experiência de artista: aproximações entre a fotografia e o livro

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Fernanda Grigolin entrevistou artistas e pesquisadores para estudar os livro de artista e os fotolivros

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  • Este projeto foi contemplado com o XII Prmio Funar te Marc Ferrez de Fotografia 2012

  • Concepo, Texto, Edio e Produo: Fernanda GrigolinDesign Grfico: Karina Francis UrbanAssessoria de Imprensa: Analu AndriguetiReviso (portugus): Joaquim Antonio Pereira e Natalia Cesana Traduo (espanhol): Natalia Salvo e Stella Baygorria Traduo (ingls): Adriana Furim e Robinson Moreira Programao do site: Gerson CamposEquipe de apoio: Gina Greco, Maria de Lourdes e Vanda GregoPrimeiros leitores: Carina Baladi, Cecilia Salles, Eduardo Lacerda, Denise Camargo, Eduardo Carrera, Fernando de Tacca, Francisco Costa Lima, Jackeline Romio, Joaquim Antonio Pereira, Juan Carlos Romero, Lucas Jara, Marlia Ortiz, Natalia Bres-cancni, Patricia Lagarde e Rafaela JemmeneAgradeo a todos os entrevistados: Alejandra Prez Zamudio, Amir Brito Cadr, Carlos Carvalho, Claudia Zimmer, Daniela Avelar, Edith Derdyk, Eduardo Carrera, Gui Mohallem, Iat Cannabrava, Joo Castilho, Juan Antonio Snchez Rull, Juan Carlos Romero, Julieta Escard, Lorena Guilln Vaschetti, Marcelo Greco, Mariana Gruener, Patricia Lagarde, Paulo Silveira, Rafaela Jemmene, Regina Melim, Rodolfo Gonzlez Lozano e Valentn CastelnAgradeo aos colegas e professores: Ana Rsche, Bruno Mendona, Casa de los Amigos (DF, Mxico), Cecilia Cor-rea, Coletivo 2 e 1, Daniela Canegusuco, Del Pilar Sallum, Entrelibros (Buenos Aires), Eduardo Mello, rico Elias, Felipe Valrio, Geraldo Souza Dias, Intermeios (So Paulo), Ionaldo Rodrigues, Irene Almeida, Lia Lopes, Lia Testa, Lvia Diniz, Luis Rafael Monteiro, Maria de Ftima Couto, Maria Jos Marcondes, Mnica Barth, Pedro Serra, Natalia Flores Gonzalez, Perla Sofia Vasquez, Teresinha Chiri Braz, Rachel Rezende (Instituto Moreira Salles), Raphael Gancz, Renata Zago, Seu Galvo (Grfica Jet Print), Suzete Colo Rossetto e Seu Nunes (Tapearia Nunes/Ipiranga)Site: fernandagrigolin.com/pesquisalivrosEditora:

    Realizao:

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao - CIP

    G857 Grigolin, Fernanda. Livro de fotografia como livro de artista. Experincias de artistas: aproximaes entre a fotografia e o livro. / Fernanda Grigolin. Traduo de Natalia Salvo e Robinson Moreira. So Jos dos Campos: Publicaes Iara, 2013. 152 p.

    Edio trilinge Portugus / Espanhol / Ingls Projeto contemplado pelo XII Prmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2012. ISBN 978-85-64630-08-6

    1. Fotografia. 2. Ensaio. 3. Livro de Artista. 4. Livro de Fotografia. 5. Pesquisa. 6. Estudo. 7. Linguagem Artstica. 7. Amrica Latina. I. Ttulo. Livro de fotografia como livro de artista. II. Experincias de artistas: aproximaes entre a fotografia e o livro. III. Experiencias de artistas: aproximaciones entre la fotografa y el libro. IV. Artists experiences: aproximations bewteen the photography and the book. V. Salvo, Natalia, Tradutora. VI. Moreira, Robinson, Tradutor. CDU 77 CDD 770 Catalogao elaborada por Ruth Simo Paulino

    Este projeto foi contemplado com o XII Prmio Funar te Marc Ferrez de Fotografia 2012

    Tiragem: 1.000 exemplares. Distribuio gratuita, proibida a venda.

  • LIVRO DE FOTOGRAFIA COMO LIVRO DE ARTISTA

    FERNANDA GRIGOLIN

  • 7O texto aqui presente resultado de uma pesquisa realizada ao longo do primeiro semes-tre de 2013 em trs pases Brasil, Mxico e Argentina , sobre as relaes da fotografia com o livro de artista. O nome do projeto enviado Funarte era Livro de Fotografia como Li-vro de Artista e foi contemplado pelo XII Prmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia de 2012.

    O nome do projeto tinha a inteno de motivar a pesquisa sobre a relao da fotografia com o livro. Contudo, depois das viagens e dos encontros que me foram proporcionados, percebi que a pesquisa extrapolava a primeira ideia e as relaes entre o livro de artista e a fotografia vo muito alm de livros feitos com fotografia; elas perpassam pelo grfico, pelo intermdia. Tambm percebi a importncia dos espaos de circulao desses trabalhos. H muito mais o que questionar que responder ao se falar de livros.

    Desta forma, ao nome foram agregadas a experincia e as aproximaes entre a fotografia e o livro por meio do trabalho de artistas e textos tericos. As ferramentas utilizadas foram le-vantamento bibliogrfico e entrevistas realizadas ao longo do primeiro semestre de 2013 nos trs pases citados. Foram 22 entrevistas com artistas, pesquisadores e gestores culturais.

    O recorte que atravessa as fronteiras brasileiras e dialoga com produo e circulao de outros dois pases latino-americanos proposital. Advm de uma vontade de pensamento

    El texto aqu presente es el resultado de una investigacin realizada a lo largo del primer semestre de 2013 en tres pases Brasil, Mxico y Argentina , sobre las relaciones de la fotografa con el libro de artista. El nombre del proyecto enviado a Funarte era Libro de Fotografa como Libro de Artista y fue contemplado por el XII Premio FunarteI Marc Ferrez de Fotografa de 2012.

    El nombre del proyecto intentaba motivar la investigacin sobre la relacin de la fotogra-fa con el libro. Sin embargo, despus de los viajes y los encuentros que me fueron propor-cionados, me di cuenta que la investigacin haba extrapolado la primera idea y las relaciones entre el libro de artista y la fotografa van ms all de los libros hechos con fotografa. Esas relaciones tambin atraviesan grfico e intermedia. Tambin, he percibido la importancia de los espacios de circulacin de esos trabajos. Hay mucho ms para cuestionar que responder, al hablar de libros.

    De esta forma, al nombre fueron agregadas la experiencia y las aproximaciones entre la fotografa y el libro, por medio del trabajo de artistas y textos tericos. Las herramientas utilizadas fueron el relevamiento bibliogrfico y entrevistas realizadas a lo largo del primer semestre de 2013 en los tres pases citados. Fueron 22 entrevistas con artistas, investi-gadores y gestores culturales.

    El recorte que atraviesa las fronteras brasileas y dialoga con la produccin y circulacin de otros dos pases latinoamericanos es intencional. Deviene de unas ganas de pensar el

    I Fundacin Nacional de Artes.

  • 8em arte desde a Amrica Latina. De um deslocamento do que se considera centro para um pensamento s margens1. Obviamente, uma primeira cercania. Assim, o que apresento aqui est longe de se pretender a realizar um panorama latino-americano ou um amplo estudo ou uma tese. O tempo de pesquisa foi curto e, mesmo que o tivesse, a pretenso de trazer uma perspectiva continental deve ser cuidadosa, pois h muitas questes sociais, polticas e culturais que devem ser levadas em considerao2.

    Assim, o texto presente no tem carter antolgico, muito menos de valorao da produ-o desses pases, e, sim, de aproximao com espaos de circulao e pesquisa de livros e publicaes de artista e de livros de fotografia e com os artistas fazedores que participam destes processos.

    Foram entrevistados:Propositores e protagonistas de espaos, como Regina Melim, da Turn (projeto itineran-

    te de exposio, feira e debate sobre publicaes de artistas coordenado juntamente com Fabio Morais e Mara Dietrich); Carlos Carvalho, da Biblioteca de Fotografia do FestFotoPoA (Porto Alegre/RS); Julieta Escard, da Feria de Libro de Foto de Autor (Argentina); Valentn

    arte desde Amrica Latina. De un desplazamiento de lo que se considera centro para un pensamiento al mrgen1. Obviamente, una primera aproximacin. As, lo que presento aqu est lejos de pretender hacer un panorama latinoamericano o un amplio estudio o una tesis. El tiempo de investigacin fue corto, y aunque hubiese sido mayor, la pretensin de traer una perspectiva continental debe ser cuidadosa, pues hay muchas cuestiones sociales, polticas y culturales que deben ser tomadas en cuenta2.

    As, el presente texto no tiene carcter antolgico, mucho menos de valoracin de la produccin de esos pases, sino de aproximacin con espacios de circulacin e investigacin de libros y publicaciones de artista y de libros de fotografa y con artistas hacedores que participan de estos procesos.

    Fueron entrevistados:Responsables y protagonistas de espacios, como Regina Melim, de Turn (proyecto itine-

    rante de exposicin, feria y debate sobre publicaciones de artistas coordinados junto a Fabio Morais y Mara Dietrich); Carlos Carvalho, de la Biblioteca de Fotografa del FestFotoPoA (Porto Alegre/RS); Julieta Escard, de la Feria de Libro de Foto de Autor (Argentina); Valentn

  • 9Casteln, Alejandra Prez Zamudio e Mariana Gruener, da Feria Internacional de Libros de Ar-tista (Mxico) e do Festival Fotoseptiembre; e Iat Cannabrava, do Paraty em Foco (Festival Internacional de Fotografia) e do Frum Latino-americano de Fotografia (Brasil);

    Pesquisadores, como Amir Brito Cadr (UFMG) e Paulo Silveira (UFRGS): dois importantes pesquisadores em livro de artista no Brasil.

    Artistas referncia na rea, como Edith Derdyk (Brasil) e Juan Carlos Romero (Argentina); E artistas cujas obras participaram de feiras e espaos de livros: Eduardo Carrera e

    Lorena Guilln Vaschetti (Argentina); Patricia Lagarde e Juan Antonio Snchez Rull (Mxico); e Claudia Zimmer, Joo Castilho e Gui Mohallem (Brasil).

    A artista Rafaela Jemmene da plataforma sobrelivros; a organizadora da Feira de Publica-es Independentes do Sesc Pompia, Daniela Avelar; e o professor brasileiro de fotografia e livro de fotografia, Marcelo Greco, tambm foram entrevistados. Assim como o artista co-lombiano radicado na Argentina, Rodolfo Lozano Gonzlez, que possui fortes relaes com a feira argentina, onde tudo comeou.

    Casteln, Alejandra Prez Zamudio y Mariana Gruener, de la Feria Internacional de Libros de Artista (Mxico) del Festival Fotoseptiembre e Iat Cannabrava, del Paraty em Foco (Festival Internacional de Fotografa) y del Foro Latinoamericano de Fotografa (Brasil).

    Investigadores, como Amir Brito Cadr (UFMG) y Paulo Silveira (UFRGS): dos importan-tes investigadores en libro de ar tista en Brasil.

