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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 07 Domingo, 16.02.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Na última semana do mês de ja- neiro, 24 a 28, no Espaço Gospel da PIB de João Pessoa, PB, aconteceu a 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. O local amplo se tornou um grande ajuntamento do povo de Deus chamado Batista, o fórum da família batista brasileira; a cidade do ex-presidente Epitá- cio Lindolfo da Silva Pessoa, com temperatura elevada mostrou-se hospitaleira (págs. 12 e 13). João Pessoa, capital dos batistas brasileiros Foi com o foco nesse tema que mais de 3 mil mulheres cristãs se encontraram na cidade de João Pessoa - “Porta do Sol” - no Estado da Paraíba, na realização da 91ª Assembleia da União Feminina Missionária Batista do Brasil (págs. 08 e 09). Família o ideal de Deus para o ser humano

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1o jornal batista – domingo, 16/02/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 07 Domingo, 16.02.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Na última semana do mês de ja-neiro, 24 a 28, no Espaço Gospel da PIB de João Pessoa, PB, aconteceu a 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. O local amplo se tornou um grande ajuntamento do povo de Deus chamado Batista, o fórum da família batista brasileira; a cidade do ex-presidente Epitá-cio Lindolfo da Silva Pessoa, com temperatura elevada mostrou-se hospitaleira (págs. 12 e 13).

João Pessoa, capital dos batistas brasileiros

Foi com o foco nesse tema que mais de 3 mil mulheres cristãs se encontraram na cidade de João Pessoa - “Porta do Sol” - no Estado da Paraíba, na realização da 91ª Assembleia da União Feminina Missionária Batista do Brasil (págs. 08 e 09).

Família o ideal de Deus para o ser humano

2 o jornal batista – domingo, 16/02/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Implicações da difusão cultural

• Este semanário deno-minacional, em sua edição de 26 de janeiro de 2014, revelou a proposta de criação do Departamento de Arte, Cultura e Lazer na estrutura organizacional da Conven-ção Batista Brasileira, ao lado dos existentes departamentos de Ação Social, Educação Re-ligiosa e Comunicação.

Imediatamente, percebi algumas implicações; é ne-cessário que seja esclarecida a noção e a amplitude da difusão cultural proposta.

Na Grécia (430 a.C.), era explicada pela filosofia; em Roma (27 a.C.), pelo direito; durante a Renascença (séc. XV e XVI), pela literatura e pelas artes; na época do Iluminismo (séc.XVIII), era praticada pela ciência.

Em todas as épocas e em todos os lugares, houve pes-soas cultas e incultas; as que queriam, e as que não se in-teressavam em obter valores culturais; para o crente, os que importam são os espirituais.

O conteúdo da cultura está degradado, por isso muitos acreditam que são cultos. Os antropólogos foram os primeiros estudiosos que acreditaram que todos os conglomerados humanos se equivalem, que as culturas são iguais. Os sociólogos inventaram a cultura popular, que se dá ao luxo de adotar o mau gosto; mal concebida e executada, mas “é do povo”.

Hoje, todos somos cultos, quando aderimos à cultura

do “rock” ou à “cultura do gospel”, dentro ou fora das igrejas. Quem não sabe o que é cultura diz: “A falta de cultura também é cultura”.

A tecnologia não produz cultura. Os avanços tecnoló-gicos são devidos a especia-listas em transportes, comu-nicações, saúde, engenharia, alimentos etc., mas não a pessoas cultas.

A noção de beleza numa sociedade está prejudicada pela errônea noção de cul-tura.

Que tipo de cultura será difundido? Onde será difun-dido? A proposta não causou estranheza, mas, certamente, suscitará várias tomadas de posição.

Para alguns cristãos, a cul-tura e a arte são essencial-mente ateístas, pelo menos mundanas; para outros, ate-ístas e idólatras; para outros, ainda, estão à disposição da

Causa de Deus, sendo im-portantes ferramentas para combater o Mal.

Há teólogos e antropólogos que pensam estar a fé cristã relacionada com a Cultura. Alguns apontam para a opo-sição entre Cristianismo e Cultura; outros lembram a possibilidade de um acordo entre Cristianismo e Cultura; outros, ainda, só admitem que o Cristianismo esteja aci-ma dos interesses da Cultura; outros, vivem o Cristianismo, acomodado às necessidades da vida cultural; neste caso particular estão alguns artis-tas e intelectuais.

Os crentes, de maneira categórica nos dois primeiros séculos da Era Cristã, rejeita-vam as exigências da Cultura e das Artes (literatura, teatro, dança, esportes, pintura, es-cultura etc.). A partir da Idade Média, passaram a identificar o Cristianismo com a Cultura.

Mas também houve (ainda há) quem não era radical-mente contrário à Cultura e não acomodava o testemu-nho cristão à atividade profis-sional nas Artes e na Cultura (H. Richard Niebuhr, Cristo e Cultura. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1967).

A proposta gerou expecta-tivas otimistas: inicialmente por meio do Teatro de Bo-necos (“puppet show”, que lembra o exibido pelo missio-nário William Walters Enete, “Tio Billy”, nas décadas de 30 a 60), depois promovendo simpósios, clínicas, represen-tações teatrais, exposições e encontros de artistas. Espera-mos que todas essas manifes-tações artísticas sejam de alto nível técnico, realizadas com seriedade e profissionalismo.

Há mais de 60 anos a co-luna musical deste jornal tem procurado incentivar o cultivo da música erudita pelos executantes e ouvintes. O colunista nunca pretendeu que os leitores de OJB se tornassem exclusivos apre-ciadores da música sacra de Johann Sebastian Bach. Mas sempre almejou que evitas-sem a música religiosa espú-ria, improvisada e bisonha.

A banalização da melodia medíocre e a rotinização do repertório artificiais são cau-sas da decadência da música de igreja. Esta situação da arte musical só poderá ser remediada pelos músicos e pelas pessoas que atuam em outras áreas da Cultura.

Roberto Torres Hollanda

Nesta edição do Jornal Batista o querido leitor en-contrará na pági-

na 11 uma matéria a respeito da Bíblia manuscrita. Se trata da iniciativa do pastor Edgard Barreto Antunes, da PIB de Nova Iguaçu/RJ. Ele escreveu a Bíblia toda a mão e exibiu esse grande feito no estande de Missões Mundiais na As-sembleia da Convenção Ba-tista Brasileira, realizada em

João Pessoa/PB, entre os dias 24 e 28 de janeiro. A ideia é para incentivar a leitura da bíblica e apoiar o projeto de Missões Mundiais, Bíblias para a Ásia. Talvez essa cam-panha deva se estender para as famílias também.

O incentivo à leitura da Pa-lavra de Deus deve começar em casa. Famílias que tem o hábito da leitura bíblica tem mais chances de viver har-moniosamente. Isso porque

vivem sobre a orientação da voz de Deus. Mas para isso os pais precisam incentivar os filhos nesta leitura. É difícil para um filho seguir o que o pai e a mãe mandam, mas com o exemplo tudo fica mais natural. Um filho que sempre vê seus pais lendo a Bíblia, vê neste hábito uma ação normal e a segue natu-ralmente.

A consequência serão pais que sabem respeitar e educar

seus filhos, e por continuação filhos que respeitam e escu-tam seus pais. É através da Palavra de Deus que crian-ças crescem com sabedoria, adolescentes entendem a im-portância do respeito, jovens buscam a vontade de Deus e adultos constroem uma vida íntegra.

“Porque pela palavra de Deus e pela oração é santifi-cada” (I Timóteo 4.5).

(AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 16/02/14reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Deixar pai e mãe

Um dos textos mais profundos e difí-ceis da Bíblia é aquele que fala da

identidade pessoal do marido e da esposa: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher; e eles se tornarão uma só carne” (Gênesis 2.24).

Ninguém se torna pessoa individual a partir do nada. A realidade ensina que, para responder adequadamente à pergunta “quem sou eu ago-ra?” sempre é necessário res-ponder “quem eu tenho sido, até agora?”. Um percentual enorme de nossa personali-dade constitui a contribuição que nos foi dada por nossa própria família.

Sabendo disso, a Bíblia nos ensina que, após listar justamente tudo aquilo que recebemos de nossos pais, nosso passo seguinte é: pois bem, que farei com todas essas coisas que recebi da minha família? Passarei a ser apenas um clone dos meus pais? Ou, com cora-gem e bom senso, farei a digestão subjetiva de tudo o que recebi e procurarei dar um “jeitão” pessoal a tudo aquilo que herdei? A Escritu-ra diz: “cada um dará conta de si mesmo, a Deus”. A responsabilidade de “deixar” pai e mãe é nossa. Peçamos sabedoria ao Senhor, para construir nossa identidade pessoal.

Almir Luiz GabardoMembro da PIB Curitiba, professor, diácono, tradutor, escritor e palestrante do Instituto Haggai

Quando lemos no capítulo 6 do li-vro de Daniel a respeito do rei

Dario tê-lo lançado na cova dos leões, muitas situações embaraçosas e sem respostas passam pelas nossas cabeças. Na verdade o profeta foi víti-ma da inveja dos auxiliares do rei, que perceberam que Daniel era mais competente do que eles e que já estava sendo cobiçado por Dario para ser o seu braço direito administrando todo o Reino Medo-Persa. Nos dias atuais, por causa da inveja, este tipo de situação acontece frequentemente com muitas pessoas, mas com a única di-ferença que a cova dos leões foi abolida.

