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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL “JORNALISTA ROBERTO MARINHO” DE PRESIDENTE PRUDENTE ASSESSORIA DE IMPRENSA PARA UMA INSTITUIÇÃO DO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO SOBRE SUAS NECESSIDADES BRUNO LOZZI DA COSTA ELAINE DA SILVA GUILHERME MARTINS DA SILVA JACQUELINE BARRETO BROGIATO JONATHAN APARECIDO MAIA Presidente Prudente SP 2016

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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL “JORNALISTA ROBERTO MARINHO”

DE PRESIDENTE PRUDENTE

ASSESSORIA DE IMPRENSA PARA UMA INSTITUIÇÃO DO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO SOBRE SUAS NECESSIDADES

BRUNO LOZZI DA COSTA ELAINE DA SILVA GUILHERME MARTINS DA SILVA JACQUELINE BARRETO BROGIATO JONATHAN APARECIDO MAIA

Presidente Prudente – SP 2016

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL “JORNALISTA ROBERTO MARINHO”

DE PRESIDENTE PRUDENTE

ASSESSORIA DE IMPRENSA PARA UMA INSTITUIÇÃO DO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO SOBRE SUAS NECESSIDADES

BRUNO LOZZI DA COSTA ELAINE DA SILVA GUILHERME MARTINS DA SILVA JACQUELINE BARRETO BROGIATO JONATHAN APARECIDO MAIA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho”, Universidade do Oeste Paulista, como requisito parcial para a sua conclusão. Área de concentração: Jornalismo Orientador: Prof. Ms. Homéro Ferreira

Presidente Prudente – SP 2016

BRUNO LOZZI DA COSTA ELAINE DA SILVA

GUILHERME MARTINS DA SILVA JACQUELINE BARRETO BROGIATO

JONATHAN APARECIDO MAIA

Assessoria de Imprensa para uma instituição do Terceiro Setor: um estudo sobre suas necessidades

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho”, Universidade do Oeste Paulista, como requisito parcial para a sua conclusão. Área de concentração: Jornalismo Presidente Prudente, 13 de junho de 2016

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________ Prof. Dr. Roberto Aparecido Mancuzo Silva Junior - Presidente

_____________________________________________________ Prof. Ms. Fabiana Aline Alves - Membro

_____________________________________________________ Prof. Ms. Homéro Ferreira - Orientador

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho, primeiramente, a Deus que nos permitiu vivenciar esse momento único e muito importante em nossas vidas, em que pudemos aprender e compartilhar experiências com amigos de turma e professores.

Dedicamos aos nossos pais pelo amor incondicional, por sempre nos apoiarem e por nos ajudarem durante o período acadêmico.

Dedicamos aos nossos familiares, namorados e namoradas, e aos amigos que, em todos os momentos, nos deram forças e nos auxiliaram para que chegássemos até aqui.

Por fim, e não menos importante, dedicamos um carinho especial ao nosso professor e mestre Homéro Ferreira que, desde o início, durante a apreciação do nosso pré-projeto, confiou em nossas ideias e acreditou em nosso potencial, nos orientando no decorrer dos meses com sua determinação e conhecimento na prática jornalística.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos nossos pais e padrastos: Rosalina e Nelson, Valdemir e Aparecida, Eva e Eraldo, Antonia e Laércio, Sueli e Ricardo, e Edinalva e Cícero; aos nossos irmãos Karine e André, Evani, Renan, e Gisele e Josiane; aos nossos avós: Margarida, Isaura, Aparecida e Manoel, e Dalma; e aos nossos namorados e namoradas: Tháira, Renato e Gabriel, por fazerem parte de nossas vidas e estarem sempre conosco.

Agradecemos ao nosso professor e orientador Homéro Ferreira e aos demais professores, com os quais aprendemos muito no decorrer do curso: Carolina Zoccolaro Costa Mancuzo, Cássia Popolin, Daniela de Cássia Gamonal Marcato, Deize Denise Ponciano, Éder Canziani, Édima de Souza Mattos, Fabiana Aline Alves, Giselle Tomé da Silva, Igor Costa Palo Mello, João Paulo Nunes, Josué Pantaleão da Silva, Lêda Márcia Litholdo, Mariângela Barbosa Fazano Amendola, Marcelo José da Mota, Marlon de Souza, Munir Jorge Felício, Paulo Henrique de Barros Miguel, Renato Pandur Maria, Roberto Aparecido Mancuzo Silva Júnior, Tchiago Inague Rodrigues, Thaísa Sallum Bacco, Thiago Zuniga Ferri e Wagner Aparecido Caetano pela dedicação, paciência e amizade que tiveram por cada um de nós no decorrer do curso, bem como aos professores: Maria Luísa Hoffmann e Rogério do Amaral pela atenção especial nessa última etapa do nosso período letivo.

Também agradecemos aos funcionários do Educandário: Sirlei, Neusa, Sandra e todos os outros, que sempre nos receberam muito bem e ajudaram de maneira incondicional.

Temos a plena consciência de que chegamos até aqui por meio do apoio, do conhecimento e da perseverança de cada um acima mencionados.

“Felizes são aqueles que conseguem transpassar a cortina do seu dinheiro, status social e títulos acadêmicos e se apaixonar pela vida, enxergando que cada ser

humano é um ser único no palco da existência. Para esses, cada dia é um novo dia.”

Augusto Cury

RESUMO

Assessoria de imprensa para uma instituição do terceiro setor: um estudo sobre suas necessidades

O trabalho em questão, intitulado “Assessoria de Imprensa para uma instituição do terceiro setor: um estudo sobre suas necessidades” tem o objetivo de analisar as necessidades de Assessoria de Imprensa para o Educandário São José, de Santo Anastácio (SP). A pesquisa de natureza qualitativa, com base em estudo de caso, estabelece a coleta de dados mediante pesquisa bibliográfica, entrevista semiestruturada e análise documental, com referencial em Assessoria de Imprensa e Terceiro Setor. A análise descritiva, mediante a seleção dos fatos e a construção de categorias, visa elucidar o problema, a hipótese e os objetivos promovendo a contextualização: Educandário e Assessoria de Imprensa, dos pontos de vista sociocultural e comunicacional. A problematização se dá a partir do questionamento de como o serviço de Assessoria de Imprensa pode contribuir para ampliar a visibilidade do Educandário em Santo Anastácio, no sentido de fortalecer a imagem institucional e, assim, colaborar com a manutenção de sua identidade. Diante da hipótese inicial de que essa Instituição não recebe da população local a devida percepção de sua importância social, por falta de ações mais efetivas em projetar os serviços prestados na busca de construção da cidadania para seus assistidos, este estudo se volta para analisar a origem, o histórico e o organograma da organização; suas ações de atendimento socioeducacional e as contribuições voluntárias para a manutenção de suas atividades; e por fim, produzir experimentalmente o serviço de Assessoria de Imprensa e avaliar o seu impacto para o Educandário.

Palavras-chave: Assessoria de Imprensa. Terceiro Setor. Educandário São José. Santo Anastácio.

ABSTRACT

Press office for a third sector institution: a study of the needs

This article aims to assess the needs of having a press office in a philanthropic institution named “Educandário São José”, from Santo Anastacio (SP). The qualitative research is based on case studies, provides data collection by means of bibliographical research, semi-structured interview and document analysis, referenced in Media Relations and Third Sector. The descriptive analysis made by the selection of facts and the construction of categories, aims to elucidate the problem, the hypothesis and objectives promoting contextualization: Educandário and Press, the points of sociocultural and communicational view. The problem occurs from the question of how the press office service can help to increase the visibility of the institution in Santo Anastacio, in order to strengthen the institutional image and so contribute with maintaining of their identity. Before the initial hypothesis that this institution does not receive of the local population due perception of their social importance, for lack of more effectives actions in designing the provide services aimed at the construction of citizenship to their beneficiaries, this study turns back to analyze the source, the history and the organigram of the Organization; the social and educational care actions and voluntary contributions for the maintenance of its activities; and finally experimentally produce the Press Office service and assess its impact on the institution.

Keywords: Press Office. Third Sector. Educandário São José. Santo Anastácio.

LISTA DE SIGLAS

AI - Assessoria de Imprensa

ALESP - Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo ANECI - Associação Nacional das Empresas de Assessoria de Imprensa e

aComunicação Social APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais BPC - Benefício de Prestação Continuada CAPS - Centro de Atenção Psicossocial CEI - Centro de Educação Infantil CLT - Consolidações das Leis Trabalhistas CMAS - Conselho Municipal da Assistência Social CMDR - Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMI - Conselho Municipal do Idoso CMS - Conselho Municipal da Saúde CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social COMED - Conselho Municipal da Educação CONSEG - Conselho Comunitário de Segurança CRAS - Centro de Referência da Assistência Social CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social CT - Conselho Tutelar DEIPS - Departamentos Estaduais de Imprensa e Propaganda DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda DNP - Departamento Nacional de Propaganda DPPC - Departamento de Propaganda e Difusão Cultural EE - Escola Estadual ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente ESF - Estratégia da Saúde da Família EMBRAPA EMEI

- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Escola Municipal de Ensino Infantil

EMEF - Escola Municipal de Ensino Fundamental EMUBRA - Enciclopédia dos Municípios Brasileiros FACOPP - Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente FP - Família Pipa Ir - Irmã IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LDB - Lei de Diretrizes Básica da Educação LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social MDS - Ministério do Desenvolvimento Social NOB - Norma Operacional Básica NOB RH - Norma Operacional Básica de Recursos Humanos OAB - Ordem dos Advogados do Brasil ONG - Organização não governamental ONU - Organização das Nações Unidas OS - Organizações Sociais OSC - Organizações da Sociedade Civil OSCIP - Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público PAF - Programa Atleta do Futuro Pe - Padre

PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência PROEXT - Pró-Reitoria de Extensão e Ação Comunitária RC - Rotary Club RTC - Rotaract Club SAICA - Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes SAP - Secretaria da Administração Penitenciária SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SESI - Serviço Social da Indústria SGD - Sistema de Garantia de Direitos SUS - Sistema Único de Saúde SUAS - Sistema Único de Assistência Social SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos SSVP - Sociedade São Vicente de Paulo TCC - Trabalho de Conclusão de Curso UBS - Unidade Básica de Saúde UNESCO - Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a

a-cultura UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - Certificados e Registros da Congregação............................ 38 QUADRO 2 - Certificado e Registros do Educandário............................... 45 QUADRO 3 - Diretoria................................................................................... 48 QUADRO 4 - Conselho Fiscal....................................................................... 48 QUADRO 5 - Espaço Físico do Educandário............................................... 49 QUADRO 6a - Funcionários Efetivos.............................................................. 50 QUADRO 6b - Demais funcionários que atuam no Educandário................... 51 QUADRO 6c - Voluntariado............................................................................ 52 QUADRO 7 - Fontes de Recursos do Educandário...................................... 52 QUADRO 8 - Avaliação dos releases enviados............................................ 55

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA............................................ 15 2.1 Problematização................................................................................ 15 2.2 Objetivos............................................................................................ 16 2.2.1 Objetivo geral...................................................................................... 16 2.2.2 Objetivos específicos.......................................................................... 17 2.3 Justificativas...................................................................................... 17 2.4 Metodologia....................................................................................... 18 3 ASSESSORIA DE IMPRENSA........................................................... 21 3.1 Surgimento da Assessoria de Imprensa......................................... 21 3.2 Assessoria de Imprensa no Brasil................................................... 22 3.3 Planejamento da Assessoria de Imprensa..................................... 24 3.4 Produtos e Serviços.......................................................................... 26 4 TERCEIRO SETOR............................................................................. 33 4.1 Terceiro Setor no Mundo.................................................................. 33 4.2 Terceiro Setor no Brasil.................................................................... 34 4.3 Terceiro Setor em Santo Anastácio................................................. 35 5 PRÁTICAS DE ASSESSORIA............................................................ 37 5.1 Análise................................................................................................ 37 5.1.1 A Congregação Filhas de Maria Missionárias..................................... 37 5.1.1.1 Início de atuação no Brasil.................................................................. 38 5.1.1.2 Uma perspectiva de Santo Anastácio e a importância da Instituição. 40 5.1.2 O Educandário São José.................................................................... 43 5.1.2.1 Finalidades e objetivos sociais estatutários....................................... 45 5.1.2.2 Ações de intervenção.......................................................................... 45 5.1.2.3 Diretoria............................................................................................... 48 5.1.2.4 Estrutura de funcionamento................................................................ 49 5.1.2.5 Ambiente físico.................................................................................... 49 5.1.2.6 Recursos humanos............................................................................. 50 5.1.2.7 Recursos financeiros........................................................................... 52 5.2 Adaptação.......................................................................................... 53 5.2.1 Plano de divulgação............................................................................ 53 5.2.2 Mailing list............................................................................................ 53 5.3 Ativação............................................................................................. 54 5.4 Avaliação........................................................................................... 54 6 MEMORIAL DESCRITIVO................................................................. 58 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................... 69 REFERÊNCIAS................................................................................... 71

ANEXOS............................................................................................. 73 ANEXO A – DIÁRIO OFICIAL............................................................ 74

ANEXO B – REPORTAGEM MAIS ANTIGA DO EDUCANDÁRIO QUE HÁ ARQUIVADA PELA INSTITUIÇÃO.....................................

76

ANEXO C – AUTORIZAÇÃO PARA ASSESSORIA DE IMPRENSA 78 ANEXO D – RELATÓRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO................ 80 ANEXO E – CLIPPING IMPRESSO................................................... 87

ANEXO F – CLIPPING ELETRÔNICO............................................... 99

ANEXO G – ENTREVISTAS............................................................... 106

ANEXO H – FOTO DO GRUPO......................................................... 120

ANEXO I – NOTÍCIA SOBRE PRESÍDIO EM ANASTÁCIO.............. 122 ANEXO J – CONGRATULAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE

SANTO ANASTÁCIO.......................................................................... 124

APÊNDICES....................................................................................... 127 APÊNDICE A – PLANOS DE DIVULGAÇÃO DO EDUCANDÁRIO

SÃO JOSÉ.......................................................................................... 128

APÊNDICE B – MAILING LIST.......................................................... 136

APÊNDICE C – FOTOS DA 3ª FESTA DO PASTEL......................... 138

APÊNDICE D – PAUTAS................................................................... 142

APÊNDICE E – RELEASES............................................................... 149 APÊNDICE F – FACEBOOK ANTES E DEPOIS DA

ATUALIZAÇÃO................................................................................... 155

APÊNDICE G – CLIPPING DE PUBLICAÇÕES NO FACEBOOK........................................................................................

158

13

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de Assessoria de Imprensa (AI) possui cadastro na

Pró-Reitoria de Extensão e Ação Comunitária (PROEXT) e aprovação como Ação

Extensiva, já que tem caráter social. A assessoria é prestada ao Educandário São

José, uma instituição sem fins lucrativos, que se preocupa com a construção da

cidadania de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A

importância de divulgar os trabalhos que a mesma realiza se dá pelo fato de que, à

medida que a sociedade conhece os projetos, ela avalia o que está sendo feito.

Em relação à temática a ser estudada, a AI é uma atividade dentro do

Jornalismo Empresarial que visa gerar estratégias e desenvolver ações com o

objetivo de melhorar a comunicação de uma organização com o público externo, isto

é, pessoas não ligadas diretamente a ela, de modo a informa-las através da mídia

sobre assuntos que sejam de interesse público. A AI, sobretudo, pode ser definida

como um elo entre as organizações e os veículos de comunicação.

Sendo assim, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como

objetivo o estudo sobre as necessidades de comunicação do Educandário, enquanto

instituição de Terceiro Setor da cidade de Santo Anastácio (SP), e promover

atividade de campo com a prática do serviço de AI para divulgar os trabalhos sociais

prestados, bem como o atendimento a 140 crianças e adolescentes.

A intenção dos autores desta pesquisa é entender, de fato, a eficácia

de um trabalho jornalístico na área de AI, sob a hipótese de que o serviço possa

refletir no fortalecimento da imagem institucional e na manutenção de sua

identidade. A situação problema consiste no questionamento sobre a maneira em

que tal atividade pode interferir positivamente na imagem das organizações, tendo

em vista que elas precisam ir além do fazer, isto é, devem divulgar o que fazem para

que sejam reconhecidas e legitimadas pela população.

Esta pesquisa propõe um estudo teórico sobre a área de atuação em

AI e a parte prática que inclui produções jornalísticas para inserções na mídia local e

regional. O grupo também faz a proposta de atualização e gerenciamento do perfil

que o Educandário possui no Facebook, cuja aplicação no Jornalismo Empresarial

se justifica pelo poder de comunicação com o público interno e externo – ainda que

não seja uma ferramenta da AI.

14

O capítulo 2 trata da metodologia para a realização do estudo, tal como

sua abordagem, os mecanismos utilizados para a coleta de dados e a técnica

utilizada na análise dos resultados. Os capítulos 3 e 4, que se valem da

Fundamentação Teórica, abordam, respectivamente, AI e Terceiro Setor: sendo o

primeiro a temática da pesquisa, e o segundo a segmentação de mercado escolhida

para se trabalhar.

Por fim, os capítulos 5 e 6 tratam a fundo sobre a Instituição estudada

e o trabalho prático realizado dentro e fora da mesma. No Memorial Descritivo

constam todas as etapas do trabalho, especialmente as de produção em AI, o que

resultou em publicações de notícias na mídia local e regional. Também constam as

impressões pessoais que os pesquisadores tiveram durante os estudos teóricos e

práticos.

15

2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

O trabalho que uma Instituição de Terceiro Setor desenvolve segundo

Fernandes (2005, p.25), depende de “um conjunto complexo de adesões e

contribuições igualmente voluntárias”. Portanto, promover a visibilidade midiática

desse tipo de organização, além de tornar suas ações conhecidas, visa à exposição

do assessorado de modo que obtenha opinião pública favorável da sociedade. No

entanto, para que resultados sejam alcançados, torna-se necessário que a

comunicação organizacional seja realizada mediante um estudo prévio.

Neste capítulo são levantadas questões que norteiam o trabalho e sua

problematização; os objetivos pretendidos; a importância deste estudo para o

Educandário, o que se dá em caráter inédito; e os caminhos percorridos para que a

pesquisa seja desenvolvida.

2.1 Problema

Conforme a coordenação do Educandário São José, o mesmo é uma

instituição filantrópica, voltada para o atendimento de crianças e adolescentes em

situação de vulnerabilidade, sendo a mais antiga do município de Santo Anastácio,

localizado no interior do Estado de São Paulo, nessa segmentação. Atualmente,

atende a 140 crianças e adolescentes em contra turno escolar, desenvolvendo

atividades sociais, ambientais, culturais, pedagógicas, artísticas e esportivas, tudo

com base em uma educação cristã. Os beneficiados pelos projetos têm

programações todos os dias e, além disso, recebem diariamente duas refeições,

além da higiene pessoal. O atendimento é realizado em dias úteis, das 8h às 11h45

e das 13h às 17h.

Os recursos financeiros para que consiga atender as crianças e

adolescentes, como poderá ser observado no Quadro 5, advêm de doações da

população local, subvenções dos governos municipal e estadual, e de eventos que

realiza, como é o caso da Festa do Pastel que em 2016 teve sua terceira edição.

Também utiliza outros meios para arrecadar fundos: o brechó de

roupas, agasalhos e calçados que funciona toda quinta-feira; rifas que são

organizadas esporadicamente; móveis, doados pela população, que revende; e

verduras e legumes produzidos em sua horta: uma produção orgânica implantada há

16

mais de 30 anos, em uma área de aproximadamente três mil metros quadrados, que

além de ser vendido à população também abastece as refeições das crianças, dos

adolescentes e das próprias Irmãs que residem no Educandário.

Para o funcionamento do Educandário existem funcionários

contratados, bem como profissionais que atuam na Instituição através de serviços,

programas e projetos parceiros (como poderá ser observado no Quadro 4c). Porém,

a atuação de voluntários é recebida como sendo de grande importância,

especialmente quando são realizados eventos para levantar recursos financeiros.

Ainda segundo a coordenação, os voluntários geralmente são

moradores do próprio município. Além deles, a organização conta, esporadicamente,

com a ajuda de estudantes da área social que prestam serviços para agregar

conhecimento à sua área de estudos, uma vez que têm a oportunidade de

desenvolver a prática. Contudo, mesmo com a colaboração mencionada, o

Educandário ainda é carente de auxílio, o que limita sua capacidade de atendimento

em 140 assistidos, sendo que poderia abrigar mais outros 160, totalizando 300.

O único meio de divulgação do Educandário é uma conta na rede

social. Porém, o Facebook estava inativo e só foi reativado em decorrência da

atuação dos envolvimentos neste estudo. Sua presença na mídia local ou mesmo a

regional apresenta um histórico de raras publicações. Fatos esses que contribuem

para a problematização de como o serviço de AI pode contribuir para ampliar a

visibilidade do Educandário São José, no sentido de que essa Instituição possa

conquistar maior colaboração da sociedade anastaciana na manutenção do

atendimento às crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social de Santo

Anastácio?

2.2 Objetivos

2.2.1 Objetivo geral

Realizar uma experiência de Assessoria de Imprensa no Educandário

São José.

17

2.2.2 Objetivos específicos

Dar visibilidade à atuação socioeducativa da Instituição, através de

notícias na mídia local/regional;

Analisar suas ações educacionais de atendimento e da busca de

contribuições para manutenção de suas atividades;

Aplicar o conhecimento teórico sobre as práticas de Assessoria de

Imprensa no Terceiro Setor.

2.3 Justificativa

O Educandário São José, objeto de estudo deste trabalho, beneficia

crianças e adolescentes carentes, porém, pela falta de suporte financeiro, muitas

ações precisaram ser reduzidas. De acordo com o histórico da instituição, “as

conquistas, embora muito significativas, não foram suficientes para garantir a

continuidade dos projetos” (BENVENHO, 2013, p.38). Para que essas ações tenham

sequência, entende-se que é necessário além do fazer, divulgar o que é feito. Para

Saponara (2007, p.10) “[...] a boa comunicação ainda é um dos maiores desafios

para o Terceiro Setor. Fazer é fundamental, mas, na maioria das vezes, só fazer não

basta – é preciso divulgar o que se faz, fez e fará”.

