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Projeto FEUP 2016 – MIEM: Supervisor: José Ferreira Duarte Monitor: Marco Guimarães Equipa 1M02_4: Afonso Lopes - [email protected] João Martins - [email protected] José Saraiva - [email protected] Marcelo Martins - [email protected] Ricardo Seca - [email protected] Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto A Engenharia Mecânica e os transportes – Mobilidade Individual O Automóvel Perfeito

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Projeto FEUP 2016 – MIEM:

Supervisor: José Ferreira Duarte

Monitor: Marco Guimarães

Equipa 1M02_4:

Afonso Lopes - [email protected] João Martins - [email protected]

José Saraiva - [email protected] Marcelo Martins - [email protected]

Ricardo Seca - [email protected]

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

A Engenharia Mecânica e os transportes – Mobilidade Individual O Automóvel Perfeito

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I

Resumo

O assunto deste trabalho gira em torno da idealização do “automóvel perfeito” e deixa

em aberto uma discussão sobre se será viável levar a mobilidade individual à perfeição.

Após uma pesquisa aprofundada na Internet, livros e artigos científicos, o nosso grupo

pretende analisar em pormenor a evolução dos vários constituintes do automóvel, entre eles o

sistema ABS, a suspensão, o Airbag, o motor, entre outros.

Que impacto terão estas constituintes na condução e no meio envolvente? Será possível

melhorá-los? Quais as barreiras face à otimização do automóvel em relação aos outros meios

de transporte individual? São questões às quais tentaremos responder e formular conclusões

acerca do nosso tema, o “automóvel perfeito”.

Palavras-Chave

Mobilidade Individual; Segurança; Eficiência; Conforto; Evolução; Automação;

Sustentabilidade; Inovação; Automobilismo.

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II

Agradecimentos

O nosso grupo gostaria de formalizar a nossa gratidão às entidades que nos prestaram

auxílio na elaboração deste trabalho. Primeiramente, queríamos agradecer ao professor José

Ferreira Duarte, que na qualidade de supervisor do Projeto FEUP demonstrou constante

disponibilidade, dedicação e empenho, ao longo de todo o projeto. Não poderíamos deixar de

valorizar o trabalho incansável do nosso monitor Marco Guimarães e o seu notável contributo e

experiência como aluno finalista de curso.

Por sua vez, gostaríamos de retribuir o nosso apreço por todos os docentes que

contribuíram significativamente nas palestras da semana de integração, que certamente nos

proporcionaram uma melhor ambientação a este novo contexto de faculdade.

Queríamos, por fim, agradecer em geral à comunidade administrativa da FEUP, pelos recursos

tecnológicos fornecidos para a realização deste trabalho, bem como a base de dados informática

e o sistema de citações Endnote.

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III

Índice

....................................................................................................................................................... 0

Projeto FEUP 2016 – MIEM: .......................................................................................................... 0

Equipa 1M02_4: ............................................................................................................................ 0

Resumo ........................................................................................................................................... I

Palavras-Chave ............................................................................................................................... I

Agradecimentos ............................................................................................................................ II

Índice ............................................................................................................................................ III

Lista de Figuras .............................................................................................................................. V

Glossário ....................................................................................................................................... VI

1. Introdução ................................................................................................................................. 1

2. Segurança .................................................................................................................................. 2

2.1 Sistema de Sensores ............................................................................................................ 2

2.1.1 Sensores de Cansaço do condutor ............................................................................... 2

2.1.2 Assistente de condução noturna .................................................................................. 2

2.1.3 Assistente de faixa de rodagem ................................................................................... 3

2.1.4 Sensor de colisão .......................................................................................................... 3

2.1.5 Assistente de “ângulo morto” ...................................................................................... 3

2.2 Sistemas de Segurança ........................................................................................................ 3

2.2.1 ABS ............................................................................................................................... 4

2.2.2 ASR ............................................................................................................................... 4

2.2.3 ESP ................................................................................................................................ 4

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IV

2.2.4 Airbag ........................................................................................................................... 5

2.2.5 Cintos de Segurança ..................................................................................................... 6

2.3 Automação .......................................................................................................................... 7

2.3.1 LIDAR ............................................................................................................................ 8

2.3.2 Radar ............................................................................................................................ 8

2.3.3 Sonar ............................................................................................................................ 8

2.3.4 GPS-Posicionamento .................................................................................................... 9

2.3.5 Software ....................................................................................................................... 9

