falência e concordata - questÕes

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Prova: 31/03/2015 1ª M.E - (liquidação extrajudicial - fazer 1 resumo - grupo de 4) - entrega dia 31/03/2015. 2ª Prova: 26/05/2015 2ª M.E: 19/05/2015 [email protected] TEORIA GERAL DO DIREITO FALIMENTAR 1 - Histórico - Direito Romano: a) Direito Quiritário: o devedor caso não conseguisse pagar a sua dívida, pagava-a com a sua vida. b) Lex Poetelia Papira: o devedor deixa de responder a dívida com o corpo e passa a responder com os bens. - Cessio Bonorum: é o devedor de boa-fé, ou seja, ele oferece alguns bens dele em compensação de sua dívida. - Bonorum Venditio: é quando o devedor resiste ao pagamento de sua dívida, tendo por seus bens retirados judicialmente de sua posse, e destinados ao administrador judicial para que sejam vendidos a fim de pagar os seus credores. - Idade Média: o Estado começa a intervir nos interesses das relações de falência.

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falência e concordata questões respondidas

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1 Prova: 31/03/2015 1 M.E - (liquidao extrajudicial - fazer 1 resumo - grupo de 4) - entrega dia 31/03/2015.2 Prova: 26/05/2015 2 M.E: 19/05/2015

[email protected]

TEORIA GERAL DO DIREITO FALIMENTAR

1 - Histrico

- Direito Romano:a) Direito Quiritrio: o devedor caso no conseguisse pagar a sua dvida, pagava-a com a sua vida.b) Lex Poetelia Papira: o devedor deixa de responder a dvida com o corpo e passa a responder com os bens.

- Cessio Bonorum: o devedor de boa-f, ou seja, ele oferece alguns bens dele em compensao de sua dvida.- Bonorum Venditio: quando o devedor resiste ao pagamento de sua dvida, tendo por seus bens retirados judicialmente de sua posse, e destinados ao administrador judicial para que sejam vendidos a fim de pagar os seus credores.

- Idade Mdia: o Estado comea a intervir nos interesses das relaes de falncia.

- Cdigo Comercial de Napoleo:

- Brasil - decreto 7661/45 que foi revogada pela lei 11.101/65: foi uma imitao do cdigo francs.

* Falncia: o processo de falncia um processo de execuo coletiva no qual todo o patrimnio de um empresrio declarado falido (pessoa fsica ou jurdica) arrecadado visando o pagamento da universalidade de seus credores de forma completa e proporcional.

*Recuperao: um processo similar a um acordo. O prprio devedor pede ao juiz que autorize a recuperao por estar passando por uma crise financeira.

- Elementos Essenciais: 1 - Devedor-empresrio;2 - Insolvncia do devedor-empresrio;

Natureza Jurdica: sui generis. Pertence tanto ao ramo privado quanto ao ramo pblico.

Princpios do Direito Falimentar

Princpio da viabilidade da empresa:

Prevalncia do interesse dos credores:

Princpio da Publicidade: - pub. Interna: sociedade.- pub. Externa: credores.

Princpio da paridade entre os credores (par conditio creditorum):

Princpio da conservao e manuteno dos ativos:

Princpio da preservao da empresa vivel:

SUJEITO PASSIVO- Art 1 , LF- Devedor pode ser (art. 966, CC): empresrio individual (pessoa fsica que exerce atividade econmica circulando bens e servios). sociedade empresria: sempre visa o lucro. Se ela tiver organizao a sociedade vai ser uma sociedade empresria, caso contrrio, ser uma sociedade simples.

Art. 966, CC empresrio (pessoa fsica ou pessoa jurdica).

Em 2012 criou-se a Eireli - uma sociedade jurdica de um scio s.O art 982, nico, CC traz a seguinte afirmao: consideram-se independentemente do objeto a simples organizao.Sociedade em comandita por aes; sociedades annimas (companhias), sempre vo ser consideradas como sociedades empresrias.

Art. 2, LF - fala da excluso de empresa pblica e SEMs. (ou seja, nunca faliro por ter o capital pblico). Ex: a Petrobrs nunca entrar em falncia.No art 2, I fala da excluso total ou absoluta.No art 2, II fala de excluso parcial ou relativa. Por que em primeiro momento ela no pode sofrer falncia, em segundo, pode ser objeto de falncia.

