10: A59
É um protozoário causador de uma doença sexualmente transmissível mais comum no mundo;
Pouco é conhecido sobre a variabilidade biológica do parasito;
Pode estar associado a transmissão do vírus HIV, promove o nascimento de bebês prematuros, incidência de doença inflamatória pélvica nas mulheres e outras doenças.
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Ciclo de transmissão
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Tratamento da tricomoníase
Metronidazol
Tinidazol
Usar 2g em dose única, tratar parceiros.
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Blastocystis hominis
A blastocitose é caracterizada por um quadro de gastroenterite, dor abdominal, prurido anal, flatulência, náusea, vômito e diarreia de intensidade variável, sem presença de leucócitos ou sangue nas fezes.
http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/bhominis/
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5-NITROIMIDAZÓIS
Formas reduzidas nos grupos nitro;
Lesa a estrutura helicoidal do DNA;
Ruptura e falha na síntese dos ácidos nucleicos;
Atravessam placenta;
São secretados no leite
TINIDAZOL
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Metronidazol
Por via oral: pico de plasmático 1-3 horas
Meia vida de 8 horas
Difunde-se rapidamente nos tecidos e líquidos corporais
A maior parte e de excreção urinária.
Age sobre os trofozoítos e não tem atividade sobre os cistos
É metabolizado por microrganismos anaeróbios do TGI, interfere no DNA e provoca apoptose.
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METRONIDAZOL
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Metronidazol
Entram nas células por difusão;
Para T. vaginalis é ativado no hidrogenossomo;
As ferridoxinas de microorganismos anaeróbicos são responsáveis pela redução do grupo nitro;
Grupos nitro reduzidos lesam: DNA, proteínas e membranas.....
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Estrutura dos imidazóis
Secnidazol
Tinidazol
Metronidazol
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REMUME – Relação de medicamentos municipais
MEDICAMENTO FORMA DE APRESENTAÇÃO
BENZOIL METRONIDAZOL
Suspensão (VO) com 40 mg/mL
METRONIDAZOL Comprimidos de 250 mg
TINIDAZOL Comprimidos 500 mg
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Formas comerciais
METRONIDAZOL FLAGYL; FLAZOL
Existe um pró-fármaco comercial – BENZOIL METRONIDAZOL (FLAGYL)
Ação contra – giardia, ameba (intestinais e extra-intestinais) e tricomonas;
SECNIDAZOL UNIGYN; SECNIX; SECNI_PLUS
TINIDAZOL GYNOPAC
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Diloxanida (Indisponível no Brasil) Podem ser úteis com pacientes assintomáticos
São utilizados como forma preventiva após a doença ter sido revertida
Atuam diretamente sobre as amebas
Apenas 50% é absorvido
Perfil de segurança: excelente
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OUTRAS OPÇÕES
FURAZOLIDONA – Inibe formação de acetil-CoA;
Usar 200 mg – 2 vezes ao dia por 7 dias
Crianças podem 8 mg/ kg/dia por 7 dias
GIARLAN;FURAZOLIDONA
RENAME:
I. Comprimidos de 100 e 200 mg
II. Suspensão oral 50mg/5mL
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OUTRAS OPÇÕES
PARAMOMICINA – aminoglicosídeo opção para gestantes
Ação: Inibição da síntese proteica das bactérias, por ligação ao fragmento 30S dos ribossomos.
Pode possuir efeito amebicida na luz intestinal.
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Outras terapias para amebíase
Nitroimidazóis;
Paramomicina;
Diloxanida;
Emetina;
Desidroemetina;
Cloroquina;
Teclosana (Falmonox);
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Genéricos registrados na ANVISA Benzoilmetronidazol – Suspensão oral de 40
mg/mL (Flagyl)
Metronidazol – Diversas apresentações
I. Gel vaginal 100 mg/g
II. Comprimidos revestidos 250 ou 400 mg
III. Injetável 5 mg/mL
Associações em géis vaginais : metronidazol + nistatina - Colpistatin
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Genéricos registrados na ANVISA Secnidazol – Secnidal
I. Pó para suspensão 30 mg/mL
II. Comprimidos revestidos de 500 ou 1000 mg
Tinidazol –
I. Comprimidos revestidos 500 mg
II. Associação Tinidazol (30 mg) + Miconazol
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Leishmanioses (CID 10: B55.1)
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Manual de Vigilância/MS
imentos aí
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmanios
e_tegumentar_americana_2edicao.pdf
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Revista Radis – agosto 2014http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/?q=node/5894&revista_radis=Mat%C3%A9ria+da+Capa
“Negligenciadas e emergentes, desconhecidas e mais letais. As leishmanioses — doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae, de modo geral divididas em tegumentar, que ataca a pele e as mucosas, e visceral, que afeta órgãos internos – vêm colocando em questão ações para seu controle e tratamento”.
