execuÇÃo de bueiros com escavaÇÃo de solo sem …

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EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM PARALISAÇÃO DA OPERAÇÃO FERROVIÁRIA Tiago Reis Ferraz de Barros MRS Logística S.A. Carolina Lourenço Santiago MRS Logística S.A. Francisco José dAlmeida Diogo Departamento de Fortificação e Construção IME RESUMO O presente trabalho mostra uma solução para execução de bueiros pelo uso do método destrutivo sem grandes paralisações da operação ferroviária. Os bueiros são ativos presentes ao longo de toda infraestrutura da malha os quais geram grande impacto na operação ferroviária em caso de falha. Na maioria das vezes as manutenções são executadas por métodos não destrutivos, porém, em situações específicas, tal método não é tecnicamente viável, sendo assim necessária a execução por métodos destrutivos que se aplicam principalmente em situações de aterros baixos e/ou dispositivos de pequenas dimensões. Com o intuito de solucionar o conflito entre as duas situações, método destrutivo e operação ferroviária, foi desenvolvido um reforço para a grade ferroviária que permite a circulação de composições com o desmonte do aterro. Este trabalho foi desenvolvido buscando um projeto que utilizasse materiais disponíveis na empresa, nesse caso o trilho. Foi utilizada a análise estrutural através do software FTOOL para definição da quantidade e extensão máxima desse reforço atendendo aos parâmetros de uma Via Permanente. A geometria do dormente limita a quantidade de trilhos de reforço que podem ser instalados e consequentemente o vão e a altura máxima do aterro a ser desmontado, sendo que foi obtido um vão máximo de 4 metros com utilização do vigamento contendo 5 pacotes de trilhos, composto por 3 trilhos TR68 cada. Também foi possível verificar que houve um aumento significativo na gama de bueiros que podem ser implantados na ferrovia utilizando o vigamento no método destrutivo, que necessita de apenas dois pequenos intervalos na operação para implantação e desmontagem do vigamento. Palavras-Chaves: Via Permanente; Bueiro; Reforço; Método Destrutivo. ABSTRACT The work shows a solution for the execution of culverts by the use of the destructive method with few stoppages of the railway operation.The culverts are active throughout the entire infrastructure of the network, which have a major impact on railway operation in the event of failure. To a large extent maintenance is carried out by non-destructive methods, but in specific situations this method is not technically possible, so it is necessary to execute it by destructive methods that apply mainly in situations of low landfills and / or small devices. In order to resolve the conflict between the two situations, destructive method and railway operation, reinforcement was developed for the railway grid that allows the circulation of trains with the dismantling of the landfill. This work was developed looking for a project that used materials available in the company, in this case the trail. Structural analysis using the FTOOL software was used to define the amount and maximum extent of this reinforcement, taking into account the parameters of the Permanent Way. The geometry of the sleeper limits the number of reinforcement rails that can be installed and consequently the maximum span and height of the embankment to be dismantled, with a maximum span of 4 meters being obtained using the framework containing 5 bundles of rails, consisting of 3 TR68 rails each. It was also possible to verify that there was a significant increase in the range of culverts that can be implanted in the railroad using the framework in the destructive method, which requires only two short intervals in the operation for implantation and disassembly of the framework. Keywords: Permanent Way; Culvert; Reinforcement; Destructive Method. 1. INTRODUÇÃO Empresas ferroviárias de carga do Brasil tem como core business 1 a logística, assim, a 1 Termo da administração que significa a parte principal de um determinado negócio. É o ponto forte de uma empresa que deve ser trabalhado estrategicamente.

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Page 1: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM PARALISAÇÃO DA

OPERAÇÃO FERROVIÁRIA

Tiago Reis Ferraz de Barros MRS Logística S.A.

Carolina Lourenço Santiago MRS Logística S.A.

Francisco José d’ Almeida Diogo Departamento de Fortificação e Construção – IME

RESUMO

O presente trabalho mostra uma solução para execução de bueiros pelo uso do método destrutivo sem grandes

paralisações da operação ferroviária. Os bueiros são ativos presentes ao longo de toda infraestrutura da malha os

quais geram grande impacto na operação ferroviária em caso de falha. Na maioria das vezes as manutenções são

executadas por métodos não destrutivos, porém, em situações específicas, tal método não é tecnicamente viável,

sendo assim necessária a execução por métodos destrutivos que se aplicam principalmente em situações de aterros

baixos e/ou dispositivos de pequenas dimensões. Com o intuito de solucionar o conflito entre as duas situações,

método destrutivo e operação ferroviária, foi desenvolvido um reforço para a grade ferroviária que permite a

circulação de composições com o desmonte do aterro. Este trabalho foi desenvolvido buscando um projeto que

utilizasse materiais disponíveis na empresa, nesse caso o trilho. Foi utilizada a análise estrutural através do

software FTOOL para definição da quantidade e extensão máxima desse reforço atendendo aos parâmetros de uma

