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1 EXERCÍCIO DE 2015 Primeiro Semestre

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EXERCÍCIO DE 2015 – Primeiro Semestre

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Presidente:

Marcos Costa Holanda

Diretores:

Francisco das Chagas Soares Isaías Matos Dantas

Luiz Carlos Everton de Farias Manoel Lucena dos Santos

Romildo Carneiro Rolim Wanger Antonio de Alencar Rocha

Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordest e – Etene

Superintendente: Francisco José Araújo Bezerra

Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação

Gerente do Ambiente: Tibério Rômulo Romão Bernardo

Célula de Avaliação de Políticas e Programas

Gerente Executivo: Marcos Falcão Gonçalves

Revisão Vernacular:

Hermano José Pinho

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Equipe Técnica :

Marcos Falcão Gonçalves – Coordenador

Elizabeth Castelo Branco

Iracy Soares Ribeiro Maciel Jane Mary Gondim de Souza

Luiz Fernando Gonçalves Viana Lorenna Maciel Farias Leandro (Bolsista)

Colaboradores:

Antônio Ricardo de Norões Vidal Carlos Alberto Pinto Barreto Cláudio Pereira Bentemuller

Higo Maciel Melo Jacqueline Nogueira Cambota João Bosco Ximenes Carmo

Leonardo Dias Lima Máximo Antônio Cavalcante Sales

Maria Neidevanya Feitosa Melo

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SUMÁRIO PREFÁCIO ....................................................................................................... 14

1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15

2 – POLÍTICAS REGIONAIS E O DESEMPENHO DA ECONOMIA DO NORDESTE ..................................................................................................... 17

3 – A EXECUÇÃO DO FNE ............................................................................. 22

3.1 – Contratações Setoriais ............................................................................ 27

3.1.1 – Setor Rural ........................................................................................... 28

3.1.1.1 – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)30

3.1.2 – Setor Agroindustrial .............................................................................. 46

3.1.3 – Setor Industrial ..................................................................................... 48

3.1.4 – Setor Turismo ....................................................................................... 50

3.1.5 – Setor Comércio e Serviços ................................................................... 51

3.1.6 – Setor Infraestrutura............................................................................... 53

3.2 – Valores Programados e Valores Realizados ........................................... 54

3.3 – Impactos Redistributivos das Aplicações do FNE ................................... 56

3.3.1 – Contratações por Estado ...................................................................... 56

3.3.2 – Contratações no Semiárido e Fora do Semiárido ................................. 60

3.3.2.1 – Ações Desenvolvidas para Incremento das Aplicações no Semiárido61

3.3.3 – Contratações por Porte de Beneficiário ................................................ 62

3.3.4 – Municípios Atendidos pelo FNE ........................................................... 68

3.4 – Repasses do FNE ................................................................................... 70

3.4.1 – Repasses do FNE a Outras Instituições ............................................... 70

3.5 – Prioridades Definidas pelo Condel/Sudene para a Aplicação do FNE .... 75

3.5.1 – Prioridades Espaciais ........................................................................... 75

3.5.2 – Prioridades Setoriais ............................................................................ 79

3.6 – O FNE no Contexto da PNDR ................................................................. 86

4 – GESTÃO DO ATIVO OPERACIONAL...................................................... 106

4.1 – Inadimplemento das Operações ............................................................ 106

4.2 – Recuperação de Crédito ........................................................................ 108

4.3 – Operações Renegociadas com Base no Art. 15-D, da Lei nº 7.827, de 27.09.1989 146 ............................................................................................. 109

4.4 - Operações Liquidadas/Renegociadas com Base nas Medidas Legais de Regularização de Dívidas (Resoluções CMN nº 4.298, 4.299, 4.314, 4.315, 4.365 e Art. 8º e 9º da Lei 12.844/2013) ........................................................ 110

5 – RESULTADOS DOS ACOMPANHAMENTOS E FISCALIZAÇÕES DOS EMPREENDIMENTOS ................................................................................... 112

5.1 – Síntese das Visitas de Acompanhamento Realizadas no Primeiro Semestre de 2015 .......................................................................................... 112

5.2 – Principais Ocorrências ........................................................................... 113

6 – AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E IMPACTOS DO FNE ........................ 115

6.1 – Síntese dos Indicadores Utilizados na Avaliação de Resultados e Impactos do FNE – Primeiro Semestre de 2015 ............................................ 115

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6.1.1 – Indicadores de Eficácia (Quadros 1 e 2) ............................................ 115

6.1.2 – Indicadores de Efetividade (Quadro 3) ............................................... 117

6.1.3 – Indicadores de Eficiência Operacional (Quadro 4) ............................. 118

6.2 Matriz de Insumo-Produto do Nordeste e Estados – Impacto das Contratações Realizadas pelo FNE no Primeiro Semestre de 2015 .............. 118

6.2.1 Considerações sobre a Matriz de Insumo-Produto ............................... 119

6.2.2 Impactos Socioeconômicos do FNE na Área de Atuação do Banco do Nordeste – Contratações no Primeiro Semestre de 2015 .............................. 122

6.2.2.1 Os Efeitos Transbordamento do FNE................................................. 126

6.2.2.2 Impactos Socioeconômicos Previstos dos Financiamentos do FNE para Mini/Micro, Pequenos, Pequeno-Médio e Médios Empreendimentos na região Nordeste ......................................................................................................... 127

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 129

ANEXOS ........................................................................................................ 134

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LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Evolução do PIB per Capita das Regiões em Relação ao PIB per Capita do

Brasil, 1989 a 2012. ................................................................................................ 19 Gráfico 2 - PIB: Evolução das Taxas de Crescimento Trimestral e Acumulado em

Quatro Trimestres (em %) – 2008.1 a 2015.2. ....................................................... 20

Gráfico 3 - PIB: Evolução das Taxas de Crescimento Trimestral Desagregado pela Ótica da Oferta (em %) – 2013.1 a 2015.2....................................................................... 20

Gráfico 4 - Evolução das Taxas de Crescimento do PIB Trimestral da Bahia, Pernambuco e Ceará - 2014.III a 2015.II. .............................................................. 21

Gráfico 5 – FNE – Ingressos Mensais (R$ Mil) de Recursos – Primeiro Semestre – 2014 e 2015 ..................................................................................................................... 25

Gráfico 6 - Contratação Pronaf - Distribuição por Setor ................................................ 36

Gráfico 7 - Setor Pecuário – Distribuição por Atividade ............................................... 37

Gráfico 8 - Agroamigo – Unidades de Atendimento – Primeiro Semestre de 2015 ...... 39

Gráfico 9 - Agroamigo – Quantidade de Operações Contratadas por Ano .................... 40

Gráfico 10 - Agroamigo – Valores Contratadas por Ano (R$ Mil)................................ 40

Gráfico 11 - Agroamigo – Número de Clientes Ativos por Ano.................................... 41

Gráfico 12 - Agroamigo – Carteira Ativa por Ano (R$ Mil) ......................................... 41

Gráfico 13 – Agroamigo – Distribuição por Setor – Primeiro Semestre de 2015 .......... 42

Gráfico 14 – Agroamigo – Distribuição por Atividade – Pecuária – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................... 42

Gráfico 15 - Agroamigo Crescer – Distribuição por Faixa de Valor Financiado – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 43

Gráfico 16 – Agroamigo Mais – Distribuição por Faixa de Valor Financiado – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 43

Gráfico 17 - Agroamigo Crescer – Distribuição por Prazo Médio................................. 44

Gráfico 18 - Agroamigo Mais – Distribuição por Prazo Médio – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 44

Gráfico 19 – Situação dos Empreendimentos Vistoriados pelo FNE no Primeiro Semestre de 2015, exceto Agroamigo. ................................................................. 113

LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Tipologia de Renda dos Municípios na Área de Atuação do FNE ............... 88

Figura 2 – Mesorregiões na Área de Atuação do FNE ................................................... 97

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Indicadores de Eficácia – Primeiro Semestre de 2015 .............................. 116

Quadro 2 – Indicadores de Eficácia – Contratação por Estado – FNE ......................... 117

Quadro 3 – Indicadores de Efetividade – FNE Primeiro Semestre de 2015 ................ 118

Quadro 4 – Indicadores de Eficiência Operacional ...................................................... 118

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Evolução do PIB Regional e Participação % no PIB do Brasil, 1989-2012 –

em R$ Milhões ....................................................................................................... 17 Tabela 2 - Evolução do PIB per Capita (R$) e Variação (%) - Brasil, Regiões e

Unidades da Federação do Nordeste. ..................................................................... 18

Tabela 3 – FNE – Desempenho Operacional e Propostas em Carteira – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 22

Tabela 4 – FNE – Prospecção de Negócios – Posição: 30.06.2015 ............................... 24

Tabela 5 – FNE – Demonstrativo do Patrimônio Líquido – Posição em 30.06.2015 .... 24

Tabela 6 – FNE – Ingressos Mensais de Recursos – Primeiro Semestre de 2015 ......... 25

Tabela 7 – FNE – Demonstrativo das Variações das Disponibilidades – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 26

Tabela 8 – FNE – Participação Setorial nas Contratações (1) ......................................... 27

Tabela 9 – FNE – Contratações(1) no Setor Rural – Primeiro Semestre de 2015 ........... 28 Tabela 10 – FNE – Setor Rural Contratações(1) Estaduais – Primeiro Semestre de 2015

................................................................................................................................ 30

Tabela 11 – FNE – Contratações (1) no Pronaf – 1º Semestre de 2015 .......................... 35 Tabela 12 – FNE – Contratações (1) no Setor Agroindustrial – Primeiro Semestre de

2015 ........................................................................................................................ 46 Tabela 13 – FNE - Setor Agroindustrial – Contratações(1) Estaduais – Primeiro Semestre

de 2015 ................................................................................................................... 47 Tabela 14 – FNE – Contratações(1) no Setor Industrial – Primeiro Semestre de 2015... 48

Tabela 15 – FNE – Setor Industrial – Contratações(1) Estaduais – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 50

Tabela 16 – FNE – Contratações(1) no Setor Turismo – Primeiro Semestre de 2015 .... 51

Tabela 17 - FNE - Setor Turismo - Contratações(1) Estaduais - Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 51

Tabela 18 – FNE – Contratações(1) por Atividade nos Setores Comércio e Serviços – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 52

Tabela 19 – FNE – Contratações(1) por Estado nos Setores Comércio e Serviços – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 53

Tabela 20 – FNE – Valores Programados e Realizados por Estado – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................... 54

Tabela 21 – FNE – Valores Programados e Realizados por Setor – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 55

Tabela 22 – FNE – Projetos Contratados (¹) nas Mesorregiões PNDR (2) – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 56

Tabela 23 – FNE – Contratações e Demanda de Recursos por Estado – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 57

Tabela 24 – FNE – Contratações(1) Acumuladas por Estado – Período: 1989 ao Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 58

Tabela 25 – FNE – Contratações(1) em Relação ao Número de Beneficiários – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 58

Tabela 26 – FNE – Contratações(1) em Relação à População Residente – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 59

Tabela 27 – FNE – Contratações(1) em Relação ao PIB dos Estados – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................... 60

Tabela 28 – FNE – Contratações(1) por Região – Primeiro Semestre de 2015 ............... 61

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Tabela 29 – FNE – Contratações(1) Acumuladas por Porte de Beneficiários – Período: 1989 ao Primeiro Semestre de 2015 ....................................................................... 63

Tabela 30 – FNE – Beneficiários por Porte e Setor – Primeiro Semestre de 2015 ........ 65

Tabela 31 – FNE – Contratações(1) por Porte dos Beneficiários e Setor – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 67

Tabela 32 – FNE – Distribuição Territorial dos Recursos – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................................ 68

Tabela 33 – FNE – Distribuição Territorial e Setorial dos Recursos – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................... 69

Tabela 34 – FNE – Distribuição Territorial dos Recursos por Faixa de Valor Contratado – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................. 69

Tabela 35 – FNE – Contratações por Tipo de Município(1) – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................................ 70

Tabela 36 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................................ 71

Tabela 37 – FNE – Bancos Repassadores – Desempenho Operacional – Contratações(1) Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 71

Tabela 38 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações(1) por Atividade no Setor Rural – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................. 72

Tabela 39 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações (1) por Atividade nos Setores Comercial e Serviços – Primeiro Semestre de 2015............................................... 72

Tabela 40 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações(1) por Região – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 72

Tabela 41 – FNE – Bancos Repassadores – Beneficiários por Porte e Setor – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 73

Tabela 42 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações (1) por Porte e Setor do Beneficiário – Primeiro Semestre de 2015 ............................................................. 73

Tabela 43 – FNE – Bancos Repassadores – Saldos Devedores e Inadimplência – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 74

Tabela 44 – FNE – Bancos Repassadores – Distribuição Territorial e Setorial dos Recursos – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................. 74

Tabela 45 – FNE – Bancos Repassadores – Contratações(1) por Município – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 74

Tabela 46 – FNE – Contratações(1) em Arranjos Produtivos Locais – APLs – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 76

Tabela 47 – FNE – Contratações(1) com Mini, Micro e Pequenos Produtores Rurais(2)/Empresas – Primeiro Semestre de 2015................................................... 78

Tabela 48 – FNE – Contratações(1) com Empreendedores Individuais – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 79

Tabela 49 - FNE – Contratações por Atividade no Setor de Infraestrutura – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 79

Tabela 50 – FNE – Projetos Contratados(1) na Indústria Automotiva – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................................................... 80

Tabela 51 – FNE – Projetos Contratados(1) na Indústria Química, Petroquímica e Biocombustíveis – Primeiro Semestre de 2015 ...................................................... 80

Tabela 52 – FNE – Projetos Contratados(1) na Indústria Metal-Mecânica – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 81

Tabela 53 – FNE – Projetos Contratados(1) no Setor da Indústria Extrativa de Minerais – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 82

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Tabela 54 – FNE – Projetos Contratados(1) no Setor da Indústria de Beneficiamento e Transformação de Minerais não Metálicos – Primeiro Semestre de 2015 ............. 82

Tabela 55 – FNE – Projetos Contratados(1) na Agropecuária Irrigada – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 82

Tabela 56 – FNE – Projetos Contratados(1) nas Indústrias de Produtos Alimentares e de Bebidas – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................... 83

Tabela 57 – FNE – Projetos Contratados(1) nas Indústrias de Calçados, Mobiliários e Vestuário e Acessórios – Primeiro Semestre de 2015 ............................................ 84

Tabela 58 – FNE – Projetos Contratados(1) na Indústria de Embalagens – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 85

Tabela 59 – FNE – Projetos Contratados(1) nos Setores Exportadores – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................... 85

Tabela 60 – FNE – Contratações(1) no Segmento de Fármacos, Eletroeletrônica, Biocombustíveis, Informática e Comunicação – Primeiro Semestre de 2015 ....... 86

Tabela 61 – FNE – Contratações(1) por Tipo de Município e Porte (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 89

Tabela 62 – FNE – Contratações(1) por Tipo de Município e Setor (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015 ..................................................................................... 91

Tabela 63 – FNE – Contratações(1) por Tipo de Município e Estado (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................. 92

Tabela 64 – FNE – Contratações(1) por Tipo de Município e Região (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................. 94

Tabela 65 – FNE – Projetos Contratados(1) nas Mesorregiões – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 96

Tabela 66 – FNE – Contratações(1) em Mesorregiões por Porte – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 98

Tabela 67 – FNE – Contratações(1) em Mesorregiões por Estado – Primeiro Semestre de 2015 ........................................................................................................................ 99

Tabela 68 – FNE – Contratações(1) em Mesorregiões – Região Semiárida e Outras Regiões – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................. 100

Tabela 69 – FNE – Contratações(1) em Mesorregiões por Setor – Primeiro Semestre de 2015 ...................................................................................................................... 102

Tabela 70 – FNE – Contratações(1) na RIDE Petrolina-Juazeiro – Por Município – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................... 103

Tabela 71 – FNE – Contratações(1) na RIDE Petrolina-Juazeiro – Por Setor – Primeiro Semestre de 2015 .................................................................................................. 104

Tabela 72 – FNE – Contratações(1) na RIDE Grande Teresina - Timon – Por Município – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................ 104

Tabela 73 – FNE – Contratações(1) na RIDE Grande Teresina - Timon -– Por Setor – Primeiro Semestre de 2015 ................................................................................... 105

Tabela 74 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por porte dos beneficiários (1) – Posição: 30.06.2015 .............................................................................................. 106

Tabela 75 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por setor (1) – Posição: 30.06.2015 . 107

Tabela 76 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por data de contratação(1) – Posição: 30.06.2015 ............................................................................................................ 107

Tabela 77 – FNE – Recuperação de Dívidas (1) – Posição: 30.06.2015 ....................... 108

Tabela 78 – FNE – Liquidações pelo Equivalente Financeiro em 2015 – Resolução 55/2012 do CONDEL – Posição 30.06.2015 ....................................................... 110

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Tabela 79 – FNE – Regularizações de Operações Realizadas em 2015 com Base nas Resoluções CMN nº 4.298, 4.299, 4.314, 4.315, 4.365 e Art. 8º e 9º da Lei 12.844/2013 – Posição 30.06.2015 ....................................................................... 111

Tabela 80 – Repercussões Econômicas das Contratações do FNE – Primeiro Semestre de 2015(1) - R$ Milhões(2) e Empregos em Número de Pessoas ........................... 125

Tabela 81 - Repercussões Econômicas das Contratações do FNE por Porte da Empresa (micro, mini, pequena, pequena-média e média) – Primeiro Semestre de 2015(1) – R$ Milhões(2) e Empregos em Número de Pessoas .............................................. 127

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AGN Agência de Fomento do Rio Grande do Norte Agroamigo Programa de Microfinança Rural do Banco do Nordeste AL Estado de Alagoas APL Arranjo Produtivo Local AR Alta Renda BA Estado da Bahia Bacen Banco Central do Brasil S/A Banese Banco do Estado de Sergipe BDMG Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais Benef. Beneficiamento BNB Banco do Nordeste do Brasil S/A BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BR Baixa Renda CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAPEF Caixa de Previdência dos Funcionários do BNB CAPP Célula de Avaliação de Políticas e Programas do Etene CDB Certificado de Depósito Bancário CDI Certificado de Depósito Interbancário CE Estado do Ceará CIEST Célula de Informações Econômicas, Sociais e Tecnológicas do

Etene CMN Conselho Monetário Nacional Condel Conselho Deliberativo da Sudene DAP Declaração de Aptidão ao Pronaf Desenbahia Agência de Fomento do Estado da Bahia Distrib. Distribuição DMR Dinâmico de Média Renda EMR Estagnado de Média Renda ES Estado do Espírito Santo Etene Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste FCO Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste FNE Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste FNE Agrin Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agroindústria do

Nordeste

FNE EI Programa FNE Empreendedor Individual FNE MPE Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas FNE Proatur Programa de Apoio ao Turismo Regional FNE Proinfra Programa de Financiamento à Infraestrutura Complementar da

Região Nordeste

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FNO Fundo Constitucional de Financiamento do Norte IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal IGP-DI Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna Ind. Indústria Inec Instituto Nordeste Cidadania IO Instituições Operadoras IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados MA Estado do Maranhão MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MG Estado de Minas Gerais MI Ministério da Integração Nacional MIP Matriz de Insumo-Produto MPE Micro e Pequena Empresa NE Nordeste PAC Programa de Aceleração do Crescimento PB Estado da Paraíba PDP Política de Desenvolvimento Produtivo PE Estado de Pernambuco PI Estado do Piauí PIB Produto Interno Bruto PIBpc Produto Interno Bruto per capita PL Patrimônio Líquido PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNCF Programa Nacional de Crédito Fundiário PNDR Política Nacional de Desenvolvimento Regional PNRA Programa Nacional de Reforma Agrária PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Procera Programa de Crédito Especial para Reforma Agrária Process. Processamento Prod. Produtos Pronaf Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar RENAI Rede Nacional de Informações sobre o Investimento RIDE Região Integrada de Desenvolvimento RN Estado do Rio Grande do Norte SE Estado de Sergipe STN Secretaria do Tesouro Nacional Sudene Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste

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UF Unidade da Federação VBP Valor Bruto da Produção

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PREFÁCIO

O Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) encaminha ao Ministério da Integração Nacional e à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) o Relatório de Resultados e Impactos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), referente ao primeiro semestre do ano de 2015.

Além de informações sobre a execução do Fundo, este Relatório traz os resultados e impactos do FNE, objetos das avaliações concluídas no mesmo período. Estas avaliações foram realizadas em conformidade com a Metodologia de Avaliação do FNE, desenvolvida pelo BNB.

O BNB contratou, desde o início da operacionalização do FNE, em 1989, até junho de 2015, o montante de R$ 161,5 bilhões1. Apenas no Primeiro Semestre de 2015 foram aproximadamente R$ 5,0 bilhões em contratações. Tais financiamentos foram direcionados a empreendimentos predominantemente de mini, pequeno e médio portes dos setores rural, industrial e agroindustrial, comércio e serviços, turismo e de infraestrutura localizados nos onze estados da área de atuação do FNE.

Diante da magnitude dos recursos aplicados, da abrangência espacial da ação e da natureza de política pública que assumem as operações no âmbito do FNE, ressalta-se a importância da elaboração deste Relatório. Ele permite dar transparência à execução das ações, monitorar e avaliar sistematicamente o desempenho operacional e, à luz dos resultados alcançados, rever continuamente o processo de financiamento, sob a perspectiva da conjuntura socioeconômica da Região Nordeste.

Assim, espera-se que este Relatório seja um instrumento que contribua para o aperfeiçoamento do processo de financiamento produtivo, no âmbito do FNE, com foco na geração de emprego e renda.

Francisco José Araújo Bezerra Superintendente do ETENE

1 Exercícios de 1989 a 1990 - valores atualizados pelo BTN até 31.12.1990 e, em seguida, pelo IGP-DI, até 31.12.1995. Exercício de 1991 - valores atualizados pelo US$ (comercial venda) até 31.12.1991. Exercícios de 1992 em diante - valores atualizados pelo IGP-DI, até 30.06.2014.

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1 – INTRODUÇÃO

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi criado através do artigo 159 da Constituição Federal de 1988 e regulamentado por força da Lei nº 7.827, de 27.09.1989, tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social de sua área de atuação.

O presente Relatório mostra os principais resultados e impactos do FNE no primeiro semestre de 2015, tendo por base as contratações realizadas nesse período.

Os financiamentos com recursos do FNE, no período considerado, alcançaram o montante de R$ 5,0 bilhões, por meio da contratação de 250.623 operações de crédito produtivo.

Em termos de demanda por recursos, ao final do primeiro semestre de 2015, o estoque das propostas em carteira somava R$ 1,9 bilhão e havia, ainda, um montante de R$ 3,5 bilhões em negócios prospectados.

Setorialmente, os recursos do FNE foram distribuídos da seguinte forma: as atividades relacionadas ao meio rural absorveram R$ 2,6 bilhões ou 52,8% do total contratado pelo FNE no período. O Setor Comércio e Serviços obteve R$ 1,3 bilhão, equivalente a 26,3% do total contratado, seguido pelo Setor Industrial, no qual foi contratado o montante de R$ 430,9 milhões (8,6% do total contratado). No Setor de Infraestrutura foram contratados R$ 370,6 milhões, equivalentes a 7,4% do total contrato. No Setor de Turismo, as contratações atingiram o montante de R$ 184,5 milhões (3,7% do total contratado) e no Setor Agroindustrial, somaram R$ 57,2 milhões, o que corresponde, aproximadamente, a 1,1% do total contratado pelo FNE, neste mesmo período.

No que se refere à distribuição por região climática, as contratações no semiárido totalizaram, aproximadamente, R$ 1,9 bilhão, contemplando cerca de 486,5 mil produtores, agricultores familiares e empreendimentos nesse território do Nordeste.

Os mini/micro, os pequenos e os pequeno-médios empreendimentos receberam recursos da ordem de R$ 3,2 bilhões, atendendo a mais de 735 mil beneficiários do FNE, no período.

À agricultura familiar, por meio do Pronaf, foram destinados recursos do FNE no total de R$ 1,2 bilhão. Esses financiamentos beneficiaram quase 700 mil pessoas, no âmbito desse Programa.

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O FNE contratou recursos em todos os 1.991 municípios da área de abrangência do Fundo, cobrindo todos os estados de sua área de atuação (nove estados do Nordeste e regiões Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo), no primeiro semestre de 2015.

Utilizando-se a Matriz de Insumo-Produto, infere-se que as contratações realizadas neste período, no âmbito do FNE, possam gerar para a Região, por meio de efeitos diretos, indiretos e de renda, acréscimo de produção bruta regional de aproximadamente R$ 10,3 bilhões; valor adicionado estimado em R$ 6,1 bilhões; geração e manutenção de, aproximadamente, 540 mil ocupações (considerando-se empregos diretos, indiretos e induzidos); pagamento de salários por volta de R$ 1,8 bilhão e geração de impostos estimada em R$ 775,6 milhões. Ressalta-se que os impactos acima não consideram os efeitos de transbordamento refletidos pelo Fundo.

O presente Relatório está dividido em seis capítulos. Esta Introdução faz uma síntese dos principais resultados das contratações do FNE no período analisado.

O segundo capítulo, Políticas Regionais e o Desempenho da Economia do Nordeste, apresenta um panorama da economia nordestina, que contextualiza e subsidia a compreensão da dinâmica do FNE.

A Execução do FNE , no terceiro capítulo, discrimina os financiamentos produtivos do Fundo, analisando-os em consonância com os setores da economia, com os estados da federação de sua área de atuação, com as regiões climáticas (no semiárido e fora do semiárido), com o porte dos empreendimentos, com as mesorregiões, conforme as tipologias definidas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), bem como com as prioridades estabelecidas pelo Ministério da Integração Nacional.

O quarto capitulo, sobre a Gestão do Ativo Operacional, analisa o comportamento da adimplência do FNE no período e o processo de gerenciamento de crédito, enquanto o capítulo seguinte, Resultado dos Acompanhamentos e Fiscalizações dos Empreendimentos Financiados, faz uma síntese das vistorias realizadas ao longo do primeiro semestre de 2014, explicitando as principais ações e ocorrências.

Finalizando, o sexto capítulo, Avaliação dos Resultados e Impactos do FNE, apresenta os indicadores de desempenho utilizados, bem como faz uma análise das externalidades provocadas pelos investimentos financiados na economia regional e brasileira, utilizando-se como instrumento a Matriz de Insumo-Produto Regional.

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2 – POLÍTICAS REGIONAIS E O DESEMPENHO DA ECONOMIA DO NORDESTE

A Constituição de 1988 incorporou diversos dispositivos a respeito da redução das disparidades de renda regional, incluindo, a criação dos fundos constitucionais – FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte), FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para fomentar a atividade econômica em regiões menos desenvolvidas.

Esses fundos representam os principais instrumentos de promoção e financiamento de atividades intrínsecas à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) instituída por meio do Decreto nº 6.047, de 2007. Desde 2013, essa política tem sido objeto de discussões em nível nacional e estadual, o que resultou em uma proposta de projeto de Lei para a criação de uma Nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional, cujo principal avanço reside na criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) destinado ao financiamento dos governos estaduais e das prefeituras. Tal fundo permitirá que diversos municípios pequenos se consorciem para captar recursos, possibilitando uma melhor distribuição de atividades produtivas e de infraestrutura dentro do território nacional, uma vez que os fundos existentes na política atual atendem apenas a empresas privadas.

Os resultados desses esforços podem ser observados na redução da desconcentração espacial do PIB do Brasil dentro do território nacional entre 1989 e 2012. Nesse período, diminuiu a participação da região Sudeste na atividade econômica do País em favor das demais regiões (Tabela 1). A despeito de a região Sudeste permanecer concentrando a maior parte da produção do País, sua participação no PIB nacional foi reduzida de 62,5%, em 1989, para 55,2%, em 2012. Por outro lado, a participação da região Nordeste passou de 11,0%, em 1989, para 13,6%, em 2012. Essa mudança na participação relativa entre as regiões sinaliza um processo de redução das desigualdades interregionais no que se refere à distribuição da produção.

Tabela 1 – Evolução do PIB Regional e Participação % no PIB do Brasil, 1989-2012 – em R$ Milhões

Brasil e Regiões 1989 Participação (%) 2012 Participação (%)Região Centro-Oeste 152.457,10 7,3 382.000,27 9,8Região Norte 81.268,11 3,9 205.333,26 5,3Região Nordeste 228.072,74 11,0 528.352,23 13,6Região Sul 317.116,93 15,3 630.829,39 16,2Região Sudeste 1.297.689,71 62,5 2.151.103,74 55,2Brasil 2.076.604,59 100,0 3.897.619,78 100,0Fonte: Elaboração própria a partir dos dados das Contas Regionais do Brasil (IBGE). Obs.: Valores constantes a preços de 2010 (com base no deflator implícito do PIB).

Para a análise da evolução do desenvolvimento regional, os dados do

PIB per capita representam um bom indicador-síntese do nível de desenvolvimento relativo de uma localidade geográfica (país, região, estado ou

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município), uma vez que essa medida mostra o quanto da produção está sendo apropriada pela população residente de uma localidade. Nesse sentido, esse indicador mostra que houve melhora relativa no bem-estar da população nesse período. Na Tabela 2, observa-se que todas as regiões brasileiras tiveram crescimento real do PIB per capita entre 1989 e 2012, tendo a região Nordeste registrado o maior crescimento relativo (80,71%). Destaca-se, ainda, o crescimento de alguns estados em relação à média do Nordeste: Rio Grande do Norte (111,23%), Ceará (100,84%), Bahia (87,18%) e Pernambuco (85,92%).

Tabela 2 - Evolução do PIB per Capita (R$) e Variaç ão (%) - Brasil, Regiões e Unidades da Federação do Nordeste.

