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FAESA ENG-LAB-001 Faculdades Integradas Espírito Santenses Física Experimental I Professor Max Mauro Coser Unidade de Engenharia Vitória, Janeiro de 2012

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FAESA

ENG-LAB-001

Faculdades Integradas Espírito Santenses

Física Experimental I Professor Max Mauro Coser

Unidade de Engenharia Vitória, Janeiro de 2012

2

SUMÁRIO

1 Sistema de unidades e algarismos significativos ..................................................................... 3 1.1 Sistema de unidades ......................................................................................................... 3 1.1.1 O metro .......................................................................................................................... 5

Unidades derivadas ................................................................................................................. 5 1.1.2 O quilograma ................................................................................................................. 7 1.1.3 O segundo ...................................................................................................................... 8 1.1.4 Unidades combinadas .................................................................................................... 8

Exercício ............................................................................................................................. 9

1.1.5 Legislação Brasileira ................................................................................................... 10 1.2 Algarismos significativos ............................................................................................... 13

Exercício ........................................................................................................................... 15

Exercício ........................................................................................................................... 15 1.3 Avaliando medidas ......................................................................................................... 15

1.3.1 Graduação do instrumento de medida ..................................................................... 15 1.3.2 Menor divisão do instrumento de medida ............................................................... 16

1.3.3 Valores mínimos e máximos da medida .................................................................. 17 1.3.4 Avaliar o algarismo duvidoso .................................................................................. 17

Exercício ........................................................................................................................... 17 Exercício ........................................................................................................................... 18 Exercício ........................................................................................................................... 18

Exercício ........................................................................................................................... 19 1.3.5 Avaliar a incerteza ................................................................................................... 20

1.3.5.1 Regras para avaliação de incerteza ....................................................................... 21 Exercício ........................................................................................................................... 21 Exercício ........................................................................................................................... 21

Exercício ........................................................................................................................... 21 Exercício ........................................................................................................................... 22

Exercício ........................................................................................................................... 22

PRÁTICA 1: Introdução à medição ......................................................................................... 23 2 Propagação de incertezas ....................................................................................................... 24

2..1 Soma e subtração de grandezas ................................................................................. 24 Exercício ........................................................................................................................... 25 2.2 Multiplicação e divisão de grandezas ......................................................................... 25

Exercício ........................................................................................................................... 26 PRÁTICA 2: Introdução à medição - paquímetro .................................................................... 27 PRÁTICA 3: Estudo de Movimento I. ..................................................................................... 29 PRÁTICA 4: Estudo de Movimento II. .................................................................................... 30 PRÁTICA 5: Força elástica das molas. .................................................................................... 33

PRÁTICA 6: Atrito .................................................................................................................. 35 PRÁTICA 7: Conservação da quantidade de movimento (momento linear) ........................... 37

3

1 Sistema de unidades e algarismos significativos

1.1 Sistema de unidades

Os padrões nos permitem classificar aquilo que nos rodeia, sendo uma necessidade atual para

o desenvolvimento tecnológico. Em se falando de padrões de proporção, o que mais se

sobressai é o da proporção áurea, onde obtemos um número irracional 1,618.

Divisão de um segmento de reta na «razão de ouro» e construção de um «retângulo de ouro» recorrendo às mesmas proporções.

«Homem Vitruviano», da autoria de Leonardo da Vinci, baseado nos estudos de Marcus Vitruvius Pollio. Nele, da Vinci procurou refletir as proporções harmônicas do corpo humano ideal, (a altura do homem a dividir pela distância desde o chão até ao umbigo seria igual ao «número de ouro»).

A busca de padrões é de extrema importância no funcionamento do nosso quotidiano. A

adoção de padrões facilita a nossa vida, permitindo, por exemplo, desenvolver processos de

produção em série.

Na antiguidade desenvolveu-se o uso das chamadas unidades antropométricas, assim

denominadas por serem baseadas nas medidas do corpo humano. Aí se usaram o pé, o passo,

o dígito (dedo), a mão, o palmo, o braço ou o côvado (medida de comprimento referida na

Bíblia e que corresponde à distância entre o cotovelo e o dedo mínimo da mão). Essas

unidades apresentavam vários problemas, já que era natural cada pessoa adaptar as medidas

que utilizava em função da sua própria estatura.

Durante parte da Idade Média, em Inglaterra, a unidade de comprimento pé correspondia ao

tamanho do pé do rei que estivesse no trono, mudando por isso o padrão com cada novo

soberano que herdava a coroa.

4

Vivemos rodeados por instrumentos de medição e somos totalmente dependentes deles.

Imagine o mundo sem os padrões de distância, tempo e massa.

Com o desenvolvimento tecnológico, chegou-se a necessidade de unidades padronizadas. As

mudanças não foram e ainda não são fáceis, pois a população reluta em abandonar aquilo que

conhecem e sempre de certe forma ainda lhes servem.

Os avanços, a vários níveis, da ciência e da tecnologia obrigaram a uma

procura de maior rigor e, consequentemente, a uma definição mais precisa das

medidas-padrão utilizadas e respectivos múltiplos e submúltiplos.

(Fotos: Corel Corporation)

Ao que parece, a primeira tentativa de normalização surgida na Europa só ocorreu no pós-

Revolução Francesa de 1789, quando a Academia Francesa de Ciências criou o Sistema

Métrico Decimal.

Em 1971, a 14a Conferência de Pesos e Medidas escolheu sete grandezas como unidades

fundamentais, formando a base do Sistema Internacional de Unidades (SI). A Tabela 2.1

mostra as quatro unidades fundamentais utilizadas em mecânica.

5

Tabela 1.1 Unidades fundamentais usadas em mecânica.

Grandeza Nome Símbolo

Comprimento Metro m

Massa Quilograma kg

Tempo Segundo s

1.1.1 O metro

Símbolo: m

A definição do metro de 1889, baseada num protótipo de irídio e platina foi mudada em 1960,

com base no comprimento da radiação emitida pelo Criptônio-86.

