exercÍcio conto a casa do pesadelo

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NOME: __________________________________________________ __ DATA: _____________ PROFESSORA: _______________________ Objetivo: desenvolver habilidades de interpretação textual, ampliar vocabulário por meio de trabalho com sinônimos, revisar conhecimentos prévios acerca de encontros consonantais e dígrafos, bem como retomar saberes de ordem alfabética. A CASA DO PESADELO A estrada pela qual eu seguia em meu carro deu num campo aberto, deixando o bosque para trás. O sol estava se pondo. A fazenda mais próxima tinha um caminho cinzento que a ligava à estrada. Acelerei o carro para chegar o quanto antes à casa e entender o que estava acontecendo, mas corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma árvore. Levantei-me sem maior dificuldade e fui examiná-lo. Ficara imprestável. Já era quase noite e eu já começava a ficar aflito quando apareceu um garoto correndo pelo caminho da casa. Vestia, como era típico do lugar, uma camisa marrom aberta no peito. Tinha uma expressão que me incomodava um pouco, porque seu lábio era rasgado. Quando chegou ao local do acidente, ele não disse nada, mas logo lhe perguntei: - Onde fica a oficina mais próxima? - A oito milhas daqui, senhor. – respondeu com uma péssima pronúncia, por causa do defeito no lábio. Como a noite já estava caindo, pedi-lhe: - Posso passar a noite em sua casa? - Claro, se o senhor quiser. Mas a casa está bem desarrumada, porque papai não está e mamãe morreu há três anos. Tem pouca comida. - Não tem importância. Trouxe algumas provisões. – retruquei e fomos juntos à sua casa. No caminho até a sua casa senti uma brisa estranha, um cheiro de vegetação desagradável. Ao chegar vi que tudo estava mesmo muito largado.

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Exercício para prática do gênero textual CONTO.

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NOME: ____________________________________________________DATA: _____________ PROFESSORA: _______________________

Objetivo: desenvolver habilidades de interpretao textual, ampliar vocabulrio por meio de trabalho com sinnimos, revisar conhecimentos prvios acerca de encontros consonantais e dgrafos, bem como retomar saberes de ordem alfabtica.A CASA DO PESADELO A estrada pela qual eu seguia em meu carro deu num campo aberto, deixando o bosque para trs.

O sol estava se pondo. A fazenda mais prxima tinha um caminho cinzento que a ligava estrada.

Acelerei o carro para chegar o quanto antes casa e entender o que estava acontecendo, mas corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma rvore.

Levantei-me sem maior dificuldade e fui examin-lo. Ficara imprestvel. J era quase noite e eu j comeava a ficar aflito quando apareceu um garoto correndo pelo caminho da casa. Vestia, como era tpico do lugar, uma camisa marrom aberta no peito. Tinha uma expresso que me incomodava um pouco, porque seu lbio era rasgado. Quando chegou ao local do acidente, ele no disse nada, mas logo lhe perguntei:

- Onde fica a oficina mais prxima?

- A oito milhas daqui, senhor. respondeu com uma pssima pronncia, por causa do defeito no lbio.

Como a noite j estava caindo, pedi-lhe:

- Posso passar a noite em sua casa?

- Claro, se o senhor quiser. Mas a casa est bem desarrumada, porque papai no est e mame morreu h trs anos. Tem pouca comida.

- No tem importncia. Trouxe algumas provises. retruquei e fomos juntos sua casa.

No caminho at a sua casa senti uma brisa estranha, um cheiro de vegetao desagradvel. Ao chegar vi que tudo estava mesmo muito largado.

O garoto me instalou amavelmente num quarto pegado entrada. Como no havia luz na casa toda, peguei trs velas na minha mala. Serviram-me para iluminar meu quarto e a cozinha. Mal me acomodei, acendi a lareira e comecei a preparar o jantar com o que trazia. O garoto comentou que j havia jantado e no estava com fome. Achei estranho para um garoto da sua idade, ainda mais com aquele aspecto de quem passava necessidades, mas eu no quis dizer nada. Aproximou-se do fogo e ps-se a aquecer as mos.

- Est com frio? perguntei.

- Sempre estou.

Aproximou-se tanto das chamas da lareira que temi fosse se queimar, mas ele parecia no sentir o fogo. Preparado o jantar, pus a mesa na cozinha mesmo e jantei sozinho e rpido. Conversamos um pouco, porque no era tarde, e o garoto me acompanhou varanda. Sentou-se no cho, enquanto eu me embalava gostosamente numa cadeira de balano.

- O que voc faz quando seu pai no est? perguntei.

- Nada, s deixo o tempo passar. Ningum nunca vem nos visitar. A gente daqui diz que essa casa mal-assombrada.

- Voc j viu algum fantasma? perguntei intrigado.