Via Permanente. A geometria do dormente limita a quantidade de trilhos de reforço que podem ser instalados e

consequentemente o vão e a altura máxima do aterro a ser desmontado, sendo que foi obtido um vão máximo de 4

metros com utilização do vigamento contendo 5 pacotes de trilhos, composto por 3 trilhos TR68 cada. Também foi

possível verificar que houve um aumento significativo na gama de bueiros que podem ser implantados na ferrovia

utilizando o vigamento no método destrutivo, que necessita de apenas dois pequenos intervalos na operação para

implantação e desmontagem do vigamento.

Palavras-Chaves: Via Permanente; Bueiro; Reforço; Método Destrutivo.

ABSTRACT

The work shows a solution for the execution of culverts by the use of the destructive method with few stoppages of

the railway operation.The culverts are active throughout the entire infrastructure of the network, which have a

major impact on railway operation in the event of failure. To a large extent maintenance is carried out by

non-destructive methods, but in specific situations this method is not technically possible, so it is necessary to

execute it by destructive methods that apply mainly in situations of low landfills and / or small devices. In order to

resolve the conflict between the two situations, destructive method and railway operation, reinforcement was

developed for the railway grid that allows the circulation of trains with the dismantling of the landfill. This work

was developed looking for a project that used materials available in the company, in this case the trail. Structural

analysis using the FTOOL software was used to define the amount and maximum extent of this reinforcement,

taking into account the parameters of the Permanent Way. The geometry of the sleeper limits the number of

reinforcement rails that can be installed and consequently the maximum span and height of the embankment to be

dismantled, with a maximum span of 4 meters being obtained using the framework containing 5 bundles of rails,

consisting of 3 TR68 rails each. It was also possible to verify that there was a significant increase in the range of

culverts that can be implanted in the railroad using the framework in the destructive method, which requires only

two short intervals in the operation for implantation and disassembly of the framework.

Keywords: Permanent Way; Culvert; Reinforcement; Destructive Method.

1. INTRODUÇÃO

Empresas ferroviárias de carga do Brasil tem como core business1 a logística, assim, a

1 Termo da administração que significa a parte principal de um determinado negócio. É o ponto forte de uma

empresa que deve ser trabalhado estrategicamente.

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disponibilidade de seus ativos deve ser a maior possível para que com isso possa produzir o seu

resultado com eficiência. Os ativos necessários para essa operação são basicamente material

rodante, como as locomotivas e vagões, e Via Permanente, composta de superestrutura e

infraestrutura, conforme Figura 1.

Figura 1: Ativos ferroviários (Fonte: Autor, 2020).

A necessidade de evitar ao máximo as paralisações na operação por conta das manutenções que

precisam ser realizadas nos ativos ferroviários, e que, caso não ocorram, podem interferir na

estabilidade e segurança da via, gerando prejuízos financeiros, ambientais, sociais, além de

riscos para os usuários, motivou a busca por soluções que minimizem impacto na circulação

dos trens e com o menor custo possível, sustentabilidade e com segurança.

Este trabalho visa encontrar uma solução de reforço de grade que permita realizar implantações

e substituições de bueiros por método destrutivo do aterro sem a paralisação da movimentação

de trens. Tal recurso se faz necessário pois alguns tipos e métodos de implantação de bueiros se

tornam inviáveis devido às alturas específicas de aterros. Além disso, o referido recurso poderá

trazer possibilidades de uso de outras técnicas construtivas.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Infraestrutura ferroviária

Parte importante da composição do ativo ferroviário e de tratativa neste trabalho, a definição de

infraestrutura de acordo com DNIT (2016) é o conjunto de obras destinadas a formar a

plataforma da ferrovia e suportar a superestrutura da via permanente. Segundo Nabais (2014), é

composta por terraplenagens (aterros e cortes), sistemas de drenagem, obras de arte correntes

(OAC) e obras de arte especiais (OAE), como pontilhões, pontes, viadutos e túneis.

