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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA Curso de Tecnologia em Polímeros Davi Pereira da Silva SIMULAÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DE MOLDE PARA INJEÇÃO DE MATERIAL POLIMÉRICO SOROCABA 2017

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA

Curso de Tecnologia em Polímeros

Davi Pereira da Silva

SIMULAÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DE MOLDE PARA

INJEÇÃO DE MATERIAL POLIMÉRICO

SOROCABA

2017

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Davi Pereira da Silva

SIMULAÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DE MOLDE PARA

INJEÇÃO DE MATERIAL POLIMÉRICO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como exigência parcial para

a obtenção do Diploma de Graduação em

Tecnólogo em Polímeros, da Faculdade

de Tecnologia de Sorocaba.

Orientador: Prof. Msc. Francisco de Assis Toti

Sorocaba

2017

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como exigência parcial para

a obtenção do Diploma de Graduação em

Tecnólogo em Polímeros, da Faculdade

de Tecnologia de Sorocaba.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Renato Mendes Germano

Faculdade de Tecnologia de Sorocaba

Prof. Carlos Eduardo Correa

Faculdade de Tecnologia de Sorocaba

Prof. Francisco de Assis Toti

Faculdade de Tecnologia de Sorocaba

SOROCABA

2017

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Dedico este trabalho a todos que de alguma forma me ajudaram na realização e conclusão

desta graduação.

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AGRADECIMENTOS.

Primeiramente a minha família pelo apoio nos momentos de dificuldade neste

período.

Ao Sr. Alexandre Madureira pelo incentivo e pelo conhecimento me transmitido

durante os anos de trabalho.

Aos docentes da Faculdade de Tecnologia de Sorocaba, pelo apoio e atenção

dada nos momentos necessários.

A empresa Emicol Eletro Eletrônica S/A pela oportunidade de desenvolver os

estudos relacionados a simulação e injeção de plásticos, através da disponibilização

de conhecimento técnico e de equipamentos, que são base deste trabalho de

conclusão de curso.

Ao meu orientador da Fatec – Sorocaba, Prof° Francisco de Assis Toti pela

orientação e direcionamento para o melhor desenvolvimento deste trabalho.

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“Você pode encarar um erro como uma besteira a ser

esquecida, ou como um resultado que aponta uma

nova direção. ”

Steve Jobs.

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RESUMO

O objetivo principal deste trabalho é avaliar os resultados obtidos das simulações dos

sistemas de refrigeração atual e do proposto para um molde de injeção de

determinado produto de material polimérico Poliamida. O modelo 3D e o molde de

injeção foram construídos no software Creo Parametric 2.0 ® , em seguida os arquivos

foram exportados para o software Moldflow da AutoDesk ®, onde foram realizadas as

simulações. Com os dados da simulação do sistema de refrigeração atual, foram

propostas alterações e realizadas novas simulações. Resultados obtidos do sistema

de refrigeração proposto apresentaram uma redução considerável no tempo de

extração do produto do molde, indicando a importância da engenharia auxiliada por

computador – CAE, no desenvolvimento do processo do projeto do molde desse

estudo.

Palavras - chave: Simulação, injeção, refrigeração e sinterização.

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ABSTRACT

The main objective of this work is to evaluate the results obtained from the simulations

of the current and proposed refrigeration systems for an injection molding of a polymer

polyamide product. The 3D model and the injection mold were built in the software

Creo Parametric 2.0 ®, then the files were exported to the Moldflow software of

AutoDesk ®, where the simulations were carried out. With the simulation data of the

current cooling system, changes were proposed and new simulations were carried out.

Results obtained from the proposed refrigeration system presented a considerable

reduction in the time of extraction of the product from the mold, indicating the

importance of computer - aided engineering (CAE) in the development of the mold

design process of this study.

Key words: Simulation, injection, cooling and sintering.

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LISTA DE FIGURAS.

