exercicios 05. analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: i. a função social...

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EXERCICIOS 05. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. A função social da escola é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao educando condições de emancipação humana. II. A função essencial da escola pública consiste na socialização do saber sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e sistematização de um novo saber, nascido da prática social. III. A concepção de educação progressista está, epistemologicamente, vinculada à pedagogia socialista, cuja intencionalidade está na transformação do status quo e não para adequar as necessidades do educando ao meio social, preparando-o para a vida. IV. A escola está para humanizar, oferecer condições à emancipação, à participação e não para adaptar os

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EXERCICIOS

05. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. A função social da escola é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao educando condições de emancipação humana.II. A função essencial da escola pública consiste na socialização do saber sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e sistematização de umnovo saber, nascido da prática social.III. A concepção de educação progressista está, epistemologicamente, vinculada à pedagogia socialista, cuja intencionalidade está na transformação do status quo e não para adequar as necessidades do educando ao meio social, preparando-o para a vida.IV. A escola está para humanizar, oferecer condições à emancipação, à participação e não para adaptar os indivíduos à situações de dominação.do mérito individual.

CORRETA (A) Estão corretas apenas I, II e III(B) Estão corretas apenas I e II(C) Todas estão corretas(D) Estão corretas apenas II, III e IV  06. Analise as afirmativas abaixo referente às características da aprendizagem escolar e assinale a alternativa correta: I. É uma atividade planejada, intencional e dirigida, e não casual e espontânea;II. Resulta da reflexão proporcionada pela percepção prático sensorial e pelas ações mentais que caracterizam o pensamento;III. Há influência de fatores culturais e sociais;IV. Trabalho docente que dá unidade ao binômio ensino aprendizagem.  (A) Apenas I e III estão corretas(B) Apenas I, II e IV estão corretas(C) Apenas II, III e IV estão corretas(D) Todas estão corretasParte inferior do formulário 07.São princípios da educação libertadora (Paulo Freire) EXCETO: (A) Acreditar na igualdade fundamental entre os seres humanos, independentemente de quaisquer diferenças.(B) Buscar a transformação social, constituindo-se como meio de contribuir para a justiça social e para a participação.(C)Conceber a participação como um processo que favoreça cada vez mais a centralização das decisões tendo em vista a unidade institucional.(D) Organizar-se como um processo em que as pessoas sejam sujeitos de sua própria formação. 08. “Não há docência sem discência”. Em seu texto, Freire (2000) discute a importância de uma reflexão envolvendo a formação docente e a prática educativo-crítica em favor da autonomia dos educandos. Avalie as afirmativas abaixo:         I. A temática abordada incorpora a análise de saberes fundamentais, apresentando elementos constitutivos para a compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana.      II. A tarefa do educador não se resume apenas em ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar certo, exigindo rigorosidade metódica. Ensinar, aprender e pesquisar envolvem dois momentos do ciclo gnosiológico.    III. O ato de ensinar exige a corporeificação das palavras através do exemplo. Uma vez que, não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o re-diz em lugar de desdizê-lo.    IV. Na formação permanente dos professores, ensinar exige reflexão crítica a respeito da prática, é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. Verifica-se que estão CORRETAS as afirmativas:(A)Apenas I, II e III(B)Apenas I, II(C)Apenas I, II e IV(D)Todas estão corretas 09.  Leia atentamente o trecho extraído do livro “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”:O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendê-lo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos mesmo remotos de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro. A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes, como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes.

