execução planejada

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  • 8/18/2019 Execução Planejada

    1/32

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    2/32

    prático do presl'l/te cl/saio. eis os /l/oti,'os

    lJUI 110.1'

    h"i'ara//l a

    publicá-lo por alltccipa,iio

    ao l i1TO e//l lJU(

    se inclui.

    O

    autor oferece.

    de

    início.

    UI Ia 1,isiio

    geral

    do

    planeja//lcnto e

    das características

    da

    funçiio

    de

    planejar

    el/I

    seguida trata

    do

    te//lO

    ccntral: n plal/ejall/ento

    1/0.1

    óryiios de adl/lil/istra,iio plÍ

    blica. as priHcipais dificuldades que se

    Ihc

    npiie/l/ e os //lelhores

    / Ieios de derrotá-las.

    O trabalho re,'este cUl/ho e/l/il/el/te/l/ente prático c o autor

    desem'oh'e a disserta,iio atrm'és

    do

    exame objetÍ1'o de situa,iies

    norte-americanas. às quais refere a allálise dos prob nl/as de pla

    nejoll/ento.

    EII/ capítulos fil/ais. procura demonstrar

    I II"

    o planejal/lcnto

    pilo dC'i'e

    ser fracionário. Pois é insllficiente

    111e

    setores

    i s o l d o ~

    de .r;m'hno planeje/l/

    isoladamente

    e

    cada qual

    as próprias ati,·i

    dades. Planejamento nacional é o tcma elllpol(JOnte que PElbOX

    discute ao cOl/rluir o trabalho. E o fa::: de modo incisÍ7'o. pragmá

    tico.

    tra:::endo-l/Os

    il/fo/'lnaçilo exata e sucinta sôbre os estudos c

    (Iesell7 Ol

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    3/32

     

    II

    III

    fNDI E

    Introdução

    Algumas

    características da

    função de planejamento

    O

    planejamento em repartições públicas

    .

    IV

    Alguns obstáculos ao planejamento

    nas

    repartições

    3

    9

    14

    públicas

    16

    V

    Planejamento

    nacional 20

    VI Recentes iniciativas parlamentares em prol do plane-

    jamento

    nacional

    24

    VII

    O

    projeto

    de lei de 1945

    sôbre

    o pleno

    emprêgo

    26

    LER E ANOTAR

    O leitor avisado

    sempre de lápis

    ou

    caneta

    em

    pu

    nho sublinhando destacando registrando

    comentando

    o que

    lhe

    parece

    digno

    de

    atenção ou

    crítica.

    A fim de criar

    ou

    estimular nos leitores o hábito inteli

    gente

    da leitura

    anotada

    os

    Cadernos de Administração

    PÚ-

    blica

    contêm

    na parte final quatro ou mais páginas em

    branco

    especialmente

    destinadas

    a

    recolher

    as anotações

    de

    cada

    leitor.

    :tsse hábito capitaliza o esfôrço do leitor e estimula o

    processo

    de

    fixação no

    cabedal de conhecimentos de

    cada

    um das

    coisas

    lidas e anotadas.

    Se

    ainda

    não

    o cultiva

    por

    que

    não começar

    agora neste

    Caderno?

    34

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    4/32

    EXECUÇÃO

    PL NEJ D

    O problema fundamental da Administração Científica

    INTRODUÇÃO

    Por

    que são tão infrutíferos,

    em geral, os esforços individuais

    isolados, quando buscam insti

    tuir planejamento efetiyo nas

    repartições tipicamente governa

    mentais?

    Que

    medidas podem

    tornar o funcionamento global

    do govêrno mais acessível aos

    e5forços

    para

    assegurar-lhe um

    grau de eficiência e economia

    maior que o habitual?

    Para oferecer uma resposta a

    essas questões é que foi escrito

    o presente ensaio. E tendo em

    vista que, de certa forma, cons

    titui uma espécie de suplemento

    a uma conferência por nós ante

    riormente proferida (1), a dis-

    cussão do tema será encabeçada,

    à guisa de lembrete,

    por

    um trio

    de generalizações extraídas da

    citada conferência:

    . A técnica de Adminis

    tração Científica é uma

    técnica

    e

    abordagem de abordagem à

    solução do problema administra

    tivo, tal como êste se manifesta

    em cada situação administrativa.

    Não se trata de algo definido,

    nem cristalizado, que se possa

    comprar ou vender, imitar ou

    roubar, transferir de um

    para

    outro lugar, ou instalar como

    se fôsse uma caldeira ou um la

    minador. E', antes, um meio que

    permite identificar flual a téc-

    (1)

    The

    Genius of Frederick

    W.

    Taylor , in Advanced Manage-

    m ~ n t

    vo1

    X, n.o 1

    (janeiro-março

    de 1945).

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    5/32

    4

    CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    mca administratiya

    aplichel

    a

    cada situação particular. . . . O

    médico dispõe de uma técnica de

    finida para abordar

    os

    casos

    c í-

    nícos; cada caso, porém, consti

    tui um problema especial. O

    advogado dispõe de uma técnica

    definida

    para

    abordar os casos

    de sua clientela; os casos, toda

    via. diferem uns dos outros.

    . . .

    Assim ocorre tôda vez que

    a ciência é chamada a auxiliar o

    desempenho de uma função, em

    cada situação constituída por

    um complexo de elementos va

    naveis.

    Pode haver definidas

    técnicas de tratamento, transfe

    ríveis de um para outro campo;

    nunca, porém, transferência de

    soluções definidas.

    São os seguintes os dois

    principais setores da técnica

    (de

    Administração Científica): pri

    meiro, o da investigação, que uti

    liza todos os recursos do mé

    todo científico

    para

    descobrir os

    pormenores, fórmulas, materiais

    e facilidades mais adequados à

    produção e à mão-de-obra espe

    cializada e disponíveis no atual

    estágio de desenvolvimento tec

    nológico; ou seja, no dizer de

    TAYLOR, para

    descobrir as leis

    pertinentes a cada situação ad

    ministrativa; o segundo setor é

    o das combinações pragmáticas

    que a

    palana dministr ção

    ~ i n t e t i z a é o setor

    em

    que se

    estabelece a conexão das leis

    identificadas que regem cada

    situação particular,

    para

    aplicá

    las ao conjunto de relações di

    nâmicas e criadoras. Investiga

    ção e combinações pragmáticas

    devem, a cada passo, caminhar

    paralela e concomitantemente,

    pois, do contrário, a primeira po

    derá ser inútil e dispendiosa, e

    as últimas, além de dispendiosas,

    inadequadas.

    A

    principal conseqüência, re

    yolucionária no campo da admi

    l;istração, dessa coordenação de

    pesquisa e combinações pragmá

    ticas, preconizada

    por TAYLOR,

    foi

    o nascimento de um espírito

    institucional, em cada emprêsa.

    Êsse espírito é independente dos

    espíritos individuais de proprie

    tários, gerentes e outras pessoas

    que ingressem na emprêsa ou

    dela se retirem, e em cujas ati

    vidades coletivas êle se mani

    festa. Êsse espírito institucional

    possui faculdades próprias de

    percepção (investigação, pesqui

    sa, experimentação), de memó

    ria ( documentação), de racio

    cínio (análise e comparação) e

    de previsão (planejamento e

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    6/32

  • 8/18/2019 Execução Planejada

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    6

    CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    organizar os elementos que pos

    sam constituir base para as de

    cisões administrativas de ordem

    geral;

    decisões essas digamos.

    peculiares ao nh·el do proprietá

    rio da emprêsa.

    ~

    nível opera

    cional sem responsabilidade pelo

    planejamento da produção e liga

    da ao departamento de vendas

    h{

    uma unidade de planejamen

    to incumbida da análise do mer

    cado e dos

    p r o g r ~ m s

    de venda.

