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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA JOSUÉ DOS SANTOS O EMPREENDEDORISMO E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO: Um estudo de caso em micro e pequenas empresas de Porto Seguro BA EUNÁPOLIS, BA 2018

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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

JOSUÉ DOS SANTOS

O EMPREENDEDORISMO E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO: Um estudo de caso em micro e pequenas empresas de Porto Seguro – BA

EUNÁPOLIS, BA

2018

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JOSUÉ DOS SANTOS

O EMPREENDEDORISMO E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO: Um estudo de caso em micro e pequenas empresas de Porto Seguro – BA

Trabalho apresentado às Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte das exigências para obtenção do grau de Bacharel em Administração, sob orientação da professora Msc. Ana Taís Muniz Fontes.

EUNÁPOLIS, BA

2018

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JOSUÉ DOS SANTOS

O EMPREENDEDORISMO E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO: Um estudo de

caso em micro e pequenas empresas de Porto Seguro – BA

Aprovado em:____/____/____

Conceito Final: ____________

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________ Prof.ª Msc. Ana Taís Muniz Fontes (Orientadora)

Mestre

__________________________________________ Nome completo

Titulação

__________________________________________ Nome completo

Titulação

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que tanto batalharam para construção de meu

caráter, baseados na Fé do Deus Vivo e na importância que a

educação de qualidade tem para moldar-me como profissional

competente, com o intuito de que eu esteja apto para observar

todas as possibilidades que há neste universo magnífico e

contribuir em seu desenvolvimento, de modo honesto e honrado.

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AGRADECIMENTOS

Sou grato a todos aqueles que contribuíram para o meu crescimento, ajudando nos

primeiros passos da minha carreira profissional, o que me levou a concluir este

trabalho.

Agradeço aos meus pais, e aos meus irmãos, pela dedicação em apoiar-me perante

esta caminhada acadêmica, através do carinho e motivação que levaram a

concretização deste trabalho.

Aos meus saudosos avós, que tanto enriqueceram com suas vivências e tramas,

como fonte de inspiração.

À minha namorada, que com muito carinho, procurou ao máximo compreender o

porquê da minha ausência em algumas ocasiões familiares, e demonstrando suporte

com seu amor.

Aos meus amigos, por contribuir com suas histórias e experiências.

Aos meus colegas de classe, que se fizeram presente nesta extraordinária trajetória.

Aos mestres pelos seus ensinamentos, que muito me agregaram valor no aprendizado

de como identificar a ideal administração em uma organização, em especial a docente

e orientadora Ana Taís Muniz Fontes pela dedicação, colaboração e orientação em

favor da conclusão deste trabalho.

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RESUMO

Esta pesquisa consiste em analisar a gestão dos micros e pequenos empreendimentos em Porto Seguro – BA face a ausência de planejamento estratégico e gestão de qualidade. Tem como objetivos específicos demonstrar a importância do Planejamento Estratégico nas empresas, evidenciar como a Gestão de Qualidade pode trazer diferencial para a empresa e correlacionar o Planejamento Estratégico e a Gestão da Qualidade ao empreendedorismo. O trabalho foi realizado através de um estudo de caso, de natureza quanti-qualitativa com cunho bibliográfico. Ao estudar os autores referenciados e após o tratamento dos dados, verificou-se os conceitos e históricos sobre a evolução do empreendedorismo no mundo e no Brasil, bem como a importância do treinamento para o aperfeiçoamento das técnicas sobre gestão, permitindo assim, o alcance parcial dos objetivos específicos. As organizações devem seguir procedimentos para estabelecerem um correto gerenciamento da qualidade. Esses procedimentos são representados pelos métodos e pela adequada utilização das ferramentas da qualidade, que são os recursos utilizados no método que é a sequência lógica empregada para atingir o objetivo desejado. O ato de empreender pode se manifestar de formas não convencionais; ele pode ser latente, mas também pode ser manifestado de diferentes formas, como por exemplo, no ambiente doméstico, tanto no dia a dia, ao gerenciar as finanças, fazer novas aquisições, quanto ao decidir fazer uma reforma que possa ampliar ou otimizar o espaço; na empresa em que trabalha, quando propõe um projeto ou lidera um projeto já posto em prática; na escola ou na vida, quando um trabalho, tarefas divididas e mudanças precisam ser feitas, novos planos, novas metas.

Palavras-Chave: Empreendedorismo. Ferramentas de Gestão. Estratégia.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Processo Empreendedor .................................................................. 21

Figura 2 Modelo da Matriz SWOT..................................................................... 30

Figura 3 Modelo das 5 Forças de Porter........................................................... 32

Figura 4 Modelo do Balanced Scorecard........................................................... 36

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação dos países participantes no GEM 2016 ................... 22

Quadro 2 - Características de um empreendedor segundo teóricos .............. 27

Quadro 3 - Questões potenciais a considerar em uma análise SWOT........... 31

Quadro 4 - Perspectivas do Balanced Scorecard............................................ 37

Quadro 5 - Resumo das utilidades das principais ferramentas da qualidade. 41

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Identificação do gênero do entrevistado ...................................... 44

Gráfico 2 - Ramo de atividade econômica do negócio .................................. 45

Gráfico 3 - Faixa de idade dos participantes .................................................. 46

Gráfico 4 - Escolaridade ............................................................................... 46

Gráfico 5 - Conceito de empreendedor ......................................................... 47

Gráfico 6 - Identificação como empreendedor .............................................. 48

Gráfico 7 - Quais as características que o definem como empreendedor...... 48

Gráfico 8 - O que o levou a ser empreendedor ............................................ 49

Gráfico 9 - Colaboradores que fazem parte do negócio ............................... 50

Gráfico 10 - Gestão Sustentável promovendo melhorias ou crescimento dos

resultados................................................................................... 50

Gráfico 11 - De que maneira promove o crescimento .................................... 51

Gráfico 12 - Conhecimento das ferramentas de Gestão Estratégica ............. 51

Gráfico 13 - As ferramentas conhecidas pelos entrevistados ........................ 52

Gráfico 14 - Você possui conhecimento as ferramentas de Gestão da

Qualidade ................................................................................... 53

Gráfico 15 - Quais ferramentas da Gestão da Qualidade .............................. 53

Gráfico 16 - A empresa possui Declaração de Visão, Missão e Valores ........ 54

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LISTA DE ABREVIATURAS

BSC – Balanced Scorecard – Indicadores Balanceados de Desempenho

EVA – Economic Value Added – Valor Econômico Adicionado

GEM – Global Entrepreneurship Monitor – Monitor Global de Empreendedorismo

GUT – Gravidade, Urgência e Tendência

PDCA – Plan, Do, Check e Action – Planejar, Fazer, Verificar e agir

PIB – Produto Interno Bruto

ROI – Retorno sobre o Investimento

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SGQ – Sistemas de Gestão da Qualidade

SOFTEX – Sociedade Brasileira para Exportação de Software

SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats - Pontos Fortes, Pontos

Fracos, Oportunidades e Ameaças

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2. METODOLOGIA ................................................................................................... 16

3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 18

3.1 EMPREENDEDORISMO .................................................................................... 18

3.1.1 Empreendedorismo no Brasil ...................................................................... 20

3.1.2 Características dos empreendedores ......................................................... 24

3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 27

3.2.1 Análise SWOT ............................................................................................... 29

3.2.2 Cinco Forças de Porter ................................................................................ 32

3.2.3 Balanced Scorecard – BSC .......................................................................... 35

3.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE ...................................................................... 39

3.3.1 Ferramentas da Qualidade ........................................................................... 40

4. ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DE DADOS ........................................................ 44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 56

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58

ANEXO ................................................................................................................... 665

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1. INTRODUÇÃO

Ao estudar sobre empreendedorismo deve-se observar o que explica Dornelas (2005,

p. 26), “o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na

década de 1990, quando entidades como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Sociedade Brasileira para Exportação de

Software (SOFTEX) foram criadas”. Barreto (1998) conceitua o Empreendedorismo

como sendo a aptidão de se criar e manter algo com bem pouco ou quase nada de

recursos financeiros, dentre outros tipos de recursos.

O ato do Empreender é oriundo da motivação de suprir as necessidades e os anseios

humanos. De acordo com Serrano (2011), na teoria de Maslow, tais necessidades são

explicadas em cinco níveis: “Básicas, Segurança, Sociais, Auto Estima e Auto

Realização”; com o intuito de desmistificar os meios que podem promover a

subsistência do indivíduo, originando esta ação de criar e recriar algo inovador para

inserir no mercado.

Outro fator preponderante é o cenário contemporâneo que a nação brasileira vem

vivenciando. Desde 2014 a crise assola a sociedade, e de acordo com a Revista

Época (2016), “O desemprego assusta apenas pela velocidade com que avança. O

país levou dez anos para reduzi-lo de 10% para 5%, mas precisará de apenas dois

anos para que ele avance e retorne ao nível anterior.”

Logo tem-se a fórmula ideal, necessidade e mais o desemprego, para começar a

Empreender em favor da sobrevivência do indivíduo e de seus dependentes. São

momentos como estes que podem desencadear uma série de Insight’s cujo o

significado é na verdade, como uma expressão de clareza súbita na mente, ou

também conhecida como uma iluminação/ revelação do que realizar para preencher

aquela lacuna ainda existente no mercado. Todavia, se a intenção é manter a ideia de

modo que possa extrair seus resultados de modo contínuo, não se pode alocá-la sem

antes haver um preparo para que a mesma possa subsistir.

Com este engajamento de incorrer em menos erros e riscos, usufruir da disposição

de tantas Ferramentas, metodologias e dos recursos tecnológicos é uma estratégia

para iniciar um empreendimento.

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Deste modo, é preciso ter uma boa Gestão de Qualidade para criar e manter uma

organização com poucos recursos como mencionou o autor Barreto (1998).

Segundo Moreira (2014), atualmente a Gestão da Qualidade não se limita apenas nas

ações do âmbito das empresas, mas se observa da necessidade do desenvolvimento

e o aprimoramento de métodos e das ferramentas de apoio. Dotando-se como

instrumentos que capacitam os envolvidos da cadeia para receber, processar, difundir

e utilizar informações de maneira que possa definir e gerenciar Estratégias da

Qualidade ao longo do tempo de vida da organização, através do Planejamento.

Desta forma compreender os processos da Gestão da Qualidade e como eles

ocorrem, é importante aos Administradores das empresas, para que as mesmas

possam crescer e desenvolver maturidade frente aos seus concorrentes.

De acordo com Silva et al (2014), no universo dos pequenos negócios, foram

detectados alguns gargalos relacionados à Gestão da Qualidade, o que é um fator de

relevante preocupação estratégica, dada à competitividade e a necessita de

manutenção da sobrevivência das referidas empresas.

A preocupação com a questão da qualidade não é assim tão recente. Porém, os aspectos relacionados com a mesma têm vindo a evoluir ao longo das últimas décadas. Como resultado, as empresas têm vindo a implementar os chamados Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ), que têm como finalidade a aplicação de métodos e mecanismos de garantia da conformidade dos seus produtos e processos com padrões de qualidade pré-estabelecidos, que acabam por demonstrar o compromisso das organizações para com a satisfação dos seus clientes, reforçar a sua imagem e acompanhar a evolução dos mercados (SILVA, 2009, p.1 apud LOPES, 2014).