Figura 1 - Esquematização de uma máquina injetora. Fonte: Manual simulador

de injeção Branqs Automação. ....................................................................... ....3

Figura 2 - Molde de injeção. Fonte: Abiplast. ..................................................... 5

Figura 3 - Fatores que influenciam na qualidade de produtos moldados. Fonte:

site www.moldesinjeçãoplastico.com.br. ............................................................ 7

Figura 4 - Canais de Refrigeração. Fonte Abiplast. ............................................ 8

Figura 5 - Tipos de canais refrigeração em molde de injeção. Sacchelli 2007. 10

Figura 6 – Malha gerada no modelo 3D. Fonte: Toti (2012). ............................ 11

Figura 7 - Fluxograma de projeto do molde. Fonte: Madureira. ....................... 12

Figura 8 - Modelo 3D intitulado “Corpo EVA 21”. Fonte: Do Autor. .................. 13

Figura 9 - Geração da malha do modelo EVA 21. Fonte: Do Autor. ................. 13

Figura 10 - Montagem 3D da parte inferior do molde. Fonte: Do Autor. ........... 15

Figura 11 - Montagem 3D da parte superior do molde. Fonte do Autor. .......... 16

Figura 12 – Simulação finalizada da injeção. Fonte: Do Autor. ........................ 16

Figura 13 -Machos sinterizados aplicados. Fonte: do Autor. ............................ 17

Figura 14 – Simulação da temperatura do molde com refrigeração atual. Fonte:

Do Autor. .......................................................................................................... 18

Figura 15 - Simulação da temperatura do molde com refrigeração proposta.

Fonte: Do Autor. ............................................................................................... 18

Figura 16 - Tempo de extração para o sistema de refrigeração original aprox. 11,3

segundos. Fonte: Do Autor. .............................................................................. 19

Figura 17 - Tempo de extração para o sistema de refrigeração proposto aprox.

11,3 segundos. Fonte: Do Autor. ...................................................................... 19

Figura 18 – Resultados de (%) de congelamento para extração do produto. Fonte:

Do Autor. .......................................................................................................... 20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores do conteúdo total de calor de materiais poliméricos. Fonte:

Emicol.................................................................................................................. 9

Tabela 2 - Característica do material polimérico PA. Fonte: Emicol..................14

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.

CAD Projeto Auxiliado por Computador

CAE Engenharia de Simulação Auxiliada por Computador

CAM Manufatura Auxiliada por Computador

MEF Método de Elementos Finitos

NC Controle Numérico

PP Planejamento do Processo

PA Poliamida

PAFV Poliamida com Fibra de Vidro

TM Temperatura de Fusão (melting)

Un. Unidade de Medida

DOE Design of Experiments

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Sumário

1 - Introdução .............................................................................................................. 1

2 – Processo de Injeção de Termoplásticos ................................................................ 2

2.1 – Máquina Injetora de Polímeros Termoplásticos .............................................. 2

2.2 – Molde de Injeção de Termoplásticos ............................................................... 4

3 – Sistemas de Refrigeração de Moldes .................................................................... 5

3.1 – Dimensionamento dos Canais do Sistema de Refrigeração ........................... 7

3.2 – Tipos de Canais para Refrigeração ............................................................... 10

4 – Engenharia Auxiliada por Computador - CAE ..................................................... 11

5 – Metodologia Experimental ................................................................................... 12

6 – Resultados e Discussões .................................................................................... 18

7 – Conclusões .......................................................................................................... 21

7 – Referências Bibliográficas ................................................................................... 22

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1

1 – INTRODUÇÃO

A Indústria de transformação de produtos plásticos vem buscando nos últimos

anos aumentar a qualidade de seus produtos a um custo cada vez menor, visto que,

atua diretamente e/ou indiretamente em vários setores produtivos. Para a ABIPLAST

(2012), a indústria de transformação de produtos plásticos é muito diversificada e pode

ser considerada uma solução em termos técnicos para outros setores, atuando tanto

como insumo necessário para a produção de outros bens, como também na forma de

produto final, destinado diretamente ao consumidor.