INSOLVNCIA ( quando o devedor tem mais dvida do que patrimnio pra vender pra pagar o que deve.)Ver art. 94, LF (lei de falncia). Fala dos indcios de insolvncia que vai levar ao pedido de falncia.- 1 hiptese de insolvncia - Impontualidade Injustificada: aquele que na data do vencimento no pagou ttulo protestado, cujo valor superior a 40 salrios mnimos (art 94, I, LF). - 2 - Execuo Frustrada: no prazo pra pagar ele no paga, nem deposita e nem bota bens a penhora pra quitar a dvida, por conta disso, o autor poder provar a trplice insolvncia em face do devedor.

- 3 - Atos de Falncia: eu vou pedir a falncia em juzo por conta de um ato que foi praticado de m-f por parte do devedor. Ex: Se o devedor, para no pagar as suas dvidas e estiver vendendo os bens de forma deliberada, estar ento agindo de m-f.

- Art. 3, LF: fala do juzo competente, que seria o local do principal estabelecimento que aquele em que o juiz fique mais prximo das provas, ou seja, de onde o empresrio devedor escriturou a maior parte dos documentos. Que o local de entrada e sada de dinheiro da empresa rola.

- Art. 76, LF: uma vez fixado o foro competente pra conhecimento da falncia, tal foro exercer uma fora atrativa ou fora atrativa do juzo da falncia. Todas aquelas aes de interesse da massa falida, ou seja dos bens do empresrio, vo pra l.

SUJEITO ATIVO (art 97, LF)- no inc. IV fala do credor. Trs a hiptese de que qualquer credor possa vir a pedir a falncia de qualquer devedor.- 1 trs a hiptese de que o devedor seja empresrio, neste caso....- se esse credor for estrangeiro, ele trar em juzo o ttulo que seria a prestao de uma cauo (garantia) que vai servir duas verbas, ou seja, a das custas judiciais e a multa do art 101, LF. Essa multa ser sempre....

AULA DIA 24-02-2015 (FALTA COPIAR CONTEDO)

O grande administrador da falncia o juiz, porque quem julga, quem determina a falncia, quem manipula todo o trmite legal falimentar.O MP o fiscal da lei, portanto quem vai verificar se t tudo correndo dentro da legalidade dentro do processo de falncia.*rgos da falncia: temos o administrador judicial que o sndico da massa falida por exemplo. OBS: o sndico no existe mais devido a figura do administrador judicial; A assembleia geral dos credores um rgo formado por credores, esse tem natureza deliberativa, no tendo por suas deliberaes vinculao qualquer com as decises do juiz; Tem tambm o comit de credores que rgo de natureza fiscalizatria.

ADMINISTRADOR JUDICIALArt. 21, LF, fala da possibilidade de nomeao do administrador. Art. 22, fala dos atos praticados pelo administrador judicial. Responsabilidade Cvel e Penal; Delegao; Existe a possibilidade de durante o processo, ele pedir o afastamento sem conseguir nenhum nus, ou seja, nenhum dinheiro. Quando o administrador deixa o cargo sem nus, chama-se substituio. Quando ele faz algo de errado, o juiz determina o afastamento dele que a destituio. Na destituio ele fica impedido pelo prazo de 5 anos sem ele possa ser nomeado como administrador.

ATOS DO ADMINISTRADOR

- Verificao do Passivo (art 7 a 20, LF).- Apurao do ativo.- Relatrio inicial. de 40 dias contados da assinatura do termo de compromisso.- Contas Mensais.- Relatrio Final.

ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES (ART. 35, LF)

*** - NATUREZA JURDICA: DELIBERATIVA;- Deliberar sobre a criao e a eleio dos membros do comit.- Deliberar sobre modo alternativo de realizao dos ativos. OBS: realizao dos ativos = venda dos bens.COMIT DE CREDORES (ART 27, LF)

- Natureza Jurdica: FISCALIZATRIA - um rgo facultativo, pode nem ser criado no processo.

APURAO DOS ATIVOS

A apurao feita pelo documento chamado auto de arrecadao. Compe de inventrio, listagem dos bens arrecadados e mais a avaliao. OBS: art. 113, LF.

