expectativas renovadas entrevista: juiz luiz carlos...

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BH - FEVEREIRO - 2008 ANO 14 - NÚMERO 124 P u b l i c a ç ã o d a S e c r e t a r i a d o T r i b u n a l d e J u s t i ç a d o E s t a d o d e M i n a s G e r a i s Expectativas renovadas Um novo ano começa e, com ele, chegam novos objetivos e sonhos. Passadas as realizações de 2007, é hora de revigorar o entusiasmo e pensar no que deve ser melhorado. Cumprir novas metas no trabalho? Entrar na faculdade? Voltar para a ginástica? Fazer a tão esperada viagem? Nesta edição, servidores e magistrados contam seus planos para fazer de 2008 um ótimo ano no trabalho e na vida pessoal. Páginas 6 e 7 ENTREVISTA: JUIZ LUIZ CARLOS AZEVEDO CORRÊA JÚNIOR Página 9 EJEF: CURSO ATOS DE COMUNICAÇÃO Página 11

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BH - FEVEREIRO - 2008ANO 14 - NÚMERO 124

Publicação da Secretaria do Tribunalde Justiça do Estado de Minas Gerais

Expectativas renovadasUm novo ano começa e, com ele, chegam novos objetivos e sonhos. Passadas as

realizações de 2007, é hora de revigorar o entusiasmo e pensar no que deve ser melhorado.Cumprir novas metas no trabalho? Entrar na faculdade? Voltar para a ginástica? Fazer a tãoesperada viagem? Nesta edição, servidores e magistrados contam seus planos para fazerde 2008 um ótimo ano no trabalho e na vida pessoal.

Páginas 6 e 7

ENTREVISTA:

JUIZ LUIZ CARLOSAZEVEDO CORRÊA JÚNIORPágina 9

EJEF:

CURSO ATOS DECOMUNICAÇÃOPágina 11

E X P E D I E N T E

Participe

Interessados em divulgar

notícias no próximo TJMG

Informativo devem encaminhar o

material à Ascom até o dia

11/02/2008.

Recomeçar – estamos, novamente,diante dessa possibilidade, ao iniciarmosnova jornada neste ano de 2008. Pensamosque, nesses momentos, é importantebuscarmos questões para refletir. Vejam oque nos disse o cientista Albert Einstein: “Háduas formas para viver sua vida. Uma éacreditar que não existe milagre. A outra éacreditar que todas as coisas são ummilagre”.

O sentimento de gratidão pela vida exigeum olhar atento às coisas belas da vida. Senos detivermos apenas nos aspectosnegativos, não nos restarão motivos paracomemorar. Precisamos ver as dificuldadescomo oportunidades de crescimento oucomo desafios a serem enfrentados, comosituações a serem revertidas.

Provavelmente, nunca estaremosvivendo em uma situação ideal. A nossarealidade e a nossa condição humanarequerem constantes mudanças e melhorias.Isso é comum a todas as nossas esferas deatuação e convivência: tudo está a exigirmais esforços e mais luta.

Com o Poder Judiciário, a situação é amesma. Voltamos para uma nova etapa detrabalho. Com certeza, a nossa gratificação econtentamento ao final dessa fase serãoproporcionais às nossas realizações ededicação. Nada é tão compensador como acerteza do dever cumprido.

As críticas ao Judiciário e ao serviçopúblico, de um modo geral, continuamfreqüentes. No entanto, temos sidobrindados também com reconhecimento. Umexemplo disso foi o relatório do BancoMundial, divulgado em dezembro do anopassado, apontando o árduo trabalho damagistratura brasileira. É óbvio que, se os

juízes estão sobrecarregados, também estãoos servidores da Justiça.

O estudo, contendo mais de 200páginas, comprova que o número de açõesjulgadas pelo Judiciário brasileiro em 2002,ano de referência para a pesquisa, está forados padrões internacionais.

Foram ajuizadas ou sentenciadas, emmédia, 1.357 ações para cada juiz federal,trabalhista ou estadual em nosso país. Nomesmo período, a demanda foi de 875processos para os juízes argentinos e 377para os venezuelanos.

A média de ações ou sentençasajuizadas no Brasil é de 7.171 processos paracada 100 mil habitantes. O valor cai para2.375 e 2.454 entre os venezuelanos e ossalvadorenhos, respectivamente.

Na Argentina, o número de processos é32% superior à média brasileira, mas há,proporcionalmente, o dobro de juízes paraatender à demanda. São 10,9 juízes para cada100 mil habitantes na Argentina; no Brasil,são 5,3 magistrados para cada 100 milhabitantes.

Esses dados podem ser analisados sobvários aspectos. A tendência à jurisdiciona-lização dos conflitos é evidente, bem como aestrutura deficiente para atender à demanda.

No entanto, podemos também concluirque as pessoas recorrem ao Judiciário e,portanto, confiam na nossa instituição dianteda necessidade e urgência para se fazer valerum direito. Isso nos conforta e, ao mesmotempo, mostra a nossa responsabilidade e arelevância do nosso serviço.

A todos os magistrados e servidores,nossos votos de ótimo retorno ao trabalho,de paz e sabedoria para assumirmos, juntos,essa nova empreitada.

