exemplo de estudo da dispersão de poluentes para fontes industriais

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Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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Page 1: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

Exemplo de Estudo da

Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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1. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Considera-se poluente atmosférico qualquer substância presente no ar que pela sua

concentração possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao

bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança.

A poluição atmosférica distingue-se de outros tipos de poluição porque uma vez emitido

para atmosfera ocorre um processo irreversível deste poluente. Numa zona urbana, a

exposição da população aos poluentes atmosféricos é um parâmetro difícil de avaliar,

dada a multiplicidade de micro-ambientes freqüentados diariamente pelos cidadãos e a

variabilidade das concentrações de poluentes no ambiente exterior e interior dos edifícios

(Cerqueira,2000).

Os poluentes atmosféricos classificam-se em dois grandes grupos: poluentes primários e

poluentes secundários (Seinfield, 1998). Os poluentes primários são emitidos diretamente

pelas fontes emissoras e são exemplo o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, NOx

entre outros. Estes poluentes podem, na baixa atmosfera, sofrer transformações e reações

fotoquímicas dando origem a poluentes denominados secundários. Dado que a formação

de poluentes secundários, tais como o ozônio, necessita-se de um certo tempo, e ocorrem

à medida que as massas de ar se deslocam, com isso é normal que concentrações

elevadas destes poluentes atinjam áreas mais afastadas das fontes de emissão que os

poluentes primários(Lyons,1990 e Seinfeld,1986).

Os poluentes primários, depois de emitidos para a atmosfera passam a estar submetidos a

processos complexos de transporte, mistura e transformação química, que dão origem a

uma distribuição variável das suas concentrações na atmosfera, tanto no espaço como no

tempo. Basicamente, a distribuição das concentrações de poluentes na atmosfera

dependem das condições de emissão e das condições meteorológicas, podendo alguns

poluentes ser transportados a grandes distâncias antes de atingirem o nível do solo

(Elsom,1989).

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Figura 1.1 Ilustração dos efeitos relativos aos poluentes primários e secundários.

Os efeitos da exposição dos receptores (seres vivos) dependem essencialmente das

concentrações dos poluentes e do tempo de exposição podendo, por exemplo, exposições

prolongadas a concentrações baixas de poluentes atmosféricos serem mais nocivas do que

exposições de curta duração a concentrações elevadas. Existem, ainda fatores de

sensibilidade nos indivíduos que determinam a maior ou menor severidade dos efeitos,

tais como, idade, estado nutricional, condição física ou mesmo predisposições genéticas,

o que torna necessária a avaliação para diferentes grupos de risco. Os poluentes

atmosféricos podem ser particularmente nocivos para crianças, idosos, grávidas e

indivíduos que sofram de problemas respiratórios e cardíacos (Cerqueira,2000).

No que diz respeito as quantidades inaladas e ao tempo de exposição, podem distinguir-se

dois tipos de efeitos: agudos e crônicos. Para cada uma das categorias a resposta

fisiológica dos seres vivos varia entre o simples desconforto e o aparecimento de doenças

que por vezes podem conduzir à morte. Exposições prolongadas a pequenas quantidades

inaladas provocam efeitos crônicos e exposições de curta duração a doses elevadas

provocam intoxicações agudas. Também a exposição em simultâneo a um conjunto de

poluentes, pode evidenciar os seus efeitos e aumentar as dificuldades de avaliação dos

mesmos (Cerqueira,2000).

Quando se determina a concentração ao nível do solo de um certo poluente na atmosfera,

mede-se o grau de exposição dos receptores (seres vivos e materiais diversos) como

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resultado final do processo de lançamento deste poluente na atmosfera, desde suas fontes

de emissão, suas interações na atmosfera físicas (diluição) e químicas (reações)

(Seinfeld,1986).

Portanto o sistema pode ser visualizado como ilustra a figura 1.2:

receptoresAtmosferaEmissorasFontes arcmistura

químicasefísicasçõestransforma

Poluentes →→→→/

Figura 1.2 Esquema do problema de Poluição do Ar (Seinfeld, 1975).

Os poluentes principais e mais comumente medidos são os que servem como indicadores

de qualidade do ar, tais como dióxido de enxofre (SO2), material particulado (MP),

monóxido de carbono (CO), ozônio (O3), hidrocarbonetos totais e óxido de nitrogênio

(NOx).

