falar verdade a mentir, de almeida garrett

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Texto Dramático Características

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Page 1: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

Texto Dramático

Características

Page 2: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

ESTRUTURA INTERNA E EXTERNA

Estrutura externa o teatro tradicional e clássico pressupunha divisões em:- actos, correspondentes à mudança de cenários, - cenas , equivalentes à entrada ou saída de personagens em cena. O teatro moderno, narrativo ou épico, põe de parte estas regras tradicionais de divisão na estrutura externa.

Estrutura interna Uma peça de teatro divide-se em:• Exposição – apresentação das personagens e dos antecedentes da acção.• Conflito – conjunto de peripécias que fazem a ação progredir.• Desenlace – desfecho da acção dramática

Page 3: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

Texto Principal - Refere-se às falas dos actores. Pode ser constituído por:

• Monólogo – uma personagem, falando consigo mesma, expõe perante o público os seus pensamentos e/ou sentimentos;• Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;• Apartes – comentários de uma personagem para o público, pressupondo que não são ouvidos pelo seu interlocutor.

Texto Secundário (ou didascálias, ou indicações cénicas) destina-se ao leitor, ao encenador da peça ou aos actores.O texto secundário é composto:- pela listagem inicial das personagens ( que ocorre habitualmente antes de cada cena)- pela indicação do nome das personagens no início de cada fala;- pelas informações sobre a estrutura externa da peça (divisão em actos, cenas ou quadros);- pelas indicações sobre o cenário e guarda roupa das personagens;- pelas indicações sobre a movimentação das personagens em palco, as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou a entoação de voz com que devem proferir as palavras.

Modalidades do discurso

Page 4: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

ESPAÇOEspaço – o espaço cénico é caracterizado nas didascálias, onde surgem indicações sobre pormenores do cenário, efeitos de luz e som. - Coexistem normalmente dois tipos de espaço: • Espaço representado – constituído pelos cenários onde se desenrola a acção e que equivalem ao espaço físico que se pretende recriar em palco; • Espaço aludido – corresponde às referências a outros espaços que não o representado.

Categorias do texto dramático – algumas particularidades

PERSONAGENS – agentes da ação

TEMPO• Tempo da representação – duração do conflito em palco;

• Tempo da acção ou da história – o(s) ano(s) ou a época em que se desenrola o conflito dramático;

• Tempo da escrita ou da produção da obra – altura em que o autor concebeu a peça.

AÇÃO – desenrolar dos acontecimentos, através do diálogo e da movimentação das personagens

Page 5: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

INTENÇÕES DO AUTOR

Quando escreve uma peça de teatro, o dramaturgo pode ter uma intenção:• Moralizadora (distinguir o Bem do Mal);• Lúdica ou de evasão (entretenimento, diversão, riso);• Crítica em relação à sociedade do seu tempo;• Didáctica (transmitir um ensinamento).

PROCESSOS DE CÓMICO

• Situação – o que a personagem faz é cómico e inesperado.

• Caráter – desadequação do perfil da personagem.

• Linguagem – recurso à ironia, ao calão… resultado num efeito cómico ou ridículo.

Page 6: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

FORMAS DO GÉNERO DRAMÁTICO

• Tragédia• Comédia• Drama• Teatro Épico.

OUTROS INTERVENIENTES NO TEXTO DRAMÁTICO• dramaturgo – autor• encenador – prepara e orienta os atores• cenógrafo – prepara o cenário• sonoplastia – efeitos sonoros• luminotecnia – efeitos luminosos• ator – representa as personagens

Page 7: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

Texto Dramático

Características

Page 8: Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

Texto Dramático Exercícios

Converte o texto narrativo em texto dramático. Exemplo

Era uma vez um rei que vivia no seu castelo. Ele tinha um problema séria a sua filha mentia muito. Todos os dias ela inventava uma mentira e todos caiam nela. Certo dia a Princesa acordou e chamou a criada:- Julieta, vem cá estou com bexigas.

Preciso de um Xarope.A criada assustada e com medo de apanhar bexigas correu dali a chamar o rei.

Acto I(o palco divide-se em duas partes separado por um biombo de um lado o quarto de uma princesa, com a cama e do outro a sala do trono de um rei)

Rei, criada julieta, princesa

Cena IRei e princesa

Rei – (andando de um lado para o outro) Não sei o que fazer… a minha filha é um problema… não há um dia em que ela não invente uma mentira!!! ( senta-se a pensar na sua cadeira)

Princesa – ( que acorda e se espreguiça na cama) Ah… que belo dia… um belo dia para pregar uma mentira ( aparte) eles caem sempre é tão divertido! (alto e fingindo aflição)) Julieta!!! Julieta!!!...

Cena IIDitos e Julieta

Julieta – (entra aflita) que é menina? O que se passa?Princesa – AAAI… Julieta, vem cá estou com bexigas. Preciso de um Xarope…Julieta ( afastando-se e tapando a boca) credo! Isso pega-se!!!Princesa – pois pega!... Preciso tanto de ajuda!!!Julieta – Vou já chamar o papá!! Deixe-se estar deitadinha! ( passa para o lado esquerdo a correr sem nunca destapar a boca. A princesa ri-se quando ela sai.)