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Leishmaniose Tegumentar Americana Doença parasitária da pele e mucosas, de caráter
pleomórfico, causada por protozoários do gênero Leishmania.
Doença cutâneapápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores.
Forma mucosa infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe.
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Agentes Etiológicos
Leishmania (Leishmania) amazonensis – Sua presença amplia-se para o Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Goiás).
Leishmania (Viannia) braziliensis – tem ampla distribuição, do sul do Para ao Nordeste,atingindo também o centro-sul do pais e algumas áreas da Amazônia Oriental.
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amastigotas
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Vetores
Leishmania (Leishmania) amazonensis –seus principais vetores sao Lutzomyia flaviscutellata, Lutzomyia reducta e Lutzomyia olmeca nociva (Amazonas e Rondonia), tem hábitos noturnos, vôo baixo e são pouco antropofílicos.
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Detecção parasito
Reação de
Montenegro
Cultura Meio axênico
“Imprint”
Reação de aglutinação
PCR com oligos de leishmania
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Tratamento
Forma Farmaco Esquema
Cutânea Antimoniato IV ou IM – 20 dias
Pentamidina IM – 4mg/Kg/dia até completar 2g (2 em 2 dias)
Anfotericina B 1mg/Kg/dia (2g)
Mucosa Antimoniato IV ou IM – 30 dias
Pentamidina Igual a forma cutânea
Anfotericina B Igual a forma cutânea
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Leishmaniose visceral
Muitos infectados apresentam a forma inaparente ou assintomática da doença.
As manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral (LV) refletem o desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema fagocíticomononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório subjacente.
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Antimoniato de Meglumina
Antimoniais pentavalentes;
Inibem as enzimas da via glicolítica;
Inibem a oxidação de ácidos graxos;
Os antimoniais pentavalentes, apesar de sua comprovada eficácia, apresentam problemas como efeitos colaterais, longa duração da terapia, efetividade diminuída em alguns casos e administração parenteral.
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Antimoniato
Os primeiros problemas descritos parecem ser os mais sérios, onde destacam-se principalmente a cardiotoxicidade, a nefrotoxicidade e a hepatotoxicidade, além de fadiga, dores pelo corpo, elevação dos níveis de aminotransferase, pancreatite, artralgia, mialgia, anorexia, náusea, vômitos e cefaléia.
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Antimoniais pentavalentes
GLUCANTINE – Aventis
Em caso de superdosagem – DIMERCAPROLcomo antídoto;
Administrar por via intramuscular profunda; com intervalo de 15 dias entre as sessões;
Sessões de 10 a 20 injeções.
GRUPO DOSAGEM
ADULTOS 60 A 100 mg/KgDe 12 a 20 mL solução
CRIANÇAS 2 A 3 mL de solução
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Relato de Caso – LerishmanioseMuco-cutânea não curada por uso de Antimoniato Pentavalente -Glucantine
Óbito em caso de leishmaniose
cutâneomucosa após o uso de
antimonial pentavalente.
Oliveira, MC – 2005.
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Pentamidina
É um derivado aromático da diamidina, relacionado com a hidroxiestilbamidina.N ão é absorvido pelo TGI e por isso é administrado por via injetável.
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Pentamidina
É capturada por um transportador de alta afinidade, dependente de ATP;
Inibição da biossíntese de poliaminas e ligação seletiva ao DNA do cinetoplasto –APOPTOSE;
Liga-se aos tecidos, sendo eliminado lentamente;
Eliminação de 50% após 5 dias;
Toxicidade tardia grave: lesão renal, distúrbios hepáticos, hipoglicemia.
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Contra-Indicações
Nefropatas;
Cardiopatas;
Hepatopatas;
Doença de Chagas.
Medula óssea - cães
Pele de cães – lesão marcada por peroxidase
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Leishmaniose em Minas Gerais
Em 2004, o estado registrou 1.477 casos de leishmaniose tegumentar, representando uma redução de 30% quando comparado com o ano anterior (1.922).
Com relação à leishmaniose visceral, foram confirmados 666 casos, com incidência de 3,6/100 mil hab. e letalidade de 9,6%.
