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1 FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS CURSO: BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA DE BIOTECNOLOGIA NO CONTROLE DE PRAGAS Resumo sobre o tema: Controle Biológico de Pragas com Predadores

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FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS

CURSO: BIOTECNOLOGIA

DISCIPLINA DE BIOTECNOLOGIA NO CONTROLE DE PRAGAS

Resumo sobre o tema:

Controle Biológico de Pragas com Predadores

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Sumário

DISCIPLINA DE BIOTECNOLOGIA NO CONTROLE DE PRAGAS

1. O que são insetos predadores? .................................................................................. 3

2. Hábitos alimentares ................................................................................................... 4

2.1.Aparelho mastigador........................................................................................ 4

2.2.Aparelho sugador ............................................................................................. 5

3. Quantidade de presas .................................................................................................... 6

3.1.Olífagos ........................................................................................................... 6

3.2.Monófagos ....................................................................................................... 6

3.3.Polífagos. ......................................................................................................... 6

4. Características de um inimigo natural efetivo: .......................................................... 7

5. Como realizar o controle de pragas com predadores?............................................... 8

6. Interações .................................................................................................................. 8

7. Principais Ordens e Familias de predadores ........................................................... 10

7.1.Hemiptera ...................................................................................................... 10

7.2.Coleoptera ...................................................................................................... 12

7.3.Neuroptera ..................................................................................................... 13

7.4.Diptera ........................................................................................................... 13

7.5.Dermaptera .................................................................................................... 14

7.6.Hymenoptera ................................................................................................. 15

8. Exemplos de controle biológico com predadores na agricultura ........................... 15

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Controle biológico de pragas com predadores.

A ideia básica do controle biológico com predadores é controlar pragas agrícolas

ou insetos transmissores de doenças utilizando seus inimigos naturais. Esse método

além de racional é sadio por preservar o equilíbrio natural do ecossistema.

Todos os seres vivos possuem inimigos naturais. Os inimigos naturais de insetos

são, às vezes, chamados de “organismos benéficos” ou simplesmente “benéficos”. Eles

são classificados em predadores, parasitóides e patógenos.

1. O que são insetos predadores?

São indivíduos de vida livre, usualmente maior do que as presas requerem um

grande número de presas para completar o seu ciclo de vida, e podem apresentar

o comportamento predatório, tanto no estágio ninfal (larval) como adulto.

Os predadores podem caçar e atacar suas presas como, a joaninha. Ou apenas

espera-las para atacar no momento certo, como as aranhas e o louva-Deus.

Insetos predadores podem se alimentar de espécies diferentes ou de insetos da

mesma espécie.

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2. Hábitos alimentares

Pode ponto de vista de habito alimentar ocorrem dois tipos de predadores e que

possuem aparelhos bucais distintos, sendo eles: sugador e mastigador.

2.1. Aparelho mastigador

O aparelho mastigador ou triturador é considerado o aparelho bucal primitivo

dos insetos, é dele que os demais descendem. Composto por oito partes (labro,

duas mandíbulas, duas maxilas, lábio, epifaringe, hipofaringe). Assim, as oito

peças bucais se modificaram de acordo com processos evolutivos em resposta as

funções e necessidades de cada inseto.

Os predadores que possuem esse tipo de aparelho bucal tendem a consumir

completamente a sua presa.

Exemplo de insetos predadores:

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Carabidae Coccinellidae

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2.2. Aparelho sugador

Esse aparelho é caracterizado por possuir uma espécie de “canudo” que permite

que o inseto predador sugue os fluidos corporais da presa.

O aparelho bucal sugador ocorre em dois tipos: sugador-maxilar e sugador-

labial, conforme a peça que mais se modifica para exercer a sucção. As

borboletas e mariposas possuem aparelho bucal sugador-maxilar, pois são suas

maxilas que se alongam muito e se juntam para formar um tubo aspirante, que se

enrola em espiral e, por isso, é chamado espirotromba.

O aparelho bucal sugador-labial pode ser pungitivo (perfurante) e não-pungitivo.

A mosca doméstica e as moscas e mosquitos florícolas têm aparelho bucal

sugador não-pungitivo. Nesses insetos o labro e o lábio prolongam-se para

formar uma tromba que, pelas contrações dos músculos faringeanos, age como

simples bomba aspirante.

O aparelho bucal sugador pungitivo encontra-se nos insetos que, para se

nutrirem, introduzem a tromba sugadora nos tecidos de revestimento de plantas

e animais, a fim de sugar seiva vegetal, sangue ou outros humores.

Exemplos de insetos com aparelho bucal sugador:

Pentatomidae Reduviidae

emsin

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3. Quantidade de presas

A maioria dos predadores é composta de insetos que não apresentam muita

preferência, alimentando-se de uma infinidade de presas pertencentes a

diferentes grupos. Entretanto, alguns desses inimigos naturais são bastante

específicos e preferem somente determinadas presas.

Quando se considera o número de espécies de presas atacadas, os predadores

podem ser clssificados em:

3.1. Olífagos: alimentam-se de variada, porém, pequena quantidade de

insetos.