Por meio de entrevistas e conversas informais com a coordenação do

Educandário e jornalistas da mídia local, o grupo autor deste estudo constatou que o

relacionamento que a instituição tem com a imprensa é quase inexistente, por não

contar com um jornalista que possa intermediar esse relacionamento e, por

consequência, proporcionar ampla visibilidade institucional, fator que motivou a

hipótese de que o assessoramento poderá dar esse respaldo à Instituição e,

possivelmente, até despertar o interesse de pessoas em contribuir voluntariamente

com os serviços ou ainda ajudar financeiramente ou com doações de produtos e

materiais de uso no atendimento infanto-juvenil; além de aumentar positivamente as

possibilidades de bom relacionamento da Instituição assessorada para com a

própria imprensa e com o público em geral.

Tornar público, via imprensa, o trabalho da instituição, tem como finalidade uma prestação de contas à sociedade, para que ela possa avaliar o que está sendo feito e verificar se está de acordo com seus interesses e

18

necessidades, tornando-se assim, uma aliada da organização e, portanto, comprometida com sua manutenção. (MONTEIRO, 2011, p.123).

Considerando a importância dos projetos socioeducativos

desenvolvidos pelo Educandário, o presente trabalho se justifica, em âmbito social,

no sentido da visibilidade institucional, não somente na busca de apoio, mas

também informando a sociedade sobre o atendimento às crianças e aos jovens,

alcançando famílias que precisam deste serviço. No aspecto acadêmico, justifica-se

por produzir um estudo que venha a contribuir e nortear outros estudantes

interessados nessa área do jornalismo, que é a da AI, com foco no Terceiro Setor, já

que a bibliografia existente para o tema não é tão extensa quanto outras.

2.4 Metodologia

De acordo com Magalhães (2005, p.230), “metodologia quer dizer o

estudo do caminho”, ou seja, ela se preocupa com a maneira em que uma pesquisa

é feita e os meios utilizados para se chegar a um resultado. Sendo assim, os autores

desse trabalho elegeram a metodologia de pesquisa qualitativa em sua modalidade

exploratória, para que possam conhecer melhor as necessidades da Instituição

objeto do estudo. Para Goldenberg (1997, p.53), a abordagem de pesquisa

qualitativa consiste em descrições detalhadas de situações, o que não permite

padronização dos dados e exige total flexibilidade do pesquisador durante a coleta.

Ela parte da importância dos casos e das fontes. Desta forma, aliada à modalidade

exploratória, contribui para o entendimento do problema. Estudos de Marconi e

Lakatos (2006, p.190) relatam que:

A pesquisa de campo exploratória são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno para uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarear conceitos.

Sendo assim, os pesquisadores escolheram esta abordagem para que,

através dela, possam conhecer com maior profundidade o objeto estudado e suas

necessidades, tal como suas ações e intervenções quanto à realidade social de seus

assistidos: para entendê-los e assim utilizarem de forma adequada os mecanismos

que a AI oferece.

19

O estudo de caso também se faz presente na realização deste

trabalho, pois o mesmo permite aprofundar os conhecimentos sobre o Educandário.

Esse tipo de análise visa investigar de modo que se possa compreender, explorar ou

descrever alguma situação que envolva diversos fatores. Trata-se de um estudo

específico sobre determinado caso. Yin (2001, p.32) define estudo de caso como

“[...] uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de

um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é

claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidencia são utilizadas”.

O presente estudo teve início a partir de pesquisa bibliográfica, por

permitir o embasamento teórico sobre o tema “Assessoria de Imprensa” e o

conhecimento das possíveis metodologias, a fim de que se escolhesse a mais

adequada. Gil (2010, p.29) define a pesquisa bibliográfica como a que utiliza “[...]

material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de

eventos científicos”. Porém, com o advento de novas mídias informativas, também

foram incorporadas fontes como “discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o

material disponibilizado pela Internet” (GIL, 2010, p.29).

Além da pesquisa bibliográfica, o grupo utiliza entrevista

semiestruturada e pesquisa documental para coleta de dados. Entrevista

semiestruturada permite uma maior liberdade do entrevistado, podendo assim

destacar o que considera mais relevante. Esse modelo de entrevista segue um

roteiro de questões-guia.

“[...] parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam à pesquisa, e que, em seguida, oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida que se recebem as respostas do informante”. (TRIVIÑOS, 1990, p.146)

Essas entrevistas serão feitas com pessoas ligadas direta e

indiretamente ao Educandário São José e que possam contribuir com o trabalho, tais

como: coordenação, funcionários, voluntários, assistentes sociais, jornalistas e

moradores de Santo Anastácio.

O terceiro procedimento será a pesquisa documental que, semelhante

à pesquisa bibliográfica, utiliza-se de dados já existentes. O que as diferencia é a

origem das informações e o seu propósito. Enquanto a pesquisa bibliográfica

respalda-se em material produzido por autores com o intuito de ser lido por públicos

20

específicos, a pesquisa documental, como analisa Gil (2010, p.30), se baseia em

“[...] documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento,

autorização, comunicação, [...] relatos de pesquisas, relatórios e boletins e jornais de

empresas, atos jurídicos, compilações estatísticas, etc”.

Após reunir todos os dados necessários, a análise de resultados se

dará a partir de análise descritiva, que, segundo Lopes (1990, p.152), “visa à

reconstrução da realidade do fenômeno por meio de operações técnico-analíticas

que convertem os dados de fato em dados científicos”. Para Best (apud MARCONI;

LAKATOS, 2013, p.21), a análise e interpretação dos dados “representa a aplicação

lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação”, e, ainda segundo Marconi e

Lakatos (2013, p.21), “a importância dos dados está não neles mesmos, mas no fato

de proporcionarem respostas às investigações”.

O capítulo a seguir apresenta conteúdo sobre a AI, que é o tema do

presente projeto, permitindo assim um entendimento mais amplo sobre o assunto,

com abordagens sobre o seu surgimento no mundo, sua chegada ao Brasil e suas

características, procedimentos, produtos e serviços.

21

3 ASSESSORIA DE IMPRENSA

Este capítulo trata sobre o surgimento da atividade de AI e como ela se

iniciou no Brasil, trazendo quais são os seus conceitos, funções dentro de uma

organização, a importância de um bom relacionamento com os veículos midiáticos e

como é fundamental o planejamento para que a assessoria alcance o seu objetivo.

3.1 Surgimento da Assessoria de Imprensa

A atividade de AI surgiu nos Estados Unidos em 1906 com o jornalista

americano Ivy Lee. Ele deixou o jornalismo para criar o primeiro escritório de

relações públicas no mundo, em Nova York. Nesta mesma época o grande público

tinha uma relação bastante hostil com John Rockefeller, grande empresário

americano que era acusado de exploração do trabalho, pois não havia leis

trabalhistas na época e os magnatas visavam o lucro fácil utilizando o conceito de

taylorismo que segundo Chaparro (2011, p.5) “conquistou rapidamente os grandes

industriais norte-americanos, que logo enxergaram, na racionalização controlada do

trabalho, uma boa forma de alcançar dois objetivos, simultaneamente: aumentar o

lucro e conter o avanço da resistência operária”.

[...] Os grandes capitalistas, ‘denunciados, acusados e acuados, encontram em Ivy Lee o grande caminho para evitar denúncias, a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública’. Assumindo Rockefeller como primeiro cliente, o jornalista Ivy Lee percebeu a excelente oportunidade de abrir um novo negócio: prestar assessoria que auxiliasse os empresários a corrigir a imagem que deles fazia a opinião pública, ‘com a divulgação de informações favoráveis às empresas, pela imprensa informativa’. E criou uma assessoria especializada em fornecer notícias para serem divulgadas jornalisticamente, não como anúncios ou matéria paga. ‘Eram informações corretas, de interesse e de importância para o público, sobre as empresas, evitando assim denúncias’. (WEY apud CHAPARRO, 2011, p.6)

Essa situação de exploração trabalhista, que resultou em protestos

organizados pelos trabalhadores para que houvesse uma regulamentação para

melhores condições de trabalho, também fez surgir um “[...] novo tipo de jornalismo,

mais realista, de denúncia, no qual brilhavam (entre outros) Thomas Lawson, Ida

Tarbell e Upton Sinclair, acusadores implacáveis dos industriais exploradores”.

(CHAPARRO, 2011, p.5).

22

Ao criar o serviço de relações públicas, Ivy produziu uma declaração de

princípios em forma de carta para explicar exatamente a função de uma assessoria

de imprensa:

Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Maiores detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente. E qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público. (LEE apud CHAPARRO, 2011, p.6, grifo do autor).

A carta de princípios formulada por Ivy Lee foi uma grande orientação

para os especialistas modernos. Um exemplo disso é o relato de Cândido Teobaldo

de Andrade, sobre uma situação em que Ivy foi contratado no momento em que a

empresa de Rockefeller passava por conturbadas greves e denúncias sobre

violência cometida contra os grevistas, e a primeira ação tomada por Ivy foi a de

pedir à Rockefeller para comparecer “[...] livremente, cooperando com a

investigação. A imprensa, naturalmente, deu o devido destaque à inesperada

atitude, o que – nas palavras de Teobaldo de Andrade – ‘melhorou a situação’”

(CHAPARRO, 2011, p.7).

Foi com Ivy Lee que surgiu o que Chaparro chama de operação

“fecha-boca”, que segundo o autor, eram ofertas de excelentes empregos a

jornalistas, “[...] para que não atacassem as empresas e, ao mesmo tempo, as

defendessem”, e foi por esse caminho que surgiram as agências de relações

públicas nos Estados Unidos, com boa parte delas sendo comandada por “[...]

jornalistas ‘convertidos’ ao lucrativo fascínio de manipular a opinião pública em favor

dos clientes” (CHAPARRO, 2011, p.7).

3.2 Assessoria de Imprensa no Brasil

Uma as primeiras demonstrações de AI no Brasil, ainda feita de forma

propagandista e sem informação relevante, foi no começo do século XX, no qual o

presidente Campos Sales utilizou o Jornal do Commercio (RJ) do jornalista Tobias

23

Monteiro, que o acompanhou como secretário particular, para divulgar a sua viagem

à Europa, publicando tudo o que ocorria na imprensa.

Em 1909, o presidente Nilo Peçanha criou a Seção de Publicações e

Biblioteca para Integrar Serviços de Atendimento, Publicações, Informação e

Propaganda do Ministério da Agricultura. De acordo com Duarte (2011, p.52), “o

setor tinha como finalidade distribuir informações por meio de notas ou notícias

fornecidas à imprensa e aos particulares que as solicitassem e editar o Boletim do

Ministério”. Sendo assim um dos primeiros serviços de atendimento à imprensa e

divulgação jornalística na área pública.

Durante a década de 1930, o Governo Federal utilizou os meios de

comunicação de massa para controlar a opinião pública, a partir do Departamento

Oficial de Propaganda na Imprensa Nacional, que posteriormente é reorganizado

como Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPPC) e Departamento

Nacional de Propaganda (DNP).

Entre 1939 e 1945, o governo, através do Departamento de Imprensa e

Propaganda (DIP) e dos Departamentos Estaduais de Imprensa e Propaganda

(Deips), coordenou “a imprensa com o Estado, a fim de que a primeira cooperasse

eficazmente com o segundo, tornando-se um instrumento poderoso de defesa do

bem público e de propulsão do progresso nacional” (DUARTE, 2011, p.54).

Desta maneira o governo tinha total controle sobre o que era publicado

sobre si na imprensa, tanto que em 1944, a Agência Nacional, ligada ao DIP,

trabalhava com 220 funcionários como uma agência de notícias, que divulgava

material jornalístico para todo o país. Segundo Duarte (2011, p.55), “os jornais

publicariam tudo o que saísse de qualquer repartição do governo”.

Já no setor privado, os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José

Gomes foram pioneiros ao fundarem, em 1971, a Unipress, empresa que atuaria

assessorando outras empresas. Os dois já tinham experiência, pois trabalhavam

juntos desde 1961 no Setor de Imprensa da Volkswagen do Brasil e obtiveram

grande sucesso, já que seus trabalhos os fizeram se tornar “[...] fonte de consulta

obrigatória para editores, pauteiros e repórteres de Economia das grandes

redações” (CHAPARRO, 2011, p.14).

Após a criação da Unipress, foi fundada a Mecânica de Comunicação

Ltda., empresa de outro jornalista saído da assessoria de uma indústria

automobilística, Ênio Campói. Com isso, muitos outros profissionais do jornalismo

24

implantaram empresas de AI, o que, consequentemente, segundo Chaparro (2011,

p.16), acabou “[...] criando base para um movimento de autonomia dessa atividade

em relação às estruturas, teorias e práticas de relações públicas”.

Por volta de 1980, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado

de São Paulo criou a Comissão Permanente e Aberta dos Jornalistas em Assessoria

de Imprensa, comissão que surgiu “[...] em clara disputa pela reserva de mercado

que as entidades de relações públicas consideravam pertence-lhe, teve inicio um

processo formal de se dar identidade jornalística a atividade de assessoria de

imprensa” (CHAPARRO, 2011, p.16).

Até que em 1984, durante o 1º Encontro Nacional dos Jornalistas em

Assessoria de Imprensa, foi anunciado que, em comum acordo com a área de

Relações Públicas, a atividade em AI passaria a fazer parte da área de jornalismo. O

Manual Oficial de Assessoria de Imprensa (1986) define que:

Os profissionais de assessoria de imprensa são, antes de tudo, jornalistas. [...] Seu trabalho visa contribuir para o aperfeiçoamento da comunicação entre a instituição, seus funcionários e a opinião pública. [...] a assessoria de imprensa agiliza e complementa o trabalho do repórter [...] garantindo o fluxo de informações para os veículos de comunicação – porta-vozes da opinião pública. (FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS apud CHAPARRO, 2011, p.16, grifo do autor).

Após esta regulamentação, foi criada em 1986 por Ênio Campói,

Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes, a Associação Nacional das Empresas de

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social (Aneci), na qual, “um ano depois [...]

já reunia mais de 30 agencias do ramo, todas com base jornalística exigida pelos

estatutos da associação”. (CHAPARRO, 2011, p.17).

3.3 Planejamento em Assessoria de Imprensa

A AI é uma atividade que não deve ser realizada de modo improvisado,

sendo necessário que haja uma norma de organização e que os resultados de seu

trabalho sejam constantemente avaliados. Dessa maneira, é imprescindível que haja

um planejamento dentro desta organização para que o assessorado não passe por

um acontecimento inesperado. Por isso, o ideal, segundo Kopplin e Ferraretto (2009,

p.34), é que a Instituição tenha uma “assessoria de comunicação social com

25

políticas bem definidas”, pois desta forma a “Assessoria de Imprensa pode – e deve

– elaborar seus próprios planos e estratégias”.

De acordo com Kopplin e Ferraretto (2009, p.35), o planejamento,

dentro do conceito de AI, é “[...] um processo abrangente, que define metas,

objetivos, públicos-alvo da instituição e, acima de tudo, as políticas de comunicação

a serem adotadas”. O termo ‘políticas’ neste caso se resume a uma união de regras

em que se baseia a atividade de comunicação institucional. Essas normas devem

ser elaboradas dentro de um objetivo que seja a meta de todas as atividades e na

qual não existam argumentos contrários.

Os planejamentos são formados por planos, que na definição de Wey

(1986, p.52), são “[...] providências a serem tomadas para atingir metas

estabelecidas. Geralmente, indicam o onde, o como e o porquê”. Basicamente, os

planos são documentos que irão decidir qual o tipo de postura será adotada para a

prestação de serviços da AI.

Já as estratégias são definidas por Kopplin e Ferraretto (2009, p.35)

como “[...] táticas que precisam ser aplicadas eventualmente, quando determinada

situação envolve o assessorado e exige ações especiais por parte do jornalista”. Um

bom exemplo seria a organização de uma entrevista coletiva para que o seu cliente

possa responder a acusações feitas a ele ou a Instituição ainda naquele dia.

Mesmo com essa característica de ser utilizada de forma imediata e

para ocasiões inesperadas, as estratégias também fazem parte do processo de

planejamento e são desenvolvidas de acordo com as normas nele indicadas.

“Mesmo que o planejamento não preveja exatamente o caso mencionado no

exemplo, com certeza vai estabelecer que tipo de atitude tomar em situações

semelhantes”, completam Kopplin e Ferraretto (2009, p.35).

Dentro do planejamento existem também algumas etapas que

precisam ser respeitadas, em que podem ser divididas em quatro fases para estudo,

sendo elas: “análise, adaptação, ativação e avaliação” (RICHERS apud KOPPLIN;

FERRARETTO, 2009, p.36).

A análise é a fase na qual o assessor conhece a organização, seus

públicos e o contexto em que ela está inserida. É importante que ele conheça tudo

sobre a Instituição, pois ele pode ser questionado pela imprensa sobre alguma

informação da mesma. Este é o momento em que o assessor também deve

identificar os problemas e as falhas de comunicação dentro da Instituição.

26

A divisão dos públicos de uma organização se dá em dois tipos: público

interno e público externo. O público interno é constituído por funcionários e

dirigentes da instituição, “[...] enquanto aqueles que não fazem parte da instituição,

mas estão de alguma forma vinculados a ela (à exemplo de consumidores, clientes

ou usuários, fornecedores, [...] e veículos de comunicação formam o público

externo”. (KOPPLIN; FERRARETTO, 2009, p.11)

A segunda etapa do planejamento em AI é a adaptação, na qual o

assessor provido de informações da etapa anterior ajusta estes dados e faz a

projeção de um trabalho para resolver os problemas e/ou melhorar aquilo que já

possuí bons resultados. Ele também deve definir as políticas de comunicação e

formular os planos de divulgação e o mailing.

O mailing é a “lista de jornalistas e veículos de interesse de

determinada assessoria e pode ser subdividida de acordo com critérios particulares

[...] ele deve ter avaliação e atualização permanentes para manter sua eficiência”.

(DUARTE, 2011, p.264).

O próximo passo é a ativação, fase em que os planos serão colocados

em prática, seguindo todas as determinações estipuladas, podendo ser necessário

lançar mão de diferentes estratégias.

Por fim, vem a fase da avaliação, que Kopplin e Ferraretto (2009, p.35)

definem como “o estudo dos resultados de todos os planos e estratégias

empregados, a fim de constatar se foram ou não os mais adequados. As conclusões

obtidas nessa etapa levarão a uma nova análise, que gerará um processo de

adaptação e assim por diante”.

A avaliação é um processo fundamental no planejamento, pois sem

ela, não seria possível conhecer ao certo os resultados do trabalho realizado pela

assessoria e, consequentemente, não teria condições de aprimorar seu trabalho,

nem de corrigir eventuais falhas.

3.4 Produtos e serviços

Duarte (2011, p.254) relata que até a década de 1980, as áreas que

constituem uma AI trabalhavam de forma isolada. Jornalismo, publicidade, relações-

públicas e marketing faziam suas funções de maneira independente, e por vezes até

mesmo agiam de maneira competitiva. Com o passar do tempo essas atividades

27

distintas se estruturaram e acabaram se integrando, a fim de facilitar o alcance dos

objetivos da organização. O autor (2011, p.255) acrescenta que “[...] as tarefas e os

desafios se ampliam, exigindo maior capacidade de criar e administrar diferentes

instrumentos de comunicação para atuar com as demandas e necessidades de

informação e interação”. Dentro dessa necessidade de informar e interagir com o

público, há várias opções de produtos e serviços que uma AI pode realizar, cada

uma com sua característica e finalidade. Dentre os produtos existentes, são citados

neste trabalho aqueles que o grupo elegeu para a peça prática.

Entrevista

Entrevista, de acordo com Jorge (2008, p.114), “[...] é uma técnica de

diálogo com regras unilaterais: um dos lados faz as perguntas e o outro tem apenas

o direito de respondê-las”. A autora complementa dizendo que nesse tipo de diálogo

há a troca de ideias de ambos os lados, com a intenção de desenvolver um

raciocínio a favor do público.

Para Duarte (2011, p.256), é função do assessor o acompanhamento

das entrevistas de seus assessorados, pois “[...] essa postura permite ao assessor

verificar o desempenho da fonte, os interesses do jornalista, ajuda a resolver algum

problema ou dúvida e até evita armadilhas do entrevistador ou erros do

entrevistado”. Ele também salienta que é importante haver atividades de simulação

para o treinamento e avaliação da fonte em relação às entrevistas e que o assessor

não deve se inibir a fazer críticas abertas ao assessorado sobre erros cometidos por

ele. Ainda segundo Duarte (2011, p.256), “essa barreira deve ser transposta com a

compreensão de que a avaliação é um momento de aprendizagem para ambos e

pode significar melhores resultados no futuro”.

Administração da AI

Uma boa administração em assessoria passa pelas habilidades e

conhecimentos do assessor. É necessário que ele se porte como um gerente, tendo

boa relação com todos os níveis hierárquicos da organização e tenha ciência sobre

planejamento empresarial e conheça a história da entidade, bem como saiba as

funções de cada integrante.

Além de estratégia no uso da informação, e da interação com a imprensa, o assessor passa a ser um gestor de recursos humanos, materiais e financeiros de sua área. Planejar, capacitar fontes, elaborar orçamentos, projetos, fazer avaliação, são demandas internas que passam a fazer parte

28

da rotina e ajudam a organizar as atividades e obter resultados efetivos. (DUARTE, 2011, p.256).

O autor completa dizendo que o relacionamento com os membros da

Instituição é tão importante quanto o relacionamento externo com os veículos de

comunicação.

Atendimento à imprensa

Kopplin e Ferraretto (2009, p.57) indicam que é a assessoria a

responsável pelo contato entre assessorado e imprensa. Ela que deverá fazer a

organização para a realização de uma entrevista, por exemplo. Entretanto, ela não

deve interferir nas respostas da mesma, e sim deixar que o seu assessorado tenha a

“[...] autonomia e iniciativa, para atender satisfatoriamente às necessidades dos

jornalistas e ter um bom desempenho”.