    Nesta unidade é que tem origem

    a fôrça inicial que governa as ati

    vidades operacionais das emprê

    sas no regime de livre concor

    rência; e devemos notar

    que é

    essencial haver uma integração

    completa dos estudos e conclu

    sões da unidade de planejamento

    de administração geral e desta

    tmidade de programação de mer

    cado. Ligada ao departamento

    ele

    vendas também há uma unidade

    suplementar ~ planejamento in

    cumbida de orientar a realização

    de vendas - quase-planejamen

    to e quase-execução porque

    deve planejar a execução

    cios

    programas de venda e também

    manipular e

    ajustar

    as atividades

    dêle decorrentes por meio de

    freqüentes alterações

    elo

    plano

    para

    atender às variações do

    mercado.

    Tais

    unidades de planejamen

    to interessadas em administra

    ção geral e operações de merca

    do são entidades que remontam

    ú

    época de TAYLOR.

    Em

    seu tem

    pc

    os Estados Unidos estavam

    em situação de mercado consu

    midor e as vendas não cons

    tituíam então problema impor

    tante. A produção era o prin

    cipal problema. Em conseqüên

    cia o conceito e a técnica de pla

    nejamento oferecidos ao mundo

    pela Administração Científica da

    época de TAYLOR, diziam res

    peito à produção - aos proces

    sos de fabricação.

    TAYLOR

    mor

    reu em 1917. Foi a crise dos es

    toques congelados imediata à

    primeira Grande Guerra que

    fêz

    voltar-se a atenção da Admi

    nistração Científica para a falta

    de coordenação entre a produ

    ção e a venda

    para

    a necessi

    dade imperiosa de planejamento

    áa

    administração geral e das

    operações de venda e para a

    adaptação a tais setores dos

    princípios e técnicas já altamen

    tf

    desenvolvidos em relacão às

    atividades de produção.

    Desde um quarto de século

    que o planejamento da produção

    se desenvolvera completa e

    efeti\·al11ente.

    \ão

    nos

    é l1eces-

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    8/32

    EXECUÇÃO

    PL NEJ D

    7

    sário examinar os pormenores

    dêsse desenvolvimento, pois a li

    teratura

    pertinente esclarece-os

    a contento; desejamos referir

    nos apenas a certas subfunções.

    que tomaremos como base para

    as generalizações que seguem. A

    specificação elabora, com base

    em padrões preestabelecidos, o

    plano minucioso de execução de

    cada componente de produto ou

    serviço, e de cada combinação

    dêsses componentes, com refe

    rência a um desconhecido dia

    D e em função dos seguintes

    elementos: quê, quanto, como,

    quando e oI/de.

    A

    especificação

    aufere os seus dados básicos

    numa unidade de pesquisas co

    ordenadas, cuja principal técnica

    - estudo dos tempos -

    muito

    se

    tem decantado, mas a respeito

    da qual jamais se deveria es

    quecer o que

    TAYLOR

    salientou:

    é-lhe necessária uma constante

    familiaridade com as descober

    tas antigas e recentes, ocorridas

    em todos os setores industriais,

    através da literatura tecnológica.

    TA YLOR recomendava aos seus

    associados não fazer despesas

    com uma experiência, até com

    provarem que ninguém antes a

    ti\ esse realizado .

    No

    dia

    D )

    dia da execução, o plano

    milll1

    cioso, previamente elaborado pela

    subfunção especificação, passa à

    fase da subfunção

    seqüêllcUz de

    t -aballlO e, de acôrdo com as ins

    truções especificadas, a execução

    do programa se inicia em deter

    minados locais de trabalho, me

    diante a expedição de papeletas

    que explicam a movimentação do

    material, de papeletas que sinte

    tizam as ordens de serviço, e ou

    tras análogas. ltsses papéis são

    carimbados com

    data

    e hora, à

    medida que vão sendo distribuí

    dos aos operadores; e novamente

    o são, quando retornam ao ponto

    de partida. A diferença entre os

    dois registros indica os tempos

    efetivos de execução. A compa

    ração dêstes com os tempos-pa

    drão

    preestabelecidos é o meio

    de determinar o grau de rendi

    mento da execução do trabalho.

    Também com base nos registros

    horários dessas papeletas é que

    se fazem os lançamentos nas fi

    chas permanentes de rendimen

    to de cada operação, de eficiên

    cia de cada máquina, de valida

    de de cada método, e assim por

    diante. Por sua vez êsse cadas

    tro

    passa a fazer parte dos da

    dos básicos usados

    para

    infor

    mar a subfunção especificação,

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    9/32

    8

    CADERNOS

    E

    ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    permitindo que esta se torne ca-

    d< vez mais realística no avaliar

    1 capacidade efetiva de determi-

    nadas combinações relativas a

    operários máquinas e métodos

    e possa proceder a estudos que

    visem ao aperfeiçoamento de pa-

    drões.

    Chamamos a atenção do leitor

    para o seguinte fato: é êsse con-

    trôle e são êsses lançamentos

    relativos aos eventos e circuns-

    tâncias da execução diária e per-

    manentemente mantidos pela

    unidade de planejamento que

    permitem descobrir os pontos

    fracos os procedimentos que es-

    tejam a exigir atenção e possível

    correção; e é justamente a co-

    municação imediata dos fatos

    aos supervisores responsáveis

    que apóia a conclusão generali-

    zada de que o planejamento e

    a execução não se acham separa-

    dos por uma linha intransponí-

    vel mas pelo contrário algo s

    interpenetram e se entrosam mu-

    tuamente.

    Acho mais eficiente não sobrecarregar minha memória

    enquanto leio e utilizar as margens do livro ou

    um

    pedaço

    de papel. O trabalho da memória pode e deve ser feito mais

    tarde. Mas penso que é melhor não deixar que êle interfira

    com o trabalho de compreender, que constitui o momento

    principal da leitura. Se vocês são como eu - e não como

    os que conseguem ler e gravar, ao mesmo tempo - podem

    afirmar se leram ativamente, pelo

    seu lápis ou papel.

    M01>.l MER J ADLER rte de Ler

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    10/32

    11 ALGUMAS CARACTERíSTICAS DA FUNÇÃO

    DE PLANEJAMENTO

    Gostaríamos de fazer, agora.

    algumas sucintas generalizações

    a

    r e s p ~ i t o

    de certas característi

    cas do planejamento.

    1 Justamente por ser a ad

    n ~ i n i s t r ç ã o uma

    arte

    é que o

    planejamento se torna essencial.

    As

    situações administrativas

    são gDralmente dinâmicas, cons

    tituem combinações diárias de

    muitos elementos variáveis. As

    capacidades

    humanas

    e os recur

    sos materiais devem ser diària

    mente mobilizados

    para

    solucio

    nar os problemas criados pe

    los quotidianos e diversos

    agru-

    pamentos de

    variáyeis

    O papel

    do planejamento é, simplesmen

    te,

    trazer

    a ciência em auxílio da

    arte, nessas mobilizações de tôda

    hora, destinadas a alcançar o

    contrôle da variabilidade.

    É atra-

    vés

    da

    função de planejamento

    que se

    conjugam

    a pesquisa e os

    meios de ação, que êstes são pos-

    tos em

    marcha conjunta

    e s;mul

    tânea.

    2. Com os instrumentos do

    método científico, o plal1 jamen

    tn analisa a experiência acumu

    lada da emprêsa e busca des::o

    brir q ~ i s

    são os elementos cons

    tantes da experiência, quais são

    os variáveis e repetidos

    e

    tanto

    quanto possível, qua;s são os va

    riá veis e acidentais. Para os que

    são constantes, o planejamento

    prepara contrôles de rotina. Para

    o ~ que são variáveis e repetidos.

    determina meios que operem

    como detectores e às vêzes até

    possam revelar-lhes os ciclos de

    ocorrência; e

    para

    os mesmos

    estabelece contrôles adequados,

    df

    caráter quase

    rotineiro Os

    elementos variáveis e acidentais

    são considerados como exceções;

    sôbre cada experiência dêsse ti

    po, que venha a ocorrer, o pla

    nejamento focaliza os conheci-

    34

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    11/32

    10

    CADERNOS DE ADMINISTRAÇ \O

    PÚBLICA

    mentos administrativos e tecno

    lógicos acumulados, prontamen

    te prescrevendo uma solução

    adequada à circunstância.