O mundo contemporâneo passou por transformações ao longo do tempo,

modificações estas, que acarretaram dificuldades nas organizações no que diz

respeito às ferramentas administrativas que contribuem com os gestores em suas

respectivas tomadas de decisões de modo consistente, bem como a realização de um

Planejamento Estratégico de forma eficiente.

Conforme Campos (2009), “O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que

diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para

sua execução, levando em conta condições internas e externas”. Sendo assim, para

o empreendedor realizar Planejamento antes de implantar todo e qualquer

empreendimento. Uma vez que visa a preparação para o estabelecimento de métodos

parra minimizar futuros problemas e inclusive de evitar falir a empresa.

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O que também é confirmado pelo SEBRAE (2018), “Planejar estrategicamente

significa compatibilizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente externo às

condições internas, favoráveis ou não, da empresa, de modo a satisfazer seus

objetivos futuros.” Permitindo vislumbrar todo o segmento, o qual pretende se inserir

e ainda diagnosticar a perspectiva de futuro do mesmo, expondo sua viabilidade, ou

não.

O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar a gestão dos micros e pequenos

empreendimentos em Porto Seguro – BA à luz do planejamento estratégico e gestão

de qualidade, tendo assim como objetivos específicos:

Demonstrar a importância do Planejamento Estratégico nas empresas por

meio da leitura;

Evidenciar por meio de um referencial teórico a gestão das empresas;

Correlacionar estudo sobre o Planejamento Estratégico, as Ferramentas da

Qualidade ora Ferramentas utilizadas na pesquisa de campo deste trabalho.

Diante do que foi abordado até então, busca-se com esta pesquisa responder a

seguinte questão problema: Como o Planejamento Estratégico e a Gestão da

Qualidade podem impactar na gestão dos micro e pequenos (empresas que faturam

anualmente até R$ 4,8 milhões) empreendimentos de Porto Seguro - BA?

Busca-se então, contribuir para que os micro e pequenos negócios e os

empreendedores brasileiros venham a se preparar para de fato, gerir um negócio num

caminho mais assertivo. Assim, evitando incorrer em erros que ainda são bastante

comuns e que agravam a situação da empresa de tal modo que chegam a causar o

encerramento da mesma.

Portanto, a motivação para com esta pesquisa surgiu através da percepção de que as

micro e pequenas empresas são as responsáveis por gerarem cerca de 27% do PIB

no Brasil, e são as mais afetadas pela falta de informação e planejamento (SEBRAE,

2014). Além do que, a busca que se faz com este estudo é a da transformação cultural

empresarial, contribuindo com demonstrativos de prospectos que ressaltando a

importância da capacitação empresarial em função do empreendedorismo de

sucesso.

Dentre as contribuições no âmbito pessoal e Acadêmico, pode-se destacar a obtenção

de conhecimento e enriquecimento profissional para os estudantes do curso de

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Administração, bem como de áreas afins, que irão perceber através deste estudo de

caso, a importância das ferramentas de gestão para impulsionar o empreendedorismo

de forma eficiente e proporcionando cada vez mais o crescimento no Brasil.

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: esta introdução na primeira

seção, a qual traz uma breve contextualização do tema abordado, problematização,

justificativa e objetivos pretendidos com este estudo; os procedimentos metodológicos

utilizados na realização da pesquisa do trabalho em questão são apresentados na

seção 2.

Na seção 3, aborda-se sobre o Empreendedorismo em seu histórico, assim como sua

utilização para estabelecer um novo negócio e, ainda, o planejamento estratégico e

as ferramentas de gestão da qualidade, com foco nas micro e pequenas empresas. A

seção 4 apresenta a análise e apresentação de dados e finalmente na seção 5, as

considerações finais deste Trabalho de Conclusão de Curso.

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2. METODOLOGIA

Este trabalho optou por um estudo de caso como delineamento da pesquisa, que de

acordo com Gil (2008, p. 49) consiste no

[...] planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação dos dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera o ambiente em que são coletados os dados, bem como as formas de controle das variáveis envolvidas.

Deste modo, foi realizado um estudo de caso nas micro e pequenas empresas de

Porto Seguro – BA, partindo de uma observação do contexto desses

empreendedores, analisando os problemas de gestão e buscando entender o

problema em questão. A coleta de dados foi realizada através de um questionário, o

qual foi aplicado um pré-teste com 30 gestores, tendo como composição: 10

microempreendedores individuais, 15 microempresários e 5 pequenos empresários.

O Estudo de Caso é considerado uma abordagem do tipo quanti-qualitativa, sendo

utilizada no processo de coleta de dados na área de estudos organizacionais. Neste

caso, a natureza deste trabalho consiste como sendo de natureza quanti-qualitativa

no que diz respeito ao problema, a pesquisa quanti-qualitativa, também denominada

de método misto, denominada por Creswell e Clark (2007), apresenta uma tipologia

de pesquisa voltada para as ciências sociais.

Para Minayo e Sanches (1993) existe um complemento ente as pesquisa qualitativa e

quantitativa, conforme particularidades do objeto de pesquisa

A relação entre quantitativo e qualitativo, entre objetividade e subjetividade não se reduz a um continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória. Pelo contrário, é de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais “ecológicos” e “concretos” e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 247).

É preciso que se leve em consideração a natureza da experiência, o conhecimento a

alcançar e a probabilidade de generalização de estudos a partir deste procedimento.

Quanto à profundidade ou natureza da experiência do método dedutivo, para Marconi

e Lakatos (2005) este método parte de premissas, a exemplo do método indutivo, e

se a conclusão partir de premissas verdadeiras, a conclusão estará explicita ou

implícita na premissa. Isto é especialmente importante na área de ciências sociais

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onde os estudos estão fundamentados na relação entre a profundidade e tipo da

experiência vivida, a expressão desta experiência e a compreensão da mesma.

No que se refere aos procedimentos, o trabalho está pautado em uma revisão

bibliográfica, que segundo Trentini e Paim (1999), uma revisão bibliográfica é a análise

crítica, criteriosa e ampla das publicações fluentes a uma decidida área do

conhecimento, sendo que a pesquisa bibliográfica procura ensinar e debater um tema

com o apoio de referências teóricas de livros, revista, artigos e outros, procurando

também, saber e examinar conteúdos científicos sobre determinado tema (MARTINS;

PINTO, 2001).

[...] é preciso buscar o caminho mais apropriado para alcançar o saber, e quando se trata de saber mais alto, o caminho ou circuito maior, já que o mais curto seria inadequado para tão elevado fim (HÜHNE, 1995, p. 155).

Assim, o autor utilizou o método dedutivo para a construção e julgamento das

informações, partindo do geral para o particular com a construção lógica. O presente

trabalho teve como objetivo, descrever os elementos teóricos e as ações em campo.

A abordagem quanto pesquisa é o teórico – prático, auxiliado pelo conhecimento

científico, conciliando os casos práticos junto das organizações, onde os questionários

foram aplicados.

Com o objetivo de coletar os dados, foi elaborado um questionário pelo autor da

pesquisa com o objetivo de obter das informações necessárias para a compreensão

e delimitação do conceito de Empreendedorismo pelos empresários do município de

Porto Seguro.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EMPREENDEDORISMO

O termo empreendedor vem do francês entrepreneur, que significa “aquele que

assume riscos e começa algo novo” (CHIAVENATO, 2004, p. 3). Os precursores dos

estudos sobre o empreendedorismo foram: Joseph A. Schumpeter, Louis Jacques

Filion, Richard Cantillon e Jean-Baptiste Say. Tomando como exemplo Schumpeter,

em 1942, o mesmo publicou um livro chamado Capitalismo, Socialismo e Democracia,

onde destacou a função dos empreendedores no processo de formação da riqueza

das nações (SEBRAE, 2017). No ano de 1982, Schumpeter em seu livro Teoria do

desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o

ciclo econômico, afirmou que:

Mas, qualquer que seja o tipo, alguém só é um empreendedor quando efetivamente levar a cabo novas combinações, e perde esse caráter assim que tiver montado o seu negócio, quando dedicar-se a dirigi-lo, como outras pessoas dirigem seus negócios” (SCHUMPETER, 1982, p. 56).

Ou seja, o ato de empreender é o ato de realizar, de ter novas ideias e as transformá-

las em ação, com a harmonia entre a imaginação e a criatividade para realizar. De

acordo com o SEBRAE (2017), afirma que o empreendedor é motivado pela sua

realização pessoal e pelo seu desejo de ter para si mais responsabilidades, além de

querer adquirir independência.

Conforme Say apud Drucker, (1987, p. 27), “o empreendedor transfere recursos

econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade

mais elevada e de maior rendimento”. Por sua vez, para Shapero apud Uriarte (1999,

p. 49) o empreendedor é “alguém que toma a iniciativa de reunir recursos de uma

maneira nova ou para reorganizar recursos de maneira a gerar uma organização

relativamente independente, cujo sucesso é incerto”.

O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêm valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor

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ao receber e localizar as habilidades e os recursos necessários (HISRICH; PETERS, 2004, p. 29).

Uma empresa que tem seu trabalho pautado em uma cultura empreendedora precisa

ter uma liderança forte à frente de suas decisões perante os interessados no avanço

industrial da empresa. Deste modo, liderar requer muito mais do que emitir ordens

dentro de uma empresa, liderar é saber se pôr no lugar do outro e caminhar junto em

busca do sucesso. É ter a habilidade de motivar e ser motivado pelos seus

companheiros do trabalho.

De acordo com Chiavenato (2003), a liderança é essencial em todas as funções da

Administração, onde o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber

conduzir as pessoas, isto é, liderar. Entende-se por liderança a percepção do grupo

em relação ao líder, que consegue influenciar, persuadir e argumentar sobre pessoas.

São abordados por Chiavenato (2003) os estilos de lideranças: liderança autocrática,

liberal e democrática. E a ideal para uma cultura empreendedora é a liderança

democrática, onde o líder orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase

não está apenas no líder ou no grupo de colaboradores, mas está baseada em ambos.

Com este tipo de liderança a empresa só tende a crescer, pois todos ficam satisfeitos

e seu local de trabalho e sentem-se estimulados e sempre estão sendo orientados, e

isso os faz caminhar rumo ao sucesso, pois seu líder transmite segurança.

Dessa forma, dentro das empresas entre os colaboradores há o que chamam de

intraempreendedorismo tem como função promover ações dentro da empresa já

estabelecida que gerassem motivação para criação de competências empresariais,

de modo a criar valor para a organização o que é o ao contrário do empreendedorismo

que visa à criação de um negócio, em corroboração Juliano (2016, p. 36) descreve

como:

[...] um processo que visa identificar, desenvolver e implantar novas oportunidades que criarão valor para a empresa, requerendo alterações expressivas no modo em que os recursos são utilizados pela organização e propiciando a geração de novas competências empresariais.