2.2. Métodos Construtivos de obras de bueiros

Dezotti (2008) cita que há diversos métodos construtivos disponíveis para a implantação ou

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substituição de bueiros. A seleção do melhor método depende das condições específicas de

cada projeto, como características de solo, diâmetro do tubo, comprimento máximo da

tubulação, precisão requerida, prazo e disponibilidade local do método executivo. Os métodos

para instalação e recuperação de tubulações são divididos em dois grandes grupos: Método com

abertura de trincheiras ou método tradicional ou destrutivo e Métodos Não Destrutivos (MND).

Segundo Dezotti (2008) o método não destrutivo pode ser como sendo uma família de métodos

e equipamentos e materiais utilizados para a construção, recuperação e substituição com

mínima ou nenhuma escavação de superfície e interferência no tráfego. São métodos que

necessitam de mais recursos financeiros para a sua execução devido a sua complexidade e em

alguns casos, requer grande espaço fora da plataforma ferroviária para a instalação de

maquinários.

Os métodos destrutivos, conforme Dezotti (2008), consistem em escavações ao longo do

posicionamento do bueiro, colocação do tubo na vala sobre um berço com materiais adequados

e reaterro e compactação da vala. Após a conclusão da obra também é necessário restaurar parte

da via permanente. Essa metodologia permite implantar sem grandes impactos financeiros,

pequenas dimensões de bueiros e com pequenas alturas de aterros disponíveis.

2.3. Bueiros

Os bueiros, conhecidos também como OAC, para DNIT (2010) tem como sua função

primordial, eliminar a água que, sob qualquer forma, atinge o corpo estradal, captando-a e

conduzindo-a para locais em que menos afete a segurança e durabilidade da via.

Segundo DNIT (2010) os bueiros se compõem essencialmente de bocas e corpo. Corpo é o duto

situado sob os cortes e aterros. As bocas constituem os dispositivos de admissão e lançamento,

a montante e a jusante, e são compostas de soleira, muro de testa e alas. No caso de o nível da

entrada d'água na boca de montante estar situado abaixo da superfície do terreno natural, a

referida boca deve ser substituída por uma caixa coletora. São elementos acessórios à obra do

bueiro, seu berço, um enrocamento de pedras e um possível dispositivo dissipador de energia.

Ainda, de acordo com DNIT (2010) os bueiros podem ser classificados em quatro classes:

quanto à forma da seção; quanto ao número de linhas; quanto aos materiais com os quais são

construídos e quanto à esconsidade.

Com relação à forma da seção, para vazões menores são os tubulares quando a seção for

circular, e celulares quando a seção transversal for retangular ou quadrada. Também existem as

elipses ou ovóides, lenticulares e arcos semicirculares, além de formatos especiais

desenvolvidos pela necessidade em situações particulares.

Quanto ao número de linhas, são simples, quando só houver uma linha de tubos, de células etc;

duplos e triplos, quando houver duas ou três linhas de tubos, células etc. Não são

recomendáveis números maiores de linhas, quando provocar alagamento em uma faixa muito

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ampla. (DNIT, 2010)

Os materiais atualmente usados para a construção de bueiros em ferrovias são de diversos tipos:

concreto armado, chapa metálica corrugada, polietileno de alta densidade (PEAD), além do

plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV).

Na malha da MRS Logística, os tipos de bueiros que podem ser executados em métodos

destrutivos são apresentados na Tabela 1:

Tabela 1: Altura mínima de recobrimento para bueiros instalados por método de trincheira.

Tipo

Dimensões

Norma

Altura

mínima de

recobriment

o (m)

Observações Diâmetro

(m)

Altura

(m)

Base

(m)

Circular

de

concreto

armado

1 - - 1,5 D do

bueiro acima

da geratriz

superior

(DNIT,2006)

1,50

Diâmetros permitidos

pelas normas MRS e

ISF/DNIT 1,2 - - 1,80

Celular

de

concreto

armado

1,20 1,20 Não é

necessário

recobrimento,

desde que

dimensionado

para tal fim

0,00 Dimensão particular

norma MRS

- 1,50 1,50 0,00

Podem ser in loco ou

pré-moldadas

- 2,00 2,00 0,00

- 2,50 2,50 0,00

- 3,00 3,00 0,00

Circular

de

PEAD

0,60 - - Recobrimentos

mínimos

indicados pela

TIGRE ADS

(2014)

0,60 Normas do DNIT ainda

não tratam sobre esse tipo

de material, porém é usado

em redes de água e esgoto

e são normatizados pela

ABNT

0,75 - - 0,90

0,90 - - 0,90

1,05 - - 1,20

1,20 - - 1,20

Já para os métodos não destrutivos mais usuais na MRS Logística S/A, há a utilização de chapas

metálicas corrugadas do tipo “Tunnel Liner” de diâmetros a partir de 1,20 m e que necessitam

de recobrimentos mínimos a partir de 1,20 m, coforme ARMCO STACO (2013), e tubos de

PRFV, implantados pelo método “sliplining”, ou seja, a inserção de um tubo dentro de um

corpo de bueiro existente e o espaço entre as duas estruturas é preenchida com material de

consolidação ou, em alguns casos, concreto armado.