    Artistas referentes en el asunto, como Edith Derdyk (Brasil) y Juan Carlos Romero (Argentina);Y artistas cuyas obras participaron de ferias y espacios de libros: Eduardo Carrera y

    Lorena Guilln Vaschetti (Argentina); Patricia Lagarde y Juan Antonio Snchez Rull (Mxico); y Claudia Zimmer, Joo Castilho y Gui Mohallem (Brasil).

    La artista Rafaela Jemmene de la plataforma sobrelivros; la organizadora de la Feira de Publicaes Independentes del Sesc Pompia, Daniela Avelar; el profesor brasileo de foto-grafa y libro de fotografa y Marcelo Greco, tambin fueron entrevistados. As como el artista colombiano radicado en Argentina, Rodolfo Lozano Gonzlez, que posee fuertes relaciones con la feria argentina, donde todo comenz.

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    Em 2012, visitei a Feria de Libro de Foto de Autor. J era a segunda vez que enviava li-vros para o evento e queria conhecer como funcionava. A feira me causou muita alegria e me surpreendi tanto por ser um espao de livros, um misto de biblioteca, feira, exposio, quanto pelo tte--tte entre artista e pblico. Artistas so convidados para serem bibliotecrios e eles entregam os livros ao pblico e, por muitas vezes, presenciam o momento de leitura de seu livro realizado por outra pessoa. Eu vi os 212 livros selecionados em 2012, um a um, sentada em um espao iluminado, com cadeiras e mesas apropriadas para ficar quanto tempo fosse necessrio com cada um dos livros.

    Foi desta experincia que surgiu este projeto. Por mais que os livros estejam comigo h algum tempo, foi da experincia em Buenos Aires que o projeto nasceu. Estive l devido ao apoio do Programa de Intercmbio e Difuso Cultural do Ministrio da Cultura.

    Sa de l decidida a estudar mais a respeito das feiras latino-americanas. Achei devido incluir o Mxico, pois o pas um vasto produtor de livros e possui uma feira que ocorre a cada dois anos. O Brasil, por razes bvias, tambm deveria estar por ser o pas onde nasci e por ter vrias questes para se pensar acerca das artes visuais e dos livros, como: o franco crescimento de iniciativas e conexes com os demais pases da regio.

    En 2012, visit la Feria del Libro de Foto de Autor. Era la segunda vez que enviaba libros al evento y quera saber cmo funcionaba. La feria me caus mucha alegra y me sorprend tanto por ser un espacio de libros, una mezcla de biblioteca, feria, exposicin como por el tete a tete entre artista y pblico. Los artistas son invitados para ser bibliotecarios y les en-tregan los libros al pblico y, muchas veces, presencian el momento de lectura de su libro realizado por otra persona. Vi los 212 libros seleccionados en 2012, uno a uno, sentada en un espacio iluminado, con sillas y mesas apropriadas para quedarse todo el tiempo que fuese necesario con cada uno de los libros.

    Fue de esta experiencia que surgi este proyecto. Por ms que los libros estn conmigo hace algn tiempo, fue de la experiencia en Buenos Aires que el proyecto naci. Estuve all gracias al apoyo del Programa de Intercambio y Difusin Cultural del Ministerio de Cultura.

    Volv decidida a estudiar ms acerca de las ferias latinoamericanas. Juzgu importante incluir a Mxico, pues ese pas es un vasto productor de libros y posee una feria que ocurre cada dos aos. Brasil, por razones obvias, tambin deba estar por ser el pas donde nac y por tener varias cuestiones para pensar sobre las artes visuales y los libros, como el franco crecimiento de iniciativas y conexiones con los dems pases de la regin.

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    Ao escrever, posiciono-me como artista. E este texto em formato de livro localiza-se numa tentativa primeira de pesquisa em arte, pesquisa em livros. O campo de atuao o das artes visuais e, por meio dele, trago aproximaes.

    Parto juntamente s falas de artistas e de pesquisadores sobre livro de artista e deste contexto dialogo. No ignoro que em fotografia fala-se de livro de fotografia de autor e que na Argentina o termo nomeia a feira daquele pas. Uma feira vivaz que ocorre h 12 anos. Tampouco ignoro que em fotografia h uma pesquisa latino-americana sobre fotolivro, termo cada vez mais usual, e nas artes visuais alguns pesquisadores de franca importncia prefe-rem utilizar o termo publicao de artista a livro de artista (como o caso da pesquisadora e professora da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC, Regina Melim).

    Talvez este livro seja uma proposta inicial de pesquisa, de recorte. Todavia, no uma pesquisa desde fora e sim uma proposta que possui muito de minhas investigaes artsticas. Falo como artista e, quando fao escolhas, fao escolhas artsticas. No acredito, porm, que

    Al escribir, me ubico como artista. Y este texto en forma de libro se situa en una primera tentativa de investigacin en arte, investigacin en libros. El campo de accin es el de las artes visuales y por medio del mismo, traigo aproximaciones.

    Parto de las palabras de artistas y de investigadores sobre libro de artista y dialogo desde este contexto dialogo. No ignoro que en fotografa se habla de libro de fotografa de autor y que en Argentina el trmino d nombre a la feria de aquel pas. Una feria vivaz que ocurre hace 12 aos. Tampoco ignoro que en fotografa hay una investigacin latinoamericana sobre fotolibro, un trmino cada vez ms usual, y en las artes visuales algunos investigadores de gran importancia prefieren utilizar el trmino publicacin de artista a libro de artista (como es el caso de la inves-tigadora y profesora de la Universidad del Estado de Santa Catarina UDESC, Regina Melim).

    Talvez este libro sea una propuesta inicial de investigacin, de recorte. Sin embargo, no es una investigacin desde afuera, sino una propuesta que tiene mucho de mis investiga-ciones artsticas. Hablo como artista, y cuando elijo, traigo elecciones artsticas. No creo, sin embargo, que esta posicin me inmunice de la investigacin ni del error. Apenas es

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    esta posio me imuniza da pesquisa e do erro. Apenas um posicionamento tambm ques-tionador do papel do artista. Lembro de Ricardo Basbaum e o termo artista-etc, de onde va-riam outras denominaes: artista-curador, artista-escritor, artista-ativista, artista-produtor, artista-agenciador, artista-terico, artista-terapeuta, artista-professor, artista-qumico, etc.

    Talvez, no processo desta pesquisa, duas denominaes a mim caibam: artista-pesqui-sador e artista-curador. A primeira, por motivos j explicitados. A segunda, por acreditar que a escolha dos livros e do recorte dado pesquisa tambm uma curadoria em livros. Nas palavras de Basbaum, algo sobre artistas que realizam curadoria:

    Quando artistas realizam curadorias, no podem evitar a combinao de suas investigaes ar tsticas com o projeto curatorial proposto: para mim, esta sua fora e singularidade parti-culares, quando em tal engajamento. O evento ter a oportunidade de mostrar-se claramente estruturado em rede de ns prximos, aumentando a circulao de energia afetiva e sen-sorial um fluxo que o campo da ar te tem procurado administrar em termos de sua prpria economia e maleabilidade.3

    un posicionamiento que cuestiona el papel del artista. Me acuerdo de Ricardo Basbaum y el trmino artista-etc, de donde derivan varias otras denominaciones: artista-curador, artista-escritor, artista-activista, artista-productor, artista-terico, artista-terapeuta, artis-ta-profesor, artista-qumico etc.

    Talvez, en el proceso de esta investigacin, dos denominaciones me caben a m: artista-in-vestigador y artista-curador. La primera, por motivos que ya he explicado. La segunda, por creer que la eleccin de los libros y del recorte dado a la investigacin es tambin una cura-dura en libros. En las palabras de Basbaum, algo sobre los artistas que realizan curadura:

    Cuando artistas realizan curaduras, no pueden evitar la combinacin de sus investigaciones ar tsticas con el proyecto curatorial propuesto: para m, esta es su fuerza y singularidades particulares, cuando ese es el compromiso. El evento tendr la oportunidad de mostrarse claramente estructurado en red de nudos prximos, aumentando la circulacin de energa afectiva y sensorial - un flujo que el campo del ar te ha buscado administrar en trminos de su propia economa y maleabilidad.3

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    Experincias de artistas argentinos, brasileiros e mexicanos. Escolhi artistas que reali-zassem livros nos quais a fotografia estivesse presente e os autores aparecessem de forma autnoma no processo do livro. Logicamente, um livro um processo coletivo e isso foi levado em conta a todo instante.

    Os artistas so diversos. H artistas que publicaram livros por uma grande editora e com circulao mundial, como caso de Lorena Guilln Vaschetti, que teve seu livro historia, memoria y silencios publicado pela Schilt Publishing (Amsterd, Holanda). Outros realizaram seus livros de forma independente, porm com alta tiragem, como o caso de Gui Mohallem e seu livro Welcome home, ou por meio de editais, como o caso de Joo Castilho e seu Pul-so Escpica. Dois artistas foram vencedores de editais lanados pelas prprias feiras, como

    Experiencias de artistas argentinos, brasileos y mexicanos. Escog artistas que realiza-ran libros en los cuales la fotografa estuviese presente y los autores apareciesen de forma autnoma en el proceso del libro. Lgicamente, un libro es un proceso colectivo y eso fue tomado en cuenta a todo instante.

    Los artistas son diversos. Hay artistas que publicaron libros por una gran editorial y con circulacin mundial, como es el caso de Lorena Guilln Vaschetti, que tuvo su libro historia, memoria y silencios publicado por la Schilt Publishing (Amsterdam, Holanda). Otros realiza-ron sus libros de forma independiente, pero con gran circulacin, como es el caso de Gui Mohallem y su libro Welcome home (Bienvenido a casa), o por medio de incentivos pblicos como es el caso de Joo Castilho y su Pulso Escpica (Pulsin Escpica). Dos artistas fueron vencedores de ediciones pblicas lanzadas por las propias ferias, como es el caso

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    caso do argentino Eduardo Carrera, com Salud, e Juan Antonio Snchez Rull, com Jorge Soldado. H outros que realizaram seus livros em baixssima tiragem ou sob demanda, como o caso de Patricia Lagarde e Claudia Zimmer.

    Ao falar dos livros, tento trazer fragmentos de obras e relaes tericas possveis para relacion-los, relacionar imagens e gerar mais questes. H um objetivo aqui: trazer os cam-pos de atuao em arte com artistas e falar do livro tambm como dispositivo de exposio. Por isso, o contexto do mercado editorial no foi abordado de uma forma ampla e sim os artistas, os livros e os facilitadores de processos. Obviamente, h muito o que se falar sobre distribuio e venda de livros em espaos convencionais, contudo, no foi o meu foco. Optei pelos espaos independentes e pelos artistas.

    del argentino Eduardo Carrera, con Salud, y Juan Antonio Snchez Rull, con Jorge Soldado. Hay otros que realizaron sus libros en tiradas muy bajas, o por pedido, como es el caso de Patricia Lagarde y Claudia Zimmer.

    Al hablar de los libros, trato de traer fragmentos de obras y relaciones tericas posibles para relacionarlos, relacionar imgenes y generar ms cuestiones. Hay un objetivo aqu: traer los campos de accin en arte con artistas y hablar del libro tambin como un dispositivo de exposicin. Por eso, el contexto del mercado editorial, no fue abordado de una forma amplia y s los artistas, los libros y los facilitadores de procesos. Obviamente, hay mucho que hablar sobre distribucin y venta de libros en espacios convencionales, sin embargo, ese no fue mi foco. Opt por los espacios independientes y por los artistas.

