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FACULDADE DE ODONTOLOGIA “DR. MÁRIO LEITE BRAGA” DE PRESIDENTE PRUDENTE AVALIAÇÃO DA LONGEVIDADE DE FACETAS FABRICADAS EM CERÂMICA FELDSPÁTICA COM DIFERENTES ALTURAS DE PREPARO BELQUIS ALVES DOS SANTOS PRESIDENTE PRUDENTE SP 2017

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FACULDADE DE ODONTOLOGIA “DR. MÁRIO LEITE BRAGA”

DE PRESIDENTE PRUDENTE

AVALIAÇÃO DA LONGEVIDADE DE FACETAS FABRICADAS EM CERÂMICA FELDSPÁTICA COM DIFERENTES ALTURAS DE PREPARO

BELQUIS ALVES DOS SANTOS

PRESIDENTE PRUDENTE – SP

2017

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FACULDADE DE ODONTOLOGIA “DR. MÁRIO LEITE BRAGA”

DE PRESIDENTE PRUDENTE

AVALIAÇÃO DA LONGEVIDADE DE FACETAS FABRICADAS EM CERÂMICA FELDSPÁTICA COM DIFERENTES ALTURAS DE PREPARO

BELQUIS ALVES DOS SANTOS

PRESIDENTE PRUDENTE – SP

2017

ORIENTADORA: PROF. GRAZIELA AVILA PRADO GALHANO CO-ORIENTADORA: ANDRESSA RESTANI OLIVEIRA

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4

2 OBJETIVO .................................................................................................................... 6

3 MATERIAL E MÉTODO ................................................................................................ 7

4 FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................... 13

5 RESULTADOS ESPERADOS .................................................................................... 14

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 15

ANEXO I ........................................................................................................................ 17

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RESUMO

AVALIAÇÃO DA LONGEVIDADE DE FACETAS FABRICADAS EM CERÂMICA FELDSPÁTICA COM DIFERENTES ALTURAS DE PREPARO

Introdução: A alta demanda de estética odontológica acarreta no aumento de laminados

cerâmicos, que podem ser confeccionadas em cerâmica feldspática. Esta oferece um alto

padrão estético, porém apresenta menor resistência quando comparada a outras

cerâmicas. Objetivo: O objetivo desse projeto é avaliar a resistência a fadiga de

laminados cerâmicos confeccionados em cerâmica feldspática sobre diferentes alturas de

preparo. Material e Método: Serão selecionados 20 dentes unirradiculares humanos

hígidos, cuja utilização passará pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da

Unoeste. Serão confeccionadas guias de silicone para todos os dentes a fim de orientar o

preparo. Os espécimes serão randomizados em 2 grupos experimentais (n= 10), de

acordo com a cerâmica a ser usada e a altura do preparo: G1- Feldspática com preparo

integral; G2- Feldspática com preparo de altura reduzida. Os preparos serão escaneados

com o sistema óptico InEos Blue (Cerec-Sirona) e realizado o desenho da faceta no

software. Os protótipos serão transferidos para a fresadora do sistema Cerec (Sirona),

obtidos os laminados, e realizada a cimentação adesiva das peças. Sofreram fadiga

mecânica através de simulador, e a sobrevida será avaliada. Os que sobreviverem serão

submetidos ao teste de compressão para registro dos valores de carga para fratura, os

quais serão utilizados para o cálculo estatístico. Forma de Analíse dos Resultados: Os

dados obtidos serão submetidos à análise estatística. Resultados esperados: Espera-se

maior resistência mecânica da cerâmica feldspática quando cimentada sobre o preparo

conservador em comparação com a cimentada sobre o preparo reduzido em altura.

Palavras-chave: Facetas dentárias, Projeto auxiliado por computador, Cimentação.

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1 INTRODUÇÃO

A grande demanda por restaurações estéticas e procedimentos minimamente

invasivos têm contribuído para o desenvolvimento de materiais com propriedades

químicas e ópticas fiéis ao dente natural1,2,3. Os materiais cerâmicos são muito utilizados

na odontologia em procedimentos restauradores como laminados, facetas, coroas,

prótese fixas, e por possuírem excelentes resultados estéticos, reproduzem os dentes

naturais com fidelidade, além de possuírem propriedades como a biocompatibilidade,

resistência à abrasão, elevada resistência à compressão, baixa condutividade térmica,

estabilidade de cor, translucidez1,2,4.