FREIRE, 2000, P. 23 e 24O texto acima permite analisar que:(A)Ensinar é um processo que pode tornar o aprendiz mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e se desenvolve o que pode ser chamado de “curiosidade epistemológica.(B)Existe uma relação entre o ato de ensinar e a prática de cozinhar, mostrando que o professor precisa diversificar sua prática, promovendo atividades fora do ambiente escolar.(C)Na prática pedagógica, é importante estabelecer atividades que relacionem com o cotidiano dos alunos, utilizando receitas familiares e atraentes.(D) Com o objetivo de criar “espaços inovadores”, cabe aos professores utilizarem com frequência todo o espaço escolar. 10. Segundo Paulo Freire ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Assim o clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente deve contribuir para: (A) Reforçar o autoritarismo na escola pública.(B) Reforçar o medo que os pais tem dos professores e os conduz a afastar-se da escola.(C) Os alunos reagirem negativamente ao exercício do comando.(D) Fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico.(E) Estabelecer na escola o mandonismo que tolhe a criatividade do educando. 11.  A escola X vem trabalhando na construção coletiva do PPP escolar que tem como base a Pedagogia da Autonomia. Um dos pontos elencados e operacionalizados pelo grupo foi a formação continuada dos docentes, partindo do entendimento de ser essa a forma de favorecer:  (A) Uma prática pedagógica neutra que reflete positivamente no meio social.(B) O desenvolvimento de experiências que só servem para cada profissional do ensino.(C) O desenvolvimento de atividades pragmáticas que centram o ensino em atividades descontextualizadas.(D) Visões distorcidas do mundo do trabalho.(E) Novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos positivos na cognição dos estudantes. 12.  Os pedagogos e demais profissionais e pessoas que circulam na escola pública devem considerar, segundo Paulo Freire, a importância das relações entre educador e educando, entre autoridade e liberdade, entre pais, mães, filhos e filhas o que contribui para a: (A) Reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia.(B) Elaboração do calendário escolar que marca as lições de vida e deve inibir as liberdades dos alunos na avaliação da escola.(C) Elaboração de um regimento escolar apenas por quem entende de legislação de ensino.(D) Elaboração das diretrizes escolares por pessoas que detém o saber pedagógico e encontram-se fora de sala de aula.(E) Produção de documentos e registros escolares exclusivamente pelos pedagogos. 13.  De acordo com a Pedagogia defendida por Paulo Freire, a autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada. É nesse sentido que os pedagogos devem estimular reflexões centradas em experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade, o que pressupõe: (A) Experiências respeitosas da liberdade.(B) O receio às críticas mesmo construtivas.(C) A espera para saber onde as pessoas podem ir e em seguida mostrar o caminho certo.(D) A licenciosidade que hipertrofia a decisão coletiva.(E) O espontaneísmo.  14.  A pedagoga Cláudia respalda a sua prática na Pedagogia da Autonomia coordena o planejamento escolar lembrando a necessidade de elevar os índices de aprendizagem do/as alunos/as e a importância das ferramentas básicas para que eles/elas circulem na sociedade letrada. Reconhece a importância dos saberes e dos conhecimentos de experiência que chegam à escola. Nesse sentido o saber ingênuo deve ser: (A) Preservado.(B) Considerado como produto final do ensino e aprendizagem escolar.(C) Superado pelo saber produzido através do exercício da curiosidade epistemológica.(D) Considerado como ponto de partida e de chegada na aprendizagem assistemática escolar.(E) Motivo de exclusão no processo de ensinar e aprender. 15. O pedagogo Joaquim dá testemunho de respeito ao seu aluno pelo exercício cotidiano de responsabilidade, pontualidade, assiduidade e cumprimento dos seus deveres como educador. Segundo Paulo Freire as características dessa prática pedagógica docente especificamente humana é: (A) Incoerente pela realidade educacional e antiética.(B) Profundamente formadora, por isso, ética.(C) Esteticamente assistemática.(D) Espontânea e assistencialista.(E) Assistemática e escapa ao juízo que dele fazem os alunos. 16.  Segundo Paulo Freire os homens e mulheres são os únicos seres que socialmente são capazes de aprender. Assim toda prática educativa demanda processos interativos que favorecem: (A) A constatação que para mudar, é necessárias práticas assistemáticas.(B) O espírito negativo e o fechamento ao risco.(C) A construção, reconstrução, a constatação que para mudar é necessária abertura ao risco.(D) O nível de adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.(E) A construção dos saberes do senso comum e a constatação que para mudar é necessário apenas do mérito individual.