2.4. Confecção de valas

Para a execução do método destrutivo é imprescindível abertura de valas. Segundo ABNT

(1992), a vala pode ter seção retangular com até 1,30 m de profundidade e para valas mais

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profundas devem possuir escoramento. Também podem ser seções trapezoidais e são indicadas

quando houver ocorrência de solo estável, espaço disponível ou vantagem técnica e/ou

econômica.

As escavações taludadas, de acordo com a ABNT (1985), são executadas com paredes em

taludes estáveis, podendo ter patamares (bermas ou plataformas), objetivando somente

melhorar as condições de estabilidade dos taludes. A fixação do ângulo de inclinação dos

taludes depende fundamentalmente das condições geotécnicas do solo. Ainda, segundo ABNT

(1985), para trabalhos em valas para condutos onde há tráfego de pessoas, é indispensável que

haja a largura mínima de 0,80 m.

Além disso, ABNT (1985) diz que escavações no máximo de 1,25 m de profundidade podem

ser construídas com paredes verticais sem medidas de proteção especiais (escoramento) se a

inclinação da superfície do solo adjacente é menor que 1:10 em solos não coesivos, como os

solos arenosos, e menores que 1:2, em solos coesivos. Em solos coesivos é permitido escavar a

uma profundidade de até 1,75 m, conforme a Figura 2.

Figura 2: Esquema de escavação de valas (Fonte: ABNT, 1985).

Ainda, ABNT (1985) as escavações com profundidades maiores que as indicadas na Figura 2,

até a profundidade de 3,00 m, devem ser executadas com as paredes e, taludes de ângulo

inferior ou igual a 45º para solos não coesivos ou coesivos médios, menor ou igual a 60º para

solos coesivos resistentes e menor ou igual a 80º em rochas.

Em escavações com profundidades menores ou iguais a 5,00 m devem utilizar patamares

(bermas ou plataformas) com largura superior a 1,50 m, como observada na Figura 3.

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Figura 3: Esquema de escavação de valas com alturas superiores a 5,00 m (Fonte: ABNT,

1985).

Consoante com MRS (2018a) as escavações com profundidade superior a 1,20 m devem ser sua

estabilidade garantida por meio de taludes e/ou escoras, seguindo as orientações da ABNT

9061.

2.5. Tipos de reforços de grade

Para obras em infraestrutura ferroviária, o desmonte da grade (dormente, presilhas e trilhos) da

superestrutura, na grande maioria dos casos deve ser evitado para que a operação não pare. Para

garantir a continuidade e segurança do fluxo ferroviário, além da segurança dos trabalhadores,

são utilizados reforços, que garantem a abertura da vala com a continuidade da passagem dos

trens.

Essa técnica se desenvolveu ao longo da história da ferrovia de forma empírica, sendo assim,

não há normatização sobre essas estruturas e nem mesmo uma padronização em sua

nomenclatura, na maioria dos casos são feixes de trilhos presos aos dormentes e são

coloquialmente chamados de pacotes de trilhos, mesmo que possuam aplicações e

dimensionamentos distintos.

Dentre as soluções utilizadas como reforços de grades, a mais simples contém trilhos fixados

com pregações nos próprios dormentes, conforme a Figura 4.

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Figura 4: Pacote de trilhos executado na MRS Logística (Fonte: Autor, 2019).

Também há outros tipos de pacote de trilhos. Segundo Naresi Jr (2018) é a colocação de trilhos

provisórios superiores para servir de reforço e enrijecimento da estrutura futura a ser escavada,

como pode ser observada na Figura 5.

Figura 5: Exemplo de reforço de pacote de trilhos (Fonte: Autor, 2019).

Para obras de maior complexidade existem empresas especializadas que fazem o reforço e

suspensão da via com sistemas de abraçadeiras metálicas com adição de trilhos longitudinais e

transversais à via, como apresentado na Figura 6. A seção esquemática pode ser vista na Figura

7.

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Figura 6: Exemplo de reforço (Fonte: Petrucco Group, 2018).

Figura 7: Seção esquemática do projeto (Fonte: Petrucco Group, 2018).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para o desenvolvimento do projeto de vigamento definiu-se pela utilização de materiais

disponíveis em empresas ferroviárias, visando à economia e sustentabilidade, e também a

facilidade de emprego em obras de pequeno porte, montada por equipe própria e por

prestadoras de serviço.