Metro em lamina de latão, dividido em decímetros e centímetros, sendo o primeiro

decímetro dividido em milímetros.

A definição atual é a seguinte: O metro é a distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um

intervalo de tempo de 1/299792458 segundos.

Em outras palavras; o metro é definido para que a velocidade da luz no vácuo seja de

299.792.458 m/s.

Unidades derivadas

Como o padrão fundamental, o metro não é usado para medidas de grandes distâncias (como a

distância de Vitória a Salvador) e pequenas dimensões (como o diâmetro de um fio de

cabelo). Divisões desta unidade facilitam a representação e os cálculos.

Para determinações de dimensões lineares, como distâncias e comprimentos, temos os

múltiplos e submúltiplos indicados na tabela a seguir.

6

(x101

) ( x 10+1

) MULTIPLIQUE ENTRE UNIDADES

Km

Quilômetro

hm

hectômetro

dam

decâmetro

m

metro

dm

decímetro

cm

centímetro

mm

milímetro

103

102

101

1 101

102 10

3

Para determinações de dimensões de superfícies o padrão é o metro quadrado (um quadrado

de lados iguais a um metro), os múltiplos e submúltiplos são indicados na tabela a seguir.

(x102

) ( x 10+2

) MULTIPLIQUE ENTRE UNIDADES

km2

quilômetro

quadrado

hm2

hectômetro

quadrado

dam2

decâmetro

quadrado

m2

metro

quadrado

dm2

decímetro

quadrado

cm2

centímetro

quadrado

mm2

milímetro

quadrado

106

104

102

1 102

104 10

6

Para determinações de dimensões de volumes o padrão é o metro cúbico (um cubo de arestas

iguais a um metro), os múltiplos e submúltiplos são indicados na tabela a seguir.

(x103

) ( x 10+3

) MULTIPLIQUE ENTRE UNIDADES

km3

quilômetro

cúbico

hm3

hectômetro

cúbico

dam3

decâmetro

cúbico

m3

metro

cúbico

dm3

decímetro

cúbico

cm3

centímetro

cúbico

mm3

milímetro

cúbico

109

106

103

1 103

106 10

9

Exemplos: Observe que as transformações das medidas abaixo são feitas somente incluindo

os fatores de conversão (potências de dez).

Medida km m dm cm mm

125,36 m 125,36 x 103

125,36 m 125,36 101 125,36 10

2 125,36 10

3

12 cm 12 x 105

12 x 102

12 x 101

12 12 x 101

Medida Km2

m2 dm

2 cm

2 mm

2

125,36 m2 125,36 x 10

6 125,36 125,36 10

2 125,36 10

4 125,36 10

6

12 cm2 12 x 10

10 12 x 10

4 12 x 10

2 12 12 x 10

2

Medida km3 m

3 dm

3 cm

3 mm

3

125,36 m3 125,36 x 10

9 125,36 125,36 10

3 125,36 10

6 125,36 10

9

12 cm3 12 x 10

15 12 x 10

6 12 x 10

3 12 12 x 10

3

7

1.1.2 O quilograma

Símbolo: kg

A unidade de massa preserva a sua definição de 1889, baseada no protótipo de irídio e platina.

O quilograma é a unidade de massa igual à massa do protótipo internacional de irídio e

platina, mantido nas condições estabelecidas em 1889.

O cilindro com mais de 100 anos de idade que serve de protótipo e medida

internacional para o peso de massa está trancado a num palácio perto de Paris.

No entanto, este cilindro está diminuindo de forma misteriosa.

Exercício: Preencha as tabelas abaixo com as unidades solicitadas. Dica: Use a tecla EXP da

calculadora para cálculos com potências de dez. Exemplo: 5x103 = 5EXP3 (é só digitar 5 a

tecla EXP e a potência 3, se for negativa digite o sinal – antes).

Medida cm dm km m hm dam

12 m

16x10-3

cm

4x103 cm

2 m

5,3x102 mm

0,65x10-3

cm

Medida cm2 dm

2 km

2 m

2 hm

2 dam

2

2x10-4

m2

2,65x10-3

cm2

5,36x10-6

cm2

2,4 m2

3,67x10-8

mm2

5,64x10-6

cm2

8

Medida cm3 dm

3 km

3 m

3 hm

3 dam

3

6,36 m3

4,6x10-5

cm3

12,2x104 cm

3

1,04x10-8

m3

24x108 mm

3

72,16x10-2

cm3

1.1.3 O segundo

Símbolo: s

O segundo foi por muito tempo considerado como a fração 1/86400 do dia solar médio.

Devido à imprecisão dessa definição em decorrência das irregularidades da rotação da terra,

foi estabelecida uma nova definição, baseada em fenômenos atômicos como se segue: O

segundo é a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição de

fase dos dois primeiros níveis de energia no césio-133 no seu estado não excitado.

Desde 1972 o mundo adota o modelo de

estabelecimento da hora com base em relógios

atômicos.

1.1.4 Unidades combinadas

Velocidade: Relação entre distância percorrida e o tempo gasto.

Velocímetro: Velocidade instantânea em km/h

9

v = distância

tempo, com unidades:

distância em metros

tempo em segundos =

m

s

Aceleração: Relação entre a variação da velocidade e o tempo gasto.

a = velocidade

tempo, com unidades:

velocidade em metros segundo

tempo em segundos =

m s

s =

m

s2

Força: Relação entre massa e aceleração.

F = massa aceleração, com unidades: massa em quilograma

aceleração em metros por segundo ao quadrado =

kg

m s2, que é a definição de Newton.

Exemplo 1

Transforme 20 m

s em

km

h.

Solução: 20 m

s x

km

1000 m x

3600 s

h = 20 x 3,6

km

h = 72

km

h

Exercício: Transforme as unidades das grandezas abaixo.

Velocidade

Medida/Unida

des

m/min cm/h km/min

20 m/s

36 cm/h

44x103 mm/s

Aceleração

Medida/Unida

des

m/min2 cm/h

2 km/min

2

2 m/s2

3x102 mm/m

2

5x10-3

cm/s2

10

Para evitar o uso de números muito grandes ou muito pequenos, costuma-se utilizar prefixos.