Começar de novo exige esperança renovada

Orlando Adão Carvalho - Presidente

Tribunal de Justiça do Estado de Minas GeraisPresidente: Orlando Adão Carvalho; 1º Vice-Presidente: Isalino Lisbôa; 2º Vice-Presidente: Antônio Hélio Silva;3º Vice-Presidente: Carreira Machado;Corregedor-Geral: José Francisco Bueno;Superintendente de Comunicação: AlexandreVictor de Carvalho; Secretário Especial daPresidência: Luiz Carlos Elói; Secretária doPresidente: Sidneia Simões; Assessora deComunicação Institucional: Goretti Paiva;Gerente de Imprensa: Wilson Menezes;Jornalista Responsável: Ione Bernadete Dias -RG n. 1.929/MG; Revisão: Regina Marinho eRachel Barreto; Diagramação: Úrsula Baião;Arte da capa: Airton Medrado; Fotolito eImpressão: Lastro Editora Ltda. Ascom TJMG: Rua Goiás, 253 - 1º andar -Centro - Belo Horizonte - MG CEP 30190-030Tel.: 31 3237-6551 Fax: 31 3226-2715E-mail: [email protected]

Ascom TJMG/Unidade Francisco Sales:31 3289-2520Ascom Fórum BH: 31 3330-2123Tiragem: 20 mil exemplares

E D I T O R I A L

02 F E V E R E I R O / 2 0 0 8

A Corte Superior doTJMG tem novo membro.O desembargador FernandoBráulio Ribeiro Terra foi em-possado, no dia 9 de janeiro,em sessão no Palácio daJustiça. Ele vai ocupar a vagado desembargador SchalcherVentura, que se aposentou.

O juiz Rogério Medeiros Garcia deLima foi promovido, por antiguidade,ao cargo de desembargador doTJMG. Na cerimônia de posse, no dia24 de janeiro, o magistrado foiagraciado com o Colar do MéritoJudiciário. Ao lado, o presidente doTJMG, Orlando Carvalho, o desem-bargador Rogério Medeiros e suamãe, Laís Medeiros.

PossesGuilherme DardanhanGuilherme Dardanhan

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais doou à Associação dosCatadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável de BeloHorizonte (Asmare), no dia 17 de janeiro, 2,5 toneladas de papelresultantes do primeiro descarte de documentos administrativos doTribunal. Os documentos doados serão triturados, obedecendo aoprocedimento padrão para garantir a segurança das informações. Acerimônia de realização do primeirodescarte de documentos foi realizada naCoordenação de Arquivo (Coarq) econtou com a participação do gerentede Arquivo e Tratamento da InformaçãoDocumental, Júlio César Bandeira deMello, e da Coordenadora de Arquivo,Guacira de Oliveira.

O procedimento propiciou aeliminação de documentos produzidos erecebidos no TJMG entre 1984 e 2003.Foram descartados documentos re-lativos ao controle de veículos, materialde consumo e diversos manuais deinformática, todos com temporalidadescumpridas e sem valor histórico, fiscalou probatório.

O acervo para o descarte foiavaliado e selecionado de acordo com aTabela de Classificação e Temporalidadedos Documentos Administrativos do TJMG e normas previstas naResolução 484/2005 e Portaria-Conjunta 104/2007. A eliminação foiautorizada pelos representantes das unidades administrativasresponsáveis pela produção e manutenção dos documentos, pela

Gerência de Arquivo e Tratamento da Informação Documental(Gearq) e pelo desembargador Antônio Hélio Silva, superintendenteda Ejef e presidente da Comissão Técnica de Avaliação Documentaldo TJMG.

O desembargador Antônio Hélio aprovou a iniciativa. “O TJMGainda não dispõe de norma regulamentadora para eliminação de

processos judiciais, entre-tanto, a médio prazo, com aformação de novos recursoshumanos, pretendemos se-guir o mesmo caminho dosTribunais de Justiça do Riode Janeiro e do DistritoFederal, que já preparam, deforma criteriosa e responsá-vel, os seus primeiros edi-tais de eliminação de pro-cessos judiciais.”

A Diretora Executiva deGestão da Informação Do-cumental, Silvana CoutoLessa, destacou que, nesseprimeiro procedimento, cou-be aos servidores da Coor-denação de Arquivo atriagem, classificação, ava-

liação e seleção do acervo a ser descartado. “O ideal é que cadaunidade organizacional do TJMG proceda à classificação, avaliaçãoe seleção dos documentos por ela produzidos ou recebidos, o queserá facilitado com a implantação do Sistema Integrado deGerenciamento Eletrônico de Documentos (Siged), prevista paramaio deste ano.”

Com a eliminação de documentos, o TJMGvisa otimizar os recursos físicos utilizados naguarda dos acervos. “Nesse primeiro pro-cedimento, estão sendo desocupadas mais de400 caixas de arquivo. São aproximadamente 5mil documentos eliminados, desocupandocerca de 60 metros lineares de prateleiras ounove estantes”, destacou Júlio César.

O objetivo do Programa de Gestão deDocumentos do Tribunal é depurar a massadocumental acumulada, destruindo o que nãotem mais valor, para preservar melhor osdocumentos com valor de guarda permanente.Segundo Júlio César, a intenção é, a partir deagora, fazer um descarte anual de documentosadministrativos cujos prazos estejam vencidos.