Região 1989 2012 Variação %Brasil 14.301,00 20.096,33 40,52Região Centro-Oeste 16.437,27 26.483,77 61,12Região Norte 8.265,59 12.583,11 52,23Região Sul 14.447,80 22.747,64 57,45Região Sudeste 20.896,73 26.372,57 26,20Região Nordeste 5.423,79 9.801,16 80,71Alagoas 5.771,64 8.282,65 43,51Bahia 5.609,76 10.500,21 87,18Ceará 4.627,59 9.294,03 100,84Maranhão 4.702,63 7.774,08 65,31Paraíba 5.037,41 9.008,95 78,84Pernambuco 6.271,02 11.659,31 85,92Piauí 4.178,16 7.221,37 72,84Rio Gde do Norte 5.146,29 10.870,38 111,23Sergipe 8.532,04 11.696,98 37,09 Fonte: Elaboração própria a partir das Contas Regionais do Brasil (IBGE). Obs.: Valores constantes a preços de 2010 (com base no deflator implícito do PIB).

A melhora relativa na desigualdade de renda regional entre 1989 e 2012

pode ser percebida pelo crescimento da relação entre os PIBs per capita das diversas regiões e aquele encontrado como média nacional (Gráfico 1). Isso fica ainda mais evidente quando se examina esse indicador para a região Nordeste, onde essa relação passa de 0,38, em 1989, para 0,49, em 2012. A despeito da melhora nesse indicador, a região Nordeste permanece como a mais desfavorecida em termos de apropriação de bem-estar econômico (Gráfico 1).

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Gráfico 1 – Evolução do PIB per Capita das Regiões em Relação ao PIB per Capita do Brasil, 1989 a 2012.

Fonte: Elaboração própria a partir das Contas Regionais do Brasil (IBGE).

Outro aspecto que deve ser considerado são os rebatimentos sobre a economia do Nordeste do quadro recessivo que vem caracterizando a economia brasileira desde o segundo trimestre de 2014.

A análise da trajetória das taxas de variação de um período recente (2008.1 a 2015.2) mostra que a quinta queda consecutiva do PIB na comparação com mesmo trimestre do ano anterior, superou o recorde anterior, quando a queda no PIB atingiu os três primeiros trimestres de 2009 no auge da crise financeira internacional (Gráfico 2). Na comparação da variação acumulada em quatro trimestres, também se observa perda de dinamismo da economia brasileira, que, após iniciar 2014 com crescimento de 2,8% teve desaceleração nos três trimestres seguintes. Nessa base de comparação, o PIB registrou queda de -0,9% e -1,2%, no primeiro e segundo trimestre de 2015, respectivamente (Gráfico 2).

1,15 1,181,181,201,201,181,161,161,171,191,221,211,241,26 1,281,281,291,271,261,271,301,26 1,291,32

0,580,590,590,580,590,580,590,600,600,600,600,600,610,62

0,640,650,670,670,660,660,650,640,640,63

1,011,051,04

1,121,141,131,131,141,151,161,17

1,171,201,191,20 1,20

1,151,151,161,141,141,151,131,13

1,461,421,42

1,371,361,371,361,361,351,341,33

1,331,321,311,301,291,301,301,311,32 1,311,311,321,31

0,380,410,420,44 0,440,450,450,450,460,460,460,460,460,46 0,470,47 0,480,490,47

0,480,480,480,480,49

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011

Região Centro-Oeste Região Norte Região Sul

Região Sudeste Região Nordeste

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Gráfico 2 - PIB: Evolução das Taxas de Crescimento Trimestral e Acumulado em Quatro Trimestres (em %) – 2008.1 a 20 15.2.

Fonte: Contas Nacionais Trimestrais (IBGE). Elaboração: BNB – Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação.

Tal situação está sendo influenciada, pelo lado da oferta, principalmente pelo recuo da formação bruta de capital, que tem apresentado retração há oito trimestres consecutivos (2013.I e 2015.II), conforme verificado no Gráfico 3.

Gráfico 3 - PIB: Evolução das Taxas de Crescimento Trimestral Desagregado pela Ótica da Oferta (em %) – 2013.1 a 2015.2.

0,20

1,200,40

-0,30

0,60

-0,40

0,200,80

-1,50-2,10

-0,40

1,60

0,70 0,90

-0,50

0,40 0,70

-0,90-1,50

0,70

2,40

4,80

-0,80

-1,70-1,10

-2,80

-0,50

-1,80-2,40

-8,10

-10,00

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

2013.I 2013.II 2013.III 2013.IV 2014.I 2014.II 2014.III 2014.IV 2015.I 2015.II

CONS. DAS FAMÍLIAS CONS. GOVERNO INVESTIMENTOS

Fonte: Contas Nacionais Trimestrais (IBGE). Elaboração: BNB – Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação.

6,16,36,9

0,9

-2,6-2,3-1,3

5,3

9,28,6

7,0

5,85,2

4,6

3,4

2,5

1,60,8

2,32,32,6

3,92,42,1

2,7

-1,2-0,6-0,2-1,6

-2,6

6,26,2

6,5

5,0

2,9

0,7

-1,3-0,2

2,6

5,3

7,5 7,6

6,6

5,6

4,7

3,9

3,0

2,1 1,81,82,0

2,82,82,7 2,8

1,5

0,7

0,1

-0,9-1,2

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,02

00

8.1

20

08

.2

20

08

.3

20

08

.4

20

09

.1

20

09

.2

20

09

.3

20

09

.4

20

10

.1

20

10

.2

20

10

.3

20

10

.4

20

11

.1

20

11

.2

20

11

.3

20

11

.4

20

12

.1

20

12

.2

20

12

.3

20

12

.4

20

13

.1

20

13

.2

20

13

.3

20

13

.4

20

14

.1

20

14

.2

20

14

.3

20

14

.4

20

15

.1

20

15

.2

Contra o mesmo trimestre do ano anterior Acumulada em 4 meses

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As estimativas do PIB trimestral das três maiores economias do Nordeste (Bahia, Pernambuco e Ceará)2 tiveram, segundo seus Institutos de Planejamento, desempenho bem acima do observado para a economia brasileira em 2014, entretanto, no primeiro semestre de 2015, essas economias começam a perder dinamismo acompanhando a economia brasileira na queda da taxa de crescimento do PIB trimestral (Gráfico 4).

Gráfico 4 - Evolução das Taxas de Crescimento do PI B Trimestral da Bahia, Pernambuco e Ceará - 2014.III a 2015.II.

Fonte: IBGE, SEI, CONDEPE/FIDEM e IPECE. Elaboração: BNB – Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação.

A contribuição apresentada nas últimas décadas para a redução das desigualdades regionais, associada à perda de dinamismo da economia do Nordeste reforça a necessidade de continuidade e de fortalecimento das políticas de desenvolvimento regional como forma de atenuar as disparidades de renda entre as regiões, bem como de aumentar o nível de bem-estar das populações das regiões menos desenvolvidas.

2 De acordo com as Contas Regionais do Brasil, os PIBs da Bahia, Pernambuco e Ceará representavam aproximadamente 63,0% do PIB da região Nordeste em 2012.

-0,6-0,2

-1,6

-2,6-2,1

0,61,3

-1,0

-1,9-1,5

2,52,0

0,6

-3,5

-1,1

5,6

2,7

1,1

-5,3

-2,1

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

2014.III 2014.IV 2015.I 2015.II Acumulado no

primeiro

semestre de 2015

Brasil Bahia Pernambuco Ceará

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3 – A EXECUÇÃO DO FNE

As contratações do FNE, no primeiro semestre de 2015, somaram R$ 5,0 bilhões (Tabela 3), registrando um acréscimo de 24,7% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram contratados aproximadamente R$ 4,0 bilhões.

Observa-se que, do total de beneficiários do FNE no primeiro semestre de 2015 (735,8 mil), 95,9% foram atendidos no âmbito do FNE Setor Rural (705,5 mil), mantendo o mesmo grau de importância verificado no primeiro semestre de 2014. No âmbito do FNE Rural, a quase totalidade dos beneficiários (99,5%) pertence à categoria de mini/micro (702,9 mil). No FNE Setor Industrial 93,7% dos empreendimentos financiados são de mini/micro e pequeno portes (Tabela 30).

O valor total contratado neste período corresponde a 37,6% do valor programado para todo o exercício de 2015, superando a proporção identificada no mesmo período de 2014, quando atingiu 30,6%. É importante ressaltar que em todos os anos verificou-se o atendimento das metas programadas, uma vez que historicamente as contratações ao longo do segundo semestre superam as do primeiro.

Tabela 3 – FNE – Desempenho Operacional e Propostas em Carteira – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Setores e Programas Contratações (1) Valor das

Propostas em Carteira (3)

Nº de Operações

Quant. Benef. (2)

Valor %

RURAL 236.015 705.522 2.638.896 52,8 508.362 FNE Rural - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural do Nordeste

3.932

10.114

1.363.228

27,3

241.631

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF - Grupo A)

1.902

5.694

42.459

0,9

5.961

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF – Grupo B)

215.406

646.129

836.035

16,7

23.129

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF - Demais Grupos)

14.605

43.178

286.222

5,7

22.887

FNE Aquipesca - Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Aquicultura e Pesca

24

50

14.236

0,3

9.783

FNE Verde - Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental

28

82

18.476

0,4

181.198

FNE Irrigação - Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada

118

275

78.240

1,6

23.773

AGROINDUSTRIAL 1.445 4.242 57.212 1,1 206 FNE Agrin - Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agroindústria do Nordeste

19

13

28.121

0,6

206

FNE MPE - Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas

47

97

6.195

0,1

-

FNE Rural - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural do Nordeste

2

2

17.238

0,3

-

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF – Grupo B)

1.350

4.050

5.221

0,1

-

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF - Demais Grupos)

27

80

437

-

-

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23

INDUSTRIAL 1.535 2.961 430.894 8,6 723.199 FNE Industrial - Programa de Apoio ao Setor Industrial do Nordeste

316

244

289.110

5,8

559.531

FNE MPE - Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas

1.218

2.716

134.719

2,7

14.851

FNE Inovação - Programa de Financiamento à Inovação 1

1

7.065

0,1

34.925

FNE Verde - Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental

-

-

-

-

113.892

TURISMO 292 597 184.469 3,7 32.716 FNE Proatur - Programa de Apoio ao Turismo Regional

37

35

151.404

3,0

29.737 FNE MPE - Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas

255

562

33.065

0,7

2.979

INFRAESTRUTURA 2 2 370.615 7,4 - FNE Proinfra - Programa de Financiamento à Infraestrutura Complementar da Região Nordeste

2

2

370.615

7,4

-

COMÉRCIO E SERVIÇOS 11.334 22.496 1.312.495 26,3 590.359 FNE Comércio e Serviços - Programa de Financiamento para os Setores Comercial e de Serviços

1.561

1.368

529.155

10,6

526.201

FNE Verde - Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental

2

6

164

-

-

FNE Inovação - Programa de Financiamento à Inovação 2

2

914

0,0

-

FNE MPE - Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas

9.769

21.120

782.262

15,7

64.158

Total 250.623 735.820 4.994.581 100,0 1.854.842

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB - Ambiente da Administração das Centrais de Crédito. Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, considerando parcelas desembolsadas e a desembolsar, inclusive as operações no âmbito do PROCIR. (2) Considera-se que cada operação no âmbito do Pronaf beneficia, em média, 3 pessoas; no âmbito das cooperativas, 60 pessoas; 40 pessoas no das associações; e 1 pessoa no âmbito de todas as demais categorias/portes. (3) Valor do estoque das propostas em carteira ao final do período.

Com relação à demanda por recursos do Fundo, ao final do primeiro semestre de 2015, o estoque de propostas em carteira (em fase de análise e/ou em fase de contratação) totalizou R$ 1,9 bilhão (Tabela 3).

Além das propostas em carteira, os projetos em negociação registraram uma demanda da ordem de R$ 3,5 bilhões, destacando-se com maiores volumes de prospecções o estado da Bahia (R$ 633,6 milhões) seguido do Espírito Santo (R$ 561,1 milhões) e Ceará (R$ 538,4 milhões). Em conjunto, estes estados apresentaram, até 30.06.2015, volume de negócios prospectados de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, representando 48,9% dos negócios em vias de realização (Tabela 4).

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24

Tabela 4 – FNE – Prospecção de Negócios – Posição: 30.06.2015

Valores em R$ mil

Estados Projetos em Negociação (1) (2)

Alagoas 6.024

Bahia 633.573

Ceará 538.377

Espírito Santo 561.149

Minas Gerais 191.369

Maranhão 35.910

Paraíba 43.600

Pernambuco 465.154

Piauí 68.298

Rio Grande do Norte 155.334

Sergipe -

Extraregionais 844.141

Total 3.542.929

Fonte: BNB – Área de Negócios. Notas: (1) Referem-se a valores a financiar, por projeto, acima de R$ 3,0 milhões; (2) Cartas-Consultas aprovadas, não contratadas.

O patrimônio líquido do Fundo, então de R$ 53,5 bilhões em 31.12.2014, passou para R$ 56,9 bilhões em 30.06.2015, apresentando crescimento nominal de 6,4%. O referido acréscimo de R$ 3,4 bilhões decorreu, basicamente, dos ingressos de recursos oriundos da Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Integração Nacional (Tabelas 5 e 6).

Observa-se, assim, que o volume contratado pelo FNE no primeiro semestre de 2015 (R$ 5,0 bilhões) correspondeu a 141,8% das transferências do STN ao Fundo (R$ 3,5 bilhões), demonstrando sua eficiência operacional.

Tabela 5 – FNE – Demonstrativo do Patrimônio Líquid o – Posição em 30.06.2015

Valores em R$ mil

(1) Até 31.12.2014 53.478.865

. Recebido da STN/Ministério da Integração Nacional 54.813.282

. Resultados Acumulados -1.334.468

. Provisões para Pagamentos a Efetuar 51 (2) No Primeiro Semestre de 2015 3.399.416

. Recebido da STN/Ministério da Integração Nacional 3.520.917

. Resultado do Exercício -107.198

. Ajustes de Resultados de Exercícios Anteriores -14.279

. Provisões para Pagamentos a Efetuar -24 Patrimônio Total em 30.06.2015 (1) + (2) 56.878.281

Fonte: BNB – Ambiente de Controladoria.

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25

Tabela 6 – FNE – Ingressos Mensais de Recursos – Pr imeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Mês Ingressos Ingressos Acumulados

Janeiro 650.560 650.560

Fevereiro 664.096 1.314.656

Março 483.696 1.798.352

Abril 522.036 2.320.388

Maio 641.959 2.962.347

Junho 558.570 3.520.917 Fonte: BNB - Ambiente de Controladoria.

No Gráfico 5, verifica-se que, à exceção do mês de fevereiro, em todos

os outros meses do primeiro semestre de 2015 os repasses mensais de recursos foram maiores que os do mesmo período de 2014, embora com alguma oscilação, mas acompanhando o comportamento do ano anterior. Esses recursos destinados ao FNE ocorrem em função do crescimento da atividade econômica do País e refletem a Política Fiscal adotada pelo Governo Federal.

Gráfico 5 – FNE – Ingressos Mensais (R$ Mil) de Rec ursos – Primeiro Semestre – 2014 e 2015

Fonte: BNB – Ambiente de Controladoria.

O reembolso dos recursos emprestados teve um aumento significativo (36,5%), passando de R$ 3,4 bilhões no primeiro semestre de 2014, para R$ 4,6 bilhões no mesmo período em 2015. As disponibilidades do FNE apresentaram acréscimo, no final do primeiro semestre de 2015, da ordem de 22,9% em relação ao final do exercício de 2014. Mencionadas disponibilidades totalizaram R$ 9,6 bilhões ao final do período em análise, dos quais R$ 3,4 bilhões representados por valores a liberar por conta de operações já

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

2015

2014

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contratadas e R$ 1,5 bilhão para contratação de novos financiamentos (Tabela 7).

Tabela 7 – FNE – Demonstrativo das Variações das Di sponibilidades – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Disponibilidades em 31.12.2014 7.790.705

Disponibilidades para Novas Contratações 1.530.838

Recursos a Liberar por Conta de Financiamentos Contratados 6.259.867

Disponibilidades em 30.06.2015 9.576.463

Disponibilidades para Novas Contratações 3.351.167

Recursos a Liberar por Conta de Financiamentos Contratados 6.225.296

Variação das Disponibilidades 1.785.758

- Transferências da STN/Ministério da Integração Nacional 3.520.917

- Remuneração das Disponibilidades 462.115

- Reembolsos Ops Crédito/Repasses (Líquido Bônus Adimplência) 4.647.022

- Ressarcimento Parcelas de Risco pelo BNB 187.803

- Recebimento de Valores Baixados como Prejuízo 39.813

- Cobertura Ops p/Fundos de Aval 226

- Cobertura de Ops pelo PROAGRO 4.195

- Dispensa/Remissão/Rebate Ops FNE - Lei 12.249 - Ônus BNB 4

- Desembolsos de Ops Crédito/Repasses Outras Instituições -5.590.128

- Taxa de Administração -704.183

- Del credere do BNB - Repasses Lei 7.827 Art. 9º A -19.835

- Del credere do BNB - Demais Operações -578.682

- Del credere Instituições Operadoras -1.765

- Remuneração do BNB sobre Saldos Operações PRONAF -111.493

- Remuneração do BNB sobre Desembolsos Operações PRONAF -26.764

- Prêmio de Desempenho do BNB sobre operações PRONAF -13.463

- Despesa Auditoria Externa -58

- Bônus Adimplência Ops Repasses BNB - Art 9º A Lei 7.827 -5.252

- Dispensa/Remissão/Rebate Ops FNE - Lei 12.249 - Ônus FNE -4.149

- Dispensa/Remissão/Rebate Outras Ops - Lei 12.249 - Ônus FNE -1.294

- Conversão de Ops para o FNE - Lei 10.464/10.696 -1.690

- Reclassificação Ops Outras Fontes para FNE - Lei 11.775 -7.350

- Devolução ao BNB Ops PJ Renegociadas - Parcela Risco BNB -8.052

- Transferência para o BNB Encargos Inadimplência Recebidos -1.136

- Outros Eventos -1.043

Total 1.785.758

Fonte: BNB - Ambiente de Controladoria.

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3.1 – Contratações Setoriais

A retração na demanda por recursos pelo Setor Industrial propiciou uma acentuada mudança na participação setorial nas contratações do FNE, conforme observado na Tabela 8. O Setor Rural, que historicamente representa o maior demandante de recursos do Fundo, ampliou sua participação (52,8%), mesmo acontecendo com o Setor Agroindustrial (1,1%).

Com essa movimentação, o setor Industrial representou 12,3% das contratações do FNE no primeiro semestre de 2015, valor bem abaixo da média histórica.

Tabela 8 – FNE – Participação Setorial nas Contrata ções (1)

Período: 1998 a 30.06.2015

Em %

Exercício Rural Agroindustrial

Industrial/Turismo

Infra-estrutura

Comércio e Serviços Total

1998 84,5 1,4 14,1 - - 100,0

1999 80,2 0,9 18,9 - - 100,0

2000 49,5 0,7 49,8 - - 100,0

2001 35,4 1,2 63,4 - - 100,0

2002 76,4 0,7 14,2 - 8,7 100,0

2003 47,5 0,3 44,9 - 7,3 100,0

2004 25,7 1,2 25,9 21,1 26,1 100,0

2005 51,4 1,0 14,2 19,4 14,0 100,0

2006 48,9 2,5 24,1 11,6 12,9 100,0

2007 45,2 3,3 21,1 16,8 13,6 100,0

2008 29,7 4,2 23,2 25,8 17,1 100,0

2009 28,2 5,1 20,2 25,4 21,1 100,0

2010 40,7 2,9 23,0 8,0 25,4 100,0

2011 38,4 2,3 19,7 15,9 23,6 100,0

2012 40,6 1,1 33,4 2,6 22,3 100,0

2013 38,8 1,2 28,5 1,2 30,3 100,0

2014 40,7 0,3 27,5 - 31,5 100,0

Jun/2015 52,8 1,1 12,3 7,4 26,3 100,0

Fonte: BNB – Ambiente Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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3.1.1 – Setor Rural

As contratações do FNE Setor Rural, no primeiro semestre de 2015, totalizaram de R$ 2,6 bilhões, representando 52,8% do volume de contratações com recursos do FNE (Tabela 9), beneficiando 705.522 produtores (Tabela 30), o que significa 95,9% dos beneficiários do FNE, mantendo proporção semelhante à observada no mesmo período de 2014.

Tabela 9 – FNE – Contratações (1) no Setor Rural – Primeiro Semestre de 2015 Valores em R$ mil

Atividades Valor % Setor % FNE

PECUÁRIA 1.355.706 51,4 27,2 Bovinocultura 952.494 36,2 19,0 Avicultura 73.516 2,8 1,5 Ovinocaprinocultura 182.514 6,9 3,7 Suinocultura 96.199 3,6 1,9 Apicultura 4.559 0,2 0,1 Equinocultura 130 - - Bubalinocultura (Búfalo) 3.173 0,1 0,1 Outras Atividades(2) 43.121 1,6 0,9

AQUICULTURA E PESCA 22.990 0,8 0,4 Carcinicultura 11.324 0,4 0,2 Piscicultura 11.666 0,4 0,2

AGRICULTURA DE SEQUEIRO 1.018.589 38,6 20,3 Grãos 716.314 27,2 14,2 Fibras e Têxteis 138.058 5,2 2,8 Fruticultura 55.029 2,1 1,1 Gramíneas 44.606 1,7 0,9 Raízes e Tubérculos 18.217 0,7 0,4 Bebidas e Fumos 35.403 1,3 0,7 Olericultura 10.512 0,4 0,2 Oleaginosas 447 - - Outras Atividades(3) 3 - -

AGRICULTURA IRRIGADA 167.541 6,4 3,4 Fruticultura 56.752 2,2 1,1 Bebidas e Fumo 31.314 1,2 0,6 Gramíneas 23.270 0,9 0,5 Grãos 28.444 1,1 0,6 Fibras e Têxteis 7.528 0,3 0,2 Olericultura 6.582 0,2 0,1 Raízes e Tubérculos 5.771 0,2 0,1 Flores 160 - - Oleaginosas 333 - - Mudas e Sementes 2.664 0,1 0,1 Especiarias 4.669 0,2 0,1 Outras Atividades(4) 54 - -

OUTRAS ATIVIDADEDS RURAIS 74.070 2,8 1,5 Florestamento e Reflorestamento 706 - - Extração Vegetal 10.449 0,4 0,2 Silvicultura 14.248 0,5 0,3 Atividades não Agrícolas no Rural(5) 48.667 1,9 1,0

Total 2.638.896 100,0 52,8 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Notas: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Outras atividades pecuárias referem-se à avestruz, caça e pesca, com. varejista, criação de animais, cunicultura, microcrédito rural (diversos) e sericicultura. (3)

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Outras atividades agrícolas de sequeiro referem-se a extração vegetal (4) Outras atividades agrícolas irrigadas referem-se a cactáceas. (5) As atividades não agrícolas no rural referem-se a serviços auxiliares a artesanato, com. varejista turístico, ecológico, ind. transformação, serv. aux. agropecuária, extrativismo e silvicultura, dentre outras.

Em consonância com a própria estrutura econômica regional, a bovinocultura segue como a principal atividade financiada no setor Rural, totalizando R$ 952,5 milhões em contratações, respondendo por 36,2% das contratações do Setor Rural e por 19,0% do FNE no período sob análise. Em termos percentuais, a participação da bovinocultura no Setor, no primeiro semestre de 2015, mantém-se em proporção similar à verificada em 2014, o mesmo ocorrendo em relação ao total de recursos contratados pelo FNE no período.

Também merece destaque o financiamento destinado à atividade de Grãos, que somou R$ 744,8 milhões, equivalente a 28,2% do volume de recursos aplicados no Setor Rural e 14,9% do total do FNE (Tabela 9). Essa atividade está concentrada no oeste da Bahia, sul do Maranhão e sudeste do Piauí, na fronteira agrícola nordestina, grande demandante de recursos.

Os financiamentos do FNE Setor Rural dirigidos ao semiárido totalizaram R$ 1,1 bilhão, no fim do primeiro semestre de 2015, montante que representa 60,3% do volume de recursos contratados na região semiárida (R$ 1,9 bilhão). (Tabela 1A)

Os onze estados da área de atuação do Fundo Constitucional receberam recursos do FNE Setor Rural. Assim, dos 1.991 municípios da área de atuação do FNE, 1977 foram beneficiados com recursos do FNE Setor Rural, representando 99,3% dos municípios da área de atuação do Fundo (Tabelas 10 e 33).

Os estados que obtiveram os maiores volumes de recursos do FNE Setor Rural foram Bahia (R$ 802,1 milhões), Piauí (R$ 397,5 milhões) e Maranhão (R$ 390,5 milhões). Juntos, referidos estados obtiveram 60,3% do volume de recursos contratados no Setor Rural (Tabela 10). Os estados da Bahia (101,1%), Paraíba (58,6%) e Minas Gerais (58,6%) foram os que apresentaram maior crescimento na contratação de recursos entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período de 2015.

O estado da Bahia financiou preponderantemente grãos, bovinocultura e fibras e têxteis, entretanto, entre os maiores incrementos, em termos de contratações, destacam-se gramíneas (1.387,4%), grãos (331,9%), avicultura (293,0%) e suinocultura (272,8%)3.

3 Base do Ativo do BNB.

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Tabela 10 – FNE – Setor Rural Contratações (1) Estaduais – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Estado Valor %

Alagoas 83.615 3,2

Bahia 802.122 30,4

Ceará 220.262 8,4

Espírito Santo 24.541 0,9

Maranhão 390.466 14,8

Minas Gerais 204.536 7,8

Paraíba 128.052 4,9

Pernambuco 198.771 7,5

Piauí 397.508 15,1

Rio Grande do Norte 84.351 3,2

Sergipe 104.672 4,0

Total 2.638.896 100,0

Fontes: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entenda-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.1.1.1 – Programa Nacional de Fortalecimento da Ag ricultura Familiar (Pronaf)

O Pronaf foi criado em 1995, inicialmente como uma linha de crédito de custeio e, em 1996, adquiriu características de programa governamental, passando a integrar o Orçamento Geral da União. Criado através do Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996, teve suas normas consolidadas na Resolução nº 2.310, de 29 de agosto de 1996 estando vinculado institucionalmente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

As diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais foram estabelecidas pela Lei no 11.326, de 2006, passando a agricultura familiar a ser reconhecida como segmento produtivo, o que garantiu a institucionalização das políticas públicas para ela voltadas.

O Pronaf tem como finalidade promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a lhes propiciar o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda, por meio do apoio financeiro às atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante o emprego direto da força de trabalho da família produtora rural.

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31

Entendem-se como atividades não agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar.

O público-alvo do Pronaf é classificado por grupos, com especificidades próprias no que se refere às taxas de juros, aos limites de financiamento, ao bônus de adimplência e às finalidades, dentre outros aspectos. Para efeito de classificação dos agricultores familiares nos grupos do Pronaf, são excluídos da composição da renda familiar os benefícios sociais e os proventos da Previdência Rural.

O BNB, na qualidade de principal agente financeiro do Pronaf na Região, operacionaliza o Programa com uma proposta de desenvolvimento rural. Essa proposta tem como objetivo contribuir para melhorar a articulação das ações do Governo Federal, visando criar e fortalecer as condições objetivas para o aumento da capacidade produtiva no meio rural, a melhoria da qualidade de vida desses agricultores e o exercício da cidadania no campo.

Como forma de maximizar suas ações no processo de operacionalização, acompanhamento e orientação técnica aos agentes produtivos, o BNB desenvolve parcerias com empresas públicas e privadas, com destaque para a existente com o MDA.

São discriminadas, abaixo, as modalidades, o público-alvo e as finalidades de crédito de acordo com os grupos classificados pelo Governo Federal:

Pronaf Grupo A – Crédito na modalidade de investimento para agricultores familiares, beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) ou do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) que não foram contemplados com operação de investimento sob a égide do Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária (Procera) ou que ainda não foram contemplados com o limite do crédito de investimento para estruturação no âmbito do Pronaf.

Pronaf Grupo A/C – Refere-se ao crédito de custeio, isolado ou vinculado, a agricultores familiares assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) ou a beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

Microcrédito Produtivo Rural (Pronaf Grupo B) – É a linha de microcrédito estabelecida para combater a pobreza rural. Os recursos de investimentos são destinados a agricultores com renda anual familiar bruta até R$ 20,0 mil. Os créditos destinam-se às atividades agropecuárias e não agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. Nesse contexto, o crédito é utilizado para implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, atividades não agropecuárias como turismo rural, produção de artesanato ou outras atividades compatíveis com o melhor emprego da mão de obra familiar no meio rural. Os

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financiamentos para custeio no Grupo B são permitidos para a aquisição de matérias-primas e outros insumos destinados à produção artesanal, gastos de custeio da atividade de turismo rural e da prestação de serviços no meio rural e com o processo de beneficiamento e industrialização da produção própria.

Pronaf Linha de Crédito para Custeio - É uma linha de custeio rural, isolado ou vinculado para financiamento de atividades agropecuárias e não agropecuárias, de acordo com projetos específicos ou propostas de financiamento, destinada a agricultores que tenham obtido renda bruta familiar nos últimos 12 (doze) meses de produção normal que antecedem a solicitação da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) de até R$ 360,0 mil. Nesse valor, deve estar incluída a renda proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais. As taxas de juros são definidas de acordo com o valor financiado.