Esta história de Daniel teve um final feliz porque ele ser-via ao único Deus verdadeiro que o livrou da boca dos le-ões fazendo com que a vida do rei Dario também fosse transformada. Como pode-mos trazer esta experiência deste grande servo do Senhor para a nossa vida prática? A verdade, meu querido ami-go, é que nós muitas vezes também somos colocados na cova dos leões ou nos sentimos como se estivésse-mos dentro de uma delas. Isto acontece quando os pro-blemas das nossas vidas são tão grandes e aparentemente insolúveis que achamos que tudo está perdido e não há mais soluções para as dificul-dades que estamos enfrentan-do. Estamos em conflito com o nosso cônjuge, com nossos filhos, nossa conta bancária está no vermelho, a promo-ção no trabalho que espera-mos por vários anos nunca chega, a artrose está tomando conta dos nossos ossos e tan-tas outras situações que nos estressam e tiram a nossa paz constantemente.

Tudo está cinza em nossas vidas e a luz no final do túnel está cada vez mais difícil de aparecer. Talvez para Daniel tudo isto passasse pela sua cabeça, afinal de contas, ele seria lançado na cova dos leões simplesmente por con-versar com o seu Deus três vezes ao dia. Uma tremenda injustiça. Lembro que no capítulo três do mesmo livro

de Daniel temos a história de outras pessoas que foram injustiçadas e lançadas na fornalha a qual havia sido aquecida sete vezes mais do que se costumava fazer para que eles derretessem dentro dela. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estavam nesta situação porque haviam se recusado a adorarem os deu-ses de Nabucodonozor e a estátua de ouro que ele havia erguido. Saíram da fornalha ilesos, sem nenhum fio de ca-belo queimado para a honra e glória do Deus verdadeiro o qual serviam.

As injustiças, as persegui-ções, os desentendimentos, as pressões sempre irão exis-tir em nossas vidas e muitas vezes nos sentiremos como sendo arremessados para dentro de uma fornalha ou de uma cova de leões. Entre-tanto, deve ficar para cada um de nós o exemplo destes grandes servos do Senhor, que demonstraram uma fé inabalável no Deus que co-nheciam e que conversavam diariamente, sabendo que não estariam sozinhos e que jamais seriam abandonados. A nossa confiança em Deus, nosso Pai, deveria chegar pelo menos no tamanho de um grão de mostarda para que o cinza se torne claro e a noite se transforme em dia. Jesus nos disse que no mun-do teríamos aflições, mas, que tivéssemos bom ânimo.

O problema é que na maio-ria das vezes não colocamos

em prática este ensinamento do nosso Mestre Jesus em nossas vidas. Confiamos mais nas nossas próprias iniciativas do que nas soluções e nas sa-ídas que Deus tem para cada uma das nossas necessidades. Pedro enquanto olhava para Jesus caminhando sobre as águas para chegar até onde o Mestre se encontrava, não teve nenhuma dificuldade. Tudo estava sob controle e ele só sentia as águas molha-rem a sola dos seus pés. A partir do momento em que começou a sentir medo e olhou para baixo, tirando os seus olhos do foco que era Jesus, tudo se tornou difícil e assustador. Ao olhar para baixo, eu acredito que ele começou a enxergar águas vivas, caranguejos gigantes e algumas espécies estranhas de peixes que o deixaram sem ação, atemorizado e prestes a se afogar. É isto que acontece conosco muitas vezes.

Os problemas e as dificul-dades pelas quais passamos constantemente desviam o nosso olhar do foco que é Jesus e a aflição e a angústia começam a tomar conta das nossas vidas. Precisamos, querido amigo, termos a mesma fé que Daniel e seus amigos tiveram quando fo-ram lançados na fornalha ardente e na cova dos le-ões e foram salvos, porque confiavam no livramento do Deus verdadeiro que serviam e adoravam. Eu li

alguns dias atrás um adesivo colocado em um carro que parou à minha frente: Quem tem Cristo não tem crise! Infelizmente estas palavras não expressam a realidade e é na verdade um tipo de “propaganda enganosa”.

Todos aqueles que tem Cristo no coração passam por crises e provações em suas vidas, entretanto, a boa

notícia é que sabemos em quem temos crido, que Ele é o nosso refúgio e a nossa fortaleza e o socorro bem presente em nossa angústia. O senhor é fiel e nunca nos abandona. Ele está sempre conosco e nos ama porque Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Engrandeci-do seja o Seu nome. Que o Senhor te abençoe!

4 o jornal batista – domingo, 16/02/14 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Certa vez, pergun-tei a um irmão por que ele não era di-zimista. A resposta,

nada surpreendente, resume o caso da maioria dos não dizimistas: “Pastor, não dá. No fim do mês, quando vou fazer as contas, depois de preencher a lista de com-promissos, não sobra para o dízimo”. Respondi em tom amistoso: “O seu problema é que o irmão está colocando o dízimo como sobra. Deus não fez assim com o irmão. Ele o colocou no topo da sua lista e lhe deu seu Filho uni-gênito para salvar sua alma da perdição”. “É verdade”, ele comentou. “Então, ponha o dízimo no topo da sua lista mensal e o irmão ficará sur-preso com o resultado: Vai sobrar para todas as suas ne-cessidades e da sua família”.

O irmão decidiu seguir meu conselho. No fim da-quele mês, colocou o dízimo em primeiro lugar na sua lista mensal. Ao voltar a falar co-migo, muito feliz, ele disse: “Foi como o senhor disse: Nada nos faltou, pelo contrá-rio, não tive que lançar mão do cheque especial, como sempre fazia”. Ele continuou a buscar primeiro o Reino de Deus e sua Justiça e a Palavra de Jesus não falhou: Todas as coisas necessárias lhe foram acrescentadas, especialmente a alegria em trabalhar para Deus. Quem dá as sobras para Deus, fica com as sobras da alegria de participar do seu Reino.

BUSCAPÉ SEM VARETA. Assim era o orçamento fa-miliar de José e Jandira, que trabalhavam por conta pró-pria com venda de roupas. Era uma vida financeira sem rumo e sem planejamento, ninguém podia saber aonde ela iria parar no fim do mês. Nunca puderam entregar seus dízimos, não por não terem renda, nem porque não amassem a sua igreja. Eles bem que gostariam de ser dizimistas, tinham até uma “santa inveja” quando viam os crentes na fila para colocar seus envelopes no gazofilácio. Conversando com o casal, eu lhes disse: “Queridos, o dízimo é um fator altamente positivo na ordenação do orçamento

familiar. Ponham os seus negócios em ordem no papel semanalmente, verifiquem qual foi o seu lucro, ou seja, a diferença entre o custo e o produto das vendas das roupas que vocês negociam. Separem dez por cento do lucro e os entreguem para o Senhor semanalmente ou ajuntem para entregar tudo de uma vez”. José e Jandira começaram a contabilizar diariamente suas compras e vendas, separaram o dízimo do lucro em uma caixa e pre-feriram entregá-lo semanal-mente. A contabilidade por causa dos dízimos os ajudou a pôr as finanças em ordem e, sem o perceber, eles des-cobriram que o dízimo é uma grande bênção para a vida espiritual da família e, por extensão, para a economia doméstica também. Não há segredo. Deus promete abrir seus tesouros espirituais so-bre aqueles que lhe são fiéis (Malaquias 3.10).

OS NEFELIBATAS (Tiago 1.22-25). Para muitos cren-tes, a doutrina bíblica é para ser estudada e conhecida, mas nada tem a ver com o seu cotidiano, com a prática do seu viver. Vivem com a cabeça nas nuvens, nuvens que nunca se transformam em chuva para regar sua roça espiritual. São os nefelibatas da alma. O dízimo do cristão é um sinal indicador de que a sua fé não é uma teoria, uma abstração, mas é algo que faz parte da prática do seu viver diário. O Reino de Deus é uma realidade espiritual, mas o cristão não é apenas uma alma que se relaciona com os valores espirituais. Ele tem um corpo, que se relaciona com o mundo material. Seus dízimos e suas ofertas para missões mostram que ele está conectado com as realidades da terra sem deixar de estar plugado nas realidades do céu. Sua oração “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”, como ele aprendeu com Jesus, mostra que Jesus Cristo é o Senhor tanto do seu espírito, quanto da sua alma e do seu corpo. O seu dízimo fiel demonstra que Deus é o Senhor de tudo em seu viver: tanto na sua vida espiritual quanto na sua vida material.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira, SP

Este é o ano de Copa do Mundo, e brasilei-ro é apaixonado por bola. Aliás, não po-

demos esquecer que foram os ingleses que inventaram o futebol, só que jogar com raça, garra e determinação é coisa de brasileiro. O Brasil vai sediar a Copa do Mundo pela segunda vez, a primei-ra foi em 1950 a 64 anos atrás. Naquele ano o Uruguai sagrou-se campeão e deixou os brasileiros tristes dentro de um Maracanã lotado. Este ano os brasileiros estão es-perançosos, temos o técnico campeão de 2002 e o auxi-liar técnico que foi campeão em 1994. Trata-se de Felipão e Parreira. Além disso, temos

Pastor Abelardo NogueiraIB em Campo Belo, SP

Será que os compu-tadores haverão de superar a mente hu-mana?

“Um computador Macin-tosh (1984), possuía uma memória 8,4 milhões de ve-zes menor, e um processador rodava em frequência 163 milhões de vezes inferior em relação ao iphone 5s, da mesma Apple. Será que nos próximos 30 anos as máqui-nas nos dominarão?” (Folha de São Paulo, 03 fevereiro 2014).

Eu não espero que nos próximos 30 anos sejamos dominados pelas máquinas. Já nos vejo, não dominados por elas, mas dependentes dela. Conversamos, opina-mos, discutimos, mostramos

o Neymar, jogador que tem brilhado no Barcelona na Espanha.

Será que o Brasil vai levan-tar a taça? Em 2013 o Brasil sagrou-se campeão da Copa das Confederações em cima da poderosa Espanha. Isso encheu de orgulho os torce-dores. Em junho vamos ver se o favoritismo do Brasil se confirma em campo, torce-mos pelo nosso país, quere-mos ver levantar o sexto ca-neco. Mas independente de o Brasil ser campeão ou não, a vida continua. Precisamos pensar na nossa vida diária.