No caso das industrias de fertilizantes localizadas em Rio Grande os principal poluente

emitidos são material particulado e fluoretos, já a COPESUL os principais são dióxido de

nitrogênio, material particulado e dioxido de enxofre, através dos resultados e possivel

observar que as concentrações de Nox, em geral são muito elevadas.

As principais características destes poluentes estão descritas a seguir:

MATERIAL PARTICULADO

As partículas presentes na atmosfera são provenientes de fontes naturais, como vulcões,

aerossóis marinhos e a ação do vento sobre o solo, e de outras de caráter antropogênico,

tais como a queima de combustíveis fósseis, processos industriais e tráfego rodoviário.

As partículas presentes na atmosfera são normalmente designadas pelo método através do

qual são medidas. Nos últimos anos foi dedicada especial atenção aos efeitos das

partículas e portanto as medições tradicionais de Partículas Totais em Suspensão (PTS)

têm vindo a ser substituídas pela medição da fração PM10 (partículas com um diâmetro

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aerodinâmico inferior a 10 µm), dado serem estas as partículas que representam um

maior risco para a saúde(Elsom,1989;Seinfeld,1986).

O material particulado ou aerossol atmosférico é constituído pelas partículas sólidas e

líquidas em suspensão na atmosfera. As partículas inaláveis(PM10) são definidas como

partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10 µm, estas dividem-se em partículas

grossas inaláveis com diâmetro aerodinâmico entre 2 e 10 µm e as partículas finas com

diâmetro aerodinâmico menor que 2 µm(Seinfeld,1986).

Estudos recentes têm demonstrado a existência de correlações entre as variações dos

níveis diários de PM10, produzidas por diversas fontes e os efeitos nocivos à saúde

humana. Em muitas cidades as PM10 são consideradas como um dos poluentes que

causam maiores preocupações, estando a sua ação relacionada com todos os tipos de

problemas de saúde, desde a irritação nasal, tosse, até à bronquite, asma e mesmo a

morte(Cerqueira,2000).

A fração mais fina das PM10 ( 0,5µm a 1,0µm) pode ter efeitos muito grave para a saúde,

uma vez que este tipo de partícula pode penetrar profundamente nos pulmões e atingir os

alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias e por vezes danos

permanentes. As partículas desta dimensão penetram facilmente no interior dos edifícios

(Elsom,1989;Seinfeld,1986).

Partículas com diâmetro inferior a 1 µm, podem permanecer em suspensão na atmosfera

durante semanas e serem transportadas ao longo de centenas ou milhares de quilômetros,

enquanto que partículas maiores que 2,5 µm, são removidas no período de algumas horas

por precipitação e sedimentação. As dimensões das partículas finas, principalmente das

partículas emitidas pelos veículos a diesel, são da ordem de grandeza do comprimento de

onda da luz visível podendo, por este motivo, reduzir sensivelmente a visibilidade.

A capacidade do material particulado em aumentar os efeitos fisiológicos dos gases

presentes no ar é um dos aspectos mais importantes a ser considerado. Os efeitos de uma

mistura de material particulado e dióxido de enxofre, por exemplo, são mais acentuados

do que os provocados na presença individualizada de cada um deles. Além disso,

pequenas partículas podem absorver o dióxido de enxofre do ar e, com água (umidade do

ar) formam partículas contendo ácido, o que irrita o sistema respiratório e pode danificar

as células que protegem o sistema.

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DIÓXIDO DE ENXOFRE

O enxofre libertado na queima de combustíveis combina-se com o oxigênio do ar e dá

origem ao SO2 que, após oxidação, pode ser transformado em trióxido de enxofre. Na

presença da umidade do ar este composto dá origem ao ácido sulfúrico e respectivos sais,

contribuindo, deste modo, para a formação de chuvas ácidas, responsáveis pela

acidificação das águas e dos solos ,como mostra a figura 1.3 e pela ocorrência de lesões

nas plantas.

Figura 1.3 Deposição Ácida devido a emissões de SO2.

O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor, muito solúvel na água, que pode ocorrer

naturalmente na atmosfera, principalmente devido as atividades vulcânicas.

