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TEMA 1

Escrita digital e clareza de expressão

Considerando sua experiência com a transmissão de mensagens pelo celular ou pela Internet, refl ita sobre a afi rmação de Thomaz Wood Jr:

Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrôni-cas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

OBJETIVO

O desenvolvimento é o parágrafo intermediário entre a introdução e a conclusão. Em redações mais simples, pode ser executado em apenas um parágrafo, porém, em temas mais complexos, como os da UFRGS, ou em redações que criam respostas mais sofi sticadas, é praticamente indispensável executá-lo em dois (ou mais) parágrafos. É a parcela efetivamente argumentativa da redação, aquela em que os aspectos relevantes do tema devem ser tratados.

O desenvolvimento tem a estrutura padrão do parágrafo, tópico-frasal e desenvolvimento. A relação entre estes pode ser, também, a usual: o tópico apresenta o assunto, que será retomado pelo desenvolvimento. Assim, o tópico é, costumeiramente, a frase inicial do parágrafo. Por outro lado, há redatores que preferem começar o parágrafo com comentários mais genéricos, apresentando seu ponto de vista no decorrer do raciocínio. Dessa forma, o tópico pode surgir ao longo do parágrafo ou até mesmo fi nalizá-lo. Sua presença é, porém, indispensável, seja como um pressuposto da estrutura, seja como um reforço à clareza.

De todos os elementos estruturais da redação (introdução, desenvolvimento e conclusão), o desenvol-vimento é aquele que tem o objetivo mais signifi cativo, do qual não se pode abrir mão: se a redação é uma resposta a uma pergunta, essa resposta deve estar no(s) desenvolvimento(s). Fugir dessa exigência, ou pre-cipitando a resposta na introdução ou retardando-a até a conclusão, levará, inevitavelmente, a um resultado insatisfatório, ou mesmo desastroso.

TEMA: PUC 2014/2NOTA/PESO: PRIORIDADE:

ESTRATÉGIAS

TEMA 2Motivos para estudar Matemática

Analfabeto funcional é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodifi car minimamente as letras e os números, não desenvolve, entre outras habilidades, a de fazer operações mate-máticas.

Por que aprender Matemática é essencial para a vida? Por que ela é muito mais do que uma disciplina importante para passar no vestibular?

Se escolher o tema 2, refl ita sobre a utilidade dos conhecimentos matemáticos para realizar ativida-des do dia a dia e para a ascensão profi ssional.

TEMA 3Analfabetismo funcional

Existem pessoas que são lançadas ao mar, à vida, com pedaços faltando. Pedaços esses que correspondem às habilidades básicas para viver e se comunicar.

Vamos entender o que é analfabetismo funcional. 23/10/2012. http://www.inovareduca.com

Faz quase uma década que tais habilidades são avaliadas no Brasil, e o analfabetismo funcional per-siste entre os mais jovens, afetando, inclusive, os estudantes do nível superior. Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf ), 38% desses estudantes apresentam difi culdades nas tarefas que envolvem leitura e escrita.

Caso opte pelo tema 3, analise as consequências do analfabetismo funcional entre os estudantes brasileiros e apresente sugestões práticas para recuperar o que estiver “faltando” e diminuir o problema.

O que signifi ca “escrever com clareza”? Você concorda com a ideia de que, na escrita digi-tal, a clareza perde importância?

Para dissertar sobre o tema 1, você pode analisar as vantagens e desvantagens da escrita digital, compará-la com a escrita tradicional, entre outras abordagens, desde que relacione o ato de escrever com a necessidade – ou não – de se expressar com clareza.

TEMAS - PUC 2014/2

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Brasil é o 8° país com maior número de analfabetos adultos, diz Unesco

Relatório mapeou os principais desafios da educação no mundo.Dos 150 países analisados, apenas 41 atingiram meta de investimento.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que o Brasil aparece em 8° lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.

De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de anal-fabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.

Em todo o mundo, segundo o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco, há 774 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Além disso, 72% deles estão em dez países, como o Brasil. A Índia lidera a lista, seguida por China e Paquistão.

O estudo também mapeou os principais desafios da educação no planeta. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas global. Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da edu-

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cação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores.

No Brasil, por exemplo, atualmente menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Entre os países ana-lisados, um terço tem menos de 75% dos educadores do ensino primário treinados.

Sobre os investimentos na área, das 150 nações analisadas, apenas 41 atingiram a meta da Unesco, ou seja, aplicaram em educação 6% ou mais de seu Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas. O Brasil é um deles, mas o gasto anual por aluno da educação básica é de cerca de R$ 5 mil. Em países ricos, esse valor é três vezes maior.

Meta até 2015

No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países (entre eles, o Brasil), 35 instituições in-ternacionais e 127 organizações não governamentais (ONG) adotaram o Marco de Ação de Dacar, em que se comprometem a dedicar os recursos e esforços necessários para melhorar a educação até 2015.

Na ocasião, foram traçados seis objetivos: os países devem expandir os cuidados na primeira infância e na educação; universalizar o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero; e melhorar a qualidade da educação.

Segundo o relatório da Unesco, esse compromisso não deve ser atingido globalmente, apesar de al-

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guns países terem apresentado avanços nos últimos anos.