Migração

TJ descarta

O gerente de Arquivo do TJMG, Júlio César Bandeira de Mello, e acoordenadora Guacira de Oliveira, junto ao material doado à Asmare

Lorena Campolina

documentos administrativos

G E S T Ã O A R Q U I V Í S T I C A

03F E V E R E I R O / 2 0 0 8

O TJMG ainda não dispõe de normaregulamentadora para eliminação deprocessos judiciais, entretanto, a médioprazo, com a formação de novos recursos

humanos, pretendemos seguir o mesmo caminhodos Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e doDistrito Federal, que já preparam, de formacriteriosa e responsável, os seus primeiros editaisde eliminação de processos judiciais” ‘

Guilherme Dardanhan

J., de 36 anos, cometeu um crime grave em 1995. Passou seisanos preso. Portador de esquizofrenia, em 2001 foi encaminhado aoPrograma de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador deSofrimento Mental (PAI-PJ), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Durante pouco mais de três anos, recebeu tratamento em um hospitalpsiquiátrico de Belo Horizonte. Após a internação, mudou-se para umapensão, onde continuou sendo atendido pelo programa. Em 2007, pornão ser mais considerado perigoso, completou a recuperação e foiliberado. Hoje, J. tem um emprego, tem onde morar e tem amigos. Apartir do tratamento e do acesso à cidadania, foi possível a reinserçãosocial de um portador de sofrimento mental que poderia ter sidoexcluído da sociedade.

A história de J. é um exemplo de que, em 2007, o PAI-PJ teve umano de crescimento e vitórias. Foram atendidas pelo programa 207pessoas, número acima da média dos últimos anos. Esses pacientesjuntaram-se a outros 97, que já recebiam tratamento desde 2006,totalizando 304 portadores de sofrimento mental atendidos peloTJMG atualmente.

Coordenado pela psicanalista, psicóloga judicial e professorauniversitária Fernanda Otoni de Barros, o PAI-PJ presta assistência aportadores de doenças mentais que cometeram algum crime. Aintervenção junto aos pacientes infratores é determinada por juízesdas varas criminais que, auxiliados por equipes do programa, definemqual a melhor medida judicial a ser aplicada. O objetivo é conjugartratamento, responsabilidade e inserção social. Desde suaimplantação, há oito anos, passaram pelo programa mais de 1.100pacientes.

O maior indicativo do sucesso do PAI-PJ é que, na maioria doscasos, os infratores atendidos pelo programa não voltam a cometercrimes. “A reincidência tem ficado em menos de 2%. Mas verificamosque ela ocorre em crimes como furtos ou, às vezes, uso de drogas. Noano de 2007, não tivemos nenhuma reincidência em crimes conside-rados graves, como os crimes contra a pessoa”, comemora acoordenadora dosetor jurídico doPAI-PJ, Ana Paulade Carvalho Vil-lela Portella.

De acordocom um dos psi-cólogos do pro-grama, FabrícioJúnio Rocha Ri-beiro, outro exem-plo de sucessoestá nos 209pacientes que ho-je são atendidos em casa. “São pessoas que, sem o programa, talvezestivessem relegadas à exclusão, mas hoje podem se tratar ao mes-mo tempo em que convivem com familiares, trabalham e estudam”,diz ele.

Se 2007 foi um ano de desenvolvimento, as expectativas para onovo ano são as melhores possíveis. “No ano passado, conseguimosdesenvolver e consolidar nossas atividades dentro de nossaslimitações. Esperamos, em 2008, conseguir mais profissionais e maiscarros para as visitas individuais. Queremos manter a qualidade donosso trabalho, mas também que o PAI-PJ se amplie e chegue a maispessoas que precisam do nosso apoio”, diz Ana Paula Portella. “Alémdisso, em 2008 a expectativa é que conseguir estender a metodologiado PAI-PJ para as comarcas-pólo, como Barbacena, Juiz de Fora,Governador Valadares e Teófilo Otoni”, planeja a coordenadora jurídicado programa.

I N S T I T U C I O N A L

F E V E R E I R O / 2 0 0 804

Programa atendeu 304 pacientesportadores de sofrimento mentalno ano passado

Renata Ferrer

Confiança e sinceridade

Ampliação em 2008

PAI-PJ

social

em 2007

inclusão

São pessoas que, sem oprograma, talvez estivessemrelegadas à exclusão, mas hoje

podem se tratar ao mesmo tempoem que convivem com familiares,trabalham e estudam”‘

ratifica

Guilherme Dardanhan

Ao contrário de muitos países europeus, onde a televisão nasceu pública,no Brasil, ela começou pela iniciativa privada e, ainda hoje, a maioria de seuscanais são geridos por empresários.

Alguns canais de televisão são considerados públicos porque estãoligados a fundações estaduais, como a TV Cultura de São Paulo e a TV Minas,ou a fundações federais, como a TVE Brasil (Fundação Roquete Pinto), a TVEdo Maranhão e a TV Nacional de Brasília que, desde o dia 2 de dezembro2007, data de lançamento da TV digital, passaram a compor a TV Brasil,juntamente com a Radiobrás.

Para debater sobre televisão pública, a jornalista política Tereza Cruvinel,presidente da TV Brasil, esteve no programa Pensa TJ, do TJMG, no dia 11 dedezembro de 2007. A palestrante falou sobre a construção do sistema públicode comunicação que, segundo ela, é um passo importante para a garantia dopluralismo e da expressão da diversidade, pressupostos da democracia.

Ela explicou, ainda, os desafios do projeto da TV Brasil, que já está no ar.O novo canal foi criado para ser uma rede, e as emissoras estaduais poderãoaderir à sua programação. A proposta é cumprir o que a Constituição Federalprevê para as emissoras de rádio e televisão: veicular conteúdos educativos,artísticos, culturais e informativos, além de promover a cultura nacional eregional.

Segundo Tereza Cruvinel, a TV Brasil vai revelar a diversidade culturalbrasileira e trabalhar a educação, “no sentido de contribuir para o exercíciopleno da cidadania”.