Exemplo: Chrysoperla externa.

3.2. Monófagos: Consomem tipo um tipo restrito de presa.

Exemplo: Rodolia cardinalis que só preda a cochonilha Icerya purchasi e

espécies afins.

3.3. Polífagos: Consomem vários tipos de presa.

Exemplo: Geocoris spp, nutrem-se de ácaros, ninfas, tripés, cigarrinhas e

pequenos besouros.

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Outro ponto importante a considerar sobre os insetos predadores é que eles não

apresentam adaptações especializadas, como ocorre nos parasitoides. Tanto as

larvas ou as ninfas como os adultos podem ser predadores ou exibir este hábito

apenas num estágio.

Muitos insetos predadores se alimentam de presas apenas enquanto são jovens

(larvas ou ninfas), e na fase adulta alimentam-se de substâncias adocicadas,

como néctar, pólen ou líquidos liberados por outros insetos sobre as plantas.

Outras espécies agem como predadores tanto na fase jovem como na adulta.

Os predadores podem possuir também hábitos completos e incompletos, sendo assim:

Completo: Predador durante toda as fases de vida;

Incompleto: Predador em apenas uma fase da vida.

Observação: Monófagos têm sua abundância estreitamente vinculada à de sua

presa enquanto os polífagos dificilmente são afetados por oscilações na

disponibilidade das mesmas.

4. Características de um inimigo natural efetivo:

Adaptabilidade às mudanças ambientais;

Alto grau de especificidade a uma determinada presa/hospedeiro;

Alta capacidade de crescimento populacional;

Alta capacidade de busca;

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po

dafo

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Sincronização com a fenologia do hospedeiro/presa e capacidade de sobreviver

no ambiente na ausência da presa/hospedeiro.

5. Como realizar o controle de pragas com predadores?

O controle biológico pode ser

realizado de duas maneiras. A

primeira delas é por meio da

aquisição dos insetos

diretamente de fábricas

comerciais e liberação no

campo.

Outra maneira é a preservação dos agentes do controle biológico natural

existente na área, evitando práticas danosas a esses inimigos naturais, como o

uso de produtos químicos não seletivos e baixo impacto ambiental.

A presença de áreas de preservação permanente nas propriedades também exerce

um importante papel para o controle biológico, propiciando áreas de refúgio e

alimento para os inimigos naturais, além dos benefícios pertinentes a sua função

legal.

6. Interações

O efeito das introduções múltiplas no controle das populações das pragas

depende de como os inimigos naturais, as pragas e as plantas interagem.

Deve-se, portanto, levar em conta toda a teia alimentar do sistema na

avaliação da compatibilidade de inimigos naturais, considerando não somente as

interações numéricas (por exemplo, predação e competição), mas também as

interações funcionais (resistência induzida, comportamento antipredador, etc.).

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Efeitos aditivos ou sinérgicos de liberações múltiplas de inimigos naturais

podem ser alcançados quando as espécies introduzidas exploram diferentes

subpopulações das pragas.

Por exemplo, a liberação simultânea do crisopídeo Chrysoperla plorabunda

e da joaninha Coccinella septempunctata teve um efeito aditivo negativo na

população do pulgão Aphis fabae em feijão fava, pois esses predadores preferem

explorar áreas diferentes das atacadas pelo pulgão nessa planta. Um efeito

sinérgico da utilização múltipla de inimigos naturais pode ser obtido quando a

presença ou comportamento de um deles altera o comportamento da praga,

tornando-a mais vulnerável ao outro inimigo natural.

Efeitos indesejáveis no controle de pragas podem resultar da interferência

de um inimigo natural no comportamento de outro, da predação intraguilda

(feita por predadores que atacam e se alimentam de outros predadores), ou da

modificação do comportamento de uma das pragas devido à presença de um dos

inimigos naturais, tornando-a menos vulnerável ao ataque deles.

Quando se utilizam predadores generalistas, apesar das suas vantagens (por

exemplo: sobrevivência em situações de baixa densidade populacional da praga;

facilidade de criação em laboratório quando comparados aos especialistas, e

adaptação a presas alternativas), eles competem e se alimentam de outros

inimigos naturais específicos (predação intraguilda).

Como consequência, pode haver um aumento na população das pragas-alvo

devido à exclusão da outra espécie de inimigo natural (presa intraguilda) e/ou à

redução do tempo e esforços gastos pelo predador polífago (que come muito e

coisas variadas) na predação da praga-alvo.

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Nesta figura, é apresentada parte de uma teia artificial em plantas de

pepino em casas de vegetação, na Holanda, onde o controle biológico é

aplicado. A teia alimentar é formada pela planta, duas espécies de pragas, o

tripes Frankliniella occidentalis e o ácaro-rajado Tetranychus urticae e os

inimigos naturais utilizados para controlá-lo. Os inimigos naturais do tripes

são o ácaro predador Neoseiulus cucumeris e o predador generalista Orius

laevigatus. Os Phytoseiulus persimilis e o N. californicus são usados para

controlar o ácaro-rajado.

