família por famílias - cartilha

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Programa Família Por Familias Igreja Adventista do Sétimo Dia

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Page 1: Família por Famílias - Cartilha
Page 2: Família por Famílias - Cartilha

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Page 3: Família por Famílias - Cartilha

Um Futuro com EsperançaEsperança… a força do futuro,A água e o pão dos entes tão queridos,a paz, o sonho que irradia,a luz que vence o escuro, no tenebroso caos,o céu de cada dia.

Esperança... um bálsamo tão precioso,pendão imáculo, puro, seguro,alvorada de ensino,na excelsa fronte tão radiosa,um ósculo tão fugaz,um gesto tão maduro.

Esperança... um novo e santo alento,compasso da existência,rútilo e fascinante, a voz do Eterno e Santo, um facho alcandorado,um gesto tão gigante.

Esperança... mensagens do evangelho, pétalas de vida, cheia de flores,berço da verdade, porque Deus promete, graça e perdão,aos humildes pecadores.

Pr. Jair G. Gois

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Page 4: Família por Famílias - Cartilha

Nunca mais diga: “não posso”, porque podemos tudo “...naquEle que nos fortalece.” (Fili-penses 4:19) Nunca mais diga: “não tenho”, porque Deus “...segundo a riqueza de Sua glória” é quem “supre cada uma de nossas necessidades.” (Filipenses 4:19) Nunca mais diga: “tenho medo”, porque “Deus não nos tem dado espiríto de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (II Timóteo 1:7) Nunca mais diga: “não tenho fé”, porque nós temos “a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12:3) Nunca mais diga: “sou fraco”, porque o Senhor se declara “nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” (Salmo 46:1) Nunca mais diga: “estou derrotado”, porque “Deus em Cristo nos conduz em triunfo.” (II Coríntios 2:14) Nunca mais diga: “me falta sabedoria”, porque somos aconselhados, “se algum de vós neces-sita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tiago 1:5) Nunca mais diga: “sou doente”, porque “...pelas suas pisaduras fomos sarados e Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.” (Isaías 53:5 e Mateus 8:17) Nunca mais diga: “estou preocupado e ansioso”, porque “...devemos lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós.” (I Pedro 5:7) Nunca mais diga: “estou aprisionado”, porque “...onde está o Espiríto do Senhor, aí há liber-dade.” (II Coríntios 3: 17) Nunca mais diga: “estou condenado”, porque “...já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8:1)

Parabéns! Vocês estão iniciando mais uma jornada de oração intercessória em família.

Ao final da mesma, faça planos para levar a família por quem estão intercedendo para assistir a semana do calvário em sua igreja.

Aproveite também o período da jornada para dedicar mais tempo em oração por sua família e por seu casamento. “Permanecer casado é concordar com Deus” e além disso, a família é o nosso maior patrimônio. Que o Senhor continue abençoando nossas famílias para que tenhamos um futuro com espe-rança.

Pr. Helder Roger Cavalcanti SilvaPresidente da União Centro Oeste Brasileira.

O que Não devemos dizer

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1. Você é resiliente?..................................................................................................................062. O amor merece uma segunda chance..................................................................................073. Cuidado com ele!.................................................................................................................08 4. A dimensão transcendente do casamento............................................................................09 5. A arte perdida......................................................................................................................106. A falta de comunicação na família.........................................................................................117. Casamento é bom................................................................................................................128. Não temas!...........................................................................................................................139. Nossas flechas......................................................................................................................1410. O jogo não acabou.............................................................................................................1511. O ponto vital......................................................................................................................1612. O valor do elogio...............................................................................................................1713. Um bom remédio..............................................................................................................1814. Um Caso............................................................................................................................1915. Quem é o nosso dono?......................................................................................................2016. Quem é seu real inimigo?...................................................................................................2117. A hora do balanço (I PARTE)............................................................................................2218. A hora do balanço (II PARTE)............................................................................................2319. A maior conquista (I PARTE)............................................................................................2420. A maior conquista (II PARTE)............................................................................................2521. A Tampa da caixa de Deus para a Família .........................................................................2622. Acendendo a chama (I PARTE)..........................................................................................2723. Acendendo a chama (II PARTE).........................................................................................2824. Como lidar com a frustração? (I PARTE)............................................................................2925. Como lidar com a frustração? (II PARTE)...........................................................................3026. Deus tem um sonho..........................................................................................................3127. Eles e elas com seus problemas.........................................................................................3228. O temor do senhor (I PARTE)...........................................................................................3329. O temor do senhor (II PARTE)..........................................................................................3430. Recuperando o primeiro amor (I PARTE)..........................................................................3531. Recuperando o primeiro amor (II PARTE).........................................................................3632. Removendo os espinhos (I PARTE)....................................................................................3733. Removendo os espinhos (II PARTE)...................................................................................3834. Tirando a máscara (I PARTE).............................................................................................3935. Tirando a máscara (II PARTE)............................................................................................4036. Será que Deus é o culpado?..............................................................................................41

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Page 6: Família por Famílias - Cartilha

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Você é resiliente?

Resiliência é um termo da física que define a propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo é devolvida quando cessa uma tensão causadora, como um elástico, que depois de repuxado volta a sua forma original sem sofrer dano. A definição de resiliência na psicologia está ligada à capacidade de cada indivíduo para enfrentar, vencer e sair fortalecido ou transformado após uma forte experiência de adversidade. As primeiras pesquisas em torno desse tema trataram principalmente a identificação dos fa-tores e as características de pessoas que viveram em condições adversas e foram capazes de superá-las. Temos como exemplo: um filho é assassinado por um motorista bêbado e sua mãe inicia uma campanha para deter os motoristas bêbados e consegue mudar a lei de um país; um jovem contrai HIV e se dedica a apoiar outros com o mesmo problema. Em suma, resiliência é a habilidade para sair da adversidade, readaptar-se, recuperar-se e ter novamente acesso a uma vida significativa e produtiva. Nesse estudo também observou-se que todos os sujeitos que adotaram uma postura resiliente tinham pelo menos uma pessoa que os aceitava de forma incondicional, independentemente de seu temperamento, aspecto físico ou inteligência. Necessitavam contar com alguém e, ao mesmo tempo, sentir que seus esforços, sua competência e valor próprio eram reconhecidos e fomentados. Todos os estudos realizados no mundo sobre vítimas de desgraças comprovaram que a dor foi superada por causa de uma reação carinhosa e íntima com alguém. Ou seja, a existência ou não de resiliência dependia da interação do indivíduo com seu entorno humano. A Bíblia nos oferece no livro de Rute dois lindos testemunhos de resiliência. A nar-rativa começa de maneira sombria. A escassez de alimentos tinha forçado uma família a sair da cidade de Belém a fim de refugiar-se no território de Moabe. Após a morte do chefe da casa e dos seus dois filhos, ficaram três viúvas que precisavam decidir o que fazer da vida. Noemi, a sogra, resolve voltar sozinha para Belém, e com essa intenção despede-se de suas duas noras, Rute e Orfa. Rute, no entanto, apega-se a Noemi, e faz uma das mais lindas declarações de amor relatadas na Bíblia: “Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” (Rute 1: 16 e 17). Essa relação carinhosa e íntima fez com que nora e sogra superassem a maior adversidade da vida. No final, Deus, que está sempre disposto a manifestar sua abundante graça para reverter as circunstâncias, recompensou a sogra e a nora dando-lhes não só uma nova vida produtiva, mas, sobre tudo, mais significativa. É importante concluir chamando a atenção para o papel que desempenha a relação familiar na formação resiliente de cada indivíduo, assim como lembrar o papel do culto nesse processo. É no culto que nasce a confiança em Deus, e essa confiança é o mais forte pilar da resiliência. Agora peça que um dos membros da família relembre um momento em que foi resiliente e depois justifique o que o levou a adotar esse comportamento.

Sábado - 28 de Fevereiro de 2009

Page 7: Família por Famílias - Cartilha

O amor merece uma segunda chance

Quando aquela irmã me disse que estava decidida a separar-se do esposo, perguntei: por quê? Ela, economizando palavras, disse-me: Eu não o amo mais. Diante de tamanha convicção eu fiquei sem argumento. Existem palavras fortes o suficiente para influenciar uma pessoa a mudar de atitude. Mas, existem palavras capazes de reverter sentimentos? Depois de tomar conhecimento do fato minha esposa ouviu-me dizer: eu gostaria de convencê-la de que está enganada. Sem muita cerimônia, minha esposa apontando para um antigo quadro de giz que estava na parede do meu escritório sugeriu: desenhe uma árvore. Não me julgo desenhista, no entanto, desenhar uma árvore não requer tanto talento. Quando completei a tarefa, ela novamente pediu: dê nome aos galhos. Confesso que não en-tendi até que ela me disse: Essa árvore representa o casamento da irmã, sugiro que você des-cubra o que está por trás da afirmação dela. Perguntei: como? Ela pediu-me: dê nome a alguns galhos da árvore que você desenhou. Quando eu julguei que minha tarefa estava concluída ela fez novamente um pedido, que cortasse agora quatro galhos dessa árvore. Obedeci, eu queria saber onde minha esposa pretendia chegar. Por algum motivo que eu agora não recordo, cortei os galhos da fidelidade, confiança, comunicação e perdão. Então ela no-vamente me surpreendeu com a seguinte pergunta: a árvore está morta? Respondi: não. - Por que não? Porque ela tem outros galhos e, além disso, ainda tem tronco e raiz, foi a minha resposta. Minha esposa, com ar de satisfeita, perguntou com intenção de afirmar: você não acha que é muita precipitação declarar que uma árvore está morta só porque lhe faltam alguns galhos? Enquanto eu pensava, ela perguntou outra vez: você me entendeu? Sim, respondi meio inseguro. Ela percebeu minha insegurança, e me desafiou: descubra quantos galhos foram cor-tados da árvore do casamento dessa irmã e depois trabalhe nesses pontos. Olhei para os galhos que eu havia cortado e conclui: se minha esposa estiver certa essa irmã tem um laudo falso, ela julga que seu casamento está morto quando ele apenas está ferido. Muitos casais fazem isso, e acabam realmente matando o casamento. Pensam que não amam mais só porque não sabem lidar com alguns problemas que surgem. No outro dia bem cedo fui visitar a irmã. Minha primeira pergunta foi: por que a senhora não ama mais o seu esposo? Ela baixando a cabeça, deixou cair algumas lágrimas, e afirmou: eu não confio mais nele. Lancei a segunda pergunta. Por que não confia mais nele? Ela confessou: ele me traiu. Fiz então a terceira pergunta: Já conversaram honestamente sobre as implicações desse fato? Ela respondeu: todas as nossas tentativas resultaram em discussão. Resolvi conversar com o esposo. Ele estava arrependido e não queria separar-se, além disso, ele não era um reincidente. Sob a supervisão de minha esposa comecei a trabalhar os pontos frágeis desse casal. Hoje, 17 anos depois, eles continuam casados e felizes. O amor recebeu uma segunda chance. Pode ser que você conheça algum casal que está convivendo com a infeliz idéia de separação. O que vocês farão para ajudá-los?

Lembre-se: Jesus pode salvar qualquer casamento se o casal aceitar as sugestões de sua Palavra e nele confiar. Nunca é demais dar mais uma chance para o amor. Agora, abrace os membros de sua família e eleja um deles para ser o alvo de suas orações ao longo desse dia.

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Domingo - 01 de Março de 2009

Page 8: Família por Famílias - Cartilha

Cuidado com ele!

Naquela convenção Satanás reuniu todos os seus anjos e falou: “Escutem bem, meus demônios! Devemos mudar nossa tática se quisermos destruir os cristãos de hoje. Deixem-nos pensar que estão salvos enquanto controlamos o tempo deles, e eles serão tão nossos quanto àqueles que nunca ouviram falar do evangelho.” Um demônio curioso resolveu perguntar: “E como va-mos fazer isso?” Satanás prosseguiu: “Vamos mantê-los ocupados com coisas fúteis e inventar um cem número de esquemas para ocupar a mente deles. Vamos incentivá-los a gastar, e então trabalhar muito para poderem pagar as contas. Vamos inundar a caixa de correios deles com catálogos com ofertas tentadoras. A seguir, para que tenham como comprar, lhes encamin-haremos ofertas irrecusáveis de cartões de crédito. Vamos ensinar-lhes que a felicidade vem das coisas, e vamos aparentar que é necessário que a esposa trabalhe fora. Vamos dizer-lhes que essa é a única saída, se quiserem manter o padrão social da família. Colocaremos, então, as esposas para trabalharem no emprego e em casa, de modo que elas não tenham mais energia para seus maridos e filhos. Vamos estimular a mente deles para que não consigam ouvir Jesus lhes falando à consciência. Bombardearemos seus sentidos com músicas, tocando nas casas, no trabalho, e nas lojas. Certifiquem-se de que notícias ruins cheguem a eles onde quer que estejam. Para isso, usem jornais, revistas, rádios, TV e a internet em todas as horas do dia. Cor-romperemos a estrutura moral de seus casamentos e também dos jovens, colocando imagens sensuais que provoquem pensamentos impuros em cartazes, filmes, jornais, capas de revistas, e é claro, na televisão e na internet. Usemos os programas de TV para que bem ali, na sala de estar deles, haja um desfile dos mais diversos tipos de violência. Faremos com que se alegrem com os mais sórdidos detalhes do comportamento humano, até que comecem a ver o mal apenas como uma conseqüência do cotidiano. Se eles conseguirem evitar essas armadilhas, usemos suas próprias igrejas contra eles. Vamos dar-lhes muitos serviços, muitas responsabili-dades e problemas para resolver; com isso, o tempo será consumido em ‘boas abras’. Quando eles tiverem reuniões de comissão, vamos instigá-los a se envolverem com fofocas e conversas supérfluas, de modo que estejam sempre com a consciência pesada, e as emoções perturba-das. Promovamos crise após crise na igreja deles para que estejam sempre tão ocupados apa-gando incêndios, que não tenham tempo de avivar a chama do evangelho no próprio coração. O tempo é a nossa arma mais poderosa e nosso melhor aliado, meus companheiros! Vamos usá-lo sabiamente e deixá-los dormir em seus equívocos por mais um pouco. Depois disso, tanto o mundo como a igreja serão nossos e teremos conquistado uma vitória eterna!”- Depois desse discurso, com as mãos erguidas, Satanás conclama seus agentes: À vitória! E não só o eco, como também os resultados dessa tenebrosa reunião chegam até nós, ainda hoje.