Em todo o mundo, a taxa de alfabetização de adultos passou de 76% para 82% entre os períodos de 1985-1994 e 1995-2004. Mas, por região, os índices ainda permanecem bem abaixo da média na Ásia Meridional e Ocidental e na África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara), com aproximadamente 60%. Nos Estados Árabes e no Caribe, as taxas estão em cerca de 70%.

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Instituto Paulo Montenegro e Ação Educativa mostram evolução do alfabetismo funcional na última década

O percentual da população alfabetizada funcionalmente foi de 61% em 2001 para 73% em2011, mas apenas um em cada 4 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura,escrita e matemática

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PerguntAção balcão de informações

Al. Santos 2101, 9º andar ­ 01419­002 ­ São Paulo SPfone (11) 3066 1601 ­ [email protected]

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DIRETO AO ASSUNTO

Quinta, 05 / 03 / 2015

inaf / inaf 2011­2012

Instituto Paulo Montenegro e Ação Educativa mostram evolução do alfabetismofuncional na última década

O percentual da população alfabetizada funcionalmente foi de 61% em 2001 para 73% em2011, mas apenas um em cada 4 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura,escrita e matemática

O Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, parceiros na criação e implementaçãodo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), lançam mais uma edição da pesquisa quecompleta uma década. Os resultados mostram que durante os últimos 10 anos houve umaredução do analfabetismo absoluto e da alfabetização rudimentar e um incremento do nívelbásico de habilidades de leitura, escrita e matemática. No entanto, a proporção dos queatingem um nível pleno de habilidades manteve­se praticamente inalterada, em torno de 25%.

Tabela IEvolução do Indicador de Alfabetismo Funcional

População de 15 a 64 anos (em %)

2001­2002

2002­2003

2003­2004

2004­2005 2007 2009 2011­

2012

Analfabeto 12 13 12 11 9 7 6

Rudimentar 27 26 26 26 25 21 21

Básico 34 36 37 38 38 47 47

Pleno 26 25 25 26 28 25 26

Analfabetos funcionais (Analfabeto eRudimentar) 39 39 38 37 34 27 27

Alfabetizados funcionalmente (Básico e Pleno) 61 61 62 63 66 73 73

base 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002

Fonte: INAF BRASIL 2001 a 2011Obs.: Os resultados até 2005 são apresentados por meio de médias móveis de dois em doisanos de modo a possibilitar a comparabilidade com as edições realizadas nos anos seguintes.

Esses resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais doalfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio dehabilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada.Segundo Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro boa parte destesavanços é devida à universalização do acesso à escola e do aumento do número de anos deestudo. Com efeito, de acordo com dados censitários produzidos pelo IBGE o número debrasileiros com ensino médio ou superior cresceu em quase 30 milhões na década 2000­2010,como mostra a tabela abaixo.

Tabela IIEscolaridade da população de 15 a 64 anos no Brasil / IBGE

Escolaridade Censo PNAD

Sem escolaridade 10% 10.866.552 9% 11.766.782

Ensino Fundamental I 30% 32.599.656 18% 23.533.564

Ensino Fundamental II 28% 30.426.345 24% 31.378.086

Ensino Médio 24% 26.079.725 35% 45.759.708

Superior 8% 8.693.242 14% 18.303.883

TOTAL 100% 108.665.519 100% 130.742.024

Fonte: Censo Populacional IBGE 2000 e PNAD 2009

Entretanto, os dados do Inaf levantados no mesmo período indicam que estes avanços no nívelde escolaridade da população não têm correspondido a ganhos equivalentes no domínio dashabilidades de leitura, escrita e matemática. Somente 62% das pessoas com ensino superior e

inaf

Apresentação

Inaf 2011­2012

Banco de Dados Inaf 2001­2009

Inaf Jovens 2009

Inaf Leitura, Escrita e Matemática2009

Inaf Leitura, Escrita e Matemática2007

Balanço 5 Anos

Inaf Leitura e Escrita 2005

Inaf Matemática 2004

Inaf Leitura e Escrita 2003

Inaf Matemática 2002

Inaf Leitura e Escrita 2001

Banco de Dados Inaf

Para solicitar o Banco de DadosInaf, preencha o formulário.

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Instituto Paulo Montenegro e Ação Educativa mostram evolução do alfabetismofuncional na última década

O percentual da população alfabetizada funcionalmente foi de 61% em 2001 para 73% em2011, mas apenas um em cada 4 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura,escrita e matemática

O Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, parceiros na criação e implementaçãodo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), lançam mais uma edição da pesquisa quecompleta uma década. Os resultados mostram que durante os últimos 10 anos houve umaredução do analfabetismo absoluto e da alfabetização rudimentar e um incremento do nívelbásico de habilidades de leitura, escrita e matemática. No entanto, a proporção dos queatingem um nível pleno de habilidades manteve­se praticamente inalterada, em torno de 25%.

Tabela IEvolução do Indicador de Alfabetismo Funcional

População de 15 a 64 anos (em %)

2001­2002

2002­2003

2003­2004

2004­2005 2007 2009 2011­

2012

Analfabeto 12 13 12 11 9 7 6

Rudimentar 27 26 26 26 25 21 21

Básico 34 36 37 38 38 47 47

Pleno 26 25 25 26 28 25 26

Analfabetos funcionais (Analfabeto eRudimentar) 39 39 38 37 34 27 27

Alfabetizados funcionalmente (Básico e Pleno) 61 61 62 63 66 73 73

base 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002

Fonte: INAF BRASIL 2001 a 2011Obs.: Os resultados até 2005 são apresentados por meio de médias móveis de dois em doisanos de modo a possibilitar a comparabilidade com as edições realizadas nos anos seguintes.