Duarte (2011, p.259) conta que é essencial a admissão de um

profissional para atender especificamente a imprensa, pois isso garante uma

profícua assistência e a manutenção de uma boa relação com jornalistas. Essa boa

relação pode não somente garantir o fluxo de informação à sociedade como também

pode gerar boa vontade e melhor controle sobre a presença nos meios de

comunicação de massa. Para que isso se mantenha, é necessário ter consciência

de que o jornalista precisa ser atendido de forma rápida, personalizada e ter acesso

a fontes e informação.

O assessor passa a ser referência principal, como uma ponte entre redação e organização, agindo como um mediador qualificado. Ele deve ter trânsito facilitado com os dirigentes e demais integrantes da organização, conhecer políticas e atuação, assim como os interesses e forma de atuação dos jornalistas para saber melhor orientar sobre o atendimento. (DUARTE, 2011, p.259).

Pauta

É definida por Duarte (2011, p.264) como “[...] assunto que pode ser

sugerido a um ou mais jornalistas com a intenção de que se transforme em notícia”.

O interesse do veículo de comunicação pela pauta será avaliado dependendo das

características deste veículo. Um tipo de sugestão de pauta é o release, porém ele

geralmente é de interesse abrangente e genérico, fazendo com que jornalistas o

evitem, pois outros veículos também o receberam.

29

Mailing List

É a lista de jornalistas e de veículos de comunicação que são de

interesse de uma determinada assessoria. É um dos primeiros produtos feitos pela

AI e ela deve ser atualizada constantemente para não perder a sua eficiência.

Duarte (2011, p.264) explica que “a facilidade proporcionada pelo e-

mail e por softwares que permitem o envio massivo não deve impedir o rigor no

controle para evitar desperdício e desgaste para a assessoria com nomes e cargos

errados ou envio para jornalistas que não atuam com a pauta proposta”.

Press kit

De acordo com Duarte (2011, p.267), o press kit é o “[...] conjunto de

material, geralmente reunido em uma pasta ou envelope, entregue como apoio a

jornalistas durante uma cobertura, lançamento de coletiva, visita, buscando informar

a respeito de determinado assunto”. Com o recebimento do material o jornalista fica

munido de informações sobre o assunto específico auxiliando em seu trabalho.

O kit, geralmente, é composto por conjunto de releases, CD, cartaz,

catálogo, estatísticas, análises, cópias de documentos, discursos, artigos, folhetos,

fotos, brinde, produtos, vídeos, publicações, biografias, estudos de caso, mapas,

quadros, levantamentos, histórias atraentes, perguntas & respostas, papers

institucionais, relatórios, dados estruturados ou brutos.

Duarte (2011, p.268) acrescenta que “o material deve ter a capacidade

de despertar o interesse nos jornalistas, para uso imediato ou no futuro, e deve estar

organizado de maneira que facilite seu manuseio”. Muitas vezes o press kit é

entregue com o compromisso de que o material não seja divulgado antes de

determinada data, o que é vantajoso para o jornalista, pois ele pode trabalhar com

tranquilidade tendo a garantia de que não será furado por um concorrente.

Release

É definido pelo Duarte (2011, p.268) como “[...] material informativo

com formato jornalístico produzido especificamente para servir de pauta ou

informação à imprensa”. É o produto mais tradicional e utilizado pela AI, sendo

formulado em formato jornalístico para apresentar um assunto de interesse que se

supõe ser público, mas com o ponto de vista da organização assessorada.

Ele pode ser enviado por e-mail, correio, entregue na redação ou

pessoalmente ao jornalista, ou até mesmo ser disponibilizado na Internet. O release

30

é produzido para ser apenas uma sugestão de pauta e não a notícia já finalizada,

porém pode ser veiculado dessa maneira.

Visitas dirigidas

Segundo Duarte (2011, p.272), as “visitas constituem eficiente meio de

aproximar jornalistas da organização”. Essas visitas são importantes, uma vez que

estimulam o acesso dos jornalistas às fontes e aumentam o conhecimento sobre a

Instituição, também melhorando o relacionamento entre assessoria e assessorado.

Em algumas organizações essas visitas acontecem com certa frequência e

costumam receber o nome de Dia da Imprensa. Em outras empresas é realizada a

Press-Trip, onde grupos de jornalistas viajam para conhecer cidades, fábricas ou

regiões.

Fotos

As fotos são, de acordo com Duarte (2011, p.264), um importante

elemento para ser trabalhado no dia a dia de uma assessoria, porquanto elas “[...]

são utilizadas para acompanhamento de releases, disponibilização na internet,

produção de publicações institucionais, em relatórios dirigidos ao público externo e

para emergências de todo tipo”. O autor esclarece que ao produzir um banco de

material fotográfico de membros que são possíveis fontes de notícias, de produtos,

aparelhagem, funcionários e até mesmo dos ambientes da organização, a

assessoria sempre estará preparada para algum tipo de imprevisto, como um pedido

repentino de algum jornal por imagens da Instituição – ou até mesmo da própria

assessoria ao querer divulgar sua atividade na internet.

Kopplin e Ferraretto (2009, p.124) reforçam dizendo que as fotografias

produzidas sobre situações e ambientes ligados ao assessorado servem para “[...] o

envio à imprensa, publicação em house organ ou com outras destinações”.

Duarte (2011, p.264) reitera que as fotografias devem “[...] sempre

trazer o crédito do autor, estar identificadas e ter boa resolução”, e logo em seguida

complementa dizendo que “uma foto de boa qualidade aumenta as chances de

veiculação de uma matéria”.

Clipping

O clipping, segundo Duarte (2011, p.261) é uma das atividades mais

comuns de uma Assessoria de Imprensa. Ela tem como objetivo “[...] identificar

sistemática e rotineiramente na imprensa as citações sobre a organização ou temas

31

previamente determinados, organizá-las, avaliá-las e encaminhar ou deixar à

disposição para conhecimento dos interessados”.

Esse trabalho é feito de modo organizado, com informações do veículo,

data e seção da divulgação e outros dados relevantes. Após reunido, este material

“[...] oriundo do clipping terá utilidade no registro das atividades da empresa, no

planejamento e avaliação da assessoria”.

Apoio a eventos

Apesar da organização de eventos fazer parte da atividade de relações

públicas, ela necessita da atuação das mais variadas áreas de comunicação. Duarte

(2011, p.257) diz que o assessor:

Deve ajudar já no planejamento, orientando de acordo com as possibilidades e interesses dos veículos de comunicação. Isso pode incluir local e horário de abertura e de acontecimentos, coletivas, presença de personalidades ou discussão de temas que possam despertar a atenção do jornalista.

Ainda segundo o autor (2011, p.257), deverá ser analisado o tamanho

do evento, pois caso seja de grande porte, isso exigirá “[...] a instalação de uma sala

de imprensa (inclusiva na internet) devidamente estruturada com atendimento

especializado, equipamento, material de apoio e facilidade de acesso”. Serviços

como elaboração de convites, distribuição de press kit, recepção e encaminhamento

de repórteres e releases deverão fazer parte destes eventos.

Ainda dentro de serviços e depois de alguns estudos, o grupo optou

por incluir a rede social Facebook, que não é uma ferramenta própria da AI, mas que

se utilizada dentro dos princípios do Jornalismo Empresarial, de modo a informar a

sociedade, torna-se uma aliada na manutenção da identidade da instituição

(APÊNDICE E). Tal inserção teve como finalidade contribuir para a obtenção de

resultados positivos no que diz respeito à comunicação do Educandário São José,

uma vez que, de acordo com reportagem feita pelo G1 em 28 de janeiro de 2016, o

Facebook “fechou 2015 com 1,59 bilhão de usuários, dos quais cerca de 65% acessam

a rede social todos os dias”.

32

Em entrevista, Jorge Duarte1 disse que nos dias atuais há vários tipos

de soluções para a comunicação, podendo a AI ser ou não responsável por mídias

digitais.

Acho natural que o jornalista que atua em comunicação organizacional amplie suas atividades para além do relacionamento com jornalistas de redação. Não dá para limitar a ação em função da tradição. As exigências e possibilidades são muito maiores. O importante é que se tenha uma solução para o problema de comunicação a partir da realidade de sua organização. Não existem fórmulas prontas, teoria ou manual que dêem conta das transformações. Elas ajudam a explicar, mas são pouco úteis para fornecer soluções específicas se você não considerar sua própria realidade (DUARTE, 2016, grifo nosso).

Prosseguindo, e como foi estudado, este capítulo discorre sobre ações

e conceitos basilares para o início da peça prática no Educandário São José. O

próximo capítulo trata sobre o Terceiro Setor, os seus conceitos, características e

sua importância para com a sociedade, com informações sobre a sua origem no

Mundo, no Brasil e em Santo Anastácio, cidade em onde funciona a instituição

estudada. Nesse referido capítulo é apresentada a Congregação Filhas de Maria

Missionárias, a chegada das Irmãs ao país e no município sede do Educandário São

José, bem como demais dados de outras organizações que atuam na área do

Terceiro Setor na cidade.

1 Jorge Duarte, Especialista em Assessoria de Imprensa e Coordenador de Comunicação em Ciência

e Tecnologia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entrevista concedida por e-mail, em 12 abr. 2016.

33

4 TERCEIRO SETOR

4.1 Terceiro Setor no Mundo

O Terceiro Setor é fundamental na solução de muitos problemas, uma

vez que o Estado por si só não consegue suprir as necessidades de toda a

população, geralmente por motivos financeiros, oriundos de má gestão e da não

priorização na elaboração de políticas públicas ou pela falta real de condições em

atender às múltiplas realidades.

O Terceiro Setor é um mercado social formado por Organizações não

Governamentais (ONGs) e outras organizações do mesmo gênero que, segundo

Cardoso (2005, p.9), “[...] tem um papel insubstituível na mobilização de recursos

humanos e materiais para o enfrentamento de desafios como o combate a pobreza,

a desigualdade e a exclusão social”.

Quanto à nomenclatura, não há unanimidade no cenário mundial

quanto ao denominado “Terceiro Setor”, cujo nome é oriundo do inglês Third Sector.

No Mundo, vários são os nomes utilizados para caracterizar as ações que, de

acordo com a Cartilha Terceiro Setor, elaborada pela Comissão de Direito do

Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo (2007, p.4),

referindo-se a ações que auxiliam no processo de transformação da sociedade, “tais

como: filantropia, setor voluntário, ONGs, organizações sem fins lucrativos e

organizações voluntárias” o que, para Fernandes (2005, p.25), é uma expressão

complementar à anterior, pois:

Se o lucro não lhes é permitido e se, como também se supõe, não resultam de uma ação governamental, deriva-se que sua criação seja fruto de um puro ato de vontade de seus fundadores. E, mais, supõe-se ainda que durem no tempo, em grande medida graças a um conjunto complexo de adesões e contribuições igualmente voluntárias.

Quanto às ONGs, de acordo com Albuquerque (2006, p.18), elas têm

origem da Organização das Nações Unidas (ONU).

Denominava assim as organizações internacionais que, embora não representassem seus países, tinham atuação significativa para justificar sua presença oficial na ONU. Por extensão, com a formulação de programas de cooperação internacional para o desenvolvimento, estimulados pela ONU nas décadas de 1960 e 1970, cresceram na Europa Ocidental ONGs

34

destinadas a promover projetos de desenvolvimento nos países de Terceiro Mundo. Assim, as ONGs européias estabeleceram parcerias em vários países, levando ao surgimento de ONGs também no hemisfério sul.

As ONGs, segundo Tachizawa (2010, p.8), podem ter como foco

variado campo de atuação, tais como: educação, saúde, cultura, comunidade, apoio

à criança e ao adolescente, esporte, habitação, assistência social, voluntariado,

meio ambiente, apoio a portadores de deficiências, parcerias com o governo e/ou

outras categorias de atuação.

4.2 Terceiro Setor no Brasil

Já no Brasil, a origem do Terceiro Setor tem ligação direta com ações

religiosas, principalmente da Igreja Católica e mais tarde do protestantismo e do

espiritismo; passando, posteriormente, a novas caracterizações e estudos técnicos

chegando ao que hoje é conhecido como serviço social.

Tachizawa (2010, p.12) conta que as “ONGs surgiram no Brasil durante

a Ditadura Militar, período em que o autoritarismo convivia com a modernização do

país e com o surgimento de uma nova sociedade organizada, que se baseava em

ideários de autonomia em relação ao Estado”.

O Terceiro Setor passou a ter maior propagação no Brasil a partir da

Constituição de 1988; pela qual os direitos dos cidadãos se tornaram mais claros,

resultando em criações como as do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto

da Criança e do Adolescente. Assim, a chamada “Constituição Cidadã” supriu a

parte legal, mas o Estado, em suas dificuldades geradas por diferentes situações,

não tem conseguido cumprir seus deveres.

Além de ONGs, outras entidades de natureza privada, sem fins

lucrativos, são as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), Organizações Sociais

(OSs) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).

Organizações de Terceiro Setor como as Oscips, em especial, devem ter

obrigatoriamente como objeto social, segundo a Lei nº 9.790/99, pelo menos um dos

seguintes objetivos:

35

Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação de que trata a lei; promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata a lei; promoção da segurança alimentar e nutricional; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e do combate a pobreza; [...] (TACHIZAWA, 2010, p.7-8).

4.3 Terceiro Setor em Santo Anastácio

Apresentado o surgimento e finalidades do Terceiro Setor, a produção

deste estudo apresenta os movimentos e as atividades sociais que acontecem em

Santo Anastácio, cidade que foi elevada à condição de município em 19 de

novembro de 1925, portando com 90 anos completados em 2015. (Anexo A). De

acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município

ocupa uma área de 553 Km2, situado na 10ª Região Administrativa do Estado de

São Paulo e a 35 quilômetros de Presidente Prudente, a cidade polo regional.

No campo da assistência social, Santo Anastácio conta com algumas

entidades que prestam relevantes serviços, incluindo o Hospital de Caridade Anita

Costa, inaugurado em 24 de maio de 1951, conforme a Enciclopédia dos Municípios

Brasileiros (EMUBRA, 2003). O hospital se mantém em pleno funcionamento.

Em entrevista, a secretária municipal de Assistência Social, Aline de

Haro Rodrigues2, diz que o município é contemplado com três projetos sociais

voltados para crianças e adolescentes, de seis a 15 anos de idade, sendo um deles

de iniciativa pública, que é o Projeto Crescer, com 70 usuários. Os outros dois são:

Lar de Menores “Doutor Arthur Ramos e Silva Jr.”, mantido pela associação Divina

Providencia e que atende 60 usuários; e o Educandário São José, mantido pela

Congregação das Filhas de Maria Missionárias, com 160 assistidos. Ao todo, são

290 crianças e adolescentes beneficiados com os projetos em Santo Anastácio.

Além dos projetos que contemplam a proteção à infância e

adolescência, no município existem entidades que realizam trabalhos de prevenção

e proteção voltadas a outros públicos. Conforme o presidente da ONG Família Pipa

(FP) Murilo Hernandes Felisberto3 disse em entrevista, o município conta com as

seguintes entidades e clubes de serviços:

2 Aline de Haro Rodrigues, Secretária Municipal de Assistência Social, em 11 março 2016.

3 Murilo Hernandes Felisberto, presidente da ONG Família Pipa, em 23 abril 2016.

36

Abrigo dos Idosos, que atende atualmente 44 idosos; a Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), que presta auxílio a 30 famílias de baixa renda; e a própria ONG, que atualmente assistencializa 243 famílias. Existem, inclusive, clubes de serviço e organizações que por muitas décadas desenvolvem trabalhos filantrópicos em prol da comunidade anastaciana, como é o caso do Rotary Club (RC), Rotaract Club (RTC), Lions Club, Loja Maçônica Tertuliano de Area Leão, Loja Maçônica José Bonifácio e o DeMolay.

Ainda de acordo com Felisberto4, a Igreja Católica também realiza

atividades que promovem garantia de direitos, mediante suas pastorais e grupos de

jovens. Igrejas Evangélicas realizam trabalhos assistenciais e voltados ao combate

ao uso indevido de drogas. O Centro Espírita Casa de Jesus manteve por quase 50

anos uma entidade filantrópica, antes denominada Creche e Berçário Joanna de

Angelis, que foi transferida ao Poder Público por não mais conseguir mantê-la e,

depois da conclusão da construção de uma creche escola municipal localizada no

Bairro Jardim Santa Helena, teve as crianças transferidas ao novo estabelecimento

devolvendo o antigo prédio aos espíritas. Então, houve uma mudança de natureza

estatutária que agora é denominada Associação Beneficente Joanna de Angelis e

que não mais atende crianças, mas realiza outros trabalhos sociais com famílias de

baixa renda e com enfermos graves.

Existem também conselhos de defesa de direitos: Conselho Municipal

da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Municipal da Assistência Social

(CMAS), Conselho Municipal do Idoso (CMI), Conselho Municipal da Educação

(COMED), Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural (CMDR), Conselho

Municipal da Saúde (CMS) e Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG),

sendo todos de caráter voluntário; sem nenhum tipo de remuneração aos seus

diretores e conselheiros.

O Educandário São José, objeto deste estudo, atua na cidade desde a

década de 1960, desenvolvendo seus trabalhos nas áreas de cultura, assistência

social e educação. No próximo capítulo será descrita sua origem através da

Congregação Filhas de Maria Missionárias; apresentada sua estrutura; e formulado

o plano de ação para o serviço de AI.

4 Murilo Hernandes Felisberto, presidente da ONG Família Pipa, em 23 abril 2016.

37

5 PRÁTICAS DE ASSESSORIA

5.1 Análise

A análise é a primeira etapa do plano de assessoria realizado pelo

grupo. Nesta fase procurou-se conhecer profundamente a instituição trabalhada,

para que, desta forma, pudessem ser identificados os problemas e possíveis falhas

de comunicação.

5.1.1 A Congregação Filhas de Maria Missionárias

A Congregação Filhas de Maria Missionárias é uma entidade de direito

privado, sem fins lucrativos, de caráter beneficente e filantrópico, tendo como

finalidade a prestação de serviço de assistência social à população em situação de

vulnerabilidade social. Esta congregação é a fundadora do Educandário São José na

cidade de Santo Anastácio, objeto deste estudo.

De acordo com o site da Congregação, a Instituição teve origem na

Itália, em 11 de fevereiro de 1875, sendo fundada pelo padre Jacinto Bianchi, com

objetivo principal da propagação do evangelho através da ação missionária da

Igreja.

Padre Jacinto durante o exercício de sacerdócio cultivou atenção

especial pelo gênero feminino, percebendo que a educação e a formação cristã da

mulher, desde a juventude, constituíam-se em base sólida para ajudar a preparar as

futuras gerações, desenvolvendo valores e ensinando o respeito à dignidade

humana, através da espiritualidade de Maria e da ação missionária da Igreja.

O venerável Pe. Jacinto, Fundador da Congregação das Filhas de Maria Missionárias, cujo Centenário de morte celebramos, sempre dedicou a sua vida a serviço da Evangelização. Sua ação missionária foi direcionada especialmente à juventude feminina, que mostrava um cristianismo responsável frente aos desafios do mundo em transformação (BENVENHO, 2013, p.3).

A atual responsável pela Congregação no Brasil é a Irmã Benedita

Domingos Nogueira, residente de Cotia/SP, cujo mandato se iniciou no dia 23 de

janeiro de 2014 e se encerrará no dia 22 de janeiro de 2017. A seguir, estão os

38

dados dos Certificados e Registros conquistados até o prezado momento (abril de

2016) pela Congregação:

QUADRO 1 – Certificados e Registros da Congregação

Registro de Pessoas Jurídicas da Comarca de Santo Anastácio, sob o nº. 47, às fls. 37/38, do livro A, n. 1, em 1º de Fevereiro de 1957, na cidade de Santo Anastácio, Estado de São Paulo.

Certificado de Utilidade Pública Municipal: Lei Municipal nº 276 de 10/07/1957

Certificado de Utilidade Pública Estadual: Projeto de Lei nº 87, de 1988

Certificado de Utilidade Pública Federal: Decreto nº 92.025 de 13 de outubro de 1987

Registro Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS): Nº de Registro: 001 Data de Emissão: 11/01/2013

Registro Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS): nº: 221.478/67 Res. nº 47 de 07/06/1994

Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS: Registro: n° 71010.001185/2007-83 encaminhado pedido de renovação pelo oficio 007/2013 – em 06 de março de 2013 e novamente protocolado com o nº 71000.039854/2013-57 no Ministério do Desenvolvimento Social em data de 08 de março de 2013.

Fonte: Educandário São José (2016)

5.1.1.1 Início da atuação no Brasil

No ano de 1952, chegaram ao Brasil as primeiras Irmãs da

Congregação, que começaram a trabalhar na área da saúde pública, passando, em

1957, a dedicarem-se à educação feminina de crianças e adolescentes. De acordo

com Benvenho (2013, p.13), no dia 7 de dezembro de 1952 chegaram no “Brasil as

primeiras Irmãs Missionárias, com a finalidade de prestar assistência por meio de

trabalhos domésticos, no seminário dos padres Josefinos, na cidade de Ourinhos”.

Em entrevista, a coordenadora do Educandário São José, Ir. Sirlei de

Souza Antunes5, disse que na década de 1970, nas localidades onde as Irmãs

Filhas de Maria Missionárias atuavam, foi constatado que os problemas relacionados

5 Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do

Educandário São José, em 10 novembro 2015.

39

à pobreza, marginalização, desemprego, exploração, falta de acesso a políticas

públicas e outras questões sociais estavam tomando grandes proporções. De

acordo com Antunes6, “diante desta realidade, a Congregação redimensionou sua

prática, assumindo um trabalho na formação integral de crianças, adolescentes,

jovens e famílias em situação de vulnerabilidade, risco pessoal e social,

comprometendo-se com a garantia de direitos, de proteção e dignidade”.

Segundo Antunes7, ao longo dos anos, os trabalhos desenvolvidos pela

Instituição foram ganhando significativa expressão, sendo efetivados nas duas

dependências da Congregação:

Educandário São José em Santo Anastácio/SP e Casa de Noviciado em Belo Horizonte/MG, como também nas comunidades inseridas no meio popular: Cotia/SP, Porto Velho/RO e Tianguá/CE, onde buscaram desenvolver ações que respondam à diversidade territorial, regional, às características culturais, sociais e econômicas das localidades onde se faz presente.