Uma nova era tecnológica para a televisão brasileira.Assim pode ser definida a chegada da TV digital aberta aoBrasil. O sistema foi lançado oficialmente no dia 2 dedezembro de 2007 pelo Governo Federal e, em sua etapainicial, opera somente na capital paulista. A previsão é de que,até julho de 2008, as transmissões comerciais comecem emBelo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador.O cronograma do governo estabelece a migração integral dosistema analógico para o digital em todo o território nacionalno prazo de 10 anos.

Através da TV digital, o telespectador poderá acompa-nhar a programação, com alta qualidade de som e imagem,sem fantasmas ou chuviscos e de forma gratuita, de casa, docelular ou do notebook, dentro de um ônibus ou de um táxi.Poderá ter acesso a informações de serviços públicos,receber e enviar informações e, ainda, contar com serviços decomércio eletrônico. Para isso, bastará acoplar o aparelho detelevisão, mesmo os modelos mais antigos, a uma antenaUHF e a um conversor que já está à venda no mercado.

Aqueles que puderem adquirir aparelhos com tela de altadefinição assistirão a uma imagem com incrível riqueza dedetalhes. Esse tipo de recepção aprimorada está sendochamada de HD, abreviatura de High Definition, em inglês.

Os celulares aptos a receber a nova tecnologia estarãodisponíveis neste primeiro semestre de 2008. Paracomputadores, já existe um conversor com uma miniantena,que é conectado através da porta USB.

O formato da imagem também muda. Ao invés doaspecto “quadrado”, adotado pelo sistema analógico, atransmissão digital passa a ser no padrão de cinema, ochamado widescreen (tela larga, em português).

Para o superintendente de Comunicação do Tribunal deJustiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador AlexandreVictor de Carvalho, a implantação da TV digital vai permitir umgrande salto tecnológico, oferecendo recursos inovadores,como a interatividade. “Vai incentivar a participação do teles-pectador como cidadão, e não apenas como consumidor dosserviços de radiodifusão”, avalia.

05F E V E R E I R O / 2 0 0 8

C O M U N I C A Ç Ã O

A presidente da TV Brasil, Tereza Cruvinel, empalestra no Pensa TJ

Soraia Costa

Reinaldo M. Gomes

Pensa TJ discute televisão pública

Marcelo Albert

A TV agora é digital

Renata Ferrer

F E V E R E I R O / 2 0 0 806

C O M P O R T A M E N T O

Um ano para realizarSONHOS

Fotos: Marcelo Albert

Em 2007, a palavra condutora da vida dos servidores novatosdo Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi dedicação. Aprovadosno disputado concurso, em 2008 eles continuam a sonhar, a ter

esperança e atrabalhar – emuito – paraatingir suasmetas, profis-sionais ou pes-soais. E exem-plos não faltampara que os no-vatos concre-tizem seus ob-jetivos: servi-dores vetera-nos e magis-trados, quepassaram porum ano de mu-danças no Tri-bunal, tambémtêm grandese x p e c t a t i v a s

em relação a 2008. O oficial judiciário Alexandre Paulo Pires da Silva, de 27 anos,

sabe o quanto se imaginou iniciando o ano de 2008 como servidordo TJ. Ele vinha conciliando estudo e trabalho desde 2005, quandotentou o concurso da 1ª Instância, mas não foi aprovado. No anopassado, contudo, Alexandre resolveu se dedicar exclusivamente àprova da 2ª Instância. Aprovado para a especialidade assistentetécnico de sistemas, ele não pretende parar por aí. “Este ano vouprestar vestibular para Direito. Além do conhecimento para a vida

pessoal, a for-mação em Direitopoderá abrir por-tas e novos ho-rizontes no Tribu-nal, inclusive naprópria área deinformática. Comodizem, todo co-nhecimento é vá-lido e bem-vindo”,frisa Alexandre.

E o entusias-mo com as promessas de 2008 não fica só por conta dos novatos.Que o diga o servidor Idalmo Constantino, da Diretoria-Executivade Administração de Recursos Humanos (Dearhu). Há 33 anos noTJ, completados no dia 16 de dezembro, ele nem pensa emaposentadoria e tem planos para seu 34º ano no Tribunal. “Nestemomento de muitas mudanças, sabemos que a missão em 2008 éprestar um atendimento ainda melhor”, e frisa que quer seguirtrabalhando e dando ânimo aos colegas. “Os 33 anos, para mim,são como 33 dias. Em todo esse tempo, tive apenas uma falta”,conta, orgulhoso. “Cada dia que saio do trabalho, saio com acerteza de que aprendi algo novo. E o trigésimo quarto ano vai serassim”.

As histórias de servidores novatos e antigos do TJMGmostram que força de vontade e entusiasmo levam à consecuçãode grandes sonhos profissionais. No entanto, servidores e

Pequenos projetos, grandes realizações

As boas coisas da vidacostumam estar nospequenos projetos”

‘Alexandre Pires da Silva, novato no TJMG, pretende continuar

estudando e prestar vestibular para Direito em 2008

De olho no futuro, para buscar equilíbrio espiritual,físico e emocional

Guilherme Dardanhan

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magistrados sabem também que o esforço deve ser balanceadocom realizações na vida pessoal.