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    Na primeira parte, trago uma brincadeira com a primeira pergunta que iniciava cada uma das entrevistas (Por que livros?): uma forma de aproximar o leitor do clima das en-trevistas e das minhas referncias tericas e pessoais. No site da pesquisa, pode-se ouvir a voz dos entrevistados4.

    Na segunda parte, h uma breve contextualizao histrica e terica sobre a fotogra-fia, a ar te contempornea e grfica. Esta parte teve incio no site e foi pensada no proces-so da pesquisa, em especial depois da resposta, dada a esta pergunta, pelo pesquisador e ar tista Amir Brito Cadr.

    Na terceira parte, falo de Amrica Latina, mais especificamente Brasil, Argentina e Mxi-co, e localizo o livro de artista na Amrica Latina na questo pblica. As feiras visitadas so trazidas brevemente.

    Na quarta parte, as questes so acerca da fotografia no livro de ar tista. Textos teri-cos e as entrevistas so postas.

    Na quinta parte, os livros escolhidos e seus autores so trazidos.

    En la primera parte, traigo un juego con la primera pregunta con la que iniciaba cada una de las entrevistas (Por qu libros?): una forma de aproximar el lector al clima de las en-trevistas y a mis referencias tericas y personales. En el sitio web de la investigacin, puede escucharse la voz de los entrevistados4.

    En la segunda parte, hay una breve contextualizacin histrica y terica sobre la foto-grafa, el arte contemporneo y grfico. Esta parte tuvo inicio en el site y fue pensada en el proceso de la investigacin, en especial despus de la respuesta, dada a esta pregunta, por el investigador y artista Amir Brito Cadr.

    En la tercera parte, hablo de Amrica Latina, ms especficamente Brasil, Argentina y M-xico, y localizo el libro de artista en Amrica Latina en el espacio pblico. Las ferias visitadas son tradas de manera breve.

    En la cuarta parte, las cuestiones son sobre la fotografa en el libro de artista. Colocamos textos tericos y entrevistas.

    En la quinta parte, traigo los libros escogidos y sus autores.

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    Desde os meus cinco anos, tinha as pontas dos dedos machucadas por livros. A enciclopdia era o lugar mais visitado durante as tardes. Primeiro pelas imagens, depois pela leitura.

    Em casa, no havia distino entre livro de adulto e de criana. A enciclopdia convivia com o gibi da Mnica e o Chalaa. Eu podia ler tudo.

    Talvez da tenha surgido meu interesse por livros. Talvez seja o livro maior que a casa, o lugar em que sempre estive. O livro-casa. O livro-mundo.

    Adulta, os livros cresceram em nmero. A casa segue a mesma. Mesmo tendo vivido em outros lugares, o habitat dos meus livros o Ipiranga, em So Paulo. Armrios de roupas so sempre substitudos por estantes. No corto mais as mos com os livros.

    Os livros tericos. Os livros de poesia. Os livros de artistas e dos artistas. Convivem. do livro que saco um poema de Anglica Freitas e o levo comigo por todo o dia. Foi no livro que conheci Miguel Rio Branco e at hoje insisto em visit-lo. H artistas que cutucam fortemente, sabem falar conosco por meio de livros. Waltercio Caldas, Claudia Andujar, Augusto de Campos, Maria Emlia Cornejo, Ana Cristina Cesar e Hctor Hernndez Montecinos so alguns, entre muitos.

    Talvez seja o livro o grande lugar comum a que h muito tempo recorremos. Conhece-se por meio de livros. Constroem-se mundos por meio de livros.

    com o sentido deles que inaugurei cada conversa do projeto e perguntei aos 22 entrevistados:

    Desde mis cinco aos, tena las puntas de los dedos lastimadas por libros. La enciclopedia era el lugar ms visitado durante las tardes. Primero por las imgenes, despus por la lectura.

    En mi casa no haba diferencia entre libros de adultos y de nios. La enciclopedia conviva con las historietas de Mnica y su Pandilla y Chalaa. Yo poda leer de todo.

    Talvez de ah haya tenido inicio mi inters por los libros. Talvez sea el libro ms grande que la casa, el lugar en que siempre estuve. El libro-casa. El libro mundo.

    Adulta, los libros crecieron en nmero. La casa sigue la misma. An viviendo en otros lugares, el hbitat de mis libros es Ipiranga, en So Paulo. Armarios de ropas son siempre sustituidos por estanteras. No me corto ms las manos con los libros.

    Los libros tericos. Los libros de poesa. Los libros de artistas y de los artistas. Conviven. Es del libro que saco un poema de Anglica Freitas y lo llevo conmigo por todo el da. Fue en el libro que conoc a Miguel Rio Branco y hasta hoy insisto en visitarlo. Hay artistas que provocan de modo muy fuerte, saben hablar con nosotros por medio de libros. Waltercio Caldas, Claudia Andujar, Augusto de Campos, Maria Emlia Cornejo, Ana Cristina Cesar y Hctor Hernndez Montecinos son algunos, entre muchos.

    Talvez sea el libro el gran lugar comn al que hace mucho tiempo recurrimos. Se cono-ce por medio de libros. Se construyen mundos por medio de libros.

    Es con el sentido de ellos que inaugur cada conversacin del proyecto y pregunt a los 22 entrevistados:

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    A fotografia e o livro possuem uma relao histrica. A introduo da fotografia nos pro-cessos de impresso grfica foi algo transformador. O historiador e pesquisador de livro e de fotografia Joaquim Maral Ferreira de Andrade afirma que a histria das artes grficas pode ser dividida em perodo pr e ps-fotogrfico. A presena da fotografia, atravs da introdu-o da reproduo fotomecnica em suas diversas variantes, ao longo da segunda metade do sculo XIX, trouxe consequncias profundas ao universo do design grfico.1

    Porm, a fotografia, de acordo com o pesquisador, deve muito s tradies grficas existentes anteriormente a ela. Boa parte dos inventores da fotografia, em suas diversas modalidades, esteve fortemente ligada ao livro e estampa ou seja, imagem impressa.2

    Nipce iniciou experimentos com litografia. The pencil of Nature, de Fox Talbot, foi o pri-meiro livro ilustrado com fotografias. Hrcules Florence fez experimentos de impresso grfi-ca. E, desde o surgimento da imprensa ilustrada no incio do sculo XX, a juno de palavras e imagens fotogrficas tem sido um dos elementos fundamentais da cultura visual moderna.3

    La fotografa y el libro poseen una relacin histrica. La introduccin de la fotografa en los procesos de impresin grfica fue algo transformador. El historiador y el investigador de libro y de fotografa Joaquim Maral Ferreira de Andrade afirma que la historia de las artes grficas puede ser dividida en perodo pr y ps fotogrfico. La presencia de la fotografa, a travs de la introduccin de la reproduccin fotomecnica en sus diversas variantes, a lo largo de la segunda mitad del siglo XIX, trajo consecuencias profundas al universo del diseo grfico.1

    Pero, la fotografa, de acuerdo con el investigador, debe mucho a las tradiciones grfi-cas existentes anteriormente a ella. Gran parte de los inventores de la fotografa, en sus diversas modalidades, estuvieron fuertemente ligadas al libro y a la estampa o sea, a la imagen impresa.2

    Nipce inici experimentos con litografa. The pencil of Nature (El lpiz de la naturaleza), de Fox Talbot, fue el primer libro ilustrado con fotografas. Hrcules Florence hizo experimen-tos de impresin grfica. Y, desde el surgimiento de la prensa ilustrada en el incio del siglo XX, la unin de palabras e imgenes fotogrficas ha sido uno de los elementos fundamentales de la cultura visual moderna.3

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    Foi com o offset inveno do sculo XX que a fotografia passou a estar de forma mais latente no livro. O offset um sistema planogrfico que tem como base a litografia.

    O pesquisador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Silvei-ra, em entrevista realizada em Porto Alegre, falou um pouco da relao da fotografia com o offset:

    O offset de natureza fotogrfica, ele nasce do conhecimento de fotografia. Ele a adaptao do que se sabia em litografia para o processo fotogrfico nascente. No momento em que se consegue sensibilizar uma chapa de impresso, uma matriz de impresso, fotograficamente como se fosse foto-grfica, no momento que se passa a utilizar o recurso do fotolito, do fundo transparente, para gravar a sua chapa, se consegue imediatamente colocar a fotografia dentro de uma edio. De imediato.4

    Bem como para a fotografia, o offset foi importante para a arte contempornea e para o livro de artista. O offset uma das tecnologias que ajudam a construir a arte contempornea.

    Nas palavras de Paulo Silveira: O livro de artista passou a ser um termo utilizado na dcada de 1970 para designar um tipo especfico de produo alternativa que pertencia aos artistas e que era diferente da produo anterior, da produo mais antiga. Essa produo aconteceu na dcada de 1970 quando exis-

    Fue con el offset invento del siglo XX que la fotografa pas a estar de forma ms latente en el libro. El offset es un sistema planogrfico que tiene como base la litografa.

    El investigador y profesor de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Silveira, en entrevista realizada en Porto Alegre, habl un poco de la relacin de la fotografa con el offset:

    El offset es de naturaleza fotogrfica, nace del conocimiento de fotografa. Es la adaptacin de lo que se saba en litografa para el proceso fotogrfico naciente. En el momento en que se logra sen-sibilizar una plancha metlica de impresin, una matriz de impresin, fotogrficamente como si fuese fotogrfica, en el momento en que se pasa a utilizar el recurso del fotolito, del fondo transparente, para grabar su plancha metlica, se consigue inmediatamente colocar la fotografa dentro de una edicin. De inmediato.4

    Bien como para la fotografa, el offset fue importante para el arte contemporneo y para el libro de artista. El offset es una de las tecnologas que ayudan a construir el arte contemporneo.