Não podemos esquecer que o pão de cada dia vem com muito esforço, todos nós precisamos trabalhar para sustentar as nossas casas. Não podemos ficar vendo o tempo passar, é preciso agir e dar sempre o melhor para

e apresentamos nossas con-quistas, tudo fazemos pela rede social. Não nos conhe-cemos, não nos abraçamos, não apertamos a mão, esta-mos distantes de nossos fa-miliares, parentes e amigos. Não temos tempo suficiente e adequado para brincar com os filhos. Até mesmo quando nos reunimos em fa-mília, cada um se apresenta com o seu aparelho dando acesso a mais alta tecnolo-gia, e ficam apresentando todas as novidades existen-tes neles.

Até onde iremos? Quando é que haverá um retorno de nossos relacionamentos se-melhantes ao que tínhamos no passado?

Bons tempos em que senta-vamos na calçada e batíamos papo com os vizinhos. Bons tempos em que fazíamos

a nossa família. E quando o assunto é espiritual, será que levamos a sério? Talvez a sua preocupação só esteja nas coisas desta vida, mas e a vida espiritual? Você tem uma alma e ela vai passar a eternidade onde? Já pensou sobre isso? A Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo. Então, todos nós vamos morrer fi-sicamente e um dia teremos que prestar contas diante de Deus dos nossos atos.

Para passar a eternidade toda no céu com Cristo é preciso arrepender-se dos pe-cados e convidar Jesus Cristo para ser Senhor e Salvador de sua vida. Faça isso e viverá eternamente, independente do Brasil ser campeão ou não este ano, Deus deseja a sua vitória espiritual.

visitas uns aos outros e nem era necessário agendar. Bons tempos em que investíamos em relacionamentos de qua-lidade. Bons tempos em que aos domingos a família se reunia à mesa com aquele almoço e sobremesas apeti-tosas, as crianças brincavam, os adultos conversavam com seus celulares desligados, porque não existiam, e no final da tarde, após um bom lanche, nos despedíamos.

É saudosismo? Pode ser, mas é um santo saudosismo. Sei que certas práticas do passado não são possíveis hoje em dia, mas esforcemo--nos para termos relaciona-mentos onde possamos olhar nos olhos uns dos outros e sentir de fato o que se passa entre nós. Precisamos de aju-da, precisamos uns dos ou-tros para dar e receber ajuda.

5o jornal batista – domingo, 16/02/14reflexão

vida em famíliaGilson Bifano

Descobri através dos livros que eu, Joyce Meyer e Wayne Cordeiro

temos algo em comum.Joyce Meyer é uma pastora

muito conhecida nos EUA. Por aqui seus livros fazem sucesso.

Wayne Cordeio também é um pastor renomado da igre-ja New Hope, em Honolulu, no Hawai.

Mas, o que tenho em co-mum com estas pessoas tão famosas? Com certeza não é a popularidade deles. Vou contar a história de cada um e depois conto a minha.

Joyce Meyer, num dos seus livros, abordando a questão do autocontrole comparti-lhou uma experiência que teve num restaurante.

Cansada de tanto esperar e pelo atendimento não ser o dos melhores, conta que qua-se perdeu a paciência (se não perdeu!) com os atendentes. Quanto estava para explodir, um dos garçons olhou bem para ela e disse: “Mas a se-nhora não é Joyce Meyer?”. “Sim, eu sou Joyce Meyer”, respondeu já quase perdendo as estribeiras. O garçom então disse: “Eu leio todos os seus livros e a senhora tem sido uma bênção para mim”. Foi o suficiente para pastora se comportar como uma cristã verdadeira, pacientemente.

Wayne Cordeiro, também em um dos seus livros, conta que certa vez, após pregar um sermão dominical, saiu apressado do culto, com mui-ta fome. Querendo chegar logo em casa, pisou fundo no acelerador. Quando já tinha ultrapassado o limite de velocidade, um carro da polícia sinalizou logo atrás e o ordenou parar.

O policial então fez algu-mas perguntas de praxe, que todo americano conhece. Wayne Cordeiro, cansado e faminto, questionou com o guarda, sabendo, no fundo, que estava errado. Tentou argumentar, mas não houve jeito. O policial então pediu sua habilitação. Ao pegar a

habilitação, viu que se tratava de Wayne Cordeiro. Olhou bem para ele e disse: “Pr. Wayne Cordeiro, acabei de ouvir seu abençoado sermão há pouco. Que bênção! Mas o senhor será multado”.

Mas, e a minha história?Minha história aconteceu

numa agência da Caixa Eco-nômica Federal. Depois de muito esperar pelo gerente que cuida da conta do Mi-nistério OIKOS, comecei a perder (eu acho que já tinha perdido mesmo!) a paciência. Comecei a exigir um trata-mento melhor, já ultrapassan-do a fronteira da mansidão cristã. O atendente então, novo na agência, vindo de Santa Catarina, perguntou o meu nome. Pronto! Quando ouviu meu nome, olhou bem para mim e disse: “Pr. Gilson Bifano, sou de uma igreja batista em Santa Catarina e lá na minha igreja já estudamos todas as revistas do Ministé-rio OIKOS, que bênção elas foram para a minha vida”.

Não sou nem um pouco parecido, em termos de fama, com Joyce Meyer e Wayne Cordeiro, mas temos estas (tristes) histórias para contar. Não precisa ser conhecido para chegar a conclusão que não devemos agir como mui-tas vezes estamos acostuma-dos. Por quê? Porque Deus quer que tenhamos controle sobre nós mesmo. É um fruto do Espírito (Gl 5.22).

Não ser paciente, além de prejudicar a nós mesmo, não é bom para a pessoa que está próxima. Seja no trabalho, na igreja e, principalmente, na família. Isto sem contar que é um péssimo testemunho para o evangelho.

Se da próxima vez que você estiver à beira de perder a estribeira, cuidado, Deus pode fazer você passar por um vexame, como aconteceu com Joyce Meyer, Wayne Cordeiro e eu.

A atitude do cristão, em todas as situações é ser pa-ciente, cuidadoso com seu testemunho e manso.

Jesus foi assim sempre.

Pr. Vilmar PaulichenPIB Indaiatuba, SP

O tronco é termo usado para se re-ferir a duas gran-des e pesadas

peças de madeira, nas quais eram colocados os pés da ví-tima, às vezes suas mãos e o pescoço. Era um instrumento de punição e prisão dentro da prisão. Jó usa a figura do tronco ao lamentar-se da pró-pria aflição que era sua vida (Jó 13.27).

De forma literal, o tronco é citado em Atos 16.24, quan-do o carcereiro filipense, recebe ordens para prender Paulo e Silas. O objetivo do tronco era castigar crimino-sos, restringindo, ao máximo, o movimento e a liberdade. Hoje, não ouvimos mais falar desse tipo de punição.

Mas podemos aprender li-ções do tronco. Uma delas é que o pecado é como o tron-co. O pecado limita nossa liberdade, nos prende à culpa e a erros antigos. Quando al-guém peca deliberadamente, sem limites e intencional-mente, é o próprio Deus que

se encarrega de “colocá-la no tronco”, fazendo com que cesse sua maldade (Jó 13.27).

Quem era preso ao tronco, ficava desprotegido contra o ataque de pequenos pre-dadores como ratos, cobras, escorpiões, até formigas e insetos. Assim também acon-tece conosco, se vivemos presos ao pecado. Nossa capacidade de defesa é tão fraca, que pequenas ameaças e dificuldades nos perturbam muito além da conta. E o que é pior é que não encontra-mos saída. Quem vive preso ao pecado fica vulnerável e vai sendo corroído aos pou-cos por pequenos problemas (Sl 32.3,4). Problemas que parecem insignificantes, e fá-ceis de resolver, crescem de maneira descomunal, e nos deixam tão fragilizados que problema do tamanho de um rato fica do tamanho de um elefante para nos destruir (Jó 13.28). O pecado nos deixa sem saída, sujeitos a abismos (Sl 42.7), sem força, presos e extremamente esgotados com pequenas aflições.

É por isso que ser liber-tado do tronco do pecado

é bênção. Porém, ser livre do tronco do pecado não significa ficar livre do tron-co da injustiça humana (At 16.24). Nossa paz é viver livre dos troncos da injus-tiça, mas saber que toda tentativa de reprimir quem foi libertado do pecado, está enfrentando o próprio Deus (At 5.38,39).

Somente quem foi liber-tado do tronco do pecado resiste ao tronco da injustiça sem ser dominado e vencido por sentimentos de vingança e amargura (Rm 12.17; Hb 12.15). Quem foi libertado do pecado não está livre de sofrer injustiças (Mt 5.10), mas está preparado para ven-cer sentimentos de vingança e amargura com louvor e oração (At 16.25).

Quem foi libertado do pecado contagia e “pren-de” quem ainda não é li-vre (At 16.28). As pessoas que estavam na prisão com Paulo tiveram oportunidade de fugir, após o terremoto, mas não fugiram. Talvez, a oração e louvor de Paulo e Silas mostrou a grandeza da liberdade cristã, mesmo acorrentados ao tronco. Tal-vez, aqueles prisioneiros não fugiram porque reconhe-ceram a falsa liberdade de viver fugindo, e concluíram que não tinham para onde ir, assim como Pedro concluiu (Jo 6.66-69).

Somos pecadores e erra-mos muito; porém, nosso grande problema é a fuga. Sempre que um problema surge como um “terremoto” somos tentados a fugir. Os problemas devem nos apro-ximar de Deus, e não afastar Dele. Tem problema que faz “tremer” e muitos acabam fugindo. Mas quem foi liber-tado do tronco do pecado não foge, não se vinga, não guarda rancor, perdoa com-pletamente, resiste à injustiça porque confia em Deus (II Tm 4.17). E você...? Que tronco lhe prende?