Sendo assim foi adotado no cálculo o uso de trilhos TR 68, tendo o aço as características de

limite de escoamento de 350 MPa e peso específico de 7,850 tf/m³. Os grampos de fixação são

fabricados em aço ASTM A36, produzidos no formato específico para o uso no vigamento.

Neste trabalho foi chamado de pacote de trilhos o conjunto de 3 unidades de trilhos que serão

fixados ao longo da linha férrea por grampos, sendo considerado a partir de então o conjunto

como um vigamento. As propriedades geométricas são mostradas na Figura 8. De posse dessa

informação foi estudada a quantidade de trilhos que pudesse gerar esforços resistentes para dar

estabilidade ao sistema.

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Figura 8: Propriedades geométricas do pacote de trilho (Fonte: CERNE, 2020).

As envoltórias de momentos fletores devido ao trem tipo Cooper E-80 foram obtidas através do

programa de análise estrutural FTOOL. O software é um programa gráfico-iterativo,

desenvolvido pela PUC-Rio, para auxiliar o entendimento do comportamento estrutural de

pórticos planos.

Para a determinação do limite de desnivelamento de perfil longitudinal no topo do trilho que o

vigamento pode ter foi utilizada a norma da MRS que determina tal limite pela classe da

ferrovia. De acordo com MRS (2018b) a classificação da via é dada em relação ao trem de

maior Velocidade Máxima Autorizada (VMA) de um determinado corredor baseado em

estudos e não há mudanças nessa classificação em virtude das variações de velocidade ao longo

desse corredor. As classes são divididas nas faixas de velocidades descritas a seguir:

• Classe 1: 0 – 16 km/h;

• Classe 2: 17-40 km/h;

• Classe 3: 41-64 km/h;

• Classe 4: 65-96 km/h.

Foram utilizados para os cálculos os carregamentos do peso próprio, dos trilhos e dos

dormentes, além da carga móvel, considerando-se o trem-tipo Cooper E-88. A obtenção dos

esforços foi dividida por vãos. Para todos os vãos, o modelo estrutural consiste em uma viga

biapoiada.

Para a análise estrutural foi primeiramente definida a tensão admissível do trilho e o momento

fletor resistente de um pacote de trilhos. Em seguida, foram calculados os momentos fletores

para os vãos de 2,00 m, 3,00 m, 4,00 m e 5,00 m. Como o objetivo do cálculo é encontrar o

número de pacotes de trilhos necessários para compor o vigamento para os vãos especificados,

foi adotada a metodologia de encontrar o momento resistente efetivo subtraindo o momento

devido ao peso próprio do pacote de trilhos para um determinado vão do momento admissível

do pacote de trilhos.

Dessa forma, para encontrar o número de pacotes de trilhos suficientes foi necessário somar o

momento fletor devido aos trilhos e dormentes e o momento fletor devido ao trem tipo,

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dividindo pelo momento resistente efetivo encontrado. Sendo assim, foi possível determinar os

parâmetros e a verificação do número máximo de trilhos.

Em seguida, foram analisados os tipos de bueiros que podem ser implantados de acordo com o

limite máximo do vão suportado pelo vigamento e a verificação da necessidade de aplicação de

escoramento em cada um dos tipos.

4. ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1. Análise estrutural

Foram adotados para os cálculos os carregamentos do peso próprio (1), dos trilhos e dos

dormentes (q=0,80 tf/m), A carga móvel especificada pela norma da American Railway

Engineering and Maintenance-of-Way Association (AREMA) define que o trem-tipo de projeto

é o Cooper E-80. Entretanto, a MRS Logística especifica uma majoração no trem-tipo

dependendo do vão existente. Para pontes até 15 m, é aplicado um adicional de 10 %

adotando-se o trem-tipo Cooper E-88 (13,1 tf/m). O peso específico do aço adotado é de 7,85

tf/m³. A área da seção transversal do dormente é de 259,02 cm².

𝑃𝑃 = 𝛾×𝐴 (1)

em que PP: peso próprio [tf/m]; : peso específico do aço [tf/m³]; A: área [m²].

A obtenção dos esforços foi dividida por vãos. Para todos os vãos, o modelo estrutural consiste

em uma viga biapoiada e o coeficiente de impacto (2), de acordo com AREMA (2003):

𝜑 = 40 −3𝑥𝐿²

1600

(2)

em que φ: coeficiente de impacto [na]; L: comprimento do vão [ft].