O SO2 de origem antropogênica, é um poluente primário. Resulta essencialmente da

queima de combustíveis fósseis, nomeadamente no setor da produção de energia, e de

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diversos processos industriais, podendo também ser emitido em pequenas quantidades

por exemplo em veículos a diesel.

O SO2 é um gás irritante para as mucosas dos olhos e vias respiratórias, podendo ter, em

concentrações elevadas, efeitos agudos e crônicos na saúde humana, especialmente ao

nível do aparelho respiratório. O dióxido de enxofre pode igualmente agravar os

problemas cardiovasculares devido ao seu impacto na função respiratória. A presença

simultânea na atmosfera de dióxido de enxofre e partículas pode evidenciar ou agravar os

efeitos de doenças respiratórias crônicas ou aumentar o risco de doenças respiratórias

agudas (Seinfield,1998).

Concentrações elevadas de SO2 podem provocar alterações nos processos metabólicos

das plantas, das quais se destacam a redução da taxa de crescimento e da taxa

fotossintética, especialmente quando combinadas com determinadas condições adversas

como as baixas temperaturas. Entre outros efeitos mais facilmente observáveis destacam-

se o aparecimento de necroses, bem como o aumento da sensibilidade ao gelo e aos

parasitas. A sensibilidade dos diferentes tipos de plantas é muito variável, sendo os

líquenes os mais susceptíveis.

A deposição seca e úmida do SO2 e de aerossóis sulfurados sobre as edificações e

materiais de construção provocam a sua corrosão e aceleram os processos naturais de

envelhecimento e de degradação (Estrada,1993).

MONÓXIDO DE CARBONO

Os efeitos da exposição dos seres humanos ao monóxido de carbono são associados à

capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. O monóxido de carbono compete

como o oxigênio na combinação com a hemoglobina do sangue, uma vez que a afinidade

da hemoglobina pelo monóxido de carbono é cerca de 210 vezes maior do que pelo

oxigênio. Quando uma molécula de hemoglobina recebe uma molécula de monóxido de

carbono forma-se a carboxihemoglobina, esta diminui a capacidade do sangue de

transportar oxigênio aos tecidos do corpo.

Os sintomas da exposição ao monóxido de carbono dependem da quantidade de

hemoglobina combinada com monóxido de carbono. Tem sido demonstrado

Page 8: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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experimentalmente que baixos níveis de carboxihemoglobina já podem causar

diminuição na capacidade de estimar intervalos de tempo e podem diminuir os reflexos e

a acuidade visual da pessoa exposta.

O efeito da intoxicação por CO é semelhante ao da anemia ou hipoxia. A maior parte das

exposições a baixas concentrações de CO produz efeitos sobre o sistema nervoso central.

Uma possível explicação para isso é a redução do suprimento de oxigênio para o cérebro.

Acima de 1000 ppm o CO é altamente tóxico, podendo ser responsável por ataques

cardíacos e elevada taxa de mortalidade, especialmente em áreas metropolitanas, onde o

CO é abundante. Em condições de exposição aguda, pode originar a morte.

Os altos níveis de concentração de CO encontrados em ambientes de cidades altamente

poluídas estão associados com menor peso de recém-nascidos e aumento da taxa de

mortalidade de crianças.

A principal razão para o controle das emissões de CO está na proteção da saúde das

crianças em gestação, dos recém-nascidos, dos idosos e enfermos.

1.1 A QUALIDADE DO AR

A qualidade do ar de uma região é influenciada diretamente pelos níveis de poluição

atmosférica, os quais estão vinculados a um complexo sistema de fontes emissoras

estacionárias (indústrias, queima de lixo, emissões naturais, etc.) e móveis (veículos

automotores, aviões, trens, etc.). A magnitude do lançamento dessas emissões, seu

transporte e diluição na atmosfera, determinam o estado atual da qualidade do ar

atmosférico.

Um poluente pode ser definido como qualquer substância que esteja no ar, em

concentrações altas o suficiente para produzirem efeitos mensuráveis e danosos em seres

humanos, animais, plantas ou materiais. O poluente pode ser tanto de origem

antropogênica, como proveniente de emissões naturais devido à decomposição

microbiana e de erupções vulcânicas, entre outras fontes(Gonçalves,1997).

É considerado poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com

intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou característica em desacordo com os

níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:

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• Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;

• Inconveniente ao bem-estar público;

• Danoso aos materiais, à fauna e flora;

• Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade a às atividades normais da

comunidade.