Atualmente o desenvolvimento de novos projetos exige uma transferência online

de informações integradas, acessíveis e atualizadas para todos os setores da planta

industrial. Para isso, é crescente o investimento das empresas nos sistemas

CAD/CAE/CAM que auxiliam no desenvolvimento do projeto e fabricação de

determinado produto no menor tempo/custo possível. A complexidade do fluxo de

informações varia de acordo com o tipo de produto e da planta industrial em que será

fabricado. Para PAULA V., L. et al (2010), os fluxos de informação permitem também

o estabelecimento das etapas de obtenção, tratamento, armazenamento, distribuição,

disseminação e uso da informação no contexto organizacional.

De acordo com SREERAMULU, D et al (2015), automatização das tarefas do

planejamento do processo é de suma importância para a geração de planos de

processo consistentes, armazenando uma variedade de informações e aplicações

computacionais para a fabricação, tendo como exemplos dentre outros, a engenharia

de simulação auxiliada por computador (CAE), controle numérico (NC), etc. Nesse

contexto, o sistema CAD 3D proporciona o desenvolvimento de projetos de produtos,

baseados em sólidos paramétricos com modelagem por features (características

geométricas), definindo uma geometria tridimensional, a qual apresenta capacidades

associativas em diferentes aplicações. O modelo gerado contém informações, que

podem ser exportadas e importadas no mesmo formato para o sistema CAE,

aproveitando o máximo das funcionalidades de cada um.

Para Toti (2012), este sistema permite simular numericamente o modelo,

proporcionando que o produto seja avaliado antes de existir, reduzindo, por exemplo,

custos com protótipos físicos, auxiliando assim, na redução do tempo entre a

concepção e a produção de um produto. Apresenta-se como alternativa econômica e

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com crescente utilização na indústria, capaz de, a partir de um modelo, simular um

fenômeno com precisão. Estes recursos, possibilitam reduzir o tempo destinado às

alterações no projeto, facilitando o desenvolvimento de novos produtos e aumentando

a competitividade das empresas pela redução dos custos desta etapa do

desenvolvimento.

No setor industrial que utiliza o sistema de injeção para produção de produtos, a

simulação do processo de moldagem de termoplásticos por injeção é aplicada no

estudo de redução do tempo perdido com a “tentativa e erro”, durante o

desenvolvimento do produto. É possível prever os problemas que poderão ocorrer na

peça injetada antes do try-out ou mesmo da fabricação do molde. A equipe envolvida

no projeto do ferramental pode avaliar os resultados de diferentes variáveis, tais como:

a variação dimensional, o número e a posição dos pontos de injeção, tipo de entrada

de material, material utilizado, parâmetros de processo, deflexões máximas, aspecto

visual, quantidade e posição de linhas de emenda frias entre outros.

2 - PROCESSO DE INJEÇÃO DE TERMOPLASTICOS

A injeção é um dos mais importantes processos utilizando material polimérico,

devido a suas inúmeras vantagens obtidas, tais como: precisão, repetitividade,

flexibilidade e alta produção na fabricação de produtos. A injeção utilizando polímeros

termoplásticos é um processo de transformação que consiste em inserir em alta

pressão o material aquecido acima da temperatura de fusão (TM) no canhão da

injetora, para o interior de um ferramental próprio (molde) com o formato do produto

que se pretende moldar (cavidade). Após o resfriamento, o material endurece, o molde

é aberto e o produto é extraído da cavidade.

2.1 - MÁQUINA INJETORA DE POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS

A injetora de polímeros termoplásticos é formada por um conjunto de componentes

capazes de aquecer, homogeneizar, injetar e extrair o polímero no formato desejado.

A figura 1 mostra a esquematização de uma máquina injetora padrão.

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Figura 1 - Esquematização de uma máquina injetora. Fonte: Manual simulador de injeção Branqs Automação.

A finalidade de cada componente da máquina injetora é apresentada abaixo:

• Funil de alimentação do material – Componente por onde a matéria prima plástica

entra na injetora.