3. Eficiência.................................................................................................................................. 10

3.1 Coeficiente aerodinâmico (cx) .......................................................................................... 10

3.2 Motor ................................................................................................................................ 12

3.2.1 História ....................................................................................................................... 12

3.2.2 Eficiência..................................................................................................................... 14

4. Conforto .................................................................................................................................. 15

4.1 Climatização ...................................................................................................................... 16

4.1.1 Grelhas de ventilação / Ar condicionado ................................................................... 16

4.2 Ruídos, vibração e aspereza (NVH, noise, vibration and harshness) ................................ 16

4.3 Ergonomia ......................................................................................................................... 16

4.3.1 Ajustamento de assentos, espelhos e pedais ............................................................ 16

5. Conclusões ............................................................................................................................... 17

Referências bibliográficas ........................................................................................................... 18

Referências Gráficas .................................................................................................................... 20

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V

Lista de Figuras

Figura 1 - "Medidor" de atenção com base nas informações dos sensores ................................................. 2

Figura 2 – Aviso da existência de uma viatura no “ângulo morto” .............................................................. 3

Figura 3 - Trajetória com ESP (verde), sem ESP (vermelho) .......................................................................... 5

Figura 4 – Funcionamento do AirBag ........................................................................................................... 6

Figura 5 - Cinto de 3 Pontas .......................................................................................................................... 7

Figura 6 - LIDAR ............................................................................................................................................ 8

Figura 7 - Mapa 3D ....................................................................................................................................... 8

Figura 8 - Sistema de Travagem Autónomo ................................................................................................. 9

Figura 9 - Sistema de Processamento de Informação .................................................................................. 9

Figura 10 - CX de diferentes modelos sec. XX ............................................................................................. 11

Figura 11 - Motor de Explosão ................................................................................................................... 13

Figura 12 - Funcionamento do Ciclo de Otto .............................................................................................. 13

Figura 13 - Funcionamento do Cilindro ...................................................................................................... 15

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VI

Glossário

Dispositivo de Segurança Passiva - Dispositivos de segurança cujo objetivo é o de minimizar os

efeitos de acidentes sobre os ocupantes dos veículos e peões.

Dispositivo de Segurança Ativa - Dispositivos de segurança que atuam de forma a evitar

acidentes.

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1

1. Introdução

No âmbito do projeto FEUP, iniciativa da Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto para a integração dos novos alunos e desenvolvimento das denominadas “soft skills”, foi-

nos proposto que elaborássemos um relatório que incidisse sobre o tema “A Engenharia

Mecânica e os transportes - Mobilidade individual”.

O nosso grupo, 1M02_4, optou por centrar a pesquisa no ramo automóvel por ser o

maior ícone da mobilidade individual e por ser o transporte mais comum dentro deste tema, por

conseguinte, aquele sobre o qual a Engenharia Mecânica se aplica mais. Como tal, escolhemos

o subtema “O automóvel Perfeito”, uma análise sobre o progresso e a otimização do

desempenho dos veículos individuais de quatro rodas como o meio de transporte de eleição em

Portugal.

Por questões logísticas, optamos por dispor o conteúdo dividido em vários pontos

fulcrais: Segurança, Eficiência, Conforto e Sustentabilidade; todas áreas de atividade da

Engenharia Mecânica citadas do site da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, bem

como os materiais e a automação, áreas que serão exploradas mais superficialmente por nós.

Por sua vez, será explorada em cada um dos tópicos a evolução histórica, os processos

mecânicos envolvidos, prós e contras e ainda uma perspetiva do futuro “automóvel perfeito”.

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2. Segurança

Os carros têm evoluído em todos os aspetos e a segurança não é exceção. Desde

sistemas ativos a passivos, de sistemas eletrónicos a sistemas mecânicos, todos têm vindo a ser

otimizados visando a segurança do condutor e passageiros.

2.1 Sistema de Sensores

Estas tecnologias são das mais recentes no mundo automóvel e, por isso, muitas delas

ainda estão limitadas a algumas marcas. Apesar disso, a sua normalização no futuro pode vir a

ser um fator a ter em conta no que toca à prevenção de acidentes.

2.1.1 Sensores de Cansaço do condutor

Uma das mais recentes inovações no que diz respeito a sensores, são os sensores de

cansaço (Figura 1). Apesar de não estar vulgarizado, já começa a aparecer com alguma

frequência. O funcionamento destes equipamentos, baseia-se na análise do comportamento do

condutor com base num perfil predefinido.