Linha de Crédito para Investimento (Mais Alimentos) – É uma linha de investimento destinada a agricultores que tenham obtido renda bruta familiar, nos últimos 12 (doze) meses de produção normal que antecedem a solicitação da DAP, de até R$ 360,0 mil. Nesse valor, deve estar incluída a renda proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais. As taxas de juros são definidas pelo valor financiado. Modalidades Especiais de Crédito:

Custeio do Beneficiamento, Industrialização de Agro indústrias Familiares e de Comercialização da Agricultura Familiar (Prona f Agrinf) – Linha de crédito de apoio financeiro às atividades agropecuárias e não agropecuárias de agricultores familiares, mediante financiamento das necessidades de custeio dos seguintes itens: beneficiamento e industrialização da produção própria e/ou de terceiros, inclusive aquisição de embalagens, rótulos, condimentos, conservantes, adoçantes e outros insumos; formação de estoques de insumos, formação de estoques de matéria-prima, formação de estoque de produto final e serviços de apoio à comercialização, adiantamentos por conta do preço de produtos entregues para venda, financiamento da armazenagem e conservação de produtos para venda futura em melhores condições de mercado.

Crédito de Investimento para Agregação de Renda à A tividade Rural (Pronaf Agroindústria) – Trata-se de crédito de apoio a atividades agropecuárias e não agropecuárias de agricultores familiares, mediante o financiamento de investimentos, inclusive em infraestrutura, que visem ao beneficiamento, ao processamento e à comercialização da produção agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos artesanais e à exploração de turismo rural.

Crédito de Investimento para Silvicultura e Sistema s Agroflorestais (Pronaf Floresta) – Estimula a implantação de projetos de sistemas

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agroflorestais, exploração extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo e manejo florestal, recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas, para o cumprimento de legislação ambiental e enriquecimento de áreas que já apresentam cobertura florestal diversificada, com o plantio de uma ou mais espécies florestais, nativas do bioma.

Crédito de Investimento para Obras Hídricas e Produ ção para Convivência com o Semiárido (Pronaf Semiárido) – Trata-se de investimento em projetos de convivência com o semiárido, focado na sustentabilidade dos agroecossistemas, priorizando projetos de infraestrutura hídrica e implantação, ampliação, recuperação ou modernização das demais infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com projetos de produção e serviços agropecuários e não agropecuários.

Crédito de Investimento para Mulheres (Pronaf Mulhe r) – Linha de crédito dirigida às mulheres agricultoras integrantes de unidades familiares de produção enquadradas no Pronaf, independentemente de sua condição civil. A mesma unidade familiar de produção pode contratar até dois financiamentos ao amparo do Pronaf Mulher.

Crédito de Investimento para Jovens (Pronaf Jovem) – Refere-se à linha de investimento para jovens agricultores familiares maiores de 16 anos e com até 29 anos, que tenham concluído ou estejam cursando o último ano em centros familiares rurais de formação por alternância, que atendam à legislação em vigor para instituições de ensino, ou que tenham concluído ou estejam cursando o último ano em escolas técnicas agrícolas de nível médio ou, ainda, há mais de um ano, curso de ciências agrárias ou veterinária, em instituição de ensino superior que atendam à legislação em vigor para instituições e ensino, ou que tenham participado de cursos de formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) ou do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), ou tenham orientação e acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural reconhecida pela SAF/MDA e pelo Banco. Crédito de Investimento para Agroecologia (Pronaf A groecologia) – Financiamento dos sistemas de produção agroecológicos e/ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento. É destinado à modalidade Pronaf Grupo Renda Variável, Grupo A, Grupo A/C e Grupo B.

Crédito para Investimento em Energia Renovável e Su stentabilidade Ambiental (Pronaf ECO) – Destina-se a investimento para implantação, utilização ou recuperação de tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura, adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo. É destinado à modalidade Pronaf Grupo Renda Variável, Grupo A, Grupo A/C e Grupo B.

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Com o objetivo de manter a boa qualidade no atendimento aos agricultores familiares, o Banco implementou várias ações no primeiro semestre de 2015, dentre as quais se destacam:

• Conclusão do projeto de simplificação e reestruturação dos normativos do Pronaf com criação de título específico, com o objetivo de facilitar as consultas para os usuários;

• Atualização do roteiro de conformidade do Pronaf Grupo B utilizado pelo controle interno;

• Realização do Encontro Estadual dos Gerentes de Negócios Pronaf em todos os estados com o objetivo de discutir os resultados do desempenho das carteiras e alinhar as estratégias para o alcance das metas;

• Participação do II Encontro Nacional do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, promovido pelo Ministério da Pesca e aquicultura (MPA);

• Participação no fórum mensal promovido pelo MDA, para tratar de assuntos do Pronaf, Proagro4 e PGPAF5;

• Realização do Fórum de Gestão com a participação dos Gerentes Executivos Pronaf Estaduais, no âmbito do Banco do Nordeste;

• Participação no Encontro Regional do Nordeste – Reforma Agrária e Crédito Fundiário, em Messejana - Ceará, organizado pelo MDA;

• Participação na elaboração do Plano Safra Pronaf 2015/2016 e implantação das mudanças introduzidas na operacionalização do Pronaf;

• Difusão de informações sobre práticas sustentáveis de produção entre os beneficiários dos programas de microcrédito na área de atuação do Banco;

• Capacitação para técnicos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terras (MST) da região Nordeste sobre elaboração de projetos do Pronaf;

• Formalização de acordos de cooperação com os estados Ceará, Paraíba, Rio Grande do Nordeste e Piauí para prestação de assistência técnica aos agricultores familiares que receberam financiamento;

• Divulgação da matéria O Banco do Nordeste e a Agricultura Familiar no Anuário Brasileiro da Agricultura Familiar 2015;

• Participação no Seminário Internacional de Microfinanças realizado na cidade de Huancayo, no Peru, no mês de abril, com palestra do

4 Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional - CMN. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/proagro. Acesso em 04 set 2015. 5 O Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) garante às famílias agricultoras que acessam o Pronaf Custeio ou o Pronaf Investimento , em caso de baixa de preços no mercado, um desconto no pagamento do financiamento, correspondente à diferença entre o preço de mercado e o preço de garantia do produto. Disponível em: http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-pgpaf/sobre-o-programa. Acesso em 04 set 2015.

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Superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar sobre os 17 anos de atuação do Banco do Nordeste no microcrédito produtivo orientado;

• Realização do Curso de Desenvolvimento em Lideranças de 2015, no Centro Administrativo do Banco, em Fortaleza, direcionado aos Gerentes Executivos Estaduais e Gerentes Estaduais do Agroamigo, no qual foram apresentados conceitos e abordagens sobre liderança e papel do líder como agente de transformação nas organizações;

• Realização de 1.020 “ Agências Itinerantes” pelas unidades do banco que se destinam ao atendimento de agricultores familiares em municípios onde não há agência do Banco do Nordeste, com disponibilização de diversos serviços. Foram atendidos 50.656 agricultores em mais 790 municípios.

A seguir, serão apresentados os resultados alcançados no segmento da agricultura familiar, considerando, inclusive, os resultados do Agroamigo. No primeiro semestre de 2015, o Banco contratou, com recursos do FNE, 233.028 financiamentos, envolvendo o total de R$ 1,2 bilhão de recursos (Tabela 11), dos quais 66,8% foram destinados a financiamentos na região semiárida. Estão incluidas nessas informações as operações realizadas pela metodologia Agroamigo (Microcrédito Rural).

Tabela 11 – FNE – Contratações (1) no Pronaf – 1º Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Grupo Nº de Operações % Valor %

MULHER 400 0,20% 6.250 0,50%

PRONAF A 1.766 0,80% 40.366 3,50%

PRONAF AC 435 0,20% 2.206 0,20%

PRONAF B 216.753 93,00% 841.251 72,10%

PRONAF COMUM 2.836 1,20% 39.575 3,40%

PRONAF OUTROS 133 0,10% 3.055 0,30%

PRONAF MAIS ALIMENTOS 5.316 2,30% 147.318 12,60%

SEMIÁRIDO 5.389 2,30% 87.075 7,50%

Total 233.028 100,0 1.167.096 100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

O Banco aplicou, no período, R$ 810,6 milhões, correspondentes a 23,0% do montante de recursos do FNE transferidos pela União ao Banco (R$ 3,5 bilhões) em cumprimento ao Art. 7º da Lei nº 9.126/95, complementada pela Lei 12.249/2010, que estabelecem a destinação de 10,0% dessa fonte para aplicação no Pronaf Grupo A, Grupo A/C, Pronaf Floresta, Pronaf Agroecologia, Pronaf Eco, Pronaf Semiárido, demais programas Pronaf aplicados na região semiárida, bem como valores correspondentes a obras de

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recuperação e proteção do solo, pagamento de assistência técnica e remuneração da mão de obra pra implantação das atividades.

A distribuição por setor de atividade das contratações Pronaf, conforme o Gráfico 6, mostra um maior percentual de aplicação na pecuária, que representa o setor tradicionalmente mais explorado pelos agricultores familiares.

Gráfico 6 - Contratação Pronaf - Distribuição por Setor

Fonte: BNB - Ambiente de Microfinanças e Agricultura Familiar.

O Gráfico 7 mostra a distribuição, no primeiro semestre de 2015, das aplicações no setor pecuário, verificando-se que a bovinocultura é a atividade mais representativa no total de financiamentos, o que reflete a tendência da ocupação econômica dos agricultores familiares da Região.

%Pecuaria

80,7%81%

%Agricultura

15,8%16%

%Extrativismo e

Silvicultura 1,3%1%%

Outros (Comércio,

Serviços,etc.)2,2%2%

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Gráfico 7 - Setor Pecuário – Distribuição por Ativi dade

Fonte: Ambiente de Microfinanças e Agricultura Familiar.

Na distribuição das contratações por gênero, as mulheres representam 48,0% das contratações no primeiro semestre de 2015. Quanto à carteira ativa, a participação das mulheres está em 40,0%6.

O Programa Agroamigo

O Agroamigo é o Programa de Microcrédito Rural do Banco do Nordeste, idealizado em parceria com o MDA, que visa à concessão de financiamento para a área rural, com metodologia própria de atendimento. Implantado em 2005, é o programa de microcrédito rural produtivo e orientado pioneiro no Brasil, cujos principais objetivos são:

• Orientação para o crédito e acompanhamento;

• Maior agilidade no processo de concessão do crédito;

• Expansão de atendimento aos agricultores familiares; e

• Maior proximidade com os clientes da área rural através do atendimento ao agricultor na sua própria comunidade pelo assessor de microcrédito.

Em relação ao programa Pronaf Grupo B convencional, o Agroamigo apresenta as seguintes inovações operacionais:

• Atendimento ao cliente por profissional especializado, o agente de microcrédito rural;

• Uso de metodologia adequada para as atividades de microcrédito rural;

• Promoção e atendimento no local;

6 Ambiente de Microfinanças e Agricultura Familiar.

SUBSETOR Bovinocultura 70,0% 70,0%

SUBSETOR Ovinocultura 10,0% 10,0%

SUBSETOR Caprinocultura

8,1% 8,1%

SUBSETOR Suinocultura

4,4% 4,4%SUBSETOR

Avicultura 3,8% 3,8%

SUBSETOR Outros 3,7%

3,7%

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• Acompanhamento sistemático;

• Identificação das necessidades financeiras do cliente; e

• Orientação para transformar a agricultura de subsistência em agricultura sustentável.

O agente de microcrédito presta orientação para o crédito e faz o seu acompanhamento. Em geral, o agente tem origem na área de sua atuação, o que traz como vantagens conhecer as potencialidades econômicas locais, comprometimento com o desenvolvimento local, além de inspirar confiança na comunidade.

Em 2012, teve início a operacionalização do Agroamigo Mais, que é a expansão do Agroamigo, idealizado pelo Banco do Nordeste em conjunto com o Governo Federal, passando este a atender, além dos agricultores familiares do Grupo B, os demais grupos de Pronaf, exceto os grupos A e A/C, por meio da metodologia de microcrédito rural orientado e acompanhado, desenvolvida pelo Banco, em propostas de valor até R$ 15 mil, considerando os seguintes aspectos:

• Elevar a qualidade das propostas e planos simplificados de financiamentos Pronaf;

• Permitir elevação da quantidade de financiamentos de custeio;

• Dar maior agilidade no processo de concessão do crédito;

• Permitir acompanhamento sistemático aos empreendimentos financiados;

• Expandir o atendimento à agricultura familiar, com melhoria qualitativa.

• Elevação da adimplência da carteira;

• Proporcionar elevação da renda e melhoria da qualidade de vida dos(as) agricultores(as) familiares e de suas famílias.

A atuação do Agroamigo no primeiro semestre de 2015 abrangeu 201 agências, atendendo a 1.990 municípios do Nordeste brasileiro e Norte de Minas Gerais, contando com 940 Agentes de Crédito, todos eles funcionários do Instituto Nordeste Cidadania (INEC), parceiro na operacionalização do Programa (Gráfico 8).

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Gráfico 8 - Agroamigo – Unidades de Atendimento – P rimeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinanças Rural e Agricultura Familiar.

A concessão de crédito orientado, de forma gradativa e sequencial, possibilita a educação financeira e o fortalecimento econômico do cliente. Aliado a isto, foram simplificados os processos, objetivando promover maior velocidade na aprovação e liberação dos créditos, sem perder de vista os riscos inerentes à concessão de um financiamento.

No período em referência, o Agroamigo, considerados o Crescer e o Mais, contratou 222.219 mil operações em toda a área de atuação do Banco, correspondendo a um montante de R$ 910,8 milhões (Gráficos 9 e 10), com um percentual de 68,5% dos financiamentos concedidos a empreendimentos localizados na região semiárida7.

7 Ambiente de Microfinanças e Agricultura Familiar.

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Gráfico 9 - Agroamigo – Quantidade de Operações Con tratadas por Ano

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar. Nota: O número de 2015 refere-se ao 1º semestre.

Gráfico 10 - Agroamigo – Valores Contratadas por An o (R$ Mil)

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar. Nota: O número de 2015 refere-se ao 1º semestre.

Em 30 de junho de 2015, o Agroamigo (Crescer e Mais) detinha em sua carteira 1.024.176 clientes ativos e aproximadamente R$ 3,1 bilhões aplicados (Gráficos 11 e 12).

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Gráfico 11 - Agroamigo – Número de Clientes Ativos por Ano.

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar. Nota: O número de 2015 refere-se ao 1º semestre.

Gráfico 12 - Agroamigo – Carteira Ativa por Ano (R$ Mil)

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar. Nota: O número de 2015 refere-se ao 1º semestre.

Quanto à distribuição dos recursos por atividade econômica, a carteira ativa na posição de junho de 2015, apresenta a pecuária com 82,0% das contratações do Agroamigo, conforme Gráfico 13.

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Gráfico 13 – Agroamigo – Distribuição por Setor – P rimeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar.

Esse fato pode ser explicado pela própria estrutura econômica da Região, bastante influenciada pela pecuária, em particular a bovinocultura. Quando se analisa o volume de recursos destinados à pecuária, verifica-se que 57,7% foram para bovinocultura, apesar do estímulo à diversificação da carteira. Outras atividades contempladas são a suinocultura (10,1%), a ovinocultura (10,4%), a avicultura (7,5%) e a caprinocultura (6,8%) (Gráfico 14).

Gráfico 14 – Agroamigo – Distribuição por Atividade – Pecuária – Primeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar.

Quanto aos valores financiados pelos clientes do Agroamigo (Crescer e Mais), a estratégia é a concessão de crédito gradual e sequencial, destacando-

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se que, para o Agroamigo Crescer, o maior percentual de operações situa-se entre os valores de R$ 3,0 mil e R$ 4,0 mil, que representa 54,2% das operações contratadas (Gráfico 15 e 16).

Gráfico 15 - Agroamigo Crescer – Distribuição por F aixa de Valor Financiado – Primeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar.

Gráfico 16 – Agroamigo Mais – Distribuição por Faix a de Valor Financiado – Primeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar.

No que tange ao prazo de financiamento, 67,9% das operações do Agroamigo Crescer, possui prazo entre um e dois anos (Gráfico 17).

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Gráfico 17 - Agroamigo Crescer – Distribuição por P razo Médio

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar. Nota: O número de 2015 refere-se ao 1º semestre.

Considerando o Agroamigo Mais, a faixa de prazo mais expressiva situa-se entre oito e dez anos para reembolso (Gráfico 18).

Gráfico 18 - Agroamigo Mais – Distribuição por Praz o Médio – Primeiro Semestre de 2015

Fonte: Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar.

Outra estratégia do Agroamigo é a política de inserção econômica das mulheres. Assim, em 2005, quando o Programa foi criado, o número de financiamentos destinado a mulheres, relativamente à carteira ativa, representava 43% e, em junho de 2015, já somam 47%. Isto representa, nesta data, mais de 480 mil mulheres desenvolvendo atividades produtivas.

No âmbito do Programa Brasil sem Miséria, lançado pelo Governo Federal, o Banco do Nordeste tem atuado, por meio do Agroamigo, proporcionando atendimento aos beneficiários dos programas abaixo citados e de ações integradas com os mesmos, com o objetivo de contribuir para assegurar possibilidades de inclusão produtiva e social, bem como se constituindo em uma oportunidade de crescimento e de diminuição da dependência em relação aos programas sociais do Governo:

• Programa Bolsa Família, operacionalizado pelo MDS; e • Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais,

operacionalizado pelo MDA.

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Nessa perspectiva, na posição de junho de 2015, cerca de 570 mil clientes do Agroamigo era também beneficiado pelo Programa Bolsa Família, o que representa 56,1% da carteira ativa de clientes.

As ações realizadas no primeiro semestre de 2015 voltadas ao Agroamigo ensejaram a divulgação do Programa, melhorias no atendimento aos clientes e capacitação da equipe, destacando-se:

• Elaboração do Caderno Especial – Agroamigo 10 Anos com o registro da trajetória do Programa no decênio de atuação.

• Lançamento de Selo personalizado pelos Correios, criado em comemoração aos 10 anos do Agroamigo.

• Realização do Encontro de Coordenadores 2015, com 277 participantes, cujo objetivo consistiu em avaliar resultados, desempenho e perspectivas do Programa, além de realizar o planejamento estratégico, dentre outros temas.

• Realização do Encontro de Monitores do Programa, com o objetivo de apresentar as diretrizes da monitoração, avaliar as ações realizadas e orientar a equipe para os novos desafios.

• Realização, pelo Instituto Nordeste Cidadania - INEC, de 18 cursos, por meio da Comunidade Virtual de Aprendizagem, para colaboradores que operacionalizam o Agroamigo, com 1.134 participantes.

• Realização do Fórum de Gestão do Agroamigo, com vistas a promover a discussão e a avaliação dos resultados operacionais e financeiros do Programa perante as metas estabelecidas, e proporcionar a difusão de práticas de sucesso adotadas nas unidades, além de possibilitar a integração e o alinhamento estratégico entre as equipes.

• Implantação de melhoria no Sistema Integrado de Administração de Crédito (SIAC), a fim de aperfeiçoar as atividades de emissão de parecer, em laudos de visitas de vistoria.

• Realização da 3ª turma do curso Gestão em Microfinança Rural, com o objetivo de aprimorar habilidades técnicas e métodos de gerenciamento em microfinança rural, alinhadas à metodologia específica do Agroamigo.

• Participação no Seminário Green Microfinance: Uma Nova Fronteira para os Serviços Financeiros Inclusivos, realizado em São Paulo, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de discutir possibilidades e ações para integrar as iniciativas e estratégias ambientais na indústria brasileira de microfinanças.

• Implantação de melhorias nas planilhas Pronaf B – Parceiros e Pronaf B – Agência, visando propiciar agilidade na elaboração das propostas do Agroamigo Crescer.

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3.1.2 – Setor Agroindustrial

O Setor Agroindustrial é financiado pelos programas: Apoio ao Desenvolvimento da Agroindústria do Nordeste (FNE Agrin), Programa de Financiamento das Micro e Pequenas Empresas e ao Empreendedor Individual (FNE MPE), Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural do Nordeste (FNE Rural) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). No decorrer do primeiro semestre de 2015, foram contratados R$ 57,2 milhões nesse setor, o que representou 1,1% do volume contratado pelo FNE no período (Tabela 12). Esse volume supera em mais de quatro vezes aquele verificado no mesmo período de 2014.

Dentre as atividades agroindustriais financiadas, a atividade de abate e preparação de produtos de carne, aves e pescado absorveu quase metade (44,8%) dos recursos contratados no Setor, concentrando-se no estado do Espírito Santo. Esta atividade, juntamente com a de processamento e beneficiamento de cana-de-açúcar (R$ 13,9 milhões), foram responsáveis por 69,2% das contratações do Setor Agroindustrial (Tabela 12).

Tabela 12 – FNE – Contratações (1) no Setor Agroindustrial – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Atividades Valor % Setor % FNE

Abate e Prepar.Prod.Carne, Aves e Pescado 25.585 44,8 0,4

Benef. Fibras 12 - -

Fruticultura 10 - -

Ind.Prod.Alimentícios 2.715 4,7 0,1

Indústria de Transformação 1.286 2,2 -

Laticínios 2.568 4,5 0,1

Moagem e Benef. 3.575 6,2 0,1

Proces.Benef.Cana-de-açúcar 13.946 24,4 0,2

Proces.Benef.Castanha de Caju 1.024 1,8 -

Proces.Benef.Frutas e Hortalicas 3.238 5,7 0,1

Proces.Benef.Mel de Abelha 261 0,5 -

Proces.Benef.Óleos e Gorduras Vegetais e Anim 113 0,2 -

Outras Atividades 2.879 5,0 0,1

Total 57.212 100,0 1,1

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Notas: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Outras atividades referem-se a processamento e beneficiamento do mel de abelha, de castanha de caju, grãos, indústria de produtos de limpeza, perfumaria, cosméticos, indústria de produtos químicos, comércio varejista, fruticultura, indústria moagem e beneficiamento, indústria da transformação, apicultura, raízes e tubérculos, intermediação financeira e Serv. Aux. de Agropecuária, Extrativismo e Silvicultura.

Especificamente na região do semiárido nordestino, foram contratados no Setor Agroindustrial cerca de R$ 9,1 milhões, o que representa 15,9% dos

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financiamentos realizados por esse setor e 0,5% do total contratado na região semiárida. (Tabelas 1.A e 2.A).

Os contratos realizados com recursos do FNE no Setor Agroindustrial beneficiaram todos os estados da área de atuação do FNE, em 319 municípios, que representam 16,0% dos municípios da área de atuação do Fundo (Tabela 33). Os estados do Espírito Santo e Pernambuco foram responsáveis por 65,9% do volume de recursos contratados, neste primeiro semestre de 2015 (Tabela 13).

Tabela 13 – FNE - Setor Agroindustrial – Contrataçõ es(1) Estaduais – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Estado Valor %

Alagoas 380 0,7 Bahia 2.606 4,6 Ceará 6.574 11,4 Espírito Santo 22.338 39,0 Maranhão 1.797 3,1 Minas Gerais 821 1,4 Paraíba 1.702 3,0 Pernambuco 15.372 26,9 Piauí 1.532 2,7 Rio Grande do Norte 2.718 4,8 Sergipe 1.372 2,4

Total 57.212 100,0

Fontes: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entenda-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

Como foi observado com relação à participação por setor, o Setor Rural continua preponderante no volume financiado pelo FNE, em torno de 52,8% do total de recursos contratados nesse primeiro semestre de 2015, constituindo potencial oferta para a Agroindústria regional.

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3.1.3 – Setor Industrial

O Setor Industrial é financiado pelo Programa de Apoio ao Setor Industrial do Nordeste (FNE Industrial), bem como pelos programas especiais: Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental (FNE Verde), Programa de Financiamento às Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE MPE) e Programa de Financiamento à Inovação (FNE Inovação).

No período referente ao primeiro semestre de 2015, o Setor Industrial contratou cerca de R$ 430,9 milhões, correspondendo a 8,6% das contratações totais do FNE no período (Tabela 14). Este valor representa uma redução de 57,6% em relação ao mesmo período de 2014, fato que pode estar refletindo o comportamento da economia brasileira no período8.

A maior parte dos recursos do setor Industrial foi destinada ao segmento de bens de consumo não duráveis, que totalizou R$ 292,8 milhões, representando 68,1% nas contratações desse setor e 5,9% no total contratado no âmbito do FNE. Ainda neste segmento, destaque para a indústria de bebidas, que contratou R$ 88,7 milhões no período (20,7% do setor).

Tabela 14 – FNE – Contratações (1) no Setor Industrial – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Atividades Valor % Setor % FNE

BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS 292.750 68,1 5,9 Calçados 27.731 6,4 0,6 Produtos Alimentícios 35.927 8,3 0,7 Têxteis 9.136 2,1 0,2 Gráfica 9.871 2,3 0,2 Celulose e Papel 3.526 0,8 0,1 Bebidas 88.690 20,7 1,9 Eletro-eletrônica 14.501 3,4 0,3 Vestuários e Acessórios 24.792 5,8 0,5 Ind.Prod.Farmaceuticos e Defensivos Agricolas 15.874 3,7 0,3 Ind. de Moagem e Beneficiamento 24.476 5,7 0,5 Proces.Benef.Castanha de Caju 12.173 2,8 0,2 Ind.Prod.Limpez, Perfurmaria, Cosmeticos 17.268 4,0 0,3 Indústria de Gelo 2.070 0,5 - Outras Atividades (2) 6.715 1,6 0,1

BENS DE CONSUMO INTERMEDIÁRIO 95.451 22,1 1,8 Produtos Químicos 1.100 0,3 - Produtos Plásticos 19.661 4,6 0,4 Tintas, Vernizes e Esmaltes 797 0,2 - Minerais não Metálicos (Incluis Extr. Min. Não Metal.) 44.748 10,4 0,9 Metal-mecânica 12.620 2,9 0,3 Madeira, exceto Mobiliário 1.878 0,4 - Extração de Minerais Metálicos 809 0,2 - Extração de Carvão, Petróleo e Gás 36 - - Produtos de Borracha 552 0,1 - Resinas e Elastrômeros 140 - - Indústria de Transformação 11.215 2,6 0,2

8 De acordo com IGBE (2015), o valor adicionado ao PIB do setor Industrial recuou 0,7% e 4,3% nos dois primeiros trimestres de 2015, em referência ao mesmo período de 2014.

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Outras Atividades (3) 1.895 0,4 - BENS DE CAPITAL E DE CONSUMO DURÁVEIS 42.693 9,8 0,9

Mobiliário 15.334 3,6 0,3 Edifícios e Obras de Eng. Civil 2.184 0,5 0,1 Ind. Adesivos, Selantes, Explosivos, Catalizadores 1.427 0,3 - Ind. Transportes 4.923 1,1 0,1 Ind.Combust.Nucleares, Refino Petróleo e álcool 7.097 1,6 0,1 Reparação e Conservação 2.921 0,7 0,1 Outros 8.807 2,0 0,2

Total 430.894 100,0 8,6 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Outras Atividades referem-se a abate e prepar. prod. carne, aves e pescado, alimentação, alimentação preparada, com. varejista, hospedagem, laticínios, proces. benef. frutas e hortalicas, proces. benef. mel de abelha e proces. benef. óleos e gorduras vegetais e animais. (3) Outras Atividades referem-se a beneficiamento de fibras, com. atacadista, ecológico, extração vegeral, ind. couros e peles e proces. e benef. de cana-de-açúcar. (4) Outras Atividades referem-se a assessoria, consultoria e treinamento, obras de instalações e preparação de terreno.

As contratações no segmento de bens de consumo intermediário, concentraram-se principalmente nas indústrias de minerais não metálicos, produtos plásticos e metal-mecânica, registrando um valor de R$ 77,0 milhões neste período, o que corresponde a 17,9% do total contratado no Setor Industrial e 1,5% dos valores contratados no âmbito do FNE. No segmento de bens de capital e de consumo duráveis, a indústria de mobiliário absorveu 35,9% do total de contratações do segmento, equivalente a 3,6% do setor e 0,3% do total contratado no âmbito do FNE, neste primeiro semestre de 2015 (Tabela 14).

A região semiárida foi beneficiada com R$ 148,2 milhões dos recursos para o Setor Industrial, correspondendo a 34,4% das contratações desse Setor (Tabela 1.A).

Os recursos do FNE para o Setor Industrial atenderam a todos os estados da área de atuação do FNE, beneficiando 625 municípios, o que representa 31,4% dos municípios da área de atuação do FNE (Tabela 33).

Nos estados do Ceará e da Bahia foram realizados investimentos equivalentes a 57,5% dos valores aplicados no Setor Industrial, no período em análise (Tabela 15). Na Bahia houve incremento considerável no financiamento de indústria de calçados, enquanto no Ceará os maiores incrementos se deram em função das atividades de moagem e beneficiamento, além do processamento e beneficiamento da castanha de caju9.

9 Base do ativo do BNB.

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Tabela 15 – FNE – Setor Industrial – Contratações (1) Estaduais – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Estado Valor %

Alagoas 4.629 1,1 Bahia 109.817 25,5 Ceará 138.064 32,0 Espírito Santo 10.284 2,4 Maranhão 23.842 5,5 Minas Gerais 8.914 2,1 Paraíba 29.162 6,8 Pernambuco 53.982 12,5 Piauí 14.717 3,4 Rio Grande do Norte 27.491 6,4 Sergipe 9.992 2,3

Total 430.894 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.1.4 – Setor Turismo

O Setor Turismo é financiado pelo Programa de Apoio ao Turismo Regional (FNE Proatur), além do Programa de Financiamento às Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE-MPE).

Foi contratado no âmbito do referido Setor, no primeiro semestre de 2015, o montante de R$ 184,5 milhões, representando 3,7% das contratações totais do FNE no período (Tabela 16). Esse desempenho foi 113,5% superior ao montante aplicado no âmbito do Turismo, no exercício anterior.

À atividade relativa aos meios de hospedagem (hotéis e pousadas) foram destinados 76,8% dos recursos desse Setor (R$ 141,7 milhões) (Tabela 16). Observou-se um aumento de cerca de 191,0% na participação do segmento de hospedagem, comparativamente ao mesmo período de 2014, montante que impulsionou as aplicações no Setor Turismo. No primeiro semestre de 2015, foram realizadas 597 operações no Setor Turismo com recursos do FNE (Tabela 3). A região Nordeste tem grande carência de leitos para hospedagem10, o que torna muito importante o apoio ao setor por parte do FNE.