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RENAME
Antimoniato de Meglumina
Ampolas com 300 mg/mL – 5mL/ampola
Isotionato de pentamidina 300mg/Solução -Injetável
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Outras opções terapêuticas
Miltefosina;
Pentoxfilina;
Paramomicina;
Estibogluconato de sódio;
Imiquimod - Imidazoquinoleína
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Doença de Chagas (CID 10: B57)
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Doença de Chagas
Doença infecciosa, causada por protozooárioflagelado, de curso clínico crônico, que se caracteriza por fase inicial aguda, com sinais ou sintomas quase sempre inespecíficos, quando presentes, e que pode evoluir para a fase crônica, com comprometimento cardíaco (cardiopatia chagásica) ou digestivo (megaesôfago e megacólon).
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Agente etiológico
É o Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da ordem Kinetoplastida, família Trypanosamatidae, caracterizado pela presença de um flagelo e uma única mitocôndria.
Formas epimastigotas
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Reservatório
Além do homem, mamíferos domésticos
e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais como gato, cão, porco doméstico, rato doméstico, macaco de cheiro, sagüi, tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros.
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Vetor
Por ordem de importância: Triatomainfestans, T. brasiliensis, Panstrongylusmegistus, T. pseudomaculata e T. sordida.
Devemos fazer referência ao T. vitticeps, pelas altas taxas de infecção natural (Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais), R. nasatus, pela freqüência com que é capturado, no CE e RN.
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Incubação
Quando existe sintomatologia, na fase aguda, esta costuma aparecer 5 a 14 dias após a picada do inseto vetor.
Quando adquirida por transfusão de sangue, o período de incubação varia de 30 a 40 dias. Em geral, as formas crônicas da doença se manifestam mais de 10 anos após a infecção inicial.
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Tratamento
Suprime a parasitemia e, conseqüentemente, seus efeitos patogênicos ao organismo.
Esquema terapêutico:Benznidazol – 8mg/kg/dia, em duas tomadas
diárias, durante 60 dias.
Efeitos colaterais: cefaléias, tonturas, anorexia, perda de peso, dermatites, lassidão, depleção das células da série vermelha.
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BENZONIDAZOL
ROCHAGAN
Derivado do 2-nitroimidazol;
Mecanismo de ação?????
Atua sobre as formas sanguíneas;
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BENZONIDAZOL
RENAME
Apenas na forma de comprimido
Comprimidos de 100 mg ou 12,5 mg
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Tratamento
Forma cardíaca - As drogas utilizadas são as mesmas que se usam em outras cardiopatias: cardiotônicos, diuréticos, antiarrítmicos, vasodilatadores, etc. Em alguns casos, indica-se a implantação de marca-passo, com resultados bastante satisfatórios na prevenção da morte súbita.
Formas digestivas – dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, indica-se medidas mais conservadoras (uso de dietas, laxativos ou lavagens). Em estágios mais avançados, impõe-se a dilatação ou correção cirúrgica do órgão afetado.
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Transmissão por via oral
Informe técnico ANVISA (35) 19/06/2008
A transmissão oral considerada esporádica e circunstancial em humanos, tem se tornado frequente na região amazônica e está relacionada à ocorrência de surtos recentes de Doença de Chagas Aguda (DCA) em diversos estados brasileiros, principalmente na Região Norte. Essa é uma via natural de disseminação de T. cruzi entre os animais no ciclo silvestre, no tocante a infecção de mamíferos que se alimentam de insetos.
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/35_190608.pdf
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Edelfosine - Lisofosfolipídeo
Menna-Barreto R., 2009
![Page 67: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/67.jpg)
T. Cruzi altera as junções celulares
Melo, T.G , 2008
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Substâncias da naturais com atividade anti-Trypanosomacruzi .
Autores: Dênia A. Saúde-Guimarães*; Angélica R. Faria
Laboratório de Estudos Químicos e Farmacológicos de Plantas Medicinais, Departamento de Farmácia, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto
Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/5889/substancias-da-natureza-com-atividade-anti-trypanosoma-cruzi
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DROGAS anti-tripanosoma
Estruturas de drogas já utilizadas para o tratamento da fase aguda da Doença de Chagas.
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Alcalóide piperina (Piper nigrum), conhecida popularmente como pimenta preta.
IC50 de 7,36 µM para epimastigotas e IC50 de 4,91 µM para amastigotas.