Figura 1 - "Medidor" de atenção com base nas informações dos sensores

No contexto da mobilidade individual pode ser uma grande ajuda uma vez que muitos

acidentes se dão por cansaço dos condutores, principalmente no retorno a casa, após o trabalho.

[1]

2.1.2 Assistente de condução noturna

Este sistema baseia-se numa câmara controlada por um software capaz de distinguir

possíveis obstáculos e capaz de destacá-los num ecrã de forma a chamar a atenção ao condutor.

[1]

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2.1.3 Assistente de faixa de rodagem

Este sensor tem a capacidade de detetar as marcas que delimitam a via e, caso o esteja

a desviar-se delas, o condutor é avisado. [2]

2.1.4 Sensor de colisão

Estes sensores são bastantes úteis no dia-a-dia das cidades, uma vez que seja detetado

um obstáculo em que haja o risco de colisão iminente, o carro trava automaticamente. Assim,

alguma possível distração do condutor pode ser compensada com a tecnologia. Esta é

especialmente desenvolvida para cidades, visto que normalmente costuma funcionar a

relativamente baixas velocidades (até 70 km/h) para obstáculos imóveis. [2]

2.1.5 Assistente de “ângulo morto”

Como o próprio nome diz, esta tecnologia tem como objetivo detetar a presença de um

automóvel no chamado “ângulo morto”. Este consiste no espaço que é coberto pelos pilares do

tejadilho e que não é visível pelo retrovisor. Muitas vezes, essa falta de informação leva a

acidentes, principalmente na manobra de ultrapassagem. Normalmente o aviso é feito por uma

luz no próprio retrovisor (Figura 2), tornando intuitivo a sua utilização. [2]

Figura 2 – Aviso da existência de uma viatura no “ângulo morto”

2.2 Sistemas de Segurança

Mais antigos que os sensores, os sistemas que se seguem surgiram no século passado e

apesar de já estarem normalizados há alguns anos, continuam a ser constantemente

melhorados. Muitas vezes estes sistemas colaboram com a eletrónica dos sensores.

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2.2.1 ABS

ABS, em português sistema anti bloqueio, surgiu no ano 1929, pelo francês Gabriel

Voisin com aplicação inicial na aviação. Sete anos mais tarde, em 1936, foi patenteado pela

empresa alemã Bosch. Porém, só nos anos sessenta é que começou a surgir esta tecnologia

aplicada aos automóveis.

O sistema, como diz a sua designação, tem como objetivo impedir o bloqueio dos

travões. Quando a aderência do pneu é inferior à força aplicada dos travões, a roda para, isto é,

a rotação das rodas não acompanha a velocidade do corpo, fazendo com que o veículo derrape.

Esta situação é resolvida pelo sistema que reduz a pressão aplicada nos travões. Resulta, então

uma travagem uniforme e sem bloqueio das rodas, mais longa, mas sem o risco de perder o

controlo da viatura.

Este foi dos primeiros sistemas de segurança a ser aplicado e vulgarizado e um dos mais

importantes na prevenção de acidentes. [3]. É muitas vezes integrado no sistema de tração

(ASR). [5]

2.2.2 ASR

ASR é o sistema de tração, que, como o próprio nome indica, é responsável por ajudar

o condutor a manter a tração do veículo.

Inicialmente surgiu nos anos 30 quando a Porsche desenvolveu os diferenciais, que

permitem que, numa curva, as rodas que fazem um raio maior possam ter, também, maior

rotação. Com o surgimento do ABS, o ASR passou a gerir não só a distribuição de potência, mas

também o controlo dos travões. [4]

O ASR atua, principalmente, em travagens (ABS), acelerações bruscas (evita a

subviragem impedindo o excesso de potência nas rodas) e nas curvas (através dos diferenciais).

[5]

Além de ter benefícios óbvios na segurança, evita o gasto dos pneus uma vez que elimina

qualquer subviragem que possa acontecer. [5]

2.2.3 ESP

O controlo de estabilidade eletrónico (ESC) é mais conhecido programa de estabilidade

eletrónico (ESP), uma vez que foi o nome dado pela empresa que o desenvolveu, a Bosch. Surgiu

em 1995, e mantém o carro na trajetória evitando despistes.