Será que o inimigo teve sucesso com o seu esquema? Será que o seu plano tem funcionado?

Uma família para ser feliz precisa tomar decisões radicais. Encontrar tempo para Deus e para a família requer decisões radicais.

“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força.” Isaías 30: 15.

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Segunda - 02 de Março de 2009

Page 9: Família por Famílias - Cartilha

A dimensão transcendente do casamento

Recebi Carlos e Márcia em meu escritório; um casal jovem, casados há pouco mais de dois anos, sem filhos, aparentemente felizes. Digo, aparentemente, em virtude das constantes bri-gas que vinham travando nos últimos meses. Carlos era um sujeito extrovertido, brincalhão, boa praça. Márcia era reservada, quase introvertida e um pouco ciumenta. Conversei com os dois por algum tempo e concluí que precisavam de ajuda para aprenderem a viver amavelmente com as suas diferenças. O problema era o seguinte: Carlos exigia que Márcia se comportasse e reagisse como se fosse igual a ele, e, Márcia exigia que Carlos pensasse e sentisse como ela. Ao longo de muitos anos lidando com casais em tempo de crise, descobri que os casais “brigam” menos quando sabem lidar com suas diferenças e “brigam” mais quando pretendem ser iguais. Essa atitude, às vezes, leva o casal a uma vida de constantes decepções e desapontamentos. Todo casal precisa entender que suas diferenças são normais e previsíveis, e que elas serão fontes de ressentimento e rejeição ou canais de oportunidade para aprofundar a intimidade e aumen-tar o amor, o carinho e a confiança. Depois de confrontá-los com essa realidade, ajudando-os a evitarem os principais pontos de conflitos, recomendei que o casal investisse cinco minutos de oração juntos, orando um pelo outro, no começo e no fim de cada dia. Duas semanas depois, quando voltei a conversar com o casal, estavam completamente muda-dos. Carlos assim que me viu foi logo dizendo: “A oração faz milagres”. Márcia disse:“A oração nos aproximou, nos uniu, fortaleceu nossa convivência, afastou nossas cobran-ças, enfim, nos transformou. “Recomendei que o continuassem orando juntos, um pelo outro, uma vez que acabavam de descobrir a dimensão transcendente do casamento. Continuo ainda hoje acompanhando a convivência desse casal, mesmo a certa distância. Hoje, eles têm dois filhos e estão mais maduros e confiantes. Continuam praticando os dez minu-tos de oração juntos, segundo eles, a chave para a solução dos seus problemas conjugais. Existem muitos meios importantes para produzir segurança no casamento, mas a oração tem um benefício amplo, não apenas constrói efeitos positivos no relacionamento, também nos aju-da a minimizar grandes desapontamentos que ocorrem no dia a dia e ainda nos ensina a viver amavelmente com as nossas diferenças. O casamento é pluridimensional, mas sem dúvida, a dimensão espiritual é a mais importante. Só existe segurança para o casamento quando o casal ora. Quando os cônjuges oram abre-se um mundo de possibilidades diante deles. Só há uma coisa que eu nunca vi a oração mudar: a beleza física, mesmo assim, a oração muda os olhos de quem a vê, porque quem ora, enxerga mais.Podemos mudar a história do nosso casamento conversando com Deus, pois a oração é uma força capaz de restaurar a afetividade fazendo com que estendamos os braços para abraçar e usemos os lábios para beijar e para dizer: Eu Te Amo.

Quanto tempo faz que você não dá um longo abraço nos membros de sua família? Que não lhes dá um beijo ou não lhes diz: Eu Te Amo? Faça isso pelo menos três vezes ao longo desse dia e perceba a diferença que faz.

“Lembre-se de orar pela família por quem vocês estão intercedendo.”

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Terça - 03 de Março de 2009

Page 10: Família por Famílias - Cartilha

A arte perdida

“A sabedoria protege como protege o dinheiro; mas o proveito da sabedoria é que ela dá vida a seu possuidor.” Eclesiastes 7: 12

Uma vez que ter sabedoria implica pensar, esta é uma espécie em perigo em nossa cultura. E isso é muito ruim. É mais fácil simplesmente acompanhar o rebanho. O próprio rei Salomão buscou a felicidade em mero conhecimento, diversões, posses e status antes de concluir que a sabedoria é de valor superior a tudo isso. Numa palavra, Salomão parou de ir atrás da vaidade e começou a pensar. E por fim, viu o valor de pensar seriamente sobre a vida, olhando-a com os olhos de Deus.Quando nos sentimos vagos e confusos em nossas idéias tendemos a buscar sentido em coisas e lugares errados. Como disse alguém, podemos viver alguns poucos minutos sem ar, alguns poucos dias sem água, um a dois meses sem alimento, mas a vida inteira sem um pensamento original. Estou começando a reaprender a arte perdida de pensar corretamente sobre a vida. E decidi refletir deliberadamente sobre perguntas como estas:

Em que realmente creio?Por que faço o que estou fazendo? O que realmente trouxe satisfação à minha vida?O que cria pressão para mim? E o que Deus quer que eu faça sobre isso?Como minha programação ou agenda reflete meus valores maiores?Como meu atual estilo de vida afetará minha família em vinte anos?O que Deus deseja que eu faça com minha vida, minha família e minhas posses?

Estou aprendendo que pensar pode ser uma atividade ousada e solitária. Deus ainda está no negócio de criar idéias originais... idéias que mudam a vida... inovações que reorientam nossas famílias e moldam o destino de nossos lares. Estou aprendendo que o modo real de pensar é um trabalho pioneiro. Gostaria de incentivá-lo a tornar-se um pensador original. Desligue a TV, o rádio do carro, ponha de lado o livro ou o jornal, e pondere sobre sua vida. Se você é como eu, vai achar difícil fazer. Mas, como porção de atitudes difíceis, pensar e buscar a sabedoria tem suas recompensas.

Pense: Como o ritmo de sua vida lhe proporciona tempo para reflexão? Que resposta você daria a algumas das perguntas acima?

Ore: Para que Deus o inspire a pensar os pensamentos dele e refletir sobre os caminhos dele, ousando penetrar na vida com criatividade e pensamento original.

Leve a família que você escolheu para seu pequeno grupo e permita que ela pense e contribua com o tema que está sendo estudado, assim ela também estará desenvolvendo a arte de pen-sar.

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Quarta - 04 de Março de 2009

Page 11: Família por Famílias - Cartilha

A falta de comunicação na família

“Seja conforme a tua palavra, para que saibas que ninguém há como o Senhor nosso Deus” Êxodo 8:10

Um capitão do exército deu umas pancadas na parede de sua cela executando o código secreto dos prisioneiros, usados para comunicar-se entre eles. Ele estava arriscando sua vida, uma vez que uma regra estrita do acordo assinado sobre na guerra era: nenhuma comunicação com outros prisioneiros. Os comunistas, seus captores, queriam manter todos os prisioneiros isolados e vulneráveis. E o capitão já tinha passado por isso; agora ele estava num confinamento solitário. Enquanto as horas e dias passavam, ele encontrou um inimigo real – o isolamento. Sem contato humano ou conversação, conhecia somente a pesada e silenciosa escuridão da solidão. Alguns momentos de alívio aconteciam durante o dia, no banheiro, onde ele procurava sussurrar brevemente com dois outros colegas norte-americanos. Eles lhe ensinaram um código de sobrevivência, que consistia num certo número de pancadas ou outros sinais que correspondiam a letras do alfabeto. O capitão, que fala de seus longos anos de prisão num livro de memórias, viu cerca de 50 dos homens mais bem treinados dos Estados Unidos seguirem para o isolamento, e dos quais nunca mais se ouviu falar. Para ele, era comunicar-se ou morrer. Os novos prisio-neiros que não aprendiam o código em 30 dias começavam a sentir-se esgotados interior-mente e se deterioravam. Eles paravam de comer e aos poucos perdiam a vontade de viver. Finalmente, o isolamento acabava sugando suas próprias vidas. A solidão e a ausência de co-municação também exaurem a vida dos relacionamentos. As pessoas anelam por uma vida íntima e companheirismo, mas, sem comunicação, esses atributos essenciais são impossíveis. Comunique-se – seu casamento depende disso!

Você pode se lembrar de um exemplo em sua própria família em que a falta de comunicação tenha criado um problema?

Como podem os membros da família cooperar conjuntamente para melhorar a comunicação?

Ore: para que as linhas de comunicação estejam abertas, de modo que seu relacionamento com Deus e com sua família prospere cada dia.

Lembre-se: O projeto Família por Famílias tem a oração como um dos seus pilares.

“Quem usa a completa armadura de Deus e separa algum tempo cada dia para meditar e orar, e também para estudar as Escrituras, estará ligado ao céu e terá uma influência transformadora e salvadora sobre os que o rodeiam. Terá importantes pensamentos, nobres aspirações e claras percepções da verdade e da obra de Deus, anelará pela pureza, pela luz, pelo amor, e por todas as graças celestiais.” Testemonies V. 5 página 112.

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Quinta - 05 de Março de 2009

Page 12: Família por Famílias - Cartilha

Casamento é bom

“Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Gênesis 2: 18

Por que você se casou? Por amor? Companheirismo? Segurança? Para ter filhos? Há boas razões para o casamento, e há também as infantis. Faz algum tempo li um artigo numa revista que inclui alguns comentários engraçados feitos por crianças em relação ao casamen-to:

“Quando eu me casar quero me casar com alguém que seja alta, bonita e rica e que odeie espinafre como eu.”“Quero me casar, mas não logo, porque não posso atravessar a rua sozinho, por enquanto.”“Quero me casar com alguém exatamente igual a minha mãe, mas espero que ela não me faça lavar as louças.”“Não tenho de me casar com alguém que seja rica, e sim com alguém que tenha uma mesada maior que a minha.”“Para casar com alguém, primeiro ela tem que gostar de pizza, depois ela tem de gostar de torta de maça, depois ela tem de gostar de biscoitos recheados; então eu sei que nosso casa-mento vai durar para sempre.”

Diverti-me com essas impressões infantis, entretanto, tenho aconselhado casais cujos propósi-tos para o casamento não são muito mais profundos. Sêneca, (4 a.C – 65 d.C.) filósofo romano, escreveu: “Você deve saber para que porto está rumando a fim de usar o vento certo que vai levá-lo até lá.” O livro de Gênesis nos diz como, após criar Adão, Deus concluiu que não era bom para ele permanecer sozinho. Por isso lhe deu uma companheira. Uma vez que Deus criou o casamento, faz sentido que o Criador tenha um propósito para esse. O esboço de Deus para o casamento é o plano a seguir, o porto ao qual queremos chegar.

Por que você se casou?O que você esperava do casamento?

Ore para que Deus poupe você e sua família de ficar à deriva e de modo incerto na vida, e que Ele mostre à sua família seu propósito, plano e direção.

“Muito mais poderosa que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida... Nossa esfera de influência poderá parecer limitada, nossas capacidades diminutas, escassas as oportunidades, nossos recursos reduzidos; no entanto, se soubermos aproveitar fielmente as oportunidades de nossos lares, maravilhosas serão nossas possibili-dades” (A Ciência do Bom Viver, pp. 352 e 355).

“Lembre-se: há uma família nos planos de Deus, vocês estão orando por ela.”

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Sexta - 06 de Março de 2009

Page 13: Família por Famílias - Cartilha

Não temas!

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.” Fili-penses 4: 6 e 7.

Você sabia que as Escrituras mencionam as palavras “não temas” centenas de vezes? Isaías 35:4, por exemplo, diz: “Dizei aos desalentados de coração: ‘Sede fortes, não temais.’” Quando fi-camos com medo sentimos primeiro uma necessidade opressiva de proteção. Muitas pessoas constroem abrigos contra tempestades, instalam alarmes para aviso de incêndio, compram grandes fechaduras para suas portas e gastam milhares de reais para seguro de viagem. No entanto, elas ainda sentem medo e querem mais proteção contra aquilo que “pode acon-tecer”. Segundo, temos a tendência de adiar decisões que sabemos que devemos tomar. Algumas pessoas sofrem quando vão às compras porque têm medo de fazer escolhas erradas. Terceiro, vivemos construindo barreiras para evitar que outros nos conheçam. Muitas pessoas têm tanto medo de rejeição em seus relacionamentos que se arriscam muito pouco. Quarto, ficamos ob-cecados com o fracasso. Isso é comum em pessoas que já foram despedidas de um emprego. Outras ainda, que são atualmente bem-sucedidas, temem perder tudo! Finalmente, esse medo nos afasta de Deus. Algumas pessoas têm medo do Senhor e de sua vontade para suas vidas. Entretanto, o melhor antídoto para o medo é orar e entregar nossas vidas a Ele. Observe o que Paulo diz em Filipenses 4: 6 e 7 sobre o medo e a preocupação.Acerca de quantas coisas você deve se preocupar? Nenhuma. Zero. Em vez disso, você deve orar sobre “todas as coisas”. Mas observe a condição – “em tudo... sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Deus não é uma máquina papa-níqueis em que você introduz suas orações, como se fossem moedas. Ele deseja que você se aproxime Dele com uma atitude de gratidão pelo que Ele tem feito e pelo que Ele é. Quando oramos e entregamos nossas vidas a Deus, Ele não permite que o medo nos domine, mas protege nossos corações.Como os medos estão afetando você? Como eles estão te afastando de Deus? Como pode aplicar a verdade de Filipenses 4: 6 e 7 em sua vida neste momento?

Ore um pelo outro para que Deus guarde seus corações com sua paz enquanto vocês entre-gam suas vidas a Ele.

Ore também em favor da família que você deseja evangelizar, ela possivelmente lida com al-guns medos e precisa encontrar a paz que liberta do medo e da ansiedade.

“Leva-me para a rocha que é alta demais para mim; pois tu me tens sido refúgio e torre forte contra o inimigo.” Salmo 61: 2 e 3.