Esses resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais doalfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio dehabilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada.Segundo Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro boa parte destesavanços é devida à universalização do acesso à escola e do aumento do número de anos deestudo. Com efeito, de acordo com dados censitários produzidos pelo IBGE o número debrasileiros com ensino médio ou superior cresceu em quase 30 milhões na década 2000­2010,como mostra a tabela abaixo.

Tabela IIEscolaridade da população de 15 a 64 anos no Brasil / IBGE

Escolaridade Censo PNAD

Sem escolaridade 10% 10.866.552 9% 11.766.782

Ensino Fundamental I 30% 32.599.656 18% 23.533.564

Ensino Fundamental II 28% 30.426.345 24% 31.378.086

Ensino Médio 24% 26.079.725 35% 45.759.708

Superior 8% 8.693.242 14% 18.303.883

TOTAL 100% 108.665.519 100% 130.742.024

Fonte: Censo Populacional IBGE 2000 e PNAD 2009

Entretanto, os dados do Inaf levantados no mesmo período indicam que estes avanços no nívelde escolaridade da população não têm correspondido a ganhos equivalentes no domínio dashabilidades de leitura, escrita e matemática. Somente 62% das pessoas com ensino superior e

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Apresentação

Inaf 2011­2012

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Balanço 5 Anos

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Inaf Matemática 2004

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O percentual da população alfabetizada funcionalmente foi de 61% em 2001 para 73% em2011, mas apenas um em cada 4 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura,escrita e matemática

O Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, parceiros na criação e implementaçãodo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), lançam mais uma edição da pesquisa quecompleta uma década. Os resultados mostram que durante os últimos 10 anos houve umaredução do analfabetismo absoluto e da alfabetização rudimentar e um incremento do nívelbásico de habilidades de leitura, escrita e matemática. No entanto, a proporção dos queatingem um nível pleno de habilidades manteve­se praticamente inalterada, em torno de 25%.

Tabela IEvolução do Indicador de Alfabetismo Funcional

População de 15 a 64 anos (em %)

2001­2002

2002­2003

2003­2004

2004­2005 2007 2009 2011­

2012

Analfabeto 12 13 12 11 9 7 6

Rudimentar 27 26 26 26 25 21 21

Básico 34 36 37 38 38 47 47

Pleno 26 25 25 26 28 25 26

Analfabetos funcionais (Analfabeto eRudimentar) 39 39 38 37 34 27 27

Alfabetizados funcionalmente (Básico e Pleno) 61 61 62 63 66 73 73

base 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002

Fonte: INAF BRASIL 2001 a 2011Obs.: Os resultados até 2005 são apresentados por meio de médias móveis de dois em doisanos de modo a possibilitar a comparabilidade com as edições realizadas nos anos seguintes.

Esses resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais doalfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio dehabilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada.Segundo Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro boa parte destesavanços é devida à universalização do acesso à escola e do aumento do número de anos deestudo. Com efeito, de acordo com dados censitários produzidos pelo IBGE o número debrasileiros com ensino médio ou superior cresceu em quase 30 milhões na década 2000­2010,como mostra a tabela abaixo.

Tabela IIEscolaridade da população de 15 a 64 anos no Brasil / IBGE

Escolaridade Censo PNAD

Sem escolaridade 10% 10.866.552 9% 11.766.782

Ensino Fundamental I 30% 32.599.656 18% 23.533.564

Ensino Fundamental II 28% 30.426.345 24% 31.378.086

Ensino Médio 24% 26.079.725 35% 45.759.708

Superior 8% 8.693.242 14% 18.303.883

TOTAL 100% 108.665.519 100% 130.742.024

Fonte: Censo Populacional IBGE 2000 e PNAD 2009

Entretanto, os dados do Inaf levantados no mesmo período indicam que estes avanços no nívelde escolaridade da população não têm correspondido a ganhos equivalentes no domínio dashabilidades de leitura, escrita e matemática. Somente 62% das pessoas com ensino superior e

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Apresentação

Inaf 2011­2012

Banco de Dados Inaf 2001­2009

Inaf Jovens 2009

Inaf Leitura, Escrita e Matemática2009

Inaf Leitura, Escrita e Matemática2007

Balanço 5 Anos

Inaf Leitura e Escrita 2005

Inaf Matemática 2004

Inaf Leitura e Escrita 2003

Inaf Matemática 2002

Inaf Leitura e Escrita 2001

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35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamentealfabetizadas. Em ambos os casos essa proporção é inferior ao observado no início da década.O Inaf também revela que um em cada quatro brasileiros que cursam ou cursaram até oensino fundamental II ainda estão classificados no nível rudimentar, sem avanços durante todoo período.