    En las palabras de Paulo Silveira: El libro de artista pas a ser un trmino utilizado en la dcada de 1970 para designar un tipo especfico de produccin alternativa que perteneca a los artistas y que era diferente de

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    tiam duas possibilidades no universais antes. Uma era a cpia xerogrfica, eletrosttica, acom-panhada de outras tcnicas como o mimegrafo, do ponto de vista seco. E a outra tcnica era o offset. O offset, importante compreender, assim como a xilografia, como a cpia eletrosttica, como a fotocpia, faz parte das tecnologias que ajudaram a construir a arte contempornea. O offset no existe praticamente na arte moderna. Ele acompanha a arte contempornea, em-bora j existisse no comeo do sculo XX. O offset veio permitir que fosse possvel fazer vrias cpias de algum trabalho de qualquer espcie, um cartaz ou um livro, no importa, e que essas cpias fossem feitas de uma forma gil. No importa a tcnica que o artista faa. A tipografia necessitava que algum montasse uma rama, uma matriz de impresso slida, fsica, feita em blocos, com o auxlio de algum talentoso para poder construir, por exemplo, uma vanguarda, as primeiras vanguardas. O offset no precisa disso. Qualquer trao que eu faa num papel pode ser reproduzido no offset, o que no acontece na tipografia. Na tipografia voc tem que fazer um clich e tudo mais. O offset permite ao artista passar a tcnica dele com maior qualidade de representao e a um custo mais acessvel.5

    la produccin anterior, de la produccin ms antigua. Esa produccin ocurri en la dcada de 1970, cuando existan dos posibilidades no universales antes. Una era la copia xerogrfica, elec-trosttica, acompaada de otras tcnicas como el mimegrafo, del punto de vista seco. Y la otra tcnica era el offset. El offset, es importante comprender, as como la xilografa, como la copia electrosttica, como la fotocopia, forma parte de las tecnologas que ayudaron a construir el arte contemporneo. El offset no existe prcticamente en el arte moderno. l acompaa el arte con-temporneo, aunque ya existiese en el comienzo del siglo XX. El offset vino a permitir que fuera posible hacer varias copias de algn trabajo de cualquier especie, un cartel o un libro, no importa, y que esas copias fuesen hechas de una forma gil. No importa la tcnica que el artista use. La tipografa necesitaba que alguien montase una rama, una matriz de impresin slida, fsica, hecha en bloques, con el auxilio de alguien con talento para poder construir, por ejemplo, una vanguar-dia, las primeras vanguardias. El offset no lo necesita. Cualquier lnea que yo haga en un papel puede ser reproducido en el offset, lo que no ocurre en la tipografa. En la tipografa tienes que hacer un clich y todo lo dems. El offset le permite al artista pasar su tcnica con mayor calidad de representacin a un costo ms accesible.5

  • 36

    O livro de artista um campo de atuao das artes visuais. Johanna Drucker (1995) e Paulo Silveira (2002) consideram que a insero do livro enquanto objeto de arte e de confeco artstica iniciou com a arte conceitual, mais especificamente no ps-guerra. Para Drucker (1995), o livro de artista possui um carter ambivalente (tendo em si a negao do livro e sua destruio de formas) e de confluncia de linguagens, e pode ser compreendido sob duas perspectivas, ser uma categoria artstica inaugurada com a arte conceitual e ser um produto artstico da arte contempornea. Aqui, a pesquisa ser a respeito do que com-pete ao produto artstico, todavia, no se ignora a categoria artstica.

    Historicamente, o primeiro livro de artista a ser considerado como tal foi o livro fotogr-fico Twentysix Gasoline Stations (1962-1963), do estadunidense Edward Ruscha. A obra de Ruscha6 foi a primeira a demonstrar que o livro pode ser um veculo primrio para a expres-so artstica individual.7

    Twentysix Gasoline Stations um livro de 48 pginas, de 18x14 cm. Miolo com foto-grafias em preto e branco de 26 postos de gasolina situados na antiga Rota 66, entre Los Angeles e Oklahoma, impressas em papel offset. Capa e lombada com ttulos em vermelho. Impresso industrial.

    El libro de artista es un campo de accin de las artes visuales. Johanna Drucker (1995) y Paulo Silveira (2002) consideran que la insercin del libro como objeto de arte y de confeccin artstica se inici con el arte conceptual, ms especficamente en el postguerra. Para Drucker (1995), el libro de artista posee un carcter ambivalente (teniendo en s mismo la negacin del libro y su destruccin de formas) y de confluencia de lenguajes, y puede ser comprendido por dos perspectivas, ser una categora artstica inaugurada con el arte conceptual y ser un producto artstico del arte contempornea. Aqu, la investigacin se dar sobre lo que est relacionado al producto artstico, sin embargo, no se ignora la categora artstica.

    Histricamente, el primer libro de artista a ser considerado como tal fue el libro fotogr-fico Twentysix Gasoline Stations (Veintisis Gasolineras) (1962-1963), del estadounidense Edward Ruscha. La obra de Ruscha 6 fue la primera a demostrar que el libro puede ser un vehculo primario para la expresin artstica individual.7

    Twentysix Gasoline Stations es un libro de 48 pginas, de 18x14 cm. Pginas interio-res con fotografas en blanco y negro de 26 gasolineras ubicados en la antigua Ruta 66, entre Los ngeles y Oklahoma, impresas en papel offset. Tapa y lomo con ttulos en rojo. Impresin industrial.

  • 37

    Um livro simples, que teve trs edies, sendo que a primeira foi uma edio de autor (de 400 exemplares) com a fictcia editora National Excelsior Publication. H no livro uma aparente conexo bvia entre ttulo e contedo, pois o ttulo diz sobre o contedo. Ruscha o definiu, entre muitas coisas, como uma simples coleo de fatos e as fotografias como sendo meros instantneos.

    De acordo com o prprio Ruscha, o livro o olhar e no fotografia. Desta maneira, o seu livro no um livro de fotografia como os classicamente anteriores a ele, por exemplo The American, de Robert Frank.

    Twentysix Gasoline Stations sim um livro cuja proposta de edio, projeto grfico e outros elementos constituem escolhas do artista. Conceber, imprimir e editar passam a ter o mesmo nvel na relao e a serem objeto de escolha do artista. Todos como parte de um esforo complexo e orientado para dar sentido proposta no mundo8. Segundo Mark Rawlinson, a obra de Ruscha traz tona um conjunto particular de problemas relacionados com a concepo, produo e distribuio de arte.9

    Twentysix Gasoline Stations foi o primeiro de uma srie de livros realizados entre 1960 e 1970. Os livros de Ruscha so comparados, por muitos, aos ready made10 de Duchamp e inauguram outro lugar para a arte.

    Un libro simples, que tuvo tres ediciones, siendo la primera una edicin de autor (de 400 ejemplares) con la editorial ficticia National Excelsior Publication. Hay en el libro una aparente conexin obvia entre ttulo y contenido, pues el ttulo dice sobre el contenido. Ruscha lo ha definido, entre muchas cosas, como una simple coleccin de hechos y las fotografas como meras instantneas.

    De acuerdo con el propio Ruscha, el libro es la mirada y no fotografa. De esta forma, su libro no es un libro de fotografa como los clsicamente anteriores a l, por ejemplo The American, de Robert Frank.

    Twentysix Gasoline Stations es un libro cuya propuesta de edicin, proyecto grfico y otros elementos, constituyen elecciones del artista. Concebir, imprimir y editar pasan a tener el mis-mo nivel de relacin y a ser objeto de eleccin del artista. Todos como parte de un esfuerzo complejo y orientado para dar sentido a la propuesta en el mundo8. Segn Mark Rawlinson, la obra de Ruscha trae a la superficie un conjunto particular de problemas relacionados con la concepcin, produccin y distribucin de arte.9

    Twentysix Gasoline Stations fue el primero de una serie de libros realizados entre 1960 y 1970. Los libros de Ruscha son comparados, por muchos, al ready made10 de Duchamp e inauguraron otro lugar para el arte.

  • 38

    Liz Kotz (2007), ao falar de arte conceitual, fala de Ed Ruscha. Para Kotz, Ruscha, em Twentysix Gasoline Stations, nega qualquer relao com a fotografia dos fotgrafos11 daquela poca ao considerar e dizer que suas imagens so nada alm de instantneos. Ruscha, juntamente a outros artistas como Victor Burgi, tambm citado por Kotz, realizaram modelos ainda no vistos na tradio existente do fotojornalismo ou mesmo da fotografia dita como artstica daquela poca, pois utilizavam a cmera como uma ferramenta simples para acmu-lo de imagens ou documentaes de aes. E isto, de acordo com ela, contribuiu para dois processos completamente novos:

    No apenas empurrou a fotografia para uma nova centralidade na prtica das artes visuais, mas tambm fez com que ela fosse adotada nos seus meios quase-mecanicistas da imagem que perturba a prpria posio e status do objeto precioso, nico que a arte tinha at ento.12

    A fotografia ganha o status de arte no contemporneo. Para Rouill (2009), a unio arte e fotografia concretizada nos anos 80. Faz um pouco mais de 30 anos que a fotografia

    Liz Kotz (2007) al hablar de arte conceptual, habla de Ed Ruscha. Para Kotz, Ruscha, en Twentysix Gasoline Stations, niega cualquier relacin con la fotografa de los fotgrafos11 de aquella poca al considerar y decir que sus imgenes no son nada ms que instantneas. Ruscha, junto a otros artistas como Victor Burgi, tambin citado por Kotz, realizaron mode-los an no vistos en la tradicin existente del fotoperiodismo o en la fotografa dicha como artstica de aquella poca, pues utilizaban la cmara como una herramienta simple para la acumulacin de imgenes o documentacin de acciones. Y esto, de acuerdo con ella, contri-buy para dos procesos completamente nuevos:

    No slo empuj la fotografa para una nueva centralidad en la prctica de las artes visuales, tambin hizo con que ella fuese adoptada en sus medios casi mecanicistas de la imagen, que perturba la propia posicin y status del objeto precioso, nico que el arte tena hasta entonces.12

    La fotografa gana el status de arte contemporneo. Para Rouill (2009), la unin arte y fotografa es concretizada en los aos 80. Hace poco ms de 30 aos, la fotografa sali

  • 39

    saiu do papel subalterno e acessrio para tornar-se um componente central das obras.13 De acordo com o autor, a fotografia contribui para a renovao da alegoria na arte contem-pornea, sendo a alegoria efeito e motor da secularizao da arte:

    Do documento arte contempornea, a fotografia oscila entre o rastro da impresso (do pareci-do, do mesmo, da repetio mecnica, do unvoco, do verdadeiro), para a figura da alegoria que, ao contrrio, duplicidade, ambiguidade, diferena e fico.14

    O conceito de alegoria que Rouill traz primeiro discutido por Walter Benjamin (1984). A alegoria se instala de forma mais estvel nos momentos em que o efmero e o eterno mais se aproximam.15

    A arte contempornea, desta forma, tambm pode ser alegrica e aparecer no formato de runas, formas-escombros, fragmentao e dissociao. H contradies sem solu-es e, muitas vezes, h simultaneidades de formas e procedimentos de origens diversas. Talvez parte da secularizao esteja na relao sujeito-objeto que se confunde, se v e visto. A arte passa a ser um encontro contnuo com o mundo, e a obra iniciadora de pro-cessos, reflexes e encontros.

    del papel subalterno y accesorio para transformarse en un componente central de las obras.13 De acuerdo con el autor, la fotografa contribuye para la renovacin de alegora en el arte contemporneo, siendo la alegora efecto y motor de la secularizacin del arte:

    Del documento al arte contemporneo, la fotografa oscila entre el rastro de la impresin (del parecido, del mismo, de la repeticin mecnica, del unvoco, del verdadero), para la figura de la alegora que, al contrario, es duplicidad, ambigedad, diferencia y ficcin.14

    El concepto de alegora que Rouill trae es primero discutido por Walter Benjamin (1984). La alegora se instala de forma ms estable en los momentos en los cuales lo efmero y lo eterno ms se aproximan.15

    El arte contemporneo, de esta forma, tambin puede ser alegrica, aparece en la for-ma de runas, formas-escombros, fragmentacin y disociacin. Hay contradicciones sin soluciones y, muchas veces, hay simultaneidades de formas y procedimientos de orgenes diversas. Talvez parte de la secularizacin est en la relacin sujeto-objeto que se confunde, se ve y es visto. El arte pasa a ser un encuentro continuo con el mundo, y la obra iniciadora de procesos, reflexiones y encuentros.

  • 43

    Publicar, para o dicionrio informal, o mesmo que disseminar e difundir e tantas outras aes.