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Sábado - 07 de Março de 2009

Page 14: Família por Famílias - Cartilha

Nossas flechas

“Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade.” Salmo 127:4

Acho interessante que a Bíblia se refira aos filhos como “flechas”, porque estas devem ser arremessadas. Ao educarmos nossos filhos, minha mulher e eu sabíamos que seríamos respon-sáveis para prepará-los para viverem independentes. Todos os nossos esforços, como pais, são feitos com o conhecimento de que, finalmente essas “flechas” estarão voando por si mesmas. Fazemos um esforço consciente para dar aos nossos filhos habilidade para viverem e fazerem escolhas sensatas. Há na flecha uma característica importante: ela é uma arma ofensiva. Deus quer que cada cristão provoque em nosso mundo um impacto por Cristo, e Ele deseja que os pais enfatizem esta visão à medida que preparamos nossos filhos. Não há um único dia em que não oro por meus filhos: “Senhor, que meus filhos jamais se esqueçam de que são teus representantes, para que sejam luzes no meio da escuridão.” Porém, saber que deveremos liberar nossos filhos não torna mais fácil as coisas quando o tem-po realmente chegar. Em nossa experiência, nossa primeira flecha foi lançada em fevereiro de 2003, quando levamos nossa filha para o colégio interno em São Paulo. Lembro-me da cena até hoje: minha mulher, minha filha, meu filho e eu paramos no pátio de estacionamento em frente ao prédio do dormitório feminino, precisávamos nos separar e partir deixando para trás aquela que durante 15 anos estivera ao nosso lado todo dia. Abraçamo-nos e em seguida entramos no carro. Minha esposa tinha dito antes que não iria chorar na frente de nossa filha, e de fato não chorou, mas sua tristeza era visível. Eu também não chorei por fora, mas meu coração chorava a cântaros. Meu filho ficou todo tempo paralisado. Quando manobramos nosso carro para sair do estacionamento, minha “pequena menina” ficou na calçada acenando seu adeus. Voltei-me para minha mulher e percebi que ela chorava baixinho. Por algum tempo permanecemos todos em silêncio, enquanto o carro se afastava dos limites do colégio para iniciarmos nosso primeiro dia de viagem, que nos levaria a ficarmos quase três mil quilômetros longe de nossa filha, durante os próximos seis meses. Quebrei o silêncio depois de algum tempo dizendo: “a primeira flecha já se foi” quando irá a próxima? Mal podíamos imaginar que dentro de um ano estaríamos fazendo isso outra vez com nosso filho. As duas separações nos magoaram demais, mas sabemos que elas foram necessárias. Vivendo longe dos nossos olhos e de nossa proteção eles aprenderam a se defender, e tiveram oportunidade de colocar em prática tudo que apren-deram em nossa companhia.

Você está se preparando para arremessar suas flechas como armas ofensivas? O que você pode fazer agora para dar a seus filhos uma diretriz para ajudá-los a alcançar pessoas para Cristo?

Ore. Agradeça a Deus o privilégio de ter influência sobre a direção de sua flecha. Peça a Ele que mantenha sempre o alvo à sua frente.

Ore também pelos filhos das famílias por quem estão intercedendo.

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Domingo - 08 de Março de 2009

Page 15: Família por Famílias - Cartilha

O jogo não acabou

“E não nos cansemos de fazer o bem.” Gálatas 6: 9.

É surpreendente constatar quantos pais se sentem fracassados por seus filhos não terem per-manecido na igreja. Posso falar nisso porque já aconselhei muitos que lutam contra esse senti-mento de culpa. Não estamos criando marionetes e nem robôs que se comportam obediente e submissamente. Nossos filhos terão que escolher o seu próprio caminho. Mas, se escolherem o caminho errado, ainda podem voltar, não devemos desistir deles. É bem ilustrativa a história do jogador que estreava no time de futebol. Quase na metade do primeiro tempo ele cometeu um erro absurdo: confundindo a cor das camisas de seus companheiros com a de um time adversário contra o qual já tinha jogado havia pouco tempo. Viu-se de repente em sua própria área e, driblando dois companheiros (o que não foi difícil), acabou chutando contra a própria meta e marcando um gol a favor do adversário. Foi uma estupefação geral! No intervalo o treinador procurou levantar o ânimo abatido do time e disse: “O mesmo time que jogou o primeiro tempo vai jogar o segundo.” O jogador desastrado foi falar com o treina-dor: “Não posso voltar ao campo, estou humilhado!” A resposta do treinador foi taxativa: “O jogo não acabou. Volte ao campo e jogue os 45 minu-tos que faltam.”Vale à pena lembrar essas palavras do treinador e usá-las como pais. Você pode ter um filho ou filha fora da igreja, você olha para trás, lamenta seus erros, e deve estar pensando: o jogo já acabou. Espere aí! O jogo ainda não acabou. Agora está na metade, ainda é hora de olhar para frente e acreditar, a partida só termina quando soa o apito final (a morte) e, além disso, há um ditado que diz: “Enquanto há vida há esperança”. É nesse ponto que precisamos do incentivo de Charles Spurgeon, que disse: “Foi com perse-verança que o caracol chegou até a arca.” Você não pode mudar o que aconteceu no passado, nem eu. O que você pode mudar é o que fará no futuro.

Como você se considera como pai ou mãe? Por quê? Peça a Deus que o incentive a não se cansar de trabalhar e orar por seus filhos. Peça a Ele que lhe mostre como pode incentivá-los a permanecer na fé.

Considere essa citação de Ellen G. White presente na Review And Herald, 1912: “O último trabalho intercessor de Cristo antes que ponha de lado seus vestidos de sacerdote, é apresentar as orações dos pais por seus filhos. Eu vi um anjo poderoso ser enviado e milhares de filhos lembraram os ensinamentos da infância e voltaram justamente antes que se feche a porta da graça.”

Lembre-se também de orar pelos filhos da família por quem estão intercedendo, peça ao Sen-hor para tocar em seus corações.

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Segunda - 09 de Março de 2009

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O ponto vital

“Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não res-suscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” I Coríntios 15: 16 e 17

Deparei com uma fascinante lista de perguntas que têm, todas, a mesma resposta. Você é capaz de adivinhar qual é?

1. O que dá a uma viúva coragem quando ela permanece ao lado de um túmulo recente?2. Qual é a derradeira esperança do aleijado, do amputado, do deformado pelo fogo?3. Como podem os pais de uma criança física ou mentalmente deficiente deixar de viver suas vidas inteiras total e completamente deprimidas?4. Por que uma pessoa cega, surda ou paralítica é estimulada quando pensa na vida eterna?5. Para onde vão os pensamentos de um jovem casal quando finalmente se refaz da dor de perder seu bebê?6. Quando uma família recebe a trágica notícia de que uma filhinha foi encontrada morta ou que o pai morreu num acidente de avião ou o filho tomou uma superdose de uma droga, qual é a única verdade focalizada?7. Qual é a resposta final ao sofrimento, luto, senilidade, insanidade, doenças terminais, calami-dades repentinas e acidentes fatais?A resposta a cada uma dessas perguntas é: A esperança que Deus nos dá devido a ressurreição que Jesus Cristo oferece a todos os que crêem Nele. A realidade é que o Cristianismo se apóia na Ressurreição. Se Cristo não é quem Ele professou ser, e Ele não voltou dentre os mortos, então, como Paulo diz em I Coríntios 15: 16 e 18, a nossa fé é vã e “somos os mais infelizes de todos os homens” (verso 19). O ponto giratório de toda a história humana é a ressurreição de Cristo. O único ponto que separa o Cristianismo de outras religiões é que Deus venceu a morte. E o pecado, meu pecado, seu pecado, foi expiado. Ele ressuscitou. Sim, Cristo realmente ressuscitou.

Como a ressurreição de Cristo afetou sua vida? Que evidência você pode dar da ressur-reição?

Ore para que Deus encha seu coração e o coração dos membros de sua família com a espe-rança na ressurreição.

Ore para que Deus opere nos corações dos membros da família por quem estão orando.

“Ele não está mais aqui, mas ressuscitou.” Lucas 24: 6.

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Terça - 10 de Março de 2009

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O valor do elogio

“Saber dar uma resposta é uma alegria; como é boa a palavra certa na hora certa!” Provérbios 15: 23.

Nos primeiros meses de nosso casamento, minha esposa e eu espontaneamente nos cum-primentávamos e nos elogiávamos por novas características descobertas. Isso se tornou quase um jogo: ver quem podia descobrir uma qualidade no outro para elogiar. Denominamos nosso jogo exclusivo de: “Em busca do melhor”. Atualmente, com a presença dos nossos filhos, a situação não é mais a mesma. Mas o jogo “Em busca do melhor” ainda funciona. Algumas vezes em volta da mesa do jantar levantamos perguntas como: “o que você mais aprecia em mim?” A brincadeira hoje envolve os filhos também. Cada um vai respondendo. Temos ouvido alguns comentários clássicos, como: “Eu aprecio quando o papai está em casa”, “Eu aprecio quando mamãe faz pizza”, “Eu aprecio quando meu irmão não entra no meu quarto”, “Eu aprecio quando minha irmã não pega meu chocolate”. É muito difícil alguém da família ficar deprimido quando tem o direito de expressar seus sentimentos. “Todos nós, no auge da sensação de agradar, queremos fazer sempre mais”. É assim que nos motivamos e nos ajudamos mutua-mente a alcançar a excelência em termos de caráter e desempenho, elogiando, de maneira generosa, liberal e ardentemente cada membro da família em toda oportunidade possível. Não se esqueça de elogiar os membros de sua família pelos seus deveres diários no trabalho. Tome nota mentalmente de algumas tarefas difíceis e desagradáveis e dê prêmios verbais de incentivo na próxima vez que completarem umas dessas tarefas. Toda vez que minha esposa faz alguma coisa que aprecio bastante, por exemplo, preparando minha sobremesa predileta, apresso-me em expressar a minha apreciação. Sei que isso, às vezes, exige tempo extra dela e algumas horas de sono a menos, então, é preciso reconhecer para que o outro sinta-se recom-pensado. Sua esposa precisa de elogio pelo que ela representa como pessoa. Você também precisa e da mesmo forma os seus filhos. Semeie as boas sementes do louvor sincero em sua vida com afirmações como: “Admiro você porque...” “Gostei do que você fez...” “Obrigado por isso...” Expressar apreciação significa “enaltecer o valor”, enquanto depreciar significa “reduzir o va-lor”. Você pode observar que o “valor” do incentivo para a companheira (o) e para os filhos aumenta quando você faz a apreciação verbalmente! Relacione três coisas que seu companheiro (a) fez ultimamente que sejam merecedoras de louvor. Escreva-as num bilhete amável para ela ou ele.

Ore, para que Deus desenvolva em você a determinação de edificar seu relacionamento por meio de elogios.

Você continua orando pela salvação de uma família? Mesmo que isso exija algum sacrifício, não desista.

“Quando os homens apreciam a grande salvação, o espírito de sacrifício observado na vida de Cristo ver-se-a na sua.” DTN. 199.

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Quarta - 11 de Março de 2009

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Um bom remédio

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.” Provérbios 17: 22.

Alguém disse que o riso ou risada é a sensação de sentir-se bem em tudo e demonstrá-la em todo lugar. O riso é um dos lubrificantes de Deus para a vida. Já dizia Vinicius de Morais: “É melhor ser alegre que ser triste.” Para especialistas, o compositor tem razão. Eduardo Lambert, médico, explica a influência positiva do riso dizendo: O riso aciona no cérebro a produção de substâncias químicas chamadas endorfinas, que são semelhantes a morfinas, elas se disseminam por toda a área corporal e dão a sensação de bem-estar físico e emocional. As risadas são capazes de estimular a prevenção e a cura de doenças, combate o estresse, alivia dores e auxilia no tratamento de controle de pressão alta. Por outro lado, quem se recusa a rir é um sério candidato a desenvolver enfermidades como cefaléias, rinites, dores no pescoço, gastrites e úlceras.Gigantes espirituais como Charles H. Spurgeon e Martinho Lutero exibiam seu bom humor em risadas. Lutero certa vez brincou: “Se não permitirem riso no céu, então não quero ir lá.” E continuou: “Se a terra é propícia ao riso, então certamente o céu está cheio dele. O céu é o berço do riso.” Não é difícil imaginar que nosso Salvador tinha sempre no rosto um sorriso amável. Quando os oficiais da igreja pediram a Spurgeon para moderar o tom do seu humor no púl-pito, ele replicou: “Se vocês soubessem o quanto me contenho, vocês me elogiariam.” Mas da maneira como alguns cristãos vivem parece que o riso é incompatível com a religião que abraçaram. Seu ar de seriedade chega a ser incômodo à vista e inibidor de uma conversação alegre e despreocupada. A seriedade, a circunspecção, a reverência é apropriada durante atos de culto, durante a celeb-ração da Ceia do Senhor e em outras circunstâncias semelhantes, porém, a nossa alegria íntima deve ser uma constante e, por isso, somos livres para sorrir e rir à vontade sempre. Há hinos, por exemplo, que nos incitam a ficar alegres e rir. Nas famílias mais jovens, especialmente, a alegria deve ser a atmosfera preferida. Os casais deveriam explorar mais o lado lúdico do casamento. Rolar pelo chão com os pequeninos, morder-lhes a barriga, travar batalha de bolas de papel, guerra de travesseiros, e assim por diante.A vida já nos reserva muitos momentos de preocupação e sisudez. O riso serve para esquecer os obstáculos e tornar nossa caminhada mais suportável.

Comente: O tom geral de seu lar é de bom humor, sorrisos e risadas? De queixas? De críticas? O que você pode fazer para promover a prática do riso?

Ore, para que Deus o habilite a ter muito divertimento e muitos risos ao lado de seu cônjuge e da sua família.

Convide a família por quem vocês estão intercedendo para uma atividade social na sua igreja ou em sua casa.