Tabela IIINíveis de alfabetismo da população de 15 a 64 anos por escolaridade (em %)

Níveis

Até EnsinoFundamental I

EnsinoFundamental

IIEnsino Médio Ensino

Superior

2001­2002 2011 2001­

2002 2011 2001­2002 2011 2001­

2002 2011

Bases 797 536 555 476 481 701 167 289

Analfabeto 30 21 1 1 0 0 0 0Rudimentar 44 44 26 25 10 8 2 4Básico 22 32 51 59 42 57 21 34Pleno 5 3 22 15 49 35 76 62

Alfabetizado Funcionalmente (Analfabeto e Rudimentar)

73 65 27 26 10 8 2 4

Funcionalmente Alfabetizado (Básico e Pleno)

27 35 73 74 90 92 98 96

"Apesar dos avanços, tornam­se cada vez mais agudas as dificuldades para fazer com que osbrasileiros atinjam patamares superiores de alfabetismo. Este parece um dos grandes desafiosbrasileiros para a próxima década", avalia Ana Lúcia. "Os dados reforçam a necessidade deinvestimento na qualidade, uma vez que o aumento da escolarização não foi suficiente paraassegurar o pleno domínio de habilidades de alfabetismo: o nível pleno permaneceu estagnadoao longo de uma década nos diferentes grupos demográficos".

Para Vera Masagão, coordenadora geral da Ação Educativa, os dados do Inaf mostram que achegada de novos estratos sociais às etapas educacionais mais elevadas vem, muitas vezes,acompanhada da falta de condições adequadas para que estes estratos alcancem os níveismais altos de alfabetismo, o que reforça a necessidade de uma nova qualidade para aeducação escolar, em especial nos sistemas públicos de ensino. "Outro fator essencial paraavançar é o investimento constante na formação inicial e continuada de professores, queprecisam ser agentes da cultura letrada em um contexto de inovação pedagógica".

"Essa qualidade não envolve somente a quantidade de horas de estudo ou a ampliação daquantidade de conteúdos ensinados, mas também fatores como a adequação das escolas e doscurrículos a políticas intersetoriais que favoreçam a permanência dos educandos nas escolas ea criação de novos modelos flexíveis que permitam a qualquer brasileiro ampliar seus estudosquando desejar, em diferentes momentos da vida", diz Vera.

"Ao longo desta década consolidou­se a tendência de ampliação das oportunidadeseducacionais para todos os brasileiros, com avanços importantes nas regiões e grupos sociaiscom menor renda. Por outro lado, evidenciou­se a preocupação com os níveis insuficientes deaprendizagem revelada pelas avaliações em larga escala do desempenho escolar, como aProva Brasil, o ENEM e outros de âmbito estadual e municipal", analisa Vera. "Nesse contexto,muitas iniciativas, em âmbito governamental e não­governamental têm sido postas em marchapara transformar o direito de acesso à escola no efetivo direito a aprender, não só na escolacomo ao longo de toda a vida".

Resultados por segmentos populacionais

As melhorias nos índices de pessoas funcionalmente alfabetizadas ocorrem em todas asfaixas etárias, mas há persistências de proporções significativas de pessoas analfabetasentre os mais velhos. Em nenhuma das faixas etárias consideradas houve aumentosignificativo da proporção de pessoas no nível pleno.Há uma correlação entre a renda familiar e o nível de alfabetismo, uma vez que aproporção de analfabetos e daqueles incluídos no nível rudimentar diminuisensivelmente à medida que aumenta a renda familiar. A evolução do Inaf nesses dezanos revela que os grupos que mais avançaram em termos de alfabetismo foramaqueles com renda de até dois salários mínimos, seguidos por aqueles com renda entredois e cinco salários mínimos, sendo que a proporção de alfabetizados funcionalmentesubiu de 44% para 60% e de 58% para 83%, respectivamente.Apesar da redução da desigualdade entre brancos e não brancos em termos deescolaridade ao longo da década 2001­2011, o Inaf aponta, por exemplo, que aproporção de pessoas funcionalmente alfabetizadas atingiu 80% entre os brancos, 64%dentre os pretos/negros e 69% entre os pardos (o Inaf utiliza a mesma categoria

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35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamentealfabetizadas. Em ambos os casos essa proporção é inferior ao observado no início da década.O Inaf também revela que um em cada quatro brasileiros que cursam ou cursaram até oensino fundamental II ainda estão classificados no nível rudimentar, sem avanços durante todoo período.

Tabela IIINíveis de alfabetismo da população de 15 a 64 anos por escolaridade (em %)

Níveis

Até EnsinoFundamental I

EnsinoFundamental

IIEnsino Médio Ensino

Superior

2001­2002 2011 2001­

2002 2011 2001­2002 2011 2001­

2002 2011

Bases 797 536 555 476 481 701 167 289

Analfabeto 30 21 1 1 0 0 0 0Rudimentar 44 44 26 25 10 8 2 4Básico 22 32 51 59 42 57 21 34Pleno 5 3 22 15 49 35 76 62

Alfabetizado Funcionalmente (Analfabeto e Rudimentar)

73 65 27 26 10 8 2 4

Funcionalmente Alfabetizado (Básico e Pleno)

27 35 73 74 90 92 98 96

"Apesar dos avanços, tornam­se cada vez mais agudas as dificuldades para fazer com que osbrasileiros atinjam patamares superiores de alfabetismo. Este parece um dos grandes desafiosbrasileiros para a próxima década", avalia Ana Lúcia. "Os dados reforçam a necessidade deinvestimento na qualidade, uma vez que o aumento da escolarização não foi suficiente paraassegurar o pleno domínio de habilidades de alfabetismo: o nível pleno permaneceu estagnadoao longo de uma década nos diferentes grupos demográficos".