    3. Por constituir uma função

    pertinente à administração de

    situações dinâmicas, o planeja

    mento deve ser um processo con

    tínuo.

    sem dúvida, certas

    espécies de projetos de natureza

    estática, cujo planejamento pode

    fazer-se de uma vez por

    tôdas:

    um edifício, uma rodovia, uma

    ponte, uma obra de

    arte.

    Mas

    os empreendimentos que são di

    nâmicos e mutáveis não podem

    ser planejados de uma só ez

    e para sempre. O planejamento

    é parte da vida que se modifica

    e muito embora seja relativa

    mente constante quanto ao mé

    todo - os pormenores, as com

    binações e os procedimentos que

    prescre e devem sofrer trans

    formações, a fim de se adaptarem

    às novas situações apresentadas

    pela experiência corrente.

    4.

    O planejamento deve ope

    rar, até o limite máximo possí

    vel, em função de padrões.

    En-

    tre êstes se incluem: objeti o

    precisamente definido; qualida

    des e quantidades precisamente

    definidas; procedimentos e meios

    tecnológicos de realização pre-

    cisamente definidos,

    inclusive

    quanto à capacidade humana c

    aos recursos materiais. São es

    sas, por assim dizer, as fichas

    unitárias, no jôgo entre o pla

    nejamento e a variabilidade. Tai3

    padrões devem ser descobertos

    por pesquisa e experimentação.

    O comportamento das coisas ma

    ttriais

    é regido por leis físicas,

    e a conduta dos sêres humanos,

    por leis a um tempo psicológi

    cas e físicas; a descoberta des

    sas leis de comportamento cons

    titui o setor da pesquisa que

    compete ao planejamento. Logo

    que tais leis sejam descobertas,

    pesadas, medidas e

    a aliadas,

    elevem ser formuladas e fixadas

    definições e especificações. Mas

    não

    se

    interrompe a busca de

    melhores padrões

    e

    de tempos

    a tempos, um novo padrão é

    identificado e vem substituir ou

    tro,

    obsoleto; porém, até que

    formalmente proscrito, um pa

    drão tradicional não de\'(' ser le

    yiana ou preconcehidamente des

    prezado.

    5. De excepcional importân

    cia entre os padrões necessários

    ao planejamento, são a organiza

    ção funcional e a distribuição da

    responsabilidade. A determina

    ção exata de

    qu m

    fará o

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    12/32

    EXECUÇÃO

    PL NEJ D

    11

    f um fator decisivo; e isto só se

    pode determinar em tennos de

    funções.

    .-\

    análise do ohjetivo

    conduz à an álise dos procedimen

    tos e meios de realização; e a

    análise dos procedimentos e

    l1leios de realização conduz

    à

    es

    pecificação dos recursos, isto é,

    do

    quê

    do C01110 do quando e

    do onde relativos a cada ato ou

    elemento unitário de execução.

    Fma

    definida

    responsabilidade

    por atos

    definidos

    de execução, e

    sua conformidade com a expedi

    ção corrente de instruções tam

    bém definidas são encargos da

    função de planejamento. De mo

    do contrário, não pode haver

    execução planejada e coordena

    da, nem informações em cada se

    tor unitário de exec

     

    1ção, que

    permitam garantir execução con

    forme ao plano,

    nem ação ime

    diata capaz de corrigir uma exe

    cução imperfeita, onde quer que

    esta possa ocorrer.

    6. O planejamento, em qual

    Cjuer empresa de grande en

    vergadura, deve operar nos vá

    rios níveis, cada um dos quais

    com seus próprios padrões.

    Os

    padrões de um nível devem coa

    dunar-se com os de todos os ní

    veis.

    Um

    mesmo elemento uni

    tário, quando aplicável em todos

    n ~ níveis, deve ser por estes uti

    lizado. :\Ias entre os diferentes

    níveis os padrões complexos, is

    to é, os padrões de funcionamen

    to, podem ser diferentes. No ní

    yel mais elevado há o planeja

    mento estratégico; no nível in

    termediário, planejamento táti

    lO no nível da execução deta

    lhada, planejamento de etapas de

    trabalho;

    110

    local

    de

    trabalho

    de

    c d

    operário planejamento

    de

    trabalho

    individual. Nunca se

    deve esquecer que, exceto quan

    do um operário estiver premido

    por sucessivas operações em sé

    rie e altamente mecanizadas, ca

    clCl trabalhador possui ampla li

    berdade, dentro do quadro de es

    pecificações de qualidade, quan

    tidade, tolerâncias, métodos su

    geridos,

    p r z o ~ formais, etc.,

    para planejar o modo pelo qual

    êle, como indivíduo, executará

    c eterminado serviço.

    O exemplo mais sugestivo é o

    planejamento de uma corpora

    ção integrada por muitos esta

    belecimentos industriais. O ór

    gão central planeja as diretrizes,

    os programas e as atividades ge

    rais dos estabelecimentos inte

    grantes O órgão central de ca

    d

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    13/32

      2 CADERNOS

    E

    ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    dadas pelo órgão central da cor

    poração, planeja as tarefas dos

    diversos departamentos - ven

    das, produção, pessoal, etc.; e o

    fa7 de modo que se intercom

    pletem as atividades dêsses ór

    gãos e êles operem mutuamente

    entrosados. A gerência de cada

    departamento planeja, em deta

    lhe, a execução do trabalho que

    lhe compete; é neste ponto que

    chegamos ao planejamento das

    etapas de trabalho. A chefia de

    cada unidade do departamento

    planeja as suas atividades nos

    mínimos pormenores funcionais:

    e cada operário, no tocante a

    seus encargos, planeja como de

    sincumbir-se das próprias res

    ponsabilidades, de acôrdo com as

    suas características pessoais.

    Em

    qualquer nh el da escala, o pla

    nejamento deve coadunar-se com

    o que foi planejado precedente

    mente e satisfazer aos requisi

    tos anteriormente definidos.

    Em

    todos os nÍwis existe a respon

    sabilidade por manter os objeti

    vos e assegurar as diretrizes e

    lI,étodos de execução, dentro dos

    limites socialmente desejáveis.

    7 Dentro de seu \ 3sto cam

    po de ação, o planejamento aju

    d2

    a estabelecer tanto as dire

    trizes C l11 a execução detalha-

    da: e também toma o pulso da

    execução, em seu desenvolvimen

    te efeti,·o. : \ão é uma função

    completamente isolada que ape

    nas recebe da direção geral a

    e:rientação relatiya aos objetivos

    e política que lhe compete es

    truturar sem que nada tenha a

    ver com a execução. l\Ias o seu

    interêsse na execução, imediata

    mente após planejada, é estrita

    mente limitado. Todo planeja

    mento que penetrar deinais no

    campo executivo, a ponto

    de

    constituir-se fator de intromis

     '>ão indébita. poderá tornar-se

    I re judicial.

    8

    Finalmente, o planejamen

    to requer algum padrão básico

    e definitivo, que lhe sirva de

    guia

    para

    as próprias t i v i d d e ~

    e de critério para avaliar a qua

    lidade destas. Tal padrão é algo

    que transcende à realização

    do

    objetivo da emprêsa; envolve

    também a maneira pela qual

    se

    busca atingir êsse objetivo Na

    indústria particular, êsse padrão

    ele contrôle é o lucro. Como, po

    rém, em têrmos simples, o lucro

    representa a diferença entre o

    preço de venda e o custo total,

    e o teto do preço de venda

    é

    de

    terminado pelo mercado e não

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    14/32

    EXECUÇÃO

    PLANEJADA

    13

    pela emprêsa, a redução do cmtc.