• Conjunto de plastificação - Conjunto responsável pela injeção, recalque e

dosagem do material plástico.

• Rosca de plastificação - Transporta e também é responsável por aquecer o

material plástico através do atrito.

• Resistências - Responsável pelo aquecimento e derretimento do material.

• Molde da peça a ser produzida – ferramenta com a forma esperada por onde o

material plástico é injetado afim de ser moldado.

• Placa Fixa para fixação do molde - A placa fixa é base da máquina onde é fixada

a parte do molde que recebe o bico de injeção.

• Placa Móvel para fixação do molde – Base da máquina que recebe a parte do

molde móvel que abriga o sistema de extração.

• Extrator de peças injetadas – Mecanismo responsável por extrair as peças que

foram injetadas.

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• Painel de controle – Componente responsável pela interface homem máquina

onde controla todos os parâmetros envolvidos no processo de injeção.

Resumidamente e conveniente comentar que o processo de injeção é cíclico onde

o material polimérico é alimentado pelo funil, a rosca de plastificação realiza a

dosagem e após ocorrer o derretimento do material polimérico, este é empurrado sob

pressão para dentro do molde preenchendo a forma da cavidade. Imediatamente

inicia-se o processo de refrigeração do molde para solidificação do material

polimérico, paralelamente a dosagem que após a sua finalização o molde é aberto e

a peça é extraída, finalizando assim um ciclo completo de processo de injeção.

2.2 - MOLDE DE INJEÇÃO DE TERMOPLÁSTICOS

O molde de injeção é definido como uma unidade completa com condições de

produzir peças moldadas, podendo ter uma ou mais cavidades, que contém as

dimensões e forma final de um produto desejado. O molde é produzido com sistemas,

tais como: alimentação, refrigeração, extração, robôs e outros dispositivos para auxílio

na operação. Os moldes variam dos mais simples aos mais elaborados que podem

conter até vários componentes dependendo da complexidade do produto e da

capacidade de produção desejada.

As informações do peso, tamanho do produto e demanda mensal, são

essenciais para definir a quantidade necessária de cavidades do molde, bem como o

tipo de máquina injetora. Aliado a isso, a capacidade de injeção, a força de

fechamento, capacidade de plastificação e as propriedades mecânicas e térmicas do

material polimérico a ser injetado devem ser considerados no desenvolvimento do

projeto do molde. A figura 2 apresenta a esquematização de um molde de injeção

apresentado seus principais componentes.

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5

Figura 2 - Molde de injeção. Fonte: Abiplast.

3 - SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DE MOLDES

Além de dar a forma ao produto, o molde também tem como finalidade a

retirada de calor do material polimérico fundido até a sua solidificação para em seguida

ser extraída do molde. Para isso, os moldes possuem alguns canais que formam o

circuito de refrigeração ou sistema de refrigeração que circulam os agentes

refrigerantes. Existem algumas opções de agentes refrigerantes dos sistemas de

refrigeração que devem ser escolhidos de acordo com o material a ser injetado,

conforme mostrado abaixo:

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6

Água em temperatura ambiente – sendo o sistema mais utilizado devido

à disponibilidade, baixo custo e de fácil tratamento;

Água resfriada, metanol + CO2, gás CO2 e nitrogênio – utilizados

quando à necessidades de baixas temperaturas por volta de 3 °C;

Água pressurizada – quando há a necessidade de trabalhar com

temperaturas elevadas de até 160°C

Óleo e resistências elétricas – quando há necessidade de permanecer

com uma temperatura acima de 80 °C;

Ar similar ao da água, aplicado quando necessário um resfriamento lento

ou quando não se consegue utilizar a água como meio refrigerante.