A metodologia utilizada pela Congregação nos projetos sociais tem a

sua base na Teoria de Paulo Freire, que de acordo com Antunes8, a pessoa é vista

como sujeito ativo que transforma e é transformado pela ação e relação que

estabelece com o meio em que está inserido, podendo assim atuar de forma

participativa, libertando-se dos condicionamentos sociais que excluem e privam as

pessoas de usufruírem de seus direitos básicos e construírem uma sociedade de

iguais.

Quanto aos princípios institucionais, eles versam em documentos e

legislações em vigor:

A missão institucional e os objetivos contidos no Estatuto Social; os documentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), [...]; a Constituição Federal de 1988 que trata do cidadão e de seus Direitos; as regulamentações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), na Lei de Diretrizes Básica da Educação (LDB) e no Estatuto do Idoso; e o Plano Nacional de Assistência Social (2004), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS 2005), a Norma Operacional Básica (NOB 2005) e a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB RH). (ANTUNES, 2016).

6 Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do

Educandário São José, em 10 novembro 2015. 7 IDEM

8 IDEM

40

De acordo com a vice-presidente da Congregação, Ir. Neusa da

Conceição Vale9, a missão “do Educandário é ‘Educar para a Vida’”, que define o

compromisso da Instituição para com o público que assiste: crianças, adolescentes

e, consequentemente, seus familiares, tendo como princípio basilar o indivíduo como

ser e humano.

Isso já define o compromisso e o cuidado que o Projeto tem para com seu público. O Educandário São José tem consciência e preza seu público, sobretudo no que diz respeito o ser pessoa. Temos consciência que acolhemos pessoas e muitas vezes em situações complexas de violência, de exclusão, de preconceito e de pobreza. Portanto, saber acolher cada pessoa como ser humano, respeitar, escutar, dialogar, valorizar e muitas vezes assumir aquela postura de animadores e animadoras da vida ameaçada por tantas fragilidades e carências (VALE, 2016).

5.1.1.2. Uma perspectiva de Santo Anastácio e a importância da instituição

De acordo com o IBGE (2015), a população anastaciana é composta

por mais de 20 mil habitantes. No que tange a crianças e adolescentes, menores de

15 anos de idade, consta no banco de dados da Fundação Sistema Estadual de

Análise de Dados (SEADE) em 2015, um total de 3.599 residentes no município; o

que representa 17,77% de toda a população de Santo Anastácio.

A cidade atualmente possui cerca de sete mil residências, de acordo

com dados disponibilizados eletronicamente pelo Cadastro Imobiliário da Prefeitura

Municipal (2015). Pelo Censo 2010, o número de pessoas em cada domicílio variava

entre um a oito moradores, em 1.870 domicílios alugados, cedidos ou outros, e de

4.821 domicílios próprios. Dentre os 6.691 domicílios registrados, 259 famílias viviam

com renda per capita de até um quarto de salário mínimo e 2.318 domicílios com

uma renda per capita de metade de um salário mínimo.

No que tange à taxa de desemprego, foi constatado que no ano de

2010 – último levantamento, 5.945 habitantes encontravam-se desempregados

(PNUD, 2010). Segundo Antunes10, a cidade sempre teve como referência as

indústrias para garantir empregos de parte da população, uma vez que a outra parte

9 Neusa da Conceição Vale, Irmã e vice-presidente da Congregação Filhas de Maria Missionárias, em

8 março 2016. 10

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, em 10 novembro 2015.

41

conseguia emprego em cidades vizinhas, em especial em Presidente Prudente, visto

que:

Santo Anastácio não consegue oferecer oportunidades de empregos para todos os munícipes. Com o fechamento de uma usina sucroalcooleira e uma indústria de óleos vegetais em 2012 e 2013, muitos empregos foram perdidos, consequentemente aumentando o número de desempregos no município.

Dentro dessa perspectiva, essa realidade anastaciana reflete de

maneira significativa na vida das famílias das crianças e dos adolescentes pelo

Educandário São José, pois:

Muitos desses familiares faziam parte do quadro de funcionários dessas indústrias. De acordo com dados levantados dentro do âmbito institucional, 40 de 116 famílias atendidas há em sua composição familiar algum membro desempregado. Com isso, os mesmos recorrem a empregos informais para conseguirem os mínimos sociais: alimentação, habitação, vestuários, higiene, educação (ANTUNES, 2016).

Ainda de acordo com Antunes11, em análise desenvolvida através das

visitas domiciliares realizadas em julho de 2014 por técnicos do Educandário, foi

constatado “que 26,60% compõem o quadro de famílias monoparentais, ou seja,

onde a mulher é a mantenedora. E, destas, 32,92% das mães trabalham como

domésticas/diaristas, ganhando menos que um salário mínimo”; e, na maioria dos

casos, sem registro trabalhista, com os empregadores infringindo os direitos

constituídos em Lei.

Antunes12, que também já foi presidente do Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) por dois mandatos consecutivos,

enfatiza que, além do alto índice de desemprego e subemprego em Santo

Anastácio, o município conta com diversas outras violações de direitos, como o:

Analfabetismo, evasão escolar, marginalização, tráfico de drogas, prostituição, aliciamento de menores, violência doméstica, negligência e abandono familiar, prédios e ruas deterioradas, falta de habitação, falta de alimentação, casos de desnutrição, falta de atendimentos especializados na saúde pública, ensino escolar precário, conselhos municipais desorganizados, violência urbana, gravidez na adolescência, dependência química, problemas de saúde mental (transtornos psíquicos) entre outros.

11

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, em 10 novembro 2015. 12

IDEM

42

No que se refere à área da saúde, de acordo com dados da Unidade

Básica de Saúde (UBS), foram realizados 774 atendimentos psicológicos com

crianças/adolescentes na faixa etária de zero a 14 anos, entre o período de janeiro a

dezembro de 2015. Para Antunes13, muitas destas expressões agravam-se devido “à

falta de mecanismos e/ou profissionais, como é o caso da saúde, pois, embora hoje

o município conte com dois psicólogos atendendo pelo SUS, ainda existe demanda

reprimida”.

Outra expressão evidente da questão social se referencia ao fato da

cidade estar rodeada por penitenciárias (Presidente Bernardes, Presidente

Venceslau, Caiuá, Tupi Paulista e Presidente Prudente) que atraem familiares de

presos, especialmente os oriundos de São Paulo e grandes cidades do interior

paulista, que precisam de amparo social. Em breve, Santo Anastácio também terá

um presídio. De acordo com reportagens feitas pela mídia regional, como é o caso

do jornal O Imparcial de Presidente Prudente, em matéria veiculada no dia 15 de

outubro de 2015, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou a

construção de uma Penitenciária de Segurança Máxima no município de Santo

Anastácio (ANEXO H).

Para Antunes14, em pesquisa interna com as crianças e adolescentes

atendidos pelo Educandário, ficou constatado que:

3,65% das famílias possuem em seus membros, pai, avô, tio/a, irmão/ã ou algum parente próximo preso por tráfico ou uso de droga, homicídio e outros. Já no que tange a dependência química, 42,7% constitui em seu âmbito familiar algum membro que faz uso abusivo de bebidas alcoólicas e/ou é dependente de outros tipos de drogas ilícitas. Por esse motivo tem aumentado o nível de marginalização e violação de direitos em Santo Anastácio. Das crianças e adolescentes atendidos pela Instituição, a maioria vive em bairros periféricos, expostos aos diferentes tipos de riscos sociais e pessoais, convivendo diariamente com uma realidade que não contribui com o bom desenvolvimento físico, psíquico e social dos mesmos.

Vários são os fatores que colocam em risco o desenvolvimento social e

cognitivo de uma criança. Muito precisa ser realizado no município, desde o

incentivo às entidades até a criação de políticas públicas voltadas à prevenção e

proteção de crianças e adolescentes. De tal forma, torna-se imprescindível a

13

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, em 10 novembro 2015. 14

IDEM

43

existência do Educandário São José em Santo Anastácio, que atua contribuindo

para a solução e prevenção de vários problemas.

5.1.2 O Educandário São José

Em Santo Anastácio, no dia do 28º aniversário do município, em “19 de

novembro de 1953, as Irmãs chegaram à cidade de Santo Anastácio” (VALE, 2016),

onde foram bem recebidas pela população. De acordo com Jaloto (1995, p.419), “[...]

houve várias homenagens, com cânticos, entrega de flores, declamações de poesia

e discursos, quando num enorme clima de festa elas foram acolhidas pelo povo

anastaciano”.

A partir daí, deu-se início ao trabalho social desenvolvido pela

Congregação, por intermédio das Irmãs. O objetivo inicial foi prestar serviços

voluntários no Hospital de Caridade Anita Costa (Santa Casa), onde atuaram por

alguns anos.

Hoje, em sã consciência, não podemos negar o quanto essa Congregação fez em prol da nossa comunidade. Servas incansáveis de Jesus, muito especialmente em favor daqueles que sofriam nas dependências da Santa Casa local, bem como as meninas carentes de nossa cidade (JALOTO, 1995, p.420).

Com o passar do tempo, a Congregação tomou maiores proporções e,

para que os trabalhos pudessem ser mais bem desenvolvidos, foi preciso construir

uma sede. Após planejamentos, teve início grande campanha junto à comunidade e

empresários para que tal objetivo fosse alcançado. Em 1957, quatro anos depois

das Irmãs chegarem a Santo Anastácio, o sonho foi tornando-se realidade. “Em

1957 foi lançada a pedra fundamental no terreno da Vila Adorinda doado pela

anastaciana Irmã Cecília Fernandes Alba [...] cuja inauguração se deu em 14 de

janeiro de 1962” (JALOTO, 1995, p.424).

Depois de construído e inaugurado, o que hoje é conhecido como

Educandário São José, antes se chamou Colégio São José, uma vez que o objeto

inicial foi desenvolver atividades educativas em um internato, iniciando com 100

meninas. Conforme Benvenho (2013, p.34), “no primeiro ano de trabalho, funcionou

apenas o curso pré-primário e o de admissão ao ginásio e em 1963 iniciaram cursos

de primário e ginasial”.

44

Sobretudo, as atividades precisaram se adequar às mudanças sociais.

“No decorrer dos anos, o regime de estudar internas foi se tornando pouco atrativo

para a juventude que reivindicava mais liberdade, independência, poder de decisão

e outras conquistas” (BENVENHO, 2013, p.34).

Dentro desta perspectiva, em 1º de fevereiro de 1972, após reunião da

Congregação, o Colégio São José passou a ser denominado Educandário São José.

E não foi só o nome que mudou, mas também a forma de atendimento e o público

alvo, uma vez que especificações acerca do serviço social foram sendo criadas – em

especial após a Constituição de 1988.

Com a mudança, o objetivo foi o de assistir, gratuitamente, meninas

necessitadas, na faixa etária de 4 a 15 anos. “A nova prática de ensino acolheu

inicialmente 100 alunas que receberam assistência de ensino, aulas práticas de

culinária, corte e costura, bordado, orientação higiênica e alimentação”

(BENVENHO, 2013, p.38).

Tal trabalho perdurou por alguns anos, até que o Educandário passou

por nova alteração, modificando a metodologia de atendimento. A Instituição

manteve atendimento às mesmas meninas que estavam no Educandário e outras

que, eventualmente surgiam, no centro comunitário e nos próprios bairros onde

residiam, onde as Irmãs levavam atendimentos. Além das crianças e jovens, passou

a atender, inclusive, mulheres em situação de vulnerabilidade.

Contudo, as ações voltaram às instalações físicas do Educandário,

uma vez que “essa modalidade de trabalho nas comunidades não conseguiu atender

às necessidades do Projeto Social [...]. A necessidade de um atendimento mais

especializado exigiu a contratação de educadores na obra” (BENVENHO, 2013,

p.38).

Atualmente, o Educandário assiste 140 crianças e adolescentes de seis

a 15 anos de idade em contra turno escolar. As atividades são desenvolvidas em

dias úteis, com aulas esportivas (capoeira, futebol, karatê, basquete de rua e demais

atividades físicas), oficinas ambientais e de artesanato, aulas de computação e

outras, além de atividades artísticas e culturais. Periodicamente, a Instituição realiza

reuniões com os atendidos e com suas famílias, a fim de fortalecer vínculos.

O Educandário São José é localizado na rua Irmãs Missionárias, 166,

na Vila Adorinda – rua esta em homenagem às Irmãs da Congregação. O telefone é

(18) 3263-1732 e o CNPJ: 57.388.274/0002-06, cujo nome social é Obra Social

45

Educandário São José. A Instituição possui, inclusive, alguns registros, conforme é

apresentado a seguir:

QUADRO 2 – Certificado e Registros do Educandário

Registro no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) REG: Nº 001, em 07/02/2014.

Certificado de Utilidade Pública Municipal: Lei Municipal nº 276

Registro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA): REG: Nº 001, em 01/01/2014

Fonte: Educandário São José (2016)

5.1.2.1 Finalidades e objetivos sociais estatutários

O Educandário tem como finalidade e objetivos diversas ações de

proteção, desde o ensino até a assistência social, conforme segue alguns trechos do

artigo 4º do seu Estatuto:

Proporcionar o estudo, o ensino em todos os seus níveis e a difusão ilimitada das ciências, letras, artes, filosofia e religião [...]; Contribuir para a instrução, educação e promoção das pessoas [...] e outras práticas de educação, promoção humana e evangelização; Promover a assistência social através da proteção à família, à maternidade, à criança, ao adolescente, à juventude e à velhice [...]; Colaborar ou empreender movimentos ou eventos cívicos, sociais, religiosos, culturais, educacionais, artísticos, recreativos, esportivos e congêneres; Promover a prática da solidariedade humana, moral e material, coordenando [...] atividades em favor de pessoas ou grupos em todos os níveis de desamparo, da infância à velhice.

5.1.2.2 Ações de intervenção

O Educandário realiza ações socioassistenciais através de oficinas

culturais, artísticas e lúdicas, objetivando potencializar o desenvolvimento do

indivíduo e complementar a função social das famílias atuando através de

discussões e reflexões de questões relativas às várias formas de violência, com o

intuito de munir as crianças, adolescentes e seus familiares com informações, dando

respaldo a sua superação bem como criando ações preventivas em parceria com a

área da saúde. Dentro dessas ações destacam-se:

46

Pesquisas, palestras, campanhas e oficinas que coloquem em pauta discussões sobre drogas lícitas e ilícitas, a sexualidade, a gravidez, DST/AIDS, saúde mental e outras questões que contribuam para que o/a usuários/a tenha acesso a informações que garantam uma vida de melhor qualidade (ANTUNES, 2016).

Além desse trabalho de debate, reflexão e prevenção, a Instituição

também realiza a participação da criança e do adolescente no processo de

educação integral. Segundo Antunes15, isto ocorre através de:

Parcerias com os vários espaços de oportunidades educativas existentes no município e no território dos usuários/as, visando promover ações que favoreçam o empoderamento e ampliação de suas habilidades e potencialidades por meio da literatura, teatro, música, jogos, brincadeiras e outras metodologias que privilegiem experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social.

O Educandário trabalha no fortalecimento dos vínculos através e em

articulação com a saúde, a educação, a cultura e o esporte com a finalidade de

desenvolver ações conjuntas que demonstrem o mapeamento do território das

famílias atendidas.

Ações concretas que visem o fortalecimento das relações familiares e comunitárias e o desenvolvimento integral da criança e do adolescente; a ampliação da participação e protagonismo das famílias nas decisões do serviço; o fortalecimento das relações familiares enquanto meio de prevenir as diversas problemáticas que levam a família a desenvolver a vulnerabilidade social; a participação nas mobilizações da sociedade, poder público, conselhos, entidades e outras esferas sociais na discussão e implementação das políticas públicas destinadas à proteção da infância e da adolescência [...]; fortalecimento da rede socioassistencial do município através de uma participação ativa dos profissionais (ANTUNES, 2016).

Para efetivar as ações propostas, o Educandário necessita ser

amparado pela rede socioassistencial do município e com outras políticas públicas

que dão respaldo às ações realizadas pela Instituição, no sentido de garantir os

direitos das crianças e adolescentes. A rede, de acordo com a Norma Operacional

Básica do Sistema Único de Assistência Social (2015, p.20), do Ministério do

Desenvolvimento Social se trata de:

15

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, 10 novembro 2015.

47

É um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos, o que supõe a articulação dentre todas estas unidades de provisão de proteção social sob a hierarquia de básica e especial e ainda por níveis de complexidade.

Conforme Vanessa Magalhães16, presidente do Conselho Municipal da

Criança e do Adolescente (CMDCA), a rede socioassistencial em Santo Anastácio

reúne vários órgãos e instituições. Pelo Poder Público, está na rede a própria

Secretaria Municipal de Assistência Social que, dentre os seus trabalhos, monitora o

Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência

Especializado em Assistência Social (CREAS), Serviço de Acolhimento Institucional

para Crianças e Adolescentes (SAICA) e o Projeto Crescer.

Segundo Magalhães17, dentro do âmbito governamental, existe a

Secretaria Municipal de Cultura que realiza ações sociais e culturais, gerenciando a

Biblioteca Municipal “Doutor Geraldo Sekine”; o Programa Educacional de

Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), Programa Atleta do Futuro (PAF),

as escolas públicas (maternal a ensino médio, respectivamente): Centro de

Educação Infantil (CEI) Eugenia Ayres de Lima, CEI Raimundo Pismel, CEI Marisa

Amaral Garcia, Ensino Municipal Educação Infantil (EMEI) Alice Silva Guariento,

Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Tertuliano de Area Leão, EMEF

Professor Alberico da Silva César, EMEF Enrico Bertoni, Escola Estadual (EE)

Professora Alice Maciel Sanches, EE Professor Oswaldo Ranazzi, as Estratégias de

Saúde da Família (ESF) e Unidade Básica de Saúde (UBS), além dos parceiros

ligados diretamente ao Sistema de Garantia de Direitos (SGD): Conselho Tutelar,

Ministério Público e Poder Judiciário, juntamente com as instâncias de controle que

são o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e o próprio CMDCA.

No setor privado, de acordo com Magalhães18, faz parte da rede

socioassistencial o próprio Educandário e o Projeto Divina Providência, Associação

de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Abrigo de Idosos, Projeto Guri, Guarda

Mirim, o Hospital de Caridade Anita Costa e todas as escolas particulares: Cuidare

Berçário, Escolinha Rabiscando, Colégio Máximus, Colégio Átlas e Colégio Fênix.

16

Vanessa Magalhães, presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, em 22 março 2016. 17

IDEM 18

IDEM

48

5.1.2.3 Diretoria

O Educandário São José conta com uma diretoria geral, formada pela

presidente Ir. Benedita Domingos Nogueira, vice-presidente Ir. Neusa da Conceição

Vale, primeira secretária Ir. Dolores da Silva, segunda secretária Ir. Alaíde Bertoldo

da Silva, primeira tesoureira Ir. Sirlei de Souza Antunes (também atual coordenadora

do Educandário), e a segunda tesoureira Ir. Catharina Ribeiro de Campos.

QUADRO 3 – Diretoria

Presidente Ir. Benedita Domingos Nogueira

Vice-presidente Ir. Neusa da Conceição Vale

Primeira secretária Ir. Dolores da Silva

Segunda secretária Ir. Alaíde Bertoldo da Silva

Primeira tesoureira e coordenadora do educandário

Ir. Sirlei de Souza Antunes

Segunda tesoureira Ir. Catharina Ribeiro de Campos

Fonte: Educandário São José (2016)

A diretoria também possui um conselho fiscal, tendo como presidente a

Irmã Rosalia Culpo e como conselheiras as Irmãs Maria Rodrigues de Oliveira e

Benedita Vieira. A obra social Educandário é dirigida por uma coordenadora

nomeada pela diretoria geral, que realiza sua ação de forma colegiada, em reuniões

setoriais para decisões, programações e avaliações segundo as competências

atribuídas.

QUADRO 4 – Conselho Fiscal

Presidente Ir. Rosalia Culpo

Conselheira Ir. Maria Rodrigues de Oliveira

Conselheira Ir.Benedita Vieira Fonte: Educandário São José (2016)

Tendo em vista a realidade do município de Santo Anastácio, com

várias questões sociais vivenciadas pela população em situação de vulnerabilidade

social, a Congregação das Filhas de Maria Missionárias busca parcerias que

possam contribuir para a efetivação de sua missão de Educar para a Vida, como

meio de contribuir para a garantia de vida digna a todas as crianças, adolescentes e

seus familiares.

49

5.1.2.4 Estrutura de funcionamento

De acordo com Antunes19, as atividades desenvolvidas com as

crianças e adolescentes são realizadas em dias úteis (segunda a sexta-feira), das 8h

às 11h45 e das 13h às 17h. Todos os assistidos moram em Santo Anastácio. Alguns

critérios de admissibilidade do Educandário, segundo Antunes20, são:

Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social residentes nos territórios de abrangência da Instituição; crianças e adolescentes encaminhadas pelos serviços da proteção social especial: Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos; reconduzidas ao convívio familiar após medida protetiva de acolhimento e outros; crianças e adolescentes cujas famílias são beneficiárias de programas de transferência de renda; crianças e adolescentes deficientes, com prioridade para as beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC); [...] famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza.

O Educandário, ao atender 140 crianças e adolescentes, beneficia

cerca de 120 famílias, considerando que algumas têm dois filhos ou mais que são

assistidos. Para se chegar ao Educandário, há quatro caminhos: procura

espontânea; busca ativa do corpo técnico do Educandário; encaminhamento da rede

socioassistencial do município ou por encaminhamento das demais políticas

públicas. A Instituição possui ambiente físico com um enxuto quadro de recursos

humanos, entre os funcionários efetivos e prestadores de serviços, de acordo com

os quadros a seguir.

5.1.2.5 Ambiente físico

QUADRO 5 – Espaço Físico do Educandário

ESPAÇO FÍSICO

SALAS QUANTIDADE

Sala de acolhida

Secretaria 01

Salas de Atendimento Individual ou grupal

Coordenação, Psicologia e Serviço Social

03

19

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, em 10 novembro 2015. 20

IDEM

50

Espaços destinados às oficinas e atividades grupais

Piscina Pátio Quadra poliesportiva Quadra de Areia Área Recreativa coberta Palco Salas

01 01 01 01 01 01 08

Sala de estudo

Biblioteca 01

Serviço de alimentação

Refeitório, cozinha e depósito de alimentos.