As cerâmicas Feldspáticas foram as primeiras a surgir, em sua composição pode

haver entre 78-94% de feldspatos de sódio e/ou potássio e 6-22% de leucita, variando de

acordo com a marca comercial. A leucita tem a função de aumentar o coeficiente de

expansão térmica da cerâmica e também melhorar as propriedades mecânicas do

material5,6.

Sua utilização é frequente em casos de grande necessidade estética por oferecer

excelentes qualidades óticas, além de resistência ao desgaste, baixa condutividade e alta

estabilidade química. Porém, em testes de resistência à tração e cisalhamento, essa

cerâmica apresentou baixa resistência, o que limita seu uso apenas em áreas anteriores,

devido esta sofrer menos stress oclusal6.

As cerâmicas podem apresentar falhas de polimento e sofrer pressões de tensão

pelo contato constante com a água presente na saliva, o que favorece o surgimento de

trincas ou microfissuras, e isso pode levar a peça cerâmica a fraturar repentinamente7.

Para um dente receber um laminado cerâmico, deve ser preparado de modo a

oferecer retenção e resistência, preservar saúde pulpar e integridade marginal.

Geralmente, preparos para laminados necessitam de altura oclusal suficiente para

oferecer retenção e estabilidade às peças, sendo feita redução oclusal pequena,

aproximadamente 2mm. Atualmente, devido a estética, casos com coroa clínica de altura

curta também têm recebido laminados cerâmicos. Nesses preparos de pequena altura, os

esforços são concentrados devido à pequena superfície, gerando diminuição da

resistência do material restaurador5.

Para cimentação de laminados é indicado o uso dos sistemas adesivos

associados a cimentos resinosos convencionais, que apresentam melhor tempo de

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trabalho, maior estabilidade de cor8, além de maior resistência à fratura, quando

relacionado com outros9. O cimento estabelece a união entre o laminado e o dente,

formando um corpo único para que aconteça transferência de tensões da restauração

para a estrutura dental10.

Devido ao aumento de laminados cerâmicos confeccionados em dentes com

preparo com altura oclusal alta ou curta, torna-se necessário estudos que avaliem a

longevidade dos mesmos em diferentes tamanhos de alturas de preparo.

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2 OBJETIVO

O objetivo desse projeto é avaliar a resistência a fadiga de laminados cerâmicos

confeccionados em cerâmica feldspática sobre diferentes alturas de preparo.

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3 MATERIAL E MÉTODO

Seleção dentes

Serão selecionados 20 dentes humanos unirradiculares hígidos (incisivos centrais

superiores), cuja utilização passará pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da

Unoeste. Os dentes serão coletados por dentistas que fazem atendimento no consultório

mediante acervo particular, a partir da assinatura de termo de doação (ANEXO I), além da

coleta no Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia da Unoeste.

Os dentes serão analisados e caso seja observada a presença de alguma

imperfeição estes serão trocados por outros que preencham o requisito. Após a escolha

os dentes serão limpos, conforme protocolo proposto pelo banco de dentes da

Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, e permaneceram armazenados em água

destilada (4°C) até a utilização no estudo.

Embutimento e simulação do ligamento periodontal

Inicialmente as dimensões vestibulo-lingual e mésio-distal em três pontos da raíz

(cervical, média e apical) serão aferidas com uso de paquímetro digital (Starret, Itu, SP,

Brasil). Após essa aferição os dentes serão fixados, com cera, a um delineador, mantendo

os espécimes o mais paralelo possível ao plano vertical e perpendicular ao plano

horizontal (Figura 1).

Figura 1 - Espécime fixado no delineador, mantendo paralelismo ao plano vertical, segundo

imagem publicada por Bergoli, 201311.

Cera utilidade será liquefeita até a temperatura de 70º C (Termoclean, Taiff, São

Paulo, SP, Brasil) (Figura 2) e com o auxílio do delineador as raízes serão inseridas no

interior desse equipamento até 3 mm da junção cemento/esmalte. Após a remoção dos

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espécimes do interior do dispositivo o diâmetro da raíz nos três pontos previamente

aferidos será novamente verificado, até que seja alcançado uma espessura de cera

correspondente a 0.3 mm em todas as direções.

(A) (B)

Figura 2 - A) Dispositivo utilizado para aquecimento e derretimento da cera com controle de

temperatura; B) cera liquefeita no interior do dispositivo a temperatura de 70º C. Segundo imagem

publicada por Bergoli, 201311.