A transferência de calor, durante o processo de moldagem por injeção, possui

grande influência na qualidade final das peças que são produzidas, bem como sobre

o tempo do ciclo de moldagem. A localização do sistema de refrigeração é um

elemento importante na confecção do molde, sendo que o posicionamento dos canais

de refrigeração influencia diretamente no resultado da injeção, pois podem levar a

alterações na temperatura do molde. Essas variações afetam a viscosidade do

material injetado e assim as características do fluxo final do material. O controle do

resfriamento da peça injetada é de extrema importância, pois criará condições

adequadas ao fluxo do material no interior do molde, garantindo o resfriamento ideal,

eliminando assim, defeitos aparentes na peça, reduzindo custos e aumentando a

produtividade. Por isso, na fabricação de moldes para injeção de materiais

termoplásticos, bem como, na redução de ciclos do processo ou mesmo para

promover melhorias na peça, é necessário atuar no sistema de refrigeração, que

precisa ser eficiente o suficiente para manter o molde relativamente frio, em

comparação com o material a ser injetado, e garantir que a peça já esteja solidificada

no momento da extração. Recomenda-se que a diferença de temperatura entre as

superfícies da cavidade do molde deve encontrar-se entre 2 e 5 °C, HARADA (2004).

Para o desenvolvimento de um ferramental (molde de injeção) é esperado que

o mesmo garanta um alto nível de produção com baixa manutenção, e para tanto, há

necessidade de serem observados alguns fatores técnicos envolvidos durante o

processo de desenvolvimento do projeto deste ferramental, para que as possibilidades

de falhas possam ser minimizadas, HARADA (2004).

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7

Os fatores técnicos envolvidos são:

No produto moldado: os materiais, a contração, a geometria da peça,

sua aplicação entre outros;

No ferramental: soluções de projeto, como a linha de fechamento do

molde, ponto de injeção, o sistema de extração, o sistema de

refrigeração, entre outros;

No processo produtivo: número de ciclos desejados, tempo de ciclos,

temperaturas de injeção, tempo de extração entre outros;

Um projeto bem dimensionado do produto a ser moldado (peça), o

desenvolvimento e projeto do molde a ser construído (molde) e a determinação do

processo mais adequado (produção), como pode ser acompanhado na figura 3, são

fatores decisivos para a qualidade, tempo de ciclo e custos associados ao

componente injetado em polímeros, Steiko (2004)

Figura 3 - Fatores que influenciam na qualidade de produtos moldados. Fonte: site www.moldesinjeçãoplastico.com.br.

3.1 - DIMENSIONAMENTO DOS CANAIS DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Para o dimensionamento dos canais de refrigeração existem modelos

matemáticos fornecidos na literatura, onde os autores sugerem, por exemplo, o

diâmetro e distância mínima entre eles, a figura 4 apresenta uma esquematização

clássica de canais de refrigeração.

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8

Figura 4 - Canais de Refrigeração. Fonte Abiplast.

A - 2.5D

B - 3D Máximo

D - Diâmetro do canal

Quanto ao resfriamento com água do molde para a retirada de calor é

determinado pela equação 1.

𝐐𝐜 = 𝐆𝐦 [ 𝐂𝐦 (𝐭𝟏 − 𝐭𝟐) + 𝐋] (1)

Onde:

Qc – Quantidade de calor a ser retirada [Kcal/h]

Gm – Quantidade de material injetado por hora [Kg/h]

Cm – Calor específico do material plástico [Kcal/Kg°C]

t1 – Temperatura de injeção do material [°C]

t2 – Temperatura da ferramenta [°C]

L – Calor latente de fusão do material [Kcal/Kg]

Alternativamente, se o calor total por quilograma do material plástico for

conhecido, teremos:

𝐐𝐜 = 𝐆𝐦 . 𝐪 (2)

Onde:

q – Quantidade total específica de calor [Kcal/Kg]

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9

A quantidade de H2O para o resfriamento é dado por:

Qa = 𝐐𝐜

𝐊.(𝐭𝟒 − 𝐭𝟑)

(3)

Onde:

Qa = Quantidade de água [Kg/h]

t3 = Temperatura de entrada [°C]

t4 = Temperatura de saída [°C]

K = Coeficiente de eficiência.