Para Vera Masagão, coordenadora geral da Ação Educativa, os dados do Inaf mostram que achegada de novos estratos sociais às etapas educacionais mais elevadas vem, muitas vezes,acompanhada da falta de condições adequadas para que estes estratos alcancem os níveismais altos de alfabetismo, o que reforça a necessidade de uma nova qualidade para aeducação escolar, em especial nos sistemas públicos de ensino. "Outro fator essencial paraavançar é o investimento constante na formação inicial e continuada de professores, queprecisam ser agentes da cultura letrada em um contexto de inovação pedagógica".

"Essa qualidade não envolve somente a quantidade de horas de estudo ou a ampliação daquantidade de conteúdos ensinados, mas também fatores como a adequação das escolas e doscurrículos a políticas intersetoriais que favoreçam a permanência dos educandos nas escolas ea criação de novos modelos flexíveis que permitam a qualquer brasileiro ampliar seus estudosquando desejar, em diferentes momentos da vida", diz Vera.

"Ao longo desta década consolidou­se a tendência de ampliação das oportunidadeseducacionais para todos os brasileiros, com avanços importantes nas regiões e grupos sociaiscom menor renda. Por outro lado, evidenciou­se a preocupação com os níveis insuficientes deaprendizagem revelada pelas avaliações em larga escala do desempenho escolar, como aProva Brasil, o ENEM e outros de âmbito estadual e municipal", analisa Vera. "Nesse contexto,muitas iniciativas, em âmbito governamental e não­governamental têm sido postas em marchapara transformar o direito de acesso à escola no efetivo direito a aprender, não só na escolacomo ao longo de toda a vida".

Resultados por segmentos populacionais

As melhorias nos índices de pessoas funcionalmente alfabetizadas ocorrem em todas asfaixas etárias, mas há persistências de proporções significativas de pessoas analfabetasentre os mais velhos. Em nenhuma das faixas etárias consideradas houve aumentosignificativo da proporção de pessoas no nível pleno.Há uma correlação entre a renda familiar e o nível de alfabetismo, uma vez que aproporção de analfabetos e daqueles incluídos no nível rudimentar diminuisensivelmente à medida que aumenta a renda familiar. A evolução do Inaf nesses dezanos revela que os grupos que mais avançaram em termos de alfabetismo foramaqueles com renda de até dois salários mínimos, seguidos por aqueles com renda entredois e cinco salários mínimos, sendo que a proporção de alfabetizados funcionalmentesubiu de 44% para 60% e de 58% para 83%, respectivamente.Apesar da redução da desigualdade entre brancos e não brancos em termos deescolaridade ao longo da década 2001­2011, o Inaf aponta, por exemplo, que aproporção de pessoas funcionalmente alfabetizadas atingiu 80% entre os brancos, 64%dentre os pretos/negros e 69% entre os pardos (o Inaf utiliza a mesma categoria

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35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamentealfabetizadas. Em ambos os casos essa proporção é inferior ao observado no início da década.O Inaf também revela que um em cada quatro brasileiros que cursam ou cursaram até oensino fundamental II ainda estão classificados no nível rudimentar, sem avanços durante todoo período.

Tabela IIINíveis de alfabetismo da população de 15 a 64 anos por escolaridade (em %)

Níveis

Até EnsinoFundamental I

EnsinoFundamental

IIEnsino Médio Ensino

Superior

2001­2002 2011 2001­

2002 2011 2001­2002 2011 2001­

2002 2011

Bases 797 536 555 476 481 701 167 289

Analfabeto 30 21 1 1 0 0 0 0Rudimentar 44 44 26 25 10 8 2 4Básico 22 32 51 59 42 57 21 34Pleno 5 3 22 15 49 35 76 62

Alfabetizado Funcionalmente (Analfabeto e Rudimentar)

73 65 27 26 10 8 2 4

Funcionalmente Alfabetizado (Básico e Pleno)

27 35 73 74 90 92 98 96

"Apesar dos avanços, tornam­se cada vez mais agudas as dificuldades para fazer com que osbrasileiros atinjam patamares superiores de alfabetismo. Este parece um dos grandes desafiosbrasileiros para a próxima década", avalia Ana Lúcia. "Os dados reforçam a necessidade deinvestimento na qualidade, uma vez que o aumento da escolarização não foi suficiente paraassegurar o pleno domínio de habilidades de alfabetismo: o nível pleno permaneceu estagnadoao longo de uma década nos diferentes grupos demográficos".

Para Vera Masagão, coordenadora geral da Ação Educativa, os dados do Inaf mostram que achegada de novos estratos sociais às etapas educacionais mais elevadas vem, muitas vezes,acompanhada da falta de condições adequadas para que estes estratos alcancem os níveismais altos de alfabetismo, o que reforça a necessidade de uma nova qualidade para aeducação escolar, em especial nos sistemas públicos de ensino. "Outro fator essencial paraavançar é o investimento constante na formação inicial e continuada de professores, queprecisam ser agentes da cultura letrada em um contexto de inovação pedagógica".

"Essa qualidade não envolve somente a quantidade de horas de estudo ou a ampliação daquantidade de conteúdos ensinados, mas também fatores como a adequação das escolas e doscurrículos a políticas intersetoriais que favoreçam a permanência dos educandos nas escolas ea criação de novos modelos flexíveis que permitam a qualquer brasileiro ampliar seus estudosquando desejar, em diferentes momentos da vida", diz Vera.