Estes prefixos estão relacionados na Tabela 1.2.

Tabela 1.2 Prefixos para o SI.

Fator Prefixo Símbolo Fator prefixo símbolo

1018

exa- E 10-18

atto- a

1015

peta- P 10-15

femto- f

1012

tera- T 10-12

pico- p

109 giga- G 10

-9 nano- n

106 mega- M 10

-6 micro-

103 quilo- K 10

-3 mili- m

102 hecto- H 10

-2 centi- c

101 deca- Da 10

-1 deci- d

1.1.5 Legislação Brasileira O Brasil como praticamente todos os outros países, adota como base do seu sistema legal de

medidas o Sistema Internacional de Unidades, permitindo, porém algumas outras unidades não

pertencentes ao SI. Vejamos alguns exemplos:

• a unidade de ângulo plano é o radiano mas permite-se a utilização do grau minuto e

segundo.

• a unidade de tempo é o segundo, permitindo-se, também, a hora e o minuto.

• a unidade de volume é o m3 permitindo-se o litro = 0,001 m3. O símbolo reservado para o

litro é a letra éle minúscula (l). Podemos utilizar, também, o símbolo L para evitar

confusão com o número 1 ou a letra i.

Existem algumas outras unidades também aceitas em conjunto com o SI. Nos trabalhos

técnicos científicos, porém, recomenda-se, tanto quanto possível o uso mais amplo do SI.

No uso do sistema legal de unidades há algumas regras que devem ser estritamente

observadas. Vejamos algumas delas associadas a erros muito freqüentes:

1. Grafia de nomes das unidades: os nomes das unidades são escritos com inicial minús-

cula. Exemplos: metro, newton, volt, joule, segundo. A grafia dos símbolos, quando se tratar

de unidade com nome de cientista o símbolo leva inicial maiúscula: N, V, J.

2. O plural dos nomes das unidades se faz com as seguintes regras:

• os nomes recebem um “s” no final da palavra sem desfigurar o nome da unidade:

metros, candelas, volts, mols, decibels, pascals;

• exceto quando terminam por s, x ou z: hertz, siemens, lux, etc.

3. O símbolo não admite plural (nunca!): 1 m, 10 m, 1 V, 23 V, etc;

4. Não se coloca ponto depois do símbolo: kg e não “kg.”;

5. O símbolo do prefixo quilo (103) é k (minúscula) e não K (maiúscula): 10 kg e não

10 Kg;

11

6. a separação da parte decimal em um número, no Brasil, é feita utilizando-se vírgula e não

ponto. É errado, pois, dizer que uma temperatura é de trinta e seis “ponto” cinco graus

Celsius, ou escrever 36.5 ◦C. O certo é 36,5 ◦C que se lê como trinta e seis graus

celsius e cinco décimos ou, ainda, trinta e seis vírgula cinco graus celsius;

7. Está também excluída a possibilidade de representar frações decimais menores do que um

pela expressão “ponto tal”. Exemplo: “a capacitância de um capacitor é .51 μF”. O certo é

0,51 μF;

8. Os símbolos ’ e ” são reservados para minuto e segundo de ângulo

plano, nunca para indicar tempo;

9. Não se usa a unidades “mícron”, nem o plural “micra”, para indicar 0,000 001 m que é

igual a 1 micrometro (1 μm);

10. A pronúncia dos prefixos SI tem a sílaba tônica no nome da unidade e não no prefixo.

Falamos de micrometro (pronunciado “micrométro”). Exceto nos casos consagrados pelo

uso: quilômetro, decímetro, centímetro, milímetro;

11. Os símbolos devem ser grafados corretamente. Às vezes são utilizadas deturpações do

tipo “seg” para representar segundo, cujo símbolo correto é s;

12. A unidade de temperatura recomendada é o kelvin (não é “graus Kelvin”). Existe,

porém uma unidade também utilizada que é derivada do kelvin e que se denomina grau

celsius, dada por:

t = T − T0 , com T0 = 273,15 K

onde t é a temperatura em graus celsius e T a temperatura em Kelvins. Nota: não existe, na

legislação, a denominação “grau centrígrado”!

Informações Complementares

Símbolo - Não é abreviatura

O símbolo é um sinal convencional e invariável utilizado para facilitar e universalizar a

escrita e a leitura das unidades SI. Por isso mesmo não é seguido de ponto.

Símbolo - Não tem plural

O símbolo é invariável; não é seguido de “s”.

12

Unidade Composta

Ao escrever uma unidade composta, não misture nome com símbolo.

O Grama

O grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa unidade, seus

múltiplos e submúltiplos, faça a concordância corretamente.

Exemplos:

dois quilogramas quinhentos miligramas duzentos e dez gramas oitocentos e um gramas

O Prefixo Quilo

O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil. Portanto, não

pode ser usado sozinho.

Use o prefixo quilo da maneira correta.

13

Medidas de Tempo

Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora, minuto e

segundo.

Obs: Os símbolos ’ e ” representam minuto e segundo em unidades de ângulo plano e não de

tempo.

1.2 Algarismos significativos

A representação de qualquer medida deve levar em consideração o conceito de algarismos

significativos. Definem-se algarismos significativos como sendo todos os algarismos de uma

medida contados da esquerda para a direita a partir do primeiro dígito diferente de zero.

Figura 1.1 Régua graduada em cm.

Na figura 1.1 tem-se uma régua graduada em centímetros com resolução de 0,1 cm (resolução

= menor divisão do instrumento de medida). Pode-se dizer que o comprimento da barra é 2,54

cm (três algarismos significativos).

Os algarismos 2 e 5 são garantidos, porém o 4 foi avaliado. No lugar de 4 poderíamos ter 3 ou

5, podendo a leitura ser 2,53 cm ou até 2,55 cm. Concluímos desta forma que o último dígito

de qualquer medida pode variar, sendo este chamado de duvidoso.