10 Para maiores detalhes ver Sousa et al (2010).

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Tabela 16 – FNE – Contratações (1) no Setor Turismo – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividades Valor % Setor % FNE

TURISMO 184.469 100,0 3,7 Hospedagem 141.715 76,8 2,8 Transportes 18.096 9,8 0,4 Alimentação 8.955 4,9 0,2 Entreterimento 14.828 8,0 0,3 Outras Atividades(2) 875 0,5 -

Total 184.469 100,0 3,7

Notas: (1) Artesanato e Transporte Turístico; (2) Incluindo a Extração de Minerais Não Metálicos.

Na região semiárida foram aplicados, no primeiro semestre de 2015, R$ 31,9 milhões do FNE no Setor Turismo, correspondendo a 17,3% das contratações desse Setor. Registre-se, ainda, que do total de recursos destinados ao semiárido, o Setor Turismo absorveu 1,7% (Tabela 1.A). Nessa região climática foram apoiados, notadamente, projetos na atividade de hospedagem com restaurante.

Para o Setor Turismo, o FNE beneficiou 116 municípios em dez estados de sua área de atuação, nesse primeiro semestre de 2015, excetuando-se apenas o estado do Espírito Santo (Tabela 33). O estado de Alagoas recebeu a maior parcela dos recursos destinados ao Setor (40,2%) e, somados aos recursos destinados ao estado da Ceará (30,6%) e ao de Pernambuco (17,3%), representam 88,1% das contratações do FNE no Setor (Tabela 17).

Tabela 17 - FNE - Setor Turismo - Contratações (1) Estaduais - Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estado Valor %

Alagoas 74.170 40,2 Bahia 7.062 3,8 Ceará 56.459 30,6 Espírito Santo - - Maranhão 1.969 1,1 Minas Gerais 315 0,2 Paraíba 4.087 2,2 Pernambuco 31.811 17,3 Piauí 4.645 2,5 Rio Grande do Norte 3.178 1,7 Sergipe 773 0,4

Total 184.469 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar

3.1.5 – Setor Comércio e Serviços

O Setor de Comércio e Serviços é financiado pelos seguintes programas: Financiamento para os Setores Comercial e de Serviços (FNE

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Comércio e Serviços), Financiamento à Sustentabilidade Ambiental (FNE Verde), Financiamento à Inovação (FNE Inovação) e Financiamento às Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE MPE).

No âmbito do Setor Comércio e Serviços foram contratados, no primeiro semestre de 2015, cerca de R$ 1,3 bilhão, representando 26,3% do total de recursos do FNE (Tabela 18). Observou-se, nesse período, a contratação de 11.334 operações no Setor (Tabela 3). A grande demanda por recursos nesse segmento está relacionada com a importância do Setor Comércio e Serviços na economia do Nordeste, tanto no que se refere à geração de empregos quanto no que diz respeito ao valor adicionado à produção.

Ao invés do que ocorreu em 2014, quando as atividades do segmento comercial e do segmento de serviços foram contratadas quase que de maneira equitativa, nesse primeiro semestre de 2015, as atividades comerciais se sobressaíram, absorvendo 62,4% dos recursos do Setor de Comércio e Serviços (R$ 819,5 milhões). Desse montante, 79,8% foram destinados ao comércio varejista.

No segmento Serviços, as principais atividades financiadas foram relacionadas a serviços de transporte (R$ 120,3 milhões) e educação (R$ 70,9 milhões), além de imobiliárias e aluguéis (R$ 66,5 milhões), que juntas representam 52,3% do que foi financiado no segmento Serviços e 19,6% do que foi financiado no Setor Comércio e Serviços, neste período do ano (Tabela 18).

Tabela 18 – FNE – Contratações (1) por Atividade nos Setores Comércio e Serviços – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil Atividade Valor % Setor % FNE

COMÉRCIO 819.516 62,4 16,4 Comércio Varejista 653.992 49,8 13,1 Comércio Atacadista 126.507 9,6 2,5 Alimentação 27.839 2,1 0,6 Intermediários do Comércio 3.733 0,3 0,1 Outros 7.445 0,6 0,1 SERVIÇOS 492.979 37,6 9,9 Assessoria, Consultoria e Treinamento 4.823 0,4 0,1 Imobiliárias e Aluguéis 66.478 5,1 1,3 Saúde 47.778 3,6 1,0 Serv. Auxiliar à Indústria - - - Telecomunicações 5.079 0,4 0,1 Educação 70.872 5,4 1,4 Transporte Rodoviário 40.371 3,1 0,8 Reparação e Conservação 13.425 1,0 0,3 Serviços Pessoais 11.216 0,9 0,2 Edificios e Obras de Eng.Civil 17.966 1,4 0,4 Entretenimento e Lazer 21.466 1,6 0,4 Informática 849 0,1 - Aluguel Máq. e Equipamentos 23.479 1,8 0,5 Ativ. Aux. Transportes 120.325 9,1 2,4 Serv. Aux. Adm.Empresas 11.019 0,8 0,2

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Serv. Aux. de Construção 3.677 0,3 0,1 Serv. Aux. Agropec. Extrativ. e Silvicultura 4.181 0,3 0,1 Alimentação 7.004 0,5 0,1 Outros 22.971 1,8 0,5

Total 1.312.495 100,0 26,3 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

Na distribuição dos recursos por região climática, o semiárido foi beneficiado com R$ 513,8 milhões dos recursos do FNE no Setor Comércio e Serviços, correspondendo a aproximadamente 27,5% do total de recursos destinados ao semiárido, assim como 39,1% dos valores contratados pelo Setor (Tabelas 18 e 1A). Foram financiados, predominantemente, projetos na atividade de comércio varejista, nessa região climática, no período em foco.

Vale ressaltar que, na área de abrangência do FNE, as capitais dos estados e os municípios polos ou pertencentes às regiões metropolitanas são os maiores demandantes de recursos deste Setor, e situam-se fora do semiárido, o que justifica a diferença percentual de contratações entre as duas regiões.

Em relação à distribuição espacial, foram financiados pelo FNE projetos, no âmbito do Setor Comércio e Serviços, nos onze estados da área de atuação do Fundo, atendendo a 1.276 municípios, o que representa 64,1% do total de municípios da referida área de atuação (Tabela 33). Nos estados da Bahia, Ceará, e Pernambuco foram contratados 58,1% dos recursos destinados ao Setor, no primeiro semestre de 2015 (Tabela 19).

Tabela 19 – FNE – Contratações (1) por Estado nos Setores Comércio e Serviços – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Estado Quantidade % Valor %

Alagoas 387 3,4 46.111 3,5 Bahia 2.180 19,2 335.421 25,6 Ceará 2.078 18,3 278.922 21,3 Espírito Santo 154 1,4 15.480 1,2 Maranhão 919 8,1 107.361 8,2 Minas Gerais 649 5,7 63.639 4,9 Paraíba 893 7,9 95.774 7,3 Pernambuco 1.661 14,7 147.148 11,2 Piauí 651 5,7 82.328 6,3 Rio Grande do Norte 1.166 10,3 92.208 7,0 Sergipe 596 5,3 48.103 3,7

Total 11.334 100,0 1.312.495 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.1.6 – Setor Infraestrutura

O Setor Infraestrutura é financiado pelos seguintes programas: Programa de Financiamento à Infraestrutura Complementar da Região

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Nordeste (FNE Proinfra) e Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental (FNE-Verde).

Para cumprir a diretriz do Governo Federal, no sentido de apoiar prioritariamente o segmento de pequenos e médios empreendimentos, o BNB vem, gradativamente, reduzindo os financiamentos neste Setor de Infraestrutura, pois, por sua característica, requerem um substancial volume de recursos para financiamento de empreendimentos de grande porte. Nessa perspectiva ainda foram realizados, no estado do Ceará, dois financiamentos para projetos de telecomunicações (um no semiárido e outro fora dessa região) que somaram R$ 370,6 milhões. Esse montante representa 7,4% de tudo que foi financiado no âmbito do FNE, no período em referência (Tabelas 3 e 1.A).

3.2 – Valores Programados e Valores Realizados

No primeiro semestre de 2015, foram contratados, aproximadamente, R$ 5,0 bilhões no âmbito do FNE, o que corresponde a 37,6% do montante projetado para o exercício deste ano (Tabela 20) (BNB, 2015).

Por unidade da federação, merecem destaque as contratações nos estados do Ceará, Bahia e Piauí que, neste período, alcançaram 46,3% do volume de recursos programados para estes estados, no exercício de 2015. Por outro lado, os estados do Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Norte apresentaram as menores relações contratado/programado, com percentuais na faixa média de 23,0% (Tabela 20).

Tabela 20 – FNE – Valores Programados e Realizados por Estado – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

UF

Programação Contratações (1) %

(A) (B) B/A Alagoas 620.000 208.905 33,7 Bahia 2.905.000 1.257.028 43,3 Ceará 2.015.000 1.070.897 53,1 Espírito Santo 335.000 72.643 21,7 Maranhão 1.295.000 525.435 40,6 Minas Gerais 730.000 278.225 38,1 Paraíba 820.000 258.777 31,6 Pernambuco 1.900.000 447.083 23,5 Piauí 1.185.000 500.730 42,3 Rio Grande do Norte 895.000 209.946 23,5 Sergipe 600.000 164.912 27,5

Total 13.300.000 4.994.581 37,6 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB – Ambiente de Coordenação Executiva Institucional. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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Foram contratadas operações relacionadas às atividades de informação e comunicação11, do Setor de Infraestrutura, no estado do Ceará, que ultrapassaram a programação anual em 139,1%. As contratações realizadas no âmbito do Setor Rural, no primeiro semestre de 2015, atingiram 55,5% da meta anual definida para esse setor (Tabela 21).

Tabela 21 – FNE – Valores Programados e Realizados por Setor – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

UF Programação Contratações (1) %

(A) (B) B/A

Rural 4.755.000 2.638.896 55,5

Agroindustrial 210.000 57.212 27,2

Industrial 3.430.000 430.894 12,6

Turismo 760.000 184.469 24,3

Infraestrutura 155.000 370.615 239,1

Comercial e Serviços 3.990.000 1.312.495 32,9

Total 13.300.000 4.994.581 37,6 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB – Ambiente de Coordenação Executiva Institucional. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

Na perspectiva das mesorregiões constantes da PNDR, observou-se que no período sob análise, as contratações atingiram, em média, 67,4% da meta programada para todo o exercício, demonstrando a prioridade dada à Política Nacional de Desenvolvimento Regional pelo Banco do Nordeste. As três mesorregiões que apresentaram os maiores valores contratados, ou seja, Chapada das Mangabeiras, Chapada do Araripe e Xingó alcançaram, aproximadamente, 47,3% dos valores programados para o exercício para todas as mesorregiões (Tabela 22).

Na mesorregião de Chapada das Mangabeiras os recursos beneficiaram principalmente os municípios de Tasso Fragoso, Ribeiro Gonçalves e Uruçuí, onde foram contratados R$ 227,5 milhões., sendo as atividades mais representativas as de grãos e fibras e têxteis.

Na mesorregião da Chapada do Araripe, os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha e Araripina contrataram R$ 48,8 milhões, em operações nas atividades de indústria de produtos farmacêuticos e comércio varejista.

11 Base do Ativo do BNB.

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Na mesorregião do Xingó as operações nos municípios de Carira, Simão Dias e Nossa Senhora da Glória somaram R$ 30,8 milhões de contratações e beneficiaram predominantemente as atividades de grãos.

Tabela 22 – FNE – Projetos Contratados (¹) nas Mesorregiões PNDR (2) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Mesorregiões Programado

(A) Realizado

(B) % (B/A)

Águas Emendadas 25.000 20.839 83,4

Bico do Papagaio 80.000 87.833 109,8

Chapada das Mangabeiras 600.000 430.398 71,7

Chapada do Araripe 290.000 180.967 62,4

Seridó 120.000 60.171 50,1

Vale do Jequitinhonha/Mucuri 300.000 164.884 55,0

Xingó 245.000 174.236 71,1

Total 1.660.000 1.119.328 67,4

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Notas: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Política Nacional de Desenvolvimento Regional.

3.3 – Impactos Redistributivos das Aplicações do FN E

3.3.1 – Contratações por Estado

Os valores mais expressivos foram aplicados nos seguintes estados: Bahia (R$ 1,3 bilhão), Ceará (R$ 1,1 bilhão) e Maranhão (R$ 525,4 milhões) (Tabela 23). Em conjunto, esses estados aplicaram 57,1% do volume total de contratações no período em análise.

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Tabela 23 – FNE – Contratações e Demanda de Recurso s por Estado – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estado Contratações (1) % Propostas em Carteira (2)

Demanda Total %

Alagoas 208.905 4,2 238.759 447.664 6,5

Bahia 1.257.028 25,2 551.587 1.808.615 26,4

Ceará 1.070.897 21,4 402.524 1.473.421 21,5

Espírito Santo 72.643 1,5 50.950 123.593 1,8

Maranhão 525.435 10,5 191.108 716.543 10,5

Minas Gerais 278.225 5,6 62.973 341.198 5,0

Paraíba 258.777 5,2 62.997 321.774 4,7

Pernambuco 447.083 9,0 138.409 585.492 8,6

Piauí 500.730 10,0 88.866 589.596 8,6

Rio Grande do Norte 209.946 4,2 32.383 242.329 3,5

Sergipe 164.912 3,3 34.286 199.198 2,9

Total 4.994.581 100,0 1.854.842 6.849.423 100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB - Ambiente de Coordenação Executiva Institucional. Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Valor do estoque das propostas em carteira ao final do período.

As propostas em carteira totalizaram R$ 1,9 bilhão no final do primeiro semestre de 2015, o que equivale a uma redução de 33,0% em relação ao observado no mesmo período de 2014. Os maiores volumes em carteira apresentam-se nos estados da Bahia (R$ 551,6 milhões), do Ceará (R$ 402,5 milhões) e de Alagoas (R$ 238,8 milhões), conforme a Tabela 23.

A demanda total de recursos pelos estados no primeiro semestre de 2015 (R$ 6,8 bilhões) apresentou-se praticamente igual à apresentada no mesmo período de 2014. As maiores demandas foram dos estados da Bahia, Ceará e Maranhão e juntos resumem 58,4% da demanda total por recursos do FNE, de acordo com a Tabela 23.

Em relação aos percentuais de participação dos estados no total das contratações do FNE, no primeiro semestre de 2015, verifica-se que apenas três unidades federativas não atingiram o mínimo de 4,5% do total de contratações do Fundo: Alagoas e Rio Grande do Norte, com 4,2% cada um; e Sergipe apresentando 3,3% das contratações, no mesmo período. O estado do Espírito Santo que apresenta, neste primeiro semestre de 2015, 1,5% das contratações, não está compreendido no limite mínimo estabelecido (MI, 2013). No que tange ao limite superior, observa-se que, a exemplo de anos anteriores, nenhum estado obteve volume de contratações acima de 30,0%, conforme recomendações internas do BNB (Tabela 23).

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Considerando-se o período acumulado de 1989 ao primeiro semestre de 2015, todos os estados atingiram o mínimo de 4,5%. Nesse período, os estados que mais receberam recursos do FNE foram Bahia (R$ 40,3 bilhões), Ceará (R$ 25,2 bilhões), Pernambuco (R$ 22,5 bilhões) e Maranhão (R$ 17,1 bilhões) que, em conjunto, foram responsáveis por 65,0% do total dos valores contratados. À medida que a base econômica dos demais estados da Região cresce, os recursos do FNE passam a ser distribuídos de forma mais equitativa na área de atuação do FNE (Tabela 24).

Tabela 24 – FNE – Contratações (1) Acumuladas por Estado – Período: 1989 ao Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Estado Valor (2) %

Alagoas 7.784.069 4,8 Bahia 40.256.383 24,9 Ceará 25.168.254 15,6 Espírito Santo 1.858.305 1,2 Maranhão 17.095.217 10,6 Minas Gerais 7.903.406 4,9 Paraíba 8.874.571 5,5 Pernambuco 22.455.067 13,9 Piauí 11.548.148 7,2 Rio Grande do Norte 10.529.086 6,5 Sergipe 7.978.544 4,9

Total 161.451.050 100,0 Fonte: BNB – Ambiente de Controladoria. Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações no período, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Exercícios de 1989 a 1990 - valores atualizados pelo BTN até 31.12.1990 e, em seguida, pelo IGP-DI, até 31.12.1995. Exercício de 1991 - valores atualizados pelo US$ (comercial venda) até 31.12.1991 e, em seguida, pelo IGP-DI, até 30.06.2012. Exercícios de 1992 em diante - valores atualizados pelo IGP-DI.

O número de beneficiários do FNE totalizou 735,8 mil no primeiro semestre de 2015. O estado com o maior número de beneficiários foi a Bahia (161,5 mil), seguido do Ceará (102,6 mil), Pernambuco (78,8 mil) e Piauí (72,2 mil) (Tabela 25).

Tabela 25 – FNE – Contratações (1) em Relação ao Número de Beneficiários – Primeiro Semestre de 2015

Estado Contratações (R$ Mil)

Nº. de Beneficiários

Distribuição do Crédito R$/Benef. Ordem

Alagoas 208.905 41.682 5.011,88 9 Bahia 1.257.028 161.520 7.782,49 3 Ceará 1.070.897 102.610 10.436,58 2 Espírito Santo 72.643 1.119 64.917,78 1 Maranhão 525.435 70.095 7.496,04 4 Minas Gerais 278.225 75.265 3.696,61 11 Paraíba 258.777 62.042 4.171,00 10 Pernambuco 447.083 78.843 5.670,55 6 Piauí 500.730 72.234 6.932,05 5 Rio Grande do Norte 209.946 41.282 5.085,65 8 Sergipe 164.912 29.128 5.661,63 7

Total 4.994.581 735.820 6.787,78 - Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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Com relação à distribuição de crédito, o valor médio contratado por beneficiário no primeiro semestre de 2015 foi de R$ 6.787.78, valor ligeiramente superior àquele do primeiro semestre de 2014 (R$ 6.448,72), demonstrando a busca contínua pela desconcentração de recursos por beneficiário. A maior relação crédito por beneficiário foi observada no estado do Espírito Santo (R$ 64.917,78) cujo valor ficou muito acima da média dos outros estados (Tabela 25).

Considerando-se toda a área de atuação do FNE, a relação valor contratado por residente registra a importância de R$ 83,23 por habitante, superior aos R$ 67,18 por habitante, no mesmo período de 2014. O Piauí apresentou a relação mais elevada, equivalente a R$ 156,74/habitante, seguido pelos estados do Ceará (R$ 121,10/habitante) e de Minas Gerais (R$ 95,88/habitante) (Tabela 26).

Tabela 26 – FNE – Contratações (1) em Relação à População Residente – Primeiro Semestre de 2015

Estado Valor

Contratado (R$ mil)

População (mil hab.)

Valor Contratado/População R$/Hab. Ordem

Alagoas 208.905 3.322 62,89 9º

Bahia 1.257.028 15.126 83,10 4º

Ceará 1.070.897 8.843 121,10 2º

Espírito Santo(2) 72.643 922 78,83 5º

Maranhão 525.435 6.851 76,70 6º

Minas Gerais(2) 278.225 2.902 95,88 3º

Paraíba 258.777 3.944 65,61 8º

Pernambuco 447.083 9.278 48,19 11º

Piauí 500.730 3.195 156,74 1º

Rio Grande do Norte 209.946 3.409 61,59 10º

Sergipe 164.912 2.220 74,30 7º Total 4.994.581 60.009 83,23 -

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e IBGE – Estimativa da População para 2014. Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações no período, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar; (2) Considera apenas a população dos municípios localizados na área de atuação do FNE.

Para avaliar o grau de importância do FNE para as economias estaduais, a Tabela 27 apresenta a comparação entre as riquezas geradas por cada unidade federativa e o valor contratado com recursos do FNE. No setor primário, o FNE – Setor Rural representou aproximadamente 6,3% do PIB desse setor, gerado nos estados da área de atuação do FNE. O estado em que o Fundo obteve maior relevância, em relação à proporção das contratações do setor primário foi Piauí, em torno de 35,8%. No restante dos estados, exceto Espírito Santo, a relação contratações no Setor Rural por PIB Rural ficou entre 8,7% e 4,3%. No caso do Espírito Santo, a mais baixa entre todos os estados, essa relação ficou em 0,8% (Tabela 27).

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Tabela 27 – FNE – Contratações (1) em Relação ao PIB dos Estados – Primeiro Semestre de 2015

Estado FNE Setor Rural/PIB

Setor Primário FNE Setor Industrial/PIB Setor

Secundário

% Ordem % Ordem Alagoas 4,8% 8º 0,1% 11º Bahia 6,5% 5º 0,3% 5º Ceará 7,2% 4º 0,7% 1º

Espírito Santo (2) 0,8% 11º 0,2% 6º Maranhão 4,3% 10º 0,2% 7º

Minas Gerais (3) 4,7% 9º 0,2% 9º Paraíba 8,9% 2º 0,3% 2º Pernambuco 6,4% 6º 0,2% 8º Piauí 35,8% 1º 0,3% 3º Rio Grande do Norte 6,1% 7º 0,3% 4º Sergipe 8,7% 3º 0,1% 10º

Total 6,3% 0,3% Fonte: BNB – ETENE e IBGE-Contas Regionais 2005(4). Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações no período, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Os PIBs Rural e Industrial do Norte do Espírito Santo foram estimados em 13,7% do PIB Total do Estado. (3) Os PIBs Rural e Industrial do Norte de Minas Gerais foram estimados em 14,11% do PIB Total do Estado; (4) Valores de 2005 atualizados para junho de 2007 pelo deflator implícito do PIB até 2006 e pelo IGP-DI da FGV, de 2007 a junho de 2008.

No setor secundário, a importância relativa do FNE Setor Industrial sobre

o PIB do Setor Secundário foi de 0,3%, com participação mais expressiva apresentada pelo estado do Ceará (0,7%), (Tabela 27).

3.3.2 – Contratações no Semiárido e Fora do Semiári do

A área de atuação do FNE não incluía as regiões mineiras do Vale do Mucuri e do Vale do Jequitinhonha e, ainda, o Norte do Espírito Santo que foram incorporadas em 1999. Observa-se que essa unidade da federação, bem como alguns dos municípios do estado de Minas Gerais que compõem os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha estão localizados fora do semiárido, o que ocasionou uma ampliação na relação dessa zona climática e a área de atuação total do FNE, impactando o cumprimento do limite mínimo estabelecido para aplicações no semiárido.

O BNB atende ao dispositivo legal que estabelece a obrigatoriedade de aplicação mínima no semiárido de 50,0% dos ingressos de recursos do FNE, para o exercício.

No primeiro semestre de 2015, foram financiados, na região semiárida, R$ 1,9 bilhão, ou seja, 53,0% dos valores repassados pelo STN ao FNE no período. Aproximadamente 486,5 mil pessoas e empresas foram favorecidas com recursos do FNE nesse espaço territorial, equivalendo a 66,1% do total de beneficiários do Fundo, no período em análise (Tabela 28).

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Tabela 28 – FNE – Contratações (1) por Região – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Região Nº. de Beneficiários % Valor %

Semiárido 486.513 66,1 1.866.163 37,4 Fora do Semiárido 249.307 33,9 3.128.418 62,6

Total 735.820 100,0 4.994.581 100,0 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.3.2.1 – Ações Desenvolvidas para Incremento das A plicações no Semiárido

O Banco do Nordeste adota ações sistemáticas no sentido de elevar a participação do FNE no semiárido brasileiro.

Para isso, além de buscar a integração de suas ações com as iniciativas governamentais, do setor produtivo e da sociedade em geral, o Banco busca promover a superação dos obstáculos ao desenvolvimento ainda presentes nessa região climática.

A Programação do FNE, por exemplo, é o instrumento normativo e de planejamento, direcionador dos financiamentos anuais desse fundo constitucional. Anualmente, é elaborada sob a coordenação do Banco do Nordeste com ativa participação da Sudene e do Ministério da Integração Nacional, além da contribuição dos governos estaduais, dos movimentos sociais e dos setores produtivos.

Para elevar as aplicações nessa sub região, projetos que venham a se localizar no semiárido continuam sendo considerados, para efeito de aplicação do FNE, como prioritários, podendo contar com maiores limites de financiamento e de prazos para pagamento.

Entretanto, a partir da Lei nº 12.793/2013, os encargos financeiros e o bônus de adimplência do FNE e dos demais fundos constitucionais de financiamento passaram a ser estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Assim, por meio da Resolução CMN nº 4.297, de 30/12/2013, foi definido um bônus de adimplência de 15% sobre a taxa de juros vigente, independente da localização do empreendimento financiado (dentro ou fora do semiárido).

Ainda em 2013, foram incluídas para as Superintendências Estaduais, metas específicas no Programa de Ação do Banco para aplicação dos recursos do FNE no semiárido. Por meio da atribuição de pontuação específica por eficácia, o objetivo dessa ação foi estimular superintendências estaduais e agências a aplicarem recursos do FNE em empreendimentos localizados na região semiárida.

Além disso, foram realizados 48 eventos de FNE Itinerante, no primeiro semestre de 2015, em municípios do semiárido. Tais eventos são voltados para promoção e divulgação das bases e condições dos programas de financiamento com recursos do Fundo Constitucional.

Também merecem destaque as seguintes iniciativas:

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(a) objetivando a extensão do programa de exportação a empresas do semiárido: em sintonia com as diretrizes do Governo Federal voltadas a estimular as exportações e a geração de divisas, a Diretoria do Banco do Nordeste aprovou a ampliação das condições do programa Nordeste Exportação (NEXPORT) estendendo seu alcance para as empresas exportadoras de grande porte da Região, desde que localizadas no semiárido. No primeiro semestre de 2015 foram contratadas quatro operações, perfazendo um total de R$ 25.750,0 mil.

(b) Promoção de eventos nos estados para alavancar atividades econômicas no semiárido brasileiro: Com a intenção de fortalecer cadeias produtivas e arranjos produtivos locais no semiárido e, consequentemente, impulsionar os respectivos financiamentos, o Banco do Nordeste organiza e participa, frequentemente, de eventos para discutir as dificuldades, desafios e medidas para incentivar a ampliação do mercado de atividades econômicas desenvolvidas na região semiárida, interagindo suas ações creditícia e supletiva de instituição financeira de desenvolvimento regional, bem como articulando parcerias com várias instituições para complementação de ações.

3.3.3 – Contratações por Porte de Beneficiário As ações do BNB estão pautadas pelo apoio prioritário aos

empreendedores de micro, mini e pequenos negócios, com financiamento a programas de conteúdo tecnológico capazes de prover sustentabilidade econômica às suas atividades. Contudo, faz-se necessário considerar o potencial de alavancagem de negócios das empresas de médio e grande portes para os pequenos empreendimentos.

Nesse contexto, os empreendimentos de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes receberam 41,1% do total de contratações do FNE, o que equivale a R$ 66,5 bilhões, no período de 1989 ao primeiro semestre de 2015 (Tabela 29).

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Tabela 29 – FNE – Contratações (1) Acumuladas por Porte de Beneficiários – Período: 1989 ao Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Porte Valor (2) %

Mini / Micro 54.613.363 33,8 Pequeno 7.981.568 4,9 Pequeno / Médio 3.916.786 2,4 Médio 21.121.654 13,1 Grande 73.817.679 45,7

Total 161.451.050 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controladoria. Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações no período, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Exercícios de 1989 a 1990 - valores atualizados pelo BTN até 31.12.1990 e, em seguida, pelo IGP-DI, até 31.12.1995. Exercício de 1991 - valores atualizados pelo US$ (comercial venda) até 31.12.1991 e, em seguida, pelo IGP-DI, até 30.06.2012. Exercícios de 1992 em diante - valores atualizados pelo IGP-DI, até 30.06.2012.

Os empreendedores de mini/micro, pequeno e pequeno–médio portes predominaram em todos os setores atendidos pelo FNE, no primeiro semestre de 2015, em termos de quantidade de beneficiários.

O FNE Setor Rural destinou aproximadamente R$ 2,0 bilhões aos mini/micro, pequenos e pequeno-médios produtores no primeiro semestre de 2015, representando 74,6% dos recursos desse Setor, atendendo a 705.431 beneficiários, perfazendo, aproximadamente, 100% dos clientes no âmbito desse setor (Tabelas 30 e 31). Esse resultado reflete a capilaridade do Setor Rural e o cumprimento, pelo BNB, da diretriz do Governo Federal em espraiar seus recursos pelos empreendimentos de menor porte.

No que se refere à quantidade de beneficiários, o Setor Agroindustrial beneficiou 4.242 empreendimentos, sendo 4.232 de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes, abrangendo 99,8% das agroindústrias financiadas (Tabela 30).

Para tais empreendimentos, foram destinados R$ 14,5 milhões, perfazendo 25,4% do total das contratações do setor no período (Tabela 31).

Quanto ao volume de recursos nas contratações do Setor Industrial, a categoria de beneficiários de grande porte foi responsável pela contratação de 41,1% dos recursos do Setor (R$ 177,2 milhões). Todavia, dos 2.961 empreendedores/empresas no Segmento Industrial contemplados com recursos do FNE no primeiro semestre de 2015, praticamente 100% dos beneficiários situou-se nas categorias mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes (Tabelas 30 e 31).

Destaque-se em relação ao porte dos empreendimentos, que 98,7% dos beneficiários do FNE no Setor Turismo situaram-se nas categorias mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes (Tabela 30), desempenho que se mostrou superior ao do exercício anterior (87,9%).

Quanto ao volume de recursos nas contratações, a categoria de beneficiários de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes absorveu 32,8% dos recursos aplicados (R$ 60,5 milhões), conforme Tabela 31.