Valores de K:

K = 0,64 – Circulação feita na cavidade ou no núcleo do macho

K = 0,50 – Circulação na placa porta matriz

K = 0,10 – Circulação em tubos de cobre

A tabela 1 abaixo apresenta a faixa de temperatura de molde para alguns materiais

poliméricos.

Tabela 1 - Valores do conteúdo total de calor de materiais poliméricos. Fonte: Emicol.

Materiais Abreviaturas

Materiais " L"

Kcal/Kg Temperatura de Molde °C

CA ACETATO DE CELULOSE 124 10 a 45

CAB BUTIRATO ACETATO DE

CELUOSE 111 10 a 45

PA NYLON 300 - 500 30 a 120

PVC PVC 90 15 a 60

PMMA METIL METACRILATO 123 40 a 100

PS POLIESTIRENO 120 - 150 18 a 70

ABS ACRILONITRILA BUTADIENO

ESTIRENO 140 - 170 18 a 65

SAN ACRILONITRILA ESTIRENO 120 - 150 18 a 65

PEBD POLIETILENO - BAIXA

DENSIDADE 250 - 300 15 a 60

PEAD POLIETILENO - ALTA

DENSIDADE 300 - 350 15 a 100

PP POLIPROPILENO 250 - 350 20 a 90

POM ACETAL 180 Máx. 95

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10

3.2 - TIPOS DE CANAIS DE REFRIGERAÇÃO

A temperatura do molde precisa estar o mais uniforme possível, por isso, o

sistema de refrigeração deve ser projetado adequadamente para a promover a

regularidade dimensional da peça. Para isso existem algumas opções de canais de

refrigeração em moldes de injeção, as quais mais utilizadas são: em linha, circular,

serpentina ou helicoidal, lâmina ou baffle, cascata ou bubbler, pino térmico ou

adaptado ao contorno da peça. Cada tipo é utilizado de acordo com as necessidades

específicas de projeto. Quanto ao material utilizado na fabricação dos canais de

refrigeração, existem várias opções, como exemplo a utilização de tubos de cobre que

podem compensar as dificuldades encontradas em moldes com baixa condutividade,

existe a possibilidade também da utilização de insertos de ligas com alta

condutibilidade térmicas como o cobre berílio, A figura 5 mostra algumas opções de

refrigeração aplicadas em moldes.

Figura 5 - Tipos de canais refrigeração em molde de injeção. Sacchelli 2007.

No projeto do molde a definição da localização da entrada do(s) canal(is) de

refrigeração, circuitos muito longos, dentre outros, podem influenciar no rendimento

do sistema de refrigeração.

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4 - ENGENHARIA AUXILIADA POR COMPUTADOR - CAE

Atualmente é prática crescente iniciar o desenvolvimento do projeto de moldes

através da modelagem geométrica, utilizando o sistema CAD 3D, baseados em

sólidos paramétricos com modelagem por features (características geométricas), a

qual apresenta capacidades associativas em diferentes aplicações. O modelo gerado

contém informações que podem ser exportadas e importadas no mesmo formato para

o sistema CAE (Computer Aided Engineering) e/ou para o sistema CAM (Computer

Aided Manufacturing).

O sistema CAE também é conhecido como Engenharia de Simulação, que permite

simular numericamente o modelo, proporcionando que o molde seja avaliado antes

de existir, reduzindo custos com protótipos físicos, e no tempo entre a concepção e a

produção de um molde. No mercado são disponíveis vários softwares CAE, tais como:

CREO, SOLIDWORKS PLASTICS, MAGMASOFT, CATIA, CFD, ANSYS, NASTRAN,

MOLDEX 3D, C-MOLD, INVENTOR e MOLDFLOW. Esses softwares utilizam a como

base para simulação o método de elementos finitos – MEF.