Para este ano, a grande expectativa profissional do juiz MárcioIdalmo Santos Miranda, do Juizado Especial Cível da UFMG, é vero sistema Processo Judicial Digital (Projudi) consolidado efuncionando bem. Mas os projetos pessoais também são muitos:“Este ano, querocuidar mais da minhasaúde. Quero fazerpilates, pretendocaminhar mais epassar mais tempocom as pessoas dequem gosto”. Fã de Li-teratura e de História,o juiz acrescenta quequer retomar o estudode francês e ler maislivros. “Nem que sótenha meia hora por dia, gosto sempre de ler um livrointeressante”. E, se sobrar tempo, planeja fazer uma viagem paraMacchu Picchu ou então para ver as ruínas maias, no México. “Asboas coisas da vida costumam estar nos pequenos projetos quetemos”, filosofa o magistrado.

A opinião do juiz Márcio Idalmo é endossada pela gerenteJeane Possato, da Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat). “Oimportante é buscar o equilíbrio emocional, físico e espiritual, e

cuidar de todos os setores da vida. Darvalor ao trabalho, mas também ao lazer eà família. É preciso manter o foco nameta profissional, mas sem esquecer osoutros aspectos da vida, que tambémdevem ter qualidade”, enfatiza. SegundoJeane, o próprio Tribunal manterá etentará ampliar a política de apoio àqualidade de vida de servidores emagistrados: “O objetivo é encontrarnovas alternativas em parceria com todasas áreas do TJ e promover a integraçãocom as comarcas do interior para que,em 2008, consigamos alcançar meioseficazes para promover um acesso maiordos magistrados e servidores da Justiçade todo o Estado às ações de saúde. Ameta é universalizar a qualidade de vida”.

Nesse sentido, a Coordenação deQualidade de Vida no Trabalho (Covit)prevê para este ano a implantação de umprograma de reeducação alimentar.“Pretendemos dar dicas de cardápiossaudáveis por meio da intranet etrabalharemos de forma mais indivi-

dualizada com pessoas pertencentes a grupos de risco. Durantetodo o ano, vamos continuar com palestras, ações de prevençãoodontológica, workshops e terapias complementares, como amassoterapia”, conta a coordenadora da Covit, Daniela HipólitoCarvalho. Ela acrescenta que, ainda no primeiro semestre, deveser realizada licitação para contratar uma empresa para oferecerginástica laboral em toda a capital. “Além disso, a partir de abril,vamos voltar com o Grupo de Controle da Dependência daNicotina, trabalhando em grupos e individualmente”, afirmaDaniela.

Se a melhor forma de manter a qualidade de vida é equilibraros projetos profissionais com os pessoais, o relaxamento e adiversão durante as férias não devem ser deixados de lado.Sabendo disso, o servidor Idalmo Constantino pretende darcontinuidade a um projeto a que se dedica há dois anos: “Em cada

período de fériasquero ir a umestado do Brasil.Meu sonho éconhecer, no mí-nimo, todas ascapitais do país”.Em janeiro, o ser-vidor já foi com afamília ao Rio deJaneiro. No meiodo ano, pretendeviajar a Fernandode Noronha. Alémdas viagens, Idal-mo tem comoobjetivo dedicarmais tempo a suasoutras paixões,além do TJ: oClube Labareda,de onde é diretor,e o Clube AtléticoMineiro, do qual éconselheiro bene-mérito. “Este ano,temos muitascomemorações pelo centenário do Atlético”, conta ele,empolgado.

As expectativas são produto do desejo de um futuro maisfeliz. Mesmo que o ano anterior tenha sido de realizações, achegada de 2008 renova as esperanças e, com elas, os objetivos esonhos. Para que essas perspectivas se concretizem, é precisoesforço, mas também harmonia entre todos os setores da vida euma atitude de constante otimismo – que se traduz em umcostume simples, mas nem sempre lembrado: o bom humor. Umaforma de se construir um bom ano, do início ao fim, é seguir afórmula da coordenadora de Qualidade de Vida no Trabalho,Daniela Hipólito: “Trabalhar com afinco, mas sempre cultivandobons relacionamentos no ambiente de trabalho e na vida em geral,mantendo uma atitude positiva. E o principal: é preciso sorrirmais!”

Mais sorrisos

É preciso manter o focona meta profissional, massem esquecer os outros

aspectos da vida, que tambémdevem ter qualidade”‘

Viajar é preciso

Macchu Picchu: plano de viagem do juiz MárcioIdalmo para este ano

Rio de Janeiro: cidade visitada em 2008 peloservidor Idalmo Constantino, que planeja

visitar todas as capitais do país

Guilherme Dardanhan

Jeroen Rouwkema

Rena

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08

G P D

Seminário avalia sistema de gestão do TJMG

F E V E R E I R O / 2 0 0 8

Para 2008, devemos estabelecer metas que possamser cumpridas efetivamente. Essa foi a recomendação dopresidente Orlando Carvalho na abertura do seminário quereuniu os gestores do TJMG, nos dias 14 e 15 de dezembro.O encontro marcou a conclusão de mais uma etapa doGerenciamento pelas Diretrizes (GPD) e integra o processode avaliação da gestão, prevista no Sistema de Avaliação deResultados (SAR), regulamentada pela Portaria 1.946/2006.

Em 2007, as ações e projetos desenvolvidos foramapresentados e validados pelos desembargadores emreuniões do Comitê Estratégico, em sessões da Corte e emencontros setoriais. Em diversas ocasiões, o presidenteOrlando Carvalho convo-cou e participou dereuniões, levando pes-soalmente a magistradose servidores as decisõesde maior relevância.