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Quinta - 12 de Março de 2009

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Um Caso

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33

O estereótipo do executivo de terno e gravata com camisa clara, bem passada, trabalhando até altas horas para alcançar o topo da hierarquia dominou por décadas o cenário, mas sua contra-parte feminina é o mais recente desenvolvimento. Hoje, um número crescente de mulheres está mais devotado às suas carreiras do que às suas famílias, comprometendo a intimidade e a união. As revistas trazem artigos sobre maridos e esposas que seguem carreiras brilhantes, energia e esforço. Em algum momento a esposa afirma que gostaria de ter um filho, mas sua carreira tem sido sua paixão absorvente. Ou, então, lamenta o fato de ter de deixar o bebê em algum tipo de creche, enquanto sai em disparada para o escritório para a próxima re-união. Esse estilo faz que esses casais pareçam contentes, chiques, sofisticados e totalmente realiza-dos. Numa palavra, eles parecem ter tudo. Raramente pensamos no carreirismo como um “caso”. Mas é. O que é um caso? É quebrar os votos do seu casamento e entregar-se a outro alguém, ou a outra coisa – uma pessoa, uma car-reira ou posses materiais. Por ironia, as carreiras podem ser amantes cruéis. No final, essa espécie de caso de amor é bastante insatisfatória e frustrante. Há sempre outra montanha a ser escalada, outra vitória profissional a perseguir; é uma vida carente de relações significativas. Aqueles que colocam a carreira acima da família raramente estão satisfeitos. Eles são tragica-mente viciados em subir o caminho até o topo – somente para descobrir no topo sua solidão. Enquanto isso, no lar, as chamas estão aos poucos se apagando, e os casais vivendo uma união sem compromisso. Certa esposa, referindo-se a falta de compromisso no seu casamento, disse: “meu casamento é um pecado”. Para os gregos, pecado era quando a flecha não acertava o alvo. A distância entre a flecha e o alvo significava falta de correspondência ao que seria ideal, mas, o “pecado”, nunca era cometido antes que a flecha lançada desprezasse o centro. Quando os casais desprezam os planos de Deus para o casamento e a família, realmente erram o alvo. Mas, Deus está sempre disposto a ajudar os casais que desejam mudar. Ele demonstrou isso em Caná da Galiléia onde transformou água em vinho. (São João 2: 1 a 12) A água é símbolo do que é comum, mas todas as águas comuns da vida Jesus pode transformar em vinho do céu. Pense e comente: baseado em sua agenda ou diário, a que você está dando sua vida? Quais são os seus valores declarados? E seus valores reais?

Ore: Para que Deus ajude você a permanecer fiel à prioridade da família, e que você experi-mente satisfação nela, e não procure satisfação em outro lugar.

Ore também para que a família por quem vocês estão intercedendo compreenda o valor e a importância do lar.

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Sexta - 13 de Março de 2009

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Quem é o nosso dono?

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum.” Romano 7: 18

Viver em obediência a Deus é uma escolha de suprema significação. Este caminho não é apenas o caminho do céu, mas também o melhor caminho para viver aqui na terra. Então, por que resistimos à idéia e ao apelo bíblico de obedecê-Lo? O apóstolo Paulo responde: devido nossa natureza pecaminosa – a carne. Quando insistimos em resistir ao Espírito com a carne, conseguimos exatamente o que desejamos – nosso próprio caminho. Algumas vezes é difícil para aprendermos o quão desagradável é isto. Quando Paulo persistia em perseguir os seguidores de Cristo, o Senhor lhe disse: “Você está ferindo a você mesmo, como o boi que dá coice contra a ponta do ferrão” (Atos 26: 14, BLH). O profeta Isaías interpreta essa realidade com estas palavras: “Todos nós andávamos desgar-rados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho” (Isaías 53:6). Em resumo, temos dificuldade em obedecer porque temos uma vontade que é contrária à vontade de Deus. Resistimos a Ele e nos rebelamos contra seus mandamentos. As ovelhas não são os únicos animais que se assemelham à natureza egoísta do homem. Os cães também. Posso ver minha resposta a Deus especialmente espelhada no treinamento da raça de cães caçadores de pássaros, conhecidos como perdigueiros. Eles são treinados para buscar, abocanhar e retornar com o pássaro ao seu dono. Entretanto, cada raça desses cães farejadores e recuperadores da caça reagem de modo dife-rente ao seu treinamento. Alguns são rebeldes e resistentes ao aprendizado, obrigando os treinadores a usar um taco para ensiná-los a obedecer ao comando. Para outra raça, apenas uma vara ponteaguda é suficiente para cotucá-lo. E a raça mais fácil de treinar é a mais sen-sível de todas, precisando somente ouvir o tom de voz do dono. Como esses cães de caça, reagimos ao treinamento de nosso Dono de modos diferentes. Talvez tudo o que você precisa para corrigir uma má atitude ou um mau hábito é ouvir um sussurro de desagrado da voz de seu Dono. Outros podem precisar de uma vergastada com vara, ou mesmo com um por-rete. Eu sei qual dos três é o menos doloroso.Com qual dos cães de caça você mais se parece? Como Deus tem usado o sofrimento em sua vida para conseguir que você ouça?

Ore para que sua vontade, e a de cada membro de sua família, se torne mais e mais sensível às ordens do nosso Dono.

Lembre-se de orar pela família que você escolheu levar para Jesus esse ano e convide-a para conhecer o seu Pequeno Grupo.

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...” Hebreus 3: 15

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Sábado - 14 de Março de 2009

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Quem é seu real inimigo?

“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Efésios 6: 12

Uma série de ditos e gracejos retratam o casamento como sendo um campo de batalha. Uma vez uma revista advertiu: “Casamento é a única guerra em que você dorme com o ini-migo.” Prefiro imaginar o mundo inteiro como o verdadeiro campo de batalha e seu casa-mento como sendo a menor formação para vencer a guerra na batalha de Deus. Na ver-dade, seu casamento se desenrola numa batalha espiritual, e não numa sacada romântica. Todos os pares casados precisam compreender o seguinte princípio bíblico: seu parceiro não é seu inimigo. Imagine seu casamento como duas pessoas que se juntam num buraco aberto no chão para proteger-se do inimigo na guerra, cooperando entre si para enfrentá-lo. Inspecione bem seu próprio abrigo. Você está lutando com o inimigo ou um com o outro? Como me contou al-guém: “Eu estava tão ocupada lidando dentro do abrigo numa peleja com meu marido que não tive tempo de me envolver na luta contra o inimigo real.” Tenha em mente que toda vez que você declara guerra a seu par, em última análise você está se opondo ao próprio Deus. Você está rejeitando a pessoa que Ele lhe preparou para completá-lo, para satisfazer às suas necessidades. Aqui está um teste prático para descobrir se você tem em seu par um inimigo ou um compan-heiro “soldado”. Ao focalizá-lo, fixa-se no que ele tem de negativo, ou no que tem de positivo? Quando você se casa, se envolve tanto em seu novo par que ele ou ela parece não ter nenhum defeito. Mas depois de 12 mil quilômetros ou 12 meses, o que for alcançado primeiro, o pro-cesso se inverte. Você passa a focalizar o que seu par faz de errado e se esquece do que faz corretamente! Aprecio a exortação que nos faz Robert Louis Stevenson sobre olharmos para nosso par. Diz ele: “Faça o máximo do melhor e o mínimo do pior.” Gosto da história que se conta a respeito de Pete Flaherty, prefeito de Pittsburgh (Pensilvânia), e sua esposa Nancy. Eles estavam parados na calçada, supervisionando um projeto de con-strução para a cidade, quando um dos trabalhadores no local dirigiu-se a eles. “Nancy, lembra-se de mim?”, Perguntou ele. “Nós costumávamos namorar no curso secundário.”Mas tarde, Pete caçoou dela. “Você está contente de ter casado comigo? Pense nisso: se você tivesse casado com ele, você seria mulher de um trabalhador de construção.”Nancy olhou para ele e disse: “Não. Se eu tivesse casado com ele, ele seria o prefeito de Pittsburgh!”

Quem é seu real inimigo? Volte para trás e pense nas vezes em que se esqueceu de quem era seu adversário – como aquilo afetou seu casamento e sua família? Você trata seu par como companheiro ou como inimigo?

Ore para que Deus faça você consciente da verdadeira batalha e do inimigo que enfrenta cada dia, e como você e seu par precisam um do outro nessa luta.

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Domingo - 15 de Março de 2009

Page 22: Família por Famílias - Cartilha

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A hora do balanço (I PARTE)

Victor é um médico cristão, dono de um próspero consultório médico, e sua esposa Janis gerencia o consultório. O casal se tornou amigo de Jim Hohnberger a partir de um atendi-mento especializado feito pelo Dr. Victor em Jim. Em certa ocasião, Jim foi convidado a realizar uma série de palestras em um fim de semana, próximo ao consultório de Victor e Janis. Jim aproveitou a ocasião para convidar o casal para assistir suas apresentações. Jim não sabia, mas aquele casal tão querido nunca havia realmente conversado durante os últimos dez anos. Moravam na mesma casa, eram donos e trabalhavam no mesmo negócio e estavam juntos de um jeito ou de outro quase todos os dias. Juntos, criavam dois filhos adoles-centes e, mesmo assim, a comunicação essencial fora cortada, erigindo enormes barreiras. Eles guiaram carros diferentes na primeira noite de reunião. Jim havia planejado a mensagem daquela noite, mas, ao se aproximar a hora de falar, não conseguia ficar tranqüilo para apresentar a mensagem escolhida. O Senhor parecia estar im-pressionando fortemente para que ele mudasse a mensagem e apresentasse outra que havia escrito antes, intitulada: “Ferindo Seus Espíritos”. A impressão era tão persistente, que ele resolveu atender a voz de Deus. Jim não sabia de quem era o coração que Deus queria tocar, ele simplesmente resolveu fazer a vontade do Senhor. Ao olhar para o auditório, era como se o mesmo fosse composto de apenas uma pessoa, Vic-tor. “Ferindo Seus Espíritos” é uma mensagem acerca de como magoamos pessoas a quem amamos com nossas palavras e atos. Jim percebeu que a mensagem estava tocando o coração de Victor. Ele se mexia na cadeira sem saber onde pôr as mãos. Às vezes, parecia um cavalo nervoso a ponto de disparar. Jim desejava ir até ele e colocar o braço sobre seu ombro e dizer: “Está tudo bem. Deixe que o Espírito trabalhe em sua vida. Você não vai se arrepender!” Ao finalizar a mensagem Jim sugeriu que, se alguém sentisse a necessidade de corrigir um erro do passado, se reconhecesse que tem ferido o espírito de alguma pessoa, que mudasse sua atitude naquela mesma noite, na igreja ou no carro a caminho de casa, mas que não adiasse sua de-cisão. Esta noite, dizia ele, ao Deus insistir com você, é o melhor momento de agir e consertar a situação, pois Sua voz nunca será ouvida mais alta, nem você estará motivado como agora. Se deixar os dias passarem, a inclinação de fazer o que é certo vai aos poucos desaparecer, e aquilo que o Senhor está lhe trazendo à mente é importante demais. A reação de Victor era a de alguém que estava convencido. Quando desceu da plataforma Jim se aproximou de Vic-tor, temendo que ele repelisse aquela impressão; mas o que aconteceu depois afastou seus temores. Eles ficaram de pé no corredor da igreja e, depois de olhar Jim bem nos olhos, Victor disse: “Janis, tenho magoado você por anos. Quero aqui mesmo, diante de Jim e Sally, pedir-lhe perdão.” Antes de ir embora aquela noite Jim disse para o casal: “Vocês dois realmente precisam as-sistir às reuniões de amanhã. Vamos falar sobre coisas que serão muito úteis para vocês neste recomeço. Vocês poderão vir?”, perguntou ele. Notando a estranha expressão que encobrira o semblante de Victor. “Não, Jim, eu já tinha outros planos” – respondeu Victor – “O que pode ser mais importante do que aquilo que você está tentando fazer em seu casamento?” – pres-sionou Jim. “Jim, você não está entendendo. Amanhã é o primeiro dia da temporada de caça. Meus amigos e eu sempre saímos para caçar juntos nesse dia”- explicou Victor. Quando percebeu que ele já havia tomado a decisão, Jim mudou a abordagem: “Que tal se Sally e eu formos visitá-los depois das reuniões de domingo? Aí poderíamos continuar nossa conversa.” Victor concordou e, no domingo à tarde, Jim e Sally se encontra vam andando sobre os belos caminhos que levavam até a porta dianteira da magnífica casa de Victor. Construída sobre um outeiro, a casa era o que se esperava de uma casa de médico. (Continua...)

Segunda - 16 de Março de 2009

Page 23: Família por Famílias - Cartilha

A hora do balanço (II PARTE)

Através da janela, Jim pode ver que Victor dormia profundamente em sua poltrona reclinável. Janis os fez entrar e disse que havia mandado as duas filhas adolescentes passarem a noite na casa de uma amiga. Com um apressado sussurro, admitiu: “Não falamos uma palavra desde a noite de sexta-feira!” Jim tinha imaginado o que encontraria e agora tinha certeza. Todavia, sentiu-se muito agra-decido por haver se oferecido para visitar e ajudar aquele casal. Existem muitos casais como Janis e Victor que, mesmo com episódios como o da confissão de Victor apenas duas noites antes, parecem não conseguir preencher o vazio da falta de comunicação que se desenvolveu entre eles. Essas situações chegam a tal proporção e parecem tão desagradáveis, tão impos-síveis de serem vencidas, que os casais apenas desistem e se conformam em ficar com o que têm, como se aquilo fosse tudo o que sempre desejaram. Um casal cujo casamento chegou a essa situação só consegue mudar pela intervenção divina e, muitas vezes, pela intervenção humana na forma de um mediador. Precisamos entender que Satanás se alegra ao ver homens e mulheres casados em uma situação de falta de comunicação, pois assim eles nunca poderão desfrutar a realização idealizada por Deus, o que deixa ambos os parceiros vulneráveis. Satanás planeja que, uma vez rompidos, esses laços não sejam restabelecidos, e incentiva a comuni-cação destrutiva que cada vez mais separa o casal. Podemos falar coisas que, embora sejam verdade, não deixam de ser questões delicadas que irritam a pessoa com quem nos casamos. Quando fazemos isso, deixamos que Satanás nos envolva em seus ardis, tornando-nos joguetes usados por ele para que não cheguemos a uma solução real. Jim e Sally ajudaram Victor e Janis a seguir a orientação do Espírito de Deus, e eles passaram pelo processo de corrigir os velhos problemas de comunicação. Decidiram adotar a hora do balanço duas vezes por semana, aos domingos e quartas-feiras à noite. Além disso, cada um deles quis uma noite na qual poderia liderar a conversa, e passaram a se alternar nessa tarefa. Eles nem notaram, mas Jim percebeu que começaram a conversar cada vez mais entre si e cada vez menos com ele e sua esposa. Uma vez, jantaram juntos e ao arrumarem e limparem a cozinha, a pia entupiu. “Eu dou um jeito nisso”, Janis se ofereceu animadamente, indo bus-car o desentupidor de pia. “Pode deixar que eu faço”, disse Victor. “Então, faremos juntos!”, os dois exclamaram em uníssono, dando uma gargalhada que Jim sentiu ser a primeira que compartilhavam em muito tempo. Queria que vocês tivessem visto aqueles dois ao largarem o desentupidor e darem-se as mãos vitoriosamente. Ele fez com que ela rodopiasse em seus braços pela cozinha em triunfo. Outra vez, pareciam recém-casados.