6 o jornal batista – domingo, 16/02/14 reflexão

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Interjei-ção de chama-mento

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(Gl 5:14)

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"Eu sou o alfa e o(?)" (Ap 1:8)

Descen-dência

Naquelelugar

Inicia-se com a frase"Deus é nosso

refúgio e fortaleza"Sem curvas (fem.)

Derradei-ros

Ar, eminglês

Terceirolivro do

PentateucoViu queRute eramulhervirtuosa

(Rt 3:7-11)Gigantefilisteu

morto porDavi

A 17 letra doalfabeto

Barulhenta

OuviuPaulofalar

acercada fé em

Cristo (At 24:24)

CampocultivadoDons (?):devem ser conheci-dos peloscristãos

(I Co 12:1)

Número de dias da tribulação de

Esmirna (Ap 2:8-10)Utilizar

a

3/air — ril — sea. 4/ageu — peor. 5/ômega. 7/drusila. 11/espirituais.

Hudson Galdino da SilvaPastor da PIB em Cabo Frio

Vou usar aqui algu-mas informações da nossa língua apenas para iniciar o nosso

entendimento sobre a ques-tão que quero compartilhar com o tema em epígrafe.

Aprendemos que os sinais ortográficos ajudam no de-senvolvimento da linguagem e da comunicação, podendo esses sinais serem discretos ou até mesmo mudarem todo sentido de um enun-ciado. Existem várias regras sobre o uso do ponto (.) e da vírgula (,).

O ponto final representa então segundo alguns gramá-ticos a pausa máxima da voz. É o sinal usado para demons-trar o final de um período. Muitos acham desnecessário o uso do sinal. Acham que não há problemas em se es-quecer do uso da vírgula ou do ponto. Então ignoram. O ponto indica o fim daquele pensamento, a vírgula ape-nas para dar uma pausa no assunto e dar continuidade algo intercalado e é claro em outras situações. Vejam alguns exemplos ilustrativos: Não. Espera. Não Espere. Isso Só. Ele resolve. Isso. Só ele resolve. Esse. Juiz. É cor-rupto. Esse juiz é corrupto.

Pois bem, quero convidar a você a refletir sobre a sua vida pessoal consigo mesmo, com o próximo e com Deus. Qual o sinal que você tem colocado ou vai colocar em sua vida? É claro que depen-dendo da circunstância esse sinal pode ser modificado. Quero convidar a você a colocar ponto final ou uma vírgula naquilo que você mesmo está escrevendo a seu respeito. A mais interessante e importante biografia de nossa vida não é aquela que

os outros escrevem a nosso respeito, mas aquela que Deus escreve sobre nós. O que temos sido diante Dele, o Senhor.

Meu amado coloque sem-pre um ponto final quando se tratar de algum sentimento destrutivo em sua vida. Não vale a pena carregar rancor, amargura, desentendimento. Diante da miséria do cólera, coloque ponto final. Diante das mazelas da vida, coloque ponto final, diante da amar-gura, coloque ponto final. O ano de 2014 precisa ser um ano do PONTO FINAL das coisas desagradáveis, inúteis e improdutiva diante de Deus e do próximo.

Mas a vírgula, ela pode ser muito bem-vinda no tex-to que estamos produzindo cada dia. Bem-vinda, VÍR-GULA, quando usamos e aplicamos o perdão. Sabe por quê? Porque o perdão nunca poderá ser um ponto final em nossa vida. Como assim? É que o perdão deve ser prati-cado sempre, e sempre entre vírgulas. A vírgula requer explicações, entendimento. Faz parte da regra do uso da vírgula ela ser usada nas ex-pressões explicativas ou cor-retivas. Façamos nesse ano mais uso da vírgula. Vamos dar continuidade tudo que precisa ser feito e bem feito. Não paremos de fazer o bem. Avancemos com a nossa his-tória em tudo aquilo que produz coisas boas e santas para nós mesmo, para o nos-so próximo e para o Senhor. Não pare com o compromis-so de orar, de evangelizar, de ser bom crente, grande cooperador, ajudador, servo, amigo, conselheiro, operoso.

Ponto final, só para as coi-sas que desagradam a Deus e muita vírgula para continu-armos agradando o Senhor da obra.

A Primeira Igreja Batista em Vila de Cava, em Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 15 de dezembro de 2013, resolveu convocar o Concílio para exame de candidatos ao Ministério da Palavra, no dia 25 de fevereiro de 2014 às 9 horas em seu templo à Rua Bayron Dore de Almeida nº 439, Vila de Cava, Nova Iguaçu, RJ.

Os irmãos que serão examinados são: EMÍLIO PINHEIRO PEDERSANE e PAULO ROBERTO FERREIRA DA SILVA, ambos formados em Teologia pelo Seminário Teológico Batista de Belford Roxo.

Edson Pinheiro PedersanePastor Presidente

Convocação para Concílio

Telefone para contato: (21) 2658-7910

7o jornal batista – domingo, 16/02/14missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

A proposta de mul-tiplicação de dis-cípulos e igrejas, que vem sendo

difundida pela Junta de Missões Nacionais, ganhou força na 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasilei-ra, realizada entre os dias 24 e 28 de janeiro, em João Pessoa (PB). Mensagens e discussões em pequenos grupos explicaram a visão de Igreja Multiplicadora e indicaram aos batistas um caminho para o crescimento denominacional.

O desafio é multiplicarOs apelos missionários

estavam por toda parte. Nas reuniões pré-convencionais, o pastor Fernando Bran-dão, diretor executivo de Missões Nacionais, e sua equipe desafiaram pasto-res, diáconos, educadores, mulheres e jovens. O tom das participações não ape-nas ressaltavam projetos como Cristolândia ou even-tos como a Trans Copa, mas defendiam a ideia de que cada batista tem um papel fundamental no processo de semeadura. E este papel é o da evangelização discipula-dora, com foco na formação de líderes e plantação de novas igrejas. “A expecta-tiva de Jesus era que sua igreja se espalhasse e seus discípulos se multiplicas-sem. Nós estamos focados nisso, focados nessa visão multiplicadora. Nós batistas temos sangue missionário, somos de linhagem missio-nária. Ser batista é ser mis-sionário”, afirmou o Pr. Fer-nando, durante o momento de Missões Nacionais no Encontro da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.

Apesar das muitas expla-nações e testemunhos sobre a importância da evangeli-zação discipuladora para a conquista da pátria, foi na mensagem de abertura da 94ª Assembleia que a visão ganhou força. O presidente da CBB, pr. Luiz Roberto Sil-vado, pregou sobre os cinco princípios de Igreja Multi-plicadora: Evangelização Discipuladora, Formação de Líderes, Compaixão e Graça, Oração e Plantação de Igre-jas. Sua palavra autenticou a proposta da Junta de Missões Nacionais, e seu modelo de abordagem incentivou os presentes a retornarem à prática dos pequenos grupos,

onde se pode compartilhar a Bíblia de maneira mais eficaz, numa estrutura ba-seada em relacionamentos, em vida na vida. Ali mesmo, na plenária, convencionais foram separados em grupos de cinco pessoas para que pudessem experimentar (ou relembrar) os benefícios de um diálogo amistoso, à luz da Palavra.

O apoio à visão de Igreja Multiplicadora culminou na Noite Missionária, quando Sócrates de Oliveira (Di-retor Executivo da CBB), João Marcos Soares (Diretor Executivo da JMM) e Fer-nando Brandão realizaram um sermão a três, focado no crescimento da igreja primitiva, segundo Atos. Entremeados ao sermão, fo-ram apresentados exemplos de multiplicação no Brasil e no mundo.

Exemplo de MultiplicaçãoPr. Cirino Refosco, missio-

nário da JMN, é reconhecido como um dos grandes plan-tadores de igreja do Vale do Piancó, no sertão da Paraíba. Ele foi mencionado em toda a Assembleia como exemplo de multiplicação. E não é para menos. Durante sua trajetória em solo paraiba-no foram mais de 30 igrejas batistas plantadas e cerca de 40 obreiros autóctones formados.

Pastor Cirino, durante sua palavra aos pastores batistas, afirmou: “Se queremos al-cançar o Brasil, precisamos multiplicar liderança. Os pastores são chamados para fazer pastores. Temos condi-ções de plantar mais 100 mil novas igrejas porque estes líderes estão sentados em nossas igrejas e precisam ser identificados e treinados”.

Cruzada Jesus TransformaUm dos grandes aconteci-

mentos desta Assembleia foi a Cruzada Jesus Transforma a Paraíba. A programação, que celebrou o centenário dos ba-tistas paraibanos, teve início na tarde de domingo (26), com abordagens evangelís-ticas e o batismo de cerca de 300 pessoas, na Praia do Tambaú, em frente ao busto de Tamandaré.

A programação se estendeu até o período noturno, quan-do aconteceu um culto de celebração. Igrejas da região marcaram presença, transfor-mando a praia num grande espaço consagrado a Deus, com louvores e mensagem evangelística do pastor Eli Fernandes, da Igreja Batista da Liberdade (SP).

Ao final da Cruzada, mui-tas vidas tiveram um en-contro com Cristo. Maria

Salomé de Oliveira foi uma delas. “Eu sabia que aquele era o meu momento, mo-mento de mudar a minha vida. Disse pra mim mesma que a partir daquele momen-to ia encontrar todas as res-postas, estando mais perto de Deus. Quando voltei, da praia pra casa, era como se estivesse com vestes novas, uma coisa preciosa dentro de você. E foi naquela praia que encontrei Jesus e ele transformou a minha vida”, lembrou a nova convertida, ainda emocionada. Apesar de vivenciar o primeiro es-tágio de sua caminhada de fé, Maria Salomé já conver-sou com sua família sobre sua experiência com Cristo, sobre a forma maravilhosa com que foi tocada ao se aproximar de Deus. É o pro-cesso multiplicador em sua primeira fase.

