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1 EXTRATIVISMO E GERAÇÃO DE RENDA NOS ASSENTAMENTOS RURAIS BOM JARDIM/FURNA SÃO JOSÉ E MARGARIDA ALVES, REGIÃO SUDOESTE MATOGROSSENSE, BRASIL Maurício Ferreira Mendes Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Rosilainy Surubi Fernandes Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Sandra Mara Alves da Silva Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Ronaldo José da Silva Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Elvis Frazão da Silva Universidade do Mato Grosso-UNEMAT elvisfrazã[email protected] Jesã Pereira Kreitlow Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Laís Fernandes de Souza Neves Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected] Resumo Objetivou-se descrever a atividade extrativista realizada no assentamento Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves localizados na região sudoeste mato-grossense. Foram estudadas 16 famílias no assentamento Bom Jardim/Furna São José e 14 no Margarida Alves. Utilizou-se pesquisa bibliográfica, coleta de dados secundários nos órgãos públicos e realização de entrevistas semiestruturadas. Nestes foram verificados a presença de diversas espécies do Cerrado como a cumbaru, babaçu, mangaba, jatobá, cagaita e bocaiúva. A renda média das famílias no assentamento Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves estiveram em torno de R$ 485,63 e R$ 676,00 respectivamente, baseada na produção de leite, extrativismo, hortaliças e mandioca. O extrativismo contribui na ampliação da renda das famílias, ao mesmo tempo, que conserva a biodiversidade nativa. Palavras-chave: frutos nativos. Assentamentos. Renda. Biodiversidade. Mato Grosso.

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EXTRATIVISMO E GERAÇÃO DE RENDA NOS ASSENTAMENTOS RURAIS BOM JARDIM/FURNA SÃO JOSÉ E MARGARIDA ALVES, REGIÃO

SUDOESTE MATOGROSSENSE, BRASIL

Maurício Ferreira Mendes

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Rosilainy Surubi Fernandes

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Sandra Mara Alves da Silva

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Ronaldo José da Silva

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Elvis Frazão da Silva Universidade do Mato Grosso-UNEMAT

elvisfrazã[email protected]

Jesã Pereira Kreitlow

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Laís Fernandes de Souza Neves

Universidade do Mato Grosso-UNEMAT [email protected]

Resumo Objetivou-se descrever a atividade extrativista realizada no assentamento Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves localizados na região sudoeste mato-grossense. Foram estudadas 16 famílias no assentamento Bom Jardim/Furna São José e 14 no Margarida Alves. Utilizou-se pesquisa bibliográfica, coleta de dados secundários nos órgãos públicos e realização de entrevistas semiestruturadas. Nestes foram verificados a presença de diversas espécies do Cerrado como a cumbaru, babaçu, mangaba, jatobá, cagaita e bocaiúva. A renda média das famílias no assentamento Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves estiveram em torno de R$ 485,63 e R$ 676,00 respectivamente, baseada na produção de leite, extrativismo, hortaliças e mandioca. O extrativismo contribui na ampliação da renda das famílias, ao mesmo tempo, que conserva a biodiversidade nativa. Palavras-chave: frutos nativos. Assentamentos. Renda. Biodiversidade. Mato Grosso.

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Introdução

O Cerrado é o segundo maior bioma e um dos mais diversos do Brasil, ocupa

aproximadamente 21% do território nacional e abriga cerca de 33% da diversidade

biológica brasileira (AGUIAR et al., 2004). No entanto, a conversão de grandes

extensões de vegetação nativa em pastagens e monoculturas na região Centro-Oeste,

contribuiu para que o Cerrado se tornasse um dos biomas mais ameaçados do mundo

(KLINK e MACHADO, 2005). Ainda assim, floristicamente é considerado a Savana

mais rica do mundo, pela sua elevada riqueza de espécies e o alto grau de endemismo,

sendo incluído na lista como um dos hotspots mundiais, para a conservação da

biodiversidade (MITTERMEIER et al., 2005; WALTER, 2006).

No estado de Mato Grosso estão presente os biomas Cerrado, Amazônia e Pantanal, que

possuem grande quantidade e diversidade de espécies vegetais nativas com potencial

econômico. No Cerrado o cumbaru (Dipteryx allata), o babaçu (Orbignya speciosa), o

pequi (Caryocar brasiliense), o araticum (Annona sp), o jatobá (Hymenaea courbaril),

bocaiúva (Acrocomia aculeata), macaúba (Acrocomia aculeata,), cajazinho (Spondias

lutea), cagaita (Eugenia dysenterica), ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) são algumas

das espécies que podem ser trabalhadas pelas comunidades rurais. As espécies

elencadas permitem diversificar os sistemas agrícolas que são resultados de diferentes

padrões ambientais, sociais e culturais, constituindo-se como um sistema de uso

compatível com os recursos naturais (MENDES 2005).