De acordo com Aldrich (2004), "empreendedor" e "empreendedorismo" são termos

frequentemente discutidos em conferências e publicações acadêmicas desde 1970,

no qual reflete disputas sobre unidade e níveis de análise.

Ainda para o mesmo autor, há quatro principais perspectivas teóricas: a primeira, visa

a capitalização e o crescimento dos negócios como foco dos estudos. Os autores

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desta perspectiva contrapõem essa nova forma de negócio a àqueles negócios que

eram fundados por indivíduos que se satisfaziam com pouco, tanto no que se refere

ao crescimento do negócio quanto ao retorno das empresas. A segunda, é baseada

em Schumpeter, que prega a inovação, atividades inovativas; A terceira considera que

identificar oportunidades de negócios é o cerne do empreendedorismo. A quarta e

última perspectiva conceitua o empreendedorismo através da formação de novas

organizações e pelos comportamentos e atividades para isso acontecer, de tal modo

que o empreendedor é quem assume o risco de criar organizações.

Mediante a intenção de aproximar a teoria da prática para um melhor entendimento

acerca do empreendedorismo, é viável destacar alguns depoimentos de

empreendedores brasileiros (BRITO; WEVER, 2004 apud PEREIRA; ARAÚJO e

WOLF, 2011, p. 118):

O empresário não para nunca, não tem sossego. Está sempre se atualizando. Ninguém é um bom empresário se não consegue se entregar totalmente ao negócio (Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas).

Nos Estados Unidos o empreendedor é tido como herói. No Brasil é aquele empregado que não deu certo e deu um jeito de continuar vivendo (Mark Barsinsk, sócio proprietário da Propay).

3.1.1 Empreendedorismo no Brasil

Segundo Dornelas (2005), o conceito de empreendedorismo começou a ser difundido

no Brasil no final da década de 1990, tendo como os principais motivos a preocupação

com a criação de pequenas empresas que se estabelecessem e a necessidade de

diminuir as taxas de falências desses empreendimentos.

E que só foi possível porque eram recorrentes graças a redução de custos que as

grandes empresas brasileiras se viram obrigadas a passar para se manterem no

mercado devido à crise econômica e a imposição da globalização, a consequência

imediata foi o desemprego, principalmente nas grandes cidades.

Para solucionar seus problemas pessoais, os ex-funcionários dessas grandes

empresas obtiveram seus próprios negócios, com o pouco recurso que tinham, e

pouco conhecimento, em muitos casos sem conhecimento algum, contudo esses

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negócios foram crescendo com o tempo, foram empregando novos funcionários e

alguns se tornaram grandes negócios.

Além do surgimento desses empreendedores no Brasil, surgiram nos anos de 1999 e

2000 empreendedores motivados pela internet. Com o perfil mais jovem e

independente, ainda segundo Dornelas (2005, p. 2):

[...] nessa época, muitos tentaram se tornar os novos jovens milionários, independentes, donos do próprio nariz. Devem ser considerados também os que herdaram os negócios dos pais ou parentes e que dão continuidade a empresas criadas há décadas.

Então, essa junção de acontecimentos, e de empreendimentos acontecendo de forma

natural no Brasil, despertou discussões a respeito do tema, com conteúdo acadêmicos

e direcionados aos empreendedores.

Segundo Juliano (2016), entre os motivos mais comuns que impulsionam o

empreendedorismo é a vontade de empreender, encontram-se o desejo que os

indivíduos sentem de ganhar dinheiro, a vontade de deixar de ser empregado e passar

a ser patrão, bem como a necessidade de provar a si mesmo e aos outros que tem a

capacidade de empreender.

A Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizou uma pesquisa a qual foi possível

constatar que o Brasil dentre 34 países se encontrava entre os 8 que mais

empreendiam em termos de criação de novas empresas (GEM, 2016).

O GEM segue uma estrutura processual acerca da análise do empreendedorismo,

buscando considerar vários passos que o caracterizam o processo empreendedor,

conforme a figura 1.

Figura 1 - O Processo Empreendedor

Fonte: GEM (2016)

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Este processo é representado na figura 1 e engloba quatro momentos: (i) a intenção

dos indivíduos em iniciar um negócio; (ii) a criação do empreendimento; (iii) seu

desenvolvimento considerando dois estágios, nascentes e novos; (iv) culminando com

a etapa em que o empreendimento é considerado estabelecido (GEM, 2016).

O quadro 1, apresenta os países que participaram do GEM de 2016 separados por

três grupos pelos quais esses países são impulsionados: por fatores, pela eficiência e

pela inovação. Dentre esses grupos o Brasil está inserido no grupo de países

impulsionados pela eficiência, o qual se caracteriza pelo “avanço da industrialização

e ganhos em escala, com predominância de organizações intensivas em capital”

(GEM, 2016, p. 18).

Quadro 1 - Classificação dos países participantes no GEM 2016

Fonte: GEM (2016)

Conforme menciona o SEBRAE (2017), dentre vários aspectos analisados pela

pesquisa GEM no período de 2014 a 2016, um deles é a taxa específica de

empreendedorismo, ou seja, o percentual da população envolvida em atividades

empreendedoras.

Esta pesquisa tem como critério a divisão entre “Empreendedores iniciais” e

“Empreendedores estabelecidos”. No entanto, a Taxa de Empreendedores Iniciais

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(TEA) no Brasil é realizada de forma diferente, tendo em vista a igualdade entre o

número de homens e mulheres empreendendo, em contrapartida, considerando

países mais desenvolvidos e menos desenvolvidos este grupo de empreendedores é

composto por um número bem maior do gênero masculino (GEM, 2016).

Segundo a Revista Exame (2014), José Dornelas afirma em seu livro

Empreendedorismo para Visionários: “O que eu tento mostrar é que o comportamento

empreendedor pode existir em várias pessoas, independente da atividade dela”.

Dornelas afirma que cada um dos tipos de empreendedores tem seus motivos para

empreender e se dispõem de variações. Obtendo assim dois grandes grupos, os que

empreendem por necessidade, para sobrevivência e os que empreendem por

oportunidade, os mais obtêm um nicho com potencial de crescimento (EXAME, 2014).

Os principais tipos de empreendedores são:

O informal: que está incluso no grupo que empreende para sobreviver. “O

informal está ligado às necessidades. A pessoa não tem visão de longo

prazo, quer atender necessidade de agora”, diz Dornelas (EXAME, 2014).

Ele trabalha para garantir suas necessidades básicas, normalmente prefere

a estabilidade de um pequeno negócio e não se arrisca em expandi-lo. É um

grupo que tem diminuído com o tempo, graças as iniciativas direcionadas ao

Microempreendedor Individual (MEI).

O cooperado: Esse empreendedor tem o trabalho em equipe como o

principal, pois está ligado às cooperativas, como artesanato, por exemplo.

Tem como meta crescer até ser independente.

O individual: Seria o informal que com o MEI teve a oportunidade de se

estruturar de forma mais sólida, porém ainda permanece ligado a

necessidade de sobrevivência, e possuem poucos funcionários. “Por mais

que esteja formalizado, ele não está pensando em crescer muito”, diz

Dornelas (EXAME, 2014).

O social: Tem como motivação a vontade de ganhar dinheiro fazendo algo

bom para a sociedade “Este tipo tem crescido muito, principalmente entre os

jovens que, ainda na faculdade, têm aberto o próprio negócio para resolver

problemas que a área pública não consegue”, (EXAME, 2014). Destaca-se

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que o trabalho em equipe é importante e atrai pessoas pela inspiração do

objetivo de ajudar.

O corporativo: Tem uma característica de o próprio funcionário empreender

novos projetos na presa que é colaborador, tendo objetivo de crescer na

mesma, conhecido como o intraempreendedorismo. “O dilema das

empresas hoje é aumentar a quantidade de pessoas com esse perfil”, explica

Dornelas (EXAME, 2014).

O público: Se encaixa em uma junção de corporativo, mas para o setor

governamental. Existem servidores públicos atentos para fazer uso de

recursos e inovar no que diz respeito a serviços fundamentais, com a

motivação em provar o valor do seu trabalho para a sociedade (EXAME,

2014).

O do conhecimento: Usa seu conhecimento em uma área específica para

ganhar dinheiro. “Eles sabem capitalizar para empreender e fazer acontecer,

como escritores e artistas”, explica Dornelas (EXAME, 2014).

3.1.2 Características dos empreendedores

Pessoas empreendedoras, segundo a ENDEAVOR (2015), são pessoas que não

estão satisfeitas com a realidade atual que se encontram, então por esse motivo

promovem a si mesmos uma evolução diária, em todo o Brasil e no mundo, pois

inovam e com essas inovações promovem a solução de problemas para outras

pessoas, além de gerarem empregos.

Algumas ações básicas que fazem as pessoas terem o impulso inicial para

empreenderem são: ter ideias criativas e propor soluções para que elas possam ser

colocadas em prática; fazer uma auto avaliação e autocrítica para que possa ter

controle de seus comportamentos para obter um autodesenvolvimento favorável ao

empreendedor e ao seu negócio. SEBRAE (2017).

O ato de empreender pode se manifestar de formas não convencionais (em novos

negócios), ele pode ser latente, mas também pode ser manifestado de diferentes

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formas, como por exemplo no ambiente doméstico, tanto no dia a dia ao gerenciar as

finanças, fazer novas aquisições, quanto ao decidir fazer uma reforma que possa

ampliar ou otimizar o espaço; na empresa em que trabalha, quando propõe um projeto

ou lidera um projeto já posto em prática; na escola ou na vida, quando um trabalho,

tarefas divididas e mudanças precisam ser feitas, novos planos, novas metas.

E há o modo mais oficial, que são pessoas que abrem um negócio, que seriam

empreendedores de alto impacto, que geram empregos, mudam vidas efetivamente

direta ou indiretamente, revolucionam seus mercados e se fazem exemplo

(OLIVEIRA, 2017).

Para praticar o empreendedorismo de alto impacto não adianta apenas ter uma ideia,

é preciso saber analisar as oportunidades e saber reconhecer quando se tem uma.

No entanto, para que isso possa acontecer, de acordo com o EMPRETEC, –– “que

consiste em um seminário que proporciona ao participante o despertar das atitudes

empreendedoras” (SEBRAE, 2016) –– estes empreendedores devem ter atitudes e

características que se consideram características empreendedoras.

Conforme menciona o SEBRAE (2016) o EMPRETEC é:

[...] desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em cerca de 34 países, é voltada para o desenvolvimento de características empreendedoras e para a identificação de novas oportunidades de negócios. No Brasil, o curso é realizado exclusivamente pelo SEBRAE há 20 anos e já capacitou 180 mil empresários e empreendedores.

O SEBRAE (2017) argumenta que o EMPRETEC acredita que um empreendedor tem

que ter as seguintes características, as quais o método procura desenvolver nos seus

participantes:

1. Busca de Oportunidades e iniciativa – ou seja, o indivíduo com esta

qualidade ele busca arranjar soluções para algo que está errado, é proativo,

não espera que algo se resolva sozinho, ele toma a iniciativa para

solucionar o problema e arranja oportunidades em cima disso (SEBRAE,

2017).