Batistas apoiam Missões Nacionais em proposta de multiplicação

Pequeno Grupo discute princípios de Igreja Multiplicadora

Batismos na Praia do Tambaú

8 o jornal batista – domingo, 16/02/14 notícias do brasil batista

9o jornal batista – domingo, 16/02/14notícias do brasil batista

10 o jornal batista – domingo, 16/02/14 notícias do brasil batista

Jorge Pereira BorgesDa PIB de Mesquita e da Academia de Letras e Artes de Mesquita, RJ

O Senhor nos deu a graça de cele-brar com muito regozijo um fato

incomum: meio século de ministério de um pastor na mesma igreja. O Pastor é Iomael Sant´Anna. A Igreja é a Primeira Igreja Batista de Mesquita, RJ. Com a boa música do Coro da Igreja; a mensagem apropriada do Pastor João Soares Fonseca (da PIB do Rio de Janeiro, RJ); e o templo completamente cheio; agradecemos a Deus, porque desde 11 de agos-to de 1963, Pastor Iomael está conosco, liderando esta agência do Reino de Jesus.

Pastor Iomael chegou aqui jovem humilde de 24 anos, com a esposa Rachel e o filho Élcio, de cinco meses. Hoje, aos 75 anos de ida-de, é homem ainda humil-de, respeitado na Igreja, na denominação, entre outros evangélicos, e nesta cidade de Mesquita, localizada na Baixada Fluminense. Tem além de outros os títulos de Cidadão Iguaçuano e Mes-quitense, e a Medalha Tira-dentes, a mais alta comenda da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Além de Élcio, professor no Seminário Equatorial em Belém, PA, e doutorando em Antropologia, casado com a educadora Olga, Deus deu ao Pastor e a Rachel

Comunicação da IB Ebenézer, SP

Entre os dias 1 e 4 de março, a Igreja Batis-ta Ebenézer, de São Paulo, levará um Car-

naval diferente a Pedro de Toledo, município do lito-ral Sul Paulista. A comitiva, composta por membros da Igreja e convidados levará a Palavra de Deus aos visi-tantes e moradores da região com uma programação que contará com evangelismo de rua, apresentações de teatro em praças e diversas atrações musicais para todas as ida-des, durante as festividades da cidade.

A cada ano, o projeto é realizado em parceria com a prefeitura local. O trabalha-

três filhas: Eline, que cursou Música no Seminário do Sul, e hoje já está na casa do Pai; Elen, formada em Biologia, professora e psicanalista, casada com Júlio; e Elis, ca-sada com Anderson, ambos designers gráficos. Os dois netos, Matheus e Gabrielle, completam a família amada e unida do Pastor Iomael.

Após estudar no Seminário do Sul, orador de sua turma na colação de grau, consa-grado ao ministério em 21 de outubro de 1961, na PIB de Três Rios, RJ, Pastor Iomael estudou Comunicação na UFRJ. Pastoreou efetivamente a 3a IB de Campo Grande, MS, e ainda lidera esta PIB de Mesquita. Interinamente aju-dou igrejas de Aquidauana (MS), Banco de Areia, Boas Novas, e Cosmorama. Ele tem servido a Deus e à deno-minação, como professor, es-critor, radialista, membro de juntas na Convenção Batista Brasileira e na Convenção Batista Fluminense. Duran-te seis anos foi presidente da AEDBRJ, a mais antiga instituição batista do Brasil, fundada em 1894.

Acima de tudo, entretanto, queremos afirmar e testemu-nhar de que Pastor Iomael é homem de Deus, dedicado ao ministério e a esta Igre-ja, que além de promover o culto gratulatório dos 50 anos na mesma Igreja, ho-menageia seu líder com esta publicação.

E toda honra e glória seja dada a Jesus Cristo, Salvador e Senhor nosso.

do é realizado há 17 anos. E para montar toda a estrutura, as cerca de 70 pessoas envol-vidas viajam por várias cida-des, promovendo um Carna-val diferente. O dinheiro da viagem é levantado durante todo o ano pela Igreja, por meio de ofertas específicas, e os voluntários missionários ficam hospedados em escolas cedidas pela prefeitura, du-rante três dias. E são nestes locais em que as atividades geralmente são realizadas.

Desde 1998, o Projeto IDE é realizado pela Igreja Batista Ebenézer em cumprimento à ordem de Jesus descrita em Mateus 28.19, que diz: “Por-tanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

Carnaval: a festa em Pedro de Toledo, este ano, será diferente

Pastor da Igr. Batista Ebenézer, Wagner Köhler, os missionários Expedito e Maria da Penha, e Ruth Cruz, diretora de Missões em Ebenézer

50 anos na mesma igreja

Pr. Iomael Sant Anna e sua esposa Rachel

Coro Louvarte e Pr. João Soares Fonseca, em participação no culto de 50 anos

Fotos: Jéssica Corrêa

11o jornal batista – domingo, 16/02/14missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

A Ucrânia tem apare-cido nos noticiários nos últimos meses por causa dos pro-

testos da população. Até o início de fevereiro, uma pos-sível resposta incisiva por parte do governo poderia ter prejudicado o avanço do evangelho no país e em ou-tras nações no Leste Europeu e Ásia Central. Apesar de al-gumas concessões por parte do governo, os ucranianos continuam protestando.

O país está no alvo das ora-ções de Missões Mundiais. Durante a Câmara Setorial de Missões na 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em João Pessoa/PB, o diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos B. Soares, pediu um mo-mento de oração pela Ucrânia.

O orientador estratégico para o Leste Europeu e mis-sionário em Portugal, Pr. Joed Venturini, pede que os crentes do Brasil coloquem um alerta de oração sobre a Ucrânia.

“A situação no país ain-da está muito tensa”, diz o Pr. Joed, que destaca que a Ucrânia é importante no processo para alcançar o Leste Europeu e ex-repúblicas soviéticas na Ásia Central.

“A Ucrânia tem mais de 100 mil batistas e é um país-chave na região. Temos 27 missioná-rios da terra, e as orações são urgentes”, destaca o Pr. Joed.

O Pr. Anatoliy Shimilikho-vskyy, missionário na cidade

de Lviv, conta que muitas pes-soas foram detidas apenas por estarem protestando nas ruas.

“Nós, como cristãos, sabe-mos que o palco de batalha não está na rua, mas nos lu-gares celestiais. Moisés sabia que precisava de um exército forte. Ele também sabia que a vitória vinha de Deus. As pessoas estão nas ruas e a igreja deve orar”, pede o Pr. Anatoliy.

O missionário pede oração por paz e estabilidade na Ucrânia, para que os polí-

ticos tomem decisões que levem bem-estar à nação. Ele também pede intercessão pela igreja, para que seja luz e sal para o povo, que perdeu a esperança na política, e também pela obra missioná-ria, para que a Ucrânia não se feche para outras nações.

“A Ucrânia está se tornan-do um país missionário. Peça ao Senhor para que os ucra-nianos tenham uma nação que contribua com o cresci-mento da obra missionária”, diz o Pr. Anatoliy.

Entenda os protestos na Ucrânia

Os protestos em Kiev co-meçaram no final de novem-bro de 2013, quando o pre-sidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, se recusou a assinar um acordo de livre--comércio com a União Eu-ropeia e assinou um com a Rússia.

O acordo com o bloco eu-ropeu é exigido pelos ma-nifestantes, que desde no-vembro de 2013 entraram em confronto com forças

policiais, orientadas pelo go-verno a reprimir com força, se necessário.

A Ucrânia fez parte da an-tiga União Soviética e desde sua independência, em 1991, sofre interferência da Rússia em assuntos internos. Essa intromissão dos russos foi criticada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, que ameaçaram a Ucrânia com sanções, situação com po-tencial para isolar o país e, assim, ser um obstáculo para o trabalho missionário.

A Ucrânia é um campo estratégico da JMM no Leste Europeu

Ucrânia: orar é preciso

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O projeto Bíblias para a Ásia, que já alcançou mais de meio milhão

de famílias, ganhou um grande incentivador aqui no Brasil: o Pr. Edgard Barreto Antunes, da PIB de Nova Iguaçu/RJ. Ele escreveu a Bíblia toda a mão e exibiu esse grande feito no estan-de de Missões Mundiais na Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em João Pessoa/PB, entre os dias 24 e 28 de janeiro.

O pastor contou que já leu a palavra de Deus 80 vezes e promoveu várias campa-nhas de incentivo à leitura bíblica em sua igreja; uma delas inclusive com direito à formatura e que alcançou 400 pessoas, entre elas não

crentes. Foi na madrugada do dia 11 de março de 2013 que o Pr. Edgard acordou de um sonho e decidiu come-çar a escrever a Bíblia toda a mão.

Ele se programou para concluir essa missão em um ano, escrevendo 80 capítu-los por dia. No entanto, aca-bou se empolgando, e em 10 meses já havia escrito todos os livros, de Gênesis a Apocalipse.

O pastor não espera reco-nhecimento por este feito, apenas quer ser incentiva-dor da leitura e distribuição da Bíblia.

“Um pastor norte-ameri-cano fez uma pesquisa nos Estados Unidos, que tem um universo de evangélicos muito maior que o nosso, e chegou a conclusão de que entre os pastores de lá ape-nas 13% havia lido a Bíblia

toda. Isso é preocupante. Eu não estou preocupado em aparecer. Só quero in-centivar outras pessoas a também lerem a Bíblia com frequência”, comentou.