Segundo Lyons(1990) e Seinfeld(1986) as substâncias usualmente consideradas

poluentes do ar podem ser classificadas como segue:

• Material Particulado/Partículas em Suspensão: mistura de compostos no estado sólido

ou líquido;

• Compostos de enxofre: óxidos (SO2, SO3), gás sulfídrico (H2S), sulfatos (SO4 -2);

• Monóxidos de carbono;

• Compostos de nitrogênio (NO, NO2), amônia (NH3), ácido nítrico (HNO3);

• Compostos halogenados: ácido clorídrico (HCl), ácido fluorídrico (HF), cloretos,

fluoretos;

• Compostos orgânicos: hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos orgânicos.

Na tabela 1.1 verificamos os principais poluentes atmosféricos gerados por diversos tipos

de fontes antropogênicas e naturais de poluição do ar.

A resolução CONAMA 03 de 28/06/90, com base no PRONAR, estabelece em nível

nacional os padrões de qualidade do ar em termos de Partículas Totais em Suspensão

(PTS), Fumaça, Partículas Inaláveis (PI ou PM-10), Dióxido de Enxofre (SO2),

Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3) e Dióxido de Nitrogênio (NO2), todos

indicadores de qualidade do ar consagrados universalmente, em função da sua maior

freqüência de ocorrência e aos efeitos adversos que causam no homem e no meio

ambiente.

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Tabela 1.1 Relação dos principais poluentes atmosféricos conforme a CETESB,1994.

Principais Poluentes Atmosféricos

Fontes Poluentes

Combustão Material Particulado

Òxidos de enxofre, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio,

hidrocarbonetos

Processos Industriais Material Particulado

Òxidos de enxofre, gás sulfídrico, mercaptanas, fluoretos, ácido

clorídrico, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos...

Queima de Resíduos Sólidos Material Particulado

Òxidos de enxofre, ácido clorídrico, óxidos de nitrogênio,

hidrocarbonetos

Veículos Automotores,

Motocicletas, Locomotivas,

Aviões

Material Particulado

Monóxido de carbono, óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio,

hidrocarbonetos, aldeídos, ácidos orgânicos...

Naturais Material Particulado

Dióxido de enxofre, gás sulfídrico, monóxido de carbono, óxidos

de nitrogênio, hidrocarbonetos...

Reações Químicas na

Atmosfera

Ozônio, aldeídos, ácidos orgânicos, nitratos orgânicos...

Na tabela 1.2 verificamos os padrões nacionais primários e secundários de qualidade do

ar fixados na resolução CONAMA nº 3 de 28/06/90. Os valores de concentração máxima

não devem ser excedidos mais de uma vez por ano(Feema, 1992). A mesma resolução

estabeleceu os critérios para episódios agudos de poluição do ar descritos na tabela 2.3.

Page 11: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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Tabela 1.2 Padrões Nacionais de Qualidade do Ar conforme a resolução CONAMA n 3

de 28/06/90.

Padrões nacionais de qualidade do ar

(Resolução CONAMA nº 3 de 28/06/90)

Poluentes Padrão Primário

µg/m3

Padrão

Secundário

µg/m3

Tempo de

Amostragem

Métodos de medição

Partículas totais

em suspensão

240*(c)

80**

150(c)

60

24 horas

anual (a)

Amostradores de grandes

volumes

(Hi - Vol)

Dióxido de

enxofre

385 *(c) ((365))

80***

100(c)

40

24 horas

anual (b)

Pararrosanílina ou

Pararosanílina

Monóxido de

carbono

40.000 (35ppm):*(c)

10.000(9ppm): ## (c)

40.000 (c)

10.000 (c)

1 hora

8 horas

Infravermelho não

dispersivo

Ozônio 160 # (c) 160 (c) 1 hora Quimiluminescência

Fumaça 150(c)

60

100(c)

40

24 horas

anual(b)

refletância

Partículas

inaláveis

150 *(c)

50 ***

150(c)

50

24 horas

anual(b)

Amostrador de

particulados finos e

grossos

Separação

inercial/filtração

Dióxido de

nitrogênio @

320 #

100***

190

100

1 hora

anual (b)

Quimiluminescência

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#concentração máxima em 1 hora ##concentração máxima em 8 horas

*concentração máxima diária

**concentração média geométrica anual

***concentração média aritmética anual @ Apenas este parâmetro pode ser excedido mais de uma vez ao ano

(a)média geométrica

(b)Média aritmética

(c)não deve ser excedido

mais do que uma vez por

ano.