Esse processo é feito através de sensores que medem o ângulo da direção, sensores de

rotação (partilhados com ABS), aceleração e a viragem real do veículo. O sistema cruza as

informações do ângulo da direção com a viragem concreta do automóvel. Deste modo, calcula

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5

se é necessário aplicar o travão a uma das rodas ou reduzir a potência transmitida a uma das

rodas.

Assim, ESP utiliza o sistema de ABS, ASR/diferenciais, e comunica com o gestor do motor,

tornando-o, provavelmente, no sistema mais complexa de segurança ativa. [4]

Uma vez que continua a haver um contínuo desenvolvimento de sensores e tecnologias,

o ESP vai sendo melhorado de forma a alcançar ainda melhores resultados.

Figura 3 - Trajetória com ESP (verde), sem ESP (vermelho)

2.2.4 Airbag

Os airbags são dispositivos de segurança passivos implantados, atualmente, em todos

os carros. Como Luiz Esteves disse, consistem numa bolsa, saco airbag, e um gerador que face a

uma mudança abrupta da inércia geral do automóvel, ativa uma carga pirotécnica dando origem

ao enchimento do saco (Figura ), com o objetivo de evitar que os ocupantes choquem com a

estrutura do carro.

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Figura 4 – Funcionamento do AirBag

A primeira patente referente a este sistema data até 1953. No entanto, dado

vários problemas com o sistema dessa altura, o projeto foi abandonado. A maior parte destes

problemas foram resolvidos na década de 70, com a invenção de um pequeno gerador,

permitindo que, em 1981, a Mercedes lance o primeiro airbag, como opção, no Mercedes S-

Class W126. Este sistema foi aplicado como componente de série, pela primeira vez, na Ford, no

seu modelo Mondeo. [6]

2.2.5 Cintos de Segurança

O cinto de segurança é um sistema de segurança passivo. Este sistema, que atualmente

consiste do cinto de 3 pontos, têm o objetivo de reter os seus utilizadores (condutor e

passageiros) de modo a reduzir danos e outras consequências em caso de um acidente [7].

O primeiro cinto de segurança foi inventado no final do século XIX, nos Estados Unidos.

No entanto, o atualmente conhecido cinto de 3 pontos (Figura ) foi inventado, em 1959, pelo

engenheiro sueco Nills Bohlin. [8]

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Figura 5 - Cinto de 3 Pontas

Os cintos são, provavelmente, o elemento de segurança passiva que mais evitou as

mortes nas estradas, tornando a mobilidade mais segura.

Usando as palavras de Roberta Torres, se você ainda duvida que esse item seja

extremamente importante, aqui vão alguns fatos: de acordo com entidades internacionais de

segurança de trânsito, a utilização de cintos de segurança reduz em até 40% as consequências

fatais em acidentes. Estados graves como perda de visão e traumatismos são reduzidos em até

60%.

2.3 Automação

Apesar de ainda estar em desenvolvimento, os carros autónomos têm dado passos

largos para a sua comercialização. Segundo alguns especialistas cerca de 94% dos acidentes

devem-se à ação humana [10] e, assim, a diminuição da sua influência terá resultados

extremamente positivos. Além disso, o automóvel é o único transporte no enquadramento da

mobilidade individual, cuja a sua automação já é uma realidade.

As bases da automação já remetem há umas décadas atrás, tendo em 1958 a empresa

GM desenvolvido um sistema eletrónico aplicado a um Chevrolet que permitiu ao veículo

descrever uma trajetória sem o condutor tocar no volante. No entanto, o grande pico do

progresso da automação automóvel deu-se muito recentemente, tendo a Google desenvolvido

um modelo que já acumulou mais de 225.000 km apenas com a intervenção ocasional do

condutor. [17]

Hoje em dia, os modelos que têm sido desenvolvidos utilizam tecnologias inovadoras,

bem como os sistemas LIDAR, o Radar, o Sonar, o GPS e o software de processamento. [9]

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2.3.1 LIDAR

O “Laser Illuminating Detection and Ranging” (LIDAR) é um sistema que permite medir

distâncias através de um laser. Nos carros autónomos é usado para desenhar um mapa 3D e

localizar os potenciais perigos, medindo a distância do veículo ao obstáculo. No caso do carro

da Google, é usado o Velodyne 64-beam laser, um equipamento montado no tejadilho do

veículo, que oferece uma visão panorâmica ao, apoiando o sistema LIDAR numa base rotativa.