    é que, em substituição ao lucro,

    vem

    servir

    de

    padrão

    imediato

    pelo qual se pode aferir a qua-

    lidade do planejamento. Em tê r

    mos filosóficos,

    é

    a preservação

    d e . energias

    humanas

    e mate

    fiaIS.

    Assim como há leitura e

    leitura,

    há anotação e ano

    tação. Não

    estou recomendando

    o

    tipo

    de notas

    que muitos

    alunos tomam durante as aulas. Não são documentos de ra-

    ciocínio. Quando muito, constituem uma transcrição aplica.

    da. A anotação inteligente é, talvez, tão difícil quanto a lei.

    tura inteligente. Na verdade,

    uma

    deve ser o reflexo

    da

    outra, se as

    notas que se

    tomam enquanto se lê são o

    re-

    sultado

    do raciocinlo.

    MORTIMER J. ADLER,

    A 4rte de

    er

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    15/32

    IH O PLANEJAMENTO

    M

    REPARTIÇõES

    PúBLICAS

    A respeito das sugestões, que

    nos têm sido feitas, de que apre

    sentemos algumas reflexões, ba

    seadas em quase trinta anos de

    intermitentes oportunidades de

    observação, sôbre as dificulda

    des de aplicar às repartições pú

    blicas um tipo de planejamento

    análogo ao da indústria parti

    cular, e, em conseqüência, algu

    mas conclusões sôbre o planeja

    mento nacional - podemos di

    zer que tais assuntos são perfei

    tamente correlatos; e que um

    planejamento de caráter cientí

    fico para as repartições governa

    mentais seria muito mais exe

    qüível e vastamente estimulado

    se houvesse um planejamento

    /

    completo em escala nacional.

    O planejamento em alta esca

    la é gerado, incentivado e sus

    tentado pela necessidade de ação.

    Deve começar por um objetivo

    razoàvelmente definido, orien

    tar-se pelo conhecimento sl1fi

    ciente das diretrizes políticas e

    dividir a ação em setores de

    atribuçiões definidas.

    Um

    plane o

    jamento nacional bem organiza

    do digamos, para manter o ple

    no emprêgo , com perspectiva

    central, quer no âmbito do Con

    gresso, quer no seio dos órgãos

    do executivo, ou mesmo de um

    órgão especial representativo de

    um ou de ambos os ramos do

    Govêrno, teria forte influência e

    grande alcance. Compeliria a

    maioria das repartições a exe

    cutar partes definidas do progra

    ma nacional; transformá-las-ia

    em órgãos atuantes que procura

    riam objetivos específicos de fun

    cionamento dentro da esfera de

    stlas respectivas competências,

    atualmente apenas expressas em

    leis orgânicas pouco precisas ou

    simplesmente designativas de

    atribuições genéricas; estas atri

    buições, se consubstanciadas em

    ohjetivos definidos, carreariam

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    16/32

    EXECUÇÃO PLANEJADA

    5

    consigo os claros princípios, tan-

    te

    quanto as nítidas imposições

    ditadas pela política.

    Tais incentivos e requisitos

    para um planejamento eficaz não

    existem, atualmente,

    na

    maioria

    das repartições tipicamente go-

    vernamentais.

    As

    exceções ape-

    nas ajudam a comprovar a re-

    gra

    geral. Os dois grandes es-

    tabelecimentos militares 2) são

    órgãos atuantes em tempo

    de

    guerra, mas em tempo de paz

    têm apenas resíduos de suas ca-

    racterísticas de ação. Principal-

    mente em tempo de guerra, tais

    órgãos são investidos de grande

    tarefa definida que exige intensa

    atividade e envolve previsão e

    manipulação de constantes, de

    \ ariáveis cíclicas e de incógnitas;

    e no campo de suas operações,

    proporcionam

    um

    dos mais no-

    tá\ eis exemplos, que conhece-

    mos, de planejamento em têrmos

    de

    Administração Científica.

    2) O

    autor

    refere-se, naturalmente, aos dois Ministérios mili-

    tares

    dos

    Estados

    Unidos, ou, pelo menos, em tese, aos dois Minis-

    térios milital·es comuns à

    maioria

    dos

    países:

    o

    da Guerra

    e o

    da

    Marinha

    N.

    do

    T.).

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    17/32

    N ALGUNS

    OBSTÁCULOS

    O PL NEJ MENTO

    N S REP RTIÇõES PúBLIC S

    Em geral, as repartições pú

    blicas tradicionais não são órgãos

    de ação. Com o d-:correr do tem

    po, tendem a perder quaisquer

    características de ação que, por

    ventura, tenham tido quando ins

    tituídas, tornando-se gradual

    mente estagnadas e rotineiras

    e atrasando-se em relação à mar

    cha dos acontecimentos. Os pro

    jetos

    para

    os quais se reclamam

    verbas são mais o resultado de

    sugestões e consenso geral que

    mesmo da análise da carga de

    trabalho correspondente ao pro

    grama de ação; e a elahoração

    de propostas orçamentárias para

    obtenção dessas verbas

    é

    em ge

    ral uma verdadeira pescaria.

    Tais repartições opõem resistên

    cia Quase inexnue-nável aos in

    rh·ktl

    os excencionais

    flue

    vez

    l-or outra se esforc

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    18/32

    EXECUÇÃO PLANEJADA

    7

    da

    e se estabelecida, tal orga

    nização se desvirtuará e se tor

    nará

    imperfeita.

    As

    delimitações

    funcionais das unidades e dos

    indivíduos que as compõem não

    são percebidas nem demarcadas.

    N estas condições, os métodos de

    trabalho não podem ser preci

    sos nem fidedignos; torna-se di

    fícil estabelecer as normas de

    execução; e a mensuração da

    atividade e dos resultados, prà

    ticamente impossível.

    Em

    algumas repartições, às

    vêzes se atribuem às unidades de

    estado-maior restritas e mal de

    finidas responsabilidades de pla

    nejamento

    mas, em geral, em

    tais circunstâncias, agem apenas

    como sucedâneos dos órgãos de

    planejamento e são propensas a

    ceder à

    tentação de se imiscuí

    rem em assuntos operacionais,

    extravazantes da competência

    funcional que lhes é própria e

    do planejamento que lhes com

    pete.

    Na

    ausência de análises

    relativas aos objetivos, aos pro

    cedimentos e aos recursos, e na

    ausência de organização funcio

    nal especificada, todo o sistema

    de descrição e classificação de

    cargos se desvirtuará, e falhará,

    tt ndendo, além disso, a conver

    ter-se em instrumento para con-

    se:guir aumentos de salário, em

    vez de base para selecionar pes

    soal mais competente e à altura

    de responsabilidades funcionais

    definidas, ou

    para garantir

    um

    funcionamento preciso e eco

    nômico.

    A ausência de motivação para

    a economia é um dos principais

    obstáculos ao desenvolvimento

    ele

    um planejamento eficaz nas

    repartições públicas. Isso equi

    vale à ausência dos motivos lu ro

    cu reduçiío de

    ClIstO numa em

    prêsa particular. A ausência

    dêsse espírito de economia não

    significa que

    haja

    indiferença an

    te o desperdício nas repartições

    públicas. Todavia,

    seja

    em gran

    de ou pequena escala, tornou-se

    hábito bastante difundido remu

    nerar

    os chefes

    na

    razão direta

    elo

    número de empregados que,

    le

    acôrdo com os seus próprios

    argumentos persuasivos, êles ne

    cessitam

    manter

    nas respectivas

    unidades administrativas, e não

    em proporção ao número de

    em

    pregados que êles podem elimi

    nar

    e que, no entanto, ainda per

    manecem no serviço.