Ponte de espaguete com 337 g (3 algarismos

significativos). Carga de ruptura de 34821 g (5 algarismos

significativos).

14

Uma medida pode ser representada de várias formas, desde que não alteremos a quantidade de

algarismos significativos. Desta forma podemos representar uma medida com 3 algarismos de

diversas maneiras: 25,4 cm = 0,254 m = 0,000254 km = 0,254 x 103

km.

Observe os exemplos:

a) 25,4 cm tem 3 algarismos significativos;

b) 0,254 m tem 3 algarismos significativos;

c) 2,54x101

m tem 3 algarismos significativos;

d) 25,40 cm tem 4 algarismos siginificativos;

e) 25,400 cm tem 5 algarismos significativos

Nos exemplos citados podemos tirar as seguintes conclusões:

Zeros à esquerda e potências de dez não representam algarismos significativos, porém

zeros a direita de uma medida representam algarismos significativos.

As medidas (a), (d) e (e) foram feitas com instrumentos diferentes (possuem

quantidades diferentes de algarismos significativos);

A medida (e) é a mais precisa do que as medidas (a) e (d) pois possui maior

quantidade de algarismos significativos;

A tabela 1.3 exemplifica a quantidade de algarismos significativos obtidos por medidas de

diferentes instrumentos.

Tabela 1.3 Algarismos significativos entre instrumentos diferentes.

Instrumento Menor divisão

da escala (resolução) [cm]

Comprimento da

barra [cm]

Régua em cm 1 12,7

Régua comum 0,1 12,75

Paquímetro 0,005 12,745

Micrômetro 0,0001 12,74515

A quantidade de algarismos significativos é maior quanto menor for a divisão (resolução do

instrumento) da escala de instrumentos de mesma graduação. Pode-se perguntar então:

“Existe alguma medida exata?”.

15

Exercício – Escreva na tabela abaixo o número correto de algarismos significativos de cada

medida apresentada. Observe que potência de dez não representa algarismo significativo.

MEDIDA NÚMERO DE ALGARISMOS

SIGNIFICATIVOS

42,0540 m

123,36 dm

23x102 cm

23x10-2

cm

23,038 mm

0,00142 km

3,000000 mm

0,000003 mm

Exercício – Escreva na tabela abaixo a medida 8927,536x10-3

km de acordo com o número

de algarismos significativos pedidos. Forneça as respostas em metros. Como critério de

arredondamento, acrescente um unidade no último dígito se o dígito posterior for maior ou

igual a 5.

NÚMERO DE ALGARISMOS

SIGNIFICATIVOS RESPOSTA

6 8927,54 x103 m

5

4

3

2

1

1.3 Avaliando medidas

Uma das etapas fundamentais do curso de física experimental é a de avaliar uma medida, pois

devemos aprender que nenhuma medida é exata. Seguem as regras fundamentais para o

processo correto de avaliação de medidas.

1.3.1 Graduação do instrumento de medida

A graduação é a primeira etapa de um processo de medida. Entende-se por graduação de um

instrumento de medida os números gravados no instrumento seguido da unidade especificada.

16

Observe os exemplos nas figuras a seguir:

Figura 1.2 Régua graduada em metros (m)

Na figura 1.2 vemos que os números 1, 2, 3 e 4 representam 1 m, 2 m, 3 m e 4 m

respectivamente.

Figura 1.3 Régua graduada em centímetros (cm)

Na figura 1.3 vemos que os números 1, 2, 3 e 4 representam 1 cm, 2 cm, 3 cm e 4 cm

respectivamente.

Figura 1.4 Régua graduada em decímetros (dm)

Na figura 1.4 vemos que os números 1, 2, 3 e 4 representam 1 dm, 2 dm, 3 dm e 4 dm

respectivamente.

1.3.2 Menor divisão do instrumento de medida

A menor divisão de um instrumento de medida é chamada de resolução. A resolução do

instrumento representado pela figura 1.5 (abaixo) é de 0,1 m.

Figura 1.5 Régua graduada em metros (m)

Podemos encontrar a resolução dividindo a diferença entre graduações consecutivas pelo

número de traços contidos entre elas. Na figura 1.5 temos: 3 2

10 = 0,1 cm.

Figura 1.6 Régua graduada em metros (m)

Na figura 1.6 temos: 4 2

10= 0,2 cm. Observe que a resolução agora é de 0,2 cm.

17

1.3.3 Valores mínimos e máximos da medida

Na figura 1.5 podemos verificar que o traço escuro está entre 2,5 m e 2,6 m, ou seja:

O menor valor possível para a medida é de 2,5 m (valor mínimo).

O maior valor possível para a medida é de 2,6 m (valor máximo).

Desta forma podemos dizer que a medida é maior que 2,5 e menor que 2,6.

1.3.4 Avaliar o algarismo duvidoso

Sabemos que a medida do traço escuro na figura 1.5 é maior que 2,5. Os algarismos 2 e 5 são

os algarismos significativos que conhecemos da medida, pois temos certeza que ela é maior

que 2,5. Para completar a avaliação temos que avaliar o último algarismo significativo,

chamado de duvidoso. Qualquer valor menor que o máximo é valido, porém temos que

avaliar (chutar) um valor coerente.

Como possibilidades temos:

2,54 m, uma medida com três algarismos significativos, sendo o 4 o duvidoso (avaliado);

2,55 m, uma medida com três algarismos significativos, sendo o 5 o duvidoso (avaliado);

2,56 m, uma medida com três algarismos significativos, sendo o 6 o duvidoso (avaliado);

Como impossibilidades temos:

2,51 m, pois sabemos que a medida não está próxima de 2,5.

2,59 m, pois sabemos que a medida não está próxima de 2,6.

Exercício – Faça a leitura da altura da rampa, na régua representada abaixo. Forneça a

resposta em metros.

Resposta em metros: ___________________

18

Exercício – Escreva na tabela abaixo a medida do retângulo conforme escalas desenhadas na

figura abaixo. Forneça as respostas em metros.

Exercício - Escreva a medida dos objetos utilizando as escalas graduadas em milímetros,

desenhadas nas figuras abaixo.