(Ribeiro et al., 2004)
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Inibidores da via dos esteróis
Estatinas – inibidores competitivos
Da HMGCoA redutase;
Inibidores da síntese do Farnesil PP
Alilaminas – Terbinafina
Azóis – Cetoconazol
Azasteróis
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![Page 73: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/73.jpg)
![Page 74: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/74.jpg)
Outros alvos de interesse:
Tripanotiona = semelhante a glutationa
É inibida por nitrofuranos e naftoquinonas(plumbagin)
Cruzipaína – Cisteína protease
Hipoxantina guanina fosforribosil transferase;
Diidrofolato redutase
Gliceraldeído 3P desidrogenase
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Malária (CID 10: B58 a B54)
Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários do gênero Plasmodium.
De um modo geral, as formas brandas da doença são causadas pelo Plasmodium malariae e Plasmodium vivax e as formas clínicas mais graves são causadas pelo P. falciparum, especialmente em adultos não-imunes, crianças e gestantes, que podem, se não tratados corretamente, evoluir para óbito.
![Page 76: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/76.jpg)
![Page 77: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/77.jpg)
Situação da Malária no Brasil
![Page 78: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/78.jpg)
Epidemiologia da malária no Brasil
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Vetor
Mosquito pertencente à ordem dos dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles.
A espécie Anopheles darlingi é o principal vetor no Brasil, destacando-se na transmissão da doença pela distribuição geográfica, antropofilia e capacidade de ser infectado por diferentes espécies de plasmódios.
Popularmente, os vetores da malária são conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”, “sovela”,“mosquito-prego” e “bicuda”.
Anopheles darlingi
Anopheles aquasalis
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Agente Etiológico
Protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies causam a malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Uma quarta espécie, o P. ovale, só é encontrado em áreas restritas do continente africano.
Anéis “esquizontes”
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Tratamento
A quimioterapia da malária tem como objetivos:
interromper a esquizogonia sangüínea responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
proporcionar a erradicação de formas latentes do parasito (hipnozoítas) das espécies P. vivaxe P. ovale no ciclo tecidual, evitando as recaídas;
reduzir as fontes de infecção para os mosquitos, eliminando as formas sexuadas dos parasitos.
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Ação dos antimaláricos
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Pelo alvo de ação no ciclo biológico do parasito
a) Esquizonticidas teciduais (cura radical do P. vivax e P. ovale) – efetuam a cura radical da doença atuando sobre as formas “presas” aos tecidos – 8-aminoquinolinas, “primaquina”;
b) Esquizonticidas sanguíneos – tratam a forma aguda da doença – cloroquina, mefloquina, pirimetamina e sulfonas, tetraciclina, artemeter e artesunato;
![Page 85: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/85.jpg)
Cloroquina– 4-aminoquinolina
Mais antigo dos fármacos;
Atua sobre as formas sanguíneas, porém não tem ação sobre os gametócitos, esporozoítos e hipnozoítos;
Atua no lisossomo, impedindo a formação da hemozoína e digestão da hemoglobina;
Bem absorvida e distribuidapor V.O, concentrando-se nos eritrócitos.
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Quinolina metanóisQUININAa) Extraída da Cichona;b) Mecanismo semelhante ao da cloroquina;c) Com o advento da resistência a cloroquina, pode ser
útil na substituição;d) Pode causar arritmia e bloqueia junções
neuromusculares.MEFLOQUINAa) Mecanismo semelhante;b) Rapidamente absorvida por via oral, lento início de
sua ação e meia-vida plasmática longac) Efeitos adversos mais intensos (SNC e TGI); meia-vida
de até 30 dias.
![Page 87: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/87.jpg)
Fármacos que atuam sobre o folato Tipo I
Sulfonamidas (sulfadoxina) e Sulfonas(dapsona) – competem com o ácido p-aminobenzóico
Tipo II
Pirimetamina e proguanila – impedem a utilização do folato por inibirem a diidrofolato redutase (não existe conversão a tetraidrofolato)
![Page 88: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/88.jpg)
Tipo I – atuação sobre o folato
PABA Ácido Fólico
L-Glutâmico
Ácido Pteróico
![Page 89: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/89.jpg)
Pirimetamina e proguanila –Tipo II de inibição de folato
Purinas: Adenina e Guanina
Não forma dTMP
![Page 90: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/90.jpg)
8-Aminoquinolinas
Primaquina
Seu diferencial é atuar sobre os hipnozoítos e gametócitos circulantes;
Não age sobre as formas eritrocíticas;
Efeito incomum sobre a glicose-6-desidrogenase eritrocítica – então não recuperamos NADPH e a hemólise é acentuada.
GAMETÓCITO
![Page 91: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/91.jpg)
![Page 92: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/92.jpg)
Artemeter e Lumefantrina -Coartem Esquizonticidas úteis em caso de malária
grave por P. falciparum.