03

Banheiros – piso inferior

Banheiro para portadores de deficiência Banheiro Masculino Banheiro feminino Banheiro de funcionários

01 sanitário

03 sanitários 04 sanitários 02 sanitários

Banheiros – piso superior

Banheiros masculinos Banheiros femininos

03 sanitários 03 sanitários

Fonte: Educandário São José (2016)

5.1.2.6 Recursos humanos

QUADRO 6a – Funcionários Efetivos

Funcionários Contratados em Regime da CLT

Função Quantidade

Qualificação Carga Horária

Semanal

Assistente Social

01 Serviço Social 30h

Auxiliar Administrativo

01 Ensino Médio 40h

Nutricionista 01 Nutrição 08h

Educador 01 Cursando Educação

Física

40h

Educadora 01 Pedagogia 40h

Educadora 01 Cursando Pedagogia

40h

Educadora 01 Letras/ Pedagogia em

curso

40h

Cozinheira 01 Ensino Médio 40h

51

Fonte: Educandário São José (2016)

Existem alguns profissionais que não são contratados pelo Educandário, e sim por

meio do Programa Atleta do Futuro (PAF), uma parceria entre a prefeitura municipal

e o SESI, que possibilita o exercício de atividades esportivas por meio de oficinas.

QUADRO 6b – Demais funcionários que atuam no Educandário

Profissionais que atuam na Instituição através de serviços, programas e projetos parceiros:

Função que exerce

Parceria Quantidade Qualificação Carga Horária

Semanal

Educador de Karatê

Programa Atleta do Futuro -

Prefeitura Municipal

/SESI

01 Ensino Médio – Curso de

Aperfeiçoamento em Karatê

08h

Educador de Capoeira

01 Superior - Educação Física

04h

Educador de

Basquetebol

01 Superior - Educação Física

10h

Total 03 Fonte: Educandário São José (2016)

Além do Educandário contar com funcionários remunerados e

profissionais que atuam através de serviços, programas e projetos parceiros, a mão

de obra voluntária é de grande importância, tendo uma participação significativa.

Secretária 01 Gestão em Saúde

40h

Auxiliar de Serviços Gerais

(Limpeza)

02 Ensino Fundamental Incompleto e

Médio

40h

Auxiliar de Serviços

Gerais (Horta, quintal, pomar e manutenção)

02 Ensino Fundamental

e Médio

40h

Psicólogo 01 A ser contratado

TOTAL 13

52

QUADRO 6c – Voluntariado

Voluntários/as

Cargo Quantidade Qualificação Carga Horária

Coordenadora Geral

01 Letras e Teologia

44h

Educadora Voluntária

01 Cursando Pedagogia

30h

Voluntárias 08 Ensino Fundamental

e Médio

04h

Voluntárias de eventos

- - Ocasionais

TOTAL 10 Fonte: Educandário São José (2016)

5.1.2.7 Recursos financeiros

De acordo com Vale21, os gastos mensais da Instituição norteiam por

volta de 40 mil reais. Um valor alto para se manter um projeto social. A origem dos

recursos que mantém as ações sociais do Educandário provém de três fontes:

pública, privada e própria. Os recursos públicos advêm de convênios com a

Prefeitura Municipal e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do

Estado de São Paulo.

Os recursos privados são provenientes de parceria com empresas,

entidades privadas e apoio institucional. Os recursos próprios resultam de eventos,

promoções, brechós de roupas e calçados e a venda de hortaliças. A dotação

orçamentária é de quase meio milhão de reais no ano:

QUADRO 7 – Fontes de Recursos do Educandário ORIGEM TIPO DE RECEITA VALOR ANUAL

EM R$

RECURSOS PRÓPRIOS

Recursos decorrentes de campanhas e animações

missionárias

R$ 149.533,76

RECURSOS PRÓPRIOS

Eventos/ promoções/brechós/horta

R$ 80.000,00

RECURSOS PRIVADOS

Recursos de doações e parcerias com empresas e entidades privadas/ Apoio

institucional

R$ 2.400,00

21

Neusa da Conceição Vale, Irmã e vice-presidente da Congregação Filhas de Maria Missionárias, em 8 março 2016.

53

RECURSOS PÚBLICOS

Convenio de 12 meses com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do

Estado de São Paulo.

R$ 27.000,00

RECURSOS PÚBLICOS

Subvenção Prefeitura Municipal de Santo Anastácio.

R$ 180.000,00

TOTAL

R$ 438.933,76

Fonte: Educandário São José (2016)

A exposição geral sobre o Educandário São José, mostrada

amplamente neste capítulo e parcialmente em outros, proporciona informações

pertinentes a atuação jornalística em prestação de AI, para o qual são cumpridas

etapas que são apresentadas a seguir:

5.2 Adaptação

Na fase de adaptação ocorre a projeção dos trabalhos, portanto as

ações de planos de divulgação e mailing list são essenciais para uma boa

comunicação com a mídia.

5.2.1 Planos de divulgação

Para que uma AI funcione de maneira satisfatória e eficiente, é

fundamental que tenha um planejamento elaborado. Após conhecer e obter todas as

informações sobre o local ou individuo a receber assessoramento, a Assessoria de

Imprensa deve elaborar um planejamento. Os autores deste TCC, com base na

análise feita junto ao Educandário São José e conhecendo o cronograma de

atividades da Instituição, elaborou planos de divulgação (APÊNDICE A) nos meses

de março e abril, para uma melhor organização sobre os releases que deveriam ser

enviados à imprensa.

5.2.2 Mailing list

A lista de contatos da mídia é fundamental para a atividade de AI, pois

ela busca organizar e facilitar as informações dos veículos de comunicação para o

54

assessor. Algumas dessas informações são: endereço, telefone, e-mail e nomes dos

responsáveis do veículo midiático (APÊNDICE B).

5.3 Ativação

A ativação é a etapa em que o assessor coloca as pautas em prática, e

no caso deste trabalho, ela teve inicio no dia 21 de março de 2016, com o envio de

releases para mídias impressas locais. No dia 1º de abril foi publicada uma matéria

em dois jornais impressos de Santo Anastácio, apresentando o grupo à população;

assim como no portal Prudendia, no dia 3 de abril. Foram produzidos e enviados

releases eletrônicos para veículos impressos e eletrônicos de Santo Anastácio e

Presidente Prudente.

5.4 Avaliação

A avaliação é a última etapa do planejamento de AI e através dela

pode-se ter um panorama entre a projeção e os resultados. Desde a ativação do

trabalho até a entrega final do projeto, foram conquistadas 14 divulgações dentre as

variadas mídias jornalísticas de Santo Anastácio de Presidente Prudente, nos meses

de março e abril.

O clipping das veiculações foi possível nas mídias impressas: “O Oeste

Paulista” e “Informe News” de Santo Anastácio, e “O imparcial” de Presidente

Prudente. Já os releases publicados na internet foram clipados do portal

“Prudendia”, blog “Sinomar”, do Facebook da Câmara Municipal de Santo Anastácio,

Santo Anastácio News e ONG Família Pipa.

A seguir é apresentado um relatório dos materiais enviados à imprensa

nos meses de março e abril de 2016 e uma avaliação sobre os mesmos, sendo que

não foi possível obter os áudios das rádios, pela falta de condição de acompanhar e

gravar as programações o dia todo.

55

QUADRO 8 – Avaliação dos releases enviados

Release Data da Veiculação

Veículo Avaliação

Divulgação da Festa do

Pastel

17/03/2016 Jornal O Oeste Paulista

Positiva. A matéria foi

divulgada na íntegra

Divulgação da Festa do

Pastel

17/03/2016 Jornal Informe News

Positiva. O release foi

publicado na íntegra

Divulgação da Horta

23/03/2016 Jornal O Oeste Paulista

Muito positiva. Release foi

publicado na íntegra, com

foto da AI

Divulgação da Horta

23/03/2016 Jornal Informe News

Negativa. A matéria não foi

publicada

Divulgação da Festa do

Pastel

28/03/2016 Portal Prudendia

Positiva. O release foi publicado

Divulgação da Horta

29/03/2016 Portal Prudendia

Muito positiva. A matéria foi publicada na íntegra e com

foto da AI

Divulgação do grupo de Assessoria

de Imprensa

30/03/2016 Jornal O Oeste Paulista

Muito positiva. A matéria foi publicada na íntegra e com

foto

Divulgação do grupo de Assessoria

de Imprensa

30/03/2016 Jornal Informe News

Muito positiva. A matéria foi

divulgada na íntegra e com

foto, com chamada na

primeira página

Divulgação do grupo de Assessoria

de Imprensa

30/03/2016 Portal Prudendia

Muito positiva. O release foi publicado na íntegra e com

foto

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 Jornal O Imparcial

Muito positiva. A reportagem foi publicada na íntegra e com

foto

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 Jornal O Oeste Paulista

Positiva. A nota foi divulgada

56

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 Jornal Informe News

Muito positiva. A matéria foi

publicada na íntegra, com foto e com

chamada na primeira página

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 G1

Presidente Prudente

Negativa. O release não foi

publicado

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 Blog do Sinomar

Positiva. A matéria foi

publicada na íntegra

Divulgação da Festa do

Pastel

06/04/2016 Blog do Toninho Moré

Negativa. O release não foi

publicado

Cobertura da Festa do

Pastel

13/04/2016 Jornal O Oeste Paulista

Muito positiva. A matéria foi

divulgada na íntegra e com

foto da AI

Cobertura da Festa do

Pastel

13/04/2016 Jornal Informe News

Muito positiva. A reportagem foi publicada na íntegra e com

duas fotos da AI

Assistente Social

19/04/2016 Jornal O Oeste Paulista

Positiva. A matéria foi

publicada na íntegra

Assistente Social

19/04/2016 Jornal Informe News

Negativa. A matéria não foi

publicada

Fonte: Elaborado pelos pesquisadores.

No dia 9 de abril foi aplicado um questionário junto ao público

participante da Festa do Pastel, para saber de que maneira o indivíduo teve

conhecimento sobre a realização do evento. Foram entrevistadas 114 pessoas: 80

mulheres e 34 homens, sendo 111 de Santo Anastácio e três do município de

Ribeirão dos Índios. Destes, 45 disseram ter ido à Festa do Pastel, evento realizado

pelo terceiro ano consecutivo, pela primeira vez; 25 disseram que era a segunda

vez; 33 falaram que era a terceira vez ou mais, já que o Educandário realiza outros

eventos do tipo e as pessoas não os distingui pelos nomes; e 11 não se lembravam,

exatamente, a quantidade de vezes. Dos entrevistados, 23 pessoas ficaram sabendo

da festa através de jornal, 19 tiveram conhecimento pela internet (Facebook do

57

Educandário), um foi pelo rádio, 11 através do som volante, 30 através de amigos e

28 por outros motivos como familiares, pessoas da comunidade, escola e igreja,

entre outros.

De acordo com os proprietários dos jornais locais, foco principal das

divulgações, Erivelto Lossano Depieri22 do jornal O Oeste Paulista e Aline Moreno

Dassie23 do jornal Informe News, antes da AI no Educandário pelo grupo, eram

muito raras as inserções nos jornais, acontecendo, eventualmente, quando se tinha

alguma festividade para arrecadação de fundos.

Em última entrevista com Antunes24, ocorrida no dia 2 de maio, o

Educandário sentiu os efeitos positivos da AI, uma vez que novos colaboradores

surgiram comprando hortaliças e contribuindo com o brechó.

[...] eu acredito que foi uma coisa muito positiva sim. As meninas que cuidam do Facebook vieram-me falar que houve muito compartilhamento nas postagens, e perceberam que tinha muita gente nova que estava acessando e que estava tomando conhecimento. Eu acredito muito nisso, e se fosse um tempo maior, com mais atividades, seria ainda melhor [...] Mas, mesmo com o curto espaço de tempo, veio muita gente procurar a horta, falando que tinha visto no jornal da cidade. Pessoas que vieram no Educandário para saber como que era – e sabíamos que a pessoa era nova e tinha vindo pela primeira vez. Aproveitávamos para perguntar como a pessoa tinha ficado sabendo, e eles falavam que foi por meio do jornal ou pelo Facebook.

Antunes25 ainda disse que várias pessoas não sabiam da existência

das hortaliças sem agrotóxicos, pois “teve muita gente que teve acesso através do

jornal e ficou sabendo que tinha a horta, porque tinha gente que não sabia que tinha

horta”. Em entrevista, a coordenadora enfatizou que novos colaboradores surgiram.

Foram muitas doações de pessoas desconhecidas que não sabia que nós recebíamos doações para o brechó, por exemplo. Tudo isso a agente percebeu que de fato teve um resultado positivo [...] somos muito agradecidas por terem se lembrado de nós e, em meio a tantas entidades, nos escolhido para realizar esse trabalho. Chegamos ao fim desse processo com uma imagem muito positiva.

22

Erivelto Lossano Depieri, proprietário do jornal O Oeste Paulista, em 19 maio 2016. 23

Aline Moreno Dassie, proprietária do jornal Informe News, em 19 maio 2016. 24

Sirlei de Souza Antunes, Irmã da Congregação Filhas de Maria Missionárias e coordenadora do Educandário São José, em 2 maio 2016. 25

IDEM

58

6 MEMORIAL DESCRITIVO

Para que este TCC fosse realizado, houve o aproveitamento do

conhecimento adquirido nas aulas de Jornalismo Empresarial, mas que foi estudado

mais amplamente agora.

O aluno Bruno Lozzi da Costa inicialmente não tinha ideia sobre qual

assunto abordaria para o seu trabalho. No dia em que foi decidido, em sala de aula,

a formação dos grupos, Bruno não pode estar presente por questões de sua ONG.

Alguns dias depois ficou sabendo que o aluno Jonathan Aparecido Maia também

havia ficado sem integrar grupo algum. Bruno, então, o convidou para que fizessem

juntos.

Um dia depois, o aluno Guilherme Martins da Silva, que só cursava

duas disciplinas no 7º termo noturno, falou com Bruno nos corredores da FACOPP e

perguntou com quem ele iria fazer o trabalho. A partir daí, em consenso com

Jonathan, o aluno Guilherme, que até então tinha o intuito de fazer um trabalho

envolvendo o esporte, integrou-se ao grupo.

Os três já sabiam que queriam realizar o trabalho juntos, mas ainda

faltava o tema. Inicialmente, Jonathan deu a ideia de fazer um informativo impresso

para Itororó do Paranapanema, distrito da cidade de Pirapozinho/SP. Porém, a ideia

não foi levada adiante. Foi aí que Bruno resolveu conversar com o professor Dr.

Roberto Mancuzo, quando surgiu a sugestão de ser desenvolvido um estudo no

Jornalismo Empresarial, mas especificadamente dentro da Assessoria de Imprensa,

em benefício de alguma organização sem fins lucrativos da região.

Em seguida, em sua casa, Bruno, ao visitar a conta do Facebook do

Educandário São José, teve a ideia de levar aos demais alunos à sugestão em se

fazer uma assessoria experimental na Instituição. No dia seguinte, pela manhã,

Bruno entrou em contato com o Educandário a fim de averiguar se algum outro

grupo de estudos já havia feito algo a respeito, e foi dito que há tempos atrás uma

aluna entrou em contato, fez uma visita, mas nunca mais apareceu. Na noite do

mesmo dia, Bruno levou a sugestão para o Jonathan e Guilherme, sendo que ambos

concordaram com a ideia.

De início, Bruno sugeriu que fosse realizada a AI utilizando vários

meios midiáticos. Seria a criação de um site ou blog, que seria abastecido com

notícias institucionais e de interesse público, oriundas do próprio assessoramento.

59

Utilizaria o vídeo (mediante uma conta no YouTube, com entrevistas sobre as

atividades desenvolvidas), a fotografia (com um banco de imagens) e, em meios

impressos, a própria reportagem em jornais locais e a criação de dois suplementes,

sendo um veiculado no início da assessoria e outro ao término. Tudo seria

compilado, organizado e vinculado no site ou blog: reportagens, vídeos, banco de

imagens, histórico e afim. Bruno ainda propôs que, ao término, fosse criada uma

pequena orientação com a coordenação do Educandário a fim de auxiliá-los em

como abastecer a mídia com reportagens, de qual forma enviar as notícias e até

mesmo como fotografar.

A ideia foi rejeitada, por conta do tempo e mão de obra que isso

exigiria, além de ter sido orientado por professores que não seria o melhor caminho

a se tomar no momento. Enquanto isso, as alunas Elaine da Silva e Jacqueline

Barreto Brogiato, tinham como intenção trabalhar com o tema fotografia. Porém, não

levaram a ideia adiante, pois o trabalho seria complexo para um pequeno grupo

desenvolver. Sendo assim, Elaine e Jacqueline aceitaram o convite de Bruno,

Guilherme e Jonathan para integrarem o grupo e desenvolver um trabalho voltado à

assessoria no Educandário São José.

Com o grupo completamente formado no mês de agosto de 2015, os

integrantes fizeram o pedido de autorização de trabalho experimental a Ir. Neusa da

Conceição Vale, vice-presidente da Congregação das Filhas de Maria Missionária

que, naquele momento, estava responsável pelo Educandário São José no lugar da

coordenadora Ir. Sirlei de Souza Antunes, que havia viajado ao Estado de Minas

Gerais para cuidar de sua mãe que passou por uma cirurgia. Sirlei, por sua vez, já

sabia da intenção do grupo, pois Bruno havia falado com ela. Assim, foi dada a

autorização por escrito.

Antes da apresentação do pré-projeto à pré-banca, os alunos se

reuniram várias vezes para se chegar a um denominador comum e definir quais os

objetivos do trabalho e o que pretendiam alcançar com a AI. Depois de concluído o

pré-projeto, o grupo apresentou, em outubro de 2015, o trabalho desenvolvido até

então, à pré-banca. Após ressalvas e apontamentos de erros que precisavam ser

eminentemente consertados, o trabalho foi aprovado. No mesmo momento da

apreciação, por indicação da supervisora de TCC Prof.ª Dra. Maria Luísa Hoffmann,

consenso do grupo e decisão do docente, ficou por definido que o professor de

radiojornalismo Homéro Ferreira seria o orientador.

60

Os encontros formais foram iniciados em fevereiro de 2016, sempre as

segundas-feiras. Logo na primeira orientação o professor Homéro decidiu, junto com

os alunos, como seriam divididos os capítulos do TCC e quais seriam as funções de

cada um no projeto teórico. Por escolha do próprio grupo ficou definido que as

alunas Elaine e Jacqueline ficariam responsáveis pela parte metodológica,

Guilherme e Jonathan com o aporte teórico de Assessoria de Imprensa e Bruno

responsável pela parte de Terceiro Setor e a descrição sobre a Congregação e o

Educandário.

A cada semana um fragmento dos capítulos era entregue para

supervisão do professor, que depois de corrigido e debatido era reeditado e

complementado. Os contatos durante os outros dias da semana também se

mantiveram via e-mail e por meio de um grupo do WhatsApp, criado exclusivamente

para fins do trabalho. Em meio às atividades de leitura e escrita que eram feitas

diariamente, foi iniciada a atividade prática de Assessoria de Imprensa no

Educandário São José.

A primeira atividade prática realizada foi a elaboração de um Mailing

List, para isso nós conversamos para decidir quais os veículos midiáticos que seriam

ideais para a nossa assessoria. Escolhemos os veículos impressos, de rádio e de

internet por acharmos que melhor se adequavam ao nosso trabalho. Escolhemos

Presidente Prudente, por ser a maior cidade de região, o que nos daria uma

relevante divulgação, mas o nosso maior foco foi em Santo Anastácio.

Depois fizemos os planos de divulgação, no qual ajudam a assessoria

a se orientar sobre as informações dos releases que seriam futuramente enviados.

Analisamos alguns TCCs e escolhemos um modelo de plano de divulgação

organizado e que facilitasse a compreensão das informações contidas, como data,

ação, produto, objetivo, fontes e fotos:

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

06/04

Ação

Festa do Pastel

61

Produtos

Release de divulgação do evento.

Objetivo

Divulgar a Festa do Pastel na semana do evento. O evento será realizado no sábado, dia

09 de abril e tem como objetivo arrecadar fundos para as atividades do Educandário.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 06/04)

Jornal Informe News (release eletrônico 06/04)

Jornal O Imparcial (release eletrônico 06/04)

Blog do Sinomar (release eletrônico 06/04)

G1 Prudente (release eletrônico 06/04)

Blog do Toninho Moré (release eletrônico 06/04)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

Tabela de Plano de divulgação

A primeira ida do grupo à Instituição para a atividade prática foi em 21

de março, numa segunda-feira. Com exceção de Bruno, que reside no município,

todos precisaram pegar a estrada para chegar até o Educandário. Foi também o

primeiro contato dos funcionários da Instituição com um grupo de alunos realizando

um trabalho acadêmico; foi uma experiência nova para todos. De início, houve certo

receio dos funcionários em relação ao trabalho, uma vez que todos os integrantes,

exceto Bruno, eram desconhecidos e o assessoramento não era uma realidade

presente no Educandário.

Nesta primeira ida, os pesquisadores foram recebidos pela assistente

social Sandra Silva Fortes, e pela Ir. Neusa. Sandra apresentou a estrutura física do

Educandário. Um local composto por muitas salas, brinquedos, computadores com

jogos educativos, um amplo refeitório e uma quadra coberta para a realização de

atividades e dos eventos beneficentes para arrecadação de fundos. O terreno ainda

62

conta com uma quadra para prática de futsal e basquete e um com espaço para o

um pomar e a horta orgânica.

O espaço também conta com uma piscina e um campo de futebol suíço

que, atualmente, estão inutilizáveis, mas que existe a intenção por parte do

Educandário de levantar recursos para a colocação de uma grama artificial,

construindo um campo de futebol que, juntamente com a piscina, poderão ser

usados não só pelas crianças como também pelos moradores da cidade – onde

terão um ambiente para praticar atividades esportivas em troca de uma pequena

contribuição financeira para ajudar a Instituição.