Apresente a medida em milímetros:

___________________________________________

Apresente a medida em centímetros

_________________________________________

Respostas em metros

Lado A

Lado B

0 1 2

1 3

1

4

1

10

20

30

0

Graduação

em cm

Graduação

em dm

Lado A

Lado B

19

Exercício - Com uma régua graduada em centímetros, avalie as medidas das figuras abaixo e

escreva os valore na tabela abaixo.

Lado A

Lado B Lado C

Lado D

Lado E Lado F Lado G

Lado H Lado I

Lado J

Lado K

Lado L

Lado M

20

LADO MEDIDA

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

1.3.5 Avaliar a incerteza

De acordo com as regras apresentadas no item anterior, o traço escuro na figura 1.7 pode ter

como medida (estimativa):

Primeira possibilidade: 2,4 m – Dois algarismos significativos, sendo o 4 o duvidoso;

Segunda possibilidade: 2,5 m – Dois algarismos significativos, sendo o 5 o duvidoso;

Terceira possibilidade: 2,6 m – Dois algarismos significativos, sendo o 6 o duvidoso;

Observamos que a medida deve estar contida em uma faixa de possibilidades, variando desde

um valor mínimo 2,4 m até um valor máximo 2,6 m. Desta forma podemos representar a

medida do traço da seguinte forma:

Escolhendo um valor central, neste caso o 2,5 e representando a faixa acrescentando ± 0,1

para atingir os limites de possibilidades. Desta forma a medida será representada por (2,5 ±

0,1) m.

Figura 1.7 Régua graduada em metros (m)

Todas as medidas devem ser representadas em uma faixa de possibilidades, sendo esta a

representação correta das mesmas. Desta forma concluímos que nenhuma medida é exata!

21

1.3.5.1 Regras para avaliação de incerteza

Em qualquer leitura direta em instrumentos de medida a incerteza é avaliada como sendo a

metade da resolução. A resolução da régua na figura 1.7 é de 1 m, portanto a incerteza será de

0,5 m, sendo a medida do traço (2,4 ±0,5) m. Observe que o último dígito da incerteza (o

cinco) acompanha o algarismo duvidoso (o quatro) na mesma casa decimal.

Veja outros exemplos na tabela abaixo:

RESOLUÇÃO INCERTEZA

1 m 0,5 m

0,2 cm 0,1 cm

2 dm 1 dm

0,03 mm 0,015 mm

5 m 2,5 m

IMPORTANTE: Neste curso utilizaremos incerteza com 1 algarismo significativo.

Exercício – Acrescente as incertezas nas medidas feitas nos exercícios anteriores.

Exercício – De acordo com as medidas apresentadas a seguir:

(2,36 ± 0,1)

dm

(53,3 ± 0,2)

cm

(0,13 ± 0,03) m (2050,0 ± 5,0) x10-3

km

(236,1 ± 0,1)

mm

Represente abaixo:

A medida

representada de

forma incorreta

A representação

correta da medida

descrita

anteriormente

A medida com

menor número de

algarismos

significativos

A medida com

maior número de

algarismos

significativos

Represente a

medida dada em

milímetros em

centímetros

Exercício – Preencha a tabela abaixo expressando na coluna da direita a notação correta

para a medida escrita de forma errada na coluna da esquerda (observe a potência de dez na

resposta).

Notação errada Notação correta

(42,054 ± 0,5) ( ) x 10 −1

(123,36 ± 2)

(23 ± 0,2)x102 ( ) x 10

2

(23,38 ± 0,0751)

(0,0142 ± 0,00007) ( ) x 10 −2

22

Exercício – Na tabela abaixo temos diversas medidas realizadas.

(1,434 0,005) cm (2,497 0,006) cm (41,00 0,04) mm

(28,50 0,04) mm (4,96 0,04) dm (99,8 0,2) dm

(0,432 0,004) dm (75,84 0,04) mm (12,60 0,06) cm

Em relação aos dados responda:

a) Qual medida é mais precisa?

b) Qual é a maior resolução?

c) Qual é a menor resolução?

d) Quais medidas podemos dizer que foram feitas com o mesmo instrumento?

e) Qual é a medida menos precisa?

Exercício – Escreva as medidas representadas nas figuras abaixo (paquímetros graduados em

mm).

Apresente a medida em centímetros:

Apresente a medida em decímetros:

23

PRÁTICA 1: Introdução à medição

Uma técnica chamada de Microscopia de Força

Atômica (AFM - Atomic Force Microscopy),

produz imagens medindo a força de atração

entre os átomos da amostra e a ponta de prova

do microscópio. É como se a ponta de prova,

que é tão fina que sua extremidade pode conter

um único átomo, "apalpasse" a amostra. A

imagem é criada a partir das variações na

intensidade da força de interação entre a ponta

de prova e o átomo. O microscópio eletrônico

cria uma espécie de "mapa topográfico" da

molécula. A visualização direta, por meios

ópticos, é impraticável porque a molécula é

muito menor do que o comprimento de onda da

luz visível. [Imagem: IBM Research - Zurich]

Objetivos

Avaliar medias com instrumentos de diversas graduações.

Avaliar incertezas em medidas

Procedimento experimental

1. Separar o material experimental;

2. Medir as dimensões dos objetos fornecidos;

3. Anotar os resultados na folha de dados;

Coleta dos dados

Tabela 1 - Coleta de Dados da dimensão 1

Objeto Medida

I

Medida

II

Medida

III

Medida

IV

1 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

2 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

3 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

4 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

5 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

24

Tabela 1 - Coleta de Dados da dimensão 2

Objeto Medida

I

Medida

II

Medida

III

Medida

IV

1 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

2 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

3 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

4 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

5 ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

2 Propagação de incertezas

Observe a figura abaixo:

Figura 2.1 Retângulo com medidas em metros (m)

O lado referente a base tem medida (2,8 ± 0,1) m e a sua altura é de (1,3 ± 0,1) m. Como

poderemos representar a medida de sua área? Normalmente multiplicamos a medida da base

(2,8) pela medida da altura (1,3), tendo 3,64 m2 como resultado. E como iremos representar a

incerteza no resultado? Veja a teoria a seguir.