VERIFICAO DOS CRDITOS

-1 EDITAL

LIQUIDAO

Realizao dos ativos; Art. 139, LF (inicio da fase); Objetivo; Formas (art. 142, LF); Pagamento, tem por primeiro requisito tem o quadro geral de credores; depois a restituio pra que o adm judicial devolva o bem, se j vendeu tal bem, devolve o valor equivalente ao bem.Ver art. 84 (crditos extraconcursais)*(prova) o quadro geral de credores estar consolidado quando o juiz terminar de julgar todas as impugnaes.

I) LeiloII) PropostasIII) Prego

ordem (art. 140, LF);

Quais as despesas cabveis na ao de falncia?R:

Se eu tiver reserva de importncia o juiz vai pagar todo mundo primeiro e vai deixar a minha reserva. art. 158, LF

REVISO!!!

1- ESTABELEA UMA RELAO ENTRE A BONORUM VENDITIO E A LEI 11.101/05.Bonorum Venditio: quando o devedor resiste ao pagamento de sua dvida, tendo por seus bens retirados judicialmente de sua posse, e destinados ao administrador judicial para que sejam vendidos a fim de pagar os seus credores. Com a aprovao da Lei n 11.101/05 fica extinta a figura da concordata e surgem as possibilidades de recuperao extrajudicial e judicial da empresa. A recuperao judicial ingressa no universo normativo brasileiro com o propsito de estabelecer meios para que a empresa possa se reerguer, uma vez que, a permanncia, continuidade e preservao da empresa envolvem interesses de toda uma sociedade.

2- MOSTRE UMA APLICAO DO PRINCIPIO DA PRESERVAO DA EMPRESA VIVEL NA FASE DE LIQUIDAO DA FALNCIA.O aparecimento e a aplicao do princpio da preservao da empresa no ordenamento jurdico se deu em razo de mudanas na prpria sociedade. Isto porque a crise fatal em uma empresa acarreta o fim de postos de trabalho, o desabastecimento de produtos ou servios, a diminuio na arrecadao de impostos e, dependendodas circunstncias, pode at gerar a paralisao de atividades satlites e problemas srios para a economia local, regional ou mesmo nacionalA previso do art. 139 combinado com o art. 140, permite um processo de liquidao mais clere na falncia, ao exigir a realizao do ativo logo aps a arrecadao dos bens e que, preferencialmente, se faa em bloco. Com isso se busca combater a morosidade excessiva no procedimento e a maximizao do ativo,sendo esta uma forma de valorizar os ativos para melhor satisfazer os interesses dos credores, pois recebero importncias maiores pela alienao dos bens do falido. A lei procura dar prioridade preservao da empresa como unidade de produo, visto que a venda isolada dos estabelecimentos ou ativos pode quebrar com a cadeia de produo e, assim, acabar com a organizao produtiva e econmica.

3- CASO SEJA NOMEADO PARA O CARGO DE ADMINISTRADOR JUDICIAL ADVOGADO DE UMA DAS PARTES , QUAIS MEDIDAS PODEM SER ADOTADAS.

4- CASO O ADMINISTRADOR JUDICIAL DEIXE DE PRESTAR CONTAS NO 10 DIA DO MS, QUE MEDIDA DEVE SER ADOTADA PELO JUIZ? Art. 23. O administrador judicial que no apresentar, no prazo estabelecido, suas contas ou qualquer dos relatrios previstos nesta Lei ser intimado pessoalmente a faz-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de desobedincia. Pargrafo nico. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituir o administrador judicial e nomear substituto para elaborar relatrios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor

5- NA CONTESTAO DA FALNCIA O DEVEDOR PODE FORMULAR ALGUM PEDIDO? QUAL? Sim,segundo o Art. 95. Dentro do prazo de contestao, o devedor poder pleitear sua recuperao judicial.6- EXPLIQUE A LGICA DO ART. 113, LF, ESTABELECENDO UMA RELAO COM O PRINCIPIO DA CONSERVAO E MANUTENO DOS ATIVOS.

Art. 113. Os bens perecveis, deteriorveis, sujeitos considervel desvalorizao ou que sejam de conservao arriscada ou dispendiosa, podero ser vendidos antecipadamente, aps a arrecadao e a avaliao, mediante autorizao judicial, ouvidos o Comit e o falido no prazo de 48 (quarenta e oito) horas A lgica utilizada pelo legislador na LRF foi de que, no caso de falncia, como aalienao tem carter liquidatrio, no se justificam as despesas com a manuteno, guarda econservao dos bens, logo, a deciso mais eficiente vend-los o quanto antes a fim deminimizar os gastos da massa falid