Após essa etapa os espécimes, ainda unidos ao delineador, serão posicionados no

interior de matrizes metálicas (20 mm x 15 mm) até 3 mm da junção cemento/esmalte e

resina acrílica ativada quimicamente (JET, Petrópolis, Rio de Janeiro, RJ) será

manipulada e vertida no seu interior. Após a polimerização da resina os espécimes serão

retirados do interior do cilindro e a cera de revestimento será removida da superfície

radicular e do interior do cilindro. A seguir o material para simulação do ligamento

periodontal (Impregum Soft, 3MEspe, Seefeld, Germany) será manipulado, inserido no

espaço criado no interior do cilindro de resina, os espécimes serão reposicionados e os

excessos de material removidos (Figura 3).

(A)

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(B) (C)

Figura 3 - A) Espécime com espessura de cera de 0.3 mm até 3 mm da junção cemento/esmalte; B)

Espécime posicionado no interior da matriz metálica; C) ligamento periodontal obtido após remoção do

espécime do cilindro, remoção da cera e reposicionamento do espécime. Segundo imagem publicada por

Bergoli, 201311

.

Randomização dos espécimes

Após adequação da amostra, os 20 espécimes serão divididos em 2 grupos

experimentais (n= 10), de acordo com a cerâmica a ser usada, como mostrado no quadro

1. Para a randomização os espécimes serão numerados de 1 a 10 e duas sequências

aleatórias de 10 números serão geradas pelo programa de computador “Random

Allocation” (desenvolvido por M. Saghaei, Dept de Anestesia, Universidade de Ciências

Médicas de Isfahan, Isfahan, Iran), definindo a distribuição dos espécimes de acordo com

a altura do preparo a ser confeccionado.

Quadro 1: Divisão dos grupos amostrais

Cerâmica Altura do

preparo Grupos (n=10)

Feldspática

Inteiro (6mm) G1

Metade

(3mm) G2

Preparo dos espécimes

Todos os espécimes serão preparados por apenas um operador previamente

treinado, seguindo as dimensões e formas preconizadas por Bottino et al. (2009) 12. Para

os preparos serão utilizadas as brocas 4138 F e para o acabamento a broca 4138 FF (Kg

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Sorensen, Cotia, SP, Brasil). Cada broca será utilizada para a confecção de apenas três

preparos.

Previamente ao preparo todos os dentes serão moldados com a pasta densa de

um silicone de adição (Elite HD, Zhermack, Badia Polesine, RO, Italy) para a confecção

de matrizes guia (2 paralelas ao longo eixo do dente). Essas matrizes serão posicionadas

frequentemente sobre o dente, guiando e controlando as espessuras dos desgastes nas

respectivas regiões do dente para o preparo conservador, com espessura controlada de

1mm (Figura 4).

(A)

Figura 4 - A) Posicionamento da matriz de silicone para controle da redução do preparo no sentido

cervico/incisal, segundo imagem publicada por Bergoli, 201311

.

Após a realização dos preparos, os dentes serão divididos aleatoriamente, e 10

dentes serão seccionados na metade da altura do preparo.

Escaneamento e obtenção dos laminados

As dimensões dos modelos serão escaneadas com o sistema óptico InEos Blue

(Cerec-Sirona). Inicialmente, será selecionado o dente 21 no software (Cerec 15.0) e o

material a ser realizado a faceta (Feldspática). Em seguida, o dente será posicionado sob

o leitor e aplicado uma fina camada do pó de contraste e será realizado um

escaneamento preciso do preparo. As margens serão delimitadas no software e sobre

esta imagem obtida será realizado o desenho da faceta. Esta ferramenta posicionará um

desenho automático que não será alterado, para padronização do mesmo em todos os

dentes preparados. O desenho obtido será visualizado em todos os ângulos para a

observação de eventuais falhas.

Os protótipos serão transferidos para a fresadora do sistema Cerec (Sirona) onde

serão posicionados os blocos para a fresagem e serão utilizadas brocas específicas para

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cada sistema cerâmico. Serão então obtidos 20 laminados em cerâmica Feldspática

(Mark II Vita Blocks).

Após a fresagem, os corpos de prova serão levados ao forno Vita VacuMat 6000

MP (Vita) para a realização da cristalização, seguindo recomendações do fabricante.