2. Persistência – com esta característica, o empreendedor não se aflige e se

dá por derrota no primeiro obstáculo que encontra, este enfrenta seus

obstáculos a fim de alcançar seus objetivos e ter êxito, ou seja, ela não

desiste diante dos obstáculos, se esforça ao máximo para conseguir aquilo

que almeja (SEBRAE, 2017).

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3. Correr Riscos Calculados – esta característica visa que o indivíduo

empreendedor assume risco sim, mas risco calculados, planejados, ele

analisa as alternativas, busca opções de maximizar o êxito do seu

empreendimento (SEBRAE, 2017).

4. Exigência de Qualidade e Eficiência – ou seja, com esta habilidade o

empreendedor busca estar fazendo sempre o melhor, se aprimorando,

visando a qualidade de seus produtos e/ou serviços prestados para com o

cliente, satisfazendo as necessidades do mesmo e alcançando um padrão

de qualidade acima da média (SEBRAE, 2017).

5. Comprometimento – esta característica consiste na questão do sacrifício

pessoal, dito de uma outra forma, é ter responsabilidade e se doar para

com sua equipe e clientes, se compromete com as responsabilidades

acerca do sucesso, bem como de fracasso (SEBRAE, 2017).

6. Busca de Informações – com essa característica, o indivíduo busca estar

atualizado sobre informações de seus clientes, seu segmento de mercado

o que engloba, fornecedores, concorrentes, avaliando o mercado e

procurar estar sendo orientado por um especialista na área (SEBRAE,

2017).

7. Estabelecimento de Metas – o empreendedor precisa saber estabelecer

objetivos, metas claras a se alcançar para a empresa, isso ajuda na

motivação do mesmo. Contudo, objetivos e metas alcançáveis, a curto e

longo prazo (SEBRAE, 2017).

8. Planejamento e Monitoramento sistemáticos – “Desenvolve a

organização de tarefas de maneira objetiva, com prazos definidos, a fim de

que possam ter os resultados medidos e avaliados” (SEBRAE, 2017).

9. Persuasão e Rede de Contatos – “Engloba o uso de estratégia para

influenciar e persuadir pessoas e se relacionar com pessoas chave que

possam ajudar a atingir os objetivos do seu negócio” (SEBRAE, 2017).

10. Independência e Autoconfiança – “Desenvolve a autonomia para agir e

manter sempre a confiança no sucesso” (SEBRAE, 2017).

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As características de um empreendedor são trazidas por Barreto (1998, p. 191) apud

Baggio (2014, p. 31) e organizadas, conforme explanado no quadro 2:

Quadro 2 - Características de um empreendedor segundo teóricos

Sexton & Bowman (1984) Energético, dominante, menos estimulante, socialmente

habilidoso, interesses variados, menos responsável, autônomo, elevada autoestima,

baixa conformidade, baixo associativismo, menos participativo, menos amparador,

baixa tolerância.

Hornaday & Aboud (1971) Menor necessidade de apoio social. Maior necessidade de

independência.

Welsh & White (1983) Sentimento de urgência, baixa necessidade de status,

autoconfiante, conscientização e atenção abrangentes, objetivo.

Miller (1963) Ambicioso, robusto, vitalidade controlada, corajoso, otimista, inteligente,

articulado e íntegro.

Fonte: Barreto (1998, p. 191) apud Baggio e Baggio (2014, p. 31)

O empreendedorismo é um conjunto de comportamentos e hábitos conforme os

teóricos apontados no quadro 2 afirmam em suas obras, até bem pouco tempo,

imaginavam que o empreendedor nascia empreendedor, atualmente já admitem que

o empreendedorismo pode ser adquirido com a capacitação adequada.

3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

É com uma burocratização inerte nos setores públicos e privados, que a maneira de

desempenhar um bem ou serviço, tornou-se um processo de difícil modificação ao

longo do tempo. Como a preocupação era voltada apenas no aumento da produção,

outros fatores deixaram de ser acompanhados e sendo até mesmo excluídos, e que

agora é imprescindível retomá-los para a subsistência de qualquer organização. A

questão aqui exposta é o desafio de conciliar os objetivos enquanto organização,

quanto pessoas, para que possam se desenvolver lado a lado de modo harmônico.

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Logo para o alcance desta meta, é necessário aperfeiçoar a aplicação dos recursos

disponíveis na empresa, e quem aponta os caminhos que devem ser seguidos para

um maior proveito, é o gestor. Nesta busca por ferramentas e metodologias

elaboradas em favor de melhores resultados, formulam a qualificação da gestão do

negócio. E encontrar métodos que tornem o trabalho ainda mais simples, conciso

tanto para as organizações, quanto para os colaboradores sempre será um desafio.

Auxiliando na solução de problemas corriqueiros dentro e fora do labor, através da

visão estratégica aliada com a criatividade, fomentando a frente da competitividade

mediante a conquista dos objetivos de maneira veloz.

Uma organização tendo ela uma finalidade lucrativa ou não, precisa seguir um

procedimento previamente planejado de acordo com o seu ramo de negócios. O

fundamental para que isso aconteça é que seja possível a colaboração plena da

empresa, para que se possa haver o alinhamento dos seus objetivos e direcionados

ao seu público alvo, para então haver o desenvolvimento em meio a tantas mudanças

no mercado. É importante realizar o planejamento continuamente, evidenciando os

problemas enfrentados pela empresa, de uma forma ampla, bem como as possíveis

soluções (PADOVEZE, 2012).

É importante ter uma visão empreendedora que busque solucionar as problemáticas

de forma sábia e que gere para o ambiente organizacional uma segurança em meio a

tantas mudanças. Essa visão tem que partir de todos os colaboradores como um meio

de implantar ideias que busquem inovações como meio de resolver qualquer

ociosidade presente na empresa e assim haver uma mudança de comportamento

global.

O Planejamento está entre as funções administrativas que consistem em: Planejar,

Organizar, Direcionar e Controlar. O Planejamento é executado no presente enquanto

seu resultado é com foco no futuro. Para isso é necessário um prazo para que o

mesmo seja colocado em prática, pois, com isso, busca-se realizar o que foi planejado

obtendo resultados esperados no futuro (LIMA, 2016). Ainda para Lima (2016, p. 2):

Planejar é determinar com antecedência o que será colocado em prática, a forma como será feito, alcançando o resultado esperado lá na frente. Para isso é preciso que sejam utilizados recursos como financeiros, humanos, tecnológicos, insumos – todos utilizados na hora do planejamento até a obtenção do resultado final.

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O Planejamento Estratégico é a base da empresa, pois é a partir dele que o

administrador irá tomar as decisões que irão mudar o futuro de seus negócios. O

Planejamento Estratégico busca fornecer o suporte necessário na criação e

desenvolvimento de modelos de negócios e assim norteá-los na busca dos objetivos

traçados. Sem ele, dificilmente será possível alcançar algum resultado relevante. E

nesse planejamento exigem-se três fatores essenciais, a missão, a visão e os valores.

Segundo Padoveze (2012, p. 25) “a missão da empresa visa interna e externamente

o propósito da organização e do seu negócio. Ela deve ser breve e reunir em poucas

palavras as atividades da empresa e os mercados que quer atingir”. Ainda de acordo

com Padoveze (2012, p. 25), “a visão é um conjunto preciso e bem elaborado de

palavras que anunciam por onde a empresa está caminhando ou traçam um quadro

do que ela deseja ser ou aonde quer chegar”. Conforme Padoveze (2012, p. 25)

“valores é um conjunto de crenças e princípios que orientam as atividades e operações

de uma empresa, independentemente do seu porte”.

O planejamento dentro de uma empresa é fundamental, com ele é possível medir os

resultados e reconduzir as ações, tornando-as mais fáceis, pode-se também dizer que

o planejamento é um processo contínuo e envolve três fatores principais:

Estabelecimento de Objetivos: Onde quer chegar?

Definições de Métodos (Ação): Como chegar ao objetivo?

Atribuição de Responsabilidades: Quem irá efetuar as ações?

A iniciativa da corrida pela melhoria do gerenciamento na organização desenvolveu

ferramentas e técnicas que agregam valor aos Administradores no tocante à tomada

de decisão. A seguir, pretende-se trazer algumas ferramentas de gestão que fazem

parte de um bom planejamento estratégico para então impulsionar o crescimento de

negócios a partir de atitudes empreendedoras.

3.2.1 Análise SWOT

Conforme Silveira (2001, p. 209), a ferramenta SWOT é empregada em processos de

planejamento estratégico, avaliação da situação da organização e de sua capacidade

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de competição no mercado. Essa técnica contribui para formação de estratégias

competitivas através da identificação dos pontos fortes e pontos fracos, que são os

fatores internos da organização, e as oportunidades e ameaças, que são os fatores

externos da organização.

A análise SWOT é uma ferramenta, a qual envolve os ambientes internos e externos da organização, tratando de suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças – chaves como desempenho e recursos financeiros, recursos humanos, instalações e capacidade de produção, participação de mercado, visão do consumidor sobre a qualidade, preço e disponibilidade do produto, e comunicação empresarial (FERREL et. al., 2000, p. 62).

Desta maneira, a Matriz SWOT tem praticamente o intuito de avaliar, mediante

reflexões minuciosas. Explorando os principais pontos que impactam as

organizações, no intuito de mitigar maiores riscos, em favor do desenvolvimento

estruturado com rumo a se estabelecerem no mercado de atuação das mesmas.

Figura 2 - Modelo da matriz SWOT

Fonte: Autor (2018)

Em seguida, após realizada a análise através da matriz SWOT, são gerados planos

de ação sugeridos para então melhorar os pontos fracos, prevenir futuras ameaças e

aproveitar as oportunidades que poderão surgir, bem como continuar fazendo o que

a empresa faz de melhor garantindo assim que seus pontos fortes não venham a

declinar.

Segundo Afonso e Antunes (2007):

SWOT é a junção das iniciais (em inglês) dos quatro elementos-chave desta análise estratégica. A saber:

Strenghts – pontos fortes: vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes

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Weaknesses – pontos fracos: desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes

Opportunities – oportunidades: aspectos positivos da envolvente com o potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa

Threats – ameaças: aspectos negativos da envolvente com o potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa.