Apesar das diversas vantagens da manutenção de sistemas agrícolas diversificados, nas

últimas décadas têm sido marcadas, pela tendência de simplificação e padronização da

agricultura, em decorrência de efeitos da rápida e ampla disseminação do modelo

técnico-científico da Revolução Verde. Segundo dados da Organização das Nações

Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) em seu informe para o Dia

Mundial da Alimentação de 2004, ao longo do século XX, cerca de três quartos da

diversidade genética dos cultivos agrícolas no mundo foi perdida (ANA, 2007).

Nesse sentido, o extrativismo parecia fadado a desaparecer diante da concorrência dos

produtos sintéticos (HOMMA, 1993), das redes arcaicas de comercialização

(EMPERAIRE e LESCURE, 2000), da imagem negativa da atividade associada à

pilhagem e destruição dos agroecossistemas, da baixa rentabilidade econômica

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(LESCURE, 2000). No entanto, o extrativismo persiste como uma das possibilidades de

reprodução social de populações rurais que desenvolvem sistemas produtivos

(ALMEIDA, 2000), nos quais a caça, a agricultura e a pesca são componentes

essenciais, segundo arranjos variados e com técnicas de baixo impacto ambiental.

Dessa forma, a produção econômica gerada nos assentamentos da reforma agrária,

geralmente, é voltada para os produtos básicos da dieta do brasileiro, como feijão, arroz,

milho, hortaliças, mandioca e pequenos animais. A produção da agricultura familiar

brasileira, de 1995 a 2005, foi responsável por 10% do PIB agrícola do País conforme a

pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD)

do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o que corrobora com a afirmação

de Buainain et al. (2003) de que a agricultura familiar é um campo fortemente diverso e

importante para o crescimento do Brasil, seja em termos de acesso e manutenção de

recursos, geração de alimentos, acesso a comercialização e capacidade de distribuição

de renda.

A utilização dos frutos nativos de acordo com Vieira et al. (2007) pode ser uma opção

para melhorar a saúde da população e para agregar valor aos recursos naturais

disponíveis no Cerrado, melhorando a renda das pequenas comunidades rurais e

favorecendo a preservação das espécies nativas. Diante do exposto, este texto objetiva

apresentar a atividade extrativista realizada coletivamente pelos agricultores familiares

nos assentamentos Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves, ambos situados na

região sudoeste matogrossense.

Material e métodos

Área de investigação

Os assentamentos Bom Jardim/Furna São José, com 900 hectares, está localizado no

município de Cáceres e o Margarida Alves, com área de 3.625 hectares, em Mirassol

D’Oeste e Cáceres (Figura 1). A vegetação predominante é de Savana (Cerrado), o

clima regional é o Tropical quente, caracterizado por estação chuvosa no verão e seca

no inverno (NIMER, 1989). O uso predominante da terra é voltado para a pecuária, com

a implantação de pastagens, com baixa diversidade e densidade arbórea. Ainda assim, é

nessa paisagem que se encontram as palmeiras de babaçuais e os cumbaruzeiros

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utilizados pelos agricultores familiares extrativistas dos assentamentos da região

sudoeste matogrossense.

Figura 01. Áreas de estudo, assentamentos Bom Jardim/Furna São José e Margarida

Alves. Fonte LabGeo Unemat, 2012.

Procedimentos metodológicos

O delineamento utilizado para a realização deste trabalho foi o estudo de caso, conforme

Marconi e Lakatos (2007). Os procedimentos metodológicos adotados foram: pesquisa

bibliográfica sobre o objeto de estudo, visando subsidiar teoricamente as análises

efetuadas; coleta de dados secundários nos órgãos públicos; trabalhos de campo, com

realização de entrevistas semi-estruturadas, visando obter informações sobre o processo

de utilização de frutos nativos do Cerrado. Análise dos dados com a discussão dos

resultados a partir do confronto com informações contidas na bibliografia.

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Renda das famílias dos assentamentos bom Jardim/Furna São José e Margarida

Alves

No assentamento Bom Jardim/Furna São José foram investigadas 16 famílias, e grande

parte delas são do estado de Mato Grosso. O assentamento está subdividido em lotes de

21,81 ha em média. Enquanto que no assentamento Margarida Alves foram pesquisadas

14 famílias, sendo a maioria imigrantes da região de Minas Gerais, cujos lotes tem em

média de 24, 64 ha (Tabela 1).