Cimentação dos laminados cerâmicos

No preparo, ácido fosfórico a 37% (Total Etch, Ivoclar Vivadent, Schann,

Lischtenstein) será aplicado por 30 s no esmalte dental e 15 s sobre a dentina, seguido de

lavagem abundante com água e secagem com papel absorvente. Após esse

procedimento uma camada do sistema adesivo Excite F (Ivoclar Vivadent, Schaan,

Lischtenstein) será aplicada sob atrito durante 20 s sobre as superfícies condicionadas. A

seguir um jato de ar será aplicado para evaporação do solvente e eliminação de excessos

de adesivo e a fotoativação realizada por 20 s por face com LED de alta potência (Radii

Cal, SDI, Austrália).

A superfície interna da faceta será condicionada com ácido fluorídrico a 10% (Cond

AC Porcelana, FGM, Joinvile, SC, Brasil) por 20 s, lavada abundantemente com água por

30 s e seca com jatos de ar até que fique esbranquiçada. Após, a superfície cerâmica

receberá a aplicação de um agente de união silano (metacriloxipropiltimetoxi-silano)

(Monobond Plus, Ivoclar Vivadent), e aguardado reagir por 3 min. O cimento resinoso

convencional Variolink Veneer (Ivoclar-Vivadent, Schaan, Lietchteinstein) será inserido na

superfície interna da faceta cerâmica, esta será posicionada sobre o preparo até seu

completo assentamento e o excesso de cimento removido. Após, uma camada de

vaselina sólida será aplicada na região de interface e executada a fotoativação de cada

face pelo tempo de 1 minuto (Radii Cal, SDI, Australia). Todos os procedimentos de

cimentação serão realizados por apenas um operador previamente treinado.

Envelhecimento por ciclagem mecânica e avaliações periódicas

Após a cimentação das restaurações cerâmicas os espécimes serão posicionados

em um simulador de fadiga mecânica (Erios ER 11000, São Paulo, SP, Brasil), sob

inclinação de 45º em relação ao plano horizontal e imersos em água a temperatura

constante de 37ºC (±2ºC). Um pistão com ponta plana aplicará uma força de 100 N, a

uma frequência de 4 Hz, sobre um ponto localizado na superfície incisal da restauração,

por um período máximo correspondente a 4.000.000 de ciclos. Entre o pistão e a

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restauração será posicionada uma tira plástica de poliéster para evitar o contato direto

entre o pistão e a restauração cerâmica.

Avaliação da taxa de sobrevida

Para a análise de sobrevida os espécimes serão avaliados quanto aos seguintes

desfechos: fratura da restauração, decimentação da restauração e ocorrência de trincas

na restauração. As avaliações serão realizadas a cada 500.000 ciclos por um único

operador, em estereomicroscópio (Discovery V-20, Zeiss, Goettingen, Germany) a um

aumento de 15x.

Avaliação da carga para fratura dos espécimes

Os espécimes que sobreviverem ao envelhecimento por ciclagem mecânica serão

submetidos ao teste de compressão. Para isso os corpos de prova serão posicionados em

uma máquina de ensaio universal, a uma inclinação de 45º em relação ao plano

horizontal, e um pistão com ponta plana aplicará uma força em uma região localizada na

borda incisal da restauração a velocidade de 1 mm/min. Uma célula de carga de 100 KgF,

acoplada a máquina de ensaio, registrará os valores máximos de carga para fratura os

quais serão utilizados para o cálculo estatístico.

Análise de falha

Tantos os espécimes que apresentarem fratura catastrófica durante a ciclagem

mecânica, bem como os espécimes submetidos ao teste de carga para fratura, serão

avaliados em estereomicroscópio, sob aumento de até 75x, e as fraturas classificadas em:

Tipo I - Decimentação da faceta

Tipo II - Fratura da restauração cerâmica sem envolvimento do remanescente dental

Tipo III - Fratura da coroa dental

Tipo IV - Fratura radicular reversível - acima do ligamento periodontal

Tipo V - Fratura radicular irreversível - abaixo do ligamento periodontal

.

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4 FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os dados obtidos serão submetidos ao teste de normalidade, e realizada análise

estatística.

O nível de significância será o valor convencional de 5%.

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5 RESULTADOS ESPERADOS

De acordo com o material avaliado, espera-se maior resistência mecânica da

cerâmica feldspática quando cimentada sobre o preparo conservador em comparação

com a cimentada sobre o preparo reduzido em altura.