Geralmente é necessário usar valores medidos e afetados por erros para realizar cálculos a fim

de se obter o valor de outras grandezas. É necessário conhecer como o erro na medida original

afeta a grandeza final.

2..1 Soma e subtração de grandezas

A análise estatística rigorosa mostra que ao somarmos ou subtrairmos grandezas

estatisticamente independentes o erro no resultado será dado pela raiz quadrada da soma dos

quadrados dos erros de cada uma das grandezas. Por exemplo, se tivermos três grandezas

dadas por: x x , y y e z z , a soma (ou subtração) delas,

w = x + y + z

será afetada por erro de valor

222 )()()( zyxw .

25

Exercício – De acordo com as medidas indicadas na tabela abaixo:

Medida Valor

d (3,240 0,009)

e (1,34 0,07)

f (2,1 0,8)

Represente os resultados das operações na tabela abaixo (com número de algarismos

significativos e incerteza expressa de forma correta).:

Operação Resultado

d + e

d - e

f - e

d + e + f

d + e - f

2.2 Multiplicação e divisão de grandezas

Neste caso, o erro relativo do resultado será dado pela raiz quadrada da soma dos quadrados

dos erros relativos de cada fator. Por exemplo, se w = x/y teremos:

22 )()(y

y

x

x

w

w

Generalizando na fórmula CBAkF as operações de multiplicação, divisão,

radiciação e potenciação, teremos:

2222 )()()()(c

c

b

b

a

a

k

k

f

f

, onde:

A = ( a a); B = ( b b); C = ( c c); e K = ( k k) (constante que não depende de

medição). A constante K poderá aparecer nas seguintes formas:

Número formado por quantidade finita de dígitos (número exato). Nesse caso a incerteza

absoluta, k, é nula;

Número que matematicamente comporte infinitos dígitos (irracional, dízima). Neste caso a

incerteza absoluta dependerá da quantidade de dígitos adotada. Se utilizarmos uma

calculadora que opere com dez dígitos, teremos = 3,141592654. O último dígito foi

arredondado pela máquina, e está afetado por uma incerteza de uma unidade ( =

26

0,000000001). Deve-se notar que na maioria das vezes a incerteza relativa do número , para

tantas casas decimais, será desprezível perante as incertezas relativas das outras variáveis.

Exercício – De acordo com as medidas indicadas na tabela abaixo:

Represente os resultados das operações na tabela abaixo (com número de algarismos

significativos e incerteza expressa de forma correta).

Medida Valor

d (3,54 0,09) mm

e (2,10 0,61) cm

f (21,35 0,04) m

Operação Resultado [m]

f .d

d.e

f/d

d/f

(f+d)/e

(f-d)/(d+e)

27

PRÁTICA 2: Introdução à medição - paquímetro

Introdução

O paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares internas, externas e de

profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual

desliza um cursor. A leitura da dimensão é feita somando-se a leitura da escala, quantidade de

traços na escala principal antes do zero do cursor, mais a leitura do nônio. A leitura do nônio,

por sinal, é feita com base na coincidência de um dos traços do nônio com um dos traços da

escala principal. Na Figura 3.1 é apresentado um exemplo de leitura com paquímetro. A

marcação da leitura na escala principal é de 73 mm, pois existem 73 traços antes do zero do

cursor, e a leitura do nônio é de 0,65 mm, pois o traço 65 do nônio é o coincidente.

Figura – Leitura do paquímetro com resolução de 0,05 mm

Leitura na Escala: 73 mm

Leitura no Nônio: 0,65 mm

Leitura Final: 73,65 mm

Objetivos

Familiarizar-se com o manuseio do instrumento.

Aplicar as regras de propagação de incerteza.

Procedimento experimental

Para cada cilindro determine o diâmetro e a altura utilizando o paquímetro fornecido, anote os

dados na tabela 2.1 no item coleta de dados;

Determine a massa de cada cilindro utilizando a balança fornecida;

Com os dados coletados determine para cada cilindro sua massa específica usando a

expressão:

= m/V

Anote os resultados na tabela 2.2.

28

Coleta dos dados

Tabela 2.1 - Coleta de Dados

Objeto Diâmetro [mm] Altura [mm] Massa [g]

Cilindro de cobre ( ± ) ( ± ) ( ± )

Cilindro de

alumínio ( ± ) ( ± ) ( ± )

Cilindro de plástico ( ± ) ( ± ) ( ± )

Cilindro de aço ( ± ) ( ± ) ( ± )

Cilindro de latão ( ± ) ( ± ) ( ± )

Tabela 2.2 - Resultados

Objeto Diâmetro [g/mm3]

Cilindro de cobre ( ± )

Cilindro de alumínio ( ± )

Cilindro de plástico ( ± )

Cilindro de aço ( ± )

Cilindro de latão ( ± )

29

PRÁTICA 3: Estudo de Movimento I.

Câmera mais rápida do mundo usa lasers e não tem CCD

Câmera mais rápida do mundo usa

lasers e é capaz de filmar processos

químicos e biológicos fundamentais em

tempo real.[Imagem: K. Goda]

Pesquisadores da Universidade da

Califórnia, nos Estados Unidos, criaram

um novo tipo de câmera filmadora

ultrarrápida que quebra as barreiras

tradicionais entre as câmeras

fotográficas tradicionais, as filmadoras

e os microscópios eletrônicos. Para

observar eventos que ocorrem em

altíssima velocidade, como ondas de

choque, atividades neurais ou mesmo as

comunicações entre células vivas, é

necessário capturar milhões ou bilhões de imagens a cada segundo. Até hoje, nenhuma

câmara sequer se aproximava dessa capacidade. A nova câmera alcança esses objetivos

alterando radicalmente o conceito utilizado atualmente para a captura de imagens ópticas.