Na análise SWOT é preciso que se entenda quais os pontos, as questões importantes

a se considerar no processo de análise, conforme a adaptação realizada no quadro 3,

constam o que deve ser considerado:

Quadro 3 - Questões potenciais a considerar em uma análise SWOT

FORÇAS INTERNAS POTENCIAIS FRAQUEZAS INTERNAS POTENCIAIS

Recursos financeiros abundantes

Nome de marca bem conhecido

Nº 1 no setor

Economia de escala

Tecnologia própria

Processos patenteados

Custos mais altos (matérias-primas ou processos)

Imagem da companhia/produto/ marca respeitada

Talento gerencial elevado

Melhor habilidade de marketing

Produto de qualidade superior

Alianças com outras empresas

Boa capacidade de distribuição

Empregados comprometidos

Falta de orientação estratégica

Recursos financeiros limitados

Pouco investimento em pesquisa e desenvolvimento

Linha de produto muito limitada

Distribuição limitada

Custos mais baixos (matérias-primas ou processos)

Produtos ou tecnologia desatualizadas

Problemas operacionais internos

Problemas políticos internos

Imagem de mercado fraca

Pouca habilidade de marketing

Alianças com empresas fracas

Habilidades gerenciais limitadas

Empregados mal treinados

OPORTUNIDADES EXTERNAS POTENCIAIS

AMEAÇAS EXTERNAS POTENCIAIS

Rápido crescimento do mercado

Empresas rivais são complacentes

Mudança nas necessidades/gostos do consumidor

Abertura de mercados externos

Revés da empresa rival

Novas descobertas de produtos

Boom econômico

Desregulamentação governamental

Nova tecnologia

Mudanças demográficas

Outras empresas buscam alianças

Grande alteração de marca

Queda nas vendas de produto substituto

Mudança nos métodos de distribuição

Entrada de concorrentes estrangeiros

Introdução de novos produtos substitutos

Ciclo de vida do produto em declínio

Mudança nas necessidades/gostos do consumidor

Declino da confiança do consumidor

Empresas rivais adotam novas estratégias

Maior regulamentação governamental

Queda na atividade econômica

Mudança na política do Banco Central

Nova tecnologia

Mudanças demográficas

Barreiras no comercio exterior

Fraco desempenho da empresa aliada

Tumulto na política internacional

Enfraquecimento da taxa de câmbio da moeda corrente

Fonte: Ferrell e Hartline (2009) apud Silva et. al (2011), adaptado

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A análise SWOT é geralmente aplicada durante o planejamento estratégico

promovendo uma análise do cenário interno e externo, com o objetivo de agrupar

dados em uma única matriz, tendo como objetivo auxiliar e aprimorar o planejamento

estratégico da organização. Assim:

Para a constatação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças advêm sempre dos resultados de uma análise combinada, na qual as condições internas devem ser sobrepostas e confrontadas com as situações do ambiente de negócios da empresa (YANAZE, 2007 apud SILVA et. al, 2011, p. 4).

A análise SWOT consiste em permitir que haja uma definição dos objetivos

estratégicos e de suas metas para as empresas. De modo que, possibilite as tomadas

de decisões mais adequadas com a realidade das mesmas, culminando em um

crescimento mais assertivo e sustentável para todos os envolvidos.

3.2.2 Cinco Forças de Porter

As Cinco Forças de Porter consistem em uma metodologia de análise de

competitividade, ou seja, esta ferramenta pode determinar a situação posicional da

empresa mediante seu respectivo mercado. Esta ferramenta estratégica permite

analisar o grau de atratividade de um setor da economia. As Cinco Forças de Porter

são: entrantes, concorrentes, poder de barganha do cliente, poder de barganha do

fornecedor e ameaça de produtos substitutos (NAKAGAWA, 2018), conforme

apresentado por meio da figura 4:

Figura 3 - Modelo das 5 Forças de Porter

Fonte: Google Imagens (2018)

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Entrantes: Aquele que ainda não atua no segmento, mas tem interesse em

atuar. A ameaça de novos concorrentes depende de barreiras existentes a

sua entrada, bem como do poder de reação das empresas já instaladas. A

verdade é que o mercado moderno está sempre aberto às empresas que

queiram se instalar e isso se torna uma eterna ameaça para as empresas

que já estão em atividade. Desta forma, fazendo com que percam o interesse

pelo ramo, evitando assim um novo concorrente (NAKAGAWA, 2018).

Alguns fatores favorecem a entrada de novos concorrentes, tornando a

ameaçadora, tais como:

Pouca diferenciação dos produtos;

Economia de baixa escala;

Necessidade de baixo capital para o investimento;

Baixo custo de troca dos produtos pelos clientes;

Subsídios do governo;

Acesso aos canais de distribuição existentes e receptivos; e outros.

Concorrentes: Todo aquele que atua no mesmo segmento da Indústria,

competindo em preço e qualidade.

Com o número cada vez maior de empresas concorrentes e produtos similares, a

tendência é a maior rivalidade entre essas empresas. Isso significa muitas empresas

competindo pelo dinheiro e poder de compras dos mesmos clientes.

Logo, fazendo apenas propaganda e baixos preços, atraindo clientes e prestando

serviços eficientes, o que é comum no mercado, e que pode não bastar como

estratégia adequada. Por outro lado, desenvolver estratégias capazes de gerar

diferenciais competitivos, principalmente no atendimento e prestação de serviços de

alta qualidade é um bom caminho para o sucesso, assim sendo, ter estratégias, para

obter vantagem competitiva perante a concorrência e marketing para que desperte o

interesse dos clientes.

Poder de barganha do cliente: É o poder de troca, de fraudulenta ou não

um objetivo por outro. É a força de uma pessoa ou grupo ao discutir preços

colocando pressão e exigindo por exemplo, maior quantidade em menor

preço, é analisar a competição entre empresas, desenvolvendo assim uma

estratégia empresarial eficiente. O poder de barganha geralmente é a

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negociação por menores preços. Para evitar é necessário oferecer produtos

que a qualidade condiz com custo, pois assim é possível diminuir o poder de

negociação do cliente (NAKAGAWA, 2018).

Quando o produto tem uma qualidade maior, logo o consumidor diminui a

possibilidade de negociar por um preço menor, porque o preço é justificado para o

consumidor por conta da alta qualidade.

Poder de barganha do fornecedor: Força demonstrada pelos fornecedores

ao negociar com os compradores, é o poder que se refere ao fornecimento

de produtos e serviços, considerando que o setor em que atuam é dominado

por poucas empresas e ameaça elevar preços e reduzir a qualidade de seus

serviços, pois são diferenciados ou exclusivos. Fornecedores com

determinado poder, podem reter maior parte da rentabilidade de uma

indústria quando os compradores são incapazes de repassar aumentos de

preços aos consumidores finais, quando a empresa depende apenas de um

determinado fornecedor. Ele tem o poder de negociação maior, porque ele

está ciente de que seus produtos ou serviços são diferenciados e que não

há fornecedores com o mesmo. Para que a empresa diminua esse poder, é

necessário que ela faça outras parcerias para que tenha outras opções e

não fique dependente apenas de um e gerenciamento de suprimentos

(NAKAGAWA, 2018).

Ameaça de produtos substitutos: São produtos da concorrência que não

são iguais aos da sua empresa, mas atendem as mesmas necessidades dos

seus clientes (NAKAGAWA, 2018).

Apesar de não competirem com o mesmo grau de intensidade, são capazes de

diminuir a sua fatia de mercado. Como o ciclo da vida dos produtos está cada vez

mais curto e muitas empresas estão sempre em busca da inovação, o surgimento de

novos produtos é grande, com isso a fim de se evitar esta ameaça a empresa deve

estar atenta com a evolução e investir em produtos inovadores que possam

proporcionar vantagem competitiva e que possa atender o custo benefício.

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3.2.3 Balanced Scorecard – BSC

O Balanced Scorecard é um sistema de informação para o gerenciamento da

estratégia empresarial. Traduz a missão estratégica da em presa em um conjunto

abrangente de medidas desempenho financeiro e não financeiro que serve de base

para um sistema de medição e gestão estratégica.

Segundo Kaplan e Norton (1997), a implantação do conceito do Balanced Scorecard

pode ser divido em duas etapas: Elaboração e difusão e Elaboração e

acompanhamento dos indicadores. Em se tratando da relação de causa e efeito de

estratégia, o Balanced Scorecard continua enfatizando a busca pelo objetivo

financeiro, mas também incluindo os vetores de desempenho organizacional.

Outros quatros processos do Balanced Scorecard são os processos efetuados em

quatros etapas: Tradução da visão, Comunicação e comprometimento, Planejamento

de negócios e Feedback e aprendizado.

Em se tratando do gerenciamento do risco, o foco da gestão do risco é manter um

processo sustentável de criação de valor para os acionistas, uma vez que qualquer

negócio sempre este exposto a um conjunto de riscos.

Dentro do conceito geral de risco pode-se defini- ló como eventos futuros incertos, que

podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da

organização.

Padoveze (2008, p.194) afirma que a gestão do risco insere-se no conceito

sistemático e pode ser organizado e reconciliado em duas áreas de atuação, em

relação aos ambientes internos e externos. O sistema de cada organização apresenta

um conjunto específico de risco que são eles: Risco como oportunidade, risco como

perigo ou ameaça e risco como incerteza.

A identificação dos riscos de uma empresa passa sempre por um processo de análise

dos ambientes internos e externos e leva em consideração as variáveis e entidades

que afetam o sistema da empresa.

Padoveze (2007, p. 121) comenta que:

O Balanced Scorecard é um sistema de informação para gerenciamento da estratégia empresarial. Traduz a missão e a estratégia da empresa em um

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36

conjunto abrangente de medidas de desempenho financeiras e não financeiras, que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica.

O Balanced Scorecard atua na área operacional, pois parte dos indicadores sugeridos

são na realidade, objetivos e metas de cunho operacional. A partir do enfoque

financeiro conclui-se que os vetores operacionais e estratégicos, estão relacionados

com o objetivo da empresa e a visão do lucro como medida da eficiência empresarial.

Portanto, relaciona-se ao elemento mais importante de um sistema, que é seu

objetivo.

No Enfoque do Cliente claramente relaciona-se com o componente de saída do

processo sistemático, pois os clientes é quem recebem os produtos e serviços

gerados pelo sistema empresa.

Já no Enfoque dos Processos do Negócio relaciona-se com o elemento

processamento do sistema. Portanto, há de haver indicadores que monitorem os

objetivos e metas para a gestão dos processos de negócios.

No entanto, no Enfoque do Aprendizado e Crescimento relaciona-se com os

elementos das entradas ou recursos dos sistemas. No caso do balanced scorecard, a

ênfase, como não poderia deixar de ser, é com a capacitação do funcionário, ou, o

recurso mais importante do sistema empresa.

Adicionalmente convém ressaltar o aspecto sistêmico deste conceito que se divide em

quatro perspectivas, conforme apresentado por meio da figura 5:

Figura 4 - Modelo do Balanced Scorecard

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

Na visão de Kaplan e Norton (1997), os indicadores essenciais que devem compor o

Balanced Scorecard são os seguintes: Retorno sobre o Investimento (ROI)/Valor

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Econômico Adicionado (EVA), Medidas essenciais dos clientes, Medidas essenciais

de aprendizado e crescimento. Estas perspectivas estão demonstradas no quadro 2,

e a seguir serão abordadas de forma breve.

Quadro 4 - Perspectivas do Balanced Scorecard

Fonte: Soares (2012)

Assim, analisaremos cada uma destas dimensões do Balanced Scorecard:

A. O Retorno sobre o Investimento (ROI) e o Valor Econômico Adicionado

(EVA) – Perspectiva Financeira:

O ROI relaciona o lucro operacional com o investimento da empresa. Este

indicador “mostra a taxa de retorno obtida pela empresa para seus

financiadores, seja capital próprio ou capital de terceiros” (TIBÚRCIO,

2012).

