exposição na casa modernista (sp)
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Encarte produzido para o blog Capital Visual (ocapitalvisual.blogspot.com.br).TRANSCRIPT
CAPITAL VISUAL
ACasa Modernis-ta, construída em 1928, pelo arqui-
teto russo Gregori War-chavchik é considerada a primeira obra de arqui-tetura moderna implan-tada no Brasil. Trata-se de uma obra pioneira, de
transição, que expressa as contradições da época. Desde o dia 14 de setem-bro abriga a II Mostra do Programa de Exposições 2013 do CCSP, em cartaz até 17 de novembro. Rua Santa Cruz, 325, Vila Mariana, São Paulo.
arte e reflexão no seu dia
Chico Togni
PATRIMÔNIOA Casa Modernista foi tombada como Patrimônio Histórico, Artís-tico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, em 1984.
ARTISTASSão eles: Chico Togni, f.marquespenteado + sergio funari, Fyodor Pavlov-Andreevi-ch, Jimson Vilela e Rodolpho Parigi. A seguir você cohece um pouco das obras de cada um.
MODERNISMOOrdinariamente refere-se à toda inovação nas artes e na arquitetura processadas no século XX (Corona, Eduardo e Lemos, Carlos. Di-cionário da arquitetura brasileira, São Paulo: Edart, 1972).
PRISCILLA ITrata-se de uma edícula rudimentar de papelão que contrasta com as ca-racterísticas prismáticas e brancas da construção de Warchavchik.É possível entrar nas obras e, assim, ter di-ferentes visões e inter-pretações de sua relação com o ambiente.
ESCULTURAChico Togni é gradua-do com habilitação em escultura pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, participou dos principais salões e prê-mios do país. Ao lado, Priscilla II, feita de pape-lão, parafusos, madeira e materiais encontrados.
Fyodor Pavlov-Andreevich
f. marquespenteado + sergio funari
INSTALAÇÃOf.marquespenteado + ser-gio funari são os criado-res da instalação Cozinha Pagã. O primeiro, traba-lha o conceito de pagão e sua relação com o in-terior hermético da co-zinha modernista. O se-gundo é responsável pela iluminação, excencial do projeto.
NOS AZULEJOSO artista, russo como o arquiteto da Casa Modernista, inspirou-se nos inúmeros eventos de tortura e sofrimento ausentes da vida de Warchavchik. Recriou, en-tão, esssa realidade não vivida, por meio de fotografias, na obra Laughterlife.
CÂMARAAo ser convidado a inter-pretar o espaço da cozinha, Fernando Marques Pen-teado primeiro pensou no conceito de câmara frigorí-fica. Depois a ideia de uma urna de iniciação a ritos pagãos, passou a nortear o trabalho. A foto ao lado mostra um dos detalhes da casa que o levaram a esse conceito: tetos azulejados nos banheiros e cozinha.
RITUAISEm vídeo divulgado pelo CCSP, o artista explica que dentro dos templos onde existiam rituais de iniciação, havia o dese-nho de uma lâmpada ou mesmo um local pelo qual o iniciado passava para chegar a lugares onde os grandes mistérios esta-riam contidos. O espaço da despensa representa essa ideia.
PERFORMANCENo dia da abertura da mostra, o artista fez uma performance na piscina da casa, onde rolava nu sobre folhas secas. A apresenta-ção foi gravada e é transmitida ininterruptamente em uma televi-são no primeiro piso.
EM BRANCONo segundo piso Jimson Vilela promove a reconstrução de livros, todos em branco. Na foto ao lado, as folhas escapam pelas lomba-das, por baixo das mesas, para se encontrarem no centro do quarto. É a obra Introspecção.
Jimson Vilela
Rodolpho ParigiANATOMIAOs trabalhos de Rodolpho Parigi exploram a questão do corpo, seja humano ou animal e sua relação com o espaço. Na foto ao lado as obras são as seguintes: ( da esquerda pra direita) Máscara de madeira talhada; Desenho de vitiligo “Negrinho”; Carcaça de búfalo; Pele de jaguatirica. Abaixo a obra Centauro skeleton libelulis.
CORPOS NO ESPAÇOA obra Sintomas e Efeitos Secundários da Sintonia. Na parede a inscrição: “Páginas em branco. O peso é a tendência natural dos corpos ao chão. Um corpo sobre outro corpo”.
NÃO ORIENTávELHomenagem a Lygia Clark. Livro encadernado em que suas páginas, todas em branco, formam uma fita de Moebius.