exposição de rui tavares na galeria são mamede
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Galeria São Mamede - Lisboa
RUI TAVARES
Lugares: Proposições para um estudo em branco
PINTURA
Galeria São Mamede - Lisboa
2) Non Habitable Structure, 2015 Acrílico e Grafite sobre MDF 140 x 160 cm
8) Humming Gold, 2014 Acrílico e Grafite sobre MDF 100 x 100 cm
RUI TAVARES
A pintura de Rui Tavares é sobretudo a concepção da cor como um espaço. O lugar é um tópico constante do seu trabalho, evocado pelos avanços e recuos das tonalidades, que são como grandezas medindo forças. Assistimos a um desassossego cromático, não porque se perca a harmonia da paleta, mas porque se distribuem as tonalidades igual a bichos colocados diante uns dos outros. Quero dizer: corpos. As cores são corpos de verdade, forças efectivamente em confronto, alcançando o equilíbrio final mas invariavelmente em estado de tensão. (…)
Valter Hugo Mãe (extrato do texto do catálogo da exposição)
1) Building Regulations Approval, 2015 Acrílico e Grafite sb MDF 140 x 120 cm
4) Social Constructiones of Nature, 2015 Acrílico e Grafite sobre MDF 140 x 140 cm
RUI TAVARES
As cores de Rui Tavares são uma brilhante negociação. Discutem superiormente umas com as outras, como se as casas se construíssem por elas mesmas, conversando acerca do que deve ser maior ou menor. Discutem a reacção à luz. De que maneira cada cómodo, mais limpo ou obscuro, mais gracioso ou esconso, deve reagir à luz. Os espaços de Rui Tavares são concêntricos. Na edição que faz não abdica de incluir necessariamente a intersecção, esse ponto de convergência que parecer ter o poder de articular tudo o resto, como se fosse o elemento catalisador capaz de sugerir o diálogo entre as partes. (…)
Valter Hugo Mãe (extrato do texto do catálogo da exposição)
5) Um Estudo em Branco, 2015 Acrílico e Grafite sobre MDF 150 x 150 cm
6) Staircase Waltz, 2015 Acrílico e Grafite sobre MDF 90 x 90 cm
RUI TAVARES
Gosto muito da brancura espessa das telas de Rui Tavares. São de um fosco denso, carregado, como a recusar toda a pureza, apenas apelando à ideia de criação genuína, orgânica. Gosto da componente orgânica de todos os seus trabalhos. Como na criação do mundo, os lugares acusam terra e impressões aquosas. Podemos falar de casas que se constroem por si mesmas ou de imensidões de campos encontrados por linhas de rios secos, pequenos fantasmas de água.
Valter Hugo Mãe (extrato do texto do catálogo da exposição)
8) Humming Grey, 2014 Acrílico e Grafite sobre MDF 90 x 90 cm
18) Mr. Siza has plans for a Church, 2013 Acrílico e Grafite sobre MDF 150 x 150 cm
RUI TAVARES
Sobrevoamos também a pintura de Rui Tavares como quem considera campos lavrados. Não adquirimos a natureza dos pássaros, a pintura é que oferece ao observador o impossível. Todas as conclusões são válidas no território transgressor da arte. A realidade é uma descodificação, uma interpretação profundamente pessoal. Podemos achar que vemos madeiras. Tapumes remendados, coisas de sobrepor como se fosse importante ocultar o lado de lá. Há uma engenharia nas formas, algo que, definido por um certo aleatório, me impele para a questão da utilidade. O campo lavrado ou o tapume, em qualquer dos casos, vendo o que não se explica por completo, obrigam-nos ao dilema da utilidade, coisa que ironiza grandemente com a natureza da arte abstrata.
Valter Hugo Mãe (extracto do texto do catálogo da exposição)
03) Poetry Faillure; 25 x 25 cm 10) Architecture Fails; 25 x 25 cm 13) Lyrical Devices; 25 x 25 cm
16) Yard 25 x 25 cm 17) Scenario Probability 25 x 25 cm
RUI TAVARES
A observação de uma tela de Rui Tavares passa necessariamente pela percepção da estranha contenção de que é capaz. Quando tudo é gigante e expansivo, é verdade que também nos sugere uma disciplina de rigor e de rarefacção. O pintor opera por uma manifesta vontade de sublime, alcançada no certo sujo das suas matérias, um sublime que se faz, afinal, da massa viva das coisas. (…)Há um modo de dizer tudo isto em poucas palavras: a pintura de Rui Tavares é uma sapiência profunda que nos impressiona. Os seus quadros são meditações valiosíssimas, deslumbrantes, acerca das matérias e seus confrontos.
Valter Hugo Mãe (extracto do texto do catálogo da exposição)
14) White II 30 x 30 cm 15) White 25,5 x 25,5 cm
11) Grey II, 2014 - 15x15cm 12) Grey, 2014 - 15 x 15 cm
RUI TAVARES
RUI TAVARES – Nota Biográfica
Nasceu na Figueira da Foz em 1974. Vive e trabalha em Lisboa. Licenciatura em Pintura pela FBAUP. Docente no Centro de Formação Artística Nextart, Lisboa, desde 2010.