Esta iniciativa servirá para muita gente não só ler, mas também doar bíblias. O Pr. Edgard espera que o projeto Bíblias para a Ásia ganhe impulso e chegue a outras regiões onde há dificulda-des para a distribuição da palavra de Deus, como é o caso de Cuba.

“Eu agradeço a Deus pela visão da Junta de Missões Mundiais. Se depender dos meus esforços e orações, esse projeto Bíblias para a Ásia ultrapassará fronteiras e levará bíblias a outros continentes. Precisamos mobilizar nossas igrejas a participarem desta grande missão”, conclui. Pr. Edgard Barreto quer incentivar a leitura e distribuição de bíblias

Pastor escreve toda a Bíblia a mão em 10 meses

12 o jornal batista – domingo, 16/02/14

Sandra NatividadeMembro do Conselho Editorial de OJB

Na última semana do mês de janei-ro, 24 a 28, no Espaço Gospel da

PIB de João Pessoa, PB, acon-teceu a 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. O local amplo se tornou um grande ajuntamento do povo de Deus chamado Batista, o fórum da família batista brasileira; a cidade do ex--presidente Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, com tempe-ratura elevada mostrava-se hospitaleira, mas, ao mesmo tempo, tímida em relação aos táxis para atender o ir e vir de tantos visitantes. A Convenção Batista Paraibana e em especial a PIB de João Pessoa, esta fundada em 19 de janeiro de 1914, come-morando nessa assembleia o seu centenário de fundação, foram as grandes anfitriãs da Assembleia Convencional.

TemáticaHá alguns anos acompanho

as assembleias convencionais de minha denominação, gosto de valorizar o corretamente sério e compromissado, é as-sim que vejo a denominação e sua equipe de executivos, notadamente nesses últimos anos a atuação do pastor Só-crates Oliveira sobre o qual pesa ilimitada responsabilida-de, portanto necessitando que orações lhe sejam carreadas. Este é o ano da família, não que os outros não o tenham sido, mas os batistas elegeram 2014 sob esta temática: Famí-lia, o ideal de Deus para o ser humano, e a divisa em Josué 24.15b “Eu e minha casa ser-viremos ao Senhor”, o tema e a divisa estão acompanhados de um dos mais belos hinos, 202 do HCC, - Ele é meu e teu Senhor, - letra que traz a memória o Salmo 145.20a, explicitando o cuidado de

Deus em preservar todos os que o amam.

OradorO orador oficial da 94ª

assembleia convencional foi um dos pastores brasileiros mais práticos que conheço, o pastor Elias Teodoro da Silva, da Igreja Batista Marambaia no Pará que ministrou na pri-meira noite sobre Família – O ideal de Deus para a huma-nidade. Da sessão inicial, 24 até a última, dia 28, os temas giraram em torno da família, dos cuidados e perigos que a cercam neste mundo globali-zado, preservar a família sob todos os aspectos é o ideal dos batistas brasileiros. A estatística do exercício ante-rior, 2013, apontava para um crescimento populacional da denominação, indicando naquela época um milhão e seiscentos mil batistas no país, urge que continuemos crescendo e mostrando ações práticas de um povo que faz diferença na sociedade con-temporânea.

AfluênciaA participação de mensa-

geiros nessa assembleia por

pouco, muito pouco mesmo não fecha dois mil mensa-geiros inscritos, mas a ob-servação no culto inspirativo da noite é que este número ultrapassava a marca dos quatro mil participantes, fato repetido todas as noites das assembleias tanto da UFMBB quanto da CBS. As institui-ções se fizeram presente em todo o tempo pastores, diáconos, músicos e educa-dores trabalharam incessan-temente nos dois dias que antecederam a instalação oficial da 94ª assembleia. As Câmaras Setoriais de Mis-sões, Educação Religiosa, Educação Teológica e Ação Social fizeram suas reuniões no Espaço Gospel e na PIB de João Pessoa. Todas as câmaras com diretoria cons-tituída tiveram significativo número de participantes, estes deram origem a pare-ceres e recomendações que foram apreciados e decidi-dos no grande plenário tudo num ambiente permeado por amor fraterno, compa-nheirismo e cuidado com o gerenciamento dos bens que o Senhor nos coloca nas mãos para administrar.

UFMBBHá quem diga que as mu-

lheres batistas representam no cômputo geral, pratica-mente 65% do todo, em sua 91ª assembleia, a cargo da União Feminina Missionária Batista do Brasil, dia 23 de ja-neiro, o Espaço Gospel ficou lotado, assim a assertiva se confirmou. A assembleia da UFMBB tem a mesma temá-tica da CBB, Família, o ideal de Deus para o ser humano. Essa assembleia elegeu sua nova diretoria para a gestão 2014/2015, tendo como pre-sidente uma irmã da Centro--Oeste, Eliane Melo Salgado de Moraes, DF.

Lugar de boas lembrançasSentada aguardando o iní-

cio dos trabalhos conven-cionais, vejo diante de mim o pavilhão nacional fixo a visão especificamente na bandeira da Paraíba, então passa rapidamente um filme em minha memória, a his-tória ventila lutas acirradas, embates e vitórias, o estado é um pouco berço da história do Brasil, pois foi dali mais precisamente do município de Umbuzeiro que nasceu

Epitácio Pessoa ex-presidente do país. Lembro-me do final da década de 1970, minha conversão ao evangelho de Cristo na PIB de Aracaju, pela instrumentalidade do orador visitante pastor Natanael Me-nezes Cruz, homem de Deus, sergipano do município de Capela, radicado em Per-nambuco onde lidera até os dias atuais a PIB de Jaboatão dos Guararapes. Vem-me a memória a década de 1980 e dois irmãos belos jovens paraibanos talhados pela sa-piência cristã que a convite do pastor da PIB de Aracaju, Jabes Nogueira, ministravam Séries de Conferências, e palestras para a juventude da igreja, seus nomes Estevam e Eli Fernandes de Oliveira, hoje pastores renomados, conferencistas reconhecidos não só em nosso país, mas comissionados pelo Senhor da seara instam e pregam a palavra de Deus ‘a tempo e afora de tempo’ no mundo. Vejo a composição da mesa convencional o presiden-te que dignifica a represen-tação batista pelo mundo, Luiz Roberto Silvado, e o dr. Lyncoln Pereira Araújo, res-ponsável bem recentemente pela ministração da palavra de Deus no centenário da PIB de Aracaju, este num momento de grandeza pediu exoneração do cargo de 1º vice-presidente da CBB para assumir, a convite, no Recife a reitoria do Seminário Te-ológico Batista do Norte do Brasil - STBNB, a oração dos batistas brasileiros é que o diácono Lyncoln consiga re-solver as pendências daquela casa, patrimônio dos batistas brasileiros.

A assembleia convencional além de ser o fórum privi-legiado de todos os batistas é um lugar de boas e inso-fismáveis recordações. Que Deus em sua infinita graça continue abençoando a de-nominação batista no Brasil.

João Pessoa, capital dos batistas brasileiros

Dr. Lyncoln Pereira Araújo, Pr. Luiz Roberto Silvado e Pr. Sócrates (da esquerda para direita)

Palavra do pastor Estevam Fernandes Plenário no Espaço Gospel em João Pessoa

notícias do brasil batista

13o jornal batista – domingo, 16/02/14notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralMembro do Conselho Editorial de OJB

Todas as vezes que cantamos o hino ofi-cial da 94ª assembleia da Convenção Batista

Brasileira intitulado “Ele é meu e teu Senhor”, uma emo-ção terna e saudosa inundava meu coração. O hino era um dos preferidos do Pastor Wal-demiro Tynchack. Creio que os mais próximos do sempre lembrado Pastor sentiram os mesmos sentimentos.

Notável foi também o cul-to em frente o monumento dedicado ao Almirante Ta-mandaré, Joaquim Marques Lisboa, com a participação de representantes de todas as igrejas batistas do Brasil. Na ocasião, pregou o Pastor Eli Fernandes de Oliveira, líder batista e figura impor-tante nas instituições batistas. Aconteceu naquele encontro o batismo de mais de cem convertidos com a coope-ração de grande número de pastores. Um detalhe: nem todos os que foram batizados sabem o nome do Pastor que o batizou. Uma pena.

Um momento maravilhoso foi, mais uma vez, encontrar o Guilherme Brandão, 12 anos, filho do Pastor Fernando Bran-dão e de Márcia Aparecida. Há alguns anos ele participa no “stand” da Junta de Mis-sões Mundiais e coopera de forma integral com os seus representantes. Desta vez ele chegou ao Hotel onde estava hospedado, um pouco aba-tido, e o pai lhe perguntou: “Guilherme, o que lhe acon-teceu?”. Ele respondeu: “Estou um pouco frustrado por que fiz um alvo de vender trinta camisas e só alcancei 27”. E indagou ao pai: “O senhor não quer comprar as três que faltam?” Na sessão de encerra-mento, por ocasião da “Noite Missionária”, em que as duas Juntas comemoraram juntas, foi ele quem fez a oração inicial.

Conheci a galeria Gamela, que entre outras definições pode ser uma pequena corça. Sua coordenadora é Roseli Garcia esposa de Altemir Gar-cia. Muito me impressionou os seus conhecimentos sobre os artistas plásticos da Paraí-ba. Atuando como marchand, há mais de trinta anos, ela desfruta de grande relaciona-mento com os intelectuais e artistas de João Pessoa. Flávio Tavares, nome conhecido na Paraíba, no Brasil e no mun-do, quando faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 2006,

a incumbiu de conduzir a solenidade de lançamento das cinzas que lhe restou da cremação de seu corpo, numa das praias locais. Tal solicita-ção foi a prova de sua confia-bilidade. Sua Gamela nasceu em 1980. Em mais de trinta anos a galeria realizou expo-sições de pinturas, desenhos, esculturas, fotografias, lança-mento de livros e cursos de história da arte. Roseli e Alte-mir são ovelhas do Pastor Es-tevam Fernandes de Oliveira. Uma jornalista a definiu em três palavras: “Uma mulher dedicada à cultura, à família e à fé”. Quem com ela conversa guarda no coração a imagem de uma lídima representante das artes a que se consagrou. Conhecê-la foi um dos bons momentos passados em João Pessoa, PB.

