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Faculdade de Medicina
Santo Amaro
Prof. Dr. Roberto Euzebio dos Santos
Liga de Saúde da Mulher
Caso Clínico:
• ID: PS, 34 anos, branca, casada, natural de São Paulo, procedente de Mairiporã, ensino médio completo, secretária, evangélica
• QD: aumento da barriga há 5 meses
• HPMA:
– Paciente refere aumento de volume abdominal há 5 meses, acompanhada de dor em região lombar e hipogástrica, em cólica, de forte intensidade que é aliviada com uso de butilescopolamina®.
Refere ciclos hipermenorrágicos nesse período
• ISDA:
– nega emagrecimento, perda de apetite ou astenia
– Refere polaciúria nesse período e tenesmo
• AF – Avó materna com câncer de colo uterino
– Mãe com câncer de mama
– Pai com HAS
– Nega outros casos de câncer na família
• AP – Nega comorbidades
– Nega cirurgias anteriores
– Nega tabagismo, etilismo
• AGO: – Menarca: 12 anos, ciclos irregulares há 1 ano, com
fluxo intenso, duração de 5-7 dias
– MAC: marido vasectomizado
– IAS: 18 anos
– Número de parceiros: 1
– 2G 2PN
– DUM: 26/10/2011
Ao exame:
– BEG, hipocorada+/4+, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, orientada, contactuante
– Mamas – em número de duas, simétricas, pendentes, sem tumorações ou retrações, mamilos protusos
Abdome - presença de massa palpável, de consistência firme, bordos regulares, desde o hipogastro até a cicatriz umbilical compatível com gestação de 20 semanas, móvel, não aderida a planos profundos.
A paciente apresenta dor leve à palpação profunda
– OGE: pilificação própria para idade e sexo, sem lesões
– Especular: vagina sem alterações, colo visualizado, voltado para a parede vaginal posterior, sem lesões, orifício externo puntiforme, sem sinais de sangramento ativo ou coletado
– Toque Vaginal: vagina pérvia para dois dedos, paredes rugosas e elástica, colo voltado para parede vaginal posterior, colo grosso, impérvio, de consistência fibroelástica, útero de dimensões aumentadas, abaulamento de fórnice posterior
– Ao toque bimanual, mobilidade da massa em congruência com o útero/colo uterino.
• Hipóteses diagnósticas?
• Exames subsidiários?
• Hemoglobina: 10g/dL Ht: 30%
• Plaquetas: 204.000/mm3
• Tempo coagulação: 6 minutos
• TP: 100%; TTPa: 25,6s
• Urina tipo I: normal
• Urocultura negativa
• Uréia: 23mg/dL; Creatinina: 0,7 mg /dL
USG
• Exames de imagem:
– USG rins e vias urinárias (set/2011):
Hidronefrose bilateral, nota-se volumosa imagem arredondada, em topografia anexial à esquerda, heterogênea, predominantemente hipoecóica, de limites imprecisos, ocupando praticamente toda a cavidade pélvica, extendendo-se até 2 cm acima da cicatriz umbilical, medindo 17x10x13 cm
USG
• Hipóteses diagnósticas:
– mioma subseroso
– processo expansivo ovariano
Exames trazidos pela paciente
• Marcador:
– CA 125: 65,0 U/mL (nl < 35UI/mL)
Ressonância Magnética
• Exames de imagem: – RM pelve (set/2010): útero em AVF, contornos lobulados e
dimensões aumentadas (vol 143 cm3), com miométrio heterogêneo e nódulo lateral esquerdo, mural/subseroso de 15 mm.
Volumosa formação sólida ocupando a maior parte da cavidade pélvica, lobulada e heterogênea, de 148 x 98 x 70 mm, em íntimo contato e sem apresentar nítido plano de clivagem com o útero, deslocando-o antero-lateralmente para direita, com áreas de degeneração cística/hialina de permeio.
Endométrio com espessura, contornos e intensidade normais. Ovário direito com forma e contornos normais, apresentando
corpo lúteo de 11 mm. Ovário esquerdo não caracterizado
• Conduta
– Degenerações
• Hialina
• cística
• mucóide
• vermelha
• calcificação
• gordurosa
– Transformação
• Sarcomatosa