CORRETA  (A) Apenas I e III estão corretas(B) Apenas I, II e IV estão corretas(C) Apenas II, III e IV estão corretas(D) Todas estão corretas  07.São princípios da educação libertadora (Paulo Freire) EXCETO: (A) Acreditar na igualdade fundamental entre os seres humanos, independentemente de quaisquer diferenças.(B) Buscar a transformação social, constituindo-se como meio de contribuir para a justiça social e para a participação.(C)Conceber a participação como um processo que favoreça cada vez mais a centralização das decisões tendo em vista a unidade institucional.(D) Organizar-se como um processo em que as pessoas sejam sujeitos de sua própria formação. 

CORRETA  (C)Conceber a participação como um processo que favoreça cada vez mais a centralização das decisões tendo em vista a unidade institucional. 08. “Não há docência sem discência”. Em seu texto, Freire (2000) discute a importância de uma reflexão envolvendo a formação docente e a prática educativo-crítica em favor da autonomia dos educandos. Avalie as afirmativas abaixo:  I. A temática abordada incorpora a análise de saberes fundamentais, apresentando elementos constitutivos para a compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana.  II. A tarefa do educador não se resume apenas em ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar certo, exigindo rigorosidade metódica. Ensinar, aprender e pesquisar envolvem dois momentos do ciclo gnosiológico.   

III. O ato de ensinar exige a corporeificação das palavras através do exemplo. Uma vez que, não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o re-diz em lugar de desdizê-lo.

IV. Na formação permanente dos professores, ensinar exige reflexão crítica a respeito da prática, é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. Verifica-se que estão CORRETAS as afirmativas:

(A)Apenas I, II e III(B)Apenas I, II(C)Apenas I, II e IV(D)Todas estão corretas 

CORRETA

(D) Todas estão corretas

 09.  Leia atentamente o trecho extraído do livro “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”:

O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendê-lo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos mesmo remotos de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro.

A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes, como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes.

FREIRE, 2000, P. 23 e 24O texto acima permite analisar que:(A)Ensinar é um processo que pode tornar o aprendiz mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e se desenvolve o que pode ser chamado de “curiosidade epistemológica.(B)Existe uma relação entre o ato de ensinar e a prática de cozinhar, mostrando que o professor precisa diversificar sua prática, promovendo atividades fora do ambiente escolar.(C)Na prática pedagógica, é importante estabelecer atividades que relacionem com o cotidiano dos alunos, utilizando receitas familiares e atraentes.

(D) Com o objetivo de criar “espaços inovadores”, cabe aos professores utilizarem com frequência todo o espaço escolar.

CORRETA

(A)Ensinar é um processo que pode tornar o aprendiz mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e se desenvolve o que pode ser chamado de “curiosidade epistemológica.

 

10. Segundo Paulo Freire ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Assim o clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente deve contribuir para: (A) Reforçar o autoritarismo na escola pública.(B) Reforçar o medo que os pais tem dos professores e os conduz a afastar-se da escola.(C) Os alunos reagirem negativamente ao exercício do comando.(D) Fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico.(E) Estabelecer na escola o mandonismo que tolhe a criatividade do educando. 

CORRETA

(D) Fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico. 11.  A escola X vem trabalhando na construção coletiva do PPP escolar que tem como base a Pedagogia da Autonomia. Um dos pontos elencados e operacionalizados pelo grupo foi a formação continuada dos docentes, partindo do entendimento de ser essa a forma de favorecer:  (A) Uma prática pedagógica neutra que reflete positivamente no meio social.(B) O desenvolvimento de experiências que só servem para cada profissional do ensino.(C) O desenvolvimento de atividades pragmáticas que centram o ensino em atividades descontextualizadas.(D) Visões distorcidas do mundo do trabalho.(E) Novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos positivos na cognição dos estudantes. 

CORRETA

(E) Novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos positivos na cognição dos estudantes. 12.  Os pedagogos e demais profissionais e pessoas que circulam na escola pública devem considerar, segundo Paulo Freire, a importância das relações entre educador e educando, entre autoridade e liberdade, entre pais, mães, filhos e filhas o que contribui para a: (A) Reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia.(B) Elaboração do calendário escolar que marca as lições de vida e deve inibir as liberdades dos alunos na avaliação da escola.(C) Elaboração de um regimento escolar apenas por quem entende de legislação de ensino.