Artemeter -Artemisina
Lumefantrina
![Page 93: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/93.jpg)
![Page 94: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/94.jpg)
Quadro resumo - antimaláricos
Formas do parasito
Onde se encontram
Fármacos
Esquizonticidasteciduais (profilaxia)
Formas intrahepáticas
Primaquina
Esquizonticidasteciduais (recidivas)
Formas latenteshepáticas
Pirimetamina e Primaquina
Esquizonticidassanguíneios
Eritrocitárias(cura clínica)
Artesunato;amodiaquina; cloroquina;mefloquina;quinina; associada a antibióticos
Gametocidas Sangue Cloroquina e primaquina
Esporonticidas Impedem os oocistos e esporozoítos
Primaquina e pirimetamina
![Page 95: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/95.jpg)
RENAME
Cloroquina – comprimidos de 150 mg
Quinina – 25 ou 300mg/mL para solução injetável; comprimidos de 500 mg
Primaquina – comprimidos de 5mg ou 15 mg
Artemeter - solução injetável 80 mg/mL
Artesunato – pó liofilizadado que produz 60 mg/mL
Associações de Artemeter + Lumefantrina / Artesunato + Mefloquina
![Page 96: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/96.jpg)
Toxoplasmose (CID 10: B58)
![Page 97: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/97.jpg)
ingestão de oocistos;
ingestão de carne crua
e mal cozida infectada
com cistos;
infecção
transplacentária.
![Page 98: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/98.jpg)
Importância da Toxoplasmosee sua veiculação por
alimentos
MAMÍFEROS DE PRODUÇÃO E SEU PAPEL NA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA DO Toxoplasma
gondii- REVISÃO*
Patricia Riddell Millar Goulart; Beatriz Brener; Maria Regina Reis Amendoeira
http://www.seer.ufu.br/index.php/vetnot/article/view/23478/14435
![Page 99: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/99.jpg)
Toxoplasmose
A Toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita, causada por protozoário.
Toxoplasmose febril aguda - pode generalizar-se e ser acompanhada de exantema. Às vezes, sintomas de acometimento pulmonar, miocárdico, hepático ou cerebral são evidentes. Há casos em que ocorrem pneumonia difusa, miocardite, miosite, hepatite, encefalite e exantema maculopapular.
![Page 100: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/100.jpg)
Toxoplasmose
Linfadenite toxoplásmica - Geralmente, o quadro se caracteriza por linfadenopatia localizada, especialmente em mulheres e, em geral, envolvendo os nódulos linfáticos cervicais posteriores ou, mais raramente, linfadenopatia generalizada.
Toxoplasmose no paciente imunodeprimido - Os cistos do toxoplasma persistem por período indefinido e qualquer imunossupressão significativa pode ser seguida por um recrudescimento da Toxoplasmose. As lesões são focais e vistas com maior freqüência no cérebro e, menos freqüentemente, na retina, miocárdio e pulmões.
![Page 101: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/101.jpg)
Toxoplasmose
Toxoplasmose ocular - A coriorretinite é a lesão mais freqüentemente associada à Toxoplasmose e, em 30% a 60% dos pacientes com esta enfermidade, a etiologia pode ser atribuída ao toxoplasma.
Toxoplasmose neonatal - Resulta da infecção intra-uterina, variando de assintomática à letal, dependendo da idade fetal e de fatores não conhecidos.
![Page 102: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/102.jpg)
Tratamento
Fármacos Adultos Crianças
Pirimetamina e Sulfadiazina
2 ou 4 x/diaDe 4 a 6 semanas
4x/diaPor 4 semanas
Ácido Folínico 5-10mg/diaDe 4 a 6 semanas
1mg/diaPor 4 semanas
Gestantes Espiramicina V.O 8/8hOu Clindamicina V.O 6/6h
![Page 103: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/103.jpg)
Qual é a recomendação atual para o tratamento da toxoplasmose congênita?
As drogas utilizadas para o tratamento da toxoplasmose congênita no RN são:
Pirimetamina; Sulfadiazina; Ácido folínico; A pirimetamina e sulfadiazina atuam
sinergicamente contra o T. gondii com uma atividade combinada oito vezes maior do que se fossem utilizadas isoladamente.
Diniz, EMA & Vaz, FAC; Rev. Assoc. Med. Bras. vol.49 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2003
![Page 104: Farmacologia Clínica das Doenças Tropicais](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022012423/6178511aeb5f05436d43e5fa/html5/thumbnails/104.jpg)
Fim.....