Tabela 1.3 Critérios para episódios agudos de Poluição do Ar, CETESB, 1994.

Critérios para Episódios agudos de poluição do ar Parâmetros Níveis

Atenção Alerta Emergência Dióxido de enxôfre (µg/m3) - 24 horas

800 1600 2100

Partículas totais em Suspensão (µg/m3) - 24 horas

375 625 875

Monóxido de Carbono (ppm) - 8 horas

15 30 40

Ozônio (µg/m3) - 1 hora

200 800 1000

Partículas Inaláveis (µg/m3) - 24 horas

250 420 500

Dióxido de Nitrogênio (µg/m3) - 1 hora

1130 2260 3000

Além destes, existem outros poluentes atmosféricos classificados como perigosos, em

razão de seu elevado potencial toxicológico. A legislação dos Estados Unidos registra

mais de 300 substâncias tóxicas que, se lançadas na atmosfera, seus responsáveis devem

informar a população as quantidades anualmente emitidas(Ccoyllo, 1998).

Constituem exemplos destes poluentes perigosos: chumbo, benzeno, tolueno, xileno,

materiais orgânicos policíclicos, cromo, cádmio, etc. Em geral, estas substâncias não são

abundantes na atmosfera onde exista desenvolvimento humano, mas podem estar mais ou

menos presentes em áreas próximas de tipologias implantadas de processos produtivos e

em conseqüência da densidade da frota circulante de veículos automotores, em uma

determinada região (Ccoyllo, 1998).

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As emissões de poluentes atmosféricos pelas fontes estacionárias e móveis de uma área

ou região, associadas às características topográficas e meteorológicas, determinam os

níveis de qualidade do ar da mesma área ou região o que, em conseqüência, determina os

possíveis efeitos adversos da poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem,

os animais, as plantas e os materiais em geral (Ccoyllo, 1998).

2. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE DIFUSÃO

O problema de difusão atmosférica, do ponto de vista físico e matemático, é descrever o

papel desempenhado pela atmosfera na redistribuição e diluição dos gases e partículas

que resultam de atividades naturais e fontes antropogênicas.

A alta capacidade dispersiva da atmosfera resulta de sua natureza turbulenta.

Turbulência é uma propriedade de fácil identificação mas de difícil definição, composta

de movimentos irregulares e caóticos que estão presente em todos os escoamentos de

aplicações práticas. De fato, a maioria dos problemas meteorológicos relacionados com

regiões industriais e populosas estão governados pelo problema de difusão turbulenta.

Do ponto de vista técnico pode-se afirmar que a turbulência atmosférica é a característica

principal da Camada Limite Planetária (CLP). A CLP pode ser definida como "a parte da

troposfera que é diretamente influenciada pela superfície terrestre e responde aos

forçantes superficiais com uma escala de tempo inferior a uma hora".

A turbulência é diversas ordens de grandeza mais efetiva para o transporte de qualquer

quantidade física (calor, momentum, contaminante) do que a viscosidade molecular e é

ela a responsável pela resposta da CLP aos forçantes superficiais.

O problema da difusão turbulenta na atmosfera não foi ainda formulado de forma única

no sentido de que não existe um único modelo físico capaz de explicar todos os aspectos

relevantes. Operacionalmente existem duas abordagens a saber: a Teoria do Transporte

por Gradiente (TTG) e a Teoria Estatística de Difusão (TED). A TTG afirma que o

transporte em uma região da atmosfera é proporcional ao gradiente local da concentração

e, neste sentido, é uma teoria euleriana. A TED considera o movimento individual das

partículas do fluído e, neste sentido, é uma teoria lagrangeana.