"Ao longo desta década consolidou­se a tendência de ampliação das oportunidadeseducacionais para todos os brasileiros, com avanços importantes nas regiões e grupos sociaiscom menor renda. Por outro lado, evidenciou­se a preocupação com os níveis insuficientes deaprendizagem revelada pelas avaliações em larga escala do desempenho escolar, como aProva Brasil, o ENEM e outros de âmbito estadual e municipal", analisa Vera. "Nesse contexto,muitas iniciativas, em âmbito governamental e não­governamental têm sido postas em marchapara transformar o direito de acesso à escola no efetivo direito a aprender, não só na escolacomo ao longo de toda a vida".

Resultados por segmentos populacionais

As melhorias nos índices de pessoas funcionalmente alfabetizadas ocorrem em todas asfaixas etárias, mas há persistências de proporções significativas de pessoas analfabetasentre os mais velhos. Em nenhuma das faixas etárias consideradas houve aumentosignificativo da proporção de pessoas no nível pleno.Há uma correlação entre a renda familiar e o nível de alfabetismo, uma vez que aproporção de analfabetos e daqueles incluídos no nível rudimentar diminuisensivelmente à medida que aumenta a renda familiar. A evolução do Inaf nesses dezanos revela que os grupos que mais avançaram em termos de alfabetismo foramaqueles com renda de até dois salários mínimos, seguidos por aqueles com renda entredois e cinco salários mínimos, sendo que a proporção de alfabetizados funcionalmentesubiu de 44% para 60% e de 58% para 83%, respectivamente.Apesar da redução da desigualdade entre brancos e não brancos em termos deescolaridade ao longo da década 2001­2011, o Inaf aponta, por exemplo, que aproporção de pessoas funcionalmente alfabetizadas atingiu 80% entre os brancos, 64%dentre os pretos/negros e 69% entre os pardos (o Inaf utiliza a mesma categoria

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35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamentealfabetizadas. Em ambos os casos essa proporção é inferior ao observado no início da década.O Inaf também revela que um em cada quatro brasileiros que cursam ou cursaram até oensino fundamental II ainda estão classificados no nível rudimentar, sem avanços durante todoo período.

Tabela IIINíveis de alfabetismo da população de 15 a 64 anos por escolaridade (em %)

Níveis

Até EnsinoFundamental I

EnsinoFundamental

IIEnsino Médio Ensino

Superior

2001­2002 2011 2001­

2002 2011 2001­2002 2011 2001­

2002 2011

Bases 797 536 555 476 481 701 167 289

Analfabeto 30 21 1 1 0 0 0 0Rudimentar 44 44 26 25 10 8 2 4Básico 22 32 51 59 42 57 21 34Pleno 5 3 22 15 49 35 76 62

Alfabetizado Funcionalmente (Analfabeto e Rudimentar)

73 65 27 26 10 8 2 4

Funcionalmente Alfabetizado (Básico e Pleno)

27 35 73 74 90 92 98 96

"Apesar dos avanços, tornam­se cada vez mais agudas as dificuldades para fazer com que osbrasileiros atinjam patamares superiores de alfabetismo. Este parece um dos grandes desafiosbrasileiros para a próxima década", avalia Ana Lúcia. "Os dados reforçam a necessidade deinvestimento na qualidade, uma vez que o aumento da escolarização não foi suficiente paraassegurar o pleno domínio de habilidades de alfabetismo: o nível pleno permaneceu estagnadoao longo de uma década nos diferentes grupos demográficos".

Para Vera Masagão, coordenadora geral da Ação Educativa, os dados do Inaf mostram que achegada de novos estratos sociais às etapas educacionais mais elevadas vem, muitas vezes,acompanhada da falta de condições adequadas para que estes estratos alcancem os níveismais altos de alfabetismo, o que reforça a necessidade de uma nova qualidade para aeducação escolar, em especial nos sistemas públicos de ensino. "Outro fator essencial paraavançar é o investimento constante na formação inicial e continuada de professores, queprecisam ser agentes da cultura letrada em um contexto de inovação pedagógica".

"Essa qualidade não envolve somente a quantidade de horas de estudo ou a ampliação daquantidade de conteúdos ensinados, mas também fatores como a adequação das escolas e doscurrículos a políticas intersetoriais que favoreçam a permanência dos educandos nas escolas ea criação de novos modelos flexíveis que permitam a qualquer brasileiro ampliar seus estudosquando desejar, em diferentes momentos da vida", diz Vera.

"Ao longo desta década consolidou­se a tendência de ampliação das oportunidadeseducacionais para todos os brasileiros, com avanços importantes nas regiões e grupos sociaiscom menor renda. Por outro lado, evidenciou­se a preocupação com os níveis insuficientes deaprendizagem revelada pelas avaliações em larga escala do desempenho escolar, como aProva Brasil, o ENEM e outros de âmbito estadual e municipal", analisa Vera. "Nesse contexto,muitas iniciativas, em âmbito governamental e não­governamental têm sido postas em marchapara transformar o direito de acesso à escola no efetivo direito a aprender, não só na escolacomo ao longo de toda a vida".