Introdução

Movimento é o estado de um corpo cuja posição, em relação a um referencial, muda. Quando uma

partícula se move, em uma trajetória, em relação ao referencial, esta possui uma velocidade média que

pode ser calculada, se for conhecido o tempo e a distância percorrida.

t

sV

[3.2.1]

O movimento pode ser “absoluto”, quanto o referencial é um ponto fixo, e relativo, quando o

observador também se move.

Quando dois corpos estão em movimento relativo, esses possuem uma velocidade relativa entre si,

onde essa velocidade relativa, é dada pela diferença das velocidades dos dois corpos.

ABAB VVV

[3.2.2]

Com base nesses conceitos, pode-se analisar a partir do seguinte experimento, esses dois

casos de movimento, usando corpos diferentes, mas que percorrem a mesma trajetória em

sentidos opostos.

Objetivo

Analisar e classificar os movimentos dos objetos;

Verificar a importância do referencial no estudo de um movimento.

Procedimento experimental

30

Montar o trilho de ar e posicionar os sensores;

Definir um referencial na régua e medir o tempo para quatro posições da esfera em relação a

esse referencial pré-fixado;

Coleta dos dados

Os dados devem ser anotados na Tabela 3.1.

Cálculos

Calcular a velocidade média e a incerteza associada para cada trecho do movimento. Utilize a

expressão t

sV

. Anote os resultados na tabela 3.2

Coleta de dados - Estudo de movimentos

Tabela 3.1 - Coleta de dados

Movimento da esfera (tempo em segundos e distâncias em centímetros)

Ref = (15 ± 1 ) Tempo

X1 = ( ± ) ( ± )

X2 = ( ± ) ( ± )

X3 = ( ± ) ( ± )

X4 = ( ± ) ( ± )

Tabela 3.2 – Resultados

Velocidade da esfera

V1 ( ± ) m/s

V2 ( ± ) m/s

V3 ( ± ) m/s

V4 ( ± ) m/s

PRÁTICA 4: Estudo de Movimento II.

31

Introdução

Movimento acelerado é o estado de um corpo cuja

velocidade, em relação a um referencial, muda. A esta

mudança de velocidade damos o nome de aceleração. A

aceleração de queda livre, como o nome já indica, é aquela

em que o objeto está sujeito somente a força gravitacional.

t

Va

Objetivo

Determinação da aceleração de queda livre.

Procedimento experimental

Montar o trilho de ar na vertical e posicionar os sensores;

Definir um referencial na régua e medir o tempo de queda para quatro posições da esfera em

relação a esse referencial pré-fixado;

Coleta dos dados

Os dados devem ser anotados na Tabela 4.1.

Cálculos

Calcular a aceleração e a incerteza associada para cada trecho do movimento. Utilize a

expressão t

Va

. Anote os resultados na tabela 4.2

32

Coleta de dados - Estudo de movimentos II

Tabela 4.1 - Coleta de dados

Movimento da esfera (tempo em segundos e distâncias em centímetros)

Ref = (15 ± 1 ) Tempo

X1 = ( ± ) ( ± )

X2 = ( ± ) ( ± )

X3 = ( ± ) ( ± )

X4 = ( ± ) ( ± )

Tabela 3.2 – Resultados

Aceleração da esfera

a1 ( ± ) m/s2

a2 ( ± ) m/s2

a3 ( ± ) m/s2

a4 ( ± ) m/s2

33

PRÁTICA 5: Força elástica das molas.

Introdução

Um exemplo de força variável é a força de uma mola, onde essa é proporcional a sua

deformação. As molas helicoidais, sem exceção alguma, possuem uma constante elástica (k),

que pode ser calculada através da relação matemática conhecida como Lei de Hooke,

xkF [3.3.1] onde F é a força exercida pela mola, e x é a sua deformação.

Essa lei (Eq. 3.3.1) explica o funcionamento do dinamômetro, o qual nos indica a força

aplicada sobre o mesmo observando-se a deformação de sua mola.

Usando uma haste milimetrada, diferentes massas, e duas molas, pode-se calcular as

constantes elásticas (k) e as incertezas associadas, de cada mola, e de suas associações em

série e em paralelo.

Objetivo

Obter a constante elástica das molas e de suas associações em série e em paralelo

analiticamente;

Procedimento experimental

1. Montar a mola 1 no suporte graduado;

2. Medir o peso do recipiente;

3. Pendurar na mola o recipiente que conterá as massas e estabelecer o referencial para as

medidas de deformações;

4. Medir o peso do conjunto recipiente + massas;

5. Pendurar novamente o recipiente na mola e medir a deformação;

6. Repetir os itens (5) e (6) do procedimento quatro vezes, variando a quantidade de

massas;

7. Ao término da primeira bateria, item (7), repetir o procedimento para a mola 2 do item

(3) até o (7);

8. Ao término da segunda bateria, item (8), associar as duas molas em série e repetir o

procedimento do item (3) até o (7);

9. Ao término da terceira bateria, item (9), associar as duas molas em paralelo e repetir o

procedimento do item (3) até o (7).

Coleta dos dados

Os dados devem ser anotados na Tabela 5.1 da folha de dados.

Cálculos

Calcular 1k e a incerteza associada. Saiba que y

mgk

, lembrando que m é a massa total e

y é a deformação no eixo y (g=9,8 m/s2); Calcular 2k e a incerteza associada; Calcular

Sériek 12 e a incerteza associada; Calcular Paralelok 12 e a incerteza associada.

34

Coleta de dados – Força elástica das molas

Tabela 5.1 - Coleta de Dados // Resultados

Situação Variável Objeto 1 Objeto 2 Objeto 3

Mola 1

Força (N) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Deformação

(m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

K1 (N/m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Mola 2

Força (N)

( ± ) ( ± ) ( ± )

Deformação

(m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

K2 (N/m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Série

Força (N) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Deformação

(m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

K12-Série

(N/m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Paralelo

Força (N) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Deformação

(m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

k12-Paralelo

(N/m) ( ± ) ( ± ) ( ± )

35

PRÁTICA 6: Atrito

Introdução

Atrito é um fenômeno físico, que ocorre quando existe o contato entre dois corpos, gerando

uma força resistente, ou seja, contrária ao movimento, ou a tendência de movimento. Essa

força resistente, ou força de atrito, máxima é dada pela equação:

NFat max , Onde é o coeficiente de atrito, e N é a força normal.