Toda a informação é processada no computador de bordo, onde também é feito o mapeamento.

[9]

2.3.2

Radar

Este equipamento tem a capacidade de calcular com precisão a velocidade de veículos

próximos em tempo real. O sistema é composto por dois pares de sensores, um no para choques

frontal, outro no traseiro. O radar evita as colisões, enviando sinais ao processador central,

através do qual são ativados os travões ou se procede uma mudança de direção para contornar

o objeto. Esta unidade trabalha em conjunto com outros sistemas, bem como o LIDAR, o sensor

de orientação e os conta-rotações nas rodas, para que as informações sejam mais precisas

quando chegam ao processador central. [9]

2.3.3 Sonar

Sistema que é responsável por ativar os travões, bloquear os cintos de segurança e

proceder ao desvio dos obstáculos, sempre que possível. Cruza a informação do radar e do LIDAR

e dá uma resposta imediata. [9]

Figura 6 - LIDAR Figura 7 - Mapa 3D

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Figura 8 - Sistema de Travagem Autónomo

2.3.4 GPS-Posicionamento

A Google utiliza o seu próprio sistema de mapas, bem como satélites GPS, unidades de

medida de inércia, e um conta-rotações para determinar a velocidade de deslocamento e as

câmaras de bordo para reconhecimento da via. Todos estes sistemas trabalham em conjunto

para determinar com precisão a posição relativa veículo a gestão do trânsito, as obras na via e

os acidentes. [9]

2.3.5 Software

Para além de permitir deteção e contorno dos objetos, o software está preparado para

identificar semáforos e respeitar os sinais de trânsito. O sistema de aprendizagem baseia-se em

circulações anteriores. [9]

Figura 9 - Sistema de Processamento de Informação

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10

3. Eficiência

Apesar de todos os esforços para reduzir a segurança, também a eficiência é uma grande

aposta das marcas. Com esse objetivo a indústria automóvel é das que mais investe no sentido

de reduzir as emissões de CO2. Deste modo a utilização deste transporte na mobilidade

individual reduz a sua pegada ambiental, tornando as cidades menos poluídas.

3.1 Coeficiente aerodinâmico (cx)

O coeficiente aerodinâmico ou coeficiente de arrasto é a resistência que um corpo

oferece a um fluído, neste caso o ar. [12]

No início do século XX a preocupação com a aerodinâmica por parte dos engenheiros

era reduzida ou até mesmo inexistente. Uma vez que os veículos circulavam a velocidades

reduzidas, também a resistência do ar não era tão relevante. [11]

Na década de 20, começaram a surgir projetos com preocupação aerodinâmica

baseados em formas da natureza, como a gota de água e as aves [13]. Este “epílogo” da

aerodinâmica deu-se pelo aumento das velocidades máximas dos veículos, se bem que ainda

reduzidas com os parâmetros de hoje, e com a possibilidade de diminuir a potência do motor

para manter a velocidade. [11]

O início do design visando a eficiência surgiu na década de 50, quando a

tecnologia testada e usada nas corridas começou a ter aplicação nos automóveis para venda.

Mais tarde, já na segunda metade dos anos 60, com o surgimento das autoestradas, os

engenheiros aperceberam-se de que os níveis sonoros provocados pelas altas velocidades, e,

assim, com vista à resolução desse problema foram dados passos importantes no que toca ao

desenho da máquina. [11]

A partir da década de 80, começaram a surgir os túneis de vento e os computadores.

Estes dois recursos têm sido desde então fundamentais para que se consiga cada vez mais

reduzir o atrito do ar. Uma prova da importância do design como processo para aumentar a

eficiência são os grandes departamentos de design das marcas, passando do papel, ao

computador, aos testes em escalas reduzidas em argila até chegar aos testes com o carro final,

pronto a ser produzido em massa. [11]

Toda esta evolução da aerodinâmica permite aos automóveis fazer melhores consumos

e maiores velocidades com motores menos potentes, basicamente permite uma maior

eficiência. No fundo, só melhora o transporte pessoal, uma vez que não é necessário tanto

dinheiro para combustível e até o conforto é melhorado no que toca aos níveis sonoros e de

poluição. [11]

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Figura 10 - CX de diferentes modelos sec. XX

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3.2 Motor

3.2.1 História

O motor é um sistema material que transforma variados tipos de energia,

nomeadamente hidráulica, química ou elétrica, em energia mecânica. É a principal peça do

automóvel que está destinada a produzir o movimento do automóvel. Os primeiros motores

apareceram por apareceram por volta do século I a.C., servindo-se da energia de uma massa de

água em queda para a usar como força motriz. Esta energia está disponível como trabalho útil

no eixo da máquina, que antigamente era a roda hidráulica. Nos dias de hoje, essa peça é

denominada de turbina. A criação do motor respondeu à necessidade da realização de trabalhos

que a força física e manobrabilidade tanto dos animais como do Homem não conseguiam

completar.