O EVA representa o valor obtido a partir do lucro operacional da empresa

após o Imposto de Renda, do qual se deduz o custo de todo o capital

empregado na sua geração, independentemente de ser capital próprio ou

de terceiros.

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38

Na realidade, atribui-se a Alfred Marshall, em 1890, a utilização pela

primeira vez do termo Renda Residual, como sendo uma medida

representativa do ganho líquido menos os juros sobre o capital próprio

investido à taxa corrente.

B. Medidas essenciais dos clientes:

Kaplan e Norton (1997, p. 71-77) “propõem algumas medidas essenciais

para avaliar a perspectiva do cliente. São elas: participação de mercado;

retenção; lucratividade dos clientes e satisfação dos mesmos”. A

participação de mercado consiste na proporção de vendas da empresa em

determinado mercado em questão de clientes, volume unitário vendido e

capital investido. Já a Retenção de clientes visa o acompanhamento da

intensidade com que a empresa retém ou mantêm relações comerciais com

seus clientes. A Lucratividade dos clientes refere-se ao lucro líquido da

empresa nas transações com um cliente ou com um determinado segmento

de mercado, após terem sido deduzidas as despesas especificas

necessárias para atender esse cliente ou esse mercado. Por fim a

satisfação dos clientes mediante os critérios preestabelecidos de

desempenho ou de valor agregado.

C. Medidas essenciais de aprendizado e crescimento

Nessa fase, afirma Oliveira (2006), a atenção da empresa estará voltada

para o que é básico para promover o desenvolvimento futuro, através do

gerenciamento da relação dos empregados e funcionários com a empresa,

a satisfação e motivação dos mesmos, a retenção e rotatividade de

funcionários, a eficácia e eficiência do quadro de pessoal, bem como a

estruturação da organização em termos de investimentos futuros na

capacitação profissional. Visando assim os seguintes critérios:

Satisfação dos funcionários

Retenção de funcionários

Lucratividade por funcionário

Produtividade por funcionário

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D. Medidas essenciais Processos Internos

Permite analisar de que forma uma determinada área melhora em função

de outra e enfatiza basicamente os processos internos, identificando os

processos mais críticos para a realização dos objetivos dos clientes. Segue

a ideia do resource based view-rbv (WERNERFELT, 1984, BARNEY,

1991). Esta perspectiva é uma das principais diferenças entre o BSC e os

sistemas tradicionais. Segundo Kaplan e Norton (1997), os novos sistemas

mais abrangentes são um grande avanço diante da dependência dos

relatórios financeiros, o que mostra a nova tendência de ênfase nos

processos de negócios.

O BSC tem como objetivo geral comunicar a estratégia corporativa a toda empresa;

analisar os objetivos estratégicos e correlacionar com as recompensas pessoais;

identificar e analisar os resultados obtidos em relação às metas estabelecidas e dar o

feedback.

3.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE

O cotidiano de uma organização requer o uso de alguns recursos que são necessários

para o funcionamento harmônico da empresa, ou seja, é necessário analisar o cenário

em que a empresa se encontra, como ela pode melhorar seus processos de trabalho

e a produção, para oferecer sempre o melhor a todos os seus stakeholders, como

clientes, colaboradores e fornecedores. Assim, na década de 1950, foram criadas as

ferramentas de qualidade, que tem como principal objetivo detectar situações

problema, que estejam impedindo que o negócio cresça, e podendo assim, minimizá-

los de maneira eficiente.

Com uma gestão voltada à Qualidade Total o empreendedor ganha em redução de

custos e melhores entregas para o cliente. A qualidade é composta por diversas

ferramentas tais como fluxograma, brainstorming, folha de verificação, gráfico de

Pareto, diagrama de causa-efeito, 5W2H, diagrama de dispersão, matriz GUT,

histograma e cartas de controle, assim, a qualidade é um conceito já assimilado mas

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40

as suas ferramentas e métodos ainda não são plenamente conhecidos. Walter Andrew

Shewhart, um estatístico que trabalhava para as Forças Armadas dos Estados Unidos

praticou todos os passos que hoje se observam n desenvolvimento e na manufatura

de produtos.

Ao terminar a segunda grande guerra, o Japão encontrava-se totalmente destruído,

tendo as suas áreas de infraestrutura, tais como: telecomunicações, energia e

estradas destruídas. Os japoneses, preocupados com a reestruturação de sua

economia, estabeleceram uma relação de cooperação com os Estados Unidos,

trocando informações por intermédio de Juran e Deming e posteriormente, contaram

com o auxílio de Feigenbaum, no início da década de 1960. Eles perceberam a

importância do relacionamento do fator técnico, que dominavam bem, com o fator

humano, representado nas teorias de Maslow, Herzberg e McGregor, criando os

grupos chamados de Círculo de Controle de Qualidade (CCQ), os quais, na realidade

eram apenas uma das ferramentas utilizadas no grande Programa de Controle de

Qualidade desenvolvido no Japão pelos estudiosos americano e pela JUSE (União

Japonesa de Cientistas e Engenheiros).

3.3.1 Ferramentas da Qualidade

Cada ferramenta tem sua própria utilização, sendo que não existe uma receita

adequada para saber qual a ferramenta que será usada em cada fase. Isto irá

depender do problema envolvido, das informações obtidas, dos dados históricos

disponíveis, e do conhecimento do processo em questão em cada etapa.

De acordo com Slack et al (1999, p. 411):

Parece que temos vivido uma “revolução de qualidade”. Há uma crescente consciência de que bens e serviços de alta qualidade podem dar a uma organização considerável vantagem competitiva. Boa qualidade reduz custos de retrabalho, refugo e devoluções e, mais importante, boa qualidade gera consumidores satisfeitos.

As organizações devem seguir procedimentos para estabelecerem um correto

gerenciamento da qualidade. Esses procedimentos são representados pelos métodos

e pela adequada utilização das ferramentas da qualidade, que são os recursos

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utilizados no método que é a sequência lógica empregada para atingir o objetivo

desejado, de acordo com o quadro 5.

Quadro 5: Resumo das utilidades das principais Ferramentas da Qualidade

FERRAMENTAS O QUE É PARA QUE UTILIZAR

FOLHA DE VERIFICAÇÃO

Planilha para a coleta de dados

Para facilitar a coleta de dados pertinentes a um problema.

DIAGRAMA DE PARETO

Diagrama de barra que ordena as ocorrências do maior para o menor.

Priorizar os poucos problemas, mas que são vitais.

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

Estrutura do método que expressa, de modo simples e fácil, a série de causa de um efeito (problema).

Ampliar a quantidade de causas potenciais a serem analisadas.

DIAGRAMA DE DISPERSÃO

Gráfico cartesiano que representa a distribuição da ferramenta de uma população.

Verificar a correlação entre duas variáveis.

HISTOGRAMA Diagrama de barra que representa a relação entre duas variáveis.

Verificar o comportamento de um processo em relação à especificação.

FLUXOGRAMA São fluxos que permitem a visão global do processo por onde passa o produto.

Estabelecer os limites e conhecer as atividades.

GRÁFICO DE CONTROLE

Gráfico com limite de controle que permite o monitoramento dos processos.

Verificar se o processo está sob controle.

BRAINSTORMING

É um conjunto de ideias ou sugestões criado pelos membros da equipe que permite avanços na busca de soluções.

Ampliar a quantidade de opções a serem analisadas.

5W2H

É um documento de forma organizada para identificar as ações e a responsabilidade de cada um.

Para planejar as diversas ações que serão desenvolvidas no decorrer do trabalho.

Fonte: O Autor (2018).

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Uma breve descrição de cada uma das ferramentas abordadas no quadro 5, permite

identificar qual delas poderá ser utilizada na organização para a melhoria dos

processos.

A. Fluxograma

Comumente utilizado na gestão da qualidade, o Fluxograma é também

chamado de gráfico de procedimentos ou gráfico de processos. Ele serve para

identificar as etapas percorridas durante a produção de um produto ou serviço,

utilizando símbolos geométricos, que indicam tudo o que é necessário utilizar e

fazer, para que os procedimentos sejam entregues da melhor maneira possível,

eliminando erros e problemas. (TEIXEIRA, 2013).

B. Diagrama de Pareto

Criado pelo economista Vilfredo Pareto, no século XIX, e aperfeiçoado por

Joseph Juran, o Diagrama de Pareto faz a relação 80/20, que indica que 80%

dos problemas ou perdas têm apenas 20% de causas. Ele é representado por

um gráfico e pode ser utilizado para apontar quais elementos estão

prejudicando seu negócio, o que auxilia na tomada de decisões, pois mostra o

que precisa de mais atenção para resolver a situação de forma eficaz.

(TEIXEIRA, 2013).

C. Folha de verificação

Esta ferramenta também pode ser camada de lista de verificação e nada mais

é do que um checklist do que precisa ser feito para que um processo saia

conforme o planejado. Esta ferramenta auxilia o acompanhamento do

andamento da produção para determinar em qual momento a produção se

encontra, o que é necessário para finalizá-la e, em quanto tempo isso vai

acontecer. (TEIXEIRA, 2013).

D. Histograma

O histograma permite saber quantas vezes determinada situação ocorre ao

longo da realização de um processo. Trata-se de uma ferramenta que mostra,

através de um gráfico de barras, a frequência com que alguma coisa acontece.

Para isso, é necessário fazer uma coleta e medição de dados e em seguida

representá-los graficamente. (TEIXEIRA, 2013).

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E. Diagrama de dispersão

Também conhecido como Gráfico de Dispersão, Gráfico de Correlação ou

Gráfico XY, esta ferramenta permite analisar as variáveis existentes em um

processo e como elas se relacionam entre si, ou seja, por meio de uma

representação gráfica é possível saber o que acontece com uma variável

dependente, quando a sua variável independente muda. (TEIXEIRA, 2013).

F. Gráfico de controle

O gráfico de controle também é conhecido como Controle Estatístico de

Processo, o CEP é uma metodologia que coleta e analisa os resultados de

determinados processos, para verificar o seu andamento, controlá-lo e assim

minimizar as possíveis falhas que possam ocorrer no momento em que estes

estão sendo executados. (TEIXEIRA, 2013).

G. Brainstorm

Esta técnica se caracteriza como uma reunião de um ou mais grupos em que

se buscam novas ideias, sobre um determinado assunto ou até mesmo de

forma livre, de forma que a livre expressão dos participantes deve ser

assegurada. O Brainstorming tem como objetivo maximizar o fluxo de ideias, a

criatividade e a capacidade analítica do grupo. (TEIXEIRA, 2013).

H. 5W2H

O 5E2H também é conhecido como Plano de Ação, ele é um método que atua

como referência para sustentar as decisões. Desta forma, permite a realização

do acompanhamento, do incremento ou desenvolvimento de um determinado

projeto (OLIVEIRA, 1996). O método representa as iniciais das palavras, em

inglês, why (por quê), what (o que), where (onde), when (quando), who (quem),

how (como) e how much (quanto custa). Esta ferramenta é utilizada para

elaborar planos de ação de projetos, padronizar e mapear os processos, e

também, estabelecendo os procedimentos associados a indicadores.