    Tal

    pro

    cedimento é o oposto

    à

    boa ge

    rência nas emprêsas particula

    res. Por

    princípio, raramente se

    analisa cada ato do administra-

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    19/32

    18

    CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    dor público seja em sua essên

    cia seja

    em

    suas conseqüências

    para verificar como deveria ou

    como poderia ser praticado mais

    cconôl/licGlIlente.

    Note-se: I Iais

    cconômicamente

    pode significar

    a propósito de algumas opera

    ções um grau mais elevado de

    habilitação técnica como o cor

    respondente natural de um sa

    lário mais elevado; de modo ge

    ral entretanto significa um pre

    ço unitário mais reduzido me

    diante a utilização de habilidade

    técnica de certo grau correspon

    dente a um determinado salário.

    e resultante de uma definição e

    coordenação mais perfeitas de

    várias operações. A indústria

    geralmente obtém suas economias

    totais através da soma de

    milha

    res de pequenas economias con

    seguidas aqui e ali. Lembra-me

    o caso de um engenheiro indus

    trial que foi contratado pelo ór

    gão de planejamento de uma

    grande fábrica de automóveis só

    com a incumbência específica de

    reduzir 10 dólares no custo de

    f ~ b r i c a ç ã o

    cle cada carro sem

    diminuir salários e sem utilizar

    material inferior. ~ l e de fato

    economizou os 10 dólares pelo

    llJétodo de reduzir através de

    n

    1

    elhores processos e de maior

    coordenação o custo de numero

    sas operações diversas; a eco

    nomia em cada uma dessas foi

    em média de um cêntimo.

    Tenho a impressão de que se

    poderia encontrar uma solução

    para conseguir eficiência nas re

    partições caso o hábito de pla

    llejamento com a sua subordi

    nação

    à

    organização à metodo

    logia e à mensuração adequadas

    pudesse alguma vez ser implan

    t:l.do

    para exemplo nalgum ór

    gão governamental dêsse tipo

    burocrático.

    E

    verdade que os

    obstáculos a que fizemos refe

    rência parecem impedir a eclo

    são e o desenvolvimento espon

    tâneo e autônomo do planeja

    mento de natureza científica ell l

    qualquer repartição tipicamente

    governamental. Mas se o Con

    gresso resolvesse por exemplo

    criar um conselho

    ad

    hoc diri

    gido profissionalmente e que pu

    desse persuadir alguma reparti

    ção a desenvolver um tipo de

    planejamento dêsse gênero e

    concomitantemente essa persua

    são se exercesse compreensiva

    mente profissionalmente e paci

    entemente com a cooperação da

    Comissão do Serviço Civil para

    os necessanos reajustamentos

    elos

    cargos - a conseqüência de

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    20/32

    EXECUÇÃO PLANEJADA

    9

    tal experimento seria, sem dú

      ida, de grande alcance. Caso o

    órgão orientador pudesse defi

    nir adequadamente os objetivos

    da repartição tomada para en

    saio. analisar-lhe, nos

    i v e r s o ~

    níveis, os procedimentos e recur

    sos

    para

    atingir tais objetivos,

    tanto quanto possível em

    tênnos

    d . ação necessária a cumpri-los:

    estabelecer o tipo funcional de

    organização propício ao planeja

    mento

    definir claramente os li

    mites e as responsabilidades fun

    cionais: estabelecer padrões de

    execução e as medidas destina

    das a avaliar, em seus pormeno

    res, a execução efetiva; empre

    gar as pessoas mais capazes para

    determinadas funções, treinan

    do-as e cingindo-as a tais fun

    ções; fornecer as necessárias in

    formações através da expedição

    cle normas e instruções de ser

    viço; instituir planejamento, mo-

    difícanclo-o e aperfeiçoando-o, e

    à ~ suas condições, conforme às

    indicações da experiência, - se

    tais coisas pudesse realizar o

    ór-

      ~ o orientador, profissionalmen

    t

    r

      e pacientemente, seria lícito

    esperar resultados notáveis em

    henefício do planejamento, até

    mesmo em repartições públicas

    cle atribuições simplesmente bu

    rocráticas.

    Em

    vez de começar implan

    tando o planejamento numa re

    partição de tipo clássico, para

    que servisse de exemplo, talvez

    fôsse possível dar uma conve

    niente demonstração utilizando a

    cooperação ativa de um órgão

    já existente:

    por

    exemplo, a

    Tennessee Valey

    Authority

    que,

    na qualidade de corporação go

    vernamental relativamente autô

    noma, goza do crédito de haver

    ~ t i n g i o

    um nível excepcional

    cle hoa administração.

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    21/32

    v PL NEJ MENTO N CION L

    Somente na União Soviética·

    podemos dizer que

    haja

    plane

    j: .mento nacional, isto

    é,

    plane

    jamento social e econômico em

    escala nacional, com a perspecti

    \ a

    e os processos de um espírito

    institucional de caráter nacional,

    deliberadamente instituído e per

    manente em seus processos. A

    respeito, é oportuno dizer, de

    passagem, que a experiência da

    U.

    R . S .

    S.

    demonstrou ser ne

    ctssário que os órgãos de pla

    I'ejamento estendessem suas

    atenções a setores dos quais ini

    cialmente apenas se ocupavam' os

    órgãos de execução (3).

    Entre

    as demais nações, é pro

    vàvelmente a Inglaterra que mais

    tem conseguido alcançar alguns

    processos em matéria de plane

    jamento nacional sem que, en

    tretanto, possua um órgão espe

    cialmente destinado a êsse fim.

    o que conseguiu, deve-o apenas

    ao sistema parlamentar, no qual

    os

    poderes legislativo e executi

    \ 0 se acham de tal modo entro

    sados que há uma perspectiva

    comum e um processamento in

    tégrado, quase um espírito ins

    titucional. Os

    Estados Unidos

    da América do Norte estão mui

    to longe de possuir algo que se

    assemelhe a um espírito institu

    cional em escala nacional, devido

    à

    forma federativa de Govêrno,

    na qual os poderes

    se

    acham di

    vidos entre os Governos

    da

    União e dos

    Estados;

    e, no âm

    bito do Govêrno Federal, entre

    os ramos legislativo, executivo

    e judiciário, os três condiciona

    dos ao sistema de mútuo contrô

    le

    Essa

    nossa

    estrutura

    política.

    com sua grande rigidez e infle

    xibilidade, tornou pràticamente

    impossível ao próprio govêrno

    (3)

    SOLOMON

    M.

    SCHWARZ,

    The Industrial Enterprise

    in Rus-

    sia

    ",

    arvard

    BU8ines8 Review vol,

    XXXIII,

    n.

    o

    3 (1945).

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    22/32

    EXECUÇÃO

    PLANEJADA

    2

    transformar-se no representante

    de u'a mentalidade iayorável

    ao planejamento nacional for

    malmente instituído. l\Ias pode

    ser - e há indícios disso - que

    essa mesma circunstância crie

    para o gm'êrno a necessidade de

    formar, para sua própria orien

    tação e auto-assistência, algo

    que se poderia qualificar como

    um espírito institucional de pla

    nejamento - nacional, mas es

    pecializado.

    Antes da crise de 1929, o

    C011-

    ctito

    de planejamento nacional

    não havia encontrado lugar no

    pensamento norte-americano. X a

    União Soviética, o planejamento

    merecera, a êsse tempo, algu

    ma atenção. l\Ias foi considera

    do como produto de uma revo

    lução anticapitalista e, portanto.

    geralmente mal visto, por visce

    ralmente anticapitalista e anti

    democrático. Alguns anos apó3

    a crise de 1929, as circunstân

    cias provocaram uma espalhafa

    tosa onda de propaganda do as

    sunto, ao que tudo indica sem

    nenhuma relação com o prece

    dente soviético. Em 1932,

    HCGO

    HAAN, do Instituto Internacio-

    nal de Administração, de Gene

    bra, fêz um levantamento mo

    nográfico das sugestões sôbre

    planejamento, feitas por entida

    des oficiais, semi-oficiais e par-

    ticulares, nos Estados Unidos, e

    achou que dezenove eram dignas

    ele registro

    (4).