Para o envio dos releases achamos necessário um modelo que

trouxesse informações sobre a nossa assessoria e o Educandário. Pegamos um

documento do próprio educandário e o alteramos com nossas informações para que

isso facilitasse a nossa identificação para os veículos midiáticos, e também para dar

uma certa autenticidade para o release enviado.

63

Modelo de release

Já a partir da segunda visita, e de uma notícia que circulou nos dois

únicos jornais de Santo Anastácio (jornal O Oeste Paulista e jornal Informe News),

houve uma interação maior entre estudantes e integrantes do Educandário, pois a

64

reportagem veiculada era sobre os próprios estudantes que estavam fazendo um

trabalho de AI como trabalho universitário. Isso criou certa empatia das crianças e

até dos moradores com os alunos.

As crianças no início estranhavam a presença de rostos desconhecidos

do local e da vizinhança, mas com o tempo se acostumaram e se aproximaram dos

integrantes no decorrer das visitas. Já os funcionários, ao longo do tempo,

perceberam o empenho e intenção do grupo de ajudar o Educandário, o que acabou

gerando uma amizade e facilitou o trabalho que estava sendo realizado.

Nas outras visitas, foram realizadas entrevistas com funcionários para

que o grupo tivesse acesso a todas as informações da Instituição e assim pudessem

programar como e quais releases seriam produzidos inicialmente. Para que os

releases fossem enviados à imprensa, foi produzido um modelo próprio, com o logo

da Congregação e do Educandário São José, juntamente com os contatos dos

integrantes do grupo e o e-mail criado para a assessoria, conforme apêndice D.

Durante todas as visitas, o grupo registrou o máximo de fotos do local, pensando em

imagens que poderiam ser usadas em pautas.

Durante os encontros na Instituição e em conversas informais com a

coordenação, funcionários e munícipes, foi identificada a necessidade de reformular

e gerenciar a conta que o Educandário possui no Facebook, já que era negativo

para a imagem da instituição possuir uma rede pública que não continha

dados referenciais, formas de contato e tampouco algum tipo de

histórico ou descrição institucional. Desta maneira, mesmo compreendendo que o

uso de um perfil na rede social, a fim de divulgar informações, não se trata de uma

atividade própria da AI, o grupo resolveu realizar tal ação, pois esse tipo

de intervenção, dentro do Jornalismo Empresarial, consegue informar o público

interno e externo, além de alcançar mais pessoas. O grupo considerou os resultados

como positivos (APÊNDICE G). Depois de pedirem permissão a Ir. Sirlei e obtido

acesso à conta, Bruno ficou responsável por realizar as atualizações e fazer as

publicações.

O grupo também pretendeu alterar o nome que constava na conta, uma

vez que não era claro, porém, as configurações padrões do Facebook não

permitiram a alteração, pois sugeria que tal nome “Educandário” não era um nome

próprio – uma vez que tais padrões de uso rede social enfatizam que as contas são

65

permanentemente para pessoas e não negócios ou organizações. Com receio de a

conta ser bloqueada ou desativada, o grupo desistiu da alteração.

Após cinco dias da última publicação a quantidade de interação e

solicitações de amizades reduziu drasticamente, significando a importância em se

utilizar a rede social, neste caso em específico o perfil pessoal da Instituição, para

publicizar e legitimar as ações.

Em consonância com a conta do Facebook, o grupo teve a

oportunidade de realizar a cobertura jornalística, bem como desenvolver a prática da

AI na 3ª edição da Festa do Pastel do Educandário São José. Na festa foram

vendidas comidas típicas e realizado sorteios com o propósito de se arrecadar

fundos para a manutenção dos projetos desenvolvidos.

O evento aconteceu no dia 9 de abril, no mesmo dia em que ocorreu

uma festa no Lions Club, a divulgação de um show sertanejo que ocorreria algumas

semanas depois e um baile da terceira idade. E, mesmo com demais eventos

ocorrendo simultaneamente, a festa do Educandário contou com um público

estimado de 300 pessoas – que foi suficiente para que se consumissem todos os

pasteis e espetinhos.

A cobertura fotográfica da festa foi realizada pela aluna Elaine, com

sua câmera particular DSLR da marca Nikon, modelo D90, lentes 50mm e 18-

105mm. Nas fotografias buscou-se registrar o evento de modo geral, para que se

mostrasse o público que prestigiava e também os detalhes essenciais para o

acontecimento: de um lado a comunidade presente e do outro os voluntários que

trabalhavam para que todos pudessem ser atendidos.

Além da cobertura fotográfica, o grupo aplicou um questionário para ter

conhecimento sobre os meios midiáticos que levaram os munícipes a prestigiar o

evento.

66

Modelo de questionário

O questionário fechado foi aplicado pelos pesquisadores: Elaine,

Guilherme, Jacqueline e Jonathan, enquanto Bruno colaborou com o evento

realizando a locução, em nome da Instituição, agradecendo aos patrocinadores,

67

parceiros e público presente, bem como enfatizando o trabalho do grupo de estudos

e todas as atividades, produtos e serviços disponibilizados pelo Educandário à

população.

A comunidade, que esteve presente para apoiar o Educandário, foi

bem receptiva ao questionário aplicado, já que sabiam se tratar de um trabalho que

visava ajudar a própria Instituição. Sendo assim, foi possível conseguir números

imprescindíveis para a análise de resultados. Algo que surpreendeu e deixou o

grupo muito contente foi que muitos moradores reconheceram os integrantes pela

pelas notícias publicadas, o que gerou muitos diálogos positivos.

Depois de compilada a peça prática realizada pelos alunos, voltou-se a

separar os afazeres para cada aluno para a finalização do TCC, ficando as alunas

Elaine e Jacqueline com a introdução, Jonathan com as considerações finais e

Guilherme e Bruno com o encadeamento das informações e a correção final.

Na terça-feira, 26 de abril, data esta que havia ficado estipulada pelo

professor Homéro para que fosse enviado o trabalho pronto via e-mail para que ele

pudesse analisá-lo antes de ser entregue na Hemeroteca no dia 3 de maio, o aluno

Bruno perdeu do pen drive toda a atualização que havia feito das 13h46 às 17h43,

necessitando refazer por completo durante a noite e a madrugada.

Juntando com a correção do capítulo introdutório e metodológico pela

Elaine, e a desfragmentação de dados e elaboração final de conteúdo de alguns

tópicos do capítulo de prática de assessoria pelo aluno Guilherme, Bruno finalizou o

trabalho enviando ao professor Homéro às 11h09 do dia seguinte. Os alunos Bruno

e Guilherme ficaram editando durante toda a noite, ininterruptamente.

No dia 2 de maio o grupo teve mais um contato com o professor

Homéro antes de ser entregue à banca de qualificação. Durante a noite do dia 2 e o

dia 3, foram corrigidos os últimos apontamentos e entregue à Hemeroteca.

Em 16 de maio tivemos a nossa banca de qualificação, comandada

pelos professores Roberto Mancuzo e Fabiana Alves, no qual eles avaliaram nosso

trabalho e deram sugestões para melhorias do trabalho. Após a banca o grupo

Confeccionamos um Press Kit, de uma folha, frente e verso e colorido. Com o

objetivo de ter maior durabilidade, além de poder ser feitas anotações e ser fácil

para guardar, o plastificamos. Como não tínhamos recursos, reutilizamos alguns

chaveiros do Educandário, onde colocamos um em cada informativo enroscado em

68

um buraco feito com furador de papel. Deixamos uma cópia com o Educandário e

distribuímos aos jornais locais.

Também organizamos uma entrevista, via celular, com a rádio 101.1

FM de Prudente. Bruno Lozzi foi entrevistado, explicando sobre a origem do trabalho

e o que motivou o grupo a desenvolvê-lo, bem como a assistente social Sandra

Regina que explicou sobre o Educandário e ainda pode anunciar sobre a maior festa

de arrecadação de fundos da instituição que acontecerá dia 11 de junho, o Arraia do

Educandário.

Tentamos marcar duas visitas técnicas, porém, por motivos pessoais

dos convidados não foi possível. Mas mesmo assim reforçamos sobre o

Educandário e sua importância na sociedade. Fomos atrás para marcar uma

entrevista na rádio local, a Rádio Integração 104.9 FM, porém, por conta de uma

tempestade que queimou alguns aparelhos, não foi possível por não ter chegado os

novos equipamentos até o momento.

No dia 7 de junho, o grupo recebeu uma congratulação da Câmara

Municipal de Santo Anastácio (ANEXO J), pela importância do trabalho na formação

da identidade institucional do Educandário.

69

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este TCC se propôs a desenvolver um trabalho prático experimental de

AI, no qual se leva em consideração o fator de responsabilidade social do jornalista,

bem como os objetivos pretendidos pelo assessorado. A comunicação externa foi

feita de acordo com a periodicidade das mídias locais, já que os jornais veiculam

somente as sextas-feiras, focando nas atividades desenvolvidas pelos cinco

integrantes do grupo durante o assessoramento no Educandário. O planejamento de

assessoria foi formado por quatro etapas que são definidas como: análise,

adaptação, ativação e avaliação, no que propõe Richers (apud FERRARETTO,

2009, p.35).

O Educandário é caracterizado como Terceiro Setor por desenvolver

trabalhos sociais e educacionais em prol de crianças e adolescentes, e, apesar de

ser respeitado pela sociedade por conta do trabalho que exerce, a visibilidade de

suas ações era praticamente inexistente, podendo-se notar que a falta de um

jornalista resulta na carência de relacionamento com imprensa, daí a atividade

prática de Assessoria de Imprensa que o grupo autor deste estudo decidiu fazer.

Essa atividade prática foi fruto do conhecimento adquirido ao longo do

curso de Comunicação Social e principalmente nas aulas de Jornalismo

Empresarial, além da prática das linguagens dos textos produzidos para diferentes

veículos de comunicação, aprendidas em outras disciplinas. Com isso, pode-se ter

uma visão real de como é o funcionamento desse serviço, incluindo a relação com

os jornalistas responsáveis pelos veículos de comunicação.

Os textos publicados (ANEXOS E e F), mostram que houve aceitação

dos releases enviados. Foi perceptível a aceitação do trabalho experimental,

respondendo à proposta do objetivo geral. Os objetivos específicos também foram

alcançados ao investigar a origem e o histórico da Instituição ao longo de décadas

de atuação; ao analisar suas ações educacionais de atendimento e da busca de

contribuições para manutenção de suas atividades; ao produzir experimentalmente o

serviço de assessoria de imprensa de modo a fortalecer a imagem da instituição

diante da sociedade, e ao avaliar os possíveis impactos causados ao Educandário

com o serviço comunicacional.

Ainda vale ressaltar que além do trabalho experimental de AI, foi feito

uma complementação de divulgação na conta da rede social Facebook do

70

Educandário, com a atualização do perfil contendo dados e o histórico institucional,

bem como usando o meio para divulgar as ações desenvolvidas a fim de

complementar, redistribuir e ampliar as possibilidades de disseminar as notícias.

Antes de qualquer intervenção do grupo no Facebook, o Educandário

tinha 2055 contatos adicionados. Durante 16 dias de gerenciamento a conta

recebeu, espontaneamente, 387 solicitações de novas amizades de pessoas de

diferentes gêneros, idade e cidade, em apenas nove publicações que resultaram em

771 curtidas e 121 compartilhamentos.

Os autores deste TCC, no âmbito da contribuição social, irão propor à

direção do Educandário São José que mantenha o serviço de AI, seja ele

remunerado ou voluntário, de preferência prestado por um jornalista, mas, caso não

seja possível, que abrigue como estagiário um estudante de Jornalismo.

De acordo com a coordenação, o serviço de AI teve um resultado

positivo, levando novos colaboradores a doarem, adquirirem produtos e a conhecer

a Instituição. Os meios de comunicação local também constataram um maior volume

de reportagens enviadas pelo Educandário após o assessoramento. Os proprietários

dos jornais O Oeste Paulista, Erivelto Lossano Depieri, e Informe News, Aline

Moreno Dassie, afirmaram que antes deste trabalho as publicações eram

esporádicas, normalmente limitadas aos eventos que aconteciam na instituíção, o

que mostra a importância do trabalho desenvolvido, mesmo que a periodicidade dos

jornais impressos de Santo Anastácio seja de uma semana e o trabalho prático

tenha sido realizado num curto espaço de tempo.

Para cada integrante do grupo, este trabalho impactou pela ampliação

dos estudos teóricos e pela atividade prática, podendo servir de consulta para outros

estudos; respondendo, assim, à contribuição com o meio acadêmico. Este TCC

ficará a disposição dos alunos da Faculdade de Comunicação Social de Presidente

Prudente (FACOPP), na Hemeroteca, para consultas que sirvam de aporte teórico e

ainda para os que queiram dar continuidade à atividade iniciada.

71

REFERÊNCIAS

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72

LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em Comunicação: formulação de um modelo metodológico. São Paulo: Loyola, 1990. MAGALHÃES, Gildo. Introdução à metodologia cientifica: caminhos da ciência e tecnologia. São Paulo: Ática, 2005. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013. MONTEIRO, Graça França. A Notícia Institucional. In: DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica. DUARTE, Jorge (org.). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 115-136. PNUD. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro. 2013. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=3750>. Acesso em: 12 abr. 2016. SAIA, Bruno. SAP confirma construção de presídio em Anastácio. O Imparcial, Presidente Prudente. 15 out 2015. Disponível em: <http://www.imparcial.com.br/site/sap-confirma-construcao-de-presidio-em-anastacio>. Acesso em: 13 abr. 2016. SÃO PAULO. OAB. Cartilha Terceiro Setor. 2011. Disponível em: <http://www.oabsp.org.br/comissoes2010/direito-terceiro-setor/cartilhas/REVISaO%202011Cartilha_Revisao_2007_Final_Sem%20destaque%20de%20alteracoes.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016. SAPONARA, Janine. Comunicar é preciso: Como ONGs podem se comunicar melhor com a imprensa. São Paulo: Abracom. 2007. SEADE. Santo Anastácio - Território e População. 2015. Disponível em: <http://www.imp.seade.gov.br/frontend/#/perfil>. Acesso em: 12 abr. 2016. TACHIZAWA, Takeshy. Organizações não governamentais e Terceiro Setor: criação de ONGs e estratégias de atuação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1990. WEY, Hebe. O processo de relações públicas. Novas buscas em comunicação. São Paulo: Summus, 1986. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

73

ANEXOS

74

ANEXO A

DIÁRIO OFICIAL

75

Esta imagem, retirada do arquivo da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), é a promulgação da nº 2076, de 19/11/1925 que cria o município de Santo Anastácio.

76

ANEXO B

REPORTAGEM MAIS ANTIGA DO EDUCANDÁRIO ARQUIVADA PELA INSTITUIÇÃO

77

A imagem a seguir é a reportagem mais antiga que se tem acesso do Educandário.

Fonte: Arquivo do Educandário

78

ANEXO C

AUTORIZAÇÃO PARA ASSESSORIA DE IMPRENSA

79

80

ANEXO D RELATÓRIO DO PROJETO DE EXTENSÃO

81

82

83

84

85

86

87

ANEXO E CLIPPING IMPRESSO

88

Santo Anastácio Sexta-feira, 18 de março de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 3

89

Santo Anastácio Sexta-feira, 18 de março de 2016.

Jornal Informe News Pg. 3

90

Santo Anastácio Quinta-feira, 24 de março de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 5

91

Santo Anastácio Sexta-feira, 01 de abril de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 2

92

Santo Anastácio Sexta-feira, 01 de abril de 2016.

Jornal Informe News Pg. 5

93

Santo Anastácio Sexta-feira, 08 de abril de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 3

94

Santo Anastácio Sexta-feira, 08 de abril de 2016.

Jornal Informe News Pg. 5

95

Presidente Prudente Sábado, 9 de abril de 2016.

Jornal O Imparcial Pg. 3

96

Santo Anastácio Sexta-feira, 15 de abril de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 3

97

Santo Anastácio Sexta-feira, 15 de abril de 2016.

Jornal Informe News Pg. 5

98

Santo Anastácio Sexta-feira, 22 de abril de 2016.

Jornal O Oeste Paulista Pg. 5

99

ANEXO F CLIPPING ELETRÔNICO

100

Presidente Prudente Sexta-feira, 01 de abril de 2016

Portal Jornal Prudendia

101

Presidente Prudente 02 de abril de 2016

Portal Jornal Prudendia

102

Presidente Prudente 03 de abril de 2016

Portal Jornal Prudendia

103

Presidente Prudente 08 de abril de 2016

Blog Sinomar

104

Santo Anastácio Sexta-feira, 08 de abril de 2016.

Câmara Municipal

105

Santo Anastácio Sexta-feira, 08 de abril de 2016.

Santo Anastácio News

106

ANEXO G ENTREVISTAS

107

Entrevistada: Ir. Sirlei de Souza Antunes, coordenadora do Educandário

Data: 10 de novembro de 2015, às 16h30

1 – Qual sua atribuição na Congregação Filhas de Maria Missionárias e no

Educandário São José?

Na Diretoria da Congregação eu sou Tesoureira, e no Educandário eu sou

Coordenadora.

2 – Está na coordenação do Educandário há quanto tempo?

Assumi a coordenação em 2011.

3 – Quais os princípios que dão base ao trabalho desenvolvido pela

Congregação das Filhas de Maria Missionárias no Brasil e no Mundo?

A missão institucional e os objetivos contidos no Estatuto Social; os documentos do

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização das Nações

Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), organizações mundiais que

trazem na pauta internacional o Direito de Crianças e Adolescentes, a serem

respeitados como sujeitos em situação peculiar de desenvolvimento; a Constituição

Federal de 1988 que trata do cidadão e de seus Direitos; as regulamentações do

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Lei Orgânica da Assistência Social

(LOAS), na Lei de Diretrizes Básica da Educação (LDB) e no Estatuto do Idoso; e o

Plano Nacional de Assistência Social (2004), o Sistema Único de Assistência Social

(SUAS 2005), a Norma Operacional Básica (NOB 2005) e a Norma Operacional

Básica de Recursos Humanos (NOB RH).

4 – Como foi a visão da Congregação frente às necessidades sociais?

Na década de 1970 onde a Congregação atuava, constataram-se muitas violações

que a população pobre sofria e que estava crescendo de modo muito preocupante,

como falta de emprego, pessoas sendo exploradas, pouquíssimo acesso às políticas

públicas, marginalização. Assim, diante desta realidade, a Congregação

redimensionou sua prática, assumindo um trabalho na formação integral de crianças,

adolescentes, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade, risco pessoal e

social, comprometendo-se com a garantia de direitos, de proteção e dignidade.

5 – Qual é a atuação social Congregação no Brasil?

Educandário São José em Santo Anastácio/SP e Casa de Noviciado em Belo

Horizonte/MG, como também nas comunidades inseridas no meio popular: Cotia/SP,

Porto Velho/RO e Tianguá/CE, onde buscaram desenvolver ações que respondam à

108

diversidade territorial, regional, às características culturais, sociais e econômicas das

localidades onde se faz presente.

6 – A geração de emprego auxilia na vida familiar e, consequentemente, na

vida das crianças e dos adolescentes que são assistidos pelo Educandário?

Com certeza. Para se ter ideia, o município era contemplado com algumas indústrias

que traziam muitos empregos. Uma parcela da cidade conseguia seu sustento em

firmas e demais locais em cidades vizinhas, principalmente no município de

Presidente Prudente por ser um polo regional. Sobretudo, Santo Anastácio não

consegue oferecer oportunidades de empregos para todos os munícipes. Com o

fechamento de uma usina sucroalcooleira e uma indústria de óleos vegetais em

2012 e 2013, muitos empregos foram perdidos, consequentemente aumentando o

número de desempregos no município. Muitos desses familiares faziam parte do

quadro de funcionários dessas indústrias. De acordo com dados levantados dentro

do âmbito institucional, 40 de 116 famílias atendidas há em sua composição familiar

algum membro desempregado. Com isso, os mesmos recorrem a empregos

informais para conseguirem os mínimos sociais: alimentação, habitação, vestuários,

higiene, educação.

7 – Quais as violações contra crianças e adolescentes mais latentes em Santo

Anastácio?

Entre as violações que se encontram no município, as que mais são constatadas

são: analfabetismo, evasão escolar, marginalização, tráfico de drogas, prostituição,

aliciamento de menores, violência doméstica, negligência e abandono familiar,

prédios e ruas deterioradas, falta de habitação, falta de alimentação, casos de

desnutrição, falta de atendimentos especializados na saúde pública, ensino escolar

precário, conselhos municipais desorganizados, violência urbana, gravidez na

adolescência, dependência química, problemas de saúde mental (transtornos

psíquicos) entre outras. Muito trabalho para resolver isso está sendo feito,

principalmente pelas instituições, porém, vários destes casos se agravam devido à

falta de mecanismos e/ou profissionais, como é o caso da saúde, pois, embora hoje

o município conte com dois psicólogos atendendo pelo SUS, ainda existe demanda

reprimida.

8 – Há mais algum dado quanto às famílias de crianças e adolescentes que são

ou já foram atendidos pelo Educandário?

109

Em pesquisa realizada por técnicos do Educandário no período de julho de 2014, se

constatou que 26,60% compõem o quadro de famílias monoparentais, ou seja, onde

a mulher é a mantenedora. E, destas, 32,92% das mães trabalham como

domésticas/diaristas, ganhando menos que um salário mínimo, sendo que na maior

parte dos casos não há registro em carteira. Vale-se salientar, inclusive, como

estamos contextualizando algumas problemáticas, que 3,65% das famílias possuem

em seus membros, pai, avô, tio/a, irmão/ã ou algum parente próximo preso por

tráfico ou uso de droga, homicídio e outros. Já no que tange a dependência química,

42,7% constitui em seu âmbito familiar algum membro que faz uso abusivo de

bebidas alcoólicas e/ou é dependente de outros tipos de drogas ilícitas. Por esse

motivo tem aumentado o nível de marginalização e violação de direitos em Santo

Anastácio. Das crianças e adolescentes atendidos pela Instituição, a maioria vive em

bairros periféricos, expostos aos diferentes tipos de riscos sociais e pessoais,

convivendo diariamente com uma realidade que não contribui com o bom

desenvolvimento físico, psíquico e social dos mesmos.

9 – Como é a atuação do Educandário para sanar os problemas sociais

encontrados?