Aplicação: como está a comunicação no seu casamento? Existem coisas que você gostaria de falar, mas não tem coragem? Hoje você pode começar a praticar a hora do balanço. Todavia, pensem nas palavras, evite comentários negativos, comece a construir um casamento mais feliz e abençoado.

Ore para que Deus dirija a sua vida rumo à felicidade no casamento. Ore pelo seu cônjuge.

Não se esqueça da família que Deus confiou aos seus cuidados, compartilhe com ela as bênçãos dessas novas descobertas, ore pelo lar dela.

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Terça - 17 de Março de 2009

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A maior conquista (I PARTE)

“James e Donna têm três filhos: Trever, Allison e Seth. Como muitos pais, eles observaram a maneira como os filhos estavam crescendo e começaram a desejar algo melhor. Decidiram mudar-se de Great Plains para Montana e fizeram planos de construir sua própria casa e viver a vida cristã sobre a qual estavam aprendendo. Depois de venderem sua casa, eles se mudaram com o objetivo de procurar um terreno e, em família, construir uma casa com toras de madeira. James ia ficar trabalhando só meio expe-diente para poder construir a casa. Para completar a renda familiar, ele trabalharia um pouco como professor substituto. Através de uma imobiliária, eles localizaram um terreno de quase dois hectares e começaram a construir sua casa. A família precisava de um lugar para morar enquanto a casa estava sendo construída. Por isso, construíram uma garagem de setenta metros quadrados. Durante os quatro anos seguintes, construíram a casa dos seus sonhos. James voltou a trabalhar em tempo integral, mas a casa continuou sendo a maior paixão daquela família. Com o passar dos anos, o projeto inicial aumentou. Eles incorporaram algumas mudanças sugeridas por amigos, as quais lhes pareciam bastante razoáveis, mas sem parar para refletir se era aquilo que Deus queria para eles. Embora eles tivessem se mudado para Montana para ter mais tempo de intimidade com Deus, o Senhor acabou sendo colocado de lado por causa das ocupações da vida. Após quatro anos de construção o interior da casa estava terminado e só faltava fazer o pátio e alguns acabamentos externos. A casa era adorável. Com gerador próprio e um sistema de baterias, eles produziam sua própria energia elétrica. O fogão a lenha foi montado de maneira a também produzir água quente. Com ar de triunfo, a família se mudou para sua linda casa de 355 metros quadrados, mas todas aquelas alterações no projeto original acabaram custando mais do que eles planejaram. Em vez de reduzir sua carga de débitos, eles fizeram o contrário. O montante que eles deviam pela casa era muito grande. O pior de tudo era que nenhum deles estava feliz com a casa nova. Depois de morarem na garagem por quatro anos, a casa parecia ser grande demais. Eles não estavam gostando de ficar tão distantes uns dos outros. Gastaram mais de quatro anos e muito dinheiro para construir uma casa que ninguém gostou. O mais importante, entretanto, foi notar que haviam perdido a visão e o desejo daquilo que realmente precisavam – aprender a andar com Deus e manter uma conexão vibrante e vital com Ele. Isso desapareceu. Seriam capazes de conseguir de volta o foco e o primeiro amor? Perderam a visão, mas felizmente Deus não a perdera. Ele lhes concedeu uma segunda opor-tunidade. Impressionou-lhes a vender a casa e usar o dinheiro para quitar a dívida e comprar uma casa muito menor, recém-construída em um terreno de dois hectares, onde puderam finalmente se concentrar em seu objetivo de andar com Jesus, em vez de passar quase todo o tempo ocupados com construção. Na fase da construção, aprenderam a trabalhar juntos, mas agora o Senhor queria lhes ensinar como podiam se divertir juntos e apreciar a companhia uns dos outros.Hoje, ao esforçarem-se para aplicar os princípios da submissão da sua vontade à vontade de Cristo, morrer para aquilo que o eu quer, aprender a ouvir a voz de Deus e buscar manter uma conexão viva com Cristo, a família está experimentando a alegria pelas difíceis escolhas que tiveram que fazer para começar de novo. É fácil perder o rumo ao fazermos grandes mudanças, como aconteceu com James e Don-na. Satanás não se importa com a maneira de nos distrair; seu único objetivo é evitar que busquemos a Deus. Se ele puder usar coisas “boas” para manter-nos distantes de Deus, achará ainda melhor. (Continua...)

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Quarta - 18 de Março de 2009

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A maior conquista (II PARTE)

Quem quiser limitar o tempo gasto no trabalho vai se beneficiar com o baixo custo de casas em locais distantes dos centros urbanos. Não importa se a sua escolha for uma casa tranqüila no subúrbio ou um chalé nas montanhas. O mais importante é o estado da mente e do cora-ção que motiva a escolha. Muitos abandonam a civilização, mas sua religião consiste apenas de seu orgulho pelo que deixaram para trás. Tal fanatismo não é cristianismo. Outra família pode mudar-se para um lugar igualmente isolado, deixando para trás todo o conforto, e respi-rar a atmosfera do Céu por estar totalmente motivada a buscar a Deus. A vida no interior é vantajosa para o cristão, pois ali ele não fica tão exposto ao mal. Porém, ela é apenas uma fer-ramenta usada por Deus para ajudar a gente a obter uma ligação viva com Ele, e não um fim em si mesma. Os pais estabelecem o clima do lar. E, se eles se mantiverem conectados com Deus, poderão levar os filhos a terem também essa conexão. Se estiverem estressados, é quase impossível tirarem o tempo que precisam para buscar a Deus, e toda a família sofrerá. Algumas famílias, por causa das circunstâncias ou de escolhas passadas, podem ter que gastar cinqüenta horas por semana trabalhando para atender às necessidades da casa, enquanto outras, por não terem dívidas, ou por terem um grande potencial de renda, talvez precisem trabalhar apenas vinte ou trinta horas. O Espírito Santo deixará claro o que você deve fazer ao apresentar seu caso individual a Ele. O mundo nos seduziu com a idéia de que, quanto mais ocupados, mais importantes somos. Uma vez, ouvi uma conversa entre duas mulheres: “Susan, faz muito tempo que não vejo você. Por onde tem andado?” “Ah, você sabe... ocupada, muito ocupada!” “Isso é bom”, respondeu a amiga. Confesso que precisei me controlar para não me meter na conversa. “Não, isso não é bom!” queria responder bem alto. Temos sido levados a acreditar num erro. O diabo gosta que estejamos sempre comprometidos demais, pois isso nos afasta de Deus e nos deixa desani-mado. O Salmo 55:19, diz: “Porque não há neles mudança nenhuma, e não temem a Deus.”

“O lar deve ser o centro do amor mais puro e da mais elevada afeição. Paz, harmonia, afeição e felicidade devem ser perseverantemente acariciadas cada dia, até que essas preciosas virtudes habitem no coração dos que compõem a família. A planta do amor deve ser cuidadosamente alimentada; caso contrário morrerá. Todo bom princípio deve ser acariciado se queremos que ele floresça na alma. O que Satanás planta no coração – ruins suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência, impaciência, preconceito, egoísmo e cobiça – devem ser desarraigados. Se se permite que essas más qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos pelos quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos cultivam as venenosas plantas que matam os preciosos frutos do amor e debilitam a alma!” (LA. 196)Você vem crescendo e mudando como cristão ou tem permanecido no mesmo lugar por todos esses anos? Você percebe algum crescimento nos membros da sua família? Talvez seus filhos tenham estu¬dado, se formado, mas como é a vida espiritual deles hoje, estão mais próximos de Deus do que há cinco ou dez anos atrás?

Hoje, vamos orar pelos nossos filhos. Vamos pedir que Deus nos conceda a alegria de vê-los firmes e animados nos caminhos do Senhor. Ou, quem sabe, se algum deles se desviou dos caminhos de Deus, oremos para que o Senhor não desista deles e que os sensibilize a retorna-rem, como o filho pródigo, aos braços do Pai.

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Quinta - 19 de Março de 2009

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A Tampa da caixa de Deus para a Família

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Salmo 127: 1.

Todos os anos (no período que corresponde as festas carnavalescas) sou convidado por alguma igreja para os chamados retiros de verão e sempre fico com as palestras para os jovens e as diversas atividades que correspondem a sua faixa etária. Num desses períodos, dividi os jovens em três grupos para competirem na montagem de um quebra-cabeça de uma linda paisagem campestre. Quando os jovens se distribuíram em três grupos nas mesas, eu lhes expliquei que havia apenas uma regra em nossa competição: colocar as peças do quebra-cabeça no lugar sem falar. O conteúdo de um dos quebra-cabeças foi colocado sobre a primeira mesa e o primeiro grupo imediatamente começou a trabalhar. Eles receberam o quebra-cabeça dentro da caixa, e logo colocaram na frente à tampa da caixa que tinha a gravura que o grupo precisava formar. A seguir entreguei ao segundo grupo as peças do mesmo quebra-cabeça dentro da caixa que também continha uma gravura na tampa. O que esse grupo não sabia é que a tampa da caixa pertencia a outro quebra-cabeça. Ao terceiro grupo entreguei as mesmas peças do quebra-cabeça, mas a tampa da caixa não tinha nenhuma figura. Em pouco tempo percebi que o segundo e o terceiro grupo queriam protestar, mas chamei logo a atenção deles para a única regra, era proibido falar. O que aconteceu na seqüência foi muito interessante: O grupo dois ficou tentando usar a gravura modelo, mas nada parecia funcionar. E uma vez que não podiam falar qualquer coisa o nível de frustração subiu tanto que eles desistiram. Os membros do grupo três olharam para mim com olhar suplicante e tentaram se comunicar por mímica, e como eu não fiz nada para ajudá-los eles também desistiram.O primeiro grupo, com o auxílio da tampa, foi encontrando as peças e unido-as uma por uma. Cada peça encontrada era um motivo para comemoração. Quando encontraram a última peça festejaram muito. A essa altura você pode estar me julgando um líder parcial. Há um ensinamento que tenho para essa brincadeira. A vida, a família, o casamento e a prática do cristianismo são como as peças de um quebra cabeça. Elas estão todas ali à nossa disposição, mas alguma coisa é necessária para nos guiar. Na vida há uma grande quantidade de projetos e modelos que disputam a nossa adesão. A única coisa que faz sentido, porém, é olhar para Deus. Os jovens do grupo um que tinha a tampa da caixa para guiá-los, completaram a tarefa e sentiram-se realizados. Os grupos dois e três desistiram da tarefa e sentiram-se discriminados einjustiçados. A Bíblia é como a tampa correta da caixa. Com ela todos nós podemos reconhecer se estamos tomando a direção certa. Se você acha que está edificando sua família com base na Bíblia (a tampa correta) peça que cada membro de sua família apresente um ponto que justifique esse fato.

Lembre-se de orar pela família que vocês estão planejando ganhar para Jesus. (Esse compro-misso é uma peça indispensável no projeto Família por Família).

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Sexta - 20 de Março de 2009

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Acendendo a chama (I PARTE)

Você já parou para considerar o simbolismo de um fogão a lenha, principalmente numa região extremamente fria? O que é um fogão? Uma peça de aço frio, mas, com o fogo aceso, aquece toda a casa. E a comida que ele cozinha? E a água quente que este incansável servo produz? Para aqueles que moram no campo ter um fogão assim é indispensável. Mas, mesmo um fogão tem as suas exigências, ele tem preferência pelo tipo de madeira que será usado como com-bustível. O fogão de nossa história será usado como um simbolismo para um casamento bem sucedido. Se quisermos que o casamento funcione devemos providenciar o melhor combustível para manter aceso o fogo daquela pessoa especial com quem nos casamos. Vamos refletir, em primeiro lugar, na expressão do amor. O amor não sobrevive, não sobre-viverá e, de fato, não tem como sobreviver por muito tempo sem ser expresso. Lembro-me de ter ouvido acerca de um homem que viajava muito para um país quente e árido. Ele notou que muitas das canções populares tinham que ver com a água, e ele perguntou para um conhecido a razão daquilo. “Sim”, veio a resposta, “costumamos cantar e sonhar sobre aquilo que é muito raro. Será por isso que todas as canções são sobre o amor? Muitos tentam manter a chama acesa, até que desistem, frustrados. Por que será que fracassa-mos? Porque perdemos a perspectiva que tínhamos no tempo de namoro. Todos nós sabemos que há mais de uma maneira de dizer “eu te amo”. De algum modo, sabemos também que a pessoa especial em quem estamos interessados responde melhor a uma daquelas maneiras – um daqueles combustíveis. Quando você ainda está conhecendo a pessoa, intuitivamente tenta todas as madeiras disponíveis para alimentar a chama do companheiro. Algumas funcionam melhor do que outras. Felizmente, logo aprendemos o que nossos parceiros apreciam. Mas, depois que casamos, por alguma razão, paramos de dar atenção especial e inadvertidamente retornamos aos velhos padrões de pensar e agir. Muitas vezes tentamos alimentar o fogo do amor de nosso cônjuge com o tipo de combustível que desejamos para nós mesmos. Cada um de nós responde de uma maneira ou de outra a todas as linguagens do amor. Isso quer dizer que podemos desfrutar e apreciar qualquer uma delas, mas existe uma que nos satisfaz mais do que todas as outras. Essa é a linguagem do nosso coração. E quais são essas buscas?

1. Elogios e palavras de encorajamento – muitas vezes pensamos que nosso cônjuge precisa de algo grandioso para se sentir realizado, mas uma regra infalível é: “Faça pequenos agrados com freqüência.” Para que façamos elogios sinceros, é preciso que o “eu” seja desentronizado e que desenvolvamos uma atitude de gratidão para com o cônjuge.Expressões como: “por favor”, “obrigado”, “de nada” e “com licença” são gentilezas requeri-das socialmente entre estranhos, mas freqüentemente olvidadas em casa. Quem merece mais essas cortesias do que aqueles a quem mais amamos?

Se você tem dúvida sobre o valor das palavras incentivadoras, tire uma semana para dizer ao seu cônjuge apenas coisas que o incentivem. Você ficará maravilhado com a diferença que isso faz. (Continua...)

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Sábado - 21 de Março de 2009

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Acendendo a chama (II PARTE)

2. Presentes – outra maneira de encorajar ou reforçar o amor que sentimos é dando presen-tes. Não estou me referindo a ocasiões ou datas especiais, mas a dar presentes sem motivos aparentes. Um presente é algo tangível que diz para quem o recebe: “Você esteve em meus pensamentos hoje!”O presente não é apenas algo tangível. Pode ser também o presente de fazer algo inesperado. Um telefonema do escritório para o seu cônjuge pode requerer um ou dois minutos do seu tempo, mas pode ser o ponto alto do dia.