    Por vários mo

      ; os, essa propaganda decres

    ceu até desaparecer. As razões

    disso foram provàvelmente as

    5eguintes: a intolerância da opi

    nião pública de então pelo têrmo

    p l a n e j a m ~ n t o associado muito

    intimamente à União Soviética;

    o aparecimento de um novo e

    amplo assunto para atenção e de

    b3te públicos, que foi o progra-

    ma

    nacional conhecido

    por

    ew

    Deal

    e

    possivelmente, o fato de

    alguns cidadãos pensarem, erra-

    damente, que o N

    C w

    Dca[ era

    uma adaptação norte-americana

    cio planejamento.

    Sob a influência de nossa par

    ticipação na segunda Guerra

    Mundial, reiniciou-se a propa

    ganda, com base nos mesmos ar

    gumentos de outrora, evitando

    se, contudo, em geral, o têrmo

    planejamento.

    \

    propaganda

    atual é de caráter menos doutri-

    (4) American

    Planning

    in

    the Words

    oi Its

    Promoters , in

    merican cademy

    1 Political and

    Social

    Sciellcc

    (março, 1932).

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    23/32

    22

    CADERNOS DE

    ADMINISTRAÇXO PÚBLICA

    nário;

    é mais conforme aos pro

    hlemas práticos que surgiram da

    guerra, tal como. por exempl(l,

    o da manunteção do pleno

    e1l1-

    j>rêgo.

    Se HCGO HAAN ti esse

    agora de rever a sua lista, pode

    ria acrescentar as sugestões da

    United States Chamber of COI11-

    l11erce,

    da American l\fanufactur

    ers Association, do

    OrfllllC

    J

    a-

    ga ine

    e da League for Indus

    trial Democracy, bem como ou

    tras ocasionalmente

    alusins

    à

    matéria; mas teria de considerar

    principalmente as publicações da

    ational Planning Association

    - organização que mantém uma

    campanha educativa permanente

    e traz em sua própria denomina

    ção o têrmo plallcjomcllfo muito

    embora raramente êste figure nos

    titulos

    de

    seus notáveis relató

    rios.

    O valor de tal propaganda não

    deve ser subestimado. Em si, ela

    não é propriamente planejamen

    to, mas constitui uma grande

    fc Jrça

    educativa que familiariza

    os cidadãos com os problemas

    que exigem planejamento, com

    0

    conceitos que lhe são peculia

    res; influencia, outrossim, tais

    c.idadãos, pelas soluções capazes

    de apressar o advento da era do

    planejamento organizado;

    e,

    de

    algul11

    m o ~ o

    auxilia a determi

    nar, com antecipação, o rumo

    que

    dew

    tomar o planejamento

    C\'entual. A êste respeito, talvez

    stja

    interessante lembrar ao lei

    tor que um tal gênero de propa

    ganda panfletária sempre surge,

    nas democracias, em épocas de

    crise, influenciando o pensamen

    to

    e orientando a ação

    para

    no

    ,·os sistemas,

    C0l110

    ocorreu, por

    exemplo, após a Revolução

    Nor-

    te-Americana, a Guerra Civil e

    a

    crise de 1929.

    \

    propaganda, conforme de-

    1110S

    a entender há pouco, realiza,

    ela própria, embora não oficial

    mente, uma pequena parcela da

    função de planejamento. A pes

    (luisa, em planejamento, consta

    de

    muitos elementos.

    A

    investi

    gação científica e a experimenta

    Ç2 merecem especial destaque.

    Com eieito,

    l11uitos

    problemas

    ligados ao planejamento de cer

    tas unidades não se prestam, por

    cüusa de dificuldades práticas ou

    em virtude do fator tempo, à in

    vestigação e

    à

    experimentação de

    natureza científica. Muitos dêles

    exigem: observação meticulosa e

    análise da experiência, não só

    alheia como

    própria;

    intercâm

    bio e consolidação de experiên

    cias adequadas; conferências e

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    24/32

    EXECUÇÃO

    PLANEJADA

    2:

    debates, bem como unanimidade

    de julgámentos.

    Tal

    função está

    sendo desempenhada de modo

    apreciáYel. embora sem caráter

    oficial, pela maior parte da pu-

     llicidac\e hodierna.

    Cada operação diferente na leitura exige

    um

    novo passo

    no

    pensamento, e,

    assim, as

    notas feitas nos vários estágil)s

    dêste

    processo exprimem

    a

    variedade

    de

    atos

    intelectuais

    realizados.

    Se

    uma pessoa

    procura apreender a estrutura de

    um

    livro,

    pode fazer

    várias tentativas

    de resumo de

    suas

    partes

    principais,

    antes

    de contentar-se com a apreensão do

    todo. Resumos esquemáticos e diagramas de todos os tipos

    são úteis para

    separar os

    pontos principais dos secundários

    ou tangenciais. Quem

    pode

    e

    quer marcar

    um livro deve

    sublinhar as palavras

    e

    sentenças importantes,

    à

    medida

    em

    que

    forem surgindo. Mais do que isso, de\'e anotar

    as mu

    danças de

    significado, enumeranuo as páginas em que as

    palavras importantes

    são usadas, sucessivamente, em sentidos

    diferentes. Se o autor p r ~ c e

    contradizer-se,

    deve

    fazer-se

    alguma

    anotação nos

    lugares em que essas

    inconseqüências

    ocorrem, marcando o contexto

    para possíveis

    indicações de

    ser a contradição apenas aparente.

    MORTIMER J ADLER,

    rte

    de

    Ler

    -

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    25/32

    VI RECENTES INICIATIVAS PARLAMENTARES EM

    PROL DO PLANEJAMENTO NACIONAL

    Relativamente às iniciativas

    oficiais em prol de um genuino

    plane jamento nacional organiza

    do, houve duas propostas e fra

    ção, nos Estados Unidos. O lei

    tor

    compreenderá, em breve,

    por

    que usamos o têrmo fração A

    primeira proposta consistiu num

    projeto de

    lei

    apresentado ao Se

    nado, pelo

    SENADOR

    ROBERT M.

    LAFOLLETTE, J

    ., de \Visconsin,

    em 1931, e tramitou sob os nú

    meros S/621S e S/2390, respec

    tivamente na 3.

    a

    sessão da 71.

    a

    legislatura e na l.a sessão da

    72.

    a

    . Visava à criação de um

    Conselho Econômico Nacional.

    ~ s s e

    Conselho deveria compor

    se de nove membros, represen

    tando a indústria, as finanças, o

    transporte, empregadores e em

    pregados, a agricultura e a Ad-

    11 inistração Científica. Os seus

    salários seriam de IS 000 dóla

    res anuais e nenhum membro

    poderia dedicar-se a

    outra ativi-

    dade lucrativa, profissão ou em

    prêgo, enquanto pertencesse ao

    Conselho. As atribuições dêste

    foram enunciadas no projeto

    e,

    em essência, podem enumerar

      ~ como segue:

    1. :Manter-se bem informado

    acêrca das condições gerais da

    economia e dos negócios dos

    s-

    tados Unidos da América

    do

    ~ o r t e

    2. Considerar problemas ca

    pazes de afetar a situação eco

    nômica dos Estados Unidos e

    df seus cidadãos.

    3.

    Formular

    propostas

    para

    ;1

    solução de tais problemas.

    4. Elaborar relatório anual

    até a primeira segunda-feira de

    dezembro, ou antes, apresentan

    do-o ao Presidente da República

    e ao Congresso, juntamente com

    eventuais recomendações atinen

    tes à legislação e a outras me

    didas consideradas necessárias.

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    26/32

    EXECUÇÃO

    PLANEJADA

    25

    s

    Periodicamente apresen

    tar

    relatórios sôbre determina

    das questões econômicas acom

    panhados das necessárias reco

    mendações ao Presidente ao

    Congresso às sociedades eco

    nômicas e aos conselhos e ór

    gãos interessados em tais ques

    tões.