Realizamos diversas ações, dentre elas ações culturais, artísticas e lúdicas, com o

intuito de auxiliar o desenvolvimento do da criança e do adolescente e complementar

a função social por intermédio de debates e reflexões. Tais discussões têm o

objetivo de trazer questões relativas às formas de violência, tendo como finalidade a

instrução por meio de Pesquisas, palestras, campanhas e oficinas que coloquem em

pauta discussões sobre drogas lícitas e ilícitas, a sexualidade, a gravidez,

DST/AIDS, saúde mental e outras questões que contribuam para que o/a usuários/a

tenha acesso a informações que garantam uma vida de melhor qualidade. O

Educandário também realiza ações em parcerias com os vários espaços de

oportunidades educativas existentes no município e no território dos usuários/as,

visando promover ações que favoreçam o empoderamento e ampliação de suas

habilidades e potencialidades por meio da literatura, teatro, música, jogos,

brincadeiras e outras metodologias que privilegiem experiências lúdicas, culturais e

esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e

proteção social. O Educandário também trabalha em parceira com as áreas da

saúde, da educação, da cultura etc., com a finalidade de desenvolver ações

concretas que visem o fortalecimento das relações familiares e comunitárias e o

110

desenvolvimento integral da criança e do adolescente; a ampliação da participação e

protagonismo das famílias nas decisões do serviço; o fortalecimento das relações

familiares enquanto meio de prevenir as diversas problemáticas que levam a família

a desenvolver a vulnerabilidade social; a participação nas mobilizações da

sociedade, poder público, conselhos, entidades e outras esferas sociais na

discussão e implementação das políticas públicas destinadas à proteção da infância

e da adolescência, procurando traçar meios de prevenir a vulnerabilidade social;

fortalecimento da rede socioassistencial do município através de uma participação

ativa dos profissionais do serviço nos Conselhos de Direitos.

__________________________________________________________

Entrevistada: Ir. Neusa da Conceição Vale, vice-presidente da Congregação

Data: 8 de março de 2016, às 16h

1 – Qual a origem do Educandário, e quando passou a atender crianças e

adolescentes? Essa trajetória enfrentou dificuldades para chegar ao que existe

hoje?

As Irmãs Filhas de Maria Missionárias chegaram ao Brasil em 1952, vindo da Itália e

foram diretamente para as cidades de Salto Grande e Ourinhos-SP. Em 19 de

novembro de 1953, as Irmãs chegaram à cidade de Santo Anastácio. Em 1957, teve

inicio a construção do chamado Colégio São José em Santo Anastácio. Em 11 de

fevereiro de 1972, o Colégio São José se transformou em Educandário.

Sim, enfrentamos sempre muitas dificuldades, vivenciamos momentos de grandes

crises mesmo de alimentação para as crianças e adolescentes, sobretudo na

década de 1980. Tudo foi acontecendo num processo de muita luta, incentivo e

cooperação

2 – Quantas crianças e adolescentes são atendidos hoje? Há um número de

crianças atendidas desde o início? Quais histórias de crianças que passaram

por aqui e conseguiram alguma projeção na sociedade?

O Educandário já atendeu mais de 320 crianças e adolescentes há alguns anos

atrás. Não saberia dizer exatamente o número, pois merece uma pesquisa mais

aprofundada em nossos arquivos e isso requer tempo, mas é fato que desde 1972 o

Educandário São José acolhe um publico superior a 200 crianças e adolescentes

por ano. Este ano de 2016, devido a alegação da crise por parte do Estado e da

Prefeitura, fizemos a inscrição para 140 crianças e adolescentes, deixando uma

111

margem de 15 a 20 vagas para aquelas situações particulares que surgem durante o

ano letivo, portanto, um publico considerado de aproximadamente 160 entre

crianças e adolescentes.

Temos muitos casos de crianças que foram educadas nos projetos e hoje estão no

mundo da profissionalização, exemplo muito nobre é da Sandra Regina Silva, hoje

assistente social no serviço de convivência do Educandário São José. Temos mais

dois educadores que foram usuários do serviço e tantos outros, tem um percentual

grande que fizeram ou estão cursando faculdade, muitas mães que entraram na

faculdade...

3 – Quanto à manutenção do Educandário, de onde advém a parte financeira:

governo, doações, imposto de renda, venda de produtos, festas beneficentes?

Qual o percentual de cada fonte de recursos?

O que existe é uma parceria entre Estado e Prefeitura. Uma contribuição pequena

em relação a manutenção total do Projeto. Existe uma participação de doações

diversas dos amigos solidários que se concretiza na doação em dinheiro ou espécie.

Normalmente se organiza três eventos durante o ano para angariar fundos como o

Arraia, Festa do Pastel ou Quermesse e outras promoções. Estes eventos contam

com a participação da população que generosamente faz suas doações, apesar de

ser pequenas estas doações em comparação ao custo total da manutenção do

projeto.

4 – Há auxílio de voluntários da cidade e da região? O Educandário recebe

apoio do exterior, seja em doações ou voluntariado?

Sim, o Educandário desde seu início conta com uma participação significativa de

voluntários e voluntárias. Muitas atividades e oficinas são realizadas unicamente

com a doação voluntaria de tantas pessoas, seja com doações em espécie como a

dedicação com serviços nas atividades do projeto.

Temos uma expressão significativa de voluntários vindo da Itália cada ano.

5 – Para você, qual a importância do Educandário à sociedade e,

principalmente, na vida das crianças, dos adolescentes e seus familiares?

A missão do Educandário é “Educar para a Vida”. Isso já define o compromisso e o

cuidado que o Projeto tem para com seu publico.

O Educandário São José tem consciência e preza seu público, sobretudo no que diz

respeito o ser pessoa. Temos consciência que acolhemos pessoas e muitas vezes

em situações complexas de violência, de exclusão, de preconceito e de pobreza.

112

Portanto, saber acolher cada pessoa como ser humano, respeitar, escutar, dialogar,

valorizar e muitas vezes assumir aquela postura de animadores e animadoras da

vida ameaçada por tantas fragilidades e carências.

6 – O poder público incentiva as ações do Educandário?

Muito pouco. Acreditamos que se poderia ter um apoio maior e bem mais

significativo diante da missão que temos com o público de Santo Anastácio.

7 – Qual é a estrutura administrativa do Educandário, como ela é decidida e se

há renovação? Se existe, ocorre de quanto em quanto tempo?

Existe uma Diretoria Administrativa, o Conselho Fiscal e a coordenadora do Projeto.

A Diretoria e o Conselho Fiscal são eleitos a cada três anos. É da competência da

Diretoria escolher a coordenadora do Educandário por um período de três anos,

podendo ou não ser renovado.

8 – Quantos são os funcionários e em quais funções, gerando qual custo de

folha de pagamento?

Temos atualmente 12 funcionários contratados nas funções de: quatro serviços

gerais, duas cozinheiras, uma secretaria, três educadores, uma assistente social, um

menor aprendiz e duas religiosas voluntárias: sendo uma educadora e outra

coordenadora do Educandário.

O custo total do projeto mensalmente gira hoje em torno de R$40 mil.

9 – Quais foram os momentos de maior dificuldade e por qual razão? Como

foram superados?

O Educandário desde seu inicio sobrevive das ajudas, das promoções e, sobretudo,

da solidariedade de amigos e comunidades. A maior parte das ajudas financeiras

ainda de amigos da Itália, grupos e paróquias motivados pelas Irmãs da

Congregação das Filhas de Maria Missionárias que estão na Itália. Em nível local

existe uma participação significativa de pessoas que colaboram com doações

diversas. Tem também um convenio com a Prefeitura local e com o Estado.

O fato é que o projeto do Educandário sempre sobreviveu no limite financeiro, muito

próximo da lógica do “Óbolo da Viúva do Evangelho” que sobrevive a partir do

mínimo. Cada fim de mês o caixa fica vazio economicamente e a cada mês tudo

recomeça na esperança e na confiança da solidariedade de amigos que

generosamente partilham o que tem para que o projeto tenha sua continuidade junto

a seu publico.

113

10 – Há uma preocupação em ampliar a visibilidade do Educandário? Qual o

pensamento de vocês sobre isso?

Sim, as últimas diretorias e todos os educadores têm plena consciência da

necessidade de visibilizar o Educandário. A diretoria tem buscado assessoria para

vislumbrar esta possibilidade e para que se torne logo uma realidade no

Educandário.

______________________________________________________________

Entrevistada: Aline de Haro Rodrigues, Secretária Municipal de Assistência Social

Data: 11 de março de 2016, às 15h

1 – Qual o número total de crianças e adolescentes atendidos nos projetos

socioassistenciais no município? Quais são os impactos surgidos com a

Proteção Social Básica em Santo Anastácio? Quantos são os projetos de

atendimento a crianças e adolescentes que a Prefeitura tem conhecimento e

como é feito esse cadastro?

O número de crianças e adolescentes previstos nos Serviços de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos (SCFV) no município de Santo Anastácio são:

Lar de Menores Dr. Arthur Ramos e Silva Jr. (Divina Providencia) 60 usuários;

Congregação das Filhas de Maria Missionárias 160 usuários;

Projeto Crescer 70 usuários;

Estes serviços têm ou deveria ter como impactos sociais esperados, a prevenção de

situações de vulnerabilidades e risco social, decorrente de situações vivenciadas

pelas famílias nos territórios que podem estar associados à pobreza, discriminação,

fragilização dos vínculos familiares e comunitários, falta de acesso à renda ou a

precariedade na inserção dos serviços públicos.

Mediante as demandas citadas e apresentadas pelas crianças, adolescentes e suas

famílias, o trabalho realizado pelo SCFV deve pautar suas ações com as famílias

através de ações reflexivas, que visam a proteção, garantia e efetivação do direito

da criança e do adolescente.

Com as crianças e adolescente os resultados esperados devem estar voltados à

convivência familiar e comunitária, que possibilitem relações de afetividade, respeito,

solidariedade, bem como, o desenvolvimento de potencialidades e habilidades.

Estas ações devem ocorrer através de experiências lúdicas, artísticas, culturais,

esportivas e de lazer.

114

Atualmente existem no município três SCFV para crianças e adolescentes com a

faixa etária de 06 a 15 anos.

A inserção da criança/adolescente ocorre através do cadastro realizado pelo SCFV

na qual as famílias buscam pelo serviço espontaneamente, ou através de

encaminhamento pelo Conselho Tutelar, ou até mesmo pela rede de serviço

socioassistencial.

2 – Qual a importância do Educandário à sociedade e no desenvolvimento dos

assistidos e seus familiares?

O Educandário bem como, os outros Serviços de Convivência e Fortalecimento de

Vínculos, tem papel de fundamental importância para o município, uma vez que

tipificados como proteção social básica desenvolvem ações preventivas, protetivas e

proativas a crianças e adolescentes evitando a violação de direitos, a fragilização

dos vínculos familiares, o trabalho infantil, a evasão escolar bem como, situações

que levam as famílias enfrentarem situações de risco.

3 – O Serviço de Fortalecimento de Vínculos é um fator de proteção? Por quê?

O serviços SCFV desenvolvidos pelo Educandário é um fator de proteção muito

importante para o município, uma vez que, como já descrito anteriormente, este atua

na prevenção as situações de vulnerabilidade e risco, visto que o direcionamento

para suas ações tem como normativas a Política Nacional de Assistência Social

(PNAS), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Tipificação Nacional de

Serviços socioassistenciais, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dentre

outras normatizações que buscam a efetivação dos direito das crianças e

adolescentes.

4 – No seu ponto de vista, quais seriam os prejuízos caso o

Educandário viesse a fechar?

O fechamento do Educandário São José, iria refletir de forma negativa para as

famílias, crianças e adolescentes usuárias deste serviço, resultando até mesmo num

inchaço aos outros dois Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

Refletir de forma ampliada sobre esta problemática, isso iria repercutir

negativamente para o município, uma vez que poderá ocorrer um aumento da

violência, criminalidade e violação de direitos a criança e adolescentes.

5 – Existe demanda reprimida nos projetos socioassistenciais no município?

Se sim, qual o planejamento do poder público para conseguir atender toda a

demanda?

115

Sim, existe demanda reprimida no município, porém é uma demanda pequena para

a implantação de mais um SCFV. O melhor direcionamento para a superação da

demanda seria a adequação dos espaços públicos para o atendimento destas

demandas reprimidas.

6 – Como a senhora entende que a visibilidade de uma instituição poderia

contribuir para que receba mais ajuda da sociedade, seja em recursos

financeiros, donativos ou trabalho voluntário?

A visibilidade de uma instituição pode muito contribuir para que uma instituição

possa executar ou implementar suas ações.

Mediante todo contexto econômico do país, que acaba por refletir em crises e

recessões com corte das políticas sociais publicas. A Política Nacional de

Assistência Social na perspectiva de Sistema Único de Assistência Social – SUAS

define como modelo de gestão descentralizado e participativo, pelas três esferas de

governo com definições claras das competências técnicas políticas da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios. (PNAS, 2004).

Nesse sentido, que a sociedade civil vem buscando maior participação e

mobilização as demandas pertinentes a população, de forma a complementar a

oferta de serviços desta política pública. Com isso, o município tem utilizado as

forças das organizações da sociedade civil, para a execução das ações das políticas

públicas de proteção social básica, para atuarem como suas parceiras e

complementarem os serviços prestados.

Assim, se uma instituição não possui ou não da visibilidade as suas ações esta corre

o risco de não atingir os objetivos e metas almejados, mediante a falta de recursos

financeiros que acabam por ser insuficientes para a realização das ações

institucionais.

__________________________________________________________ Entrevistado: Jorge Duarte, Coordenador de Comunicação em Ciência e Tecnologia

da Secretaria de Comunicação da Embrapa

Data: 12 de abril de 2016, às 17h58

1 – Quais os principais problemas que um assessor enfrenta para exercer a

atividade nos dias de hoje?

Creio que o principal desafio é estar atualizado em uma sociedade em

transformações. As mudanças e a evolução no âmbito da comunicação já são parte

116

do cenário e as demandas e exigências acompanham este ritmo. O assessor precisa

se reinventar e estar adaptado às exigências do mercado e da função que está

exercendo.

2 – Quais os impactos positivos que uma assessoria pode proporcionar a uma

instituição? Há pontos negativos?

Os positivos estão relacionados à ajudar a organização a cumprir sua missão. A

assessoria pode dar extraordinária ajuda ao orientar, dar suporte e alavancar a

comunicação da organização em diferentes frentes. Não creio que existam pontos

negativos.

3 – Como lidar em um momento de crise na instituição assessorada?

Estar preparado. Assessoria qualificada consegue gerenciar crises com naturalidade

se tem competência instalada. Na verdade, lidar com comunicação é lidar com

situações atípicas diariamente. Lidar com comunicação significa ter que estar

preparado para lidar com crises o tempo todo.

4 – Qual a utilidade da assessoria de imprensa no Terceiro Setor?

Creio que o potencial é similar a qualquer área. Acho que a capacidade de ajudar

independe se é terceiro setor, empresa privada, serviço público. É necessário ter um

bom diagnóstico da organização e contexto, estabelecer estratégias de atuação e

definir um planejamento em acordo com a organização. Comunicação tem um

arsenal de ferramentas muito vasto e cada organização tem suas necessidades

peculiares. A comunicação precisa se adaptar à realidade da organização.

5 – Qual a forma de se evitar que a informação seja transformada em

mercadoria numa assessoria de imprensa?

Assessoria de imprensa atua com informação de interesse público. Creio que basta

seguir este princípio.

6 – Qual o principal fator ético que uma assessoria deve seguir?

Não mentir. Nunca.

7 – A Assessoria de Imprensa pode ser responsável por mídias sociais? Para o

bom desenvolvimento da assessoria na Instituição, pode-se usufruir de vários

outros mecanismos, como as redes sociais, por exemplo?

Hoje há todo tipo de solução para a comunicação. A assessoria pode ou não ser

responsável por mídias sociais. Depende da organização e da estratégia. Acho

natural que o jornalista que atua em comunicação organizacional amplie suas

atividades para além do relacionamento com jornalistas de redação. Não dá para

117

limitar a ação em função da tradição. As exigências e possibilidades são muito

maiores. O importante que você tenha uma solução para o problema de

comunicação a partir da realidade de sua organização. Não existem fórmulas

prontas, teoria ou manual que dêem conta das transformações. Elas ajudam a

explicar, mas são pouco úteis para fornecer soluções específicas se você não

considerar sua própria realidade.

__________________________________________________________

Entrevistada: Vanessa Magalhães, presidente do CMDCA

Data: 22 de março de 2016, às 15h

1 – Qual sua atribuição no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de

Santo Anastácio?

Sou presidente, durante o período de 2016 e 2017.

2 – Qual sua profissão?

Sou assistente social.

3 – Já ouvimos falar em ‘rede socioassistencial’. Em Santo Anastácio, quem

faz parte dessa rede?

No município a rede reúne órgãos do poder público e instituições de iniciativa

privada (como o próprio Educandário). Pela parte do poder público temos a

Secretaria Municipal de Assistência Social que tem como responsabilidade outros

setores públicos, como é o caso do CRAS, do CREAS, do Serviço de Acolhimento e

do Projeto Crescer (que desenvolve ações parecidas com as do Educandário).

Continuando com o poder público, existe a Secretaria Municipal de Cultura,

PROERD, o PAF e as escolas e creches públicas, que totalizam nove unidades. Há

também duas escolas estaduais de ensino fundamental e médio. Contempla a rede

os ESFs e a UBS, bem como o Conselho Tutelar, Ministério Público e o Poder

Judiciário. Por fim, temos o Conselho Municipal de Assistência Social e o próprio

CMDCA. Já no âmbito privado nós temos o próprio Educandário, o projeto

socioassistencial Divina Providência, a APAE, o Abrigo de Idosos, o Guri, Guarda

Mirim, a Santa Casa e os berçários e escolas particulares que totalizam cinco

unidades na cidade.

118

Entrevistado: Murilo Hernandes Felisberto, presidente da ONG Família Pipa

Data: 23 de abril de 2016, às 19h

1 – Qual sua profissão?

Sou professor de história, filosofia e música.

2 – Em qual Instituição presta serviço voluntário e desde quando?

Participo da ONG Família Pipa, e participo desde o ano de 2011. Tive que parar por

um tempo entre o ano de 2013 e 2014, retornando em 2015. Hoje exerço a função

de presidente.

3 – O que é a ONG Família Pipa, quando e onde surgiu? Como se mantêm?

A Família Pipa surgiu no dia 1º de setembro de 2008, na cidade de Santo Anastácio.

Foi formada por um pequeno grupo de estudantes quando os mesmos ainda

cursavam o segundo semestre do terceiro ano do ensino médio, na escola E.E Profª

Alice Maciel Sanches. A primeira ação foi ajudar um colega que passava por

dificuldades. Arrecadaram alimentos com os demais alunos de outras salas e, a

partir de então, os trabalhos sociais nunca mais pararam. Porém, só em 2015 que o

grupo formalizou juridicamente, tornando-se uma Associação de Fins Não

Econômicos, passando a ter CNPJ. Desde o início até agora, nenhum voluntário

recebeu salário. Todo o trabalho é realizado voluntariamente. Atualmente nós

buscamos e fazemos doações de alimentos, agasalhos, calçados, eletrodomésticos,

eletrônicos, móveis, colchões, cobertores, livros, brinquedos, além de reformar e

construir moradias a coletores de reciclagem, construir e adequar calçadas, rampas

e corrimões a idosos e pessoas com deficiência, e plantar árvores e limpar lixos de

áreas ambientais. Nossos trabalhos são realizados mediante o apoio da população,

que pela confiança faz doações. Nunca recebemos nenhum tipo de apoio ou

subvenção governamental.

4 – É verdade que a ONG Família Pipa recebeu reconhecimento internacional

pelo trabalho social desenvolvido?

Sim, é verdade. Participamos de um concurso de empreendedorismo social e, após

passar por todas as etapas e ganhar, fomos à Berlin, na Alemanha, em outubro de

2014. Ficamos em primeira colocação em projetos sociais em execução entre todos

os países que participaram. Foi um momento muito emocionante para todos os

voluntários e pra população anastaciana. O concurso, que naquele ano estava em

sua primeira edição, se chama Youth Citizen Entrepreneurship Competition, e foi

119

uma realização da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e

Cultura (UNESCO), Stiftung Entrepreneurship e Goi Peace Foundation.

5 – Em Santo Anastácio, além de vocês, quais outros grupos desenvolvem

atividades filantrópicas?

Na cidade existem muitos outros grupos e instituições que realizaram trabalhos

maravilhosos e de grande importância pra sociedade, como é o caso do Abrigo dos

Idosos, que atende atualmente 44 idosos; a Sociedade São Vicente de Paulo

(SSVP), que presta auxílio a 30 famílias de baixa renda; e a própria ONG, que

atualmente assistencializa 243 famílias. Existem, inclusive, clubes de serviço e

organizações que por muitas décadas desenvolvem trabalhos filantrópicos em prol

da comunidade anastaciana, como é o caso do Rotary Club (RC), Rotaract Club

(RTC), Lions Club, Loja Maçônica Tertuliano de Area Leão, Loja Maçônica José

Bonifácio e o DeMolay. Há também a Igreja Católica também trabalha na garantia de

direitos, mediante suas Pastorais e grupos de jovens. Igrejas Evangélicas realizam

trabalhos assistenciais e voltados ao combate ao uso de drogas. O Centro Espírita

Casa de Jesus, manteve por quase 50 anos uma creche filantrópica, antes

denominada Creche e Berçário Joana de Angelis, que mais tarde foi transferida ao

Poder Público pela dificuldade em se manter, e hoje se chama Associação

Beneficente Joanna de Angelis.

120

ANEXO H

FOTO DO GRUPO

121

Foto: Jorge Flash

122

ANEXO I NOTÍCIA SOBRE PRESÍDIO EM ANASTÁCIO

123

124

ANEXO J CONGRATULAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANASTÁCIO

125

126

127

APÊNDICES

128

APÊNDICE A PLANOS DE DIVULGAÇÃO DO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

129

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

18/03

Ação

Divulgação da Festa do Pastel

Produtos

Release de divulgação do evento.