  • 44

    Sinnimos: divulgar mostrar veicular anunciar propagar apregoar celebrar espalhar gabar louvar preconizar pregar proclamar propalar publicar trombetear dar acertar adjudicar admitir aplicar aquinhoar atender atinar bater brotar cascar ceder chimpar concedeu concordar conferir demonstrar desembocar despender devolver dispensar doar emitir emprestar entregar espancar espirrar facultar fazer ferrar fornecer infligir intricar lanar largar manifestar minar ministrar noticiar oferecer ofer tar outorgar presentear prestar prestar-se prodiga-lizar produzir proferir proporcionar restituir revelar servir soar soltar supor suprir transferir transmitir vibrar assoalhar bradar descobrir difundir disseminao estender palear popularizar semear transpirar vulgarizar editar editorar imprimir desprender ejacular enunciar exalar expedir exprimir golfar irradiar recender arreliar-se danar-se debandar derramar dispersar dissipar distribuir entornar espargir esparralhar esparramar esparzir expandir transfundir chapar estampar fixar gravar marcar tatuar tirar alijar arremessar arrojar atirar causar cuspir dardejar descarregar despedir dirigir exclamar expelir precipitar projetar regurgitar rejeitar varejar vomitar avisar comunicar descrever informar aclamar blasonar chamar declarar exaltar intitular reconhecer ar ticular aventar dizer falar praticar pronunciar promul-gar decretar legar ordenar disseminar familiarizar solhar soprar vulgar passear professar universalizar zabumbar ler

    Sinnimos: divulgar difundir apostolar disseminar espalhar espargir expandir generalizar grassar inocular pegar popularizar propagar propalar transfundir dispersar afugentar debandar desbaratar desfazer destroar dissipar dissolver esparramar esprrodar tresmalhado varrer generalizar grasnar irradiar perpetuar plantar semear trombetear vulgarizar divulga esparzir familiarizar publicar apregoar pro-clamar estender soprar vulgar dar zabumbar dilatar veicular derramar passear universalizar alastrar pregoar solhar noticiar assoalhar soalhar promulgar preconizar professar tresmalhar juncar ensementar dessegredar

    Sinnimos: espalhar derramar irradiar emitir propagar divulgar apostolar apostolizar difundir doutrinar ensinar evangelizar pregar dis-seminar dispersar semear vulgarizar apregoar assoalhar bradar descobrir disseminao estender manifestar palear popularizar propalar publicar transpirar veicular arreliar-se danar-se debandar dissipar distribuir entornar espargir esparralhar esparramar esparrodar esparzir expandir lanar transfundir salpicar abrir alargar desafogar desenrolar desenvolver desfraldar transbordar generalizar universalizar grassar aastrar-se propagar-se reinar inocular contagiar enxertar injetar inserir transmitir pegar aderir agarrar apanhar brotar colar comunicar germinar grudar juntar prender segurar generalizar-se grasnar perpetuar plantar trombetear anunciar proclamar dessegredar deitar des-pargir promulgar espraiar vulgar zabumbar verter radiar emanar passear soalhar dar preconizar solhar luzir soprar noticiar pregoar dilatar

  • 45

    Sinnimos: divulgar mostrar veicular anunciar propagar apregoar celebrar espalhar gabar louvar preconizar pregar proclamar propalar publicar trombetear dar acertar adjudicar admitir aplicar aquinhoar atender atinar bater brotar cascar ceder chimpar concedeu concordar conferir demonstrar desembocar despender devolver dispensar doar emitir emprestar entregar espancar espirrar facultar fazer ferrar fornecer infligir intricar lanar largar manifestar minar ministrar noticiar oferecer ofer tar outorgar presentear prestar prestar-se prodiga-lizar produzir proferir proporcionar restituir revelar servir soar soltar supor suprir transferir transmitir vibrar assoalhar bradar descobrir difundir disseminao estender palear popularizar semear transpirar vulgarizar editar editorar imprimir desprender ejacular enunciar exalar expedir exprimir golfar irradiar recender arreliar-se danar-se debandar derramar dispersar dissipar distribuir entornar espargir esparralhar esparramar esparzir expandir transfundir chapar estampar fixar gravar marcar tatuar tirar alijar arremessar arrojar atirar causar cuspir dardejar descarregar despedir dirigir exclamar expelir precipitar projetar regurgitar rejeitar varejar vomitar avisar comunicar descrever informar aclamar blasonar chamar declarar exaltar intitular reconhecer ar ticular aventar dizer falar praticar pronunciar promul-gar decretar legar ordenar disseminar familiarizar solhar soprar vulgar passear professar universalizar zabumbar ler

    Sinnimos: divulgar difundir apostolar disseminar espalhar espargir expandir generalizar grassar inocular pegar popularizar propagar propalar transfundir dispersar afugentar debandar desbaratar desfazer destroar dissipar dissolver esparramar esprrodar tresmalhado varrer generalizar grasnar irradiar perpetuar plantar semear trombetear vulgarizar divulga esparzir familiarizar publicar apregoar pro-clamar estender soprar vulgar dar zabumbar dilatar veicular derramar passear universalizar alastrar pregoar solhar noticiar assoalhar soalhar promulgar preconizar professar tresmalhar juncar ensementar dessegredar

    Sinnimos: espalhar derramar irradiar emitir propagar divulgar apostolar apostolizar difundir doutrinar ensinar evangelizar pregar dis-seminar dispersar semear vulgarizar apregoar assoalhar bradar descobrir disseminao estender manifestar palear popularizar propalar publicar transpirar veicular arreliar-se danar-se debandar dissipar distribuir entornar espargir esparralhar esparramar esparrodar esparzir expandir lanar transfundir salpicar abrir alargar desafogar desenrolar desenvolver desfraldar transbordar generalizar universalizar grassar aastrar-se propagar-se reinar inocular contagiar enxertar injetar inserir transmitir pegar aderir agarrar apanhar brotar colar comunicar germinar grudar juntar prender segurar generalizar-se grasnar perpetuar plantar trombetear anunciar proclamar dessegredar deitar des-pargir promulgar espraiar vulgar zabumbar verter radiar emanar passear soalhar dar preconizar solhar luzir soprar noticiar pregoar dilatar

  • 46

    \\\No est exento de controversia un trmino que encarne un nuevo papel del creador artstico. Ya que fue descartada la utilizacin del trmino \\\ar-tista\\\. [...] Neide de S propone el nombre de \\\programador\\\; los italianos, el de \\\opera-dor\\\; Julien Blaine los clasifica como \\\provocado-res para hacer\\\. De estas tres propuestas la ms certera parecera ser la de Neide de S. El uso del tr-mino \\\operador\\\ sera por su accin eso es lo que la palabra significa lo ms correcto para definir aquella que concretiza el proyecto (preferimos el tr-mino \\\armador\\\), y lo que Julien Blaine dice es que la definicin de la funcin debe ser cumplida por el \\\proyectista\\\, pues este se convertira en un \\\provocador para hacer\\\. Proponemos el trmi-no \\\PROYECTISTA\\\ por ser una derivacin direc-ta de \\\proyecto\\\. Y para completar, llamaramos \\\PROYECTISTA-PROGRAMADOR\\\ de acuerdo con el equipo para realizar obras ms complejas que las individuales.\\\ (Edgardo Antonio Vigo, 1969)1

  • 47

    \\\No est isento de controvrsia um termo que encarne o novo papel do criador artstico. O que foi descartada a utilizao do termo \\\artista\\\. [...] Neide de S prope o nome de \\\programador\\\; os italianos, de \\\operatori\\\; Julien Blaine os clas-sifica como \\\provocadores para fazer\\\. Destas trs propostas, a mais certeira pareceria ser a de Neide de S. O uso do termo \\\operatori\\\ seria, por sua ao isso que a palavra significa mais correto para definir aquele que concretiza o projeto (ns preferimos o \\\armador\\\), e o de Julien Blai-ne mais a definio da funo que deve ser cumpri-da pelo \\\projetista\\\, pois este se converteria em um \\\provocador para fazer\\\. Propomos o termo \\\PROJETISTA\\\ por ser uma derivao direta de \\\projeto\\\. E, para completar, chamaramos de \\\PROJETISTA-PROGRAMADOR\\\ a conjuno em equipe para a realizao de complexos no individu-ais.\\\ (Edgardo Antonio Vigo, 1969)1

    El original de este texto, en la Revista Ritmo no tuvo una amplia circulacin y por tratarse de una publicacin alternativa es casi imposible encontrarlo hoy en da, como nos inform Juan Carlos Romero que, habiendo sido amigo de Edgardo Vigo, gentilmente nos ayud con una traduccin libre de este fragmento del texto citado.

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    A histria do livro de artista na Amrica Latina ainda est por ser estudada em profundi-dade. A afirmao da curadora e artista visual mexicana Martha Hellion (2008), uma das grandes incentivadoras do dilogo entre os pases de nossa regio.

    Em texto publicado sobre o tema, Hellion evita designar os livros como latino-ameri-canos por si s, pois denomin-los deste modo valer-se de uma categoria especfica utilizada pelo centralismo cultural europeu, que em qualquer caso nunca reconheceu essa produo particular2. Desta forma, interessante falar de Amrica Latina e de uma arte latino-americana sob uma viso de onde se est. No mais sob uma perspectiva eurocntrica (de centro e periferia), mas sim uma fala deslocada para as margens, fazendo com que o detalhe das margens seja visto de maneira detalhada, microscpica3.

    As publicaes tiveram incio nos anos 60, poca em que a maioria das obras de artista surgiram: tanto no formato de impresso, de livros de artista quanto de revistas, todas ligadas ar te postal e ar te poltica. Foram fontes alternativas em distribuio e comunicao, e muitas vezes eram disseminadas de forma clandestina.

    Artistas como Edgardo Antonio Vigo (Argentina) e Paulo Bruscky (Brasil) utilizavam da arte postal ou arte correio. A arte correio surgiu numa poca em que a comunicao, ape-sar da multiplicidade dos meios, tornou-se mais difcil, enquanto que a arte oficial, cada vez mais, achava-se comprometida pela especulao do mercado capitalista, fugindo a toda a

    La historia del libro de artista en Amrica Latina todava est para ser estudiada en pro-fundidad. La afirmacin es de la curadora y artista visual mexicana Martha Hellion (2008), una de las grandes incentivadoras del dilogo entre los pases de nuestra regin.

    En texto publicado sobre el tema, Hellion evita designar los libros como latinoamerica-nos por s solo, pues al denominarlos de esta forma es valerse de una categora especfica utilizada por el centralismo cultural europeo, que en cualquier caso nunca reconoci esa pro-duccin particular2. De esta manera, es interesante hablar de Amrica Latina y de un arte latinoamericano por una visin de donde se est. No ms por una perspectiva eurocntrica (de centro y periferia), sino un habla desplazada hacia los mrgenes, haciendo que el detalle de los mrgenes sea visto de manera detallada, microscpica3.

    Las publicaciones tuvieron inicio en los aos 60, poca en que la mayora de las obras de artista surgieron: tanto en el formato de impreso, de libros de artista como de revistas, todas relacionadas al arte postal y al arte poltico. Fueron fuentes alternativas tanto en distribucin y comunicacin, y muchas veces eran distribuidas de forma clandestina.