Calculou-se o momento fletor, considerando o peso próprio de um pacote de trilhos (3):

𝑀𝑃𝑃 =𝑃𝑃𝑥𝐿²

8

(3)

em que MPP: Momento fletor com peso próprio [tf.m]; PP: peso próprio [tf/m];

L: comprimento do vão [m].

Determinou-se o momento fletor para esse vão considerando o peso dos trilhos e dormentes (4):

𝑀𝑞 =𝑞𝑥𝐿²

8

(4)

Page 11: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

em que Mq: Momento fletor com de trilhos e dormentes [tf.m]; q: peso trilhos e

dormentes [tf/m]; L: comprimento do vão [m].

Com a obtenção desses dados expostos anteriormente, é possível calcular (5):

𝑀𝐶𝑀 = 1,1𝑥𝜑𝑥𝑀𝐹 (5)

em que MCM: Momento fletor para carga móvel [tf.m]; MF: Momento fletor para trem

tipo [tf.m]; φ: coeficiente de impacto [na].

Foram obtidos os resultados apresentados na Tabela 2. As Figuras 9, 10, 11 e 12 representam os

momentos fletores em razão do trem tipo para os vãos estudados.

Tabela 2: Resultados obtidos para os vãos estudados.

Dimensão

do vão (m)

Peso

Próprio

(tf/m)

Momento Fletor

com o peso

próprio (tf.m)

Momento fletor

com de trilhos e

dormentes (tf.m)

Coeficiente

de impacto

(%)

Momento fletor

para carga móvel

(tf.m)

2,00

0,205

0,103 0,400 39,900 27,700

3,00 0,231 0,900 39,800 46,703

4,00 0,410 1,600 39,700 82,982

5,00 0,641 2,500 39,500 124,295

Figura 9: Momento fletor devido ao trem tipo para vão de 2,00 m (Fonte: CERNE, 2020).

Figura 10: Momento fletor devido ao trem tipo para vão de 3,00 m (Fonte: CERNE, 2020).

Figura 11: Momento fletor devido ao trem tipo para vão de 4,00 m (Fonte: CERNE, 2020).

Page 12: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

Figura 12: Momento fletor devido ao trem tipo para vão de 5,00 m (Fonte: CERNE, 2020).

Foram realizadas verificações com relação à resistência. A tensão admissível (6) e o momento

fletor (7) que um pacote de trilhos suporta são iguais:

𝜎𝑎𝑑𝑚=0,55×𝑓𝑦=0,55×350=192,5 𝑀𝑃𝑎=1,925 𝑡𝑓/𝑐𝑚² (6)

em que 𝜎𝑎𝑑𝑚: Tensão admissível [tf/cm²]; 𝑓𝑦 :Tensão de resistência [MPa].

𝑀𝑎𝑑𝑚=𝜎𝑎𝑑𝑚×𝑊=1,925×1,170=2.252,25 𝑡𝑓.𝑐𝑚 =22,523 𝑡𝑓.𝑚 (7)

em que 𝑀𝑎𝑑𝑚 : Momento admissível [tf.m]; 𝜎𝑎𝑑𝑚: Tensão admissível [tf/cm²];

W : Módulo de resistência elástico da seção [cm³].

Ademais, foram verificadas quanto às flechas. Considerou-se o limite de desnivelamento de

perfil longitudinal no topo do trilho de via Classe 3 da MRS, cuja flecha máxima para uma

ponte de até 4,0 m é de 10 mm, de acordo com MRS (2018b).

Consideram-se as equações (8) e (9):

𝑀𝑅𝑡=𝑀Adm−𝑀𝑃𝑃 (8)

em que 𝑀𝑅𝑡 : Momento fletor efetivo do pacote de trilhos [tf.m];

𝑀adm: Momento admissível [tf.m]; MPP: Momento fletor com peso próprio [tf.m]

𝑀𝑆=𝑀𝑞+𝑀𝐶𝑀 (9)

em que 𝑀S : Momento devido aos trilhos e dormentes e devido ao trem-tipo [tf.m];

Mq: Momento fletor com de trilhos e dormentes [tf.m]; MCM: Momento fletor para carga

móvel [tf.m].

Para a determinação do número de pacotes de trilhos necessários foi aplicada a equação (10).

𝑀𝑆/𝑀Rt (10)

em que 𝑀S : Momento devido aos trilhos e dormentes e devido ao trem-tipo [tf.m];

𝑀𝑅𝑡 : Momento fletor efetivo do pacote de trilhos [tf.m].