A renda média das famílias no assentamento Bom Jardim/São José em 2009 foi de R$

485,63 derivada da produção de leite, extrativismo, hortaliças, mandioca e na criação de

pequenos animais, como galinhas. No assentamento Margarida Alves, a renda média

das famílias foi de R$ 676,00 proveniente da produção de leite, pecuária, arrendamento

de pastos e hortaliça.

Tabela 1: Dados socioeconômicos das famílias do assentamento Bom Jardim/Furna São José e Margarida Alves, Cáceres, MT.

Família Origem Renda/Mês Área/Lote/Ha

São José Margarida Alves

São José Margarida Alves

São José Margarida Alves

01 MT MG R$400,00 R$2.200 20 25 02 MS MG R$465,00 R$700,00 22 20 03 MT SP R$465,00 R$380,00 19 25 04 MT MG R$965,00 R$800,00 20 25 05 MT MT R$900,00 R$800,00 20 25 06 MS SP R$600,00 R$800,00 20 25 07 MT MG R$250,00 R$700,00 20 25 08 MT MT R$465,00 R$400,00 23 25 09 MT BA R$500,00 R$380,00 20 25 10 MT PR R$300,00 R$300,00 20 25 11 SE MT R$300,00 R$400,00 20 25 12 SP PR R$465,00 R$400,00 20 25 13 RO SP R$465,00 R$600,00 20 25 14 MT MG R$300,00 R$600,00 20 25 15 MT - R$465,00 - 45 - 16 MT - R$465,00 - 20 -

Média R$485,63 R$ 676,00 21,81 24,64

Em relação à importância econômica dos assentamentos rurais de reforma agrária,

Zamberlam e Florão (1991) realizaram um estudo sobre o impacto dos assentamentos

rurais na economia dos municípios da região de Cruz Alta (RS) e constataram que os

assentamentos pesquisados encontram-se numa posição vantajosa em termos de geração

de impostos diretos e indiretos, e isso têm sido um fator positivo aos cofres públicos.

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Neste aspecto Miralha (2005) observou que a implantação dos assentamentos rurais no

Município de Presidente Bernardes-SP contribuiu na melhoria do poder aquisitivo de

50,9% dos entrevistados. Esse dado demonstra a importância dos assentamentos rurais

como política de geração de renda e inserção social. Foi observado também a

importância econômica do leite e da mandioca que, nestes locais constituem as

principais atividades que geram renda para os assentados, visto que ambos são

comercializados por 72,7% e 43,6%, respectivamente, pelos assentados entrevistados.

De acordo com Carvalho (2008) na agricultura camponesa, a melhor estratégia de

produção e comercialização é a diversidade. Quanto mais opções para a geração de

renda, maior segurança financeira o produtor terá, assim como também quanto mais

diversa for sua produção, maior segurança alimentar e nutricional para sua família.

Nessa perspectiva, a diversidade de produtos apresentadas nos assentamentos estudados,

como leite, mandioca e hortaliças, geram um leque de possibilidades de renda para a

população destas áreas.

Na esfera social, os assentamentos, além de representarem uma inserção de famílias que

por diversas razões, estavam excluídas do acesso a terra e do mercado de trabalho

propicia o fortalecimento da produção familiar, e também gera e alavanca o

desenvolvimento em âmbito regional e, principalmente, na escala local.

Uso de frutos nativos nos assentamentos

No assentamento Bom Jardim/Furna São José a vegetação do Cerrado apresenta

espécies de alto valor econômico como a mangaba (Hancornia speciosa), cumbaru

(Dipteryx alata), jatobá (Hymenaea courbaril), cagaita (Eugenia dysenterica), marmelo

(Cydonia oblonga), entre outras (Figura 2). Os lotes estudados apresentaram uma

composição de espécies frutífera nativa variada, com um total de 8 espécies, e dessas,

foram contabilizada 2.081 indivíduos.

No assentamento Margarida Alves, predomina espécies como cumbaru (Dipteryx

allata), jatobá (Hymenaea courbaril), bocaiúva (Acrocomia aculeata), babaçu

(Orbignya speciosa), , cajazinho (Spondias lutea), cagaita (Eugenia dysenterica), ipê

roxo (Tabebuia impetiginosa), jatobá (Hymenaea courbaril), araticum (Annona sp),

pequi (Caryocar brasiliense).

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Figura 2. Principais espécies frutíferas encontradas nos assentamentos Bom Jardim/São José e Margarida Alves e, MT.

Todas são as espécies encontradas nos dois assentamentos estudados são utilizadas na

alimentação das famílias, entretanto o cumbaru, jatobá e mangaba são as mais

empregadas no assentamento São José, enquanto o babaçu teve grande predominância

no assentamento Margarida Alves (Figura 2).

