excelentÍssimo senhor doutor juiz de direito da vara da justiÇa federal de maringÁ

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  • 7/22/2019 EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA JUSTIA FEDERAL DE MARING

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    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DACOMARCA DE MARING-PR.

    AUTOR, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF/MFXXXXXXX, residente e domiciliado XXXXXX, na cidade de Maring-Paran,por meio de sua advogada, JAQUELINE DA SILVA PAULICHI, inscrita naOAB/PR n 57.507, com escritrio profissional Av. Paran, 1370, sala 105, nacidade de MaringPR, vm respeitosamente a presena de Vossa Excelnciaapresentar:

    xxxxxxxxxxxxxx

    Do fatos

    Trata-se a entidade autora de Associao de Aposentados ePensionistas do Banco do Brasil.

    Seus associados recebem, alm da aposentadoria / pensopaga pelo rgo oficial ( INSS), aposentadoria / penso paga pelo Fundo dePenso PREVI, fundo para o qual contriburam durante toda sua vidalaborativa.

    A par disso, em razo de existncia de grande saldo financeiro

    na Reserva Especial apurada nos exerccios de 2007, 2008 e 2009, na Caixade Previdncia dos Funcionrios do Banco do BrasilPREVI, h mais de trsanos, vem descumprindo a determinao legal de distribuio do supervitacumulado, em evidente ofensa a previso legal.

    Diante da citada omisso, a entidade autora ento ingressoucom pedido administrativo de distribuio do supervit junto a PREVIC emjunho deste ano, mas at a presente data a mesma mantm-se inerte quanto aadoo das providncias que lhe competem.

    Flagrante a ofensa ao direito dos substitudos, a inrcia da

    PREVIC, cumulada com a ameaa de descumprimento das normas quedeterminam a forma de distribuio do supervit, ingressa a entidade autora,

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    atravs da presente ao, pugnando pelo cumprimento do disposto no artigo20 da LC 109/2001 cumulado com o artigo 25, pargrafo 2 da Resoluo26/2008, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

    II. DA LEGITIMIDADE PASSIVA

    A reverso dos valores superavitrios acumulados pela PREVIaos substitudos, conforme ser exposto a seguir, necessita de prviaautorizao do BANCO DO BRASIL, na qualidade de patrocinador do Fundo dePenso, bem como a PREVIC, na qualidade de rgo legal responsvel pelafiscalizao dos Fundos de Penso, razo pela qual ambos integram a lide.

    E a presena da PREVIC atrai a competncia deste ForoFederal, pelo fato de a mesma ser Autarquia Federal vinculada ao Ministrio daPrevidncia Social, na forma da Lei 12154/2009:

    Art. 1o Fica criada a Superintendncia Nacional dePrevidncia Complementar - PREVIC, autarquia de natureza especial, dotadade autonomia administrativa e financeira e patrimnio prprio, vinculada aoMinistrio da Previdncia Social, com sede e foro no Distrito Federal e atuaoem todo o territrio nacional.

    Pargrafo nico. A Previc atuar como entidade defiscalizao e de superviso das atividades das entidades fechadas deprevidncia complementar e de execuo das polticas para o regime deprevidncia complementar operado pelas entidades fechadas de previdnciacomplementar, observadas as disposies constitucionais e legais aplicveis.

    III. DO MRITO PROPRIAMENTE DITO

    A previdncia complementar brasileira tem previsoconstitucional no art. 202 da Constituio Federal: "Art. 202. O regime deprevidncia privada, de carter complementar e organizado de forma autnomaem relao ao regime geral de previdncia social, ser facultativo, baseado naconstituio de reservas que garantam o benefcio contratado, e regulado por

    lei complementar.

    1 A lei complementar de que trata este artigo assegurar aoparticipante de planos de benefcios de entidades de previdncia privada opleno acesso s informaes relativas gesto de seus respectivos planos.

    2As contribuies do empregador, os benefcios e ascondies contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos debenefcios das entidades de previdncia privada no integram o contrato detrabalho dos participantes, assim como, exceo dos benefcios concedidos,no integram a remunerao dos participantes, nos termos da lei.

    3 vedado o aporte de recursos a entidade de previdnciaprivada pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, suas autarquias,fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista e outras

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    entidades pblicas, salvo na qualidade de patrocinador, situao na qual, emhiptese alguma, sua contribuio normal poder exceder a do segurado.