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Já no setor de Comércio e Serviços, a Tabela 31 mostra que 74,8% do volume de contratações no Setor Comércio e Serviços, ou seja, R$ 981,6 milhões, foram destinados a empreendimentos de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes, beneficiando 22.243 clientes. Estes correspondem a 98,9% do total de clientes atendidos pelo FNE Comércio e Serviços (Tabela 30 e 31). Assim, no primeiro semestre de 2015, o crédito nesse Setor ficou ainda mais pulverizado, comparativamente ao exercício anterior, haja vista que, no mesmo período de 2014, para um montante de R$ 755,3 milhões, foram 8.586 os beneficiários de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes.

Considerando-se que, tradicionalmente, o Setor de Comércio no Nordeste brasileiro é marcado pelos empreendimentos de menor porte, reveste-se de maior importância o financiamento ao Setor, como medida para reduzir a concentração de recursos e dinamizar a economia, principalmente nos pequenos municípios.

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Tabela 30 – FNE – Beneficiários por Porte e Setor – Primeiro Semestre de 2015

Porte Rural Agroindustrial Industrial Turismo Infraestrutura Comércio e

Serviços Total

Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%)

Mini / Micro 702.890

99,6

4.134

97,5

274

9,3

80

13,4

- -

3.233 14,4

710.611

96,6

Pequeno

2.403

0,4

93

2,2

2.500

84,4

501

83,9

- -

18.456 82,0

23.953

3,3

Pequeno / Médio

138 -

5

0,1

115

3,9

8

1,4

- -

554 2,5

820

0,1

Médio

74 -

6

0,1

57

1,9

3

0,5

- -

228 1,0

368 -

Grande 17 - 4

0,1

15

0,5

5

0,8

2

100,0

25 0,1 68 -

Total 705.522 100,0

4.242

100,0

2.961 100,0

597

100,0

2

100,0 22.496 100,0 735.820 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controladoria.

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Quanto aos valores contratados, 64,5% dos recursos do FNE foram destinados aos mini/micro, pequenos e pequeno-médios produtores, no primeiro semestre de 2015, perfazendo um total de R$ 3,2 bilhões, apresentando ampliação de 33,3%, quando comparado ao mesmo período de 2014 (R$ 2,4 bilhões). Os valores para estes portes de empreendedores foram mais expressivos nos setores Rural (R$ 2,0 bilhões) e Comércio e Serviços (R$ 981,6 milhões), conforme a Tabela 31.

Os produtores de porte médio, no primeiro semestre de 2015, obtiveram recursos da ordem de R$ 644,7 milhões, com aumento de 21,4% no volume de recursos, em relação ao primeiro semestre de 2014 (R$ 531,2 milhões). A participação dos produtores de grande porte no volume de recursos contratados foi de 22,6% no primeiro semestre de 2015 (Tabela 31), com redução de 5,2 pontos percentuais quando comparado ao primeiro semestre de 2014 (27,8%).

Diante do exposto, pode-se observar que entre o primeiro semestre de 2015 e o mesmo período de 2014 houve um aumento na participação das contratações para os empreendedores de mini/micro, pequenos e pequeno-médios de 58,9% para 64,5%, crescimento de 5,6 pontos percentuais.

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Tabela 31 – FNE – Contratações (1) por Porte dos Beneficiários e Setor – Primeiro Sem estre de 2015

Valores em R$ Mil

Porte Rural % Agro-industrial % Indústria % Turismo % Infra

estrutura % Comércio

e Serviços

% Total %

Mini / Micro

1.374.282

52,1

5.867

10,3

10.851

2,5

5.984 3,2 - -

112.811

8,6

1.509.795

30,2

Pequeno

324.025

12,3

5.987

10,5

125.606

29,2

27.370 14,8 - -

680.918

51,9

1.163.906

23,3

Pequeno / Médio

270.311

10,2

2.650

4,6

61.301

14,2

27.195 14,7 - -

187.919

14,3

549.376

11,0

Médio

347.043

13,2

3.616

6,3

55.932

13,0

19.066 10,3 - -

219.055

16,7

644.712

12,9

Grande

323.235

12,2

39.092

68,3

177.204

41,1

104.854 56,8 370.615

100,0

111.792

8,5

1.126.792

22,6

Total 2.638.896 100,0 57.212 100,0 430.894 100,0 184.469 100,0 370.615 100,0 1.312.495 100,0 4.994.581 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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3.3.4 – Municípios Atendidos pelo FNE

A área de abrangência do FNE é composta por 1.991 municípios. Todos os municípios foram atendidos com operações do FNE durante o primeiro semestre de 2015 (Tabela 32).

Tabela 32 – FNE – Distribuição Territorial dos Recu rsos – Primeiro Semestre de 2015

Estado Nº. de Municípios da Área

de Atuação do FNE (A)

Nº. de Municípios Atendidos pelo FNE (B) B/A (%)

Alagoas 102 102 100,0 Bahia 417 417 100,0

Ceará 185 185 100,0

Espírito Santo 28 28 100,0

Maranhão 217 217 100,0

Minas Gerais 168 168 100,0

Paraíba 223 223 100,0

Pernambuco(1) 185 185 100,0

Piauí 224 224 100,0

Rio Grande do Norte 167 167 100,0

Sergipe 75 75 100,0

Total 1.991 1.991 100,0

Fontes: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB – Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação. Nota: (1) O Território Estadual de Fernando de Noronha está contido nessa estatística como município.

Territorialmente, o FNE difundiu-se de forma mais intensa no Setor Rural, estando presente em 99,3% da sua área de atuação, o que corresponde a 1.977 municípios atendidos. Destacam-se, também, as contratações efetuadas em 1.276 municípios no Setor Comércio e Serviços, equivalente a 64,1% da área de abrangência do Fundo (Tabela 33).

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Tabela 33 – FNE – Distribuição Territorial e Setori al dos Recursos – Primeiro Semestre de 2015

Setor Nº. de Municípios

Atendidos pelo FNE no Período

% em Relação ao Nº. de Municípios da Área de

Atuação do FNE

Rural 1.977 99,3

Agroindustrial 319 16,0

Industrial 625 31,4

Infraestrutura 2 0,1

Comercial e Serviços 1.276 64,1

Turismo 116 5,8

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Ao analisar as contratações por faixa de valor, verifica-se que o FNE destinou até R$ 500 mil para 727 municípios no primeiro semestre de 2015. Em seguida, 1.190 municípios receberam recursos na faixa de R$ 501 mil a R$ 10 milhões, enquanto que 74 municípios receberam recursos acima de R$ 10 milhões (Tabela 34).

Tabela 34 – FNE – Distribuição Territorial dos Recu rsos por Faixa de Valor Contratado – Primeiro Semestre de 2015

Faixa de Valor Contratado Nº. de Municípios

Atendidos pelo FNE no Período (1)

% em Relação ao Total de Municípios Atendidos

pelo FNE

R$ 1 a R$ 100 mil 102 5,1

de R$ 101 mil a R$ 500 mil 625 31,4

de R$ 501 mil a R$ 1 milhão 488 24,5

> R$ 1 milhão a R$ 10 milhões 702 35,3

> R$ 10 milhões a R$ 100 milhões 70 3,5

> R$ 100 milhões a 500 milhões 4 0,2

> R$ 500 milhões - -

Total 1.991 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) O enquadramento dos municípios por faixa ocorre nas operações de maior valor. Assim, se um município obteve 2 operações de empréstimos, sendo uma de R$ 1 mil e a segunda de R$ 100 mil, o enquadramento desse município ocorrerá na faixa 2.

Quanto às contratações por tipo de município, a Tabela 35 indica que os municípios de baixa e média rendas contrataram 98,3% de todas as operações do Fundo, no primeiro semestre de 2015. No que se refere aos valores contratados, nesse mesmo período, a maior parte destinou-se aos municípios de média renda (R$ 3,1 bilhões ou 62,3% dos recursos contratados).

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Tabela 35 – FNE – Contratações por Tipo de Municípi o(1) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Tipologia Quantidade

de Operações

% Valor Contratado %

Alta Renda (5) 4.201 1,7 1.133.399 22,7

Baixa Renda (2) 72.638 29,0 746.536 15,0

Dinâmico de Média Renda (4) 87.257 34,8 1.640.657 32,8

Estagnado de Média Renda (3) 86.527 34,5 1.473.989 29,5

Total 250.623 100,0 4.994.581 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Notas: (1) Classificação Municipal de Renda dos Municípios. (2) Baixa Renda: Municípios cujo rendimento médio por habitante varie entre 16% a 33% do rendimento médio por habitante no Brasil (em 2000) e a variação no PIB foi inferior a 3,87% entre 1990 e 1998. (3) Estagnado de Média Renda: Municípios cujo rendimento médio por habitante varie entre 33% e 93% do rendimento médio por habitante no Brasil (em 2000); e a variação no PIB foi inferior a 3,87% entre 1990 e 1998. (4) Dinâmica de Média Renda: Municípios cujo rendimento médio por habitante varie entre 33% a 93% do rendimento médio por habitante no Brasil (em 2000) e a variação no PIB foi igual ou maior que 3,87% entre 1990 e 1998. (5) Alta Renda: Municípios cujo rendimento médio por habitante seja de no mínimo 93% do rendimento médio por habitante no Brasil (em 2000) e a variação no PIB foi igual ou maior que 3,87% entre 1990 e 1998.

3.4 – Repasses do FNE

3.4.1 – Repasses do FNE a Outras Instituições

Em conformidade com o artigo 9º, da Lei Nº 7.827, que instituiu o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), os bancos administradores podem repassar recursos dos Fundos Constitucionais a outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com comprovada capacidade técnica e com estruturas operacional e administrativa aptas a realizar, em segurança e no estrito cumprimento das diretrizes e normas estabelecidas, programas de crédito especificamente criados com essa finalidade, desde que observadas as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Integração Nacional (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.01.2001).

Assim, com o objetivo de proporcionar maior capilaridade ao FNE, o Banco do Nordeste vem repassando recursos a algumas instituições financeiras. No primeiro semestre de 2015, conforme Tabela 36, duas instituições obtiveram recursos do Fundo para repasse, que somaram R$ 342 mil.

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Tabela 36 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

UF Bancos Repassadores Nº. de Operações % Valor

Contratado %

RN Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN)

1

20,0

85

24,9

SE Banco do Estado de Sergipe (BANESE) 4

80,0

257

75,2

BA Agência de Fomento do Estado da Bahia (DESENBAHIA)

- -

- -

MG Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - (BDMG)

-

-

-

-

Total 5

100,0

342

100,0

Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

Quanto à distribuição setorial dos recursos contratados no primeiro semestre de 2015, aproximadamente 75,1% foram destinados ao Setor Rural, conforme Tabela 37.

Tabela 37 – FNE – Bancos Repassadores – Desempenho Operacional – Contratações (1) Primeiro Semestre de 2015

Setor / Programa

Contratações

Nº. de Operações

Quant. Beneficiários Valor %

RURAL 4 4 257 75,1 Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural (RURAL) e Outros 4 4 257 75,1

COMÉRCIO E SERVIÇOS 1 1 85 24,9 Programa de Financiamento às Micro e Pequenas Empresas (MPE-COMÉRCIO E SERVIÇOS) 1 1 85 24,9

Total 5 5 342 100,0

Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

Conforme pode ser observado na Tabela 38, a Pecuária absorveu a

integralidade dos recursos destinados ao Setor Rural, que foram aplicados na atividade de bovinocultura.

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Tabela 38 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s(1) por Atividade no Setor Rural – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Nº. de Operações Valor %

PECUÁRIA 4 257 100,0 Bovinocultura 4 257 100,0

Total 4 257 100,0 Notas: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG

O Setor de Comércio e Serviços absorveu R$ 85 mil, ou seja, 24,9% do total de recursos repassados. Referido montante destinou-se a atividades ligadas exclusivamente a transporte, conforme a Tabela 39.

Tabela 39 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s (1) por Atividade nos Setores Comercial e Serviços – Primeiro Semestr e de 2015.

Valores em R$ Mil

Atividade Nº. de Operações Valor % Setor % FNE

SERVIÇOS 1 85 100,0 0,0 Transporte 1 85 100,0 0,0

Total 4 10.634 100,0 2,5 Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG

Sob a perspectiva das regiões climáticas (Tabela 40), as áreas geográficas localizadas no semiárido absorveram a maior parte dos recursos contratados (59,6%). No mesmo período do ano anterior, essa sub-região havia recebido apenas 3,3% do montante repassado.

Tabela 40 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s(1) por Região – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Área Nº. de Beneficiários % Valor (1) %

Semiárido 3 60,0 204 59,6 Fora do Semiárido 2 40,0 138 40,4

Total 5 100,0 342

100,0 Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

Considerando-se o porte dos beneficiários, verifica-se que todas as operações foram contratadas com beneficiários de pequeno porte. Destes, praticamente todos atuam no Setor Rural (Tabela 41).

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Tabela 41 – FNE – Bancos Repassadores – Beneficiári os por Porte e Setor – Primeiro Semestre de 2015

Porte/Setor Rural Agroindustrial Comércio e

Serviços Total

Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%)

Pequeno 4 100,0 - - 1 100 5 100

Total

4

100,0

- -

1 100 5 100 Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

No que concerne ao volume de recursos contratado, segundo o porte dos beneficiários, constata-se que grande parte dos recursos foi destinado a produtores de pequeno porte na atividade rural (Tabela 42).

Tabela 42 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s (1) por Porte e Setor do Beneficiário – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Porte Rural Agroindustrial Industrial/Turism

o

Infra - Estrutura

Comércio e Serviços Total

Pequeno 257 - - - 85 342

Total 257 - - - 85 342

Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fonte: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

Na posição de 30.06.2015, o saldo devedor total das instituições repassadoras é de R$ 163,3 milhões (Tabela 43), contra R$ 164,2 milhões do mesmo período do exercício de 2014. Quanto à pontualidade no reembolso dos créditos, o maior percentual de inadimplência apresentado pelas instituições repassadoras dos recursos do FNE continua com a Desenbahia, que passou de uma taxa de 7,3%, no primeiro semestre de 2014, para 9,0% no primeiro semestre de 2015.

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Tabela 43 – FNE – Bancos Repassadores – Saldos Deve dores e Inadimplência – Primeiro Semestre de 2015

SETOR

INSTITUIÇÕES REPASSADORAS

AGN BANESE DESENBAHIA BDMG

Saldo Devedor

% de Inadimp.

Saldo Devedor

% de Inadimp.

Saldo Devedor

% de Inadimp.

Saldo Devedor

% de Inadimp.

Industrial

207

-

12.211

-

14.351 26,9 -

-

Rural

43

-

21.630

-

4.006 7,3 -

-

Outros 1.708 1,0 21.610 - 62.763 5,0 24.794 -

Total 1.958 - 55.451 - 81.120 - 24.794 -

Fonte: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG

Tendo em vista a distribuição espacial dos recursos do FNE, no primeiro semestre de 2015, os financiamentos realizados pelos bancos repassadores alcançaram 3 municípios da área de atuação dessas instituições. Nesse contexto, o Setor Rural abrangeu 2 municípios. O município que recebeu o maior volume de recursos foi Itaporanga D´Ajuda (SE) (40,3%), ficando o restante distribuído entre Gararu (SE) e Açu (RN), conforme (Tabelas 44 e 45).

Tabela 44 – FNE – Bancos Repassadores – Distribuiçã o Territorial e Setorial dos Recursos – Primeiro Semestre de 2015

Setores/Programas Nº de Municípios Atendidos

Rural 2

Comércio/Serviços 1 Nota: Um mesmo município pode ter contratado operações em mais de um setor. Fontes: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

Tabela 45 – FNE – Bancos Repassadores – Contrataçõe s(1) por Município – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Município Valor Contratado %

Açú (RN) 85 24,9

Gararu 119 34,8

Itaporanga D'Ajuda 138 40,3

TOTAL 342 100,0

Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. Fonte: AGN, Banese, Desenbahia e BDMG.

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Observando-se a dinâmica da economia brasileira na última década, a despeito das recorrentes crises financeiras internacionais, constata-se a melhoria de alguns indicadores econômicos e sociais importantes, fatores que possivelmente influenciaram o aumento da demanda por crédito. Assim, os recursos do FNE têm-se mostrado insuficientes, frente à crescente demanda por crédito no Nordeste do País, fato que repercute no volume de recursos efetivamente repassado a outras instituições de crédito.

3.5 – Prioridades Definidas pelo Condel/Sudene para a Aplicação do FNE

Compete ao Condel/Sudene estabelecer anualmente as diretrizes e prioridades para aplicação dos recursos do FNE, observadas as diretrizes e orientações gerais do Ministério da Integração Nacional (MI).

Dessa forma, a Resolução no 078/2014, de 15/08/2014, do Condel/Sudene aprovou as Diretrizes e Prioridades do FNE, para o exercício 2015 (BNB, 2015).

O presente item retrata o monitoramento de tais prioridades para o primeiro semestre do referido exercício.

3.5.1 – Prioridades Espaciais I. Apoio a Arranjos Produtivos Locais (APLs)

Conforme pode ser observado na Tabela 46, foram contratados, durante o primeiro semestre de 2015, R$ 93,5 milhões em projetos relacionados a arranjos produtivos locais. Diversas atividades produtivas foram financiadas, com destaque para os APLs de Leite e Derivados, localizados em Açailândia e Bacabal no Maranhão, Major Isidoro (AL), Caicó (RN), Garanhuns (PE) e Parnaíba (PI), onde foram realizados financiamentos da ordem de 45,2% dos recursos. Merecem, também, destaque os APLs de Fruticultura, localizados nos municípios de Petrolina (PE), Juazeiro (BA), Assu (RN) e Janaúba (MG) que juntos contrataram 40,2% dos valores destinados aos Arranjos Produtivos Locais.

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Tabela 46 – FNE – Contratações (1) em Arranjos Produtivos Locais – APLs – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estado APL Produto Nº. de Operações % Valor %

AL

Mandioca no Agreste Alagoano - Arapiraca Mandioca

15 0,5

62

0,1

Ovinocaprinocultura - Delmiro Gouveia Carne

27 0,9

114

0,1

Laticínios do Sertão Alagoano - Major Isidoro Leite

432 13,7

3.770

4,0

BA

Fruticultura – Juazeiro Manga/Uva 91

2,9 8.774

9,4

Transformação Plástica – Salvador Transformação Plástica

1

0,0

140

0,2

Caprinocultura - Senhor do Bonfim Carne 4

0,1

65

0,1

Sisal – Valente Sisal - - -

-

CE

Cajucultura – Aracati Castanha

172 5,5

823

0,9

Calçados - Juazeiro do Norte Calçados

21 0,7

2.905

3,1

Bovinocultura Leiteira - Morada Nova Leite

434 13,8

4.621

4,9

Ovinocaprinocultura - Tauá Carne

73 2,3

662

0,7

PB

Couro e calçados - Campina Grande Calçados 9 0,3

1.174

1,3

Confecções - São Bento Rede - - -

-

Ovinocaprinocultura do Semiárido Paraibano – Serraria

Carne 104 3,3 496

0,5

ES Fruticultura - São Mateus Maracujá/Goiaba - -

- -

Café Conilon da Região Nordeste - São Gabriel da Palha

Café 4 0,1 160

0,2

MA

Leite e Derivados - Açailândia Leite

125 4,0

25.473

27,2

Leite e Derivados - Bacabal Leite

123 3,9

4.623

4,9

Ovinocaprinocultura - Chapadinha Carne

106 3,4

541

0,6

Turismo - São Luís Turismo - -

- -

MG Fruticultura Irrigada - Janaúba Banana / Citrus (Laranja / Limão)

5 0,2 530

0,6

PE

Confecções - Caruaru Jeans

90 2,9

409

0,4

Laticínios - Garanhus Leite

491 15,6

2.230

2,4

Fruticultura - Petrolina Manga / Uva

59 1,9 27.567

29,5

PI Leite e Derivados da Região Norte - Parnaíba Leite e Derivados 7 0,2

932

1,0

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77

Apicultura - Picos Apicultura

16 0,5

123

0,1

Cajucultura - Picos Castanha 1 0,0

15

0,0

Ovinocaprinocultura - Teresina Corte

34 1,1

430

0,5

RN

Cerâmica - Assu Olaria (Tijolo / Telha)

10

0,3

628

0,7

Fruticultura - Assu Todas as Frutas

32 1,0

675

0,7

Laticínios - Caicó Leite

211 6,7

2.332

2,5

Tecelagem do Seridó - Jardim das Piranhas Pano de Prato 1 0,0

18

0,0

SE

Petróleo e Gás - Aracaju Petróleo e Gás - - -

-

Cerâmica Vermelha - Itabaianinha Tijolos, Telhas 1 0,0

198

0,2

Mandioca - Lagarto Mandioca

18 0,6

62

0,1

Pecuária de Leite - N. S. da Glória Leite

436 13,8

2.958

3,2

Total 3.153 100,0 93.510

100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

II. Projetos que se Localizem nos Espaços Reconheci dos como Prioritários pela PNDR Ver item 3.6 III. Apoio Preferencial a Agricultores Familiares e Mini e Micro Produtores Rurais, Empreendedores Individuais e às Micro e Peq uenas Empresas, e às suas Associações e Cooperativas bem como empreen dimentos localizados em municípios com situação de emergênci a ou de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração N acional, em decorrência de seca ou estiagem, e tendo como foco a recuperação ou preservação das atividades produtivas; III.I Apoio a agricultores familiares, Ver item 3.1.1.1 III.II Apoio aos mini e micro produtores rurais, às micro e pequenas empresas e às suas associações e cooperativas

De acordo com a Tabela 47, foram destinados a essa prioridade,

aproximadamente, R$ 2,7 bilhões, distribuídos em 248.982 operações. Nesse segmento de beneficiários do FNE, destaque para o Setor Rural que efetivou 94,7% das operações e 63,5% dos recursos contratados. Em seguida, 29,7%

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dos valores foram contratados no Setor Comércio e Serviços, no âmbito dessa prioridade.

Tabela 47 – FNE – Contratações (1) com Mini, Micro e Pequenos Produtores Rurais (2)/Empresas – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Setores Nº. de Operações % Valor %

Rural 235.685 94,7 1.698.307 63,5

Cooperativas/Associações 3 - 1.174 -

Demais 235.682 94,7 1.697.133 63,5

Agroindustrial 1.424 0,6 11.854 0,4

Cooperativas/Associações - - - -

Demais 1.424 0,6 11.854 0,4

Industrial 1.274 0,5 136.457 5,1

Cooperativas/Associações - - - -

Demais 1.274 0,5 136.457 5,1

Turismo 273 0,1 33.354 1,3

Cooperativas/Associações - - - -

Demais 273 0,1 33.354 1,3

Infraestrutura - - - -

Demais - - - -

Comércio e Serviços 10.326 4,2 793.729 29,7

Cooperativas/Associações 2 - 1.250 0,1

Demais 10.324 4,2 792.479 29,6

Total 248.982 100,0 2.673.701 100,0

Cooperativas/Associações 5 - 2.424 0,1

Demais 248.977 100,0 2.671.277 99,9

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. (2) Exclusive operações com agricultores familiares.

III.III Apoio aos empreendedores individuais

O Programa FNE Empreendedor Individual (FNE EI) tem como objetivo

fomentar o desenvolvimento dos empreendedores individuais, contribuindo para o fortalecimento e aumento da competitividade desse segmento. Nesse contexto, foram contratados no âmbito desse Programa R$ 7,7 milhões, distribuídos em 609 operações. No Setor Comércio e Serviços encontra-se o

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maior volume de contratações e recursos nessa prioridade, com participação de 89,5% dos recursos contratados (Tabela 48).

Tabela 48 – FNE – Contratações (1) com Empreendedores Individuais – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Setor Nº de Operações % Valor %

Comércio e Serviços 544 89,3 6.849 89,5

Industrial 48 7,9 561 7,3

Turismo 17 2,8 242 3,2

Total 609 100,0 7.652 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.5.2 – Prioridades Setoriais I. Expansão, diversificação e modernização da base econômica regional I.I Infraestrutura;

Neste primeiro semestre de 2015, foram realizadas contratações no valor de R$ 370,6 milhões (Tabela 49), no estado do Ceará, na atividade de informação e comunicação abrangendo a Região Metropolitana de Fortaleza e o noroeste do Estado12.

Tabela 49 - FNE – Contratações por Atividade no Set or de Infraestrutura – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Valor % Setor % FNE

Telecomunicações 370.615 100,0 7,4

Total 370.615 100,0 7,4

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.II Cadeia produtiva de veículos automotores, inclusive veículos pesados, enfocando a formação de rede de pequenos e médios fornecedores regionais;

Neste item serão tratados os projetos relacionados à Indústria de

Transportes. Como pode ser observado na Tabela 50, foram contratadas 15

12 Base do Ativo do BNB.

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operações nessa prioridade, sendo que para a fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhão foram contratados R$ 3,3 milhões, o que corresponde a 75,2% dos recursos contratados.

Tabela 50 – FNE – Projetos Contratados (1) na Indústria Automotiva – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Produto Nº de Operações % Valor %

Fab. cabines, carrocerias e reboques para caminhão 7 46,7 3.313 75,2

Fab. de peças e acessórios 8 53,3 1.095 24,8

Total 15 100,0 4.408 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.III Agroindústria; Ver item 3.1.2 I.IV. Indústria química (excluídos os explosivos), petroquímicos e biocombustíveis;

A Tabela 51 mostra os projetos relacionados à indústria química,

petroquímica e de biocombustíveis. Nessa prioridade foram efetivadas 2 operações que resultaram em R$ 7,2 milhões contratados. A produção de álcool foi a grande responsável pelas contratações nessa prioridade, com participação de 98,4% dos recursos.

Tabela 51 – FNE – Projetos Contratados (1) na Indústria Química, Petroquímica e Biocombustíveis – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Produto Nº de Operações Valor %

Usina de álcool 1 7.065 98,4

Fab. de outros produtos químicos não especificados ou não classificados

1 118 1,6

Total 02 7.183 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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I.V. Metalurgia, siderurgia e mecânica; Conforme a Tabela 52, foram alocados para esta prioridade R$ 12,9

milhões em 119 operações13. Os maiores volumes de recursos foram contratados nos estados da Bahia, do Ceará e do Piauí.

Tabela 52 – FNE – Projetos Contratados (1) na Indústria Metal-Mecânica – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Nº de

Operações % Valor %

Ind. metal-mecânica 119 100,0 12.946 100,0

Total 119 100,0 12.946 100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.VI. Extração de minerais metálicos e não metálicos;

De acordo com a Tabela 53, nesta prioridade foi alocado o maior volume de recursos nas atividades relativas à extração de minerais não metálicos (93,7%). O bom desempenho dessa atividade deve-se aos investimentos realizados para a extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e para extração de granito que absorveram 95,6% dos recursos contratados nessa atividade14.

13 Base do Ativo do BNB. 14 Base do Ativo do BNB.

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Tabela 53 – FNE – Projetos Contratados (1) no Setor da Indústria Extrativa de Minerais – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Nº de

Operações % Valor % Extração de minerais metálicos 2 10,5 809 6,3

Extração de minerais não metálicos 17 89,5 12.035 93,7 Total 19 100,0 12.844 100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.VII. Minerais não metálicos (beneficiamento e transformação)

Nesta prioridade, foram contratadas 146 operações, no montante de R$ 32,7 milhões, e 75,9% dos valores contratados destinam-se a empreendimentos de micro e pequeno portes15.

Tabela 54 – FNE – Projetos Contratados (1) no Setor da Indústria de Beneficiamento e Transformação de Minerais não Metá licos – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Atividade Valor Quant. Operações

Ind. prod. minerais não metálicos 32.714 146 Total 32.714 146

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.VIII. Pecuária;

Ver item 3.1.1

I.IX. Agropecuária irrigada

Ver item 3.1.1

Tabela 55 – FNE – Projetos Contratados (1) na Agropecuária Irrigada – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Atividade Valor Quant. Operações

Agropecuária Irrigada 161.812 3.862 Total 161.812 3.862

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

15 Base do Ativo do BNB.

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I.X. Indústria de produtos alimentares e bebidas;

Nesta prioridade, foram contratadas 321 operações de crédito, num montante total de R$ 124,6 milhões, dos quais 71,2% na indústria de bebidas, com destaque para a indústria de refrigerantes e refrescos, e 28,8% na indústria de produtos alimentares, destacando-se a indústria de produtos de padaria, confeitaria e pastelaria e a de massas alimentícias (Tabela 57).

Tabela 56 – FNE – Projetos Contratados (1) nas Indústrias de Produtos Alimentares e de Bebidas – Primeiro Semestre de 201 5

Valores em R$ Mil

Atividade Produto Valor % Qtde. Oper %

Indústria de Produtos Alimentares 35.927 28,8 291 90,8 Café 387 0,3 8 2,6 Fab. outros produtos alimentícios 7.410 5,9 47 14,7 Fab. biscoitos e bolachas 1.040 0,8 15 4,6 Fab. derivados cacau e balas, gomas de mascar 24 0 1 0,3 Fab. doces caseiros 1.532 1,2 3 0,9 Fab. especiarias, molhos, temperos e condimentos 3.084 2,5 13 4,1 Fab. massas alimentícias 7.041 5,7 20 6,3 Fab. prod. padaria, confeitaria e pastelaria 12.232 9,8 160 49,9 Fab. produtos do laticínio, inclusive preparação do leite 592 0,5 6 1,8 Fab. sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados

1.926 1,5 11 3,5

Prod. alimentos à base de cereais ou de flocos de cereais 51 0 1 0,3 Fab. sorvetes e outros gelados comestíveis 608 0,5 6 1,8

Indústria de Bebidas 88.690 71,2 30 9,2 Engarrafamento e gaseificação de águas minerais 872 0,7 4 1,2 Fab. malte, cervejas e chopes 142 0,1 1 0,3 Fab. refrigerantes e refrescos 72.441 58,1 4 1,2 Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas 417 0,3 4 1,2 Fabricação de águas envasadas 14.395 11,6 16 5,0 Fabricação de vinho 423 0,3 1 0,3

Total 124.617 100,0 321 100,0 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

I.XI. Agricultura de sequeiro

Ver item 3.1.1

I.XII. Turismo;

Ver item 3.1.4

I.XIII. Indústria de calçados e artefatos, mobiliários, confecções, inclusive artigos de vestuários;

No primeiro semestre de 2015, o BNB financiou, no âmbito do FNE, 375 operações relacionadas às indústrias de calçados, de mobiliários e de vestuário

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e acessórios, totalizando R$ 67,9 milhões. Do total dessa prioridade, 40,9% dos recursos foram destinados à Indústria de Calçados, 36,5% à Indústria de Vestuário e Acessórios, e 22,6% à Indústria de Mobiliário.