O babaçu apresenta valor comercial, econômico como produto extrativo, pois envolve

atualmente famílias de diversas estados além do Mato Grosso, como Tocantins,

Maranhão, Pará e Piauí (FERREIRA, 2011). De acordo com Paes-de-Souza et al.

(2011) a parte dura (endocarpo) que contém as amêndoas, produzem o óleo de babaçu,

com o mesocarpo extraído é possível produzir uma farinha para multi-mistura de alto

valor nutritivo e que pode ser utilizada como parte da alimentação nas escolas. Cerca de

64 produtos, tais como: carvão, etanol, metanol, celulose, farináceas, ácidos graxos e

glicerina podem ser produzidos a partir do babaçu.

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Figura 3. Espécies frutíferas mais utilizadas nos assentamento Bom Jardim/São

José e Margarida Alves, MT.

O cerrado proporciona uma diversidade de plantas frutíferas que podem ser utilizadas na

extração de diversos produtos, como nos casos de alguns municípios do norte de Minas

Gerais, que segundo Carvalho (2007), tem como carro-chefe de produção poupas

congeladas de frutas provindas de coletas extrativas de plantas frutíferas do Cerrado

como cagaita (Eugenia dysenterica), coquinho-azedo (Butia capitata), magaba

(Hancornia speciosa), maracujá-nativo (Passiflora cincinatta), panã (Annona

crassiflora) e o pequi (Caryocar brasiliense). O autor (op. cit.) menciona que o

extrativismo exerce uma grande importância na segurança alimentar das comunidades

que se encontram no Cerrado e utiliza-se de seus produtos em tempos de estiagem.

A mangaba é uma planta também muito utilizada no nordeste do Brasil. De acordo com

o trabalho de Mota e Santos (2008) populações extrativistas de Barra do Coqueiro-SE

têm encontrado no extrativismo da mangaba uma alternativa de ocupação e de geração

de renda devido a seu valor agregado pela produção de poupas, sorvetes entre outros

produtos. De acordo com autores (op. cit.) os saberes desenvolvidos tradicionalmente

são postos em prática, a exemplo da disposição das plantas, da seleção delas para a

colheita e dos tratos com os frutos.

A exemplo do assentamento Bom Jardim/São José em Cáceres que apresentam

diferentes plantas frutíferas, provenientes do Cerrado, em Barra do Coqueiro há uma

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mescla de plantas nativas utilizadas na localidade como mangaba, murici (Byrsonima

sericea), cambuí (Myrcia sp.) e caju (Anacardium occidental).

Relativo à utilização das plantas pelos assentados investigados a alimentação destacou-

se, seguida de medicinal (Figura 3). Isso demostra que os frutos nativos derivados dos

dois assentamentos estudados têm participação na segurança alimentar das famílias.

Figura 4. Utilização de espécies frutíferas nos assentamentos Bom Jardim/Furna

São José e Margarida Alves, região sudoeste matogrossense

De acordo com Carvalho (2007) a partir do momento em que as frutas nativas passam a

ser comercializadas e agrega valor, essas espécies passam a ser mais protegidas. Isso

ressalta a importância da atividade extrativista para as espécies encontradas nos locais

investigados na região sudoeste mato-grossense.

A integração das famílias nos assentamentos é um fator importante, pois segundo

Fernandes et al. (2011) durante a safra dos frutos do Cerrado, que ocorre de setembro a

janeiro, verifica-se que todos os membros familiares participam das coletas, isso se

constitui em um viés promissor, pois fortalece os vínculos afetivos e de cooperação

entre os membros familiares e dos grupos envolvidos, a partir da participação dos

envolvidos na busca por um objetivo comum. A necessidade de alternativas frente ao

processo produtivo capitalista são fundamentais à sobrevivência e permanência dos

assentados em áreas rurais.

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Conclusões

O extrativismo, associado a outros tipos de atividades, tem contribuído na geração e

ampliação de renda das famílias assentadas nos assentamentos Bom Jardim/Furna São

José e Margarida Alves. As atividades extrativistas ainda induzem processo de proteção

das áreas de coletas e consequentemente a valoração das espécies nativas.

Nota _____________________ Produção vinculada ao projeto de pesquisa “Modelagem de indicadores ambientais para a definição de áreas prioritárias e estratégicas à recuperação de áreas degradadas da região sudoeste de Mato Grosso/MT”, vinculado à Sub-rede de estudos sociais, ambientais e de tecnologias para o sistema produtivo na região sudoeste mato-grossense – REDE ASA, financiada no âmbito do Edital MCT/CNPq/FNDCT/FAPs/MEC/CAPES/PRO-CENTRO-OESTE Nº 031/2010.

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