Page 14: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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2.1) TEORIA DO TRANSPORTE POR GRADIENTE

A formulação da Teoria do Transporte por Gradiente foi inicialmente estabelecida por

Adolph Fick, um fisiologista alemão, em 1855. Para o caso unidimensional

matematicamente se escreve:

dC

dtK

C

x=

2

2 (1)

onde C é a concentração do material emitido para a atmosfera e K é o coeficiente de

difusão, considerado, neste caso, constante. As variávies t e x representam

respectivamente o tempo e a direção espacial considerada. A expressão (1) acima pode

ser, facilmente, generalizada para o caso tridimensional e para o caso em que o

coeficiente de difusividade não é constante. Por tratar-se de uma equação diferencial a

solução de (1) requer a especificação de condições iniciais e de contorno, isto é, qual é a

concentração inicial do poluente e como é a concentração do poluente nos limites de

interesse do problema. A equação (1) acima, contudo, é uma simplificação demasiada de

um problema prático. A simplificação mais óbvia advém do fato de que ela não considera

o movimento do fluído, ou seja, e válida para um fluído em repouso. Na atmosfera,

entretanto, temos não apenas os movimentos das massas de ar, que são responsáveis pela

advecção do material, mas também os movimentos turbulentos, que são responsáveis pela

difusão do material.

Assim, a generalização da lei de Fick para o transporte de poluentes atmosféricos, do

ponto de vista euleriano, é dado pela conhecida equação de difusão-advecção:

C

tu

C

xv

C

y zK

C

z yK

C

yQz y+ + = + +( ) ( ) (2)

onde u e v são as componentes da velocidade do vento nas direções longitudinal e lateral

respectivamente, e Q a intensidade da fonte, usualmente em gramas/segundos. Na

verdade, a equação acima, embora seja uma generalização da lei de Fick, constitui-se em

uma das leis básicas da natureza, ou seja: a Lei de Conservação. Ela estabelece que o

fluxo de qualquer poluente sobre uma superfície fechada é igual a variação

(acréscimo/decréscimo) deste mesmo poluente no volume limitado por esta superfície. A

chave para a solução da equação acima reside nos coeficientes difusivos. Estes,

Page 15: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

15

diferentemente, dos processos microscópicos, são uma propriedade do escoamento, sendo

uma função do local, tempo, distância da fonte, época do ano, etc. De fato eles são

dependentes da Física contida na Camada Limite Planetária, isto é, de como esta camada

evolui durante o dia, em diferentes épocas do ano, em diferentes locais. Por este motivo,

o conhecimento preciso da CLP possibilita uma melhor descrição dos coeficientes. É

exatamente este conhecimento que distingue os diferentes tipos de modelos de difusão

atmosférica, organizando-se estes em uma hierarquia de modelos.

2.2) O MODELO DE PLUMA GAUSSIANA

A solução mais utilizável da equação (2) é o conhecido Modelo de Pluma Gaussiana em

que o coeficiente de difusividade é independente da altura acima do solo e, que

matematicamente é expresso como

C x y zQ

u

y z h z h

y z y z z

( , , )( )

exp( ) exp( )

exp( )

= − −−

+ −+

2 2 2 2

2

2

2

2

2

2π σ σ σ σ σ (3)

Na equação (3) os sigmas representam “a abertura da pluma de contaminantes” e estão

relacionados com os coeficientes de difusão. A concentração de contaminantes

C x y z( , , ) é expressa em unidades de massa por volume (ex.: microgramas/metro

cúbico). A altura da fonte, na equação (3) é representada por h . Observa-se que a

equação (3), como solução de (2) assume que a direção do vento é ao longo da direção

longitudinal e que não existe deposição de contaminantes no solo.

A relação matemática entre os desvios padrões da concentração ( )σ com os coeficientes

de difusão é dada por:

σ y yK t2 2= (4)

e

σ z zK t2 2= (5)

onde t é o tempo de viagem seguido pelas partículas do poluente.

A combinação da equação (3) com as relações (4) e (5) constitui a base do modelo de

dispersão mais empregado: o Modelo de Pluma Gaussiana.

Page 16: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

16

2.3) ESTIMATIVA DOS COEFICIENTES DE DIFUSÃO

Para aplicações práticas do MPG deve-se determinar valores numéricos para os

coeficientes de difusão. Várias expressões teóricas e empíricas foram derivadas com este

objetivo.