Existem dois tipos de atrito. O atrito estático, que ocorre quando não existe movimento

relativo entre as superfícies, e o cinético, que ocorre quando existe esse movimento. O contato

entre diferentes superfícies, conduz a diferentes coeficientes de atrito, tanto estático quanto

dinâmico. Nesse experimento, analisa-se esse fenômeno entre um plano inclinado e blocos

com diferentes superfícies, porém de mesma massa.

Figura 6.1

Objetivo

Obter o coeficiente de atrito estático e a força de atrito máxima entre duas superfícies

utilizando um plano inclinado.

Procedimento experimental

1. Medir o peso do bloco;

2. Colocar o bloco sobre o plano (Fig. 3.5.1) e aumentar vagarosamente a inclinação do

plano com a horizontal, até o bloco iniciar o seu movimento;

3. Ao iniciar o movimento do bloco, medir o ângulo de inclinação do plano com a

horizontal;

4. Para cada superfície do bloco, repetir o procedimento mais quatro vezes;

Coleta dos dados

Os dados devem ser anotados nas Tabelas 6.1 e 6.2.

Cálculos

Fazer um desenho esquemático mostrando as forças e suas componentes, ângulos e distâncias

existentes; Calcular o coeficiente de atrito estático médio, desvio padrão e a incerteza

associada para cada bloco utilizado, lembrando que NFat ; Calcular a força de atrito e a

incerteza associada para cada bloco utilizado.

h

L

d

36

Coleta de dados - Atrito

Tabela 6.1 – Coleta dos dados

DADO: L = (1,0 ± 0,2) m

Superfícies /

Corrida h (m) e = Tg() Força Normal (N) Força de atrito (N)

I

1 ( ± )

2 ( ± )

3 ( ± )

4 ( ± )

II

1 ( ± )

2 ( ± )

3 ( ± )

4 ( ± )

III

1 ( ± )

2 ( ± )

3 ( ± )

4 ( ± )

Tabela 6.2 - Peso do Bloco

Peso do bloco (N)

( ± )

37

PRÁTICA 7: Conservação da quantidade de movimento (momento linear)

Introdução

Quando duas partículas interagem, pode-se aplicar a Terceira Lei de Newton, isto é, a

toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade e direção e de sentidos opostos.

Se as partículas forem consideradas como um sistema isolado, apenas as forças de ação e

reação atuam internamente, e então o sistema deve permanecer em equilíbrio (em repouso ou

em movimento retilíneo uniforme). Pode-se assim afirmar que, se não houver agentes

externos modificando este equilíbrio, todas as grandezas internas conservar-se-ão.

Define-se uma grandeza interna do sistema como momento linear P (ou momentum, ou

quantidade de movimento) que é o produto de cada uma das massas das partículas do sistema

por sua velocidade (P = mv), onde m é um escalar positivo e v é um vetor, logo P será um

vetor com a mesma direção e sentido de v.

Figura 7.1: (a) Trajetória da esfera 1 no suporte de descida até o plano de medida do alcance

das esferas; (b) Trajetória das esferas 1 e 2 antes e após a colisão.

Havendo uma colisão, e considerando as partículas como um sistema isolado, então:

P(antes do choque) = P’(depois do choque)

221121 vmvmPPP (neste caso, teremos v2 = 0)

'22

'11

'2

'1

' vmvmPPP

Onde m1 e m2 são as massas que se chocam e v e v ‘ são as velocidades antes e depois do

choque, respectivamente.

Objetivo

Observar experimentalmente a lei de conservação do momento linear, em uma dimensão.

Procedimento experimental

1. Verificar se o ponto D do suporte de descida das esferas está na mesma linha vertical

do início do plano de medida de alcance das esferas.

2. Abandonar 4 vezes a esfera maior a partir de um ponto no suporte de descida (maior

altura), e anotar em cada caso o alcance.

38

3. Abandonar novamente a esfera maior 4 vezes desde cada um dos três pontos marcados

no suporte de descida, desta vez provocando um choque com a esfera menor que

estará localizada no ponto D, anotar o alcance de cada esfera.

Coleta de dados

Para a altura de abandono da esfera:

Calcule os valores médios e as incertezas do alcance da esfera (

X e

X ).

Calcule a velocidade horizontal média da esfera sem choque (

v ), e a incerteza associada

(

v ).

Calcule a velocidade horizontal média para cada esfera após o choque (

'1v e

'2v ), e a incerteza

associada (

'1v e

'2v ).

Calcule o momento linear P a incerteza associada, sem choque.

Calcule o momento linear de cada esfera a incerteza associada, após o choque (P1’ e P2

’):

Compare os resultados para o momento linear, antes do choque (P) e depois do choque (P1’ +

P2’), conforme descrito na Introdução.

Massa da esfera 1: m1 = ( ± ) kg

Massa da esfera 2: m2 = ( ± ) kg

Altura de abandono: h (MÁXIMA)

Tempo de queda: t = (0,45 ± 0,05) s

Tabela 7.1: Coleta de Dados

SEM COLISÃO

Lançamento 1 2 3 4

X1 (m) ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Velocidade 1

(m/s)

COM COLISÃO

X1 (m) ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Velocidade 1

PARCIAIS

X2 (m) ( ± ) ( ± ) ( ± ) ( ± )

Velocidade 2

PARCIAIS

39

Tabela 7.2: Coleta de Dados

ANTES DA COLISÃO

Esfera Média da velocidade (m/s) Momento, p = mv (kg.m/s)

1 ( ± ) ( ± )

2 ZERO ZERO

APÓS A COLISÃO

Esfera Média das velocidades (m/s) Momento, p = mv (kg.m/s)

1 ( ± ) ( ± )

2 ( ± ) ( ± )

40