Acompanhei pela imprensa local as notícias sobre a 94ª assembleia da Convenção Batista Brasileira, na cidade de João Pessoa, dentro das comemorações do 100º ani-versário da Primeira Igreja Batista da Paraíba, organi-zada em 19 de janeiro de 1914, na Capital paraibana, cujo primeiro pastor foi João Borges da Rocha. O Pastor Estevam Fernandes é seu Pastor há muitos anos. Ele desfruta de grande conceito naquela Capital e naque-le Estado. Na noite do ser-mão oficial, quando pregou o Pastor Elias Teodoro da Silva, a Convenção recebeu o Governador do Estado e seus auxiliares; o Arcebispo de João Pessoa e outras gra-das autoridades. Foi, talvez, uma das assembleias em que esteve presente grande nú-mero de autoridades e pela primeira vez um dignitário da Igreja Católica. Maior foi a de 1989, em Brasília, quan-do até José Sarney, então Presidente, compareceu. Tal gesto foi em função da esti-ma que desfruta na cidade o Pastor Estevam Fernandes. Ele mantém, há mais de dez anos, coluna dominical no “Correio da Paraíba” e na edição de 26 de janeiro de 2014 o título da mesma foi “Deus e a Liberdade”.

Conheci o templo da Pri-meira Igreja Batista da Para-íba. Conheci a Galeria dos Pastores da Igreja. Lá estão os seus retratos. Cito alguns: João Borges da Rocha, Char-les William Dickson, Firmino Silva, Merval Rosa, Tomaz José de Aguiar Munguba. O Pastor Firmino Silva foi eleito Deputado Estadual, em duas legislaturas e foi também Presidente da Assembleia

Legislativa do Estado. No ministério do Pastor Firmino Silva a Igreja construiu o belo templo lá existente. No mi-nistério de seu atual Pastor, Estevam Fernandes de Olivei-ra, a Igreja construiu o cha-mado “Espaço Gospel”, onde foi realizada a 94ª Assem-bleia da Convenção. Tudo funcionou bem de forma que os convencionais tiveram uma excelente recepção. As centenas de voluntários da Igreja cumpriram de forma airosa sua incumbência. Foi, enfim, uma grande Assem-bleia. A primeira e até então única em terras paraibanas. Nossos aplausos!

Visitei a sede da Academia de Letras da Paraíba e vi que ela está num espaço consen-tâneo com sua dignidade. Quando lá cheguei não en-contrei, no primeiro momen-to, o funcionário responsável. Antes de encerrar a visita ele apareceu. Um espaço onde os móveis são adequados à antiga casa onde ela está ins-talada. Na área externa, em colunas individuais, o perfil dos maiores escritores da Paraíba desde o século XIX, mencionados aleatoriamente: Augusto dos Anjos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo e mais e mais outros. Fui presenteado pela funcio-nária Marilene Motta, com um exemplar da “Revista da Academia Paraibana de Letras” e fui agraciado com o livro, “Ausência do Tempo”, de Damião Cavalcanti, atual Presidente daquele sodalício.

Conheci Sandra Maria Na-tividade em Belo Horizonte, MG, em 2004. Completou, neste janeiro de 2014, dez anos de convívio esporádico e agradável. Através de seus livros, que já são três, aprecio seu prazer de contar história. O primeiro foi “A Saga dos Pioneiros Batistas em Sergi-pe”, 1913/2003, publicado em 2007; “A Luz Brilhou na Terra dos Cajueiros: Panorama Histórico dos Batistas em Ser-gipe”, 1913/2013, publicado em 2013 e “O Esplendor da Caminhada, Síntese Histórica da Primeira Igreja Batista de Sergipe”, 1913/2013, publica-do em 2013, em parceria com a Professora Lourdes Profírio. Sandra Natividade é membro dos Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas de Sergipe, mem-bro da Associação Sergipana de Imprensa e membro do Conselho Editorial d’O Jornal Batista. Sua ação jornalística no meio batista e evangélico é reconhecida.

Nuances da 94a Assembleia da Convenção

Batista Brasileira Cerca de 15mil acompanharam o

batismo de mais de 100 pessoas na praia

Pr. Fernando Brandão realizando batismo

Pr. Estevam Fernandes, Pr. Reginaldo e Pr. Fernando Brandão orientado os irmãos para o batismo

Pr. Estevam Fernandes realizando batistmo

Pastores e batizados após a celebração

14 o jornal batista – domingo, 16/02/14 ponto de vista

Silvia NogueiraPastora há 15 anos

“Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (I Co 1.1-3).

Quando teólogos e líderes cristãos debatem sobre qualquer tema

que envolve as mulheres é perceptível um duplo discur-so. Não me refiro à saudável oposição de ideias, nem a dificuldade comum de gerar consensos que os temas de nossos interesses costumam produzir. Falo de um duplo discurso que ora glória, ora avilta as mulheres, depen-dendo de qual perspectiva o sujeito está tratando. As mulheres são importantes para a manutenção da espécie humana, para a criação dos filhos e suporte da família; são dignas do plano divino de redenção e são admiráveis por servirem ao Senhor tão contundentemente em igrejas e campos missionários. São importantes, salvas e dignas, mas... até certo ponto. Mulhe-res não podem ser pastoras!?

Quem traçou a linha (e ainda traça) que separa para quais “coisas” as mulheres são dignas, ou capazes de ser e fazer? Quem traçou no ambiente da religião cristã e, mais particularmente, en-tre os batistas? O poder de “traçar” uma linha de interdi-ção às mulheres está em um “outro”, não nas mãos das próprias mulheres. O “outro” tem a favor de si um “poder outorgado por outros”, pela tradição, pela influência e, às vezes, pelo dinheiro. Este poder de interditar não foi conferido por Deus, é claro, e, por isso, ele pode e deve ser contestado. Mesmo para os crentes mais piedosos, é fácil perceber que os as-suntos relativos à fé e ao Sagrado são, na maioria das vezes, tratados também em instâncias humanas, determi-nadas pela vontade humana (At 15.28 entre outros). Essa leitura correta e madura da

realidade religiosa nos ajuda a “testar os oráculos” e seus porta-vozes. Se parecer para nós que algo sempre foi as-sim, não significa que deva-mos acreditar que continuará sempre assim. É preciso dis-cernir o poder.

A escravidão, por exem-plo, foi por um longo tempo entendida como “natural”, arraigada no imaginário cole-tivo e legitimada pela religião cristã. Os contextos bíbli-cos em que ela aparece e, a sua utilização pelos próprios judeus, não conseguiram obscurecer o pressuposto da liberdade humana como um ideal divino. A execração pública da escravidão, então, dependeu de um conjunto de iniciativas, novas leituras bíblicas e muita coragem para enfrentar o instituído tanto na mente do senhor de escravos quanto na mente do próprio escravo. No Brasil, os abolicionistas eram co-nhecidos como liberais que ameaçavam a hierarquia da sociedade e os valores da família branca e burguesa. Os ânimos dos prós e contras eram inflamados.

O argumento de matriz filosófico e teológico mais difícil de ser vencido pelos abolicionistas não era o de saber se negros tinham alma ou não, mas a convicção internalizada de que Deus

havia criado os negros in-feriores ao homem branco. Eram úteis, capazes de mui-tos sentimentos valorosos, dignos de realizar inúmeras tarefas, mas nunca pode-riam se colocar em situação de liderança sobre nenhum homem branco. Hoje, qual-quer cristão pode afirmar sem medo, também como algo “natural”, que escravizar um outro ser humano, por causa da cor de sua pele, ofende a criatura e o Criador. Levamos muito tempo para entender que o Senhor é deles e nosso.

2014 poderá ser lembrado como o final de uma longa e perversa resistência a um pressuposto paulino básico para sua teologia da igreja cristã: o ministério na igreja deve ser exercido por aque-les e aquelas que receberam um dom do Espírito Santo com o único objetivo de ser-vir à Igreja de Jesus Cristo nas suas múltiplas neces-sidades (I Co 12.13,18). O ministério pastoral é um dos muitos ministérios da igreja que devem ser ocupados por pessoas vocacionadas, que receberam um dom, cujo propósito é servir e edificar. Ser pastor ou pastora está, portanto, diretamente rela-cionado com a compreensão de vocação, de recebimento do dom espiritual. A Bíblia diz que o Espírito Santo con-

fere os dons, qualquer um deles, a quem Ele quer, se-guindo uma agenda divina própria, incorruptível com os desejos e determinações humanas (I Co 2.12 e ss). Há muitos exemplos bíblicos de como Deus age subvertendo ordens, teologias, religiosi-dades e moralidades da so-ciedade. Esse agir de Deus é, este sim, supracultural. Uma espécie de idiossincrasia divi-na: trabalhar com aquilo que não pode ser e fazê-lo ser (I Co 1 e 2).

Se para Paulo, apóstolo aos gentios, a igreja é um corpo vivo pela ação do Espírito Santo e através do serviço de homens e mulheres vo-cacionados para variados ministérios, o impedimento ocorrido até agora para a rea-lização tranquila de concílios para exame de mulheres ao ministério da Palavra e suas filiações à agremiação de pastores batistas poderia ser considerado um sério despre-zo a forma de agir do próprio Deus ou, quem sabe, ainda, a colocação de determinações e acordos culturais acima da “loucura do Evangelho”.