    6.

    Tomar

    a iniciativa de pro

    por

    a organização de conselhos

    ou associações nos principais ra

    mos da produção distribuição e

    finança a fim de estudarem as

    questões econômicas pertinentes

    às respectivas atividades.

    sse

    projeto de lei não logrou

    chegar a plenário no Senado

    a fim de que fôsse discutido e

    votado muito embora

    uma

    sub

    comissão o tivesse encaminhado

    com parecer favorável à Comis

    são de

    Indústrias

    daquela Câ

    mara

    Alta.

    O

    segundo projeto sob o

    nú-

    mero

    HR/9315 (da

    Câmara dos

    Deputados dos Estados

    Unidos)

    foi apresentado em 1932 pelo

    congressista

    SAYMOUR H.

    PER-

    SON

    de

    ~ I i c h i g a n

    na

    l.a

    sessão

    da 72.

    a

    legislatura. Tal projeto

    de lei elaborado nas pegadas do

    projeto Lafollette era em es

    sência idêntico a êste mas au

    mentava os poderes e atribuições

    do Conselho: exigir relatórios

    trimestrais de caráter confiden

    cial a tôclas as emprêsas empe

    nhadas na produção industrial

    bem como na conversão fabri

    cação e montagem; e também às

    dedicadas à venda de produtos

    com movimento global superior

    a 1 000 000 de dólares por

    ano;

    periodicamente publicar a ma

    téria de tais relatórios

    para

    ofe

    recer ao mundo dos negócios

    uma imagem de suas próprias

    tendências estatísticas mas sem

    identificar as emprêsas indus

    triais.

    O conteúdo dêsses rela

    tórios destinar-se-ia também a

    dar

    ao Conselho a mesma espé

    cie de informações qualitativas

    e quantitativas sôbre o investi

    mento de capital e o funciona

    mento administrativo que o ór

    gão central de

    uma

    corporação

    integrada por muitas emprêsas

    costuma exigir de cada

    uma

    de

    suas componentes.

    sse

    projeto

    jamais saiu da Comissão de Co

    mércio

    Exterior

    e InterestaduaL

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    27/32

    VII O PROJETO

    DE LEI DE

    1945

    Sô RE

    O

    PLENO

    EMPR1 :GO

    c\ terceira proposta oficial, -

    a que considero como simples

    fraçâo e etapa em prol de um

    planejamento nacional organiza

    do

    -

    é o projeto de lei de 1945

    sôbre o pleno emprêgo (S/380),

    apresentado pelo

    SENADOR A

    :vrES ~ I c R R A Y

    de Montana, em

    seu nome e no dos

    SENADORES

    \YAGXER,

    de Nova York,

    THo

    :.rAS,

    de

    L'tah,

    e

    O'MAHONEY,

    el

    \Yyoming, na

    a

    sessão da

    79.

    a

    legislatura (5).

    Essa medida não propõe

    criar

    um Conselho Econômico ou

    qualquer órgão especial equiva

    lente. Recomenda que seja apre

    sentado pelo Presidente da Re

    pública,

    através de seu Gabinete

    Executivo, no início de cada se5-

    ;,üo regular do Congresso, Ulll

    balanço da situação nacional i ]

    tocante à produção e ao emprê

    go, devendo ser elaborado tal

    balanço com base nos pareceres

    e

    estudos técnicos do mesmo Ga

    binete, dos órgãos do Executivo,

    e

    cle

    quaisquer

    juntas

    consulti

    vas constituídas de representan

    tes de governos ucais, da indús

    tria, das classes patronais e

    tra

    balhistas e da agricultura, as

    quais juntas o Presidente julgue

    necessário instituir. Se tal ba-

    18 1ÇO

    revelar deficiência de em

    pregos no mercado de trabalho,

    o Presidente deverá recomendar

    leis de incentivo à produção e

    outras medidas de caráter públi

    cC', destinadas a equilibrar a ofer-

    (5)

    Para

    uma

    excelente

    análise

    dêsse projeto,

    acompanhada

    do

    seu texto completo, veja-se

    The

    Proposed

    Full Employment Act ,

    por CHARLES

    L

    GRAGG

    e

    STANLEY F. TELLE,

    in

    Harvard

    Busine

    Review

    número

    da

    primavera

    de 1945, vol.

    XXIII,

    n.O

    3,

    pág.

    323.

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    28/32

    EXECUÇÃO PLANEJADA 7

    t,. e a procura de mão-de-obra:

    e inclusive

    propor

    despesas

    -

    derais, caso ne

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    29/32

      8

    C DERNOS

    E

    DMINISTR ÇÃO PÚBLIC

    Científica, O projeto está no

    rumo certo, pois reconhece que

    o pleno emprêgo - questão

    hásica de qualquer sistema

    de planejamento nacional

    constitui objetivo dos mais im

    portantes; além disso, o projeto

    estabelece sistemas capazes, se

    gundo se espera, de promover o

    pleno emprêgo; se tais sistemas

    falharem na prática, ficaremos

    sabendo, mediante o fato de os

    havermos experimentado, o que

    é e o que não é adequado; e po

    deremos então tratar de proje

    tar sistemas que prometam maio

    res probabilidades de alcançar

    os objetivos, As democracias

    progridem por uma sucessão de

    esforços inadequados,

    Importa

    é que todos êles estejam volta

    dos para a verdadeira meta e

    que cada qual seja menos inade

    quado que o precedente,

    Há outra possibilidade de su

    cesso, - embora bem pouco pro

    vável,

    Esta

    possibilidade consis

    te em que, dentro da

    estrutura

    do citado projeto de lei e de

    acôrdo com a autorização para

    criar as juntas ou comissões

    consultivas. que forem julga

    das necessárias

    ,

    um executi

    vo ousado e vigoroso, convicto

    da necessidade de um planeja

    mento nacional em moldes de

    Administração Científica, pode

    ria instituir um órgão funciona

    lizado, especializado e permanen

    tl,

    o qual equi\'aleria a um Con

    stlho Econômico.

    Tal

    órgão,

    utilizando-se,

    para

    os seus estu

    dos fundamentais, do auxílio das

    repartições já existentes, pode

    ria servir como substituto even

    tual de uma entidade de plane

    j amento devidamente institucio

    nalizada. E formularia progra

    n:as e planos, para que o exe

    cutiyo os apresentasse à Comis

    S;-\O ~ i s t a

    de Orçamento Xacio

    Eal, prevista pelo projeto em

    aprêço para funcionar no Con

    gresso (6).

    De modo geral, há motivos

    lml

    fundados para otimismo. A

    pressão dos acontecimentos

    é

    um aliado poderoso daqueles que,

    em princípio, crêem no planeja

    mento econômico

    nacic.bal. O

    povo dos Estados Cnidos apren-

    (6)

    O

    projeto não

    se transformou em lei. O Congresso, na

    2.

    a

    sessão da 79.

    8

    legislatura, votou uma versão muito alterada, que

    é

    a Lei n,o

    304,

    de

    20

    de fevereiro de

    1946,

    conhecida como Employment

    Act ,

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    30/32

    EXECUÇÃO PLANEJADA

    29

    deu muito desde os desesperados

    dias de 1932: na primeira parte

    do período que sucedeu a

    e s ~

    ocasião yiyeu o problema do

    contrôle e da regulamentação da

    economia nacional; na segunda

    parte dêsse período sentiu o im

    pacto dos problemas mundiais

    sôbre a economia nacional. Sabe

    que os Estados tTnidos devem

    partilhar a direção dos negócios

    mundiais

    C0111

    outras duas pode

    rosas nações. por um longo pe

    ríodo. Essa direção partilhada

    implica harmonizar as economias

    naCIOnaiS

    com a economia mun-

    dial. Sabe também que as ou

    tras duas nações que participam

    dessa responsabilidade são na

    ções em que há planejamento;

    numa porque instituiu delibera

    damente o planejamento organi

    zado; noutra porque o planeja

    mento decorre naturalmente da

    sua forma de govêrno. O po\ o

    dos Estados Unidos há de com

    preender essa necessidade fun

    cional do país. E bem assim que

    a necessidade funcional é a que

    preyalece. em última análise.