(D) Elaboração das diretrizes escolares por pessoas que detém o saber pedagógico e encontram-se fora de sala de aula.(E) Produção de documentos e registros escolares exclusivamente pelos pedagogos. CORRETA  (A) Experiências respeitosas da liberdade.(B) O receio às críticas mesmo construtivas.(C) A espera para saber onde as pessoas podem ir e em seguida mostrar o caminho certo.(D) A licenciosidade que hipertrofia a decisão coletiva.(E) O espontaneísmo.  

* Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante intelectual do século XVIII.

* Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia.

* Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração.

* O indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e daqueles que o rodeiam.

* Em certo sentido refere-se a uma preocupação constante com o mundo das aparências, do orgulho, da busca por reconhecimento e status.

* Acreditava que seria possível se pensar numa sociedade ideal, tendo assim sua ideologia refletida na concepção da Revolução Francesa ao final do século XVIII.

Jean Jacques Rousseau

* Como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade?

* Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.

* Rosseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas.

* Em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes.

* Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos.

* No contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos.

* Um ponto fundamental em sua obra está na afirmação de que a propriedade privada seria a origem da desigualdade entre os homens, sendo que alguns teriam usurpado outros.

* A origem da propriedade privada estaria ligada à formação da sociedade civil.

* O homem começa a ter uma preocupação com a aparência. Na vida em sociedade, ser e parecer tornam-se duas coisas distintas.

* Rousseau não foi uma pessoa estudada, mas conseguiu mostrar com sua vida e experiências algumas formas de entender como se ensina e como se aprende.

* Reconhecia possibilidades, imaginando caminhos e esclarecendo as falhas no ato de reproduzir, repassar e ensinar algo.

* Politizou a educação quando entendeu que todos tem que saber igualmente sobre tudo.

* Frizava bastante a desigualdade como um problema político e social. O que vemos nos dias de hoje.

* A Educação como forma de se tornar ideal, adequada e moderna resgatando valores ainda não resgatados.

* Sua proposta teve interesse tanto pedagógico quanto político, pois propunha tanto uma pedagogia da política, quanto uma política de pedagogia.

* Um dos instrumentos essenciais de sua pedagogia é o da educação natural. Voltar a unir natureza e humanidade.

* A família, vista como um reflexo do Estado é outro dos elementos centrais de sua pedagogia.

* Rousseau via a infância como um momento onde se vê, se pensa e se sente o mundo de um modo próprio.

* Para ele a ação do educador, neste momento, deve ser uma ação natural, que leve em consideração as peculiaridades da infância, a ingenuidade e a inconsciência” que marcam a falta da razão adulta.

* A função social da educação para Rousseau propõem a liberação do indivíduo, a exaltação da atividade criadora.

* Servia para ele como fonte de liberdade de ação consciente e implacável da criação do homem em relação ao aprender.

* A sociedade para ele limitava a todos com seus hábitos, formatos e modelos de cada um ser como é cada um.

* A sociedade profunda: marido, só marido, cidadão, só cidadão, patriota, só patriota e que criança sempre seria inocente sem saber de nada, ingênua e “boba”.

* Previa os papéis das pessoas em sociedade. Preocupava com a educação sem a previsão de quem educa, sem rótulos, sem barreiras, daí uma educação voltada para a espontaneidade e o prazer de viver a partir dos interesses e individualidades de cada um.

* Jean Jacques Rousseau; ”Introduziu a concepção de que a criança era um ser com características próprias em suas ideias e interesses e desse modo não mais podia ser vista como um adulto em miniatura”.

* Causou um impacto grande às pessoas e a educação infantil daquela época, pois acreditava que a educação inicial não era uma educação para a vida, pois era mutável a cada dia e em cada fase da vida possuía características únicas, individuais.

* Jean Jacques Rousseau; “A educação não vem de fora, é a expressão livre da criança no seu contato com a natureza”.

Sendo assim, o uso da memória em demasia, a disciplina rigorosa e outros não faziam sentido.

* O pegar, o contato, o envolvimento da criança com o canto, a massa, a terra, a geometria e outros estaria envolvendo a criança no caminho do aprender e do seu relacionamento com a vida.

* Daí a função de educar a partir dos interesses dados pela natureza do educar.