3. Atenção – quando um casal está apaixonado, todos os que estão por perto notam. Por quê? É mais do que o brilho do olhar, mais do que a alegria que sentem na companhia um do outro. É também o toque cheio de ternura, o braço protetor que envolve o outro. São os abraços que têm o gosto do Céu, os beijos intermináveis, as mãos que se apertam em todas as opor-tunidades. Tudo isso marca a fase do namoro. O problema é que muitos gradualmente deixam essa fase para trás, mas não superam a necessidade do toque.Gostaria de sugerir, contudo, precaução. Se você permitiu que esse tipo de atenção morresse por negligência, e o único momento em que você a põe em prática é quando há intimidade física entre os dois, seu cônjuge pode não responder da maneira como você gostaria. Você en-sinou-lhe que a atenção é apenas um prelúdio para algo mais. Ele pode notar sua nova atitude e interpretá-la erroneamente. Porém, o tempo e a coerência podem conquistá-lo. Portanto, não se desespere.

4. Atos de amorosa bondade – quando alguém sai de sua rotina para me ajudar, está me dizendo que me ama. Servir os outros não é apenas uma atitude cristã; servir é, de muitas maneiras, a essência do cristianismo. Quando percebemos que devemos ter uma conexão viva e vibrante com Cristo para ajudar nosso cônjuge e filhos a encontrar Deus, então percebemos que um dos maiores atos de servir que podemos fazer por eles é manter nossa própria relação com Deus. Muitas vezes, no contexto de amar os outros, faremos por eles o que não faríamos por nós mesmos.Esses atos podem ser tão simples como consertar uma pia que está vazando ou pintar um quarto no feriado. Pode ser fazer o bolo favorito dele ou deixar suas roupas sempre limpas e passadas. Os atos simples que fazemos para servir outros não são glamorosos, nem precisam sê-lo, para conquistar o afeto de alguém que responde a eles. A motivação e o amor demon-strados são mais importantes do que qualquer outro fator. O casamento foi idealizado por Deus para prover prazer e plenitude. O casamento foi dado a Adão e Eva antes do pecado entrar no mundo. Deus deseja que seu casamento seja tão feliz como o primeiro, no Éden.

Aplicação: Está faltando lenha no seu fogão? As chamas estão se apagando? Você sente que algo está errado? Hoje Deus está lhe dando a chance de um novo recomeço. Surpreenda seu cônjuge, sem buscar nenhuma gratificação por isso. Quem sabe dando um pre-sente, falando palavras que o estimulem, dando-lhe mais atenção, ou mesmo com um gesto, uma atitude que revele amor desinteressado.

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Domingo - 22 de Março de 2009

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Como lidar com a frustração? (I PARTE)

Paul e Carolyn viviam em um pequeno trailer num concorrido parque de Midland, Inglaterra. Eles sempre foram razoáveis com o cuidado da casa, mas percebiam que uma melhor orga-nização do seu limitado espaço tornaria a residência mais agradável e mais fácil de manter. Não devemos ser tão extremistas a ponto de ficar arrumando a casa o dia todo, mas precisamos entender que nosso ambiente nos afeta mental, física e espiritualmente. Paul e Carolyn es-tavam cientes dos problemas do local onde tinham o seu trailer. Eles não conseguiam andar uns poucos metros no parque sem que fossem obrigados a ouvir a música de seus vizinhos e, de vez em quando, seu linguajar peculiar. Se tivessem filhos, seria muito difícil controlar as suas amizades. Paul estava certo de que Deus queria que se mudassem para um local melhor. Depois de procurar por toda a Inglaterra, Escócia e especialmente no País de Gales, finalmente eles en-contraram uma propriedade no sul da Irlanda. Era uma pequena casa pela qual podiam pagar e reformar. Como a casa estava abandonada e necessitava uma boa reforma, eles decidiram levar o trailer, recentemente adquirido, para a Irlanda e morar nele temporariamente. Apressada-mente prepararam o terreno para ele perto da casa. Logo perceberam que o local escolhido para o trailer era vulnerável aos constantes ventos invernais. Por mais que detestassem a idéia de mudar do lugar onde mal se haviam instalado, o trailer teria que ser levado para o outro lado da casa o quanto antes. Conseguindo a ajuda do guarda florestal local e de um fazendeiro que tinha um trator, Paul fez os preparativos necessários para conduzir o trailer pelos cinqüenta metros até o seu novo lo-cal. Carolyn tirou todos os quadros da parede e estava para tirar as porcelanas das prateleiras quando Paul a advertiu de que não era necessário, pois a viagem era muito curta e de que ia dar tudo certo. Originalmente, Paul tinha planejado mudar ele mesmo o trailer de lugar, mas seu carro não foi capaz de rebocá-lo, então so¬licitou a ajuda do fazendeiro, que era uma das poucas pessoas do local com quem eles fizeram amizade naquele curto período de dois meses. Justamente quando todos estavam contentes de ver que o trator tinha força o suficiente e que tudo estava funcionando bem, houve um enorme estrondo, o que fez com que tudo parasse. Com sete meses de gravidez e sem poder ajudar muito, Caroly subiu num rochedo para ob-servar o movimento. Parecia que tudo estava sob controle quando o trailer começou a se movimentar vagarosamente. Foi então que um lado do trailer afundou violentamente e toda a estrutura pendeu para o lado, como um navio afundando. Mesmo à distância, ela pode ver pelas janelas do trailer que todos os itens foram lançados para o ar e cruzaram a sala. Depois, ela ouviu o terrível som da porcelana se espatifando. Ela queria correr para lá e ver o tamanho do dano. Cheia de emoção, ela pensou: “É isso aí, Paul! Quer dizer que vai dar tudo certo, hein!” Mesmo assim, de alguma maneira, em meio àquele turbilhão de sentimentos brotando dentro dela, ela sentiu a restringidora influência do Senhor falando ao seu coração e incenti-vando-a a ficar onde estava e a não agir por impulso.Conhecendo bem sua esposa, Paul sabia que ela estava se controlando muito para ficar onde estava, ainda assim ele queria estar em qualquer outro lugar, menos ali. Paul não acreditava no que via, as rodas estavam completamente atoladas. Sua primeira reação foi dizer: “Por que não me avisaste, Deus?” Mas a culpa era dele, só dele. Ele havia visto a depressão do terreno, mas não avisou ao fazendeiro que conduzia o trator. Tanto o fazendeiro como o guarda florestal tinham outras obrigações e voltaram para suas respectivas atividades. Estava claro que eles teriam que arrancar as rodas daquela vala, e isso ia levar bastante tempo. O fazendeiro prome-teu voltar em duas horas para ajudar a terminar a mudança. (Continua...)

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Segunda - 23 de Março de 2009

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Como lidar com a frustração? (II PARTE)

Paul sentia profunda tristeza por sua incompetência, misturada com frustração e abandono. Ele andou ao redor do trailer para verificar melhor a situação, mas na realidade estava lutando com o pensamento de como seria difícil e demorado resolver aquilo. Seus planos para aquele dia foram arruinados, suas promessas para Carolyn quebradas, seu Deus aparentemente tinha lhe abandonado em sua auto-suficiência (ou estupidez). Por outro lado, Carolyn tinha descido do rochedo com o coração em desespero. Queria muito dar uma bronca no Paul. A tentação era enorme. Foi por culpa dele que a porcelana do nosso casamento se quebrara. A vontade de desabafar aqueles sentimentos de raiva e frustração podia ser sentida como uma necessidade física. Longe de Deus, realmente somos pessoas desprezíveis, mas Deus é fiel. Mesmo sendo fracos e predispostos a pecar, Deus estava com eles e havia providenciado uma saída inesperada. Os olhos de Paul se encontraram com o dela, e ele disse rapidamente: “Não diga nada.” Naquele momento de verdade absoluta, sabendo o que ia no seu coração, ela sabia que Paul estava certo. Ele não estava zangado nem na defensiva, mas declarando o simples fato de que não havia como confiar neles mesmos para falar qualquer coisa. Carolyn consentiu com a cabeça, manteve a calma e, a despeito da crise que estava enfrentando e das dificuldades do momento, ambos se seguraram em seu Salvador e um no outro. Ao invés de culpá-lo, ela sen-tiu brotar em seu coração uma nova simpatia e compaixão por seu marido. Ele sabia quão mal ela se sentia e ela compreendia o quão mal ele se sentia por causa disso. Assim Carolyn saiu do caminho para que Paul pudesse continuar seu trabalho. Por que Paul e Carolyn sobreviveram a essa provação, quando, no passado, problemas meno-res os lançavam no egoísmo e em conflitos um com o outro? Eles são as mesmas pessoas com as mesmas inclinações para o eu e o pecado. A diferença nessa situação foi que ambos escolheram segurar-se em Jesus antes e durante a crise. Eles tiveram e continuarão tendo suas lutas, mas aqueles dois dias ficarão em suas mentes, pois foi ali naquelas encostas surradas pelos ventos, em meio ao seu primeiro inverno irlandês, que eles perceberam que Deus pode sustê-los em todas as situações.

“O poder do amor possui força maravilhosa, porquanto é divino. A resposta branda “desvia o furor”, a caridade é “sofredora, é benigna;” a caridade “cobre uma multidão de pecados” – sim, se aprendêssemos estas lições, quão grande não seria o poder para curar de que sería-mos dotados! Como se transformaria a vida, e a Terra se tornaria a própria semelhança e antegozo do Céu!” (LA. 195)Aplicação: Quantas vezes nos irritamos, ficamos furiosos, e de forma inconseqüente descarre¬gamos nossa frustração sobre as pessoas que mais amamos: esposo (a), filhos, ami-gos, etc. O ser humano tem dificuldade de lidar com perdas, de reconhecer suas próprias falhas. É mais cômodo culpar os outros, as circunstâncias e em último caso ao próprio Deus. Ore e peça a Deus que te ajude a lidar com essas questões, a ser mais paciente, tolerante, etc. Aproveite este momento para pedir e/ou conceder perdão a alguém que te magoou, e de quem você guarda algum ressentimento.

Não se esqueça de interceder pela família que Deus confiou aos teus cuidados.

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Terça - 24 de Março de 2009

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Deus tem um sonho...

“Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão”. Lucas 19:9

Ele um dia sonhou em ser rico, um sonho que muitos querem realizar, uma boa casa para que sua família pudesse ter paz e ser feliz, o dinheiro veio e junto vieram à casa dos sonhos e uma vida aparentemente tranqüila, nada lhe faltava. Mas, diante de tantas realizações e aquisições sempre havia um vazio dentro do peito que nada parecia preencher. Zaqueu é este homem, conseguiu realizar seus sonhos a custa da cobrança indevida de im-postos sobre seu próprio povo, mas era rejeitado e humilhado por suas atitudes. Sua família possuía muitos bens, usavam as melhores roupas, seus filhos estudavam nas melhores escolas, mas o nome de Zaqueu sempre estava ligado a desonestidade, alguém que conseguiu realizar seus sonhos, privando outras pessoas da realização de seus próprios sonhos. Tenho certeza que a família de Zaqueu não vivia um sonho, mas um pesadelo, os filhos tendo que ouvir que seu pai era injusto e desonesto, e a esposa ouvindo de toda vizinhança que seu esposo era um ladrão. E disse-lhe Jesus: “Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão” Lucas 19:9. Zaqueu estava perdido e precisava ser encontrado, e nesta história nós vemos o sonho de Deus se realizar na vida de uma família.

Um homem, uma família como muitas hoje, que sonham, desejam e realizam, porém, não conseguem preencher o vazio que continua mesmo depois das grandes realizações. Alguém que sonhou em ser rico, mas sua esposa sonhava com um homem honesto e seus filhos com um pai sendo lembrado por seus atos de bondade.Sonhos que se realizaram quando Jesus visitou aquele lar, que parecia ter tudo, mas estava incompleto.

Nossa vida neste mundo é cheia de sonhos, e queremos realizá-los, mas você já perguntou para seus filhos quais são os seus sonhos?

Para seu esposo ou esposa?

Já conversaram entre vocês de sonhos comuns que iriam trazer felicidade para toda a família?

Que tal fazê-lo agora?

Conversem sobre seus sonhos, mas lembrem-se Deus tem um sonho para vocês, e Ele espera realizá-lo.

Ele deseja morar em sua casa aqui na terra e dentro em breve levar você, sua família e a família por quem você estão orando para morar na casa dEle.

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Quarta - 25 de Março de 2009

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Eles e elas com seus problemas

“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Romanos 12: 10

Embora muitas pessoas se casem em parte para encontrar intimidade, muitos casais logo começam a criar símbolos de isolamento. O “sim” na cerimônia nupcial com muita freqüência muda para “não”, e a abertura original para a intimidade se transforma em sinais de isolamen-to. Aqui estão alguns desses que tenho observado nos casais quando provam o isolamento: - Carlos e Paula enfrentaram vários problemas difíceis durante seus 25 anos de casamento. Eles eram considerados por muita gente um casal-modelo. Mas, com o passar dos anos, eles se alienaram um do outro por causa da vida sexual insatisfatória. Muito orgulhosos para procurar conselho, perceberam que não mais podiam discutir o assunto. - Próximos da aposentadoria, José e Marta criaram sua família e estão orgulhosos de seus netos. Seu casamento de 35 anos resistiu ao tempo, mas agora o silêncio toma conta de seu relacionamento. Eles não sabem conversar entre si porque por muitos anos eles concentraram suas vidas em seus filhos. Agora, qualquer relacionamento que uma vez tiveram é substituído pelo silêncio, quebrado apenas pelo ranger ocasional de uma cadeira de balanço e pelo tique-taque de um relógio. - Paulo e Rose são profissionais agressivos, ativamente envolvidos em responsabilidades cívicas e em sua igreja. Mas, desde que iniciaram a formar sua família, observaram uma diferença em seu casamento. Lá se foram os passeios e o bate-papo em fim de noite que eles costumavam usufruir. Estão muito desgastados – eles agora vivem para os fins de semana. A fadiga está co-brando seus direitos e nenhuma energia sobrou para o romance. - Guilherme e Tereza se casaram há apenas seis meses, mas já magoaram um ao outro profun-damente. Seus sonhos e esperança de intimidade já estão desaparecendo na escuridão atrás das portas fechadas onde eles discutem. Guilherme era capaz de se exteriorizar durante o noivado, mas agora ele acha difícil compartilhar seus sentimentos. Tereza anela a intimidade e deseja desesperadamente ser sua parceira na vida. Ela não consegue se aproximar, e ele não sabe como se abrir com ela. - Por serem ambos oriundos de lares desfeitos, Roberto e Joana decidiram com determinação que seu casamento seria diferente. Embora tivessem conversado sobre os divórcios de seus pais, nenhum deles foi capaz de absorver o impacto que as separações tiveram sobre eles. Sem o modelo de um bom casamento formado em suas mentes, eles estão sem a noção de qual é o excesso de bagagem que carregam. - Valter e Juliana trabalham a uma boa distância de sua casa no subúrbio; por isso, quando che-gam a casa, já enfrentaram o tráfego pesado e lento depois de um longo dia de trabalho. Eles desmoronam em cima das poltronas diante da televisão, mastigando seus jantares, enquanto assistem à série de comédia daquele horário. Seu casamento de cinco anos não está em crise, porém mais tarde, quando vierem os filhos, ela sentirá que se tornou viúva diante da tempo-rada do futebol, basquete e vôlei, sem falar dos passatempos dele: golfe, pesca e caça. Ela está sozinha. E ele nem sequer percebe isso.