(MARSHALL JUNIOR et al, 2008).

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4. ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DE DADOS

Este trabalho de pesquisa foi efetuado com trinta (30) empreendedores da região de

Porto Seguro - BA, entre os dias 28 de agosto e 14 de setembro de 2018, os

formulários foram enviados utilizando-se de e-mail dos pesquisados e informando

sobre dúvidas que surgiam através do Whats App. Também ocorreram entrevistas

presenciais com cada um dos participantes.

Este instrumento de pesquisa está dividido em duas partes, a primeira buscando

identificar o perfil dos participantes da pesquisa e a segunda parte é composto por

oito (8) perguntas que buscam identificar o perfil empreendedor de cada um e o

conhecimento sobre as Ferramentas de Gestão Estratégica e da Qualidade.

Os dados coletados junto aos empreendedores de Porto Seguro foram analisados

através de gráficos, de modo a ter a sua compreensão de forma clara e simplificada.

Gráfico 1: Qual é o seu sexo?

Fonte: O autor (2018)

O gráfico apresenta que dos trinta (30) participantes, 80% das pessoas são do sexo

masculino e 20% do sexo feminino. Isto evidencia a baixa participação das mulheres

no empreendedorismo conforme o levantamento dos dados desta pesquisa.

0

80%

20%Masculino

Feminino

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45

Ao comparar o resultado obtido na pesquisa com estudos feitos pelo o autor, a

diferença entre os gêneros masculino e feminino tende a se modificar

consideravelmente nos próximos 15 anos.

Gráfico 2: Qual é a atividade econômica do seu negócio?

Fonte: O autor (2018)

O resultado evidencia a predominância de atuação no setor de comércio, com 50%

dos entrevistados atuando neste setor, seguido pelo setor de serviços com 47% dos

entrevistados atuando no setor e o setor de indústria com 3% apenas de participantes

pesquisados.

A predominância de empreendedores no setor comercial deve-se basicamente ao

momento econômico vivenciado pela população brasileira, onde muitos deste

empreendedores passaram a buscar uma nova atividade para garantir uma

remuneração que substitua os salários perdidos pelo desemprego, tal informação foi

obtida em comentários feitos pelos próprios entrevistados.

Durante os estudos feitos por meio das obras e artigos publicados e dados do

SEBRAE (2017) podemos afirmar que a proporção de empreendedores da taxa de

empreendedorismo em estágio inicial (TEA), onde estão envolvidos os

empreendedores por necessidade, ou seja aqueles que não tem outra opção de

trabalho, ou os empreendedores por oportunidade, os que identificam uma

oportunidade de negócio, cresceu aqui em nosso país.

50%47%

3%

Comércio

Serviços

Indústria

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46

Gráfico 3: Qual é a sua idade?

Fonte: O autor (2018)

Por meio do gráfico 3 percebe-se que ao pesquisar sobre a faixa etária dos

participantes foram encontrados 37% destes participantes na faixa de 18 à 30 anos,

30% das pessoas entre 46 e 60 anos, 23% dos participantes entre 31 e 45 anos e

somente 10% dos entrevistados acima dos 6 anos.

Denota-se que os mais jovem estão buscando a inserção no mercado de trabalho

atuando em seus próprios negócios, seguido pelas pessoa que já estão na maturidade

e buscam uma outra forma de renda para assegurar o padrão de vida da família.

Gráfico 4: Qual é o seu nível de escolaridade?

Fonte: O autor (2018)

37%

23%

30%

10%até 30

31 a 45

46 a 60

mais de 60

10%

57%

30%

3%

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Graduação

Pós-Graduação

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47

Dos entrevistados 3% dos participantes são pessoas com alguma formação de nível

superior e com cursos de pós graduação, 30% são somente graduados, 57% possuem

formação no nível do ensino médio e 10% somente o ensino fundamental.

O conhecimento sobre a escolaridade de cada um dos participantes é importante para

poder mensurar o nível de entendimento e habilidade de utilização das ferramentas

de Gestão Estratégica e da Qualidade.

O contexto educacional brasileiro tem evoluído nos últimos anos, com queda no

analfabetismo, aumento da frequência escolar e menor êxodo de estudantes. Isso

reflete também nas taxas de empreendedorismo, que apontam crescimento na faixa

de empreendedores com maior escolaridade.

Entre 1995 e 1999, 64% dos novos empresários possuíam ao menos o ensino médio

(até 11 anos de estudo). Em 2010, esse número aumentou para 74,5%, como apurado

pela pesquisa GEM (2010).

A seguir serão apresentados os resultados das oito (8) perguntas específicas à

temática do trabalho enviadas aos pesquisados.

Gráfico 5: Para você, o que é ser Empreendedor?

Fonte: O autor (2018)

Através dos dados da pesquisa, 60% dos pesquisados compreendem na prática o

conceito do que é ser um Empreendedor, onde eles convalidaram que é necessário

23%

10%

60%

7% Ter um negócio próprio;

Ter autonomia financeiraatravés de um negócio;

Ter iniciativa em criaroportunidades inovadoras;

  Promover trabalhossociais;

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48

ter iniciativa em criar oportunidades inovadoras. 23% dos respondentes acreditam

que na verdade é o simples fato de ter um negócio próprio.

Enquanto 10% dos entrevistados prezam pela autonomia financeira através de um

negócio, 7% restantes, têm a promoção de trabalhos sociais como explicação.

Gráfico 6: Você se identifica como um Empreendedor?

Fonte: O autor (2018)

Ao serem indagados quanto à identificação como empreendedores, 100%

responderam identificar-se como empreendedores. Considerando as características

apontadas por todos os respondentes, o percentual encontrado na resposta mostra

que os conceitos sobre empreendedorismo podem estar internalizados nos mesmos.

Gráfico 7: Quais são as suas características que o definem como tal?

Fonte: O autor (2018)

100%

sim

60%16%

7%

17%

Busco oportunidade einiciativa;

Sou persistente

Corro riscos calculados

Sou comprometido (a);

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49

60% dos entrevistados atestam que a busca pela oportunidade e iniciativa é a

característica que os definem como Empreendedores, seguidos por 17% que afirmam

que o comprometimento é a principal característica que os definem como tal.

Já, para 16% dos entrevistados o que ser persistente é a característica que mais os

identificam como empreendedores, e 7% afirmam que correr riscos calculados é o que

os definem a sua características empreendedora.

Gráfico 8: O que o levou a se tornar um Empreendedor?

Fonte: O autor (2018)

A renda extra, para proporcionar a estabilidade financeira é o motivo dos 50% dos

respondentes que os levaram a empreender. Para 20% dos mesmos, foi o desejo de

tornar-se em um empresário. 16% dos empreendedores não queriam mais trabalhar

para outras pessoas, e sim para eles mesmos. 7% disseram que era pela flexibilidade

de horários para compatibilizar a vida pessoal com a profissional.

Ao responderem desejar uma estabilidade financeira, estes empreendedores

reforçam a característica dos empreendedores por oportunidade, enquanto os 16%

que responderam não desejar mais ter um patrão, conforme características ditadas

por pesquisadores do empreendedorismo, como empreendedores que aprendem.

Dornelas (2016) fala que estes empreendedores são normalmente pessoas que,

quando menos esperava, se depararam com uma oportunidade de negócio e tomaram

a decisão de mudar o que faziam na vida para se dedicar ao negócio próprio.

20%

16%

50%

7%7%

Ser um empresário (a);

Não queria mais ter patrão;

Ter renda extra, para proporcionar aminha estabilidade financeira;

Ter uma flexibilidade de horários,para compatibilizar a vida pessoalcom a profissional;

Outros

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50

Gráfico 9: Atualmente, quantos colaboradores que fazem parte deste negócio?

Fonte: O autor (2018)

37% dos entrevistados não possuem colaboradores em seus negócios. 27% dos

respondentes tem de 1 a 3 como parte dos seus quadros de funcionários. 20%

possuem de 4 a 7 empregados. 16% têm mais de 12 em seus efetivos. E 0% tem de

8 a 11 colaboradores.

Os empreendedores ao contratar funcionários acabam promovendo o

desenvolvimento social e econômico de uma região, de uma comunidade. A não

contratação pode denotar que as empresas ainda são pequenas de tal modo que

ainda não comporta tal despesa.

Gráfico 10: Você considera a sua gestão como uma Gestão Sustentável aos seus

negócios, promovendo melhorias ou crescimento dos resultados?

Fonte: O autor (2018)

37%

27%20%

0%

16%Nenhum

1 a 3

4 a 7

8 a 11

acima de 12

97%

3%Sim

Não

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97% dos respondentes acreditam que possuem uma Gestão Sustentável e que

promovem melhoria ou crescimento dos resultados nos negócios. E apenas 3%

atestam o contrário. O que denota a fragilidade da pesquisa para convalidar a

veracidade das respostas obtidas dos gestores entrevistados.

Gráfico 11: Caso sim, de que maneira?

Fonte: O autor (2018)

54% dos entrevistados afirmam que estão sempre em busca de qualidade dos

produtos e serviços com meios da promoção do crescimento. 17% investem na

utilização das Ferramentas de Gestão. 13% por possuírem lucros que esperavam

alcançar. 3% por investirem na capacitação dos colaboradores e os 3% restantes

atestam outros meios para otimizarem seus resultados. Apontando que os

empresários porto-segurenses buscam dotar meios para alavancarem os seus

negócios.

Gráfico 12: Você conhece as ferramentas de Gestão Estratégica?

Fonte: O autor (2018)

13%

10%

17%54%

3%3%

Possuo lucros que esperavaalcançar;

Invisto na capacitação dosmeus colaboradores;

Utilizo das Ferramentas deGestão;

Estou sempre em busca daqualidade dos meusprodutos/ serviços;

67%

33%Sim

Não

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67% dos entrevistados afirmam conhecer as Ferramentas de Gestão Estratégica.

Enquanto 33% dizem não conhecê-las. O conhecimento das ferramentas de Gestão

Estratégica se faz vital para poder planejar o furo da empresa, assim, visando dotar

os 33% dos empreendedores que declararam não conhecer as ferramentas de Gestão

Estratégica, pode-se propor, através de órgãos representativos, meios com o intuito

de capacita-los.

Gráfico 13: Caso sim, quais?

Fonte: O autor (2018)

Ao serem perguntados sobre quais ferramentas do planejamento eles conhecem, 44%

dos entrevistados afirmaram conhecer as ferramentas, utilizando-as pelo menos uma

vez ao ano para realizar ou rever o planejamento do empreendimento. 19% disseram

fazer análise SWOT, analisando as forças, fraquezas, ameaças e oportunidade de

suas empresas. Já, 13% relataram fazer uso da ferramenta Cinco Forças

Competitivas de Porter para poder moldar a estratégia de seus negócios.

No tocante ao uso dos Indicadores Balanceados de Desempenho, 6% afirmam utilizá-

los e 19% declaram utilizar outras ferramentas sem especificar quais.