Resultados por segmentos populacionais

As melhorias nos índices de pessoas funcionalmente alfabetizadas ocorrem em todas asfaixas etárias, mas há persistências de proporções significativas de pessoas analfabetasentre os mais velhos. Em nenhuma das faixas etárias consideradas houve aumentosignificativo da proporção de pessoas no nível pleno.Há uma correlação entre a renda familiar e o nível de alfabetismo, uma vez que aproporção de analfabetos e daqueles incluídos no nível rudimentar diminuisensivelmente à medida que aumenta a renda familiar. A evolução do Inaf nesses dezanos revela que os grupos que mais avançaram em termos de alfabetismo foramaqueles com renda de até dois salários mínimos, seguidos por aqueles com renda entredois e cinco salários mínimos, sendo que a proporção de alfabetizados funcionalmentesubiu de 44% para 60% e de 58% para 83%, respectivamente.Apesar da redução da desigualdade entre brancos e não brancos em termos deescolaridade ao longo da década 2001­2011, o Inaf aponta, por exemplo, que aproporção de pessoas funcionalmente alfabetizadas atingiu 80% entre os brancos, 64%dentre os pretos/negros e 69% entre os pardos (o Inaf utiliza a mesma categoriacor/raça do IBGE, a partir da auto declaração dos sujeitos entrevistados).Analisando a evolução do alfabetismo ao longo da década nas diferentes regiões dopaís, um dado que merece destaque é a região Nordeste que, em dez anos, conseguiureverter a situação majoritária de analfabetismo funcional em 2001­2002 (51%),atingindo 62% de sua população entre 15 e 64 anos funcionalmente alfabetizadas em2011.Ao longo da década, observa­se, ainda, que houve melhora em relação ao alfabetismotanto na área urbana quanto na rural. Embora o avanço da área rural tenha sidosignificativamente maior, persistem fortes desigualdades em favor das áreas urbanas: aproporção de analfabetos funcionais na área rural é de 44% e de 24% nas áreasurbanas.

Sobre o InafO Inaf avalia habilidades de leitura, escrita e matemática, classificando os respondentes emquatro níveis de alfabetismo: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados emnível básico e alfabetizados em nível pleno, sendo os dois primeiros níveis considerados comoanalfabetismo funcional.

Criado em 2001, o Inaf Brasil é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado apartir de amostra nacional de 2.000 pessoas, representativa de brasileiros e brasileiras entre15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Paraessa edição, o período de campo ocorreu entre dezembro de 2011 e abril de 2012.

O Inaf define quatro níveis de alfabetismo:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvema leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler númerosfamiliares (números de telefone, preços, etc.).

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita emtextos curtos e familiares (como, por exemplo, um anúncio ou pequena carta),leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manuseardinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

ANALFABETOSFUNCIONAIS

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão,localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casados milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operaçõese têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em Nível pleno: pessoas cujas habilidades não mais impõemrestrições para compreender e interpretar textos usuais: leem textos mais longos,analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguemfato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvemproblemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais,proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapase gráficos.

FUNCIONALMENTEALFABETIZADOS

Conheça mais sobre o Inaf Brasil ­ 2011­2012: Versão integral do relatório em formato PDF para download ­ pode ser acessadoclicando aqui.

Informações para imprensa:Comunicação Institucional IBOPETaís Bahov e Débora Kakihara Fone: (11) 3066­7890 / (11) 3066 [email protected]@ibope.com

Obs: Você precisará do software Adobe Acrobat Reader para visualizar o arquivo. Se você nãodispõe deste software, clique aqui e faça o download gratuito.

primeira página • institucional • nossa escola / Nepso • alfabetismo funcional • PerguntAção • balcão de informações • Instituto Paulo Montenegro®

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cor/raça do IBGE, a partir da auto declaração dos sujeitos entrevistados).Analisando a evolução do alfabetismo ao longo da década nas diferentes regiões dopaís, um dado que merece destaque é a região Nordeste que, em dez anos, conseguiureverter a situação majoritária de analfabetismo funcional em 2001­2002 (51%),atingindo 62% de sua população entre 15 e 64 anos funcionalmente alfabetizadas em2011.Ao longo da década, observa­se, ainda, que houve melhora em relação ao alfabetismotanto na área urbana quanto na rural. Embora o avanço da área rural tenha sidosignificativamente maior, persistem fortes desigualdades em favor das áreas urbanas: aproporção de analfabetos funcionais na área rural é de 44% e de 24% nas áreasurbanas.

Sobre o InafO Inaf avalia habilidades de leitura, escrita e matemática, classificando os respondentes emquatro níveis de alfabetismo: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados emnível básico e alfabetizados em nível pleno, sendo os dois primeiros níveis considerados comoanalfabetismo funcional.

Criado em 2001, o Inaf Brasil é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado apartir de amostra nacional de 2.000 pessoas, representativa de brasileiros e brasileiras entre15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Paraessa edição, o período de campo ocorreu entre dezembro de 2011 e abril de 2012.

O Inaf define quatro níveis de alfabetismo:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvema leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler númerosfamiliares (números de telefone, preços, etc.).

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita emtextos curtos e familiares (como, por exemplo, um anúncio ou pequena carta),leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manuseardinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

ANALFABETOSFUNCIONAIS

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão,localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casados milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operaçõese têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em Nível pleno: pessoas cujas habilidades não mais impõemrestrições para compreender e interpretar textos usuais: leem textos mais longos,analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguemfato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvemproblemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais,proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapase gráficos.