- Ver, eu nunca vi. Mas posso senti-los.

De repente, senti como se um fino vu deslizasse suavemente pelo meu rosto. Levantei-me de repente.

- Ei! Voc viu? exclamei confuso.

- No vi nada. O que foi?

- No sei... Um vu. Roou-me no rosto expliquei.

- No tenha medo. Deve ser um dos fantasmas que correm pela casa. Na certa minha me. disse ele tranquilamente.

Naquele momento, achei que o garoto no regulava bem. Despedi-me dele, desejei-lhe boa noite e fui dormir, agora j meio desconfiado. Ca num sono profundo mas, passado um bom tempo, um sonho arrepiante me acordou. Um pesadelo terrvel: ali mesmo, no meu quarto, uma enorme fera, como que um javali disforme, de presas ameaadoras, grunhia diante de mim. Tinha uma atitude muito agressiva e pusera suas patas na cama, a ponto de pular em cima de mim.

Acordei suando, apavorado. No consegui mais dormir. Quis chamar o garoto, e s ento me dei conta de que no sabia seu nome. No tinha pensado em pergunt-lo e ele no tinha se apresentado. Gritei oi repetidas vezes, mas ningum respondeu. S ouvi o eco dos meus gritos entre aquelas paredes vazias. Sentia meu corao bater como se fosse sair pela boca.

No estava gostando nada daquilo. Resolvi ento ir embora daquela casa sem perder nem mais um minuto. Para no ser mal agradecido, deixei algum dinheiro em cima da mesa da cozinha. Sa, segui a estrada a p, decidido a encontrar a tal oficina. O sol j tinha raiado quando cheguei primeira fazenda. Um homem veio ao meu encontro.

Contei-lhe meu acidente de automvel da noite anterior e ele me perguntou onde tinha passado a noite. Ao lhe explicar onde tinha dormido, olhou para mim com cara de incredulidade.

- Como que lhe passou pela cabea entrar ali? No sabe o que dizem dessa casa?

- O garoto me levou respondi.

- Que garoto?

- O do lbio rasgado afirmei com segurana.

Com cara de quem havia compreendido tudo, me perturbou com suas palavras:

- Desta vez no h dvida. Esse garoto que o levou at a casa um fantasma. Voc no sabia, no ? Ele morreu h seis meses.

( A casa do pesadelo, de Edward White. Em O grande livro do medo ) Atividades1. Leia atentamente os trechos retirados do texto acima e copie os trechos, trocando as palavras destacadas por um sinnimo. Se necessrio, utilize um dicionrio:

a. J era quase noite e eu j comeava a ficar aflito.R: ________________________________________________________

__________________________________________________________

b. ...passado um bom tempo, um sonho arrepiante me acordou...R: _____________________________________________________

________________________________________________________

c. No tinha pensado em pergunt-lo.R: ______________________________________________________

d. Como que lhe passou pela cabea entrar ali?R: _______________________________________________________

__________________________________________________________

2. Leia as informaes abaixo e classifique-as em V ( verdadeiras ) ou F (falsas ):

a. O carro do narrador chocou-se contra uma rvore. ( )

b. O menino logo ofereceu abrigo ao narrador. ( )

c. O narrador ficou incomodado com a aparncia do garoto. ( )

d. A me do menino estava ocupada e no pde receber o homem. ( )e. Quando o homem foi embora da casa, o menino ainda dormia. ( )

f. O narrador teve um aterrorizante encontro com um fantasma. ( )

3. Encontre no texto dez palavras que tenham encontro consonantal e circule-as de vermelho. Depois, encontre outras dez palavras com dgrafo e circule-as de amarelo. Anote as palavras abaixo, no local correto:

Palavras com encontro consonantal: ____________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

Palavras com dgrafo: ________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

4. Agora, anote as palavras encontradas na tabela abaixo, em ordem alfabtica. Em seguida, separe as slabas:

Palavras em Ordem AlfabticaSeparao de Slabas

5. Quando voc classificou as palavras em encontros consonantais e dgrafos, certamente utilizou critrios especficos. Explique abaixo como voc fez para diferenci-las e escolh-las:

R: ________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. O texto A Casa do Pesadelo um conto de terror e tem a inteno de passar o sentimento de medo para os leitores. Ao ler este tipo de narrativa, o leitor costuma se colocar no lugar do narrador e imaginar outras atitudes que teria tido ao ser ele. Escreva abaixo como voc agiria nas seguintes situaes sugeridas ao longo da narrativa:a. O que voc faria aps bater o carro na rvore?

R: ________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

b. O narrador pede abrigo ao garoto. Voc teria feito o mesmo? Justifique sua resposta:

R: _______________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

c. O que voc faria ao saber que o menino j havia morrido h seis meses?

R: ________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________