* O papel do professor seria bem mais específico que apenas oferecer conhecimento, mas iniciar um processo de humanização, de valorização do ser humano, onde ele possa reconhecer o seu aprendizado como uma prática na sua vida, no seu viver.

CURRÍCULO

CURRÍCULO

1.O QUE É CURRÍCULO?

Em sentido restrito currículo escolar é o conjunto de matérias a serem ministradas em determinado curso ou grau de ensino.

De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades desenvolvidas dentro da escola.

São atividades que correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é, estão a serviço de um projeto educacional.

A seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade.

A escola tem função social que é o compromisso com o conteúdo escolar e com o acesso ao conhecimento sistematizado.

Confere à escola, sem uma linearidade racional, a capacidade de articular conhecimentos do mercado de trabalho, cujas características se expressam nas novas demandas organizacionais e tecnológicas, dando novo significado ao arranjo e dinâmica produtiva.

Organização CURRICULAR e conteúdos

A forma como a escola concebe sua função social, a organização curricular, a gestão escolar e seu próprio Projeto Político-pedagógico esta circunstanciada pelo conjunto das reformas educacionais situadas no contexto político, econômico e social.

O currículo escolar é um produto histórico, resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais.

O currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

As análises mais divulgadas do processo do trabalho escolar tomam por fundamento a função social da escola como instituição transmissora de conhecimentos.

Tanto as abordagens feitas pelo prisma das pedagogias mais tradicionais como as abordagens feitas pelas pedagogias mais progressistas, centram suas questões nas formas de transmissão e apropriação do conhecimento.

A necessidade de se romper com a fragmentação dos conteúdos, no próprio currículo disciplinar, na perspectiva dita “conteudista” do currículo e na lógica do desenvolvimento competências e habilidades cognitivas no lugar de ensinar conteúdos.

O currículo acaba se manifestando nas tensões e contradições entre o caminho que se almeja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto de chegada dele.

Ao se caracterizar neste projeto de escola e de sociedade, o currículo se revela, antes de tudo, no Projeto Político Pedagógico da escola, o qual envolve todas as ações, aspirações e concepções sobre o ato educativo.

O currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas.

Interferem no ato pedagógico determinações internas de caráter estruturais e funcionais, tais como a organização curricular em todos os seus aspectos.

Estão inseridos no currículo aspectos de:

seleção e organização de turmas;

distribuição de espaços e tempos;

organização funcional e hierárquica das relações que se estabelecem no interior do processo;

seleção e organização dos saberes escolares.

Como se constitui um currículo escolar? Sabe-se que o currículo escolar é um dos pontos mais difíceis a serem enfrentados pela escola.

Duas questões podem ser inicialmente levantadas em relação a esse aspecto: Quem define o que e como a escola deve ensinar?

Tradicionalmente, as escolas públicas têm a sua prática pedagógica determinada ou por orientações oriundas das secretarias de educação ou pelos próprios livros didáticos.

Isso resulta em uma prática curricular muito pobre, que não leva em conta nem a experiência trazida pelo próprio professor, nem a trazida pelo aluno, ou mesmo às características da comunidade em que a escola está inserida.

Relacionada a isso, existe uma concepção restrita de currículo, próxima do conceito de programa ou, pior ainda, de uma simples grade curricular, ou de mera listagem dos conteúdos que devem ser tratados.

O currículo abrange tudo o que ocorre na escola: as atividades programadas e desenvolvidas que envolvem a aprendizagem dos conteúdos escolares pelos alunos, na própria escola ou fora dela, e isso precisa ser muito bem pensado na hora de elaborar um projeto político-pedagógico.

É indispensável que a escola se reúna para discutir a concepção atual de currículo que estão expressas nos seguintes documentos:LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação NacionalDiretrizes Curriculares NacionaisParâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

BASE COMUM E PARTE DIVERSIFICADA

De acordo com o artigo 26 da lei nº. 9 394/96, "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".

Trata-se de um conjunto de matérias consideradas obrigatórias para todos os estabelecimentos de ensino fundamental e para todos os alunos dos mesmos.

São aqueles estudos necessários para dar ao educando uma formação geral sólida e abrangente.