Os pontos positivos eas oportunidades de me-lhoria foram avaliadosdurante o seminário, queelegeu a agilização daprestação jurisdicional co-mo a grande meta ins-titucional para 2008. Aimportância da união dasequipes para alcançar osresultados e da realizaçãode reuniões periódicas doComitê Executivo e dosgrupos temáticos fez parteda reflexão. Também foidestacada a importânciado gerenciamento da 1ªInstância.

Dentre os pontospositivos destacados es-tão: a nomeação dosconcursados; a intençãode profissionalizar a ad-ministração do TJMG; o redesenho da 1ª Instância; aaproximação da Direção do Foro de Belo Horizonte; aparticipação de gestores no 3º Encontro da Corregedoria, quereuniu juízes das comarcas mineiras; o término do contrato414, que esgotou seu prazo legal em dezembro e não poderiamais ser renovado.

Como ressalta Nice Fonseca, da Secretaria Executiva dePlanejamento e Qualidade na Gestão Institucional (Seplag), asconclusões levantadas serão analisadas pelas diretorias

executivas, para que sejam definidas as metas de cada área ea contribuição de cada gestor para os resultados. Ocompartilhamento das metas pelas diretorias será feito emreunião do Comitê Executivo, em fevereiro.

O papel dos gestores como agentes decomunicação foi reforçado por Dirce Bahiense deAraújo, da Diretoria Executiva de Suporte aos JuizadosEspeciais (Dijesp). Ela ressalta que, ao conhecer osmotivos que originaram a tomada de decisões, ogestor tem condições de compreender e esclarecermelhor sua equipe.

Durante o seminário, foram analisados os dados

estatísticos e o desempenho das metas de 2007,monitorados pelo Centro de Informações para GestãoInstitucional (Ceinfo). As medições acompanharam aevolução do acervo, que cresceu em todo o período.Essa tendência, observada nos últimos 20 anos, émotivada pelo aumento da população e do acesso àJustiça, afirma o gerente do setor, Dilmo de CastroSi lva. Em 2008, o monitoramento do acervoident i f icará os pontos de maio r crescimento edefinirá medidas corretivas. Contudo, o foco deveráser o número de decisões e julgamentos, que refletemelhor a evolução e a efetividade da prestaçãojurisdicional.

Nanci Leite

Reunião dos gestores avaliou pontos positivose oportunidades de melhoria

Avaliação

Destaques

Marcelo Albert

TJMG Informativo – Como é assumir uma função em

que a qualidade de administrador é essencial?

LCJ: É um grande desafio. O juiz, mesmo no interior, nãodeixa de ser um administrador, pois exerce a Direção do Forodas comarcas. Eu tive a oportunidade de administrar o JuizadoEspecial das Relações de Consumo, por dois anos, comocoordenador, e também foi um desafio muito grande. O FórumLafayette é um desafio ainda maior, pois tem uma populaçãoflutuante maior que muitas cidades deMinas Gerais.

TJMG Informativo – Que ações a

curto, médio e longo prazo vão ser

implementadas na sua adminis-

tração?

LCJ: A curto prazo, a locação deum imóvel para que possamos ganharmais espaço. A médio e longo prazos,temos a questão do arquivo forense. Pretendemos dar

E N T R E V I S T A J u i z L u i z C a r l o s A z e v e d o C o r r ê a J ú n i o r

O juiz Luiz Carlos Azevedo Corrêa Júnior é

natural do Rio de Janeiro, mas adotou Minas

como sua terra. “Sou mais mineiro do que carioca,

mas não deixo de ver o jogo do Flamengo”, diz o

magistrado, que assumiu no dia 5 de dezembro a

Direção do Foro de Belo Horizonte. Casado com

uma mineira, pai de dois filhos, também mineiros,

Luiz Carlos conta que seu lazer é com a família.

Nesta entrevista, diz que talvez a Direção do Foro

seja o maior desafio de sua carreira, em virtude

do tamanho e da complexidade do Fórum

Lafayette.

Raul Machado

destinação a inúmeros bens que estão guardados no depósitoforense. Também vamos cumprir as demais determinações docorregedor-geral de Justiça, que nos delegou essa função. Oobjetivo dele é sempre controlar o número de feitos conclusospara despacho, para agilizar a prestação jurisdicional. Aregularidade do serviço forense, a celeridade processual e obom atendimento ao público devem continuar sendo aprioridade.

TJMG Informativo – Como

o juiz diretor do Foro pode

facilitar o acesso da sociedade

à Justiça?

LCJ: Hoje nós temos doisentraves gravíssimos: o númerode servidores, que foi reduzido, eo número de processos, que nãopára de aumentar. Devemos

trabalhar pela implantação do processo digital também naJustiça Comum. Com isso, mais servidores sairão de atividades

burocráticas para auxiliar na atividade-fim,melhorando a prestação jurisdicional.

TJMG Informativo – Que mensagem gostaria

de deixar para os magistrados e servidores de

Belo Horizonte?

LCJ: Que as portas da Direção do Foroestarão sempre abertas para todos. Assim comoo juiz André Leite Praça, pretendemos fazer umaadministração colegiada, ouvindo as sugestõesdos juízes e servidores, porque eles é queenfrentam a grande batalha do dia-a-dia daatividade jurisdicional. Eles devem ter voz ativaem todas as decisões.

O novo diretor do Foro de Belo Horizonte, juizLuiz Carlos Azevedo Corrêa Júnior, prometeadministração colegiada, ouvindo sugestões dejuízes e servidores

Administração

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de portas abertas

A regularidade do serviçoforense, a celeridadeprocessual e o bomatendimento ao público devem

continuar sendo a prioridade“‘Túlio Travaglia

em 30 de novembro. O setor perdeu 15 funcionários terceirizados,alguns deles de horário integral, e ganhou 12 – sete novosservidores concursados, que foram treinados para atender aopúblico, e cinco terceirizados (dois digitadores, uma recepcionistae uma telefonista).