FUNCIONALMENTEALFABETIZADOS

Conheça mais sobre o Inaf Brasil ­ 2011­2012: Versão integral do relatório em formato PDF para download ­ pode ser acessadoclicando aqui.

Informações para imprensa:Comunicação Institucional IBOPETaís Bahov e Débora Kakihara Fone: (11) 3066­7890 / (11) 3066 [email protected]@ibope.com

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cor/raça do IBGE, a partir da auto declaração dos sujeitos entrevistados).Analisando a evolução do alfabetismo ao longo da década nas diferentes regiões dopaís, um dado que merece destaque é a região Nordeste que, em dez anos, conseguiureverter a situação majoritária de analfabetismo funcional em 2001­2002 (51%),atingindo 62% de sua população entre 15 e 64 anos funcionalmente alfabetizadas em2011.Ao longo da década, observa­se, ainda, que houve melhora em relação ao alfabetismotanto na área urbana quanto na rural. Embora o avanço da área rural tenha sidosignificativamente maior, persistem fortes desigualdades em favor das áreas urbanas: aproporção de analfabetos funcionais na área rural é de 44% e de 24% nas áreasurbanas.

Sobre o InafO Inaf avalia habilidades de leitura, escrita e matemática, classificando os respondentes emquatro níveis de alfabetismo: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados emnível básico e alfabetizados em nível pleno, sendo os dois primeiros níveis considerados comoanalfabetismo funcional.

Criado em 2001, o Inaf Brasil é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado apartir de amostra nacional de 2.000 pessoas, representativa de brasileiros e brasileiras entre15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Paraessa edição, o período de campo ocorreu entre dezembro de 2011 e abril de 2012.

O Inaf define quatro níveis de alfabetismo:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvema leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler númerosfamiliares (números de telefone, preços, etc.).

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita emtextos curtos e familiares (como, por exemplo, um anúncio ou pequena carta),leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manuseardinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

ANALFABETOSFUNCIONAIS

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão,localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casados milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operaçõese têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em Nível pleno: pessoas cujas habilidades não mais impõemrestrições para compreender e interpretar textos usuais: leem textos mais longos,analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguemfato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvemproblemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais,proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapase gráficos.

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No Brasil, 38% dos universitários são analfabetos funcionais

Pesquisa aponta que estudantes não conseguem interpretar e associar informações

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf ), divulgado nessa segunda-feira pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade. Criado em 2001, o Inaf é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado em uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos. Elas respondem a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus ou o cálculo do desconto de um produto. O indicador classifica os avaliados em quatro níveis diferentes de alfabetização: plena, básica, rudimentar e analfabetismo.

Aqueles que não atingem o nível pleno são considerados analfabetos funcionais, ou seja, são ca-pazes de ler e escrever, mas não conseguem interpretar e associar informações. Segundo a diretora executiva do IPM, Ana Lúcia Lima, os dados da pesquisa reforçam a necessidade de investimentos na qualidade do ensino, pois o aumento da escolarização não foi suficiente para assegurar aos alunos o domínio de habilidades básicas de leitura e escrita. “A primeira preocupação foi com a quantidade, com a inclusão de mais alunos nas escolas”, diz. “Porém, o relatório mostra que já passou da hora de

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se investir em qualidade”, afirma.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado.”Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência”, comenta. “Se houvesse demanda por conte-údos mais sofisticados, elas se adaptariam da mesma forma”, fala.

Para a coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Masagão, o indicativo reflete a “popularização” do ensino superior sem qualidade: “No mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda esta-mos longe disso.” Segundo ela, o número de analfabetos só vai diminuir quando houver programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profis-sional. “Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização”, afirma.

Entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%. De acordo com o cientista social Bruno Santa Clara Novelli, consultor da organização Alfabetização Solidária (AlfaSol), isso ocorre porque, quando essas pessoas estavam em idade escolar, a oferta de ensino era ainda menor. “Essa faixa etária não esteve na escola e, depois, a oportunidade e o estímulo para voltar e completar escolaridade não ocorreram na amplitude necessária”, diz. Ele observa que a

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solução para esse grupo, que seria a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda tem uma oferta baixa no País.

Novelli cita que, levando em conta os 60 milhões de brasileiros que deixaram de completar o en-sino fundamental de acordo com dados do Censo 2010, a oferta de vagas em EJA não chega a 5% da necessidade nacional. “A EJA tem papel fundamental. É uma modalidade de ensino que precisa ser garantida na medida em que os indicadores revelam essa necessidade”, conta. Ele destaca que o investimento deve ser não só na ampliação das vagas, mas no estímulo para que esse público volte a estudar.

Segundo o cientista social, atualmente só as pessoas “que querem muito e têm muita força de von-tade” acabam retornando para a escola. Ele cita como conquista da EJA nos últimos dez anos o fato de ela ter passado a ser reconhecida e financiada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Considerar que a EJA está contemplada no fundo que compõe o or-çamento para a educação é uma grande conquista”, ressalta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Analfabetismo funcional

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escre-ver está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mes-mo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpre-tar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal con-dição limita severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mos-trem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de inter-pretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devida-mente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo,

Em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante

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mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em adminis-tração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutoran-dos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-ame-ricana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alu-nos, futuros administradores e advogados. Passava-lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can’t write”. Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preo-cupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tem-

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po, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto mini-mamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educa-dores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é apren-der a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.