Em 1712, aparece o primeiro motor a vapor com pistões e cilindros com relativa

eficiência (Thomas Newcomen). No entanto, por volta de 1782, James Watt apresenta uma

solução idêntica, mas com melhor rendimento. Em 1859, Etienne Lenoir cria o primeiro motor

de combustão interna, e foi uma questão de 2 décadas até Nikolaus Otto criar o famoso motor

a 4 tempos. Já em 1892, Rudolf Diesel apareceu com um motor que funciona com combustível

sujeito a altas pressões. Na prática, seria o motor mais eficiente até à época.

Atualmente, a variedade, finalidade e especificidade de cada tipo de motor é cada vez

maior e mais vasta. Ao nosso dispor, nos dias correntes, temos motores de combustão interna,

de explosão, de reação ou foguete, elétricos, térmicos, de arranque, de pólvora, a vapor,

hidráulicos, eólicos, entre outros. Os mais comuns seriam os de combustão interna e explosão,

que apesar de serem bastante complexos, o seu modo de funcionamento é

surpreendentemente simples. São pistões que sobem e descem em 4 fases distintas devido às

explosões causadas pelo combustível inserido nos cilindros pelos injetores. Essa energia

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cinética é enviada para os eixos do automóvel, permitindo o seu movimento independente.

Figura 11 - Motor de Explosão

Os motores de explosão mudaram muito desde o primeiro Mercedes-Benz de 1898 ou

o Ford-T, o pioneiro na produção automóvel em série. Antigamente os cilindros eram

significativamente maiores e mais lentos, ao invés dos mais rápidos e pequenos que são usados

atualmente. Os motores nos dias de hoje ocupam muito pouco espaço e são mais potentes,

obtendo uma potência 40 vezes superior à do Mercedes-Benz centenário.

Figura 12 - Funcionamento do Ciclo de Otto

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No entanto, hoje em dia, a otimização dos processos energéticos ocorrentes num

veículo é tema de grande importância no campo da Engenharia Automóvel, e grande parte

destes motores apresentam rendimentos demasiado baixos e altos níveis de poluição. [18]

3.2.2 Eficiência

3.2.2.1 Turbocompressor

O turbocompressor é um “tipo de sistema de indução forçada”. Este mecanismo

comprime o ar que flui no motor para que o fluxo de ar em cada cilindro seja superior à

quantidade de ar aspirada normalmente. Quanto maior a quantidade de ar, maior a quantidade

de combustível que pode ser adicionado, resultando numa maior libertação de energia a cada

ciclo de Otto. Este dispositivo aproveita o fluxo de gases de escape do motor para fazer rodar

uma turbina que, por sua vez, faz girar um compressor. As altas temperaturas são normais neste

processo, devido às altas velocidades com que estas turbinas giram. O turbocompressor é, no

fundo, um sistema de reaproveitamento dos gases não-úteis que são expelidos do motor,

aumentando desta forma a eficiência do motor consideravelmente. [19]

3.2.2.2Híbridos

Os veículos híbridos conciliam as facilidades do motor de combustão interna com as

vantagens do motor elétrico, tendo como objetivo a diminuição drástica do consumo e das

emissões de CO2 do automóvel, podendo estas chegar a valores nulos em cidade, e em estrada,

por meio da combinação dos dois motores, obtendo assim um consumo consideravelmente

mais baixo.

Nos híbridos, o motor elétrico tanto assume o papel fulcral na movimentação do veículo

enquanto o motor a gasolina fica em repouso, só sendo utilizado quando estritamente

necessário (híbridos-série), como pode um mecanismo de ajuda ao motor a gasolina, reduzindo

o consumo em cerca de 20 % (híbridos-paralelos). Muitos veículos possuem as duas funções,

mais concretamente os híbridos mistos.