Alguns desses sinais de isolamento estão presentes em sua vida? Se não há, fale sobre o que você está fazendo para proteger seu casamento desse mal?

Ore para que você e sua família mantenham e protejam seu relacionamento do isolamento.

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Quinta - 26 de Março de 2009

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O temor do senhor (I PARTE)

“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.” Jeremias 32: 38 e 40.

Por que você acha que Deus deseja que lhe tenhamos temor? Talvez por que há benefícios para nós, se o fizermos. Apenas observe os versículos acima. Neles percebemos que Deus deseja nos fazer o bem, e promete que não se apartará de nós. Mas Ele também deseja que não nos apartemos dele. Vejamos alguns motivos: Primeiro, o temor de Deus é fonte de vida para o crente. Provérbios 22:4 diz que o temor de Deus, juntamente com a humildade, nos leva à riqueza, honra e vida. E o Salmo 111:10 afirma que o temor de Deus é a chave da vida. Segundo, o temor de Deus solidifica a fidelidade do crente. Esta passagem de Jeremias me diz que esse temor tem sido pregado em nossas almas pelo Espírito Santo para nos conservar fiéis. O verdadeiro teste de um homem ou mulher não é o que fazem quando os outros estão olhando. O teste real é que o fariam sabendo que ninguém descobriria.Temer a Deus significa que pratico sua presença em minha vida diariamente, nada é escondido dEle. Ele vê e sabe todas as coisas. Não posso me esconder na escuridão e no pecado. Não posso evadir-me de seus olhos perscrutadores ou de sua mente onipotente. Sim, isso me mantém fiel. Terceiro, Deus cumpre os desejos daqueles que o temem. Salmo 145:19 diz: “Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhes ao clamor e os salva.” Temer a Deus não apenas me guarda do pecado, mas também me livra da angústia.Por que tantos cristãos, homens de negócios ou quaisquer outros difamam o nome de Cristo com suas ações? Porque não têm o temor de Deus. O temor de Deus é respeito solene e reverente por Ele. É uma sincera convicção de que Ele é não somente amoroso e pessoal, mas santo e justo. Esse temor também nos ajuda a amar o próximo e a respeitar e proteger todas as Suas criaturas. Temer a Deus nos ajuda a valorizar e investir na família. Possa Deus esculpir em nossos corações o temor perante Ele, para que não nos apartemos.

O que você fez (disse ou pensou) recentemente que sabia que nenhuma pessoa descobriria?

Como se sente sabendo que o reto Deus do universo viu ou ouviu o que fez ou disse?

Incline-se em oração e peça que o temor de Deus esteja presente com você e sua família.

Peça também para que esse temor esteja com a família por quem estão intercedendo. (Con-tinua...)

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Sexta - 27 de Março de 2009

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O temor do senhor (II PARTE)

“O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará” Provérbios 19: 23.

O temor do Senhor é a fundação para o desenvolvimento de um caráter reto. Acredito que a crise de liderança que enfrentamos hoje no mundo é realmente uma crise de caráter. Nunca houve um tempo em nossa história em que tivéssemos líderes perfeitos. Mas, a diferença atualmente é que muitos “líderes” negam que existam pessoas por quem eles são respon-sáveis. O resultado é a arrogância, é estar acima da lei e agir com falsidade, atitude que marca muitos de nossos líderes políticos, civis e espirituais. Tudo isso se deve ao fato de os homens não terem mais o temor de Deus, e de estarem convencidos de que estão isentos de punição pela prática dessas coisas. Se não somos responsáveis por nossas vidas perante Deus, então por que sermos responsáveis perante nossos semelhantes por nossas ações hoje? Êxodo 18:21 assinala que o temor de Deus é um pré-requisito para a liderança. Moisés estava tomando conta sozinho dos filhos de Israel quando Jetro, seu sogro, lhe disse: “Sem dúvida desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo: pois isto é pesado demais para ti; tu só não o po-des fazer” (verso 18). Desde o nascer do sol até a hora de dormir, as pessoas faziam fila para ver Moisés e tratar de disputas civis e problemas de liderança, porquanto, Moisés detinha em suas mãos toda a verdade de Deus. Ele era candidato à morte, devido a um provável ataque cardíaco. Por isso, Jetro, no versículo 21, dá a Moisés um conselho que salva sua vida: “Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta, e chefes de dez.” Por que ele indicou líderes como esses? Porque tinha confiança neles. Não havia subornos. Nenhum compromisso com as trevas.Provérbios 14:27 diz: “O temor do Senhor é fonte de vida, para evitar os laços da morte.” Onde não houver o temor de Deus não há medo da punição divina, não há receio de incorrer na Sua ira. Leio as manchetes de nossos jornais todos os dias e lamento que o mundo tenha perdido seu temor a Deus e ao juízo divino. Acredito que é justamente por isso que ouvimos falar de tantas calamidades. O que aconteceria em nossos governos se nossos líderes praticassem o temor de Deus? E quanto aos líderes em sua igreja? E aos líderes em seu lar? Precisamos aprender a temer a Deus.

Você está sendo fiel nas pequenas tarefas para as quais Deus o designou?

Peça a Ele que o ajude, bem como seu cônjuge a serem líderes tementes a Deus em seu lar.

Fale da importância do temor de Deus para a família por quem a sua família está interce-dendo.

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Sábado - 28 de Março de 2009

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Recuperando o primeiro amor (I PARTE)

Alane trabalhava recrutando enfermeiras para um grande hospital do Centro-Oeste dos Esta-dos Unidos quando conheceu Tom. Ao conhecê-lo, ela percebeu que ele tinha em seu coração o mesmo desejo que ela, o de servir a Deus. Diante de tantas coisas em comum Alane concluiu que Tom era a resposta de Deus para ela. Por outro lado, Tom reconhecia que Alane tinha qualidades que ele não encontrara em nenhu-ma moça que conhecera. O jeito dela se portar e sua dedicação em servir a Deus o atraíram e o inspiraram a buscar padrões mais elevados para sua vida, o que não ocorreria sem a influência de Alane. “Ali estava uma mulher de ouro com quem eu poderia ter um namoro apropriado e o tipo de casamento com que sempre sonhara. Eu sabia que Deus havia nos colocado juntos e que a vida de casados seria um paraíso!” afirmou Tom. Na verdade, não foi o paraíso que ele esperava. Assim que retornaram da lua-de-mel e ini-ciaram a rotina do dia-a-dia, perceberam que o casamento não é sempre um mar de rosas. É preciso fazê-lo funcionar. A tendência natural dele era voltar para as mesmas atividades e os mesmos amigos que tinha quando ainda solteiro, pois agia como se ainda fosse. Tom não per-cebeu que havia se tornado o centro da vida de Alane, enquanto ela era apenas uma parte da sua. Tom era muito extrovertido e ainda queria sair e se divertir. Ele não fazia nada impróprio, mas podia brincar com alguém ou cumprimentar uma garota com um beijo. Embora todo o mundo achasse que isso não tinha a menor importância, Alane não gostava desse tipo de comportamento. Quando Alane fez objeções ao seu comportamento, Tom ficou ressentido. Ele não queria assumir a responsabilidade pelos seus atos e mudar de vida. Tom preferiu colocar a culpa em Alane. Era um problema dela não aceitar tudo aquilo. Ela devia ser um pouco mais flexível, ele pensava. Tom nunca teve uma vida pautada por princípios no passado. Embora estivesse comprometido com padrões e ideais elevados quando se casou, ao estar com seus amigos, era sempre a mesma coisa. Como não podia se comportar daquele jeito com Alane por perto, deixou de incentivá-la a acompanhá-lo em seus jogos e outras atividades. Ele não queria que sua presença o inibisse. Tom começou a criticar as falhas de Alane. Muitas vezes ele não queria magoá-la intencional-mente, mas, ao falar mal dela, sentia-se melhor sobre as áreas que ele tinha problemas. Isso tornou-se uma espada de dois gumes, pois criticá-la virou um hábito e ela começou a consider-ar simples sugestões como críticas. A situação ficou tão ruim que ele já nem podia sugerir que a torrada ficasse um pouquinho mais tostada porque ela interpretava isso como uma alfinetada. Quanto mais Alane reagia negativamente, maior era a tendência de Tom de afastar-se, e isso a fazia sentir-se ainda mais rejeitada e ignorada. Este ciclo foi tomando maiores dimensões sem que eles percebessem o que estava acontecendo. Alane havia se casado com o que pensava ser uma expectativa razoável. Tudo o que ela queria era fazer Tom feliz e que ele a amasse. Ela queria que ele gostasse da sua companhia e que a apreciasse pela pessoa que ela era, mas, a despeito de todos os seus esforços, era o oposto que estava acontecendo. Às vezes, aqueles sentimentos de rejeição a inundavam de tal maneira que ela chorava descontroladamente sentada no chão do quarto que eles haviam transformado em escritório. Alane foi ficando cada vez mais nervosa quando estava perto de Tom. Sentia-se como se nunca fizesse nada certo.Esforçou-se muito para fazer com que Tom a amasse. Aos domingos, servia-lhe o desjejum na cama em uma bandeja, com flores e velas. (Continua...)

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Domingo - 29 de Março de 2009

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Recuperando o primeiro amor (II PARTE)

Ele adorava a atenção e sempre dizia o quão maravilhosa ela era, mas Alane começou a con-siderar até mesmo aquele elogio genuíno como algo negativo. “A única coisa que você gosta em mim é o fato que sou uma boa cozinheira!”, queixou-se Alane zangada. Ela estava muito magoada e queria resolver seus problemas, mas acabava ficando ainda mais magoada e empur-rando Tom para mais longe dela. Num determinado dia eles tiveram uma briga séria. Alane se refugiou no chão do escritório, enquanto Tom foi para o porão da casa. Tudo parecia sombrio. Tom tinha tentado de tudo para que Alane mudasse, mas ela parecia um caso perdido. Embora Tom dissesse que era cristão, não sabia nada como Deus nos fala. Por isso, ficou muito chocado quando, de maneira muito clara, o seguinte pensamento lhe veio à mente: “Se você não parar de implicar com a sua esposa, vai destruí-la.” Sentou-se e passou a pensar no que acabara de ouvir. “Bem, se não é para eu implicar mais com minha esposa, então... a culpa é minha, Senhor? Isso era totalmente novo para ele, pois havia desenvolvido uma imagem tão ruim de Alane que passara a assumir de forma natural que todos os problemas que tinham no casamento eram por culpa dela. Alane não sabe quanto tempo Tom permaneceu no porão, mas foi bastante tempo. Estava sentada no chão do escritório, com os cotovelos apoiados em seus joelhos, a cabeça entre as pernas, completamente exausta, após chorar até os limites da sua energia. Tom se aproximou da porta e disse palavras que Alane pensou que nunca fosse ouvir: “Querida, sinto muito. Perdoe-me pela maneira como venho lhe tratando. Não tenho tratado você da maneira que devia. Eu amo você.” Quando Tom aprendeu a deixar que Deus guiasse suas ações e palavras dia após dia, foi subi-tamente transformado. Tom passou a levar Alane para assistir aos seus jogos. Ele nem ficava sentado no banco com os outros jogadores, mas ia sentar-se com ela nas arquibancadas e a en-volvia em seus braços. Ela se sentia tão amada e querida que começou a florescer e prosperar, tornando-se a mulher que Deus queria que ela fosse. Daquele ponto em diante, a relação deles cresceu e se expandiu. “Mas nada disso teria ocorrido sem a intervenção de um Pai celestial, amoroso. Deus um dia nos unira e não estava disposto a permitir que sacrificássemos nosso casamento no altar do orgulho egoísta”, afirma Alane.

Aplicação: Depois de refletir na vida de Tom e Alane, quais são as mudanças que você percebe que precisa fazer para fortalecer seu casamento?

Que tal dar um presente ao seu cônjuge hoje? Você não gostaria de começar esta manhã di-zendo que o (a) ama, e o quanto ele (a) é importante para você?

Hoje, vamos orar pelo cônjuge.

Parte Prática: Compartilhe essa mensagem com a família por quem você está orando. Faça uma visita e ore pessoalmente pela família que Deus confiou aos seus cuidados.