44%

19%

6%

13%

19%

Procuro, pelo menosuma vez ao ano,realizar ou rever oPlanejamento do meunegócio;

Faço análise deForças, Ameaças,Oportunidades eFraquezas da minhaempresa;

Busco realizarlevantamentos dosIndicadoresBalanceados deDesempenho;

Utilizo as CincoForças Competitivas,como base quemoldam a Estratégiado meu negócio;

Outros

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Gráfico 14: Você utiliza com frequência as ferramentas de Gestão da Qualidade?

Fonte: O autor (2018)

Ao abordar os respondentes sobre o conhecimento das ferramentas de Gestão da

Qualidade obteve-se 67% de respostas afirmativas contra 33% de repostas negativas.

Estas respostas indicam que estes empreendedores utilizam as informações geradas

pelas ferramentas de qualidade, permitindo aos gestores que abstenham de

solucionar problemas por “tentativa e erro”, e possam analisar as questões de forma

sistematizada e organizada, podendo assim, projetar soluções mais consistentes.

Gráfico 15: Caso sim, como?

67%

33%

Sim

Não

50%

40%

10% Busco solucionar os problemas emconjunto com a minha equipe eutilizando as informações de todosos envolvidos;

Faço Planos de Controle eMelhoria Contínua;

Costumo organizar a minhaGestão por representatividade deSímbolos Gráficos dos processos;

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Fonte: O autor (2018)

A metade dos empreendedores responderam, ou seja 50% deles, afirmaram

solucionar os problemas de suas organizações trabalhando em conjunto com a sua

equipe de colaboradores, fazendo uso das informações que cada um deles

disponibiliza durante o processo de busca da solução.

Afirmam, 40% dos entrevistados, que eles utilizam o Plano de Controle e Melhoria

Continua como ferramenta. O processo é baseado no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-

Act) e detalha as etapas de análise de processos para identificar as atividades que

aumentam o seu valor, possibilitando gerenciá-las de forma eficiente e eficaz.

Quanto à utilização de símbolos gráficos dos processos para o controle da gestão da

qualidade, houve o total de 10% dos respondentes. Ele é utilizado como ferramenta

de qualidade, pois trabalha a gestão da empresa por meio de informações visuais e

de fácil entendimento, podendo ser colocado em locais estratégicos dentro da

organização (corredores muito movimentados, por exemplo) para que os

colaboradores o vejam sempre e o internalizem com mais facilidade.

Gráfico 16: Sua empresa possui Declaração de Visão, Missão e Valores?

Fonte: O autor (2018)

Neste contexto se faz necessário a definição de três pontos importantes: missão,

visão, valores. Sem o conhecimento deles um empreendimento poderá fracassar

muito rapidamente. Quando identificado, na pesquisa, um percentual de 53% dos

empreendedores que afirmaram que suas empresas não possuem a declaração de

missão, visão e valores, podendo apresentar dificuldade para o embasamento e o

47%53%

Sim

Não

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desenvolvimento de atividades e atitudes ao decorrer do planejamento do caminho

empresarial que deveriam seguir, enquanto 47% atestaram que possuem e as

exercem.

O mal planejamento realizado no momento da criação de um negócio e a negligencia

de fatores importantes para o andamento do empreendimento, acaba levando ao

insucesso do mesmo. O planejamento estratégico é composto dos pontos básicos

supracitados acima que dão o direcionamento inicial do negócio.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho tem como propósito, analisar e compreender os assuntos

pertinentes ao Empreendedorismo e às Ferramentas de Gestão das micros e

pequenas empresas de Porto Seguro - BA, com o intuito de conscientizar o

desenvolvimento sobre como o Planejamento Estratégico e a Gestão da Qualidade

podem impactar os resultados das empresas.

Deste modo, mediante o estudo teórico abordado até então, possibilitou verificar que

o uso de Ferramentas de Gestão para estes iniciantes no empreendedorismo é uma

uma escolha mais assertiva; estas Ferramentas podem proporcionar às micro e

pequenas empresas uma visão financeira e econômica do mercado e segmento em

que estão inseridas, garantindo maior êxito no seu sucesso e na sua permanência no

mercado, assim como uma visão do ambiente que estão inseridas e de seus

processos organizacionais.

No decorrer do trabalho, por meio do referencial teórico foi possível constatar o quanto

o empreendedorismo está sendo praticado no mundo e principalmente no Brasil. O

foco da pesquisa foi sobre o empreendedor no Brasil. Como mencionado ao longo do

trabalho em pesquisas do GEM, dentre 34 países o Brasil se encontrava entre os 7

que mais empreendiam em termos de criação de novas empresa, ou seja, uma

colocação bastante relevante.

Entretanto, para que estes empreendimentos obtenham sucesso desde sua criação e

desenvolvimento – foi mencionado que os empreendedores que tem o sonho de ter

um negócio próprio ou mesmo por necessidade – precisam antes, ter e desenvolver

algumas características empreendedoras que os deixam, mais aptos a ter um negócio

saudável financeira e economicamente. Ainda, os 33%, praticamente 1/3 dos

entrevistados que declaram não conhecer as Ferramentas de Gestão Estratégica,

deve ser proposto uma forma que possibilite trabalhar a implementação e o

desenvolvimento destas Ferramentas, buscando diminuir o índice de empresas que

fecham antes dos cinco primeiros anos de vida.

Aos empreendedores carentes dos conhecimentos de Gestão Estratégica e das

Ferramentas da Qualidade, deve ser propostos cursos de capacitação fornecidos por

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entidades fomentadoras do empreendedorismo, tais como o SEBRAE ou órgão de

classe como o CDL.

Contudo, por si só características torna-se em habilidades empreendedoras de um

indivíduo não conseguem fazer uma ideia em uma oportunidade e se permanecer em

sucesso no mundo dos negócios. É preciso planejar, montar uma estratégia e ter uma

visão otimista.

Conclui-se que, um planejamento estratégico quanto as ferramentas de qualidade,

que ajudarão no processo produtivo de qualidade da empresa, devem ser de domínio

dos empreendedores pois possibilitam observar e analisar falhas, bem como procurar

soluções viáveis para as mesmas.

Referente aos objetivos específicos, sabe-se que os mesmos são construídos

especificamente para alcançar do objetivo geral. Assim, foram estabelecidos os

seguintes objetivos:

Demonstrar a importância do Planejamento Estratégico nas empresas por

meio da leitura;

Evidenciar por meio de um referencial teórico a gestão das empresas;

Correlacionar estudo sobre o Planejamento Estratégico, as Ferramentas da

Qualidade ora Ferramentas utilizadas na pesquisa de campo deste trabalho.

Examinando as informações obtidas por meio do desenvolvimento do referencial

teórico e da aplicação da pesquisa de campo, constata-se a consecução destes

objetivos, sabendo que as atividades concernentes à resolução destes, foram

exercidas no decorrer da construção do presente trabalho.

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ANEXO

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Data: ____/____/ 2018.

ANEXO 1 - Instrumento de Pesquisa

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Este questionário tem por objetivo coletar dados referentes aos empreendimentos formais no

município de Porto Seguro - BA, como parte importante para a resolução da problemática de

um Trabalho de Conclusão do Curso – TCC do Curso de Administração. Deste modo, peço a

sua colaboração, para que as dificuldades empresariais possam ser compreendidas através

do preenchimento deste questionário. Por favor, responda as perguntas e nos dê a sua

opinião. Desde já, agradeço por prestar o seu apoio, quaisquer dúvidas, entre em contato no

seguinte e-mail: [email protected]

Análise de Perfil

Qual é o seu sexo?

[ ] Masculino; [ ] Feminino.

Qual é a atividade econômica do seu negócio?

[ ] Comércio; [ ] Indústria; [ ] Serviços.

Qual é a sua idade?

[ ] 18 – 30 anos; [ ] 31 – 45 anos; [ ] 46 – 60 anos; [ ] Acima de 61 anos.

Qual é o seu nível de escolaridade?

[ ] Ensino Fundamental; [ ] Ensino Médio; [ ] Graduação; [ ] Pós-graduação.

Qual é a média mensal do seu faturamento bruto?

[ ] 0 – 5 S. M. [ ] 6 – 10 S. M. [ ] 11 – 25 S. M. [ ] 26 – 50 S. M.

[ ] Acima de 51 S. M. (Salários Mínimos – S. M.)

__________________________________________________________________________

Questionário do TCC

1- Para você, o que é ser Empreendedor (a)?

a) Ter um negócio próprio;

b) Ter autonomia financeira através de um negócio;

c) Ter iniciativa em criar oportunidades inovadoras;

d) Promover trabalhos sociais;

e) Outros:________________________________________________________________

______________________________________________________________________-

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________.

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2- Você se identifica como um Empreendedor (a)?

a) Sim; b) Não.

Quais são as suas características que o definem como tal?

a) Busco oportunidade e iniciativa;

b) Sou persistente;

c) Corro riscos calculados;

d) Sou comprometido (a);

Outros:____________________________________________________________________

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_________________________________________________________________________.

3- O que levou a tornasse em um Empreendedor (a)?

a) Ser um empresário (a);

b) Não queria mais ter patrão;

c) Ter renda extra, para proporcionar a minha estabilidade financeira;

d) Ter uma flexibilidade de horários, para compatibilizar a vida pessoal com a profissional;

e) Outros:________________________________________________________________

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______________________________________________________________________.

4- Atualmente, quantos colaboradores fazem parte deste negócio?

a) 0; b) 1 – 3; c) 4 – 7; d) 8 - 11 e) De 12 a cima.

5- Você considera a sua gestão como uma gestão sustentável aos seus negócios,

promovendo melhorias ou crescimento nos resultados?

a) Sim; b) Não.

Caso sim, de que maneira?

a) Possui lucros que esperava alcançar;

b) Investimento na capacitação dos meus colaboradores;

c) Utilização das Ferramentas de Gestão;

d) Estou sempre em busca da qualidade dos meus produtos/ serviços;

e) Outros:________________________________________________________________

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______________________________________________________________________.

6- Você conhece as Ferramentas de Gestão Estratégica?

a) Sim; b) Não.

Caso sim, quais?

a) Procuro, pelo menos uma vez ao ano, realizar ou rever o Planejamento do meu negócio;

b) Faço análise de Forças, Ameaças, Oportunidades e Fraquezas da minha empresa;

c) Busco realizar levantamentos dos Indicadores Balanceados de Desempenho;

d) Utilizo as Cinco Forças Competitivas, como base que moldam a Estratégia do meu

negócio;

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e) Outros:________________________________________________________________

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7- Você utiliza com frequência as Ferramentas de Gestão da Qualidade?

a) Sim; b) Não.

Caso sim, como?

a) Busco solucionar os problemas em conjunto com a minha equipe e utilizando as

informações de todos os envolvidos;

b) Faço Planos de Controle e Melhoria Contínua;

c) Realizo o grau da prioridade daquilo que necessita de minha atenção, por meio do

Diagrama de Pareto;

d) Costumo organizar a minha Gestão por representatividade de Símbolos Gráficos dos

processos;

e) Outros:________________________________________________________________

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8- Sua empresa possui Declaração de Visão, Missão e Valores?

a) Sim; b) Não.

Se a sua resposta foi sim, quais são?

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Feedback (Comentários)

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