Este tipo de motores encontra-se associado a sistema como a travagem regenerativa,

em que o motor se “transforma” num gerador, recarregando as baterias do automóvel

dependendo do movimento das rodas; a assistência à tração do motor elétrico, onde este auxilia

o motor a gasolina em momentos de maior esforço, como ultrapassagens e acelerações. Em

rotas citadinas, o motor elétrico muitas vezes toma total controlo da tração do carro, dado a

baixa eficiência do motor a combustão interna neste tipo de rotas; e, por fim, o sistema de

paragem automática, que, quando o carro está em ralentí, isto é, num movimento mais lento,

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os motores desligam-se momentaneamente para economizar e otimizar a autonomia do veículo

em geral. [20]

3.2.2.3 Outros conceitos de motor

Como é apanágio na atualidade, o desenvolvimento tecnológico é cada vez mais

promovido, fomentando o aparecimento de tecnologia de ponta extremamente vanguardista.

Um exemplo disso é o sistema de pistão livre e gerador linear que a Toyota está a desenvolver.

Basicamente, a cambota deixa de existir no veículo e o pistão passa a ser um gerador, uma vez

que o pistão é composto por vários ímanes permanentes rodeados por um campo elétrico na

sua parte inferior. Sendo um motor a 2 tempos, aquando da explosão do combustível, os ímanes

vão mudar de posição, causando uma variação do fluxo magnético criando energia elétrica. Os

injetores são operados eletricamente para maior rendimento. [21]

Figura 13 - Funcionamento do Cilindro

Outro exemplo, mais relacionado com a termodinâmica, é um nanomotor que está a ser

desenvolvido em institutos alemães e noruegueses, onde se projeta um motor térmico feito com

um único ião, demonstrando uma eficiência altíssima. Por meio da manipulação das leis da

Termodinâmica a escalas muito pequenas, “um ião pode agir basicamente como um pistão e um

eixo de transmissão, por outras palavras, representar um motor inteiro”. Apesar de este

conceito estar numa fase demasiado microscópica, não é razão para o desconsiderar a médio

prazo, dada a notável explosão tecnológica que tem vindo a ocorrer ao longo das últimas

décadas. [22]

4. Conforto

É evidente que a confortabilidade não corresponde à maior preocupação da indústria

automóvel, no entanto, este é um fator que também tem evoluído com o aparecimento de

novas tecnologias.

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4.1 Climatização

Corresponde às condições de conforto ambiental no interior do veículo, no que diz

respeito à temperatura e humidade.

4.1.1 Grelhas de ventilação / Ar condicionado

É fundamental uma boa distribuição de ar num automóvel. Entre os vários fatores

importantes que contribuem para a Qualidade do Ar Interior (QAI) há três, em particular, que

uma boa distribuição do ar deve garantir em todo o espaço ocupado:

Velocidade residual do ar entre 0,05 e 0,20 m/s

Temperatura ambiente entre 23 e 25ºC

Nível de pressão sonora máximo 40 dB(A)

4.2 Ruídos, vibração e aspereza (NVH, noise, vibration and harshness)

A NVH é a impressão tátil e auditiva do motorista em relação ao veículo. Estas

impressões são geradas por componentes em fricção, em vibração ou em rotação ou por outros

aspetos como o vento. Um engenheiro de NVH procurará eliminar as más características de

ruídos, vibração e dureza de um automóvel. [14]

4.3 Ergonomia

Ergonomia é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre

seres humanos e outros elementos de um sistema a fim de otimizar o bem-estar humano e o

desempenho geral de um sistema. A acomodação dos ocupantes de um veículo, de entrada e

saída, campo de visão do motorista, acesso aos pedais, volante e outros controlos são fatores

essenciais para a produtividade do funcionamento do sistema condutor-carro. [14]

4.3.1 Ajustamento de assentos, espelhos e pedais

Os assentos elétricos dos bancos dos automóveis surgiram para dar mais comodidade

aos utilizadores, tornando mais simples os métodos de regulação existentes anteriormente.

Assim, os botões vieram substituir as alavancas de sistema manual. [15]

Uma das vantagens do sistema elétrico é que o condutor tem mais facilidade em ajustar

a altura do assento e a inclinação do encosto. [15]

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5. Conclusões

Após um longo trabalho de pesquisa e seleção de factos relevantes à discussão de

resultados, encontramo-nos na posição de afirmar que o denominado “automóvel perfeito” está

relativamente próximo. É discutível o facto de este se considerar um conceito utópico, mas é

facto que o progresso tecnológico nos tem permitido elevar cada vez mais esse patamar.