Page 13: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

A Tabela 3 traz os resultados das flechas para os vãos estudados. Como não há espaço nos

dormentes para a colocação de seis pacotes de trilhos não foi possível concluir o cálculo para

vãos de 5,00m.

Tabela 3: Resultados das flechas obtidas para os vãos estudados.

Vão (m)

Momento

resistente

(tf.m)

Momento

solicitante

(tf.m)

Número de

pacotes de

trilhos

Flecha

Cooper

E-88 (mm)

Coeficiente de

Impacto -

(%)

x Flecha

(mm)

2,00 22,420 28,100 2,000 1,240 39,900 1,740

3,00 22,292 47,603 3,000 3,720 39,800 5,200

4,00 22,113 84,582 4,000 7,820 39,700 10,929

5,000 6,890 39,700 9,630

5,00 21,882 115,495 6,000 - - -

Em função da flecha, recomenda-se a utilização de cinco pacotes de trilhos para a abertura de

vala com vão de quatro metros, como pode ser visto na Figura 13. A barra de trilho deverá ter no

mínimo o mesmo tamanho do vão em cada extremidade.

Figura 13: Seção transversal de vigamento com 5 pacotes de trilhos (Fonte: CERNE, 2020).

4.2. Análise dos Tipos de Bueiros em Relação ao Vão Máximo

A geometria do dormente limita a quantidade de trilhos de reforço que podem ser instalados e

consequentemente o vão e altura máxima do aterro a ser desmontado, sendo que foi obtido um

vão máximo de 4 metros com utilização de trilhos TR68. Já a limitação da altura máxima de

escavação depende do tipo de material do aterro. Essas limitações definem os tipos e dimensões

dos bueiros que podem ser utilizados por este método. As Tabelas 4, 5 e 6 definem quais são os

tipos de bueiros e suas dimensões que podem ser aplicados neste vão para métodos destrutivos.

Levou-se em consideração que o mínimo necessário entre o corpo do bueiro e a parede da vala

é de 0,40 m, que o berço para os métodos destrutivos possuem 0,15 cm, que não há colchão

drenante abaixo do berço e que o solo possui boas condições de estabilidade. Para os bueiros

celulares, considerou-se que não há recobrimento sobre eles. As medidas dos corpos dos

Page 14: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

bueiros de concreto são as citadas no Álbum de Projeto tipo de Drenagem, em DNIT (2017) e

para os tubos em PEAD levou-se em consideração o diâmetro externo do tubo.

Tabela 4: Determinação dos Tipos de Bueiros Circulares de Concreto.

Nº de

Linha

Diâm.

(m)

Recobr.

mínimo

(m)

Altura

Total

de

vala

(m)

Taludamento

Escoramento

de acordo com

MRS (2018a)

Largura do

vão

escavação

mínimo

(m)

Possível

aplicação

para vão de

4 m

1 1,00 1,50 2,65 Não Sim 2,24 Sim

1 1,20 1,80 3,15 Não Sim 2,46 Sim

1 1,50 2,25 3,90 Não Sim 2,78 Sim

2 1,00 1,50 2,65 Não Sim 3,73 Sim

2 1,20 1,80 3,15 Não Sim 4,22 Não

2 1,50 2,25 3,90 Não Sim 4,86 Não

3 1,00 1,50 2,65 Não Sim 5,22 Não

3 1,20 1,80 3,15 Não Sim 5,98 Não

3 1,50 2,25 3,90 Não Sim 6,94 Não

Tabela 5: Determinação dos Tipos de Bueiros Celulares de Concreto.

Nº de

Linha

Base

(m)

Altura

(m)

Recobr.

mínimo

(m)

Altura

Total

de

vala

(m)

Taludamento

Escoramento

de acordo

com MRS

(2018a)

Largura

do vão de

escavação

mínimo

(m)

Possível

aplicação

para vão de

4 m

1 1,20 1,20 0,00 1,30 Sim Não 2,90 Sim

1 1,50 1,50 0,00 1,60 Sim Não 3,70 Sim

1 2,00 2,00 0,00 2,10 Não Sim 3,40 Sim

1 2,50 2,50 0,00 2,60 Não Sim 4,00 Sim

1 3,00 3,00 0,00 3,10 Não Sim 4,60 Não

2 1,20 1,20 0,00 1,30 Sim Não 4,30 Não

2 1,50 1,50 0,00 1,60 Sim Não 5,35 Não

2 2,00 2,00 0,00 2,10 Não Sim 5,55 Não

2 2,50 2,50 0,00 2,60 Não Sim 6,55 Não

2 3,00 3,00 0,00 3,10 Não Sim 7,70 Não

3 1,20 1,20 0,00 1,30 Sim Não 5,70 Não

3 1,50 1,50 0,00 1,60 Sim Não 7,00 Não

3 2,00 2,00 0,00 2,10 Não Sim 7,70 Não

3 2,50 2,50 0,00 2,60 Não Sim 9,20 Não

3 3,00 3,00 0,00 3,10 Não Sim 10,90 Não

Page 15: EXECUÇÃO DE BUEIROS COM ESCAVAÇÃO DE SOLO SEM …

Tabela 6: Determinação dos Tipos de Bueiros Circulares de PEAD.