Na ausência de medidas de turbulência deve-se, em primeiro lugar, estimar as condições

de estabilidade da atmosfera em função de medidas e observações meteorológicas

rotineiras. Um esquema simples, para este propósito, foi sugerido por Pasquill [7] e mais

tarde modificado por Turner [8]. Este esquema classifica o estado turbulento da

atmosfera em seis tipos diferentes, que são determinados a partir do vento na superfície,

insolação e cobertura de nuvens. As seis classes variam de A (fortemente instável é

propícia para a dispersão) a F (moderadamente estável e não propícia para a dispersão).

A tabela a seguir contém a classificação proposta por Pasquill.

TABELA.2. 1 - CLASSIFICAÇÃO DE PASQUILL-GIFFORD PARA A CLASSE DE

TURBULÊNCIA DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS.

A - Extremamente instável; C - Levemente instável; E - Suavemente estável;

B - Moderadamente instável; D - Condiçõa neutra; F - Moderadamente estável;

Velocidade do

vento a

superfície

(m/s)

tempo de

insolação

no dia

FORTE

tempo de

insolação no

dia

MODERADA

tempo de

insolação

no dia

FRACA

condições noturnas,

fina cobertura de

nuvens ou >4/8 de

nuvens baixas

condições

noturnas <3/8 de

cobertura por

nuvens

<2 A A - B B

2 – 3 A - B B C E F

3 – 4 B B - C C D E

4 – 6 C C - D D D D

> 6 C D D D D

Page 17: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

17

3. DESCRIÇÃO DO MODELO DE DISPERSAO

O modelo ISCST é um modelo de dispersão tipo pluma gaussiana que pode ser utilizado

para descrever a dispersão de poluentes de um complexo industrial com várias

modalidades de fontes: área, volume e linha.

Combina e aprimora vários algorítmos de modelos de dispersão, com o objetivo de

considerar outras fontes de poluição e não somente emissões de chaminés isoladas, como

por exemplo: emissões fugitivas, efeitos aerodinâmicos em torno das chaminés,

sedimentação gravitacional e deposição seca.

O ISCST é projetado para calcular concentrações, ou valores de deposição seca e úmida,

para períodos de tempo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24 horas. Pode calcular também

concentrações anuais se utilizados dados seqüenciais para um ano inteiro, calcula ainda

as concentrações em cada ponto do receptor, como tem tratamento para terreno pode ser

aplicado tanto para terrenos planos como terrenos irregulares. A figura (10) mostra os

ajustamentos feitos pelo modelo ISCST para considerar a topografia. A modificação do

terreno pode ser feita através da seguinte formulação:

′ = + − −H H Z Z RHTS ,

onde:

′H - é a altura de estabilização da pluma;

H - é a altura efetiva da chaminé;

Zs - é a altura da base da chaminé em relação ao nível do mar;

Z - é a altura do terreno no receptor em relação ao nível do mar;

RHT - é a altura do receptor acima da altura do terreno;

Page 18: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

18

Figura 3.1 - Ilustração do comportamento da pluma num terreno complexo, assumido

pelo modelo ISC.

4. SIMULAÇÕES DA DISPERSÃO DE POLUENTES

Dois cenários foram selecionados para as simulações da dispersão de poluentes. Estes

foram escolhidos com base em dados obtidos através dos dados da estação meteorológica

do aeroporto de Porto Alegre, site www.inmet.gov.br.

1) Cenário 1: Cenário Convectivo é o mais propício a dispersão de contaminantes e

caracteriza-se por uma turbulência muito intensa na Camada Limite Planetária (CLP).

A CLP pode alcançar, na região a ser estudada aproximadamente 800 metros no

início da tarde (Freitas, 1999).

2) Cenário Crítico, ocorre geralmente em dias de inverno, esta condição representa

uma atmosfera onde altas concentrações superficiais são observadas. O cenário crítico

pretende predizer as máximas concentrações superficiais de poluentes quando

condições atmosféricas anômalas se fizerem presentes, neste caso a altura da camada

limite planetária foi da ordem de 200 metros.

