faça você mesmo - banco Óptico de baixo custo

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Page 1: Faça Você Mesmo - Banco Óptico de Baixo Custo

15Física na Escola, v. 5, n. 1, 2004

Banco Óptico de Baixo Custo

Apresentamos um projeto para aconstrução de um banco ópticocomposto de materiais de baixo custo,que pode ser utilizado em aulasexperimentais de Óptica Geométrica noEnsino Médio.

Introdução

Um banco óptico constituido deum trilho, conjunto de lentes, espelhos,fonte de luz, anteparo etc. é umequipamento caro para ser adquiridopela maioria das nossas escolas deEnsino Médio.

Dessa maneira, as aulas de Ópti-ca Geométrica em que são trabalhadasa obtenção da distância focal de lentese espelhos, a determinação de índicede refração, a equação de conjugação,a relação entre altura do objeto eimagem, as relações de difração einterferência etc., ficam restritas àhabilidade artística do professor emdesenhar os esquemas na lousa e à fédo aluno nas equações da ÓpticaGeométrica. Não há possibilidade de oaluno pôr a “mão na massa” e verificara validade das equações na prática,dada a inexistência de equipamentosacessíveis e adequados.

Com o objetivo de suprir esta ca-rência, ao menos em relação ao estu-do da Óptica Geométrica, alguns au-tores apresentaram a construção de umbanco óptico de baixo custo [1]. O queapresentamos neste trabalho é umanova alternativa para o projeto de cons-trução de um banco óptico que podeser feito pelos próprios alunos comotrabalho em classe.

Construção do banco óptico

Trilho

Para a construção do banco ópticoutilizamos uma canaleta retangular dePVC de dimensões 50 x 20 x 2200 mm,que pode ser encontrada em qualquerloja de material elétrico. Esta canaletaé constituida de duas partes que seencaixam, uma lisa e outra corrugada.

Para cada banco óptico deve-se cor-tar a parte lisa em pedaços de 100 cm.Cada pedaço será utilizado como basepara um trilho óptico (Figura 1).

Figura 1: Parte lisa da canaleta cortada paraser utilizada como base para o trilho óptico.

Base deslizante para dispositivos

A parte corrugada deve ser corta-da em pedaços de 5,0 cm que serãobases deslizantes para espelhos, len-tes, fontes de luz e anteparos (Figu-ra 2).

Figura 2: Parte corrugada da canaleta,cortada para servir como base para lentes,anteparos e fonte de luz.

As lentes podem ser lupas de dife-rentes tamanhos, ou tiradas de óculospara leitura, binóculos etc., adquiridasem lojas de produtos de baixo custo ouaté em camelôs. Os vidros de relógiode laboratório de Química podem serutilizados como espelhos esféricos.Todos esses dispositivos podem sercolados nas bases feitas com os peda-ços corrugados da canaleta. Comoanteparo pode-se utilizar um retalhode plástico ou de madeira, de 8,0 x8,0 cm, revestido com papel branco.

Fonte de luz (objeto)

Utilizamos como fonte de luz umamini-lâmpada noturna fluorescenteencontrada em lojas de material elétrico

ou de variedades de baixo custo. Essalâmpada, além de ser compacta, podeser ligada diretamente à rede elétrica,dispensando o uso de pilhas.

Como objeto para projeção (fenda),recortamos em cartolina preta umretângulo com uma seta vazada emseu centro. Esse retângulo de cartolinaserá colocado como máscara à frenteda fonte de luz, deixando passar a luzapenas pela seta vazada.

A Figura 3 mostra o conjunto ópti-co com alguns acessórios encaixadosno trilho.

Figura 3: Banco óptico montado com aces-sórios para determinar a distância focal dalente convergente.

ConclusãoO banco óptico foi utilizado em

aula de laboratório por alunos doEnsino Médio da escola Centro deEstudos Alaíse Marcondes Velloso(CEAMV/Universitário) de Guaratin-guetá na determinação da distânciafocal de lentes convergentes, aplican-do a equação de Gauss, obtendo resul-tados satisfatórios.

Podemos incrementar o bancoóptico com acessórios como espelhoesférico, espelho plano, cuba paradeterminação de índice de refração delíquidos, rede de difração utilizando CDe outros que a criatividade alcançar.

AgradecimentosAgradeço reconhecidamente ao pro-

fessor Alberto Gaspar pelo incentivo,sugestões e revisões do texto.

Faça Você

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Referência[1] J.R. Pimentel e A.M. Brinatti, Caderno

Catarinense de Ensino de Física 66666,77 (1989).

Banco Óptico de Baixo Custo

Tiago Raimundo da SilvaUnesp, Guaratinguetá

[email protected]