Nº de

Linha

Diâm.

(m)

Recobr.

mínimo

(m)

Altura

Total

de

vala

(m)

Taludamento

Escoramento

de acordo

com MRS

(2018a)

Largura

do vão de

escavação

mínimo

(m)

Possível

aplicação para

vão de 4 m

1 0,60 0,60 1,35 Sim Não 1,82 Sim

1 0,75 0,90 1,80 Não Sim 1,70 Sim

1 0,90 0,90 1,95 Não Sim 1,84 Sim

1 1,05 1,20 2,40 Não Sim 2,01 Sim

1 1,20 1,20 2,55 Não Sim 2,17 Sim

2 0,60 0,60 1,35 Sim Não 2,68 Sim

2 0,75 0,90 1,80 Não Sim 2,75 Sim

2 0,90 0,90 1,95 Não Sim 3,04 Sim

2 1,05 1,20 2,40 Não Sim 3,37 Sim

2 1,20 1,20 2,55 Não Sim 3,68 Sim

3 0,60 0,60 1,35 Sim Não 3,10 Sim

3 0,75 0,90 1,80 Não Sim 3,80 Sim

3 0,90 0,90 1,95 Não Sim 4,23 Não

3 1,05 1,20 2,40 Não Sim 4,74 Não

3 1,20 1,20 2,55 Não Sim 5,20 Não

É possível ver na Tabela 4 que o vigamento de 4,00 m de extensão permite a construção de

todos os bueiros tubulares simples e apenas o duplo de 1,00m. Já na Tabela 5, apenas os bueiros

simples celulares podem ser utilizados. Na Tabela 6, é possível observar que bueiros triplos de

0,90 m, 1,05 m e 1,20 m não podem ser construídos para esse vão.

Isso mostra que é possível implantar uma ampla gama de bueiros por métodos destrutivos em

ferrovias em operação, inclusive bueiros celulares de grandes dimensões, desde que sejam

previstos escoramentos adequados para a construção dos mesmos, aumentando a oferta de

soluções para a implantação/manutenção dos bueiros ferroviários.

5. CONCLUSÃO

Este trabalho visou encontrar uma solução de reforço de grade que permitisse realizar

implantações e substituições de bueiros por método destrutivo do aterro sem a paralisação da

movimentação de trens.

O vigamento se mostrou viável. A solução encontrada é a confecção de 5 pacotes de trilhos,

com 3 trilhos em cada, para abertura de vãos máximos de 4 metros de largura em aterros

ferroviários para implantação de bueiros sem a paralisação da circulação de trens durante todo o

período da obra de implantação do corpo do bueiro. A barra de trilho deverá ter no mínimo o

mesmo tamanho do vão em cada extremidade.

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Para a implantação do método destrutivo é necessária à paralisação da linha em pelo menos

duas vezes para a implantação e retirada do vigamento. Portanto, é necessário verificar no

projeto conceitual se há a possibilidade de paralisação da linha pelo período necessário.

Todos os tipos de bueiros simples citados neste trabalho podem ser implantados nesse vão

máximo suportado, aumentando a gama de soluções que podem ser aplicadas em uma ferrovia.

Poderão ser desenvolvidas em trabalhos futuros outras formas de confeccionar o vigamento de

reforço, para que mais tipos de bueiros e até mesmo pontilhões possam ser substituídos

utilizando os métodos destrutivos.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao Instituto Militar de Engenharia (IME) e à MRS Logística S.A. pelo apoio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Dissertação (Mestrado), Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. São Carlos,

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Tiago Reis Ferraz de Barros ([email protected]) 1

Carolina Lourenço Santiago ([email protected]) 1

Francisco José d’ Almeida Diogo ([email protected]) 2

1 MRS Logística S.A., Avenida Brasil, 2001 - Centro, 36.060-010, Juiz de Fora - MG

2 Departamento de Fortificação e Construção – IME, Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha – Urca,

22.290-270, Rio de Janeiro - RJ