    Artistas como Edgardo Antonio Vigo (Argentina) y Paulo Bruscky (Brasil) utilizaban el arte postal o el arte correo. El arte correo surgi en una poca en la que la comunicacin, a pesar de la multiplicidad de los medios, se hizo ms difcil, mientras que el arte oficial, cada vez ms, se encontraba comprometido por la especulacin del mercado capitalista, huyendo

  • 49

    uma realidade para beneficiar uns poucos: burgueses, marchands, crticos e a maioria das galerias que explora os artistas de maneira insacivel () A arte correio (Mail Art), arte por correspondncia, arte postal, arte a domiclio, ou qualquer outra denominao que receba, no mais um ismo e sim a sada mais vivel que existia para a arte nos ltimos anos. As razes so simples: antiburguesia, anticomercial, antissistema, etc4.

    Para o artista Paulo Bruscky, na arte correio, a arte retoma suas principais funes: a informao, o protesto e a denncia5.

    H um encurtamento das distncias entre os povos e pases. No que diz respeito s revistas, a curadora e ar tista Martha Hellion destaca o papel pioneiro da revista El Corno Emplumado, no Mxico, editada pela norte-americana Margaret Randall e que contou com participao de inmeros ar tistas e poetas de vrias origens e pases.

    Foi neste momento que os artistas tornaram-se conectados com o outro, era como um treina-mento de guerrilha no pensamento autossuficiente. (...) A seo de correspondncia de El Corno foi de particular valor: as letras refletem a situao poltica dos anos 60. Com a represso e censura no Mxico El Corno foi fechada em 1968.6

    Os anos 60 tiveram particular importncia, pois houve a explorao de formas alternati-vas de produo e impresso. Alm de Bruscky e Vigo, Juan Carlos Romero e o pioneirismo de Ulises Carrin podem ser citados, como muitos outros7.

    a toda una realidad para beneficiar unos pocos: burgueses, marchands, crticos y la mayora de las galeras que explota a los artistas de una manera insaciable (...) El arte correo (Mail Art), arte por correspondencia, arte postal, arte a domicilio, o cualquier otra denominacin que reciba, no es ms un ismo sino la salida ms viable que exista para el arte en los ltimos aos. Las razones son simples: anti burguesa, anti comercial, anti sistema, etc4.

    Para el artista Paulo Bruscky, en el arte correo, el arte retoma sus principales funciones: la informacin, la protesta y la denuncia5.

    Hay un acortamiento de distancias entre los pueblos y los pases. En lo que se refiere a las revistas, la curadora y artista Martha Hellion destaca el papel pionero de la revista El Corno Emplumado, en Mxico, editada por la norteamericana Margaret Randall y que cont con la participacin de innumerables artistas y poetas de varios orgenes y pases.

    Fue en este momento que los artistas se conectaron con el otro, era como un entrenamiento de guerrilla en el pensamiento autosuficiente. (...) El sector de correspondencia de El Corno fue de particular valor: las letras reflejan la situacin poltica de los aos 60. Con la represin y censura en Mxico, cerraron El Corno en 1968.6

    Los aos 60 tuvieron particular importancia, pues hubo exploracin de formas alternati-vas de produccin e impresin. Adems de Bruscky y Vigo, Juan Carlos Romero y el pioneris-mo de Ulises Carrin pueden ser citados, como muchos otros7.

  • 50

    O incio dos livros de ar tistas da Amrica Latina est associado poesia e ao dilogo entre as ar tes. Tambm no se pode esquecer das influncias que as vanguardas tiveram sobre muitos ar tistas. Alm disso, a questo da resistncia poltica essencial para com-preender este incio.

    Nos anos 70, outras revistas surgiram, como o caso da Artria, no Brasil. Muitos artistas se exilaram por questes polticas. Contudo, a rede entre pases continuou. Ulises Carrin abriu a livraria Other Book, em Amsterd, um espao alternativo. Uma ideia que comea a existir8.

    El inicio de los libros de artistas de Amrica Latina est asociado a la poesa y al dilogo entre las artes. Tambin no se pueden olvidar las influencias que las vanguardias tuvieron sobre muchos artistas. Adems de eso, la cuestin de la resistencia poltica es esencial para comprender este inicio.

    En los aos 70, otras revistas surgieron, como es el caso de Artria, en Brasil. Muchos artistas se exiliaron por cuestiones polticas. Sin embargo, la red entre pases sigui. Ulises Carrin abri la librera Other Book (Otro Libro), en Amsterdam, un espacio alternativo. Una idea que comienza a existir8.

  • 51

    Desde os anos 70, o livro de ar tista possui uma for te relao com os espaos alter-nativos9. Galeristas que comearam a editar livros em vez de montar exposies, como o caso do curador, pesquisador e ar tista estadunidense Seth Siegelaub, figura essencial ao livro de artista nos Estados Unidos, ou mesmo a Other Book de Ulises Carron, que era um espao, na Holanda, de exposio e venda de livros de vrios pases; uma livraria es-pecializada em livros de artistas e obras polticas. Para Hellion, pela primeira vez as obras do Brasil, Argentina, Mxico e demais pases da Amrica Latina foram colocadas juntas, levando a mais encontros e colaboraes. Publicaes de argentinos (Leon Ferrari, Le-andro Katz), brasileiros (Regina Silveira, Vera Chaves Barcellos, Paulo Bruscky, Haroldo e Augusto de Campos) e mexicanos (Magali Lara, Mnica Mayer e Araceli Ziga)10. Apenas para citar os trs pases focos da pesquisa, mas o espao era de convvio entre publica-es advindas de vrias localidades.

    Nos anos 80, foram realizadas algumas exposies sobre o tema, sendo que a Bienal de So Paulo, de 1982, contou com uma sesso de arte postal e livro de artista e, em 1985, aconteceu a exposio Tendncias do Livro de Artista, com curadoria de Annateresa Fabris e Cacilda Teixeira Costa, que ocorreu no Centro Cultural So Paulo (CCSP).

    Nos anos 2010, passam a acontecer feiras, colees e acervos. Vamos falar um pouco destes espaos.

    Desde los aos 70, el libro de artista posee una fuerte relacin con los espacios alterna-tivos9. Galeristas que comenzaron a editar libros en vez de armar exposiciones, como es el caso del curador, investigador y artista estadounidense Seth Siegelaub, figura esencial al libro de artista en los Estados Unidos, o la Other Book de Ulises Carrin, que era un espacio, en Holanda, de exposicin y venta de libros de varios pases; una librera especializada en libros de artistas y obras polticas. Para Hellion, por primera vez las obras de Brasil, Argentina, M-xico y dems pases de Amrica Latina fueron colocadas juntas, llevando a ms encuentros y colaboraciones. Publicaciones de argentinos (Len Ferrari, Leandro Katz), brasileos (Regina Silveira, Vera Chaves Barcellos, Paulo Bruscky, Haroldo y Augusto de Campos) y mexicanos (Magali Lara, Mnica Mayer y Araceli Ziga)10. Apenas para citar los tres pases focos de la investigacin, pero el espacio era de convivencia entre publicaciones de varias localidades.

    En los aos 80, fueron realizadas algunas exposiciones sobre el tema, siendo que la Bienal de So Paulo de 1982, cont con un sector de arte postal y libro de artista y, en 1985, se hizo la exposicin Tendncias do Livro de Artista (Tendencias del Libro de Artis-ta) con curadura de Annateresa Fabris y Cacilda Teixeira Costa, que ocurri en el Centro Cultural So Paulo (CCSP).

    En los aos 2010, se empiezan a realizar ferias, colecciones y acervos. Vamos a hablar un poco de estos espacios.

  • 52

    Talvez o livro de artista tenha em uma de suas principais vocaes tornar-se pblico. O ato de publicar em escala mida ou grandiosa. A fora do livro, para a pesquisadora Kate Linker (2012), libertar a arte de seu isolamento tradicional, meio de transmitir informa-o, meio distinto da arte por seu baixo custo e acessibilidade, ele uma forma histrica direta, informal, ricas de associaes na conscincia pblica.11

    Assim, h a retirada da mediao da arte, antes realizada por espaos institucionaliza-dos, e criam-se outros espaos, outros territrios onde quem produz, edita e distribui pode ser o prprio artista. E as caractersticas como o nomadismo do livro so elevadas a seu grau mximo, conforme comenta a pesquisadora Regina Melim: Uma publicao de artista como uma exposio itinerante que no termina nunca. Alm disso, mais do que a distenso de seu tempo de durao de mostra, sua portabilidade permite seu deslocamento e trnsito pelos mais distintos lugares e contextos.12

    Quizs el libro de artista tenga como una de sus principales vocaciones, tornarse pblico. El acto de publicar en escala diminuta o grandiosa. La fuerza del libro, para la investigadora Kate Linker (2012) es libertar el arte de su aislamiento tradicional, medio de transmitir informacin, medio distinto del arte por su bajo costo y accesibilidad, es una forma histrica directa, informal, rica de asociaciones en la conciencia pblica.11

    De esta forma, hay una retirada de la intermediacin del arte, antes realizada por espa-cios institucionalizados, y se crean otros espacios, otros territorios donde quien

    produce, edita y distribuye puede ser el propio artista.Y las caractersticas como el nomadismo del libro son elevadas a su grado mximo, con-

    forme comenta la investigadora Regina Melim: Una publicacin de artista es como una ex-posicin itinerante que no termina nunca. Adems de eso, ms de lo que la distensin de su tiempo de duracin de muestra, su portabilidad permite su desplazamiento y trnsito por los ms distintos lugares y contextos.12

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    Muitos artistas passam a pensar e a atuar com dispositivos de exposio para seus livros, publicaes e impressos e a proporcionar assim espaos de troca. Um exemplo Regina Melim, pesquisadora da UDESC/SC e uma das idealizadoras da Turn, com Fabio Morais e Mara Dietrich (Grupo de Pesquisa Proposies Artsticas Contemporneas e Seus Processos Experimentais/CEART-UDESC), projeto itinerante de exposio, feira e debate sobre arte im-pressa, publicaes e livros:

    O dispositivo de circulao to importante quanto o da produo, porque ele a exposio do livro. A livraria no o nico lugar dele habitar, pra se apresentar, pra se mostrar, e como voc quer marcar um territrio que das artes visuais, cria-se um dispositivo que no seja o livro estar em uma exposio, dentro de uma vitrine. No caso das artes visuais, numa exposio, dentro do museu, etc. Ento voc tem que criar outros mecanismos. O projeto da exposio LOJA foi um desses dispositivos, igualmente a Turn, a mesa de publicao (projeto que coordenamos na universidade, junto com Mara Dietrich, Ana Clara Joy, Rosana Rocha).13

    Muchos artistas pasan a pensar y a actuar con dispositivos de exposicin para sus libros, publicaciones e impresos y a proporcionar espacios de intercambio. Un ejemplo es Regina Melim, investigadora de la UDESC/SC y una de las impulsionadoras de Turn, con Fabio Morais y Mara Dietrich (Grupo de Pesquisa Proposies Artsticas Contemporneas e Seus Processos Experimentais/CEART-UDESC)II proyecto itinerante de exposicin, feria y debate sobre arte impreso, publicaciones y libros:

    El dispositivo de circulacin es tan importante como el de la produccin, porque l es la exposi-cin del libro. La librera no es el nico lugar donde l habita, para presentarse, para mostrarse, y como quieres marcar un territorio que es de las artes visuales, se crea un dispositivo que no sea un libro para una exposicin, dentro de una vidriera. En el caso de las artes visuales, en una exposicin, dentro de un museo etc. Entonces tienes que crear otros mecanismos. El proyecto de la exposicin LOJA fue uno de esos dispositivos, igual a Turn, la mesa de publicacin (proyecto que coordinamos en la universidad, junto con Mara Dietrich, Ana Clara Joy, Rosana Rocha).13

    II (Grupo de Investigacin Proposiciones Artsticas Contemporneas y Sus Procesos Experimentales).