Segunda - 30 de Março de 2009

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Removendo os espinhos (I PARTE)

Connie e David viajaram quase mil quilômetros para se encontrarem com Jim Hohnberger. Jim percebeu que alguma coisa estava acontecendo para que eles fizessem essa longa viagem de carro. Afi¬nal, alguns meses antes ele havia participado de algumas sessões de aconsel-hamento com a família. Ao vê-los, lembranças vívidas daquela família vieram à mente de Jim. Primeiro, David – o líder, o realizador, respeitado e querido por todos, mas duro e crítico den-tro de casa. Depois, Connie – meiga, afável, mas às vezes um pouco distraída. E, finalmente, os dois adolescentes que, como a mãe, nunca estavam à altura da energia e determinação do pai. A família inteira ficou abalada quando se tornou público que ambos os filhos haviam perdido a virgindade em relacionamentos com pessoas da igreja e da escola. Eles conversaram e oraram com Jim e estavam determinados a mudar o seu lar para melhor. Agora, seis me¬ses depois, ele podia ver o desespero em seus rostos. “Não está funcionando conosco, Jim”, Connie exclamou de um modo quase acusador... “Só sabe¬mos brigar e discutir!” Quando Jim olhou para David, ele acrescentou: “Os meninos se rebelaram. Nem quiseram vir conosco. As coisas estão indo de mal a pior no jeito deles se vestirem, na música que ouvem e na maneira que falam. Nem dá mais para conversar. Eles estão muito diferentes daquilo que tentamos ensiná-los. Estão muito mundanos! Por que, Jim? Por quê?” Jim fez uma pausa, depois perguntou: “Bem, David, o que eles estão vendo em casa?” Con¬nie deu uma olhada para David, como quem diz: “Eu não falei!” Jim fingiu que não notou, e contin-uou: “Vocês querem ou não salvar esses meninos? Depende de vocês.” A resposta foi enfática, eles disseram: “Sim!” “Ótimo”, disse Jim. “Mas se isso for realmente o seu desejo, então vocês terão de fazer como Cristo fez em João 17:19, onde Ele diz: ‘E a favor deles eu Me santifico a Mim mesmo.’ Pelo amor de seus filhos, vocês vão terão que se santificar. E isso significa fazer tudo de um modo diferente. Para ser prático, isso quer dizer que, nos últimos meses, a motivação de querer um lar onde reina a paz e o casamento funcione bem foi insuficiente para fazer com que promoves-sem as mudanças necessárias. Isso não é incomum e Deus sabe que, para salvar aqueles a quem amamos, fazemos coisas que talvez não faríamos para nós mesmos. Se quiserem conquistar de volta o coração de seus filhos, vocês deverão aprender a viver em casa a religião que profes-sam em público.” “Não podemos! Já tentamos Jim! Realmente, já tentamos!” “Eu sei que já tentaram, e também sei que não conseguem, mas estou contente de ver que vocês sabem disso, pois agora estão em uma condição mais esperançosa para que Deus opere uma obra poderosa em sua vida. Ao perceberem que não têm poder para reformar sua vida, vocês finalmente ficarão motivados a colocar sua dependência em Deus, e cada uma de suas falhas passadas vai lembrá-los de que, se conseguirem a vitória, ela veio de Deus e não de vocês mesmos. Será apenas por Sua graça, e não pela força ou sabedoria que vocês pos¬suem. Quando vocês dois mudarem a maneira de se relacionar um com o outro e transformarem a sua relação, sem que tenham de falar uma única palavra, vocês irão influenciar seus filhos a fazerem as mes¬mas escolhas que mudaram suas vidas. Estão dispostos a remover esses espinhos que existem, de maneira que seus filhos possam ver Deus revelado e operando em suas vidas?” (Continua...)

Terça - 31 de Março de 2009

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Removendo os espinhos (II PARTE)

“Sim Jim, estamos desesperados! Não estamos satisfeitos com o que está acontecendo com nossos filhos e nos sentimos realmente desconfortáveis. É claro que gostaríamos que as coisas mudassem, mas já vimos tanto fracasso que não parece possível que isso possa influenciar nos-sos filhos”, afirmou David. Para começar, vamos ver que mudanças precisam ser feitas no relacionamento de vocês. “Connie, o que mais a aborrece em David?” Ela pensou por um instante e disse: “Ele é sempre negativo. Está sempre me diminuindo e dizendo o que eu faço de errado, e apontando minhas falhas. Fico tão desanimada que, às vezes, até desisto de tentar. Em segundo lugar, eu queria que, em casa, ele fosse o mesmo líder espiritual que os outros vêem em público. Lá fora é uma coisa, mas em casa é outra.” David admitiu que o que ouvira era verdade e que precisava e queria vencer tudo aquilo... concordou em falar apenas palavras de ânimo e incentivo para sua esposa pelos próximos trinta dias. Se não conseguisse pensar em nada agradável para dizer, ficaria calado, ao invés de ofendê-la, como fazia no passado. Quanto ao segundo aspecto da sua mudança, ele concor-dou em assumir o papel de líder espiritual do lar e dirigir os cultos familiares. E, finalmente, começaria a assumir a liderança das questões disciplinares dos filhos, em vez de simplesmente deixar que a mãe cuidasse disso. “E sobre Connie? Quais são os espinhos que ela tem que o estão incomodando?”, perguntou Jim a David. “Eu só queria que parasse de me desautorizar na frente dos meninos. Ela me de-precia e fica falando que eu faço as coisas malfeitas. Sei que não sou perfeito, mas ela destrói minha capacidade de liderar. A segunda área é que, quando tomo uma decisão e acho que estamos trabalhando juntos, descubro que não apóia ou, se apóia no começo, recusa-se a levar adiante. Isso me frustra! Ela quer que eu lidere, mas não coopera comigo!” Com isso, Jim afirma: “Queria que vocês pudessem ver seus rostos a essa altura. A esperança havia sido restaurada! Com sorrisos iluminando suas faces, fizemos uma linda e fervorosa ora-ção e nos despedimos”. Eles me ligaram três semanas mais tarde e explicaram animadamente: “Precisávamos contar o que está acontecendo. Queremos que você saiba que agora temos um lar feliz! Em apenas três semanas, nossos filhos perceberam como mudamos. Agora, eles mesmos estão mudando e começando a fazer coisas que sempre quisemos que fizessem. Não acreditamos quando você disse que a maneira de alcançar nossos filhos era mudando a nós mesmos; porém, isso era verdade e está funcionando conosco” - declarou Jim.

Aplicação: Amigo, isso também pode funcionar com você. Remova os espinhos da sua relação e, quando se livrar de um, remova outro e mais outro. Em um ano, você vai descobrir que já se livrou de quatro, seis ou até mesmo oito espinhos. Pouquíssimas relações têm mais que isso. É um método simples, mas compensador.

Hoje, vamos orar pedindo a Deus poder para arrancar os espinhos do nosso relacionamento. Vamos orar também pelos filhos que influenciamos negativamente com o nosso exemplo, pedindo a Deus que transforme o coração deles, e que lhes dê uma nova chance.

Não se esqueça da família que Deus confiou aos seus cuidados, ore e trabalhe com ela.

Quarta - 01 de Abril de 2009

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Tirando a máscara (I PARTE)

“Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais alguém coma fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.” Marcos 11: 14.Você iria à igreja se soubesse que ali estaria sendo exibido um vídeo de como você agiu em sua própria casa durante a semana passada? Quando Cristo andou pela Terra, Se deparou com uma figueira muito frondosa na beirada da estrada por onde viajava. Faminto, buscou pelos frutos, os quais aparecem antes das folhas, mas a figueira era estéril. Cristo amaldiçoou aquela árvore: “Nunca jamais alguém coma fruto de ti!” (Mc 11:14). O problema dessa figueira não era o de não ter figos, mas dar a aparência de tê-los. Muitos cristãos são como a figueira que Cristo amaldiçoou. Seus ramos estão cobertos com a folhagem do fingimento, da tradição, das formas, cerimônias e ritos, mas faltam os frutos que viriam de uma conexão com o Deus vivo. Tal como em um casamento, quando tomamos o nome de Cristo, tornamo-nos um com Ele. “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” (João 15:5). O ramo é um com a videira. Ele precisa estar conectado se quiser produzir frutos, ou mesmo sobreviver. O único teste de nossa conexão com a Videira, com Cristo, é a nossa capacidade de dar frutos. Cristo disse: “Assim, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7:20). A nossa vontade própria é confrontada repetidas vezes em casa. E é quando somos assim con-frontados – pelo cônjuge, pelos filhos e pelos pais – que a experiência apenas externa fracassa. Ouvi certa vez um cristão dizer o seguinte: “Eu pensava que Cristo e eu éramos um, mas em minha relação com Deus eu estava sozinho. Era eu, não Cristo, que tinha o controle da minha vida.” Certo casal tentou fazer com que o cristianismo funcionasse em seu lar, mas nada parecia mudar, exceto a dívida do cartão de crédito que só fazia aumentar. Os plantões extras que ele fazia para ajudar a pagar as dívidas afetavam negativamente a união da família. Eles começaram a ter discussões acerca da situação, as quais, em poucas semanas, se deterioraram, tornando-se disputas marcadas por gritos. Por fim, o esposo ficou indiferente com sua esposa, seus filhos e com Deus. Eles tinham todos os ornamentos do cristianismo – cargos na igreja, livros de histórias da Bíblia, discos e fitas de música religiosa para os filhos e ainda estavam dolorosamente insatisfeitos. Se isso é tudo o que há na vida e na religião, então vou pôr fim à minha vida, pensava o esposo. Não quero continuar com esse sofrimento. Assim, após carregar cuidadosamente a sua pistola de nove milímetros com as balas mais destrutivas que possuía, ele colocou a arma em seu bolso e preparou-se para ir até um ponto isolado dentro do seu terreno, para dar fim a tudo. Ele ignorou as súplicas de sua esposa para que não fizesse nada precipitado e pediu que mantivesse os filhos dentro de casa por um tempo. Ele saiu de casa e encontrou o filho de quatro anos andando em sua minúscula bicicleta, cantan-do: “Se tu buscares a Jesus, encontrarás o Salvador; A ti virá manhã de luz e paz em seu amor...” (Continua...)

Pense: Cristo fala ao nosso coração sempre e de muitas maneiras, pare para ouvir a Sua voz. Descubram quais são as principais necessidades da família por quem vocês estão intercedendo e empenhe-se por ajudá-los.

Quinta - 02 de Abril de 2009

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Tirando a máscara (II PARTE)

O pai passou pelo filho e saiu andando pelos arredores, até um pequeno monturo. Ele tirou a arma do bolso e, em seus momentos finais, pensou no filho e no que estaria fazendo para o menino caso se matasse. As lágrimas jorravam quando, finalmente, abaixou a arma, colocou-a de volta no bolso e voltou para casa.“Caí em depressão”, ele contou. “Nunca fora uma pessoa deprimida antes disso, mas agora estava deprimido. Não conseguia fazer o cristianismo funcionar, mas sabia que ele podia fun-cionar. Eu era um fracasso como cristão, um fracasso como marido, um fracasso como pai, um fracasso em minhas finanças e agora fracassava até em me matar.” Depois dessa experiência o esposo assistiu a uma reunião de Jim Hohnberger, o qual depois de apelar para que seguisse as orientações contidas em seu livro: “Vida Plena de Poder”, orou para que sua vida tivesse uma mudança radical.Seis meses depois, Jim estava outra vez falando em um local não muito distante e esse esposo foi assistir às reuniões. Era uma pessoa diferente! Sua religião tornara-se prática, afetando posi-tivamente sua esposa e filhos. De maneira especial, ela o tinha mudado. Em apenas meio ano ele pagara mais da metade do seu débito. Em seis meses, juntamente com a esposa, passaram a ter uma nova atitude quanto à vida e um com o outro. A família ainda tem um longo caminho pela frente, mas se você lhe perguntasse, eles contariam como tudo está muito melhor hoje, e como almejam fazer com que tudo fique ainda melhor.Uma das maiores tragédias na vida é o endividamento. Vivemos numa sociedade ma-terialista, onde o apelo ao consumo é muito grande. Hoje, não são apenas as empresas que falem; muitas famílias estão falidas financeiramente, moralmente e espiritualmente. Uma das principais causas de divórcio no mundo é o endividamento das famílias. Todavia, há uma saída – Jesus. Ele quer nos libertar de todo o jugo que nos escraviza e nos torna súditos do reino de Satanás. Portanto, ore pedindo a Deus habilidade para lidar com os recursos que Ele te confiou.“Mediante uso inapropriado ou desavisado, o dinheiro tornar-se-á um laço para o seu pos-suidor. Aquele que emprega o dinheiro na satisfação do orgulho e ambição propicia uma mal-dição em vez de uma bênção. O dinheiro é uma prova constante das afeições. Quem quer que adquira mais do que é suficiente para suas necessidades reais deve buscar sabedoria e graça para conhecer o próprio coração e guardá-lo diligentemente, para que não tenha necessidades imaginárias e se torne um mordomo infiel, usando com prodigalidade o capital que o Senhor lhe confiou. Quando amamos a Deus acima de tudo, as coisas temporais ocuparão seu lugar certo em nossas afeições. Se humildemente e ferventemente buscarmos conhecimento e habilidade para fazermos reto uso dos bens do Senhor, receberemos sabedoria do alto.” (LA. 372)Caso você se encontre endividado busque a ajuda de alguém que possa orientá-lo (a), a fim de que você possa sair dessa armadilha. Coloque sua situação de forma honesta e transparente diante do Senhor, ore acerca deste assunto e Deus vai te dar a vitória.

Ore também pela condição financeira da família por quem vocês estão intercedendo.

Sexta - 03 de Abril de 2009

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Sábado - 04 de Abril de 2009

Será que Deus é o culpado?

“...tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; ...” Malaquias 3:7.

Temos visto com horror tantos problemas: crimes, acidentes, injustiça, pobreza, calamidades, incompreensão, desonestidade, casais em crise, famílias desfeitas, filhos sem pais. Ao ver tudo isso, alguns perguntam: Por que e outros perguntam: Até quando?

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro? Anne Graham deu uma resposta muito sábia: “Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muito tempo temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos ouviu. Como podemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva conosco? À vista de tantos acontecimentos recentes; ataques de terroristas , tiroteios nas escolas, etc... Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O’hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer orações nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e então adotaram a sua opinião. Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E também concordaram com esse alguém. Logo depois o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e podería-mos prejudicar sua auto-estima (o filho dele se suicidou) e todos disseram “um perito nesse assunto deve saber o que está falando.” Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal, então foi de-cidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos. Aí alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E isso virou lei. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quanto eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. Então disseram: “Está bem!”Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma apre-ciação natural ao corpo feminino. Agora nós estamos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e por que não sabem distinguir o bem do mal, o certo do errado? Por que não lhes incomoda matar seus próprios colegas de classe ou a si próprios? Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que planta-mos. Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: “Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?” A resposta dele: “Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!”

É triste ver como as pessoas culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para a destruição. É triste como crêem em tudo que os jornais e a TV dizem, maduvidam do que a Bíblia ou do que a religião da Bíblia ensina.

Sua família se preocupa com o que Deus pensa? Está começando o período que compreende a “Semana Santa” leve a família por quem vocês estão orando para a igreja.

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Créditos:

Meditações: Jair Gois - UCOB, Carlos Alberto Rosa - UCOB e Paulo Alvarenga - APlaC

Obs: Algumas dessas meditações foram extraídas dos livros: - Vida Plena de Poder - Jim Hohnberger- Meditações para Casais - Dennis Barbara Rainey

Direção de Arte: Américo de Brito | A7Revisão: Priscila Xavier - UCOBApoio: Araci Goés - UCOBImpressão: Gráfica Regente

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