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REFERÊNCIAS

1. Federizzi L, Gomes ÉA, Báratro SSP, Baratto-Filho F, Bacchi A, Spazzin AO. Use

of Feldspathic Porcelain Veneers to Improve Smile Harmony: A 3-Year Follow-up

Report. Braz. Dent. J. 2016; 27( 6 ):767-774.

2. Figueroa RI, Cruz FG, de Carvalho RF, Leite FPP, Chaves MGAM. Rehabilitación

de los Dientes Anteriores con el Sistema Cerámico Disilicato de Litio. Int. J.

Odontostomat. 2014;8( 3 ):469-474.

3. Morita RK, Hayashida MF, Pupo YM, Berger G, Reggiani RD, Betiol EAG. Minimally

Invasive Laminate Veneers: Clinical Aspects in Treatment Planning and

Cementation Procedures. Case Reports in Dentistry. 2016;2016:1839793.

doi:10.1155/2016/1839793.

4. Neis CA, Albuquerque NLG, Albuquerque IS, Gomes EA, Souza-Filho CB, Feitosa

VP, Spazzin AO, Bacchi A. Surface treatments for repair of feldspathic, leucite- and

lithium disilicate-reinforced glass ceramics using composite resin. Brazilian Dental

Journal. 2015; 26(2):152-155.

5. Lino, JSFB. Cimentação Adesiva de Restaurações Cerâmica [dissertação]. Porto:

Universidade do Porto; 2016.

6. Pinho IV de. Protocolos de Cimentação Definitiva nas Cerâmicas Feldspáticas &

Cerâmicas Reforçadas [monografia]. Porto: Universidade Fernando Pessoa; 2015.

7. Guarda GB, Correr AB, Goncalves LS, Costa AR, Borges GA, Sinhoreti MAC, Correr-

Sobrinho L. Effects of Surface Treatments, Thermocycling, and Cyclic Loading on the Bond

Strength of a Resin Cement Bonded to a Lithium Disilicate Glass Ceramic. Operative

Dentistry. 2012; 38(2): 208-217.

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8. Soares PV, Faria NFB, Cardoso IO, Moura GF, Pereira AG. Abordagem

multidisciplinar para reabilitação estética do sorriso com laminados cerâmicos

minimamente invasivos. J Clin Dent Res. 2017;14(1):68–88.

9. Borges G, Faria J, Agarwal P, Spohr A, Correr-Sobrinho L, Miranzi B. In Vitro

Marginal Fit of Three All-Ceramic Crown Systems Before and After Cementation.

Oper Dent. 2012;37(6):641–9.

10. Queiroz RM. Cimentação adesiva de restaurações indiretas livres de metal

[monografia]. Piracicaba: Universidade Estadual de Campinas; 2014.

11. Bergoli CD. Taxa de sobrevida, carga para fratura e análise por elementos finitos de

dentes anteriores restaurados com facetas cerâmicas variando o desenho do

preparo [tese]. São José dos Campos: Universidade Estadual Paulista; 2013.

12. Bottino MA, Valandro LF, Faria R. Perception. Sao Paulo: Artes Medicas; 2009.

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ANEXO I

TERMO DE DOAÇÃO DE DENTES HUMANOS DE CIRURGIÕES-DENTISTAS

Eu, ____________________________________________, cirurgião-dentista, inscrito no

CRO_____________, com consultório situado na

______________________________________________, bairro __________________,

cidade ________________________, UF _____, CEP ___________, telefone _____________,

dôo _______ dentes para a pesquisa " AVALIAÇÃO DA LONGEVIDADE DE FACETAS

FABRICADAS EM CERÂMICA FELDSPÁTICA COM DIFERENTES ALTURAS DE PREPARO",

sob responsabilidade do graduanda ANDESSA RESTANI OLIVEIRA, sob orientação da Profª.

Drª. GRAZIELA ÁVILA PRADO GALHANO, e co-orientação da mestranda ANDRESSA RESTANI

OLIVEIRA, declarando que estes dentes foram extraídos por indicação terapêutica, cujos

históricos fazem parte dos prontuários dos pacientes de quem se originam, arquivados sob

minha responsabilidade.

________________________, ____ de ______________ de 20___.

Cirurgião dentista: ________________________________________

CRO: _________________

__________________________

Assinatura