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    H feiras de livros quase todos os meses e em cada canto. Pblicos so formados. H feiras que tomam conta do espao pblico e ampliam questes. H feiras mais intimistas. H projetos sobre livros em muitas cidades e pases. H projetos pblicos, como o caso da Coleo de Livro de Artista, da UFMG. H projetos de plataformas e coletivos como o caso do projeto Acervo Mvel da sobrelivros, ou a Casa Visita, da Casa Tomada, entre outros para citar alguns casos brasileiros14.

    Para a pesquisa, tive que realizar um recorte que desse conta de discutir as artes visuais e a fotografia. Todavia, reforo que os espaos visitados e citados no so os nicos15, o que bom. H proposta, outras iniciativas por a.

    Escolhi falar de iniciativas bem diversas entre si, que so: Feria de Libro de Foto de Autor, em Buenos Aires, Argentina16; e a Biblioteca de Fotografia do FestFotoPoA, no Brasil que abarcam a diversidade de livros feitos com fotografia, e no necessariamente apenas livros de artistas; a Feria de Libro de Artista, no Mxico uma feira que conta com apoio governa-mental e recepciona livros de fotografia dos mais variados estilos; e a Turn uma iniciativa itinerante brasileira que uma feira com participao de artistas que produzem publicaes, mltiplos e livros.

    Hay ferias de libros casi todos los meses y en todos lugares. Pblicos son formados Hay ferias que ocupan el espacio pblico y amplan cuestiones. Hay ferias ms intimistas. Hay proyectos sobre libros en muchas ciudades y pases. Hay proyectos pblicos, como es el caso de la Coleo de Livro de Artista, de UFMG. Hay proyectos de plataformas y colectivos como es el caso del proyecto Acervo Mvel (Acervo Mvil) de la sobrelivros, o la Casa Visita, de la Casa Tomada entre otros, para citar algunos casos brasileos14.

    Para la investigacin, tuve que realizar un recorte que abarcase el hecho de discutir las artes visuales y la fotografa. Sin embargo, recuerdo que los espacios visitados y citados no son los nicos15, lo que es bueno. Hay propuesta, otras iniciativas por ah.

    Escog hablar de iniciativas muy diferentes entre ellas, que son: Feria de Libro de Foto de Autor, en Buenos Aires, Argentina16; y la Biblioteca de Fotografa del FestFotoPoA, en Brasil que abarcan la diversidad de libros hechos con fotografa, y no necesariamente apenas libros de artistas; la Feria de Libro de Artista, en Mxico una feria que cuenta con el apoyo gubernamental y recibe libros de fotografa de los ms variados estilos; y la Turn una iniciativa itinerante brasilea que es una feria con participacin de artistas que producen publicaciones, mltiples y libros.

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    Feria de Libro de Foto de Autor. Buenos Aires, Argentina, 2012.

    1 Feira de Publicaes Independentes do Sesc Pompia. So Paulo, Brasil, 2012.

    Turn na antiga Fbrica da Bhering. Rio de Ja-neiro, Brasil, 2012.Feria de Libro de Foto de Autor. Buenos Aires, Argentina, 2012.

    1 Feria de Publicaciones Independientes del Sesc Pompia. So Paulo, Brasil, 2012.

    Turn en la antigua Fbrica de Bhering. Rio de Janeiro, Brasil, 2012.

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    A Feria de Libro de Foto de Autor um evento pioneiro no gnero na Amrica Latina. A primeira edio argentina foi em 2002 e, desde ento, j foram realizadas itinerncias no Mxico, Uruguai, Peru e Brasil. A curadora, Julieta Escard17, conta que a iniciativa partiu da vontade de um grupo de fotgrafos para trocar e conhecer cada um a sua produo. Foi um final de semana intenso e lindo. As edies subsequentes ocorreram como um processo que foi continuamente crescendo ano a ano. A feira tornou-se uma tradio, h fotgrafos que pensam seus livros para a feira, outros vm feira para se inspirarem, editores vm em bus-ca de novos ttulos para seus catlogos. Alm da visita, oferecemos encontros, lanamentos e um prmio de fotolivro, comenta Escard. Antes, o que era um final de semana tornou-se um evento de trs semanas sempre durante o ms agosto e de quinta a domingo.

    A metodologia da feira foi sendo construda por meio da experincia que Julieta Escard possua como curadora no Espacio Eclctico e tambm com o apoio da produo executiva de Eugenia Rodeyro. A metodologia foi aplicada em todas as itinerncias, inclusive a mexicana que criou a Feria Internacional de Libro de Artista. Princpios como horizontalidade na expo-sio dos livros e diviso temtica como categorias para exposio (como biografia, viagens, documentais, estudos ou fices, fotografia plstica ou outras linguagens) so aplicados

    La Feria de Libro de Foto de Autor es un evento pionero en el ramo en Amrica Latina. La

    primera edicin argentina fue en el 2002 y, desde entonces, ya han sido realizadas ediciones itinerantes en Mxico, Uruguay, Per y Brasil. La curadora, Julieta Escard17, cuenta que la iniciativa parti de las ganas de un grupo de fotgrafos de intercambiar y conocer cada uno su produccin. Fue un fin de semana intenso y lindo. Las ediciones subsiguientes ocurrie-ron como un proceso que fue continuamente creciendo ao a ao. La feria se hizo tradicin, hay fotgrafos que piensan sus libros para la feria, otros vienen a la feria para inspirarse, los editores vienen a buscar nuevos ttulos para sus catlogos. Adems de la visita, ofrecemos encuentros, lanzamientos y un premio de fotolibro, comenta Escard. Antes, lo que era un fin de semana, se transform en un evento de tres semanas siempre durante el mes de agosto y de jueves a domingo.

    La metodologa de la feria ha sido construda por medio de la experiencia que Julieta Es-card posea como curadora en el Espacio Eclctico y tambin con el apoyo de la produccin ejecutiva de Eugenia Rodeyro. La metodologa fue aplicada en todas las ediciones itinerantes, incluso la mexicana que cre la Feria Internacional de Libro de Artista. Principios como la horizontalidad en la exposicin de los libros y divisin temtica como categoras para expo-sicin (como biografa, viajes, documentales, estudios o ficciones, fotografa plstica u otros

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    Feria de Libro de Foto de Autor (Buenos Aires, Argentina, 2012).

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    expografia. A expografia um misto de biblioteca, sala de estar e ponto de encontro. Na feira so encontrados livros nicos, editados ou prottipos. Um lugar para sentar e ficar por horas. Ao chegar, as pessoas recebem um catlogo, buscam um espao para ficar, olham o livro escolhido, ao pode ser repetida em cada um dos livros expostos. A feira um ato poltico com relao ao livro, como mesmo afirmou Escard para mim em conversa.

    A mdia de visitas em 2012 foi de trs mil pessoas. A feira um momento de encontro com o livro e o seu autor. Uma experincia nica, ntima e ttil, comenta a curadora. Para ela, o mais especial da feira que os bibliotecrios so os prprios autores. Eles fazem a intermediao entre os livros com o espectador. a essncia da feira e, assim, levamos a metodologia para todos os espaos que visitamos. A feira no conta com qualquer apoio ou incentivo do governo. Ela existe pela prpria fora das pessoas que a coordenam e pelo pblico que a frequenta ano a ano, como conta Escard:

    A feira cresce anualmente, como a importncia de manter um projeto por tanto tempo. A feira um milagre tambm, francamente, porque ela totalmente independente. Na Argentina, dife-rente do Brasil e Mxico, no h nenhum subsdio pblico para este tipo de atividade.

    lenguajes) son aplicados a la expografa. La expografa es una mezcla de biblioteca, sala de estar y local de encuentro. En la feria es posible encontrar libros nicos, editados o prototi-pos. Un lugar para sentarse y quedarse horas. Al llegar, las personas reciben un catlogo, buscan un espacio para quedarse y miran el libro escogido, accin que se puede repetir en cada uno de los libros expuestos. La feria es un acto poltico con relacin al libro, como me lo asegur Escard en una conversacin.

    El promedio de visitas en 2012 fue de tres mil personas. La feria es un momento de en-cuentro con el libro y su autor. Una experiencia nica, ntima y tctil, comenta la curadora. Para ella, lo ms especial de la feria es que los bibliotecarios son los propios autores. Ellos hacen la intermediacin entre los libros con el espectador. Es la esencia de la feria y, de esta forma, llevamos la metodologa para todos los espacios que visitamos. La feria no cuenta con ningn apoyo o incentivo del gobierno. Existe por la propia fuerza de las personas que la coordinan y por el pblico que la frecuenta ao a ao, como comenta Escard:

    La feria crece anualmente, como la importancia de mantener un proyecto por tanto tiempo. La feria es un milagro tambin, francamente, porque ella es totalmente independiente. En Argentina, diferente de Brasil y Mxico no hay ningn subsidio pblico para este tipo de actividad.

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    A cada ano, meses antes da feira, abre-se uma convocatria para recepo de livros, forma-se um comit de seleo e so selecionados os livros que comporo a feira do ano. Em 2012, foram em mdia 250 livros, sendo que em 2013 haver mais livros e o espao ser maior. E com as itinerncias j realizadas forma-se uma rede de feiras independentes. Julieta Escard explica que no se pode falar da feira sem falar de polticas culturais. De fato, a feira um motor de aes para livros de fotografia na Argentina e outros pases e gera uma conexo de trabalhos latino-americanos sobre livro. Falar da feira na Argentina falar de autogesto de espaos culturais e de autonomia, algo muito importante e essencial a todos os pases da regio.

    BibliotecriosO artista Rodolfo Lozano Gonzlez18 um dos muitos autores que trabalha como biblio-

    tecrio na feira. Ele acredita que o contato com o pblico primordial. lindo ver como as pessoas reagem. H livros que as pessoas olham, olham e no gostam. Outros que elas se conectam e voltam contando coisas a respeito. Isso ensina muito ao autor sobre o mundo e o seu trabalho, as pessoas veem e sentem de outra forma, formas que nunca imaginou.

    Cada ao, meses antes de la feria, se abre una convocatoria para recibir libros, se forma un comit de seleccin y son seleccionados los libros que van a componer la feria del ao. En 2012, fueron de media 250 libros, siendo que en 2013 habr ms libros y el espacio ser mayor. Y con las ediciones itinerantes ya realizadas se forma una red de ferias independien-tes Julieta Escard explica que no se puede hablar de la feria sin hablar de polticas culturales. De hecho, la feria es un motor de acciones para libros de fotografa en Argentina y en los otros pases, y genera una conexin de trabajos latinoamericanos sobre el libro. Hablar de la feria en Argentina es hablar de autogestin de espacios culturales y de autonoma, algo muy importante y esencial a todos los pases de la regin.