Em termos matemáticos, MEF, também conhecido como FEA, é uma técnica

numérica para solucionar problemas de campo descrito por conjunto de equações

diferenciais parciais. O princípio básico do tratamento de sistemas discretos através

do MEF é dividido em três etapas: Pré-processamento, Solução (Solver) e Pós-

Processamento. É um método aproximado de cálculo de sistemas contínuos de um

domínio que é subdividido em um número finito de partes (elementos), conectados

entre si pelos pontos discretos (nós), onde ocorre a geração da malha. A figura 6

mostra o modelo 3D discretizado e gerada a malha (conjunto de elementos finitos

interligados por nós).

Figura 6 – Malha gerada no modelo 3D. Fonte: Toti (2012).

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5 – METODOLOGIA EXPERIMENTAL

No desenvolvimento dessa pesquisa utilizou-se o fluxograma padrão de

desenvolvimento de projeto de molde para injeção, conforme mostrado na figura 7.

Figura 7 - Fluxograma de projeto do molde. Fonte: Madureira.

Em seguida, foi realizada a modelagem em 3D do produto “Corpo EVA 21” no

software Creo Parametric 2.0 ®. , conforme mostrado na figura 8.

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Figura 8 - Modelo 3D intitulado “Corpo EVA 21”. Fonte: Do Autor.

O arquivo do modelo 3D do Corpo EVA 21 foi exportado no formato .STL para

o software CAE Moldflow da AutoDesk ®, onde foi executada a discretização do

domínio e a geração da malha, conforme ilustra a figura 9.

Figura 9 - Geração da malha do modelo EVA 21. Fonte: Do Autor.

Na etapa seguinte foram definidos o material e os parâmetros para a injeção

da simulação que são descritos abaixo:

a) Matéria Prima: PA 66 com 30 à 33 % de fibra de vidro apresentando as seguintes

características conforme mostra a tabela 2.

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Tabela 2 - Característica do material polimérico PA. Fonte: Emicol.

Característica Un. PA

Temperatura de processo °C 280 a 305

Temperatura do molde °C 40 a 95

Viscosidade g/10min --

Temperatura de transição vítrea (Tg)

°C 243

Temperatura de extração °C 225

Densidade do material sólido g/cm³ 1,1490

Densidade do material fluído g/cm³ 0,9791

Contração paralela ao fluxo de injeção

% 0,9803 a

2,084

Contração perpendicular ao fluxo

de injeção

% 1,204 a 2,444

b) Parâmetros para a injeção:

- Fluido refrigerante = Água

- Temperatura de refrigeração

Parte Móvel = 70°C

Parte Fixa = 70°C

- Temperatura do cilindro:

Bico 1 = 290

Cilindro 2 = 285

Cilindro 3 = 280

Cilindro 4 = 260

- Temperatura da câmara Quente

Zona 1 = 300

Zona 2 = 300

Zona 3 = 290

Zona 4 = 290

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c) Parâmetros de processo:

- Pressão de injeção 150 bar.

- Pressão de recalque 120 bar.

- Tempo de injeção = 0.7 segundos;

- Tempo de Recalque = 4 segundos.

A primeira simulação foi executada, considerando as especificações das

tolerâncias do modelo 3D, onde foram avaliadas as causas de deformações, melhor

local para a entrada de material, necessidades de refrigeração, material de construção

de postiços especiais e deflexão, determinando assim a viabilidade da injeção do

modelo 3D. Posteriormente ocorreu o desenvolvimento do projeto do molde em que

paralelamente foi realizada a simulação completa. Nessa fase, também foi analisado

as especificações do desenho de produto, gerando um DOE das cotas mais

importantes, definindo o tempo de estabilização térmica, indicando os parâmetros

iniciais da injeção, conforme a simulação, Francisco, B. M. (2016). As figuras 10 e 11

mostram os modelos 3D do molde construído no software Creo Parametric 2.0 ®.

Figura 10 - Montagem 3D da parte inferior do molde. Fonte: Do Autor.

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Figura 11 - Montagem 3D da parte superior do molde. Fonte do Autor.

A figura 12 ilustra a simulação apresentando o resultado em gradiente (cores)

do tempo do fluxo do material injetado em vários pontos da peça.