Houve, portanto, redução de pessoal e de carga horáriatrabalhada. “Um levantamento demonstrou que a Centralprecisava de 19 novos servidores efetivos, mas, por dificuldades

orçamentárias, che-gou-se ao número desete. Nossa expec-tativa é que, em 2008,sejam providas as ou-tras 12 vagas. As-sim, poderemos pres-tar um atendimentomais rápido e dife-renciado aos servi-dores”, explica o coor-denador da Central,Gabriel Teófilo Paixão.

Ele acrescen-ta que, com o trei-namento dos novos

servidores, o preenchimento de vagas e a mudança no sistema detelefonia do Anexo I, prevista para este ano, a perspectiva deaperfeiçoamento do atendimento é a melhor possível. “O quehouve foram dificuldades decorrentes de todos esses problemasque enfrentamos, mas é preciso que o servidor saiba que estamostrabalhando muito para oferecer a ele uma Central de excelência,onde ele possa obter as informações de que necessita, semestresse”, conclui Gabriel.

A Central de Atendimento e Informações (Cenat) implantou,em dezembro, uma nova sistemática de prestação de serviços.Agora, para solicitar informações, o servidor deverá enviar e-mail

agendando um contato telefônico. A meta é que, a partir defevereiro, o servidor seja contatado por um atendente da Centralno prazo médio de dois dias úteis após o recebimento damensagem. O servidor também poderá optar por ser atendidopessoalmente ou, em caso de urgência, por telefone (ver quadro).

Para solicitar o atendimento, basta enviar e-mail para oendereço [email protected], intitulado “agendamentode contato por telefone”. O interessado deverá informar seu nome,matrícula, horário de trabalho, telefone para contato (o do setor delotação ou outro, mediante justificativa) e o assunto a ser tratado,resumidamente. Não é necessário ter um e-mail do Tribunal parasolicitar o serviço – os interessados poderão enviar a mensagemde seus e-mails pessoais, em qualquer dia e horário.

A Central presta informações a quase 20 mil pessoas –servidores da 1ª e da 2ª Instâncias, da capital e do interior,aposentados, pensionistas e exonerados. São atendimentosreferentes à vida funcional – carreira, benefícios, pagamento,freqüência, entre outros assuntos.

De 2004, quando entrou em operação, até meados do anopassado, a Central atendia aos servidores, preferencialmente, portelefone. Em 2007, foram feitos, em média, 600 atendimentosdiários, tendo sido registrado o ápice de mil atendimentos numúnico dia, no mês de março. A partir do segundo semestre de2007, o atendimento direto foi se tornando inviável. Com os ramaisda Central congestionados, a solução foi pedir aos interessadosque enviassem e-mails.

A demanda crescente de informações e o período detransição no quadro de pessoal do TJMG são os principais fatoresque levaram à adoção desse procedimento. Cerca de 70% dosfuncionários da Central eram terceirizados e foram dispensados

Migração

Mudanças na

Maria Cláudia Barreto

Central de

Patrícia Melillo

A Central de Atendimento, coordenada por Gabriel Paixão (à direita),presta informações a um universo de quase 20 mil pessoas

G U I A D O S E R V I D O R

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Subordinada à Diretoria Executiva deAdministração de Recursos Humanos(Dearhu), a Central passa a oferecer trêsopções de atendimento ao servidor:

- Agendamento de contato telefônico: ointeressado envia e-mail e será contatadopor um atendente da Central, por telefone,em média, dois dias úteis após orecebimento da mensagem (se preferir, oservidor também poderá receber aresposta por e-mail);

- Atendimento direto, pelo telefone3237-6184: apenas para urgências e paraservidores que não tiverem condições deenviar e-mail;

- Pessoalmente: os interessados conti-nuarão sendo atendidos na sala da Central,no 8° andar do Anexo I (rua Goiás, 229).

Como fica o atendimento

Atendimento

É preciso que o servidorsaiba que estamos traba-lhando muito paraoferecer a ele uma Central

de excelência, onde ele possaobter as informações de quenecessita, sem estresse”‘

Elenice Rodrigues

F O R M A Ç Ã O

Atos de Comunicação:

curso rompe distâncias geográficas

Entre os meses de fevereiro eabril, a Escola Judicial De-sembargador Edésio Fernandes(Ejef) promoverá o curso adistância Atos de Comunicaçãopara Oficiais de Justiça, comcarga horária de 30 horas. Serãooferecidas 100 vagas a servidoresdo Tribunal de Justiça de MinasGerais (TJMG) lotados na 1ªInstância. Este é o primeiro cursoa distância elaborado exclu-sivamente pela Ejef, por meio daGerência de Formação Perma-nente (Gefop), da Coordenação de For-mação Permanente do Interior (Cofint) e daCentral de Tecnologia para Educação eInformação (Cetec).

O 2º vice-presidente do TJMG esuperintendente da Ejef, desembargadorAntônio Hélio Silva, considera que o cursochega em boa hora, em razão do recenteingresso de novos servidores da 1ª e da 2ªInstâncias e também da vivência de umtempo de implementação da tecnologia noTJMG, através das videoconferências e doProcesso Judicial Eletrônico (Projudi).