    BibliotecariosEl artista Rodolfo Lozano Gonzlez18 es uno de los muchos autores que trabajan como

    bibliotecarios en la feria. l cree que el contacto con el pblico es primordial. Es lindo ver como las personas reaccionan. Hay libros que las personas miran, miran y no les gustan. Otros con los que ellas se conectan y vuelven contando cosas al respecto. Eso le ensea mu-cho al autor sobre el mundo y su trabajo, las personas ven y sienten de otra forma, formas que nunca imagin.

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    O artista todo ano se prepara para a Feria de Libro de Foto de Autor. Para ele, o espao da feira algo muito valioso e especial. Um livro como olhar nos olhos. Por um momento esta pessoa se conecta com voc, diz.

    Rodolfo Lozano Gonzlez constri livros exclusivos para a feira. Nos anos de 2011 e 2012 fez livros nicos nos quais a maioria das etapas foi realizadas por ele: a fotografia, a costura e outros detalhes. Contudo, para este ano de 2013 ele realizar livros reprodutveis.

    Ele comenta que seus livros sempre usam vrias formas de expresso, no apenas a fo-togrfica. Um livro para mim no apenas as fotos e sim um conjunto que forma o discurso. Necessito de outras formas de expresso.

    El camino de la serpiente. Rodolfo Lozano Gonzlez, edio do autor (Buenos Aires, Argentina, 2012).

    El artista, todos los aos se prepara para la Feria de Libro de Foto de Autor. Para l, el espacio de la feria es algo muy valioso y especial. Un libro es como mirar a los ojos. Por un momento esta persona se conecta contigo, dice.

    Rodolfo Lozano Gonzlez construye libros exclusivos para la feria. En los aos 2011 y 2012 hizo libros nicos, en los cuales la mayora de las etapas fue realizada por l: la foto-grafa, coser el libro y otros detalles. Sin embargo, para este ao de 2013 realizar libros reproducibles. l comenta que sus libros siempre usaron varias formas de expresin, no slo la fotogrfica. Un libro para m no es apenas fotos, sino un conjunto que forma el discurso. Necesito otras formas de expresin.

    El camino de la serpiente. Rodolfo Lozano Gonzlez, edicin del autor (Buenos Aires, Argentina, 2012).

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    No Mxico, conversei com os organizadores e a curadora da Feria Internacional de Libro de Artista, que ocorre no marco do Festival Fotoseptiembre, organizado pelo Centro de la Imagen, um rgo estatal. O evento, que bianual, uma iniciativa governamental, a nica desta natureza dentre as escolhidas. O festival teve incio em 1993, j foram rea-lizadas dez edies. A feira, por sua vez, uma das atividades do festival e teve incio em 2009, com o convite feito Feria de Libro de Foto de Autor da Argentina.

    Os organizadores consideram que a feira resultado da expanso internacional do fes-tival. Assim conta o coordenador do festival, Valentn Casteln: Como resultado dessa ex-panso internacional, o festival tem tido nas ltimas seis edies convidados internacionais, ou seja, um pas ou uma srie de autores que pertencem a um pas determinam o ncleo do festival, embora todo o festival no tenha que girar em torno disso, mas esse seja o maior atrativo. Na edio de 2009, o pas convidado foi a Argentina, ento, como parte das iniciati-vas de trabalhar com eles, convidou-se a Feria de Libro de Foto de Autor.19

    Junto feira foi realizado um concurso com prmios, tanto para prottipos de livros quan-to para livros nicos. Na ltima, de 2011, foram exibidos cerca de 150 exemplares e entre estes tinham livros brasileiros, enviados por Carlos Carvalho do FestFotoPoA. Em 2009, um dos livros vencedores foi Jorge Soldado, de Juan Antnio Snchez Rull, juntamente com o livro Choques, de Diego Levy (Argentina).

    En Mxico, habl con los organizadores y la curadora de la Feria Internacional de Libro

    de Artista, que ocurre en el marco del Festival Fotoseptiembre, organizado por el Centro de la Imagen, un organismo estatal. El evento que se realiza dos veces al ao, es una iniciativa gubernamental, la nica de este tipo entre las escogidas. El festival tuvo inicio en 1993, y ya se han realizado diez ediciones. La feria, por su vez, es una de las actividades del festival y tuvo inicio en 2009, con la invitacin hecha a la Feria de Libro de Foto de Autor en Argentina.

    Los organizadores consideran que la feria es el resultado de la expansin internacional del festival. As cuenta el coordinador del festival, Valentn Casteln: Como resultado de esa expansin internacional, el festival ha tenido en las ltimas seis ediciones, invitados internacio-nales, o sea, un pas o una serie de autores que pertenecen a un pas determinan el ncleo del festival, aunque todo el festival no tenga que girar en torno de eso, pero que ese sea su mayor atractivo. En la edicin de 2009, el pas invitado fue Argentina, entonces, como parte de las iniciativas de trabajar con ellos, se invit la Feria de Libro de Foto de Autor.19

    Junto a la feria fue realizado un concurso de premios, tanto para prototipos de libros como para libros nicos. En la ltima, de 2011 fueron exhibidos ms o menos 150 ejempla-res, y entre ellos haba libros brasileos, enviados por Carlos Carvalho del FestFotoPoA. En 2009, uno de los libros ganadores fue Jorge Soldado, de Juan Antonio Snchez Rull, junto con el libro Choques, de Diego Levy (Argentina).

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    Quando criada em 2009, o nome da feira foi intencional. A curadora Mariana Gruener dis-se que foi uma tentativa de abarcar um pouco da diversidade dos livros produzidos: tanto em livros independentes nas mais variadas propostas fotogrficas, bem como livros de pequena tiragem. Percebi que havia pessoas, como Patricia Lagarde, que faziam livros impecveis, muito caros, muito bons e em pequenas edies. E, em seguida, tinha que ter uma categoria na feira para pessoas que trabalham. E havia a produo em livros dos fotgrafos documen-taristas mexicanos, que querem publicar o seu livro20, comenta Gruener.

    Como forma metodolgica, baseou-se na feira argentina, sendo tambm dividida em sees, s para proporcionar ao pblico um caminho, como marcaes de trabalho. So elas: construes, documentais, entornos, indagaes e intimidades, alm de a cada ano ter editoras convidadas.

    Querida Selma, Mariana Gruener (Mxico, 2011). El Paraso del Piso 37, Patricia Lagarde (Mxico, 2005). Jorge Soldado, Juan Antonio Snchez Rull (Mxico, 2009).

    Cuando fue creada en 2009, el nombre de la feria fue intencional. La curadora Mariana Gruener dijo que fue una tentativa de abarcar un poco la diversidad de los libros producidos: tanto en libros independientes en las ms variadas propuestas fotogrficas, bien como libros de baja tirada. Me d cuenta que haban personas, como Patricia Lagarde que hacan libros impecables, muy caros, muy buenos y en pequeas ediciones. Y, en seguida, la feria tena que haber una categora para personas que trabajan. Y estaba la produccin en libros de los fot-grafos documentalistas mexicanos, que queran publicar su libro20, comenta Gruener.

    Como forma metodolgica se basaron en la feria argentina, siendo tambin dividida en sectores, slo para proporcionar al pblico un camino, como marcaciones de trabajo. Son estas: construcciones, documentales, entornos, indagaciones e intimidades adems de a cada ao tener editoras invitadas.

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    A expografia da feira tambm pensada com mesas onde os livros so postos da mesma forma, sem existir qualquer privilgio entre eles, como comenta a curadora Mariana Gruener: Na ltima feira, havia muitos artistas juntos, de todas as geraes. Era to mais democrtico que tnhamos que tentar manter.

    Outro ponto impor tante que a curadoria no passa pelo gosto e sim pela diversida-de. Lanamos uma chamada para o nvel nacional com prazo para recepo de livros. Depois, estes livros eram encaminhados para um jri que iria realizar a seleo de forma coletiva, explica Gruener.

    O Mxico possui uma coleo de livros de fotografia no Centro de la Imagen. No toa, que nos anos 80, a fotgrafa e editora Mara Cristina Orive fez a curadoria da primeira expo-sio de livros de fotografia. Orive tambm pioneira como editora. Guatemalteca de origem, trabalhou muito anos como fotojornalista e, juntamente fotgrafa argentina Sara Facio, fun-dou em Buenos Aires a editora La Azotea21, especializada em publicar o trabalho de fotgrafos latino-americanos. Isso inclui livros de Marcos Lpez, da Argentina, e Martn Chambi, do Peru. E trabalhos de mulheres fotgrafas, como Annemarie Heinrich, Grete Stern e Adriana Lestido.

    Contudo, no contexto mexicano no se pode deixar de falar do M-H Artists Books Centre of Research & Documentation, projeto de Martha Hellion que possui fortes relaes com o Brasil e com muitas pessoas que participam e organizam mostras ou feiras, exemplo da Turn e da Feira de Arte Impressa do Tijuana.

    La expografa de la feria tambin est pensada con mesas donde los libros son colocados de la misma manera, sin existir cualquier privilegio entre ellos, como comenta la curadora Ma-riana Gruener: En la ltima feria, haba muchos artistas juntos, de todas las generaciones. Era tan democrtico que tenamos que intentar mantenerlo.

    Otro punto importante es que la curadura no pasa por el gusto, pero s por la diversidad. Lanzamos una llamada para el nivel nacional con plazo para el recibimiento de libros. Des-pus, estos libros eran encaminados para un jurado que realizaba la seleccin de manera colectiva, explica Gruener.

    Mxico posee una coleccin de libros de fotografa en el Centro de la Imagen. No es ca-sual que en los aos 80, la fotgrafa y editora Mara Cristina Orive haya hecho la curadura de la primera exposicin de libros de fotografa. Orive tambin es pionera como editora. Guatemalteca de origen, trabaj muchos aos como fotoperiodista y junto a la fotgrafa ar-gentina Sara Facio, fund en Buenos Aires la editorial La Azotea21, especializada en publicar el trabajo de fotgrafos latinoamericanos. Eso incluye libros de Marcos Lpez, de Argentina, y Martn Chambi, de Per. Y trabajos de mujeres fotgrafas, como Annemarie Heinrich, Grete Stern y Adriana Lestido.

    Sin embargo, en el contexto mexicano no se puede dejar de hablar del M-H Artists Book Centre of Research & Documentation, proyecto de Martha Hellion que posee fuertes relacio-nes con Brasil y con muchas personas que participan y organizan muestras y ferias, ejemplo de Turn y de la Feira de Arte Impressa do Tijuana.

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    A Turn um projeto que circula pelo Brasil, h espao receptor de um grupo ou coletivo. Por exemplo, entre as itinerncias de 2012, seu primeiro ano, a feira foi recebida pela Editora A Bolha na antiga Fbrica da Bhering, no Rio de Janeiro. E esta no foi a nica itinerncia. Ini-ciada em Florianpolis, itinerou por Belo Horizonte, Curitiba e So Paulo, e h muitas outras andanas previstas. Um dos objetivos da Turn : a cada nova cidade por onde passa, agre-ga novos artistas e novas publicaes, construindo com esse procedimento um arquivo vivo, flexvel e mvel. Iniciativa de Regina Melim, Fabio Morais e Mara Dietrich, o projeto tem muito da experincia e da prtica de Melim como professora e pesquisadora do Departamento de Artes Visuais no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina e que, desde 2005 tem realizado proposies relacionadas ao tema da publicao de artista.

    A Turn uma continuao de uma coisa que a gente j fazia, que era a mesa de pu-