Figura 12 – Simulação finalizada da injeção. Fonte: Do Autor.

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Em seguida, foi avaliada a temperatura do circuito de refrigeração do molde,

levando em consideração a distribuição dos canais, as suas dimensões (não

fornecidas em razão de direitos de propriedade industrial) e o fluido refrigerante usado,

bem como a sua vazão e temperatura de entrada. Por fim, foram realizadas novas

simulações com alterações no sistema de refrigeração utilizando machos sinterizados

para melhoria do sistema de refrigeração. A figura 13 mostra os dois machos

sinterizados aplicados na melhoria deste sistema de refrigeração do molde.

Figura 13 -Machos sinterizados aplicados. Fonte: do Autor.

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6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

As figuras 14 e 15 mostram os resultados em gradiente da simulação da

temperatura do molde com sistema de refrigeração atual e da proposta com machos

sinterizados.

Figura 14 – Simulação da temperatura do molde com refrigeração atual. Fonte: Do Autor.

Figura 15 - Simulação da temperatura do molde com refrigeração proposta. Fonte: Do Autor.

Nota-se que com as alterações propostas no sistema de resfriamento atual, foi

corrigido a deficiência de refrigeração na região do macho central, resultando numa

redução acentuada de área com alta temperatura, conforme mostra a figura 15 em

comparação com a figura 14. Isso se deve também, principalmente pela inserção do

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macho sinterizado, pois a temperatura do molde deve ser mantida suficientemente

baixa para que o material quente forneça seu calor latente de fusão para as superfícies

do molde, reduzindo assim o ciclo de injeção. Aliado a isso, o controle da temperatura

do molde é determinante para a qualidade do acabamento do produto injetado,

tensões internas, contração e estabilidade dimensional.

As figuras 16 e 17 apresentam resultados obtidos das simulações atual e

proposta com tempos aproximados para extração do produto.

Figura 16 - Tempo de extração para o sistema de refrigeração original aprox. 11,3 segundos. Fonte: Do Autor.

Figura 17 - Tempo de extração para o sistema de refrigeração proposto aprox. 11,3 segundos. Fonte: Do Autor.

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Nota-se que para o sistema de refrigeração proposto, a área total que falta a

atingir o congelamento de referência é bem menor em comparação a área do sistema

de refrigeração atual. De acordo com os dados técnicos de produção industrial da

empresa, a porcentagem de congelamento de referência é de 95 (%) para a extração

do produto.

A figura 18 apresenta os resultados obtidos do tempo versus (%) de

congelamento de extração do produto para os sistemas de refrigeração atual e

proposto.

Figura 18 – Resultados de (%) de congelamento para extração do produto. Fonte: Do Autor.

Nota-se que no sistema de refrigeração proposto a (%) de congelamento atingiu

a referência em 8 segundos e o sistema de refrigeração atual aproximou-se da

referência em torno de 14 segundos. Com o sistema de refrigeração proposto o tempo

foi reduzido em torno de 43% para a extração do produto, o qual, incide diretamente

na redução de tempo do ciclo do processo de injeção aproximadamente em 15%.

94,8

95,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2 4 6 8 10 12 14 16

Co

nge

lam

en

to (

%)

tempo (seg)

Referência

Atual

Proposto

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7 – CONCLUSÕES

Dos resultados obtidos da simulação para os sistemas de refrigeração do molde

para o produto proposto, concluímos que:

- O sistema de refrigeração atual apresentava certa deficiência em torno do

macho central do molde;

- A utilização do macho sinterizado auxiliou na melhoria do sistema de

refrigeração proposto;

- O tempo de extração do produto com o sistema de refrigeração proposto

apresentou redução em torno de 43% em comparação ao sistema atual, no que tange

a porcentagem de congelamento (%) do produto;

- O software Moldflow fornece também informações dos parâmetros a serem

utilizados no processo de injeção, bem como, após a simulação, indica os defeitos

que podem ocorrer, auxiliando assim, no reprojeto do molde e/ou do produto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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