7. Principais Ordens e Famílias de predadores

7.1. Hemiptera

Familia: Anthocoridae

Exemplo: Orius sp.

Polífago

Presas: tripes, pulgões, moscas-

brancas, ácaros, ovos de

lepidopteros e pequenas lagartas.

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Familia: Miridae

Exemplo: Macrolophus sp

Polífago

Presas: moscas-brancas,

pulgões, ácaros, ovos de

lepidopteros e pequenas lagartas.

Familia: Geocoridae

Exemplo: Geocoris sp.

Polífago

Presas: moscas-brancas, pulgões, ovos de

lepidopteros e pequenas lagartas.

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Familia: Reduviidae

Exemplo: Triatoma infestans

Extremamente polífagos

7.2. Coleoptera

Familia: Coccinelidae

Varias espécies de predadores

Olífagos

Presas: Pulgões e cochonilhas

Familia: Carabidae

Exemplo: Calasoma sp.

Polífagos: pragas do solo

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Familia: Staphylinidae

Vários predadores

Olífago

Presas: Ovos e larvas de moscas

7.3. Neuroptera

Familia: Chrysopidae

Exemplo: Chrysoperla externa

Polífagos (quando larva)

Presas: pulgões, moscas-brancas, ácaros, tripes,

ovos de lepidópteros e lagartas.

7.4. Diptera

Familia: Cecidomyiidae

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Exemplo: Aphidoletes aphidimyza

Polígafos

Presas: pulgões, moscas-brancas, ácaros, tripes e cochonilhas.

Familia: Syrphidae

Varios predadores

Monófagos

Presas: Pulgões

7.5. Dermaptera

Familia: Forficulidae

Doru luteipes

Polífagos

Presas: vários insetos; um imporante predador de Spodoptera frugiperda

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7.6. Hymenoptera

Familia: Vespidae

Exemplo: Brachygastra lecheguana

Monófago

Presas: predadora do bicho mineiro do café

8. Exemplos de controle biológico com predadores na

agricultura

Controle biológico no Citros

Os insetos pertencentes à família Coccinellidae são conhecidos, vulgarmente,

por joaninhas. Esses insetos possuem um papel importante no controle biológico com

predadores devido a sua ampla capacidade de predação. O controle biológico de pragas

utilizando insetos benéficos, como as joaninhas, tem sido evidenciado nos dias atuais

devido ao incremento da necessidade da utilização racional de insumos agrícolas, como

os agrotóxicos e da condução das culturas agrícolas dentro de um contexto econômico,

ecológico e social, premissas do manejo integrado de pragas. Em especial, a joaninha

tem sido muito utilizada no controle de pulgões e cochonilhas.

As cochonilhas são insetos que causam danos diretos devido à sucção da seiva e

dos nutrientes presentes na planta e danos indiretos devido ao fato de transmitirem

doenças e de injetarem substâncias tóxicas enquanto se alimentam. O primeiro relato da

utilização dos coccinelídeos no controle biológico de pragas se deu por volta da década

de 1889, quando a joaninha Rodolia cardinalis foi importada da Austrália para controlar

a cochonilha Icerya purchasi, praga que estava dizimando os plantios de citros da

Califórnia – EUA. O sucesso no controle desta praga pela joaninha R. cardinalis foi tão

grande, que até nos dias atuais este evento é considerado como o marco do controle

biológico clássico no mundo, devido, principalmente, aos efeitos científicos,

econômicos e políticos sem precedentes no mundo. A partir desta primeira utilização, a

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joaninha R. cardinalis foi introduzida em mais de 33 países, obtendo sucesso no

controle biológico da cochonilha I. purchasi.

Exemplo de R. cardinalis se alimentando da cochonilha Icarya

Controle biológico no milho

A cultura de milho é uma das mais expressivas e importantes economicamente

no Brasil. Porem, apesar do grande crescimento em áreas plantas, cresce também a

preocupação com as pragas e os danos provocados.

Vários insetos atacam a cultura do milho os danos podem ser bem expressivos e

em muitos casos são irreversíveis. Um exemplo de inseto praga que ataca o milho temos

a lagarta do cartucho ou Spodoptera frugiperda, responsável pelos maiores danos

econômicos. Esse inseto quando na sua fase larval (lagarta) ataca as espigas do milho

causando dano direto e perda da qualidade do fruto.

Nos últimos anos devido ao crescimento e o uso indiscriminado dos agrotóxicos,

o controle biológico vem ganhando espaço e com ele o conhecimento de inimigos

naturais. A tesourinha Doru luteipes (dermaptera) é um inimigo natural da Spodoptera

biocontrol.ucr.edu/rodolia/rodolia_icerya

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frugiperdae e vem se destacando. Devido a sua voracidade e seu comportamento

generalista vem apresentando resultados promissores no controle biológico, pois a alta

voracidade esta ligada ao ataque de ovos ou insetos jovens, o que garante um controle

sobre a praga antes que o dano ocorra.

Outro grande ponto positivo encontrado na tesourinha é o seu ciclo de vida, que

pode chegar ate 210 dias.

Exemplo: Tesourinha (esquerda) e a Lagarta do Cartucho (direita)

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