Objetivo

Divulgar a Festa do Pastel. O evento será realizado no dia 09 de abril e tem como

objetivo arrecadar fundos para as atividades do Educandário.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 17/03)

Jornal Informe News (release eletrônico 17/03)

Portal Prudendia (release eletrônico 28/03)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

130

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

24/03

Ação

Horta do Educandário

Produtos

Release

Objetivo

Divulgar a comercialização feita pelo Educandário de hortaliças sem agrotóxico e com

preço a baixo do valor de mercado para auxiliar a manutenção do projeto.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 23/03)

Jornal Informe News (release eletrônico 23/03)

Portal Prudendia (release eletrônico 29/03)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

FOTOS

Foto da horta do Educandário.

131

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

30/03

Ação

Divulgação da Assessoria de Imprensa no Educandário São José.

Produtos

Contatos estratégicos, release.

Objetivo

Divulgar que o Educandário São José está recebendo o serviço experimental de

Assessoria de Imprensa como Trabalho de Conclusão de Curso de um grupo de

estudantes do curso de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social de Presidente

Prudente. O objetivo é proporcionar maior visibilidade à instituição, para que mais

pessoas possam contribuir com o projeto.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 30/03)

Jornal Informe News (release eletrônico 30/03)

Portal Prudendia (release eletrônico 30/03)

FONTES

Bruno Lozzi – Assessor de Imprensa – 9xxxx-xxxx

Elaine Silva – Assessora de Imprensa – 9xxxx-xxxx

Guilherme Silva – Assessor de Imprensa – 9xxxx-xxxx

Jacqueline Brogiato – Assessora de Imprensa – 9xxxx-xxxx

Jonathan Maia – Assessor de Imprensa – 9xxxx-xxxx

FOTOS

Foto dos integrantes da Assessoria de Imprensa.

132

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

18/03

Ação

Divulgação da Festa do Pastel

Produtos

Release de divulgação do evento.

Objetivo

Divulgar a Festa do Pastel. O evento será realizado no dia 09 de abril e tem como

objetivo arrecadar fundos para as atividades do Educandário.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 17/03)

Jornal Informe News (release eletrônico 17/03)

Portal Prudendia (release eletrônico 28/03)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

FOTOS

Foto dos alunos do projeto.

133

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

06/04

Ação

Festa do Pastel

Produtos

Release de divulgação do evento.

Objetivo

Divulgar a Festa do Pastel na semana do evento. O evento será realizado no sábado, dia

09 de abril e tem como objetivo arrecadar fundos para as atividades do Educandário.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 06/04)

Jornal Informe News (release eletrônico 06/04)

Jornal O Imparcial (release eletrônico 06/04)

Blog do Sinomar (release eletrônico 06/04)

G1 Prudente (release eletrônico 06/04)

Blog do Toninho Moré (release eletrônico 06/04)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

134

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

13/04

Ação

Festa do Pastel

Produtos

Release de divulgação do números do evento para jornais.

Objetivo

Divulgar a realização da Festa do Pastel. O evento foi realizado no sábado, dia 09 de

abril e teve como objetivo arrecadar fundos para as atividades do Educandário. Contou

com aproximadamente 300 pessoas e vendeu mais de 900 pasteis salgados e doces e

300 espetinhos, além de bebidas.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 13/04)

Jornal Informe News (release eletrônico 13/04)

FONTES

Coordenadora do Educandário: Sirlei Antunes – 3263-1732

FOTOS

Foto da Festa do Pastel.

135

PLANO DE DIVULGAÇÃO EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

Data

19/04

Ação

Assistente Social Educandário

Produtos

Release eletrônico para jornais.

Objetivo

Divulgar a atual assistente social do Educandário São José, que na infância foi uma das

crianças beneficiadas pelo projeto e hoje é formada e conhecida na comunidade de

Santo Anastácio.

MAILING/ DATA PARA DIVULGAÇÃO

Jornal O Oeste Paulista (release eletrônico 19/04)

Jornal Informe News (release eletrônico 19/04)

FONTES

Assistente Social do Educandário: Sandra Regina Fortes – 3263-1732

FOTOS

Foto da Assistente Social com as crianças do projeto.

136

APÊNDICE B MAILING LIST

137

MAILING LIST Jornais Impressos

Jornal O Oeste Paulista - Santo Anastácio

e-mail: [email protected]

Telefone: (18) 3263-XXXX

Responsável: Erivelto Lossano Depieri

Jornal Informe News – Santo Anastácio

e-mail: [email protected]

Telefone: (18) 3263-XXXX

Responsável: Flávio Dassie

Jornal O Imparcial – Presidente Prudente

e-mail: [email protected]

Telefones: (18) 2104-XXXX // (18) 2104-XXXX // (18) 2104-XXXX

Editor executivo: Leandro Nigre

Rádio FM – Santo Anastácio

Rádio Integração FM

e-mail: [email protected]

Telefone: (18) 3263-XXXX

Responsável: Luan Hóliver

Sites e Portais

Jornal Prudendia – Presidente Prudente

e-mail: [email protected]

Portal Prudentino – Presidente Prudente

e-mail: [email protected]

Telefone: (18) 3917-XXXX

G1 Presidente – Prudente e Região

e-mail: [email protected]

138

APÊNDICE C

FOTOS DA 3ª FESTA DO PASTEL

139

140

141

142

APÊNDICE D

PAUTAS

143

PAUTA: Origem do Educandário, o que é e as ações que desenvolve

Proposta:

Entrevistar a coordenadora do Educandário São José

Encaminhamento:

Perguntar sobre a origem, dados, ações desenvolvidas, objetivos institucionais e

afins.

Roteiro:

Dia 10 de novembro de 2015, terça-feira

16h30 – Santo Anastácio

No Educandário São José

Rua Irmãs Missionárias, 166, Vila Adorinda

Entrevistada: Ir. Sirlei de Souza Antunes

Perguntas:

1 – Qual sua atribuição na Congregação Filhas de Maria Missionárias e no

Educandário São José?

2 – Está na coordenação do Educandário há quanto tempo?

3 – Quais os princípios que dão base ao trabalho desenvolvido pela Congregação

das Filhas de Maria Missionárias no Brasil e no Mundo?

4 – Como foi a visão da Congregação frente às necessidades sociais?

5 – Qual é a atuação social Congregação no Brasil?

6 – A geração de emprego auxilia na vida familiar e, consequentemente, na vida das

crianças e dos adolescentes que são assistidos pelo Educandário?

7 – Quais as violações contra crianças e adolescentes mais latentes em Santo

Anastácio?

8 – Há mais algum dado quanto às famílias de crianças e adolescentes que são ou

já foram atendidos pelo Educandário?

9 – Como é a atuação do Educandário para sanar os problemas sociais

encontrados?

144

PAUTA: Dados complementares sobre a Congregação e o Educandário

Proposta:

Entrevistar a vice-presidente da Congregação Filhas de Maria Missionárias

Encaminhamento:

Perguntar sobre a origem do Educandário, suas características e o que desenvolve.

Roteiro:

Dia 8 de março de 2016, terça-feira

16h – Santo Anastácio

No Educandário São José

Rua Irmãs Missionárias, 166, Vila Adorinda

Entrevistada: Ir. Neusa da Conceição Vale

Perguntas:

1 – Qual a origem do Educandário, e quando passou a atender crianças e

adolescentes? Essa trajetória enfrentou dificuldades para chegar ao que existe hoje?

2 – Quantas crianças e adolescentes são atendidos hoje? Há um número de

quantas crianças já foram atendidas desde o início? Quais histórias de crianças que

passaram por aqui e conseguiram alguma projeção na sociedade?

3 – Quanto à manutenção do Educandário, de onde advém a parte financeira:

governo, doações, imposto de renda, venda de produtos, festas beneficentes? Qual

o percentual de cada fonte de recursos?

4 – Há auxílio de voluntários da cidade e da região? O Educandário recebe apoio do

exterior, seja em doações ou voluntariado?

5 – Para você, qual a importância do Educandário à sociedade e, principalmente, na

vida das crianças, dos adolescentes e seus familiares?

6 – O poder público incentiva as ações do Educandário?

7 – Qual é a estrutura administrativa do Educandário, como ela é decidida e se há

renovação? Se existe, ocorre de quanto em quanto tempo?

8 – Quantos são os funcionários e em quais funções, gerando qual custo de folha de

pagamento?

9 – Quais foram os momentos de maior dificuldade e por qual razão? Como foram

superados?

10 – Há uma preocupação em ampliar a visibilidade do Educandário? Qual o

pensamento de vocês sobre isso?

145

PAUTA: Instituições que realizam trabalhos sociais na cidade

Proposta:

Entrevistar o Presidente da ONG Família Pipa

Encaminhamento:

Perguntar sobre as entidades que realizam atividades filantrópicas e de garantia de

direitos

Roteiro:

Dia 23 de abril de 2016, sábado

19h – Santo Anastácio

Entrevistado: Murilo Hernandes Felisberto

Perguntas:

1 – Qual sua profissão?

2 – Em qual Instituição presta serviço voluntário e desde quando?

3 – O que é a ONG Família Pipa, quando e onde surgiu? Como se mantêm?

4 – É verdade que a ONG Família Pipa recebeu reconhecimento internacional pelo

trabalho social desenvolvido?

5 – Em Santo Anastácio, além de vocês, quais outros grupos desenvolvem

atividades filantrópicas?

146

PAUTA: Assessoria de Imprensa no Terceiro Setor

Proposta:

Entrevistar o Coordenador de Comunicação em Ciência e Tecnologia da Secretaria

de Comunicação da Embrapa

Encaminhamento:

Perguntar sobre a Assessoria de Imprensa e a importância dela no Terceiro Setor,

bem como a relevância do uso de mídias sociais para o desenvolvido da assessoria.

Roteiro:

Dia 12 de abril de 2016, terça-feira

17h58 – Brasília/DF

Via e-mail

Entrevistado: Jorge Duarte

Perguntas:

1 – Quais os principais problemas que um assessor enfrenta para exercer a

atividade nos dias de hoje?

2 – Quais os impactos positivos que uma assessoria pode proporcionar a uma

instituição? Há pontos negativos?

3 – Como lidar em um momento de crise na instituição assessorada?

4 – Qual a utilidade da assessoria de imprensa no Terceiro Setor?

5 – Qual a forma de se evitar que a informação seja transformada em mercadoria

numa assessoria de imprensa?

6 – Qual o principal fator ético que uma assessoria deve seguir?

7 – A Assessoria de Imprensa pode ser responsável por mídias sociais? Para o bom

desenvolvimento da assessoria na Instituição, pode-se usufruir de vários outros

mecanismos, como as redes sociais, por exemplo?

147

PAUTA: Descobrir qual é a rede socioassistencial do município

Proposta:

Entrevistar a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CMDCA)

Encaminhamento:

Perguntar sobre a rede, os conselhos, setores e segmentos que a compõe.

Roteiro:

Dia 22 de março de 2016, terça-feira

15h – Santo Anastácio

Na Secretaria Municipal de Assistência Social

Rua Barão do Rio Branco, 220, Centro

Entrevistada: Vanessa Magalhães

Perguntas:

1 – Qual sua atribuição no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de

Santo Anastácio?

2 – Qual sua profissão?

3 – Já ouvimos falar em ‘rede socioassistencial’. Em Santo Anastácio, quem faz

parte dessa rede?

148

PAUTA: Projetos socioassistenciais e política pública voltada a crianças e

adolescentes

Proposta:

Entrevistar a Secretária Municipal de Assistência Social

Encaminhamento:

Perguntar sobre os projetos sociais na cidade, a quantidade de crianças e a

importância do Educandário para a sociedade

Roteiro:

Dia: 11 de março de 2016, sexta-feira

15h – Santo Anastácio

Na Secretaria Municipal de Assistência Social

Rua Barão do Rio Branco, 220, Centro

Entrevistada: Aline de Haro Rodrigues, Secretária de Assistência Social

Perguntas:

1 – Qual o número total de crianças e adolescentes atendidos nos projetos

socioassistenciais no município? Quais são os impactos surgidos com a Proteção

Social Básica em Santo Anastácio? Quantos são os projetos de atendimento a

crianças e adolescentes que a Prefeitura tem conhecimento e como é feito esse

cadastro?

2 – Qual a importância do Educandário à sociedade e no desenvolvimento dos

assistidos e seus familiares?

3 – O Serviço de Fortalecimento de Vínculos é um fator de proteção? Por quê?

4 – No seu ponto de vista, quais seriam os prejuízos caso o Educandário viesse a

fechar?

5 – Existe demanda reprimida nos projetos socioassistenciais no município? Se sim,

qual o planejamento do poder público para conseguir atender toda a demanda?

6 – Como à senhora entende que a visibilidade de uma instituição poderia contribuir

para que receba mais ajuda da sociedade, seja em recursos financeiros, donativos

ou trabalho voluntário?

149

APÊNDICE E RELEASES

150

Santo Anastácio, 21 de março de 2016

Horta orgânica do Educandário São José existe há mais de 30 anos

Sem nenhum tipo de agrotóxico, a horta com diversas variedades de verduras

é mantida apenas com adubo natural e irrigada com água da chuva que é coletada

em duas cisternas com capacidade para 50 mil litros.

A horta do Educandário São José existe há mais de 30 anos e ocupa um

espaço aproximado de 3 mil metros quadrados, e nunca utilizou agrotóxico. Lá se

encontra alfaces de três tipos: crespa, americana e mimosa, além de almeirão,

couve-flor, rúcula e cebolinha. Há também rabanete, que foi plantado há pouco, e

dentro de alguns dias ocorrerá o plantio de cenoura e brócolis.

De acordo com o responsável pelo cuidado e plantio, José Matos Pereira,

conhecido como Zequinha, 59 anos, pai de 6 filhos, avô de 4 netos e que há 11 anos

é responsável pelo plantio e cultivo das hortaliças, a horta conta hoje com

aproximadamente 15 mil pés de verdura. “Temos capacidade para plantar mais.

Porém, no início do ano choveu muito e, agora, estamos com falta de chuva”, disse.

A horta, em seu início, teve a finalidade de abastecer apenas o Educandário.

Sobretudo, com a dedicação de funcionários e a potencialidade que a Congregação

Filhas de Maria Missionária vislumbraram, os trabalhos foram aumentando. Hoje,

além de abastecer o Educandário na refeição das Irmãs e de 160 crianças e

adolescentes que são assistidos pela Instituição, a horta consegue vender à

população com um preço médio de apenas R$ 3,00 reais.

“Vendemos bastante pra comunidade, principalmente para famílias. Às vezes,

lanchonetes também compram de nós”, enfatizou Zequinha. A venda das verduras

auxilia na manutenção da Instituição e na realização das atividades

socioassistenciais.

Pela grande demanda e a pouca oferta pela falta das chuvas, a horta do

Educandário, nesta semana, estará atendendo na quarta-feira, das 7h30 às 12h.

Segundo Zequinha, com a retomada das chuvas, o atendimento irá retornar de

segunda à sexta-feira.

A entrada da horta fica localizada na lateral do Educandário, pela Rua Barão

do Rio Branco próximo ao cruzamento com a Rua Otávio Facholli. Para mais

informações, contatar a secretaria do Educandário pelo telefone: (18) 3263-1732.

151

Santo Anastácio, 14 de março de 2016

Educandário São José é contemplado com serviço experimental de assessoria

Como parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), estudantes do 8º

termo de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente

(Facopp) oferecem ao Educandário São José, do município de Santo Anastácio,

serviço experimental de assessoria de imprensa. O objetivo é proporcionar maior

visibilidade à instituição, para que mais pessoas venham a contribuir em suas ações

de proteção à criança e ao adolescente em estado de vulnerabilidade.

O grupo é formado por Bruno Lozzi da Costa, Elaine da Silva, Guilherme

Martins da Silva, Jacqueline Barreto Brogiato e Jonathan Aparecido Maia, com a

orientação do professor Homéro Ferreira. O educandário atende 160 meninos e

meninas em contra turno escolar, oferecendo diversas atividades educativas, sociais

e esportivas, além de alimentação e reuniões familiares para o fortalecimento de

vínculos.

Na foto: Guilherme Silva, Bruno Lozzi, Jonathan Maia, Elaine Silva e Jacqueline

Brogiato

152

Santo Anastácio, 4 de abril de 2016

Neste sábado acontecerá a 3ª Festa do Pastel do Educandário São José

A direção do Educandário São José, a mais antiga Instituição assistencial de

Santo Anastácio, realizará, neste sábado (9), das 19 às 23h, a 3ª Festa do Pastel

com o objetivo de arrecadar fundos para auxiliar na continuidade dos trabalhos

sociais.

O evento é organizado pela Congregação das Filhas de Maria Missionárias,

com o apoio de funcionários e voluntários.

Para este ano, a intenção é dobrar a venda de pastéis em relação ao ano passado

quando o consumo foi de 400.

São pastéis grandes e bem recheados, com duas opções: de queijo e de

carne moída. A gastronomia da festa ainda oferece espetinhos de carne bovina e de

frango, bebidas e água. A estimativa de público para o evento familiar é de 500

pessoas.

De acordo com a Irmã Sirlei de Souza Antunes, coordenadora do

Educandário, caso alguém queira colaborar, a Instituição está aceitando doação de

massa de pastel, queijo, carne moída e espetinhos de carne bovina e frango.

A expectativa é de um público de 500 pessoas, as quais estarão contribuindo

com a Instituição que atende 140 crianças e adolescentes, oferecendo várias

atividades no contraturno escolar. A festa será no próprio Educandário, na Vila

Adorinda, com entrada pelo portão lateral, na Rua Oswaldo Cruz.

153

Santo Anastácio, 11 de abril de 2016

A Festa do Pastel do Educandário foi um sucesso

A 3ª Festa do Pastel do Educandário São José, realizada na noite de sábado

(9), contou com um público de aproximadamente 300 pessoas e vendeu mais de

900 pasteis e 300 espetinhos. Na ocasião, foram vendidos pasteis salgados e doces,

espetinhos variados e bebidas, além de proporcionar vários sorteios de brindes e

muitas brincadeiras.

A festividade contou com música ao vivo dos voluntários violeiros Sr. Orlando

Cardoso e Thais Vidoto. A munícipe Leiriane Viana, ganhadora do sorteio ocorrido

no Facebook, também esteve presente e buscou o prêmio de dois pastéis e dois

refrigerantes. Na oportunidade foram vendidas cartelas do prêmio principal do 16º

Arraia do Educandário São José, que será realizado no dia 11 de junho.

Todo o recurso arrecadado na festividade será usado nos projetos sociais

desenvolvidos na instituição, que atualmente assiste cerca de 160 crianças e

adolescentes de Santo Anastácio em contraturno escolar. O Educandário São José

agradece a Deus pela possibilidade da realização do evento bem como a presença

de todos os amigos e colaboradores que abrilhantaram o momento com seus atos

de solidariedade.

"O nosso muito obrigado aos voluntários e voluntários que doaram o tempo e

a mão de obra para auxiliar nessa festa. Agradecemos aos diversos doadores

anônimos que deram suas colaborações, a Farmácia Anasfarma, a ONG Família

Pipa, ao Jornal O Oeste Paulista, ao Jornal Informe News, Luan Hóliver

Propagandas, TV Cabo, ACIA, Poli Vet – Clínica Veterinária, Serenata Presentes,

Posto da Amizade, Iara Modas, Missão Jovem, Comunidade do Ribeirão dos Índios,

Comunidade Santa Rita, Comunidade do Bairro Santa Helena, Comunidade Santo

Antônio, Comunidade Nossa Senhora das Graças, Comunidade da Vila Oriente, Sr.

Lazinho e família, Sr Cecílio Gasquez, Sr. Renato Gregório, Srª Cida e Sr. Antônio

Paschoalotto, Sr. Salvador da Farmácia Multi Drogas, Missionárias de Santa

Terezinha, STS Club, Rauni Gás e Água, voluntárias do brechó, voluntárias e

funcionários do Educandário, aos pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes

assistidos no Educandário, Neide enfermeira e vizinhos, Professoras da E.M.E.I, os

violeiros Sr. Orlando e Thaís Vidoto, a presença do Rotaract Club de Santo

Anastácio pela filmagem e ao grupo de estudantes de jornalismo da Unoeste que

deram todo o apoio antes, durante e depois do evento" agradeceu o Educandário.

154

Santo Anastácio, 11 de abril de 2016

Assistente social do Educandário São José foi aluna da própria instituição

Sandra Regina Silva Fortes, 43, é a assistente social do Educandário São

José de Santo Anastácio, já há quatro anos. Mas a relação dela com a instituição é

muito mais antiga. Sandra foi uma das crianças beneficiadas pelos projetos

desenvolvidos no Educandário, participando das atividades realizadas pela

Instituição quando tinha entre seis e 11 anos de idade.

Escolheu cursar Serviço Social na Toledo de Prudente e ainda na faculdade

fez estágio no Educandário por dois anos. Após se formar em 2000, Sandra foi

contratada para trabalhar como educadora social, na função de planejar e organizar

as atividades com as crianças. Ficou nessa função por dez anos, até que saiu para

trabalhar como assistente social no Abrigo dos Idosos, também localizada em Santo

Anastácio.

Sandra permaneceu por lá durante um ano e três meses, até que recebeu um

novo convite do Educandário São José para retornar e trabalhar como coordenadora

de eventos culturais, cargo este que lhe possibilitou intercâmbio na Itália, por duas

vezes, para aprender mais sobre a Congregação Filhas de Maria Missionária e o

idioma italiano, ficando o tempo total de quatro meses. Com essa experiência,

Sandra ficou responsável pela recepção dos italianos que vêm ao Brasil fazer

intercâmbio e conhecer o Educandário.

Depois de desempenhar todas essas funções, se tornou a assistente social

do educandário, função na qual está há quatro anos e afirma estar feliz em trabalhar

em uma instituição que está enraizada em sua vida. “Identifico-me com a proposta

desenvolvida aqui, é uma oportunidade rara de participar de uma obra social que

traz benefícios para tantas pessoas”, diz.

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APÊNDICE F

FACEBOOK ANTES E DEPOIS DA ATUALIZAÇÃO

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APÊNDICE G CLIPPING DE PUBLICAÇÕES NO FACEBOOK

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