Importante destacar que nessa prioridade 64,0%16 dos recursos foram destinados a empresas instaladas na Região Semiárida, evidenciando a importância dessas atividades para o desenvolvimento dos municípios localizados nesse espaço sub-regional (Tabela 56).

Tabela 57 – FNE – Projetos Contratados (1) nas Indústrias de Calçados, Mobiliários e Vestuário e Acessórios – Primeiro Sem estre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Produto Qtde Oper % Valor %

Ind. Calçados 25 6,7 27.731 40,9

Fab. calçados de couro 13 3,5 1.706 2,5

Fab. calçados de plástico 2 0,5 107 0,2

Fab. calçados de tecidos, fibras, madeira ou borracha 9 2,4 25.738 37,9

Fabricação de partes para calçados, de qualquer material 1 0,3 180 0,3

Ind. Mobiliário 108 28,8 15.334 22,6

Fab. artef. bambu, vime, junco ou palha trançada 1 0,3 105 0,2

Fab. colchões 7 1,9 1.286 1,9

Fab. móveis com predominância de metal 23 6,1 2.588 3,8

Fab. móveis de vime e junco 2 0,5 88 0,1

Fab. móveis estofados 7 1,9 708 1,0

Fab. móveis com predominância de madeira 64 17,0 10.308 15,2

Serviços de montagem de móveis de qualquer material 4 1,1 251 0,4 Ind. Vestuário e Acessórios 242 64,5 24.792 36,5

Confecção peças vestuário, exceto roupas íntimas e as confecções sob medida

117 31,2 10.063 14,8

Confecção de roupas íntimas 15 4,0 2.216 3,3

Fab. artigos do vestuário 52 13,8 6.985 10,3

Fab. Acessórios do vestuário 15 4,0 1.817 2,7

Fab. Bijuteria 1 0,3 135 0,2

Fab. acessórios do vestuário, exc. para segurança e proteção 10 2,6 1.256 1,8

Fab. aviamentos p/costura 3 0,8 147 0,2

Fab. artefatos de joalheria e ourivesaria 1 0,3 199 0,3

Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 25 6,7 1.926 2,8

Estamparia e texturização em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário

3 0,8 48 0,1

Total 375 100,0 67.857 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

16 Base do Ativo do BNB.

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I.XIV. Indústria de embalagens;

Tabela 58 – FNE – Projetos Contratados (1) na Indústria de Embalagens – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Atividade Produto Qtde. Oper % Valor % Indústria de Embalagens

Fabricação de embalagem de plástico 10 41,7 2.541 56,6 Fabricação de embalagens de papel 14 58,3 1.949 43,4

Total 24 100,0 4.490 Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar. II. Apoio aos setores exportadores regionais;

No que se refere às exportações regionais, de acordo com a Tabela 59,

foram contratados beneficiamento de castanha de caju. Já no Setor Comércio e Serviços, as contratações destinaram-se ao comércio atacadista (R$ 126,0 mil)17.

Tabela 59 – FNE – Projetos Contratados (1) nos Setores Exportadores – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Setores Nº. de Operações % Valor %

Industrial 7 87,5 38.605 99,7

Comércio e Serviços 1 12,5 126 0,3

Total 8 100,0 38.731 100,0 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

III. Instalação de uma base produtiva contemplando setores/atividades portadoras de futuro

Dentro dessa prioridade, foram identificados os projetos relacionados à

Indústria de Produtos Farmacêuticos, de Eletroeletrônica, de Biocombustíveis, de Informática e de Comunicação. Nesse sentido, o Banco do Nordeste contratou aproximadamente R$ 38,5 milhões dentro das prioridades do Condel/Sudene para o FNE, no exercício de 2015, conforme demonstrado na Tabela 60.

17 Base do Ativo.

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Tabela 60 – FNE – Contratações (1) no Segmento de Fármacos, Eletroeletrônica, Biocombustíveis, Informática e Comunicação – Primei ro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil Atividade Valor % Qtde Operações %

Ind. álcool 7.065 18,4 1 1,9 Provedores de acesso às Redes de telecomunicações

35 0,1 1 1,9

Ind. eletroeletrônica 14.513 37,7 19 35,8 Ind. prod. farmacêuticos 15.874 41,2 10 18,9 Informática 1.014 2,6 22 41,5

Total 38.501 100,0 53 100,0 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

3.6 – O FNE no Contexto da PNDR I. Projetos localizados no Semiárido

Ver item 3.3.2

II. Projetos localizados nas sub-regiões prioritárias da PNDR.

A Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) tem como objetivo reduzir as desigualdades regionais e ativar os potenciais de desenvolvimento das regiões no País. Especificamente, esta Política se propõe: i) A dotar as regiões das condições necessárias de infraestrutura, crédito e tecnologia para o aproveitamento de oportunidades econômico-produtivas promissoras para seu desenvolvimento; ii) a promover a inserção social produtiva da população, a capacitação dos recursos humanos e a melhoria da qualidade da vida em todas as regiões; iii) a fortalecer as organizações socioprodutivas regionais, com a ampliação da participação social e estímulo a práticas políticas de construção de planos e programas sub-regionais de desenvolvimento; e iv) a estimular a exploração das potencialidades sub-regionais que advêm da magnífica diversidade socioeconômica, ambiental e cultural do País (BRASIL, 2012).

A PNDR adotou uma metodologia na intenção de qualificar, por tipologia, as sub-regiões objetos de sua política, utilizando as seguintes variáveis:

a) Rendimento Médio Mensal por Habitante, englobando todas as fontes

declaradas (salários, benefícios e pensões); e b) Taxa Geométrica de Variação dos Produtos Internos Brutos

Municipais por habitante.

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Assim, foram definidos quatro tipos de sub-regiões, a saber:

1 - Sub-regiões de Alta Renda; 2 - Sub-regiões Dinâmicas; 3 - Sub-regiões Estagnadas; e 4 - Sub-regiões de Baixa Renda, sendo consideradas como áreas prioritárias as microrregiões pertencentes às sub-regiões Dinâmicas, Estagnadas e de Baixa Renda.

Dessa forma, este item tratará especificamente dos valores contratados nos municípios prioritários da PNDR. Nesse contexto, o BNB destinou, no primeiro semestre de 2015, R$ 3,9 bilhões do FNE para os municípios pertencentes a essas sub-regiões prioritárias, o que representa 77,3% dos valores contratados com recursos desse Fundo Constitucional, no período (Tabela 61).

Observe-se que os investimentos realizados nos municípios das sub-regiões estagnadas, contribuirão para o processo de melhoria do perfil econômico dessas localidades.

A Figura 1 mostra a distribuição dos municípios conforme as tipologias. Como pode ser observado, fazem parte das microrregiões consideradas de alta renda as cidades de Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador, bem como os municípios localizados no entorno dessas cidades.

Com isso, observa-se que as contratações realizadas com recursos do FNE nos municípios prioritários da PNDR, que em geral, estão mais distantes dos grandes centros urbanos, podem contribuir para a dinamização econômica desses municípios e consequentemente para uma redução das disparidades intrarregionais.

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Figura 1 – Tipologia de Renda dos Municípios na Áre a de Atuação do FNE

Nota: Ar = Alta renda; BR = Baixa renda; Dmr = Dinâmico de menor renda; Emr = Estagnado de média renda. Fonte: Manual Auxiliar – Operações de Crédito do BNB.

II.I Contratações por tipo de município e porte (áreas prioritárias) De acordo com a Tabela 61, verifica-se que os empreendimentos de

porte mini/micro, pequeno e pequeno-médio, foram responsáveis dentro das áreas prioritárias, por 64,5% do volume contratado, evidenciando a preocupação do BNB em atender, principalmente, os empreendedores de menor porte.

AL

RN

SE

BA

CE

NORTE DO ES

MA

NORTE DE MG

PB

PE

PI

Tipologia

Ar

Br

Dmr

Emr

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Tabela 61 – FNE – Contratações (1) por Tipo de Município e Porte (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Tipologia

Mini / Micro Pequeno Pequeno / Médio Médio Grande Total

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Alta Renda

2.131

29.493 1.688 182.718 231 106.020 123 179.413 28 635.755

4.201

1.133.399

Baixa Renda

70.639

444.349 1.812 212.314 125 54.859 53 25.956 9 9.058

72.638

746.536

Dinâmico de Média Renda

84.779

525.897 2.073 297.359 257 224.036 130 294.223 18 299.142

87.257

1.640.657

Estagnado de Média Renda

82.271

510.056 3.589 471.515 437 164.461 205 145.120 25 182.837

86.527

1.473.989

Total 239.820 1.509.795 9.162 1.163.906 1.050 549.376 511 644.712 80 1.126.792 250.623 4.994.581

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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II.II Contratações por tipo de município e setor (áreas prioritárias)

A partir das informações apresentadas na Tabela 62, verifica-se que o Setor Rural foi responsável por 67,8% do volume de recursos contratados nas regiões prioritárias. O desempenho, desse setor é reflexo da estrutura produtiva dos municípios localizados nas regiões prioritárias, onde, em geral, predominam as atividades relacionadas à agropecuária. Em seguida, aparece o Setor Comércio e Serviços, que efetivou 9.286 operações, contratando 22,8% do volume de recursos (R$ 881,1 milhões), dentro das áreas prioritárias.

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Tabela 62 – FNE – Contratações (1) por Tipo de Município e Setor (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Tipologia

Rural Agroindústria Industrial Turismo Infraestrutura Comércio e Serviços Total

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Alta Renda 1.580 28.263 27 1.453 420 204.595 125 134.094 1 333.553 2.048 431.441 4.201 1.133.399

Baixa Renda 69.719 525.836 533 5.505 188 34.797 45 5.278 - - 2.153 175.120 72.638 746.536

Dinâmico de Média Renda 83.989 1.380.330 366 7.704 259 49.792 43 5.249 - - 2.601 197.651 87.258 1.640.726

Estagnado de Média Renda 80.727 704.467 519 42.550 668 141.710 79 39.848 1 37.062 4.532 508.283 86.526 1.473.920

Total 236.015 2.638.896 1.445 57.212 1.535 430.894 292 184.469 2 370.615 11.334 1.312.495 250.623 4.994.581

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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II.III - Contratações por tipo de município por estado (áreas prioritárias)

No âmbito estadual, levando-se em consideração as operações realizadas nas tipologias baixa renda, média renda estagnada e média renda dinâmica, verifica-se com base na Tabela 63, que o estado da Bahia aparece com o maior número de contratos firmados (54.431), seguido do Ceará e de Pernambuco com 33.600 e 26.560 operações efetuadas, respectivamente.

Nesses estados as atividades mais financiadas nos municípios classificados como de baixa renda são bovinocultura, comércio varejista e fruticultura, como também, em menor escala, a cultura de grãos e de gramíneas, a ovino e a suinocultura18.

Naqueles municípios classificados como de média renda dinâmica as atividades mais financiadas são também a bovinocultura e o comércio varejista, com destaque para grãos e fibras e têxteis. Nos municípios classificados como de média renda estagnada também predominam os financiamentos para bovinocultura e comércio varejista, destacando-se, ainda, os financiamentos para fruticultura e telecomunicações19.

Tabela 63 – FNE – Contratações (1) por Tipo de Município e Estado (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estados Tipologia Quant. Valor

AL Alta Renda 361 91.235

Baixa Renda 7.557 74.980

Dinâmica 6.153 42.690

BA Alta Renda 452 218.321

Baixa Renda 7.773 73.258

Dinâmica 10.510 491.009

Estagnada 36.148 474.440

CE Alta Renda 1.541 611.051

Baixa Renda 19.255 184.414

Dinâmica 6.735 99.587

Estagnada 7.610 175.845

ES Estagnada 444 72.643

18 Base do Ativo do BNB. 19 Base do Ativo do BNB.

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93

MA Baixa Renda 18.966 239.061

Dinâmica 1.564 134.190

Estagnada 3.233 152.184

MG Baixa Renda 388 2.549

Dinâmica 15.386 154.488

Estagnada 9.636 121.188

PB Alta Renda 590 67.454

Baixa Renda 8.089 83.649

Dinâmica 5.271 38.423

Estagnada 7.158 69.251

PE Alta Renda 471 83.336

Baixa Renda 4.892 46.727

Dinâmica 8.991 80.331

Estagnada 12.677 236.689

PI Baixa Renda 3.364 21.473

Dinâmica 14.721 365.813

Estagnada 6.306 113.444

RN Alta Renda 385 32.448

Baixa Renda 961 9.440

Dinâmica 11.510 135.305

Estagnada 1.452 32.753

SE Alta Renda 401 29.554

Baixa Renda 1.393 10.985

Dinâmica 6.417 98.890

Estagnada 1.862 25.483

Total - 250.623 4.994.581

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

II.IV - Contratações por tipo de município e região (áreas prioritárias)

Com base nas informações constantes na Tabela 64, os municípios com classificação Dinâmico de Média Renda, dentro da Região Semiárida, se sobressaem no que se refere ao número de contratos firmados (70.063), ou seja 42,5% do total para essa região climática, enquanto que o maior volume de recursos foi contratado nos municípios de tipologia Estagnado de

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94

Média Renda (R$ 791,0 milhões), ou seja, 42,4% do volume de recursos destinados à região semiárida.

Nas demais regiões observa-se o maior número de contratos nos municípios de baixa renda (36.176). Sobre esse aspecto vale ressaltar o número de contratos firmados no estado do Maranhão, onde foram efetivadas 18.96620 operações no montante de R$ 239,1 milhões21, o que corresponde a 56,3% dos valores contratados e a 52,4% do total de contratos, nessa tipologia de município, nessa região (Tabela 64). Destaque-se que, muito embora o Maranhão esteja fora da zona semiárida do Nordeste, possui municípios com características socioeconômicas iguais ou inferiores aos municípios mais pobres localizados no semiárido dos demais estados nordestinos.

Tabela 64 – FNE – Contratações (1) por Tipo de Município e Região (Áreas Prioritárias) – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Região Tipologia Quant. Valor

Semiárido AR 732 23.938

BR 36.462 321.561

DMR 70.063 729.654

EMR 57.614 791.010

Outras Regiões AR 3.469 1.109.461

BR 36.176 424.975

DMR 17.195 911.072

EMR 28.912 682.910

Total - 250.623 4.994.581 Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

III. Projetos localizados nas mesorregiões diferenciadas do Ministério da Integração Nacional

Constam na Tabela 65 os projetos financiados nas mesorregiões diferenciadas da PNDR. Neste contexto, constata-se que as atividades produtivas localizadas nas mesorregiões da área de atuação do FNE, contrataram aproximadamente R$ 1,1 bilhão, por meio de 54.972 operações. Destacam-se os financiamentos realizados na mesorregião da Chapada das

20 Base do Ativo do BNB. 21 Base do Ativo do BNB.

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95

Mangabeiras no montante de R$ 430,0 milhões, o que corresponde a 38,5% do valor total contratado nessas mesorregiões.

Essa expressiva participação reflete o financiamento das atividades agropecuárias, com predominância do cultivo de grãos, notadamente soja e milho, as fibras e têxteis, com destaque para o algodão, e a bovinocultura. Essas três atividades representam 92,1% do montante de recursos alocados nessa mesorregião, no primeiro semestre de 2015. Nessa mesorregião estão localizados os municípios maranhenses de Tasso Fragoso e São Domingos do Azeitão onde existem importantes áreas de cultura da soja; e os municípios de Ribeiro Gonçalves, Uruçuí e Baixa Grande do Ribeiro, principais produtores sojícolas do estado do Piauí. Vale ressaltar a cultura do algodão também no município piauiense de Ribeiro Gonçalves22.

As mesorregiões da Chapada do Araripe e do Xingó destacam-se tanto no número de operações quanto nos valores contratados. Nessas duas mesorregiões foram contratadas 60,7% das operações que totalizam 31,8% dos valores contratados. No caso dessas mesorregiões, o expressivo número de contratos está relacionado à estrutura produtiva do semiárido nordestino, onde as atividades relacionadas ao meio rural são desenvolvidas, principalmente nas pequenas propriedades, com destaque para a bovino, a ovino e a suinocultura. Destacam-se, também, as atividades relacionadas ao comércio varejista e à indústria de produtos farmacêuticos (Tabela 65).

22 Base do Ativo.

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96

Tabela 65 – FNE – Projetos Contratados (1) nas Mesorregiões – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Mesorregiões Nº. de Operações % Valor %

Águas Emendadas 783 1,4 20.839 1,9

Bico do Papagaio 2.309 4,2 87.833 7,9

Chapada das Mangabeiras 3.565 6,5 430.398 38,5

Chapada do Araripe 17.383 31,6 180.967 16,2

Seridó 5.619 10,2 60.171 5,4

Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 9.299 16,9 164.884 14,7

Xingó 16.014 29,1 174.236 15,6

Total 54.972 100,0 1.119.328 100,0

Fonte: BNB – Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Nota: (1) Por “Contratações” entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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97

Figura 2 – Mesorregiões na Área de Atuação do FNE Fonte: Manual Auxiliar – Operações de Crédito do BNB.

III. I Contratações em mesorregiões por porte

Conforme a Tabela 66, verifica-se que 63,5% dos recursos contratados foram destinados aos estabelecimentos classificados como mini/micro, pequeno e pequeno/médio portes, evidenciando a importância dos mesmos na dinamização da economia local, bem como o papel do Banco do Nordeste, em particular do FNE, em apoiar esses empreendimentos.

AL

RN

SE

BA

CE

NORTE DO ES

MA

NORTE DE MG

PB

PE

PI

Mesorregiões

Águas EmendadasBico do PapagaioChapada das MangabeirasChapada do AraripeJequitinhonha/MucuriSeridóXingó

PB

PI

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98

Tabela 66 – FNE – Contratações (1) em Mesorregiões por Porte – Primeiro Semestre de 2 015

Valores em R$ mil

Mesorregiões

Porte Total

Mini / Micro Pequeno Pequeno / Médio Médio Grande

Quant. Valor Contratado Quant. Valor

Contratado Quant. Valor Contratado Quant. Valor

Contratado Quant. Valor Contratado Quant. Valor

Contratado

Aguas Emendadas 757 7.048 23 10.813 2 599 1

2.379

- -

783

20.839

Bico do Papagaio 2.162 19.847 124 33.546 13 11.949 9

20.048

1 2.443

2.309

87.833

Chapada das Mangabeiras 3.418 20.971 97 31.038 28 58.206 12

76.773

10 243.410

3.565

430.398

Chapada do Araripe 16.899 107.643 422 46.527 41 4.992 18

6.124

3 15.681

17.383

180.967

Serido 5.386 34.194 222 22.056 7 1.711 4

2.210

- -

5.619

60.171

Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 8.948 58.910 304 57.216 29 9.083 17

38.457

1 1.218

9.299

164.884

Xingo 15.637 121.068 360 46.882 15 6.017 2

269

- -

16.014

174.236

Total 53.207 369.681 1.552 248.078 135 92.557 63 146.260 15 262.752 54.972 1.119.328

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

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99

III. II Contratações em mesorregiões por estado

Analisando-se as contratações do FNE nas Mesorregiões, por estados da federação, é importante destacar que a delimitação dessas mesorregiões considera características socioeconômicas comuns entre municípios, o que permite que esses territórios compreendam municípios pertencentes a mais de um estado.

Nesse sentido, com base nas informações das Tabelas 66 e 67, verifica-se que o estado do Piauí foi responsável por 32,5% das contratações realizadas nas mesorregiões, compreendendo 72,7% do valor contratado na Mesorregião da Chapada das Mangabeiras e 27,6% das contratações direcionadas à Mesorregião da Chapada do Araripe. Nessas duas mesorregiões foram contratados 38,5% e 16,2%, respectivamente, do volume financiado nessa prioridade.

No estado do Maranhão foram contratados 18,3% e no estado da Bahia, 13,2% dos valores financiados nas mesorregiões, posicionando-os, respectivamente, na segunda e terceira colocações, dentre as mesorregiões, relativamente ao volume de recursos contratados nessa prioridade (Tabelas 66 e 67).

No que se refere à quantidade de operações, 31,6% foram contratadas na Chapada de Araripe, 29,1% na mesorregião do Xingó e 16,9% na mesorregião do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri (Tabelas 66 e 67).

Tabela 67 – FNE – Contratações (1) em Mesorregiões por Estado – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ mil

Estados Mesorregião Quantidade

de Operações

Valor Contratado

Alagoas Xingó 3.520 26.082

Bahia Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 2.762 90.958

Xingó 6.154 56.372

Ceará Chapada do Araripe 5.192 81.848

Espírito Santo Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 123 11.363

Maranhão Bico do Papagaio 2.309 87.833

Chapada das Mangabeiras 283 117.442

Minas Gerais Águas Emendadas 783 20.839

Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 6.414 62.563

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100

Paraíba Seridó 2.066 16.674

Pernambuco Chapada do Araripe 5.625 49.194

Xingó 2.217 19.165

Piauí Chapada das Mangabeiras 3.282 312.956

Chapada do Araripe 6.566 49.925

Rio Grande do Norte Seridó 3.553 43.497

Sergipe Xingó 4.123 72.617

Total 54.972 1.119.328

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

III.III Contratações em mesorregiões – Região Semiárida e outras regiões

Com base na Tabela 68, constata-se que as áreas das mesorregiões pertencentes ao semiárido realizaram 79,2% das operações e contrataram 45,5% dos recursos. As mesorregiões da Chapada do Araripe e do Xingó influenciaram sobremaneira esse resultado, tendo em vista que estão totalmente localizadas no semiárido nordestino.

Tabela 68 – FNE – Contratações (1) em Mesorregiões – Região Semiárida e Outras Regiões – Primeiro Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Região Mesorregiões Quantidade

de Operações

Valor Contratado

Semiárido 43.544 509.387

Chapada das Mangabeiras 1.736 70.862

Chapada do Araripe 17.383 180.967

Seridó 5.619 60.171

Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 2.792 23.151

Xingó 16.014 174.236

Outras Regiões 11.428 609.941

Águas Emendadas 783 20.839

Bico do Papagaio 2.309 87.833

Chapada das Mangabeiras 1.829 359.536

Vale do Jequitinhonha e do Mucuri 6.507 141.733

Total 54.972 1.119.328

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

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101

III.IV Contratações em mesorregiões por setor

Com base na Tabela 69, constata-se que o Setor Rural foi responsável por R$ 891,2 milhões (79,6%), contratados em 52.853 operações (96,1%), evidenciando a importância desse setor para o dinamismo econômico desses espaços subnacionais.

No Setor Comércio e Serviços foram realizadas 1.698 contratações (3,1%), que resultaram em R$ 183,3 milhões contratados (16,4%). Esse resultado teve forte influência da mesorregião Chapada do Araripe e da mesorregião do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri que juntas registraram, aproximadamente, R$ 92,2 milhões em 809 operações contratadas, nesse primeiro semestre de 2015.

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102

Tabela 69 – FNE – Contratações (1) em Mesorregiões por Setor – Primeiro Semestre de 2 015

Valores em R$ Mil

Mesorregiões Águas Emendadas Bico do Papagaio Chapada das Mangabeiras Chapada do Araripe Seridó Vale do Jequitinhonha

e do Mucuri Xingó Total

Setor Quant. Vr. Contratado Quant. Vr.

Contratado Quant. Vr. Contratado Quant. Vr.

Contratado Quant. Vr. Contratado Quant. Vr.

Contratado Quant. Vr. Contratado Quant. Vr.

Contratado

Rural 756 18.723 2.184 69.376 3.449 405.793 16.699 107.413 5.300 32.094 8.908 117.341 15.557 140.479 52.853 891.219 Agroindústria 3 11 4 16 15 60 78 566 7 815 75 329 14 101 196 1.898 Indústria - - 9 3.407 10 1.224 64 21.683 54 6.749 36 4.781 29 2.128 202 39.972 Turismo - - 2 371 - - 12 1.343 4 414 1 211 4 571 23 2.911 Infraestrutura - - - - - - - - - - - - - - - - Comércio e Serviços 24 2.105 110 14.663 91 23.320 530 49.962 254 20.099 279 42.222 410 30.957 1.698 183.328 Total 783 20.839 2.309 87.833 3.565 430.397 17.383 180.967 5.619 60.171 9.299 164.884 16.014 174.236 54.972 1.119.328

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

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IV. Projetos localizados nas Regiões Integradas de Desenvolvimento – RIDES de Petrolina - Juazeiro e Grande Teresina - Timon

As Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDEs) são áreas consideradas prioritárias pelo Decreto No 6.047/2007, que instituiu a PNDR. Dentro dessa prioridade, conforme tabelas 70 e 71, foram contratados na RIDE Petrolina-Juazeiro, aproximadamente, R$ 72,0 milhões, em 2.461 operações. Destaque para o Setor Rural, onde foram contratados R$ 46,9 milhões, sendo que 82,5% desses recursos foram destinados à fruticultura e gramíneas23. A região pertencente a essa RIDE é reconhecidamente propícia ao desenvolvimento dessas atividades.

Tabela 70 – FNE – Contratações (1) na RIDE Petrolina-Juazeiro – Por Município – Primeiro Semestre de 2015

Valores em Mil

Municípios Valor Quant % Valor

Casa Nova 7.640 525 10,6

Curaçá 872 135 1,2

Juazeiro 27.748 662 38,5

Lagoa Grande 479 101 0,7

Orocó 1.248 247 1,7

Petrolina 31.986 601 44,4

Santa Maria da Boa Vista 481 97 0,7

Sobradinho 1.552 93 2,2

Total 72.006 2.461 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Vale destacar, também, as contratações no âmbito do Setor de Comércio que somaram R$ 16,5 milhões, num total de 165 operações, nesse primeiro semestre de 2015. Nesse setor as atividades relacionadas ao comércio varejista foram responsáveis por 77,9% dos recursos contratados24.

23 Base do Ativo do BNB.

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104

Tabela 71 – FNE – Contratações (1) na RIDE Petrolina-Juazeiro – Por Setor – Primeiro Semestre de 2015

Valores em Mil

Setor Valor Quant % Valor

Rural 46.923 2.237 65,2

Comércio 16.465 165 22,9

Industrial 1.188 12 1,6

Serviços 7.430 47 10,3

Total 72.006 2.461 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Na RIDE Grande Teresina - Timon, de acordo com as tabelas 72 e 73, foram realizadas 1.943 operações, resultando em R$ 51,8 milhões contratados. No Setor Rural foram financiadas 1.696 operações, com destaque para as atividades de suinocultura, caprinocultura e avicultura que representam 59,7% do volume de recursos aplicados nessa região integrada de desenvolvimento25.

Tabela 72 – FNE – Contratações (1) na RIDE Grande Teresina - Timon – Por Município – Primeiro Semestre de 2015

Valores em Mil

Município Valor Quant % Valor

Altos 1.912 255 3,7

Beneditinos 985 129 1,9

Coivaras 241 62 0,5

Curralinhos 581 38 1,1

Demerval Lobão 143 36 0,3

José de Freitas 503 116 1,0

Lagoa Alegre 301 73 0,6

Lagoa do Piauí 925 24 1,8

Miguel Leão 43 8 0,1

Monsenhor Gil 613 55 1,2

Nazária 200 45 0,4

Pau D'Arco do Piauí 263 58 0,5

Teresina 38.184 473 73,7

Timon 4.858 388 9,4

União 2.084 183 4,0

51.836 1.943 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

25 Base do Ativo do BNB.

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105

Em relação ao volume de recursos aplicados, merecem destaque os setores Comercial e Industrial, nos quais foram contratados 62,9% dos recursos (Tabela 73).

Tabela 73 – FNE – Contratações (1) na RIDE Grande Teresina - Timon -– Por Setor – Primeiro Semestre de 2015

Valores em Mil

Setor Valor Quant % Valor

Rural 10.802 1.696 20,8

Agroindustrial 381 4 0,7

Comercial 20.453 152 39,5

Industrial 12.110 47 23,4

Serviços 8.089 44 15,6

Total 51.836 1.943 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

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106

4 – GESTÃO DO ATIVO OPERACIONAL

4.1 – Inadimplemento das Operações

A inadimplência das operações no âmbito do FNE registrada durante o primeiro semestre de 2015 foi de 3,1%, mantendo-se inalterada em relação ao mesmo período de 2014 (Tabela 74).

Os índices de inadimplência, por porte de beneficiários, em relação às aplicações em cada categoria, expressaram os maiores valores no segmento cooperativas/associações (17,9%), porém com significativa redução em relação ao primeiro semestre de 2014, cujo índice foi de 21,5%. Observou-se, ainda, importante redução no porte Micro e Mini, que passou de 5,6% no primeiro semestre de 2014 para 4,5% no mesmo período de 2015. Quanto aos outros portes, a variação foi marginal entre os dois períodos considerados.