Nesses 15 anos de existên-cia formal de pastoras em nos-sa querida denominação, tudo foi muito duro. Foi muito di-fícil ler e ouvir, por exemplo, alguns líderes nos chamando de apóstatas, homossexuais,

dissensoras, destruidoras dos valores da família, corruptoras do evangelho, entre outras palavras malditas. Eu não me reconhecia e nem as minhas companheiras de ministério em nenhuma dessas palavras. Amo Jesus Cristo e amo sua Igreja. Por vocação, sirvo a Ele e a igreja. Por convicção, sou batista e respeito mi-nha denominação. Não me reconheço, nem as minhas colegas, em nada que nos ofenderam e nem no desejo de divisão. Pelo contrário, nós, mais do que ninguém, sabemos que “o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4,12). E para aqueles que ainda desejam “cartas de recomendação”, é preciso dizer que o Espírito Santo e a igreja de Jesus são a nossa carta de recomen-dação.

A decisão da OPBB, por-tanto, chega atrasada no time de Deus, mas chega. Mas ela ainda pode inaugurar um tempo de reconhecimento e visibilidade institucional às muitas pastoras batistas bra-sileiras, pastoreando igrejas, e as muitas mais que virão. Nossos colegas podem nos ajudar a superar o tempo “duro”; afirmando com a serenidade paulina que o Senhor é deles e nosso.

www.pastorasilvianoguei-ra.blogspot.com

15o jornal batista – domingo, 16/02/14ponto de vista

Queridos amigos e irmãos em Cris-to, é com muita alegria que lhes

informo, que criamos o nos-so Departamento de Arte, Cultura, Esporte e Lazer para a nossa Convenção Batista Brasileira. Agora podere-mos representar os nossos artistas e atletas em proje-tos, que nos levarão a uma melhor compreensão de alguns assuntos que preci-sam ser abordados em nossa sociedade; e assim, juntos poderemos ser instrumentos de edificação para o corpo de Cristo. Não precisamos dizer que, a arte e o esporte são armas poderosas para mobilizar as massas.

Eu tenho sonhado com dias em que poderemos ter opções de canais de televi-

Paulo Christiano Mainhard

Andava eu na casa dos meus 14 anos, em 1953, quan-do papai, o Pastor

Paulo Mainhard, se transfe-riu, por razões de saúde, da Igreja Batista de Miradouro (MG), para a pequena Igreja Batista de Arraial do Cabo (RJ), à época com cerca de 70 membros, abrigada num templo cuja capacidade não chegava a 100 pessoas.

Arraial do Cabo era lite-ralmente uma vila de pesca-dores, cercada por magnífi-cas praias, distrito da cidade de Cabo Frio, que à época despontava para o universo do turismo, enquanto Ar-raial assistia à construção da Companhia Nacional de Álcalis, estatal que explorava a barrilha e que alavancou o desenvolvimento da vila, per-mitindo, anos depois (1985), a criação do hoje município de Arraial do Cabo.

Papai não era o que se pode denominar de um

são, com novelas, filmes, desenhos animados e pro-duções que relatem a vida como ela é, mas que edu-quem as pessoas sobre a realidade da existência de Deus; e de que fomos feitos por Ele e para Ele. E a Ele deve ser toda a glória! So-nho com a possibilidade de poder ter times de futebol e outros esportes, constituído de atletas que possam nas-cer dos nossos programas esportivos.

Não suporto viver com a realidade de que muito dos grandes artistas e atletas de todo o mundo, passaram pelas nossas igrejas ou por

pastor-intelectual, embora possuísse sólida formação geral e teológica. Mas era um visionário, que tinha a mania de construir e desenvolver igrejas. Por onde passava construía templos, casas pas-torais e escolas. Fora assim em Resplendor (MG), em Monte das Oliveiras (MG) e em Miradouro (MG). Sem falar no seu afã de plantar novas igrejas e desenvolver aquelas que ficavam sob o seu pastorado.

Seu ministério em Arraial do Cabo, embora não tenha sido muito longo (menos de 12 anos), foi marcado por 3 grandes ações: 1) Ao deixar o seu pastorado, a Igreja, hoje PIB de Arraial do Cabo, con-tava cerca de 400 membros; 2) Levou a igreja a adquirir um terreno em área estraté-gica, no centro da cidade, onde foi construído um novo templo, com capacidade para cerca de 400 pessoas (ainda hoje existente). Posterior-mente a Igreja comprou outro terreno, junto do primeiro,

outras denominações evan-gélicas, e que não se firma-ram na fé. O que me leva a perguntar, porque os artistas e atletas saem das nossas igrejas e perdem o compro-misso com Deus?

Em convívio com os ameri-canos por 20 anos, pude per-correr os Estados Unidos de norte a sul e de leste a oeste; pude confirmar a questão do mal aproveitamento dos artistas e atletas. Precisamos investir em uma geração de artistas e atletas que não tra-gam somente o resto de uma vida para o corpo de Cristo, mas precisamos de um povo que tenha uma formação

e projetou um novo templo que, em construções suces-sivas, deu lugar a um templo maior, inicialmente, e, mais tarde, ao imponente e magní-fico templo que hoje, muito bem aparelhado, abriga a igreja que conta com cerca de 800 membros. Ao mesmo tempo o pequeno e velho templo era transformado em casa pastoral; 3) Levou a Igre-ja de Arraial do Cabo a abrir um Ponto de Pregação na cidade de Cabo Frio, trabalho que cresceu, transformou-se em Congregação (1959) e em Igreja, em 21 de abril de 1962, portanto há 51 anos. Hoje a PIB de Cabo Frio é uma igreja próspera, com belíssimo templo e boa casa pastoral, estes projetados sob a liderança do Pastor Paulo Mainhard. E, o que é mais importante, a Denominação que não tinha nenhum tra-balho em Cabo Frio até o fim da década de 50, possui hoje na cidade cerca de 25 igrejas batistas, fruto do trabalho do visionário Paulo Mainhard.

teológica de base, para que possam aproveitar a vida de uma forma saudável.

Teatros e campos de fu-tebol se transformarão em plataformas onde artistas e atletas possam atuar como mensageiros de Deus, viven-do a responsabilidade de ser sal e luz.

Vamos à prática:1. Ore por pessoas dis-

postas a servir como missio-nários nas áreas de artes e esportes. Com ou sem for-mação acadêmica.

2. Esteja disposto a inves-tir nessas vidas, precisamos motivá-los a uma educação saudável, em escolas com cursos profissionalizante e projetos especiais de for-mação.

3. Seja um promotor de arte e cultura, esporte e la-zer da CBB. Para isso, basta entrar em contato via e-mail ([email protected]), e diga de que maneira gosta-ria de ajudar. Precisamos de olheiros, pessoas que conhe-çam artistas e atletas dentro da sua igreja. Perguntem se ele ou ela aceitariam se en-volver mais na obra de Deus. Avise ao seu pastor sobre

A PIB de Cabo Frio, filha da PIB de Arraial do Cabo (hoje com 90 anos), é uma igreja com expressiva ação evangelística e mantenedora de um Seminário Teológi-co que forma líderes para a Denominação, além de possuir vasto trabalho de comunicação na mídia. É hoje liderada pelo Pastor Roberto da Silva Carvalho, que dirige, ainda, o Semi-nário Teológico da Região dos Lagos.

A PIB de Arraial do Cabo é hoje uma igreja de grande expressão na cidade e no Es-tado do Rio de Janeiro, exer-cendo importante liderança no município.

Ao longo dos seus 90 anos foi conduzida pelos pastores 1) José Silveira (1927); 2) Honório de Souza (1928); 3) Antonio Valadares (ex-padre) (1938 a 1946); 4) Alberto Araújo (1946 a 1947); 5) Arsênio Gonçalves (1948 a 1953); 6) Paulo Mainhard (1953 a 1964); 7) Osvaldo Viana da Silva (1965 a 1969);

essas pessoas, pois precisa-mos que nossos voluntários tenham acompanhamento pastoral e cobertura espiri-tual da sua Igreja.

Gostaríamos de ouvir de você. Por favor nos ajude respondendo as questões abaixo: (envie suas respostas para o e-mail abaixo)

A. Na sua opinião, por que artistas e atletas saem das nossas igrejas e abandonam a comunhão com Cristo?

B. Como tem sido o de-sempenho dos artistas e atle-tas que permanecem nas nossas igrejas?

Estamos abertos para mi-nistrar simpósios de arte e cultura, esporte e lazer em sua associação e Igrejas.

Em Cristo,Roberto Maranhã[email protected](11) 9498.07808 TimDiretor de Arte, Cultural,

Esporte e Lazer da Conven-ção Batista Brasileira, Diretor de Arte, Cultura e Lazer da Associação Centro da Capi-tal-SP, missionário da JMM, Director executivo da Outre-ach Academy International.

8) Elias Gomes Vidal (1970); 9) Josué Garcia Cerqueira (1970 a 1977); 10) Isaac da Costa Moreira (1978 a 1981); 11) Dilmo Pereira de Castro (1982 a 1986); 12) Aure-nir Pereira Carneiro (1987 a 1988 e de 1993 a 1994); 13) Arides Martins da Rocha (1988); 14) Washington Ro-berto do Nascimento (1988 a 1992); 15) Manoel Dias de Oliveira (1994 a 1998); e 16) Vanderlei Batista Marins (1998 a 1999). Desde 22 de dezembro de 1999 a igreja é liderada pelo Pastor José Guilherme de Souza Silva (portanto há quase 14 anos), auxiliado, desde 2005, pelo Pastor José das Neves Oli-veira.

Não tenho os nomes de todos os pastores que lide-raram a igreja de Cabo Frio (51 anos), mas louvo a Deus porque foram servos fiéis e sábios que conduziram a igreja com dedicação e inteligência, disseminando o Evangelho na belíssima Região dos Lagos.

“Agora poderemos representar os nossos artistas e atletas”

Reminiscências de uma igreja em movimento