Exposições Individuais2013 Trayectorias, Centro Cultural Pablo Ruiz Picasso. Torremolinos, Málaga. Espanha. 2011 Inside Sketches, Galeria São Francisco. Lisboa. 2008 Declining Symmetries, Galeria Ao Quadrado. Santa Maria da Feira. 2005 Desígnios De Um Estratega, Museu de Ovar. 2004 Probably Me, Galeria Artésis, Gaia; O Plano de um Salto, Casa do Farol, ANJE. Porto; Mirror Windows, Espaço Artes, Lousada; Missing Pieces Everywhere, Casa Jorge de Sena / Delegação do INATEL, Porto; Interiores, Casa de Cultura de Paranhos, Porto. 2003 From A High Place, Galeria Espaços JUP. Porto.
Prémios2014: 1º Prémio de Pintura Elena Muriel. Galeria Tomás Costa. Oliveira de Azeméis; Menção Honrosa – IX Bienal de Artes Plásticas da Vidigueira; Menção Honrosa – Prémio Carmen Miranda 2014. Marco de Canaveses; Menção Honrosa – Mertolarte 2014. Mértola. 2013: 1º Prémio – Concurso de Artes Plásticas Fundação INATEL. Lisboa; Menção Honrosa – 18.ª Galeria Aberta. Galeria dos Escudeiros. Beja; Menção Honrosa – Prémio Joaquim Afonso Madeira. Alhos Vedros; 2º Prémio – XXIV Certamen Pintura Ciudad de Álora. Málaga. Espanha. 2012: Menção Honrosa – Prémios Salúquia Às Artes 2012. Moura; Menção Honrosa – VIII Bienal de Artes Plásticas da Vidigueira; 1º Premio XL Certamen de Pintura Ciudad de Martos, Jaén. Espanha; Menção Honrosa – Arte no Morrazo 2012. Concello de Cangas, Espanha; 1º Prémio – XIII Certamen Andaluz de Pintura Contemporánea Ciudad de Torremolinos. Málaga. Espanha; Menção Honrosa – Mertolarte 2012. Mértola. 2011: 1º Prémio – III Certamen de Pintura Contemporânea Ciudad de Vélez-Málaga. Espanha; 1º Prémio de Pintura Encontrarte Amares … /
RUI TAVARES
2011. Amares; Menção Honrosa – Arte no Morrazo 2011. Concello de Cangas, Espanha; Menção Honrosa – ARTIS. X Festival de Artes Plásticas de Seia. 2010 3º Prémio – II Bienal de Artes de Ansião.de Artes de Ansião. 2008 1º Prémio de Pintura Abel Manta, Gouveia; 1º Prémio de Pintura D. Fernando II. Sintra. 2001 Prémio Finalistas da FBAUP. Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira; Menção Honrosa – 5ª. Edição do Prémio de Pintura António Joaquim – Artistas de Gaia; Menção Honrosa – 2ª. Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.
Exposições Colectivas
2015 Fozarte 2015. Castelo de São João da Foz, Porto. 2014 70 Cavaquinhos 70 Artistas. Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa; Arte Hoje. Sociedade Nacional de Belas Artes. Lisboa; Sonata N.º 1 Para Traço e Modelação. Galeria Silo – Espaço Cultural. Senhora da Hora, Porto; XXXII Premio Internacional Pintura Eugenio Hermoso. Badajoz; 12 Contemporâneos. Galeria de Arte do Casino Estoril. Cascais; Homens Como Árvores Que Andam. Galeria Silo – Espaço Cultural. Senhora da Hora, Porto. 2013 VII Concurso de Pintura Fundación AguaGranada. Granada. Espanha; Strait Lines AND Casual Drops, Galeria O Rastro. Figueira da Foz; Artis 2013. Galeria de Arte do Casino Estoril. Cascais. 2012 III Certamen de Pintura Laura Otero. Cáceres. Espanha. 2011 XIII Premio Internacional de Pintura Miquel Viladrich, Ajuntamento de Torrelameu, Lleyda. Espanha. 2009 1º Prémio Jovem de Artes Plásticas CAE. Figueira da Foz. 2004 Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II – VIII Edição. Sintra; Colectiva de Pintura. Galeria Municipal do Montijo. 2003 Colectiva de Pintura. Castelo de São João da Foz – Galeria Mónica Pereira / Instituto da Defesa Nacional. Porto; Prémio Thomaz de Mello. Nazaré. 2002 II Bienal de Pintura Arte Jovem de Penafiel; 7º Prémio Fidelidade Jovens Pintores – Companhia de Seguros Fidelidade, S.A e Fundação da Juventude; Prémio Vespeira. VII Bienal de Artes Plásticas. Montijo. 2001 5ª Edição do Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II. Sintra.
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Coutinho)
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