Tabela 74 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por porte dos beneficiários (1) – Posição: 30.06.2015

Valores em R$ Mil

Porte Saldo aplicações

Aplicações (%) (2)

Saldo em

atraso (3)

Inadimplência (%) (4)

Inadimplência do segmento

(%) (5)

Cooperativas/Associações 232.046 0,5 41.519 0,1 17,9

Micro e Mini 10.788.773 23,1 486.436 1,0 4,5

Pequeno 6.481.541 13,9 308.179 0,7 4,8

Pequeno-Médio 1.981.621 4,2 38.246 0,1 1,9

Médio 6.667.714 14,3 251.821 0,5 3,8

Grande 20.565.222 44,0 316.012 0,7 1,5

Total 46.716.917 100,0 1.442.213 3,1 3,1

Fontes: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB - Ambiente de Controladoria. Notas: (1) Inclusive o saldo de recursos aplicados dos Repasses ao BNB com base no Art. 9º-A da Lei nº 7.827/1989. (2) Percentual das aplicações do segmento em relação ao total das aplicações. (3) Total das parcelas em atraso do segmento. (4) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo total das aplicações. (5) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo de aplicações do segmento.

Os setores Financiamento à Exportação, Agroindustrial e Rural foram os que apresentaram os maiores índices de inadimplência em relação ao saldo de aplicações do segmento, com registros de 9,6%, 7,9% e 4,5%, respectivamente (Tabela 75).

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107

Tabela 75 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por setor (1) – Posição: 30.06.2015

Valores em R$ Mil

Setor Saldo aplicações

Aplicações (%) (2)

Saldo em atraso (3)

Inadimplência (%) (4)

Inadimplência do segmento

(%) (5)

Rural 18.299.918 39,2 817.252 1,7 4,5

Agroindustrial 990.364 2,1 78.461 0,2 7,9

Industrial/Turismo 12.696.602 27,2 201.551 0,4 1,6

Infraestrutura 5.244.049 11,2 - - - Comércio e Serviços 9.419.396 20,2 338.540 0,7 3,6 Financ. à Exportação 66.588 0,1 6.409 - 9,6

Total 46.716.917 100,0 1.442.213 3,0 3,1

Fontes: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito e BNB - Ambiente de Controladoria. Notas: (1) Inclusive o saldo de recursos aplicados dos Repasses ao BNB com base no Art. 9º-A da Lei nº 7.827/1989. (2) Percentual das aplicações do segmento em relação ao total das aplicações. (3) Total das parcelas em atraso do segmento. (4) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo total das aplicações. (5) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo de aplicações do segmento.

Relativamente à segmentação das operações por data de contratação, constatou-se considerável redução do índice de inadimplência de 5,6% para 4,5%, entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período de 2015, para as operações formalizadas até 30.11.1998 (Tabela 76). No caso das operações contratadas após 30.11.1998 o índice de inadimplência manteve-se estável entre os dois períodos.

Tabela 76 – FNE – Saldos de aplicações e atraso por data de contratação (1) – Posição: 30.06.2015

Valores em R$ Mil

Data contratação Saldo aplicações (%) (2) Saldo em

atraso (3) Inadimplência

(%) (4)

Inadimplência do segmento

(%) (5)

Até 30.11.1998 (6) 7.740.092 16,6 348.550 0,8 4,5

Após 30.11.1998 (7) 38.976.825 83,4 1.093.663 2,3 2,8 Total 46.716.917 100,0 1.442.213 3,1 3,1

Fontes: BNB – Ambiente de Controle das Operações de Crédito e BNB - Ambiente de Controladoria. Notas: (1) Inclusive o saldo de recursos aplicados dos Repasses ao BNB com base no Art. 9º-A da Lei nº 7.827/1989. (2) Percentual das aplicações do segmento em relação ao total das aplicações. (3) Total das parcelas em atraso do segmento. (4) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo total das aplicações. (5) Percentual do saldo em atraso do segmento em relação ao saldo de aplicações do segmento. (6) Refere-se a operações contratadas originalmente com recursos do FNE. (7) Abrange as operações contratadas originalmente com recursos do FNE e aquelas convertidas, adquiridas ou reclassificadas para o FNE, com base nas Leis 10.464, 10.696, 11.322, 11.775 etc.

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108

4.2 – Recuperação de Crédito

No primeiro semestre de 2015, o Banco do Nordeste regularizou 11.897 operações de crédito no âmbito do FNE, implicando a regularização de dívidas no montante de R$ 90,9 milhões. Cabe ressaltar que essas regularizações propiciaram recebimento em espécie de aproximadamente R$ 10,3 milhões, ou seja, 11,3% do total recuperado (Tabela 77).

Tabela 77 – FNE – Recuperação de Dívidas (1) – Posição: 30.06.2015

Fonte: BNB - Ambiente de Controle Financeiro de Operações de Crédito. NOTA: (1) Valores referentes às operações objeto de renegociação de dívidas no período, inclusive as renegociações realizadas por meio de instrumentos legais, excluindo os bônus e dispensas.

É inegável o esforço empreendido pelo Banco ao longo dos anos para reduzir os indicadores de inadimplência, onde destacamos o desenvolvimento de ações específicas voltadas para a recuperação dos créditos em situação de atraso ou prejuízo, com foco sobretudo nos valores mais expressivos, a saber:

� Definição e divulgação de melhores práticas e orientações

específicas que possibilitem e facilitem o cumprimento das políticas e diretrizes estabelecidas pela Diretoria nas áreas de controle, segurança e apoio operacionais, visando preservar a qualidade dos ativos do Banco;

� Divulgação e acompanhamento diário dos resultados do Programa de Ação - Variável Regularização de Dívidas;

� Promoção de reuniões periódicas com parceiros institucionais externos para esclarecimentos e difusão das condições estabelecidas nos Instrumentos Legais de Renegociação de Dívidas (Leis e Resoluções do CMN);

Estado QuantidadeValor em

Espécie

Valor

Renegociado

Total

Recuperado

Alagoas 532 106 6.815 6.921

Bahia 2.183 306 16.063 16.369

Ceará 2.858 3.764 13.377 17.141

Espírito Santo 28 93 1.097 1.190

Maranhão 448 2.200 6.550 8.750

Minas Gerais 367 169 2.562 2.731

Paraíba 997 254 3.309 3.563

Pernambuco 2.451 361 8.106 8.467

Piauí 490 264 5.628 5.892

Rio Grande do Norte 1.296 2.523 15.399 17.922

Sergipe 247 255 1.769 2.024

Total 11.897 10.295 80.675 90.970

Valores em R$ mil

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� Divulgação contínua em mídia externa com o objetivo de atingir o maior número possível de clientes com dívidas enquadradas nos instrumentos legais de renegociações de dívidas;

� Realização de mutirões nas agências para dar vazão aos cálculos das dívidas e registros nos sistemas operacionais de controle;

� Monitoramento dos resultados obtidos nas regularizações de dívidas amparadas em Leis e Resoluções do Conselho Monetário Nacional-CMN, e Resolução do CONDEL 55/2012;

� Revisão constante do fluxo de renegociação de dívidas com o propósito de simplificar o processo, mantendo elevados níveis de controle e governança;

� Disponibilização permanente de recursos mais adequados ao acompanhamento gerencial do processo de encaminhamento de operações inadimplidas para cobrança judicial, incluindo ferramentas de mensuração, registro do tempo consumido nos diversos procedimentos, controle de prazos e relatórios gerenciais;

� Monitoramento diário do cumprimento dos prazos normativos referentes à instrução da Autorização de Cobrança Judicial (ACJ);

� Realização sistemática de Reuniões de Trabalho e de conferências com as Superintendências Estaduais e Gerências de Reestruturação de Ativos – GERATs, visando analisar o desempenho das Unidades e alinhar ações para melhoria dos resultados, envolvendo as Centrais de Crédito, Centrais Regionais de Controle Interno e Ambiente de Contencioso Jurídico;

� Implementação de contínuas melhorias na qualidade dos normativos internos como forma de proporcionar a efetivação das regularizações de operações passíveis de enquadramento em instrumentos legais com agilidade e segurança;

� Criação de Campanhas de Recuperação de Crédito – Dívidas Rurais, em parceria com a Superintendência de Marketing e Comunicação, que vem viabilizando o contato através do Centro de Relacionamento com Clientes e de Informação ao Cidadão com os clientes responsáveis por operações que reúnam características de enquadramento em Leis/Resoluções;

� Realização do curso MBA in Company em ‘Gestão de Crédito e Reestruturação de Ativos, em parceria com o Instituto Pesquisa em Administração (Inepad), na modalidade à distância, para reforço da qualificação teórica /prática do corpo funcional, transformando as atuais políticas de recuperação de crédito em ações de cobranças mais efetivas, onde estão sendo capacitados 40 gestores, com previsão de conclusão em MAR/2016;

4.3 – Operações Renegociadas com Base no Art. 15-D, da Lei nº 7.827, de 27.09.1989 146

Conforme preconiza o artigo 15-D, da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, regulamentado pela Resolução do CONDEL nº 55/2012, de 13/07/2012, apresentam-se as informações das operações com recursos do FNE renegociadas sob a metodologia de liquidação com base no valor presente dos bens passíveis de

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penhora dos devedores diretos e coobrigados, durante o 1º semestre de 2015, em conformidade com as práticas e regulamentações do BNB (Tabela 78).

As operações estavam sendo cobradas judicialmente pelo BNB para fins de

recebimento dos valores inadimplidos e foram liquidadas pelo equivalente financeiro do valor atual do patrimônio passível de penhora dos mutuários e respectivos garantidores.

Tabela 78 – FNE – Liquidações pelo Equivalente Fina nceiro em 2015 – Resolução 55/2012 do CONDEL – Posição 30.06.2015

Valores em R$ Mil Quantidade Valor saldo pelos encargos

normais Valor recebido

06 2.094 774 Fonte: BNB – Ambiente de Recuperação de Crédito.

4.4 - Operações Liquidadas/Renegociadas com Base na s Medidas Legais de Regularização de Dívidas (Resoluções CMN nº 4.29 8, 4.299, 4.314, 4.315, 4.365 e Art. 8º e 9º da Lei 12.844/2013)

As medidas governamentais de regularização de dívidas rurais representadas pelas Resoluções do Conselho Monetário Nacional de nos 4.298, 4.299, 4.314, 4.315 e 4.365, assim como com respaldo nos Arts. 8º e 9º da Lei 12.844/2013 permitiram a regularização de 12.571 operações, envolvendo recursos na ordem de R$ 210,7 milhões (Tabela 79).

O art. 8º da mencionada Lei, por exemplo, garante aos produtores rurais a liquidação das operações pactuadas até 31/12/2006 com rebate de até 85% sobre o saldo devedor atualizado pelos encargos para a situação de normalidade, o qual é definido de acordo com o valor originalmente contratado, desde que efetivada até 31/12/2015.

Já as Resoluções de nos 4.314 e 4.315 de 27/03/2014 permitem a renegociação de dívidas originárias de operações do FNE ‘não rurais’ e ‘rurais’, respectivamente, com base nos encargos contratuais de normalidade, excluídos os bônus de adimplência, rebate, sem cômputo de multa, mora, quaisquer outros encargos por inadimplemento, e prazo para pagamento de até 10 anos.

Por sua vez, para as operações contratadas ao amparo do extinto Programa da Terra, com recursos do FNE, até 28/11/2014 foi aplicada a remissão das operações cujo somatório de seus saldos devedores fosse de até R$ 10.000,00, assim como podem ser liquidadas até 31/08/2015 as operações com aplicação de rebate 80% e com desconto fixo de R$ 2.000,00, cujo somatório de seus saldos devedores seja superior a R$ 10.000,00 na posição de 27.12.2013, consoante o Decreto nº 8.179/2013 e o art. 8º da Lei nº 13.001/2014 regulamentados pela Resolução nº 4.365/2014, do Conselho Monetário Nacional.

Dessa forma, de um modo geral constituem-se importantes mecanismos de recuperação de crédito, em particular dos valores inadimplidos, pelo que se reforça continuamente o apelo para que as unidades operadoras busquem o

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enquadramento do maior número possível de operações, com vistas à melhoria contínua dos resultados corporativos.

Tabela 79 – FNE – Regularizações de Operações Reali zadas em 2015 com Base nas Resoluções CMN nº 4.298, 4.299, 4.314, 4.315, 4.365 e Art. 8º e 9º da Lei 12.844/20 13 – Posição 30.06.2015

Valores em R$ Mil

Instrumentos legais Qtd

operações Qtd clientes Total regularizado Art. 8º Lei nº 12.844 8.423 6.201 111.747 Art. 9º Lei nº 12.844 811 595 26.728 Res.4.298 1.176 917 11.413 Res.4.299 49 46 90 Res.4.314 44 41 13.942 Res.4.315 193 160 10.645

Res. 4.365 1.875 1.484 36.149 Total 12.571 9.444 210.714

Fonte: BNB – Ambiente de Recuperação de Crédito

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5 – RESULTADOS DOS ACOMPANHAMENTOS E FISCALIZAÇÕES DOS EMPREENDIMENTOS

O Banco do Nordeste realiza as vistorias e fiscalizações de suas operações atendendo às regulamentações dos órgãos fiscalizadores. Para tanto, seus normativos internos definem os seguintes quantitativos de fiscalização de operações da área rural:

Fase de desembolso

• Vistoria por amostragem nos clientes com saldo devedor (mais valor a desembolsar) até R$ 250.000,00, incluídas as operações no âmbito do Pronaf Grupo A e as operações no âmbito do Pronaf Grupo B, observando-se as seguintes faixas de valor e percentuais:

- até R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); 5% de todas as operações rurais e não rurais;

- superiores a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); 10% de todas as operações rurais e não rurais;

- superiores a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais); 15% (quinze por cento) de todas as operações rurais e não rurais;

• Vistoria de 100% das operações de clientes com saldo devedor mais saldo por desembolsar superior a R$ 250.000,00.

A programação das atividades de acompanhamento é feita de forma automática pelo Sistema de Avaliação Técnica de Empreendimentos ou mediante solicitação direta das Agências.

As operações não rurais "em ser", são vistoriadas após cada desembolso ocorridos no mês anterior.

5.1 – Síntese das Visitas de Acompanhamento Realiza das no Primeiro Semestre de 2015

O Banco do Nordeste realizou 108.351 atividades de campo em operações do FNE no primeiro semestre de 2015, envolvendo vistorias de desembolso e rotina.

Excluindo-se as operações no âmbito do Programa Agroamigo (95.200), a situação dos empreendimentos visitados no primeiro semestre de 2015 (Gráfico 19), apresentou o seguinte resultado:

• ótimo, bom e regular - 86,0% • ruim ou péssimo - 14,0%

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113

Gráfico 19 – Situação dos Empreendimentos Vistoriad os pelo FNE no Primeiro Semestre de 2015, exceto Agroamigo.

5.2 – Principais Ocorrências

As principais ocorrências verificadas nas fiscalizações no primeiro semestre de 2015 cujos empreendimentos estão considerados na situação de ótimo, satisfatório, bom e regular (86%) foram as seguintes:

• Os créditos foram aplicados corretamente, conforme o cronograma previsto.

• Os recursos próprios foram aplicados totalmente, conforme o cronograma previsto.

• Os indicadores técnicos estão compatíveis com o previsto no projeto.

• A execução dos serviços, obras, instalações e/ou explorações estão tecnicamente corretas.

• A orientação técnica prevista para obtenção das metas do projeto foi prestada adequadamente.

• O planejamento técnico do projeto foi adequado.

• Os bens que constituem as garantias estão preservados em suas características essenciais.

• Não houve ocorrência de fatores adversos.

• O empreendimento é competitivo.

• As perspectivas de receitas (produção/comercialização) são as previstas no projeto.

14%

10%

7%

4%65%

Bom

Péssimo

Regular

Ruim

ótimo

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• A gerência/direção da empresa/empreendimento é satisfatória.

• O rebanho encontra-se em condições normais de sanidade, evolução e manejo, estando, inclusive, devidamente ferrado.

• As exigências ambientais do projeto foram atendidas.

• As cláusulas contratuais foram totalmente cumpridas ou estão sendo cumpridas conforme instrumento.

Cabe esclarecer que, quando a fiscalização verifica ocorrências negativas no âmbito do empreendimento, tais como créditos aplicados parcialmente ou ainda bens financiados ou garantias vendidas à revelia do Banco, adotam-se providências de administração do crédito, isto é, as ocorrências verificadas nas fiscalizações são repassadas através de Relatórios de Acompanhamento de Projetos para a Agência tomar decisões sobre a operação. As providências podem variar desde o estabelecimento de um prazo para o cliente sanar o problema, ou ainda medidas drásticas, tais como a execução judicial da operação.

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115

6 – AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E IMPACTOS DO FNE

6.1 – Síntese dos Indicadores Utilizados na Avaliaç ão de Resultados e Impactos do FNE – Primeiro Semestre de 2015

6.1.1 – Indicadores de Eficácia (Quadros 1 e 2) Indicadores relativos a: Região de aplicação dos recursos, porte dos empreendimentos e setor. Descrição do Indicador: Vide Quadro 1.

Área Responsável pelos Dados: Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Área Responsável pelos Indicadores: Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação – Célula de Avaliação de Políticas e Programas.

Metodologia de Apuração dos Indicadores de Eficácia: Algoritmo referente a cada indicador, calculado com os dados constantes na base do ativo operacional do Banco.

Indicador

Descrição do

Indicador

Exercício de 2015

Primeiro Semestre de 2015

Fatores que contribuíram

para o desempenho

dos indicadores

Prog. (%)

Real. (%)

% (mín.) financiado na região semiárida, sob o critério dos ingressos

50% do valor dos ingressos de recursos previstos para o FNE, em 2015

50% 53,0 Ver item 3.3.2 – Contratações no Semiárido

% (mín.) financiado em empreendimentos de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos de mini/micro, pequeno e pequeno-médio portes, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

51,0 64,5

Ver item 3.3.3 – Contratações por Porte de Beneficiário % (máx.) financiado

em empreendimentos de médio e grande portes

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos de grande porte, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

49,0 35,5

% financiado no Setor Rural

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor Rural, com

35,7 52,8 Ver item 3.1 – Contratações

Setoriais

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116

recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

% financiado no Setor Agroindustrial

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor Agroindustrial, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

1,6 1,1

% financiado no Setor Industrial

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor Industrial, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

25,8 8,6

% financiado no Setor Turismo

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor Turismo, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

5,7 3,7

% financiado no Setor de Infraestrutura

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor de Infraestrutura, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

1,2 7,4

% financiado no Setor Comércio/Serviços

Somatório dos valores das operações contratadas por empreendimentos do Setor de Comércio/Serviços, com recursos do FNE / somatório dos valores totais das operações contratadas com recursos do FNE

30,0 26,3

Quadro 1 – Indicadores de Eficácia – Primeiro Semes tre de 2015

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117

Indicador: % financiado por Estado Descrição do Indicador : Somatório dos valores das operações contratadas por Estado com recursos do FNE / somatório dos valores das operações contratadas com recursos do FNE. Área Responsável pelos Dados: Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Área Responsável pelos Indicadores: Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação – Célula de Avaliação de Políticas e Programas. Metodologia de Apuração dos Indicadores de Eficácia: Algoritmo referente a cada indicador, calculado com os dados constantes na base do ativo operacional do Banco.

Estado Exercício de 2015

Primeiro Semestre de

2015 Fatores que contribuíram para o

desempenho dos indicadores Prog. (%) (1) Real. (%)

Alagoas 4,7 4,2

Ver item 3.3.1 – Contratações por Estado

Bahia 21,8 25,2

Ceará 15,2 21,4

Espírito Santo 2,5 1,5

Maranhão 9,7 10,5

Minas Gerais 5,5 5,6

Paraíba 6,2 5,2

Pernambuco 14,3 9,0

Piauí 8,9 10,0

Rio Grande do Norte 6,7 4,2

Sergipe 4,5 3,3

Total 100,0 100,0 Quadro 2 – Indicadores de Eficácia – Contratação po r Estado – FNE

Primeiro Semestre de 2015 Nota (1): % mín. de 4.5% e máx. de 30% para cada Estado, exceto Espírito Santo, segundo diretrizes internas BNB.

6.1.2 – Indicadores de Efetividade (Quadro 3)

Área Responsável pelos Dados: Ambiente de Controle de Operações de Crédito. Área Responsável pelos Indicadores: Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação – Célula de Avaliação de Políticas e Programas.

Metodologia de Apuração dos Indicadores de Eficácia: Matriz de Insumo-Produto do Nordeste 2009.

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118

Indicador

Descrição do Indicador Primeiro Semestre de 2015

Fatores que contribuíram para o

desempenho dos indicadores

Pagamento de Salários

Acréscimo no pagamento de salários devido aos efeitos diretos, indiretos e de renda

R$ 1.820,7 milhões

Ver item 6.2.2 – Impactos Socioeconômicos do FNE

– Contratações no Primeiro Semestre de

2015

Emprego Acréscimo no número de empregos formais e informais devido aos efeitos diretos, indiretos e de renda 540.202

Geração de Tributos

Acréscimo na arrecadação de impostos devido aos efeitos diretos, indiretos e de renda R$ 775,6 milhões

Valor adicionado à economia

Acréscimo à economia da Região Nordeste devido aos efeitos diretos, indiretos e de renda

R$ 6.127,8 milhões

Valor bruto da produção

Acréscimo na produção bruta da Região Nordeste devido aos efeitos diretos, indiretos e de renda

R$ 10.307,9 milhões

Quadro 3 – Indicadores de Efetividade – FNE Primeir o Semestre de 2015

6.1.3 – Indicadores de Eficiência Operacional (Quad ro 4)

Área Responsável pelos Indicadores: Ambiente de Controladoria

Quadro 4 – Indicadores de Eficiência Operacional

6.2 Matriz de Insumo-Produto do Nordeste e Estados – Impacto das Contratações Realizadas pelo FNE no Primeiro Semest re de 2015

As repercussões econômicas das contratações do FNE foram calculadas utilizando-se como instrumental de avaliação de impactos a Matriz de Insumo-Produto (MIP) do Nordeste e Estados, que a partir de 2015 passou a adotar o nome de Sistema Intermunicipal de Insumo-Produto do Nordeste (SIIPNE).

Indicadores de Desempenho

2008 (%)

2009 (%)

2010 (%)

2011 (%)

2012 (%)

2013 (%)

2014 (%)

1° Sem 2015 (%)

Retorno s/ PL (1) 0,6 1,1 1,8 2,6 1,6 1,5 1,4 1,3

Margem Financeira (2) s/ PL 5,2 4,9 4,3 4,8 4,4 3,6 4,1 3,9

Inadimplência (3) 4,7 3,6 3,8 3,4 3,6 3,4 2,9 3,1

Notas: (1) Retorno sobre o PL sem considerar os efeitos de desconto em renegociações, rebates e bônus; (2) Margem Financeira = Receitas operações de crédito + Remuneração das disponibilidades - Del credere - Rebates e Bônus; (3) Inadimplência = Saldo de parcelas em atraso a partir de 01 dia / Saldo total de operações de crédito.

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Referida ferramenta tem sido utilizada pelo BNB26 nas avaliações do FNE, sendo um dos métodos previstos em sua metodologia (SOUSA, 2010) para mensurar os impactos dessa importante fonte de recursos.

6.2.1 Considerações sobre a Matriz de Insumo-Produt o

O sistema de insumo-produto engloba um conjunto de atividades que se interligam por meio de compras e vendas de insumos, a montante e a jusante de cada elo de produção. Trata-se de valioso instrumento para fins de planejamento econômico tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, dado que, por intermédio dessa ferramenta, é possível conhecer de forma detalhada os impactos de variações na demanda final, resultante de ações de políticas governamentais, sobre a estrutura produtiva. Nesse sentido, a MIP tem grande utilidade nas avaliações de programas públicos e privados.

A Matriz de Insumo-Produto (MIP) se assemelha a uma fotografia econômica, que mostra, de forma especificada, como os setores da economia estão relacionados entre si, em termos de compra e venda de produtos e serviços.

Para a construção da Matriz de Insumo-Produto, faz-se necessário conhecer os insumos que cada setor da economia necessita, de qual setor são comprados esses insumos, e de qual estado ou região do País eles são adquiridos, considerando-se também essas relações com o exterior. Esse sistema de interdependência é formalmente detalhado em uma tabela conhecida como Tabela de Insumo-Produto.

O SIIPNE, uma aplicação espacial do sistema de insumo-produto, é um instrumento de análise econômica, construído a partir da estimação dos fluxos comerciais entre todos estados do País, abertos em sessenta zonas. Utiliza dados de estoque de empregos, exportações e importações, dentre outros, fornecidos por diversas instituições de pesquisa nacionais e estaduais.

Com o SIIPNE, é possível identificar setores-chave para a geração de produção, renda, emprego, massa salarial e tributos, de forma a direcionar a atuação do Banco, no sentido de induzir o desenvolvimento sustentável do

26 GUILHOTO, Joaquim José Martins ... [et all]. Matriz de Insumo-Produto do Nordeste e Estados: Metodologia e Resultados. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2010. Sistema Intermunicipal de Insumo-Produto do Nordeste (SIIPNE), elaborado em 2014 pela FIPE-USP por solicitação do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste- ETENE, do Banco do Nordeste do Brasil S.A., para apoio aos estudos por ele desenvolvidos. A publicação que sempre acompanha e apresenta as novas versões das matrizes insumo-produto do Nordeste, da parceria FIPE/BNB-ETENE está em elaboração.

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Nordeste e do Norte do Espírito Santo e Norte de Minas Gerais, integrando-os à dinâmica da economia nacional.

As relações fundamentais do insumo-produto mostram que as vendas dos setores podem ser utilizadas no âmbito do processo produtivo pelos diversos setores compradores da economia ou podem ser consumidas pelos diversos componentes da demanda final (famílias, governo, investimento e exportação). Por outro lado, para se produzir, são necessários insumos, pagam-se impostos, importam-se produtos e gera-se valor adicionado (pagamento de salários, remuneração do capital e da terra agrícola), além, é claro, de se gerar emprego. Vale destacar que o consumo intermediário não inclui os bens de capital nem os serviços relacionados à transferência e instalação desses bens, os quais são contabilizados na Formação Bruta de Capital Fixo (aumento da capacidade produtiva). A demanda final, por sua vez, engloba o consumo das famílias, o consumo da administração pública, a formação bruta de capital fixo, a variação de estoques e as exportações.

As relações de compra e venda entre os setores da economia causam o chamado efeito multiplicador. Em essência, cada setor da economia, em diferentes regiões, possui multiplicadores próprios. Diz-se que há efeito direto quando este ocorre no próprio setor que recebe a demanda final. O efeito indireto é aquele que ocorre devido às compras de insumos intermediários de outros setores. A matriz de coeficientes diretos e indiretos é chamada Matriz de Leontief.

O efeito multiplicador devido ao aumento na demanda do consumo das famílias, decorrente do aumento de horas trabalhadas ou novas contratações, é chamado efeito induzido.

Para se calcular o efeito induzido é necessário endogeneizar o consumo e a renda das famílias no modelo de insumo-produto, ou seja, fazer com que o consumo e a renda das famílias exerçam influência no cálculo do efeito multiplicador total.

Para a estimação das matrizes de insumo-produto, os dados podem ser primários, obtidos através de métodos censitários, ou secundários, que demandam alguma técnica de estimação. Na construção do Sistema Intermunicipal de Insumo-Produto do Nordeste (SIIPNE) foram considerados sessenta “regiões” ou zonas 27 e oitenta e dois setores econômicos,

27 (os estados nordestinos subdivididos em áreas menores, computando 38 zonas, incluindo Espírito Santo e Minas Gerais abertos em três zonas – isto porque interessa ao Banco as áreas norte de cada estado pois fazem parte de sua área de atuação, e os outros dezesseis estados brasileiros, cada um deles considerado por inteiro, ou seja, constituído de apenas uma zona)

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perfazendo, apenas no que diz respeito aos insumos intermediários, uma sub-matriz de 4.920 linhas e 4.920 colunas.

O SIIPNE utiliza dados das contas regionais e nacionais de 2009, e de outras fontes estaduais, mas o valor da produção menos o consumo intermediário de cada estado, converge para o PIB estadual do ano em questão. É importante assinalar que, embora o quadro socioeconômico dos Estados do Nordeste tenha apresentado consideráveis mudanças na última década, as transformações na estrutura produtiva de um determinado território costumam ocorrer somente no médio ou no longo prazo.

A MIP permite mensurar o impacto que as mudanças ocorridas na demanda final, ou em cada um de seus componentes (consumo das famílias, gastos do governo, investimentos e exportações), teria sobre a produção total, o emprego, as importações, os impostos, os salários e o valor adicionado. A partir dos coeficientes diretos e da Matriz Inversa de Leontief, é possível estimar, para cada setor da economia, o quanto é gerado direta e indiretamente de produção, emprego, tributos, valor adicionado, e salários para cada unidade monetária produzida para atender a demanda final.

Cabe ainda observar que se o aumento na demanda final persiste ao longo do tempo, os impactos passam a fazer parte dos resultados do valor bruto da produção, valor adicionado, emprego, salários e tributos. Entretanto, se o aumento na demanda final é em um ano, os impactos serão, principalmente, dentro daquele ano. Novos impactos só ocorrerão se houver novos aumentos. O período de maturação depende do setor em que é aplicado o recurso e das demandas desse setor para os outros agentes econômicos. Cada setor tem sua dinâmica particular, mas pode-se dizer que os maiores impactos ocorrem no ano do aumento da demanda final. Nos anos posteriores os impactos são residuais.

O SIIPNE, entre suas diversas utilizações pelo Banco do Nordeste, é um dos instrumentos usados no processo de avaliação das aplicações do FNE. Com ele é possível estimar os impactos das contratações (empréstimos) do FNE no valor bruto da produção, valor adicionado, na massa salarial, nos tributos e no número de empregos, nos Estados da Área de Atuação do Banco do Nordeste, além dos efeitos de transbordamento para outras regiões do País.

Quanto aos impactos estimados, vale observar que estes passam a ocorrer a partir dos desembolsos dos recursos. A MIP (SIIPNE), para a geração das estimativas desses impactos, entende que o valor do desembolso é igual ao valor das contratações, dado que, mesmo que ocorram vários desembolsos,

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eles fecharão com o valor da contratação. Assume-se, então, que o ano da contratação é o ano do desembolso.