Para o diretor de Desenvolvimento dePessoas, Leonardo Lúcio Machado, o curso

é um marco na história da formaçãoinstitucional do Tribunal, pois foi todoconcebido e construído internamente,utilizando recursos eletrônicos modernos ede qualidade, especialmente a nova páginada Ejef. “A educação a distância é umvalioso instrumento de disseminação,construção e compartilhamento de conhe-cimentos e possibilita maior participação dopúblico-alvo, democratizando o acesso àsações de formação, ao romper com asdificuldades decorrentes das distânciasgeográficas”, destacou.

O curso irá abordar a materialização nocumprimento dos atos de comunicaçãoexecutados pelo oficial de justiça viamandados, seja de forma escrita ou verbal.Ao superar as distâncias, o treinamentopermitirá a troca de experiências entre os

participantes. Despertar a vontade deaperfeiçoamento da prática dos oficiais dejustiça também é um dos objetivos docurso.

Sob a supervisão dos oficiais dejustiça da comarca de Belo Horizonte,Izabel Alves de Macedo Girardelli eJuarez Antônio da Silva, o curso tem umaproposta pedagógica que utiliza recursostécnicos próprios da educação a dis-tância, tais como DVDs, videocon-ferências, internet e suporte técnicopedagógico por meio de tutores. “Ostutores acompanharão freqüentemente odesenvolvimento dos participantes, pormeio de exercícios”, explica a gerente deFormação Permanente, Madalena Garcia.

O conteúdo do curso foi elaboradode acordo com as dúvidas apresentadaspelos oficiais de justiça ao Serviço deApoio aos Oficiais. “Nossa expectativa édesenvolver nos oficiais a capacidade dedetectar os incidentes, tanto ao recebero mandado quanto no ato da diligência, eresolvê-los com tranqüilidade”, disseIzabel.

Os servidores que obtiverem nomínimo 70% na avaliação final do cursoreceberão certificado.

Benefícios

Proposta pedagógica

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Guilherme Dardanhan

educação a distância é umvalioso instrumento de dis-seminação, construção ecompartilhamento de conhe-cimentos, democratizando o

acesso às ações de Formação

A

O diretor de Desenvolvimentode Pessoas, Leonardo LúcioMachado, tem grandes epositivas expectativas emrelação ao curso.

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IMPR

ESSO

Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030

Rachel Barreto

C U L T U R A

A Califórnia é conhecida pelas praias cheias de surfistas epelo clima ensolarado. Mas o estado norte-americano oferecesurpresas que vão além das ondas. Ao lado de areia e mar, temdesertos, lagos, montanhas e neve. O melhor exemplo de quevale a pena ir à Califórnia e passar longe da praia é o YosemiteNational Park. Lá, tudo é superlativo: árvores, cachoeiras, sol,ursos - cada elemento da natureza ajuda a compor um cenáriograndioso. No verão, é possível mergulhar nos rios, pedalarpelas ruas do parque, dentro de bosques, ao lado decorredeiras. No fim do inverno, os fascinantes paredões degranito ficam cobertos de neve, contrastando com o verde dasárvores e com flores que começam a colorir a paisagem. Juntocom os turistas, passeiam esquilos, cervos e, mais de longe,ursos – não à toa, o parque inspirou o desenho do Zé Colméia.Imperdível!

Renata Ferrer - Ascom

célebre cena em que se banham na Fontana diTrevi.

A doce vida conquistou diversos prêmios,dentre os quais se destacam a Palma de Ouro, noFestival de Cannes, e o Oscar de melhor figurino,uma das quatro categorias a que concorria, alémde melhor diretor, direção de arte e roteirooriginal.

Com comentários do desembargadorSérgio Braga, o Cineclube TJ continua, em 2008,com o objetivo de privilegiar os clássicos docinema em suas exibições. Ao longo de suatrajetória, já foram diversas as obras primasapresentadas, como Roma, cidade aberta, deRoberto Rossellini, O encouraçado Potemkin, de

Sergei Eisenstein, Rashomon, de AkiraKurosawa, e Laranja Mecânica, de StanleyKubrick.

A programação mostra o maior trunfo dosclássicos: obras marcantes que conseguirammanter seu frescor e relevância, mesmo com opassar do tempo, e não se tornaram apenasexemplos do passado, ultrapassados e,possivelmente, esquecidos.

Estrelas de cinema perseguidas porpaparazzi e repórteres sensacionalistas, umasensação de frivolidade e alienação no culto àscelebridades. Poderíamos estar nos referindo àspaginas da imprensa atual, mas é o que mostraA doce vida, do diretor italiano Federico Fellini,em seu painel da sociedade italiana na décadade 60. Apesar de ter quase meio século, o filmecontinua atual, mostrando questões que hoje,talvez, estejam encontrando seu ponto mais alto(ou seria baixo?).

O filme mostra atuações e cenas queentraram para a história do cinema. MarcelloMastroianni é o repórter Marcello Rubini,perdido entre a cobertura do mundo dosricos famosos e o desejo de se tornar umescritor “sério”. Com Anita Ekberg, queinterpreta a estrela de cinema Sylvia, habita oimaginário de cinéfilos de todo o mundo na

C L I C K D O L E I T O R

Renata Ferrer

Cineclube TJ

Clássicos

recomeça com

filme de Fellini

A Doce Vida

Dia 28 de fevereiro de 2008, às 19h.

Auditório do Anexo II – R. Goiás, 253,

Centro, Belo Horizonte.

Entrada franca.

Anita Ekberg interpretaa estrela de cinemaSylvia em A doce vida

Divulgação