No fim do trabalho, é mais que evidente que o automóvel é o mais desenvolvido dos

transportes individuais e que são cada vez menos os fatores de contra-argumentação, inclusive

na segurança (Ex: sistemas de segurança ativos e passivos), na eficiência (Ex: aerodinâmica) e no

conforto (Ex: automação).

Como área de enorme abrangência, os conhecimentos de Engenharia Mecânica são

influentes na investigação e desenvolvimento da construção automóvel. Esta por si só exige os

mais diversificados conhecimentos resultando num produto útil, confortável, progressivamente

mais seguro e ecológico, revelando-se “o veículo” com maior impacto na mobilidade individual.

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[3] Circula Seguro, ABS; Acedido a 8 de outubro de 2016 -

http://www.circulaseguro.pt/seguranca-activa/o-que-e-o-abs

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[7] - Educação Rodoviária. 2011. “Cinto de Segurança”. Acedido a 9 de outubro de 2016.

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[10] 9to5Google; Acedido a 7 de outubro de 2016 -

https://9to5google.com/2016/09/23/googles-self-driving-car-was-today-in-what-appears-to-

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[11] Autoevolution; Acedido a 7 de outubro de 2016 -

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[12] Technical Courses; Acedido a 7 de outubro de 2016 -

http://www.technicalcourses.net/portal/es/blog/blog_entrada.php?entrada_id=89

[13] Auto.HowStuffWorks; Acedido a 7 de outubro de 2016 -

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[14]Contimetra Ar condicionado; Acedido a 9 de outubro de 2016 -

http://www.contimetra.com/Paginas/ArCondicionado/Difusao/Difusao.aspx

[15] Wikipédia, Engenharia automóvel; Acedido a 9 de outubro de 2016 -

https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_autom%C3%B3vel

[16] Economia.terra; Acedido a 9 de outubro de 2016 -

https://economia.terra.com.br/carros-motos/meu-automovel/bancos-eletricos-deixam-

assento-do-carro-mais-confortaveis,25a6c59d52422410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html

[17] Wired; Acedido a 9 de outubro de 2016 - https://www.wired.com/2012/02/autonomous-

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[18] Classroom; Acedido a 8 de outubro de 2016 - http://classroom.orange.com/pt/motores-

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[19] Carros.uol; Acedido a 8 de outubro de 2016 -

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[20] APVE; Acedido a 8 de outubro de 2016 -

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[21] Extreme Tech; Acedido a 7 de outubro de 2016 -

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[22] Blog da Engenharia; Acedido a 8 de outubro de 2016 -

http://blogdaengenharia.com/fisicos-alemaes-projetam-o-motor-mais-eficiente-mundo/

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Referências Gráficas

Figura 1 –

http://www.mercedes-

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/new_cars/models/c-class/_c204/facts_/safety.html

Figura 2 –

http://www.mercedes-

benz.pt/content/portugal/mpc/mpc_portugal_website/ptng/home_mpc/passengercars/home

/new_cars/models/c-class/_c204/facts_/safety.html

Figura 3 –

https://autoescuelavilladeaviles.com/2013/03/18/evolucion-de-los-sistemas-de-seguridad-

para-los-vehiculos-a-lo-largo-del-tiempo/

Figura 4 - http://professorandrios.blogspot.pt/2011/10/tecnologia-do-air-bag.html

Figura 5 - http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-706495921-cinto-de-seguranca-3-pontos-

retratil-santana-apollo-voyage-_JM

Figura 6 - https://www.flickr.com/photos/jurvetson/4042817787/in/photostream/

Figura 7 - https://www.flickr.com/photos/jurvetson/4042844691/in/photostream/

Figura 8 -

https://en.wikipedia.org/wiki/Collision_avoidance_system#/media/File:Collision_Warning_Bra

ke_Support.jpg

Figura 9 -

https://www.flickr.com/photos/jurvetson/4041963434/in/photostream/

Figura 10 - http://www.technicalcourses.net/portal/es/blog/blog_entrada.php?entrada_id=89

Figura 11 - https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Model_T_engine

Figura 12 - https://www.quora.com/How-do-two-stroke-engines-differ-from-four-stroke-

engines

Figura 13 - http://www.extremetech.com/extreme/185789-toyota-develops-high-efficiency-

free-piston-no-crankshaft-combustion-engine-to-power-an-ev