No parágrafo 1º do artigo 26, a lei estabelece que:"os currículos (...) devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil".

Sugere como base nacional comum as cinco matérias tradicionalmente consideradas como necessárias e obrigatórias para a formação geral do cidadão.

I - Língua Portuguesa, incluindo a literatura nacional;II – MatemáticaIII - Ciências, destinadas ao estudo do mundo físico e natural;IV - História, especialmente do Brasil;V - Geografia, também especialmente do Brasil.

Os conteúdos que constituem a Base Nacional comum

Cumpre ressaltar que as duas últimas se destinam, conforme a lei, ao conhecimento da realidade social e política.

Tanto a História quanto a Geografia devem priorizar os aspectos sociais e políticos da sociedade, especialmente da sociedade brasileira.

A lei dedica um parágrafo especial (art. 26, § 4) ao ensino da História do Brasil, que deverá "levar em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia".

O povo brasileiro resulta da combinação de três matrizes principais: a indígena, a européia e a africana, que precisam ter igual tratamento por parte da escola.

A base nacional comum vai além das cinco matérias citadas, incluindo mais quatro:

VI - O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Claro que todas as matérias, em maior ou menor grau, promovem o desenvolvimento cultural dos alunos (art. 26, § 2º).

Mas não existe "a arte"; o que há são "artes", como a pintura, a música, a escultura, o teatro, o cinema, etc.

E o ensino da "arte" não se dá em abstrato, e sim por meio de uma determinada arte, e esta está na dependência direta das aptidões dos alunos.

Não é para obrigar todos os alunos a estudar música ou cinema; e, em música, não tem cabimento obrigar todos a estudar flauta, por exemplo.

A lei dispõe que devem ser formadas turmas especiais, independentemente da série em que se encontram os alunos, cada uma delas dedicada ao estudo e à prática de uma determinada arte (art. 24, IV).

VII - A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (art. 26, § 3º).

Temos aqui quatro determinações especiais, que devem ser levadas em conta pelo estabelecimento escolar:

1º a Educação Física deve estar integrada à proposta pedagógica da escola.

2º a Educação Física deve ajustar-se às faixas etárias dos alunos, com exercícios próprios para cada idade;

3º a Educação Física deve ajustar-se às condições da população escolar, incluindo, por exemplo, a possibilidade de que cada grupo de alunos se dedique a exercícios diferentes, de acordo com seus interesses e aptidões;

4º nos cursos noturnos a Educação Física é facultativa, o que constitui um avanço, pois, na legislação anterior, para ser dispensado da Educação Física o estudante precisava apresentar atestado de trabalho.

VIII - Língua Estrangeira Moderna, incluída pela lei na parte diversificada, mas obrigatória, a partir da quinto ano, e cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição (art. 26, § 5º).

Sendo obrigatória a partir do quinto ano, nada impede que o estudo de Língua Estrangeira seja incluído nas séries anteriores, mesmo porque tal estudo será tanto mais eficiente quanto mais cedo começar.

IX - O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis,

Em caráter confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa (art. 33).

Ser interconfessional, quer dizer que não se estuda uma determinada religião, mas o fenômeno religioso ou a religiosidade comum a todas as confissões religiosas.

Observação importante: Nos anos iniciais do ensino fundamental, as matérias devem ser desenvolvidas predominantemente sob a forma de atividades.

PARTE DIVERSIFICADA

A base nacional comum do currículo será complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela (art. 26).

É preciso considerar que, com oito matérias obrigatórias nacionalmente, excluído o ensino religioso, facultativo para os alunos, sobra pouco espaço para a parte diversificada do currículo.

De acordo com o disposto na lei, pressupõe-se que o sistema de ensino deva incluir no currículo matérias de interesse regional, ficando para o estabelecimento escolar a inclusão de conteúdos de interesse local.

Ainda em relação aos conteúdos curriculares da educação básica, a lei (art. 27) estabelece as seguintes diretrizes:

I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática“;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

É através da construção da proposta pedagógica da escola que a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada se integram.

A composição curricular deve buscar a articulação entre os vários aspectos da vida cidadã: a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura, as linguagens com as áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física e Educação Religiosa.