O volume estimado de empregos é uma variável que requer maior atenção, dada sua conotação social em termos de qualificação do trabalho, formalidade ou informalidade dentro das cadeias produtivas, sendo necessário tecer algumas considerações:

a) O efeito direto é o emprego estimado no setor que deve aumentar sua produção para atender ao aumento da demanda final. Como exemplo, temos o caso de uma empresa que para obter o financiamento, necessita atender a todos os requisitos legais, incluindo a formalização dos empregados. Assim, a qualidade do emprego gerado deve estar de acordo com o perfil médio de qualificação exigida pelas empresas dentro da atividade, inclusive por causa da concorrência (não seguir o padrão do setor significaria perda de competitividade). As exigências feitas pelo Banco do Nordeste para o fornecimento do crédito também induzem à qualificação exigida pelo setor;

b) O efeito indireto é o emprego estimado em função do aumento das demandas intermediárias nos diversos setores que atenderão a atividade que teve aumentada a demanda final. Nesse caso, a MIP estima o emprego a partir das relações intersetoriais que compõem a matriz de recursos e usos do Nordeste (base para o cálculo da MIP), e não existe possibilidade de se detectar o volume de emprego e sua qualidade em cada elo da cadeia produtiva impactada pelo aumento da demanda final. O que se tem é o total do emprego estimado pelo efeito indireto, que não pode ser aberto por qualificação ou outras características, como formal e informal. Pode-se apenas inferir, considerando o mesmo critério da concorrência entre as empresas de um mesmo setor, que as empresas afetadas indiretamente seguem o padrão do setor para não incorrerem em custos maiores do que os dos concorrentes;

c) O efeito induzido é o emprego estimado decorrente do aumento da

renda das famílias que tiveram incremento em horas trabalhadas ou pelas novas contratações, a partir do aumento da demanda final (efeito direto) e das demandas intermediárias (efeito indireto). As mesmas limitações destacadas na estimação do efeito indireto, também ocorrem, no efeito induzido.

6.2.2 Impactos Socioeconômicos do FNE na Área de At uação do Banco do Nordeste – Contratações no Primeiro Semestre de 2015

Cabe salientar que os valores analisados nesta seção, se referem às contratações nos estados nordestinos, assim como no norte do Espírito Santo e no norte de Minas Gerais. A partir de 2015, o SIIPNE, como o instrumento de

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avaliação dos impactos econômicos contempla coeficientes das zonas norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Os valores totais contratados pelo FNE, no primeiro semestre de 2015, alcançaram aproximadamente R$ 5,0 bilhões. As contratações do período foram distribuídas entre os setores Rural (agricultura e pecuária), com 52,8% dos recursos, Comércio e Serviços –26,3%, Indústria – 8,6%, Agroindústria – 1,1% e Infraestrutura – 7,4%.

Considerando apenas os efeitos dentro da área de atuação do Banco do Nordeste, sem contar com os impactos em outras regiões do País, estima-se que referidos financiamentos acarretarão, por meio de efeitos diretos, indiretos e induzidos (de renda) - os chamados impactos do tipo 228, acréscimos no Valor Bruto da Produção (VBP) regional de aproximadamente R$ 10,3 bilhões, em decorrência dos investimentos realizados no primeiro semestre de 201529. O setor que tem a maior participação no valor bruto da produção regional é o Rural, com 52,5% desse valor, ficando o Setor de Comércio e Serviços como segundo em participação, 29,5% (Tabela 80).

O valor agregado (renda) à economia da área de atuação do Banco do Nordeste ou valor adicionado (uma aproximação da variação do PIB da Região30, em função dos financiamentos do FNE) é estimado em R$ 6,1 bilhões, com expressiva representação do Setor Rural, R$ 3,4 bilhões. O resultado nos setores Comércio e Serviços e Industrial, também são expressivos (Tabela 80).

No que tange ao emprego, estima-se que cerca de 540 mil ocupações (formais e informais) deverão ser geradas ou mantidas na área de atuação do Banco do Nordeste, a partir dos investimentos realizados no primeiro semestre de 2015, pois, à medida que os efeitos de compra e venda são efetivados ao longo das cadeias de produção, essas novas ocupações serão criadas, ou mantidas, a partir dos desembolsos realizados pelo FNE. Cabe salientar que essas ocupações não são o saldo no final do ano, mas a entrada de novos trabalhadores (formais e informais), ou a manutenção do trabalhador em função da contratação do financiamento, não levando em consideração a saída de trabalhadores no período de análise. 28 Este impacto agrega o efeito induzido (de renda), enquanto o chamado impacto do tipo 1 refere-se a efeitos diretos e indiretos, apenas. O efeito indireto se refere à produção em outros setores para atender à demanda final do setor em análise. O efeito induzido, ou de renda, se refere ao aumento dos postos de trabalho, em razão dos efeitos direto e indireto, e o consequente aumento da renda das famílias que passam a consumir outros produtos (vestuário, automóveis, etc). 29 A suposição é que as contratações do primeiro semestre de 2015 geram investimentos e operações em custeio, realizados no mesmo período em referência, principalmente para a interpretação do impacto na variável emprego. Se os investimentos se realizarem em dois anos, por exemplo, o total de empregos estimados deve ser dividido para cada ano, a partir da participação do investimento anual na contratação total. 30 Representa o PIB a preços básicos, sem incluir os impostos.

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Os dados do CAGED (empregados com vínculo celetista), para o primeiro semestre de 2015, indicam uma entrada de 1.258 mil novas ocupações na área de atuação do Banco do Nordeste. A estimativa de empregos gerados pelas contratações do FNE, formais e informais, representam 42,9% dos empregos formais gerados no período, informados pelo CAGED. Do total estimado de novas ocupações a partir dos financiamentos do FNE, cerca de 402 mil ocupações deverão ser geradas ou mantidas no Setor Rural, representando 74,4% dos empregos gerados na área de atuação do Banco do Nordeste. O emprego é calculado pelo conceito de equivalente/homem/ano31, utilizado pelo IBGE. A ideia é que os empregos estimados serão mantidos durante um ano.

Cabe observar que o índice de formalização do emprego no Setor Rural do Nordeste ainda é relativamente pequeno comparado com os demais setores da economia. Os setores de Comércio e Serviços e Indústria deverão gerar ou manter em torno de 99 mil e 22 mil ocupações, respectivamente, representando 9,4% e 4,1%. O Setor Agroindustrial deverá responder por apenas 2 mil novas (ou mantidas) ocupações, em função do pequeno aporte de recursos no setor, R$ 34,3 milhões32 (Tabela 80).

31 Cada equivalente/homem/ano corresponde a um homem adulto que trabalha 8 horas diárias, durante todo o processo produtivo anual. 32 Cabe observar que, para o cálculo da estimativa da geração de empregos, o valor do financiamento deve ser deflacionado para 2004, que é a base do gerador de emprego na MIP.

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Tabela 80 – Repercussões Econômicas das Contrataçõe s do FNE – Primeiro Semestre de 2015 (1) - R$ Milhões (2) e Empregos em Número de Pessoas

Indicador Agrícola Pecuária Agroindústria Industrial Infraestrutura Serviços Comércio Total

Valor Contratado 1.260,2 1.378,7 57,2 430,9 370,6 677,4 819,5 4.994,6

Resultados por Setor - Área de Atuação do BNBValor Bruto da Produção 2.616,4 2.797,0 74,4 965,7 812,7 1.346,2 1.695,5 10.307,9

Valor Agregado/ Renda 1.631,1 1.720,8 29,4 442,3 406,4 813,6 1.084,0 6.127,8

Empregos 211.891 190.038 2.017 22.171 15.358 35.306 63.420 540.202

Salários 358,7 548,5 9,9 146,4 116,2 255,5 385,6 1.820,7

Tributos 163,9 213,1 7,6 103,7 111,7 99,5 76,1 775,6

Resultados por Setor - Brasil: Area de Atuação do BNB + Resto do BrasilValor Bruto da Produção 5.083,1 5.516,2 151,6 1.901,2 1.496,8 2.570,0 3.238,1 19.956,9

Valor Agregado/ Renda 2.766,9 2.971,2 64,0 874,7 733,8 1.386,6 1.809,5 10.606,7

Empregos 237.689 219.545 2.941 32.048 22.551 48.162 79.779 642.716

Salários 750,6 978,9 21,5 295,6 230,8 454,9 638,9 3.371,2

Tributos 408,5 484,8 14,9 194,8 181,2 223,0 230,0 1.737,1 Fonte: Ambiente de Controle de Crédito. Elaboração: Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação. Nota: (1) Impactos estimados a partir do Sistema Intermunicipal de Insumo-Produto do Nordeste (SIIPNE), base 2009, contemplando os efeitos diretos, indiretos e induzidos (de renda), que se realizaram no período da aplicação de recursos; (2) Valores a preços correntes do ano de 2015.

Os impactos sobre o pagamento de salários, na área de atuação do Banco do Nordeste, totalizam R$ 1,8 bilhão, cabendo ao Setor Rural a importância de R$ 907 milhões, representando 49,8% dos salários a serem pagos. Em seguida, apresenta-se o Setor Comércio e Serviços com 35,2% de participação nos salários, seguido pela Indústria, com 8,0%.

Quanto à geração de impostos (tributação) na área de atuação do Banco do Nordeste, estima-se o pagamento de aproximadamente R$ 775,6 milhões, com destaque para os setores Rural, Comércio e Serviços e Indústria.

Cabe, ainda, comentar sobre o valor necessário de contratação do FNE para a geração ou manutenção de um emprego na economia. É um indicador que ajuda na percepção do grau de qualificação e de formalidade do emprego gerado. Quanto menor o valor necessário de contração do FNE, para a geração de um emprego, espera-se que o setor seja menos intensivo em capital, e que tenha salários médios mais baixos que os setores mais intensivos (que necessitam de mão de obra mais qualificada e mais cara). Vale lembrar que esses números levam em consideração tanto os empregos gerados na área de atuação do Banco do Nordeste como também no resto do País, devido às contratações do FNE e aos efeitos de transbordamento.

O menor valor para a geração de um emprego encontra-se no Setor Rural, que é mais intensivo em mão de obra e tem maior destaque, em sua composição estrutural do trabalho, o componente informal. A contratação de

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R$ 5.773 gera um emprego ou ocupação no Setor Rural33. Para os demais setores, o custo de geração de um emprego é de R$ 13.445 na Indústria, R$ 11.670 em Comércio e Serviços, R$ 16.435 no Setor de Infraestrutura, R$ 19.449 na agroindústria e R$ 7.771 na média das contratações. As maiores relações se dão nos Setores mais intensivos em capital. No Setor Comércio e Serviços, o valor médio se reduz por causa do subsetor comércio, com um valor de R$ 10.272. O subsetor de Serviços puxa o valor de geração de emprego para cima, (R$ 14.065), que é, onde se observa o maior aumento de salários nos últimos anos (Tabela 80).

6.2.2.1 Os Efeitos Transbordamento do FNE

Vale observar, ainda, que parte dos impactos econômicos das aplicações do FNE, na área de atuação do Banco do Nordeste, ocorre fora da Região, em decorrência da importação de insumos e de bens de capital para a produção, ou produtos finais para atender aos acréscimos de demanda considerados. Sabe-se que há uma dependência da produção de bens e serviços provenientes do resto do Brasil, tanto por parte do consumo intermediário como da demanda final da área de atuação do Banco do Nordeste. Esses impactos são captados, no SIIPNE, através dos efeitos indiretos e induzidos. Essa dependência determina um alto índice de transbordamento dos efeitos multiplicadores da produção, decorrentes de novos investimentos, principalmente no valor bruto da produção e nos tributos.

Desse modo, a partir dos resultados apresentados, vale destacar que, para impactos totais de R$ 20,0 bilhões na produção estimados para o País, R$ 9,6 bilhões (48,3%) ocorrem fora da área de atuação do Banco do Nordeste. Do mesmo modo, do total estimado de 643 mil novas ocupações ou a manutenção, 16,0% dessas devem ser geradas fora da região de atuação do Banco (Tabela 80). Com relação à geração de tributos, de um total de R$ 1,7 bilhão, R$ 961,5 milhões (55,4%) são tributos enviados para fora da Região.

Este fato aponta uma estrutura tributária concentrada em tributos federais e mostra quanto o estímulo ao desenvolvimento da área de atuação do Banco do Nordeste beneficia conjuntamente o restante do País. Também sinaliza para as deficiências da Região em manter os recursos de que dispõe circulando na economia local, indicando a baixa integração regional, seja pelo suprimento de insumos e bens de capital para suas empresas, seja na forma de produtos para atender a demanda para consumo de sua população.

33 Olhando as atividades agrícola e pecuária, para se gerar um emprego, são necessários, R$ 5.301 e R$ 6.279, respectivamente. Os valores para comércio e serviços são R$ 10.272 e R$ 14.065, respectivamente.

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6.2.2.2 Impactos Socioeconômicos Previstos dos Fina nciamentos do FNE para Mini/Micro, Pequenos, Pequeno-Médio e Médios E mpreendimentos na região Nordeste

Os valores contratados pelo FNE para os mini/micro, pequenos, pequeno-médios e médios empreendimentos, alcançaram R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre de 2015, consumindo 77,4% do total das contratações do Fundo, como mostra a Tabela 81. Vale enfatizar a representatividade das contratações desses empreendedores, no total das contratações do FNE, por setor.

Tabela 81 - Repercussões Econômicas das Contrataçõe s do FNE por Porte da Empresa (micro, mini, pequena, pequena-méd ia e média) – Primeiro Semestre de 2015 (1) – R$ Milhões (2) e Empregos em Número de Pessoas

Indicador Agrícola Pecuária Agroindústria Industrial Serviços Comércio Total

Valor Contratado 943,3 1.372,4 18,1 253,7 509,5 770,8 3.867,7

Resultados por Setor - Área de Atuação do BNBValor Bruto da Produção 1.937,6 2.783,6 26,4 600,7 1.020,9 1.567,3 7.936,5

Valor Agregado/ Renda 1.201,9 1.713,3 10,1 280,3 584,9 1.018,8 4.809,3

Empregos 187.987 188.149 670 14.807 27.303 59.319 478.235

Salários 266,1 546,5 3,5 92,6 203,0 365,6 1.477,1

Tributos 120,0 212,0 2,7 63,2 73,5 65,1 536,6

Resultados por Setor - Brasil: Área de Atuação do BNB + Resto do BrasilValor Bruto da Produção 3.780,0 5.490,1 54,7 1.171,7 1.947,3 2.998,3 15.442

Valor Agregado/ Renda 2.049,1 2.957,5 23,0 544,1 1.018,3 1.692,6 8.285

Empregos 207.258 217.500 993 20.842 36.937 74.491 558.021

Salários 558,2 974,9 7,8 183,4 353,6 601,0 2.679

Tributos 302,7 482,5 5,4 118,9 166,9 207,9 1.284 Fonte: Ambiente de Controle de Crédito. Elaboração: Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação. Nota: (1) Impactos estimados a partir do Sistema Intermunicipal de Insumo-Produto do Nordeste (SIIPNE), base 2009, contemplando os efeitos diretos, indiretos e induzidos (de renda), que se realizaram no período da aplicação de recursos; (2) Valores a preços correntes do ano de 2015.

Calcula-se que os referidos financiamentos acarretarão, por meio dos efeitos diretos, indiretos e induzidos (de renda), os chamados impactos do tipo 2, acréscimos na produção bruta regional (dentro da área de atuação do Banco do Nordeste) de, aproximadamente, R$ 7,9 bilhões, e impactos extrarregionais (efeito transbordamento) no montante de R$ 7,5 bilhões, um vazamento de 48,6% da produção bruta. O número de empregos, formais e informais, estimados pela MIP para a área de atuação do Banco do Nordeste, a partir das contratações e desembolsos no primeiro semestre de 2015, é de 478 mil, e aproximadamente 80 mil empregos gerados ou mantidos fora da Região. É a variável que menos vazamentos gera para fora da Região de atuação do Banco, quer dizer, 14,3% dos empregos gerados se encontram fora do

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Nordeste, enquanto os vazamentos dos outros indicadores (valor bruto da produção, valor adicionado, massa salarial e tributos) se encontram entre 41,9% e 58,2%, caso dos tributos. Quanto à renda, sinaliza-se um valor agregado de R$ 4,8 bilhões na área de atuação do Banco do Nordeste e um vazamento de R$ 3,5 bilhões para as demais regiões brasileiras, o que representa 41,9% do valor adicionado total gerado.

Os impactos em salários e tributos, dentro da região de atuação do Banco, das contratações dos empreendimentos de até médio porte, são de R$ 1,5 bilhão e R$ 536,6 milhões, respectivamente. Os impactos para fora da Região (vazamentos) estão estimados em R$ 1,2 bilhão, para salários, e R$ 747 milhões, para tributos, que representam 44,9% e 58,2%, respectivamente, do total do impacto gerado nestes indicadores. Cabe aqui observar que o maior vazamento ocorrido nos tributos, tem como fator importante a grande participação dos tributos federais na estrutura fiscal do País.

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REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN. Resolução nº 2.310, de 29 de agosto de 1996. Consolida as normas aplicáveis aos financiamentos rurais ao amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Disponível em <http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/45783/Res_2310_v1_O.pdf.>. Acesso em: ago. 2015. BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN. Resolução 4.297, de 30 de dezembro de 2012. Define os encargos financeiros e o bônus de adimplência das operações realizadas com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento de que trata o art. 1º da Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001. Disponível em <http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48797/Res_4297_v1_O.pdf>. Acesso em: ago. 2015. BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN. Resolução 4.365, de 28 de agosto de 2014. Dispõe sobre a remissão e a liquidação de dívidas decorrentes das operações de crédito rural contratadas ao amparo do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária (Procera). Disponível em < http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48667/Res_4365_v1_O.pdf>. Acesso em: ago. 2015. BANCO DO NORDESTE DO BRASIL – BNB. Programação Regional: FNE 2015. Fortaleza: BNB, 2015. BRASIL. Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989. Regulamenta o art. 159, inciso I, alínea c, da Constituição Federal, institui o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte - FNO, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 28 set. 1989. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7827.htm>. Acesso em: 16 mar. 2009. BRASIL. Lei nº 9.126, de 10 de nov. de 1995. Dispõe sobre a aplicação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP sobre empréstimos concedidos com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e dos Fundos de Investimentos do Nordeste e da Amazônia e do Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo, e com recursos das Operações Oficiais de Crédito, altera dispositivos da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 13 nov. 1995. Disponível em <http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104138/lei-9126-95>. Acesso em: ago. 2015.

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BRASIL. Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996. Cria o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 1 jul. 1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1946.htm>. Acesso em: ago. 2015. BRASIL. Ministério da Agricultura - MDA. Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) . Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/proagro>. Acesso em: 04 set. 2015. BRASIL. Ministério da Agricultura - MDA. Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF). Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-pgpaf/sobre-o-programa>. Acesso em: 04 set. 2015. BRASIL. Ministério da Integração Nacional – MI. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) . Brasília, DF [20--]. Disponível em <http://www.mi.gov.br/desenvolvimentoregional/pndr/objetivos.asp#objetivos>. Acesso em: 12 mar. 2012. BRASIL. Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001. Dispõe sobre as operações com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, de que trata a Lei no 7.827, de 27 de setembro de 1989, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 15 jan. 2001. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10177.htm>. Acesso em: ago. 2015. BRASIL. Lei nº 10.464, de 24 de maio de 2002. Dispõe sobre a repactuação e o alongamento de dívidas oriundas de operações de crédito rural contratadas, sob a égide do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária - PROCERA, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, ou de outras fontes de recursos, por agricultores familiares, mini e pequenos agricultores, suas associações e cooperativas, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 27 maio 2002. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10464.htm>. Acesso em: set. 2015. BRASIL. Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003. Dispõe sobre a repactuação e o alongamento de dívidas oriundas de operações de crédito rural, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 3 jul. 2003. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.696.htm#art22>. Acesso em: set. 2015.

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BRASIL. Lei 11.322, de 13 de julho de 2006. Dispõe sobre a renegociação de dívidas oriundas de operações de crédito rural contratadas na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 14 jul. 2006. Disponível em <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2006/lei-11322-13-julho-2006-544556-normaatualizada-pl.html>. Acesso em: ago. 2015. BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 25 jul. 2006. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11326.htm>. Acesso em: set. 2015. BRASIL. Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 23 fev. 2007. Disponível em < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6047.htm>. Acesso em: set. 2015. BRASIL. Lei nº 11.775, de 17 de setembro de 2008. Institui medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural e de crédito fundiário; altera as Leis nos 11.322, de 13 de julho de 2006, 8.171, de 17 de janeiro de 1991, 11.524, de 24 de setembro de 2007, 10.186, de 12 de fevereiro de 2001, 7.827, de 27 de setembro de 1989, 10.177, de 12 de janeiro de 2001, 11.718, de 20 de junho de 2008, 8.427, de 27 de maio de 1992, 10.420, de 10 de abril de 2002, o Decreto-Lei no79, de 19 de dezembro de 1966, e a Lei no 10.978, de 7 de dezembro de 2004; e dá outras providências.. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 18 set. 2008. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11775.htm>. Acesso em: set. 2015. BRASIL. Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010. Institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste - REPENEC; cria o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e institui o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional - RECOMPE; prorroga benefícios fiscais; constitui fonte de recursos adicional aos agentes financeiros do Fundo da Marinha Mercante - FMM para financiamentos de projetos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM; institui o Regime Especial para a Indústria Aeronáutica Brasileira -RETAERO; dispõe sobre a Letra Financeira e o Certificado de Operações Estruturadas; ajusta o Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV; altera as Leis nos 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.484, de 31 de maio de 2007, 11.488, de 15 de junho de 2007, 9.718, de 27 de novembro de 1998, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 11.948, de 16 de junho de 2009, 11.977, de 7 de julho de 2009, 11.326, de 24 de julho de 2006, 11.941, de 27 de maio de 2009, 5.615,

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de 13 de outubro de 1970, 9.126, de 10 de novembro de 1995, 11.110, de 25 de abril de 2005, 7.940, de 20 de dezembro de 1989, 9.469, de 10 de julho de 1997, 12.029, de 15 de setembro de 2009, 12.189, de 12 de janeiro de 2010, 11.442, de 5 de janeiro de 2007, 11.775, de 17 de setembro de 2008, os Decretos-Leis nos 9.295, de 27 de maio de 1946, 1.040, de 21 de outubro de 1969, e a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001; revoga as Leis nos 7.944, de 20 de dezembro de 1989, 10.829, de 23 de dezembro de 2003, o Decreto-Lei no423, de 21 de janeiro de 1969; revoga dispositivos das Leis nos 8.003, de 14 de março de 1990, 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 5.025, de 10 de junho de 1966, 6.704, de 26 de outubro de 1979, 9.503, de 23 de setembro de 1997; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 14 jun. 2010. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12249.htm>. Acesso em: set. 2015. BRASIL. Lei nº 12.793, de 2 de abril de 2013. Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste - FDCO; altera a Lei no 12.712, de 30 de agosto de 2012, para autorizar a União a conceder subvenção econômica às instituições financeiras oficiais federais, sob a forma de equalização de taxa de juros nas operações de crédito para investimentos no âmbito do FDCO; altera as Leis no 7.827, de 27 de setembro de 1989, e no 10.177, de 12 de janeiro de 2001, que tratam das operações com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste; constitui fonte adicional de recursos para ampliação de limites operacionais da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil S.A.; altera a Medida Provisória no2.199-14, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005, para estender à Região Centro-Oeste incentivos fiscais vigentes em benefício das Regiões Norte e Nordeste; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 3 abr. 2013. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12793.htm>. Acesso em: ago. 2015. BRASIL. Lei 12.844, de 19 de julho de 2013. Amplia o valor do Benefício Garantia-Safra para a safra de 2011/2012; amplia o Auxílio Emergencial Financeiro, de que trata a Lei no 10.954, de 29 de setembro de 2004, relativo aos desastres ocorridos em 2012; autoriza a distribuição de milho para venda a pequenos criadores, nos termos que especifica; institui medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural; altera as Leis nos 10.865, de 30 de abril de 2004, e 12.546, de 14 de dezembro de 2011, para prorrogar o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - REINTEGRA e para alterar o regime de desoneração da folha de pagamentos, 11.774, de 17 de setembro de 2008, 10.931, de 2 de agosto de 2004, 12.431, de 24 de junho de 2011, 12.249, de 11 de junho de 2010, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.522, de 19 de julho de 2002, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, 12.783, de 11 de janeiro de 2013, 12.715, de 17 de setembro de 2012, 11.727, de 23 de junho de 2008, 12.468, de 26 de agosto de 2011, 10.150, de 21 de dezembro de 2000, 12.512, de 14 de outubro de 2011, 9.718, de 27 de novembro de

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1998, 10.925, de 23 de julho de 2004, 11.775, de 17 de setembro de 2008, e 12.716, de 21 de setembro de 2012, a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972; dispõe sobre a comprovação de regularidade fiscal pelo contribuinte; regula a compra, venda e transporte de ouro; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 19 jul. 2013. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12844.htm>. Acesso: ago. 2015. BRASIL. Decreto nº 8.179, de 27 de dezembro de 2013. Regulamenta o art. 8º da Medida Provisória nº 636, de 26 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária, concede remissão nos casos em que especifica e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 30 dez. 2013. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Decreto/D8179.htm>. Acesso em: ago. 2015. BRASIL. Lei nº 13.001, de 20 de junho de 2014. Dispõe sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária; concede remissão nos casos em que especifica; altera as Leis nos 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, 11.775, de 17 de setembro de 2008, 12.844, de 19 de julho de 2013, 9.782, de 26 de janeiro de 1999, 12.806, de 7 de maio de 2013, 12.429, de 20 de junho de 2011, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 8.918, de 14 de julho de 1994, 10.696, de 23 de junho de 2014; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 14 jul. 2006. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/Lei/L13001.htm>. Acesso em: ago. 2015. SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE – SUDENE. Resolução nº 55, de 13 de julho de 2012. Aprova, com alterações, a Proposição nº 053/2012, que trata de ajustes ao regulamento que orienta a liquidação de dívidas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), pelo equivalente financeiro do valor atual dos bens passíveis de penhora nos termos do art. 15-D da Lei nº 7.827/89, originalmente aprovado pela Resolução CONDEL nº 30/2010. Disponível em <http://www.sudene.gov.br/system/resources/W1siZiIsIjIwMTIvMDcvMTcvMTNfMjZfMjlfNzkzX3Jlc29sdWNhb19jb25kZWxfMDU1XzIwMTIucGRmIl1d/resolucao-condel-055-2012.pdf>. Acesso em: ago. 2015. SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE – SUDENE. Resolução nº 78, de 15 de agosto de 2014. Aprova, “ad referendum” do Conselho Deliberativo, a Proposição nº 076/2014, que trata das Diretrizes e Prioridades do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o exercício de 2015. Disponível em <http://www.sudene.gov.br/system/resources/W1siZiIsIjIwMTQvMDkvMDMvMTRfMzdfNTNfMjY0X3Jlc29sdWNhb19jb25kZWxfMDc4XzIwMTQucGRmIl1d/resolucao-condel-078-2014.pdf>. Acesso em: ago. 2015.

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ANEXOS

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Tabela 1.A

FNE - Contratações (1) por Estados e Setores na Região Semiárida 1º Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estado Rural Agroindustrial Industrial Turismo Infra-Estrutura

Comércio e Serviços

Total Estado

Estado / Total (%)

Alagoas 44.157 12 842 790 - 22.205 68.006 3,6

Bahia 270.416 1.042 34.641 1.020 - 115.170 422.289 22,7

Ceará 185.532 891 56.296 3.961 37.062 132.455 416.197 22,3

Espírito Santo - - - - - - - -

Maranhão - - - - - - - -

Minas Gerais 105.854 624 6.391 54 - 21.755 134.678 7,2

Paraíba 86.004 1.065 6.269 2.811 - 45.854 142.003 7,6

Pernambuco 150.693 1.449 20.389 21.903 - 76.941 271.375 14,5

Piauí 129.646 748 2.259 332 - 27.810 160.795 8,6

Rio Grande do Norte 78.160 2.483 19.571 1.007 - 62.253 163.474 8,8

Sergipe 75.705 803 1.495 - - 9.343 87.346 4,7

Total 1.126.167 9.117 148.153 31.878 37.062 513.786 1.866.163 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Nota: (1) Por "Contratações" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.

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Tabela 2.A

FNE - Contratações (1) por Estados e Setores na Região Fora do Semiárido 1º Semestre de 2015

Valores em R$ Mil

Estado Rural Agroindustrial Industrial Turismo Infra-Estrutura

Comércio e Serviços

Total Estado

Estado / Total (%)

Alagoas 39.459 368 3.787 73.379 - 23.906 140.899 4,5

Bahia 531.706 1.564 75.176 6.043 - 220.250 834.739 26,7

Ceará 34.730 5.683 81.768 52.498 333.553 146.468 654.700 20,9

Espírito Santo 24.541 22.337 10.284 - - 15.481 72.643 2,3

Maranhão 390.466 1.797 23.842 1.969 - 107.361 525.435 16,8

Minas Gerais 98.682 198 2.523 261 - 41.883 143.547 4,6

Paraíba 42.048 637 22.893 1.276 - 49.920 116.774 3,7

Pernambuco 48.077 13.923 33.592 9.909 - 70.207 175.708 5,6

Piauí 267.862 784 12.459 4.312 - 54.518 339.935 10,9

Rio Grande do Norte 6.191 235 7.920 2.171 - 29.955 46.472 1,5

Sergipe 28.967 569 8.497 773 - 38.760 77.566 2,5

Total 1.512.729 48.095 282.741 152.591 333.553 798.709 3.128.418 100,0

Fonte: BNB - Ambiente de Controle de Operações de Crédito.

Nota: (1) Por "Contratação" entende-se a realização de operações, incluindo parcelas desembolsadas e a desembolsar.