Page 19: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

19

De maneira geral pode-se afirmar que a circulação atmosférica no estado do Rio Grande

do Sul é afetada por dois fatores de grande escala: o anticiclone Polar e o anticiclone

Atlântico. O primeiro governa as entradas dos sistemas frontais, enquanto o segundo é

responsável por aquilo que é convencionalmente chamado de ‘tempo bom’. Na presença

do anticiclone do Atlântico a circulação atmosférica em uma certa região é resultante das

características locais. Assim, neste caso, a proximidade do Oceano Atlântico a leste, a

presença da Lagoa dos Patos ao sul e a Serra do Mar ao Norte são os fatores geográficos

que influenciam o ‘caminho dos ventos’ na RMPA. Entretanto, o efeito antropogênico

resultante da existência das próprias cidades, que cria uma ilha artificial de calor, também

influencia a circulação do ar e todos as grandezas dinâmicas e termodinâmicas

importantes na dispersão de poluentes. Baseando-se neste conhecimento científico é que

os cenários adotados neste texto foram selecionados.

Ao estabelecer as condições básicas para avaliar o impacto dos poluentes atmosféricos os

meteorologistas referem-se a dois parâmetros fundamentais: a intensidade da turbulência

e a altura da Camada Limite Atmosférica. Embora estes dois parâmetros estejam

relacionados eles são considerados individualmente na modelagem da dispersão de

contaminantes.

O cenário, aqui referenciado como ‘convectivo’, é o mais propício para a dispersão de

contaminantes. Ele é caracterizado por uma turbulência muito intensa na Camada Limite

Planetária a qual pode alcançar, na RMPA, quase um quilômetros no início da tarde.

Estas condições são comuns durante o verão. Diferentemente, o cenário chamado de

‘critico’, distingue-se do anterior por possuir uma baixa intensidade da turbulência e por

uma Camada Limite com pequena extensão vertical. Este cenário é típico de inverno e

nele as concentrações de contaminantes são mais elevadas. Neste cenário espera-se que

altas concentrações superficiais sejam observadas. O cenário crítico objetiva predizer as

máximas concentrações superficiais de poluentes quando condições atmosféricas

anômalas se fizerem presentes.

Em todas as simulações variáveis meteorológicas realistas são consideradas.

As simulações necessitam ainda dados de fonte como: taxa de emissão, altura de emissão,

diâmetro da chaminé, temperatura e velocidade de exaustão dos gases e localização das

fontes.

Page 20: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

20

4.2 RESULTADOS

Os resultados apresentados nesta seção são divididos como segue:

- Avaliação das concentrações superficiais para fontes de emissão ficticias, para os

cenários convectivo e critico;

Todas as simulações foram realizadas para uma área que cobre 20 quilômetros na direção

leste-oeste por 20 quilômetros na direção norte-sul.

As figuras mostradas compreendem, em primeiro lugar, os máximos horários de

concentração de NOx, como seus valores em microgramas por metro cúbico, a seguir as

concentrações medias de 24 horas para SO2.

Page 21: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

21

-20000 -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 20000

Oeste - Leste

-20000

-15000

-10000

-5000

0

5000

10000

15000

20000S

ul -

Nor

te

16111621263136414651566166717681869196101

Isolinhas de Concentração de NOx, microg/m3 Valores Maximos de 1 hora Cenario Convectivo

Figura 4.1 Condição Convectivo/ fonte fictícia////

Page 22: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

22

-20000 -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 20000

Oeste - Leste

-20000

-15000

-10000

-5000

0

5000

10000

15000

20000

Sul

- N

orte

1

6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

Isolinhas de Concentração de SO2, microg/m3 Valores Maximos de 24 horas Cenario Convectivo

Figura 4.2 Condição Convectivo/SO2

Page 23: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

23

Figura 4.3 Condição Critica//NOx

Page 24: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

24

-20000 -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 20000

Oeste - Leste

-20000

-15000

-10000

-5000

0

5000

10000

15000

20000

Sul

- N

orte

1

6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

Isolinhas de Concentração de SO2, microg/m3 Valores Maximos de 24 horas Cenario Critico

Figura 4.4 Condição Critica/SO2

Page 25: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

25

As figuras a seguir ilustram os valores máximos de concentração para o período de uma

hora de NO x e as medias de 24 horas.

Valores da Simulação dos Máximos de Poluentes - Dados FEPAM

0

50

100

150

200

250

MP24h SO24h NOx1h

Poluentes

mic

rog

/m3

Cenário Crít ico Cenário Convect ivo

Figura 4.5 Valores máximos obtidos através das simulações com o modelo ISCST,

considerando os cenarios critico e convectivo.

Page 26: Exemplo de Estudo da Dispersão de Poluentes para fontes Industriais

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