    Em geral

    o

    pensamento

    se

    exprime, abertamente,

    pela

    linguagem.

    Os

    homens

    tendem a verbalizar

    as

    idéias

    dúvi-

    das dificuldades raciocínios

    que ocorrem

    no

    curso

    do

    pensa-

    mento.

    Se vocês

    estiverem

    lendo

    na certa

    que

    pensaram;

    há alguma

    coisa

    que podem exprimir em palavras.

    Uma

    das

    razões

    que me

    fazem

    julgar

    a

    leitura

    como u processo

    lento

    é que procuro

    gravar

    os

    poucos

    pensamentos que

    me ocor

    rem.

    Não posso passar

    para

    a página

    seguinte,

    se

    não

    es

    crever

    o

    que penso desta.

    MORTIMER

    J.

    ADLER, rte

    e

    er

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    31/32

    FUNDAÇÃO

    G E T ú L I O

    V A R G A S

    Entidade de

    caráter

    técnico-educativo,

    instituida

    em 20 UI: dt'1.t'lIlhru dt'

    lY44,

    ( Umo

    p e s ~ o 8 .

    jurldica

    de

    direito

    privado.

    visando

    os' prulJlemas

    t 1 ~ orj, :iuizaçà() J'

    lIu

    . ~ I ü r e s

    t Hllht'n

    U',-\tmada

    IIHlt.1 1'''l't"

    CONSELHO CURADOR

    Presidente -

    Embaixador

    MAURÍCIO

    ~ A B V C O

    Vice-Presidente

    -

    ALBERTO

    PIRES

    AMARAXTE

    Antônio Garcia de Miranda

    Seto,

    Antônio Ribeiro França Filho, Ary Frede

    Torre.,

    Arthur

    Antuo".

    Alaciel, Rrll.Rio

    Machado Neto,

    Carlos

    Alberto.

    Alves

    de

    PlntD, C

    r

    Reis de

    Cantanhede

    e A mpida, Celso

    'fimponl, Euvaldo

    Lodl

    M o n t o j { ) ~ .

    Jleítor

    C».mpe'u

    Duarte, Henrique

    Rlanc de Freitas. J[enrí4Uf' D o r n i n r ~

    Joaquim Bertino de ~ ( ) r a e s

    Canalho.

    Jo,;é Nazareth Teixeira Di...

    Mário Paulo de

    Brito, Moacyr

    R. Alvaro, Odilon BrallR, Paulo de

    Ta/w

    Leal '

    Sede: Praia de Botafu o, 1813

    Caixa

    Postal:

    4081 -

    T e l ~ f o n e

    46-4010

    RIO DE JANEIRO, D. F. - BI{ASIL

  • 8/18/2019 Execução Planejada

    32/32

    7'·

    +

    ~ = ~ ~ ~ o

    : : ~ ; ~ ; ; ~ ; B L I C A

    2 -

    Planejamento do Desenvolvimento Econômico de Países

    -

    ROIlEJlTO

    DE

    Subdesenvolvidos

    CAMPOS

    OUVEI);..,

    8 -

    Confronto entre a Administração Pública e R Administra

    ção

    Particular

    9 - Relações Humanas na Indústria

    11

    -

    As

    Corporações Públicas na Gri-Bretanha

    15

    - A

    Justiça Administrativa

    na F rança

    16 - O

    Estudo da Administração

    19 -

    A Era do

    Administrador

    Profissional

    21 - Assistência Técnica

    em Administração

    Pública

    23 -

    Introdução

    à Teoria Geral de Administração Pública

    25 - A

    Justiça

    Administrativa

    no

    Brasil

    29 - O

    Conselho de

    Estado Francês

    30 - Profissiografia do Administrador

    31 - A Ambiência da Administração Pública

    33 - Planejamento

    34 - Execução

    Planejada

    35

    - Como

    Dirigir

    Reuniões

    37 -

    Contrôle

    dos Gastos Eleitorais

    38 -

    Procedimento

    para

    Forçar Acôrdo

    39 - Relações Humanas

    nas

    Atividades

    Modernas

    40

    - O

    Govêrno Estadual nos

    Estados

    Unidos

    ADMINISTRAÇÃO

    DE PESSOAL

    5 - Alguns

    Aspectos

    do Treinamento

    7 - Pequena Bibliografia

    sôbre

    Treinamento

    .12 - As Funções da Administração de Pessoal

    no

    ServiÇo PÚ-

    blico

    13 - Dois Programas de

    Administração

    de Pessoal'

    27 - Classificação de Cargos

    36

    -

    Em Busca de

    Eixecutivos para Cargos de

    Direção

    ADMINISTRAÇÃO

    DE MATERIAL

    14

    - Centralização

    de Compras para

    o Serviço

    Público

    ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

    17 - Teoria

    das Funções Municipais

    .

    18 - Curso

    de

    Administração

    Municipal

    - Programa

    ficação

    26 -

    Panorama

    d A ~ m i n i 8 t r a ç ã o

    Municipal

    Brasileira

    ORGANIZAÇÃO

    E

    MtTODOS

    4 -

    Teoria

    dos

    Departamentos

    de Clientela

    10

    - A Departamentalização

    no Nível

    Ministerial

    20 - O ti: M na Administração Inglêsa

    22 - O

    li:

    M na Administração Sueca

    28 - Principais

    Processos

    de Organização e Direção

    RELAÇõES'

    púBLICAS

    1

    Relações

    Públicas,

    Divulgação

    e

    P r o p a ~ a n d 9

    l -

    Publieidade

    Admini.trativa

    24 - Relações Públicas no Govêrno Muniejpal

    ORÇAMENTO E FINANÇAS

    púBLICAS

    6 -

    Os

    Prineipios

    Orçamentários

    Geral

    e

    Justi-

    - BENEDICTO SILVA

    - E. DAYA

    -

    GUSTAVO

    LESSA

    - FRANÇOIS GAZIF.R

    -

    WOODROW

    WILSON

    - BENEDICTO

    SILVA

    - BENEDICTO SILVA

    - PEDRO Mt'NOZ AMAT

    - J.

    GUILHERME

    DE

    ARAGÃO

    - FRAl'."ÇOIS GAZIER

    - EMILlO

    MIRA

    Y LOPF

    -

    ROSCOE MARTIN

    - PEDRO

    MUNO AMA

    -

    HARLOW

    S.

    PERSO);

    -

    EUGEl'."E

    RAUDSEPP

    -

    GERALDO WILSON

    NUNAN

    - IRVING J.

    LEE

    - ROBERT

    \VOO ) JOHNi>'

    - GEORGE W. BEMIS

    -

    A. FONSECA

    PIMEN1,

    - A.

    FONSECA

    PIMEN12

    -

    HENRY

    REINIl'."G Ia.

    I. DE NAzARt T. DI.

    - ROBERT N.

    MACMuRIIA

    - JOHN R. SIMPSOS

    - BENEDICTO

    SILVA

    - DlOoo

    LoRDELLO

    DE

    MElLO

    - DIOGo LoaDF.LI.o DE

    .MEUoO

    - BENEDiCto

    Sn.VA

    - GUSTAVO LESSA

    - JOHS R.

    SIMPSO:-:

    - T

    ARRAS SAi F O R ~

    ('

    ATHERTN

    SECKLER

    HUDSON

    BENEDICTO SILVA

    - RENEDICTO

    SILVA

    - L.

    C.

    Jfn.L

    -

    SEBASTIÃO

    S ~ N T A N