    4Lei complementar disciplinar a relao entre a Unio,Estados, Distrito Federal ou Municpios, inclusive suas autarquias, fundaes,sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou

    indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdnciaprivada, e suas respectivas entidades fechadas de previdncia privada. 5 A lei complementar de que trata o pargrafo anterior

    aplicar-se-, no que couber, s empresas privadas permissionrias ouconcessionrias de prestao de servios pblicos, quando patrocinadoras deentidades fechadas de previdncia privada.

    6 A lei complementar a que se refere o 4 deste artigoestabelecer os requisitos para a designao dos membros das diretorias dasentidades fechadas de previdncia privada e disciplinar a insero dosparticipantes nos colegiados e instncias de deciso em que seus interessessejam objeto de discusso e deliberao."

    A lei complementar 109 de 2001, regulamenta a previdnciacomplementar fechada, tal qual a PREVI, e contm o regramento geral para aprevidncia complementar brasileira. A Constituio Federal, em seu art. 21,VIII, diz que compete Unio fiscalizar as atividades de previdncia privada.

    Para a fiscalizao das Entidades Fechadas de PrevidnciaComplementar e respectivos planos, o art. 74 da LC 109/01 prev a existnciade um rgo federal, a Secretaria de Previdncia Complementar, atualPREVIC, vinculada ao Ministrio da Previdncia.

    No obstante sua natureza privada e autnoma, no mbito de

    uma Entidade Fechada de Previdncia Complementar a vontade das partesno absoluta, ao contrrio, observa-se um rgido controle estatal sobre seufuncionamento, porque tais entidades exercem uma complementao ao deverdo Estado de prover uma previdncia social digna e justa, direito social efundamental inscrito no caput do art. 6. da Constituio Federal. Est-se aqui,diante do princpio da supremacia da ordem pblica, que, de resto, ao lado dosprincpios

    da autonomia da vontade do da obrigatoriedade, integram osfundamentos de qualquer contrato.

    Dentro deste contexto, est situada a lide, qual seja, areverso dos valores superavitrios apurados desde 2007.

    Dispe a LC 109/2001 a respeito das entidades fechadas deprevidncia complementar, tal qual a PREVI:

    Art. 7o Os planos de benefcios atendero a padres mnimosfixados pelo rgo regulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurartransparncia, solvncia, liquidez e equilbrio econmico-financeiro e atuarial. (grifo nosso)

    Pargrafo nico. O rgo regulador e fiscalizador normatizarplanos de benefcios nas modalidades de benefcio definido, contribuiodefinida e contribuio varivel, bem como outras formas de planos debenefcios que reflitam a evoluo tcnica e possibilitem flexibilidade ao regime

    de previdncia complementar.

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    Art.8 (...) 1o As entidades fechadas organizar-se-o sob aforma de fundao ou sociedade civil, sem fins lucrativos. ( grifo nosso)

    regras que regem os fundos de penso, especificamente emseus arts. 7 e 8, determinam o permanente equilbrio econmico-financeiro eatuarial. Sendo assim, tais entidades no apresentam lucro ou prejuzo em

    suas operaes, mas sim supervit ou dficit atuarial, ou seja, condies parao cumprimento das obrigaes futuras ou insuficincia de recursos para asustentao de seus compromissos no longo prazo.

    Em tese, este o ideal: a mensurao dos custeios dosplanos constantemente compatveis com as obrigaes a serem cobertas. Otratamento da destinao de supervit em fundos de penso remonta aosprimrdios da legislao especfica do setor.

    Primeiramente, a Lei n 6.435/77, que trazia as seguintesdeterminaes: Art. 46. Nas entidades fechadas o resultado do exerccio,

    satisfeitas todas as exigncias legais e regulamentares no que se refere aosbenefcios, ser destinado: constituio de uma reserva de contingncia debenefcios at o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da reservamatemtica; e, havendo sobra, ao reajustamento de benefcios acima dosvalores estipulados nos 1o e 2o do artigo 42, liberando, se for o caso, parcialou totalmente as patrocinadoras do compromisso previsto no 3o do mesmoartigo.

    No trecho apresentado, j se pode observar a preocupaogovernamental com o no acmulo de supervit atravs da adoo de vrias

    medidas a fim de elimin-lo.Em 2001, sem tanta inovao ao que estava posto, a Lei

    Complementar n 109/01 apresentou o seguinte texto: Art. 20. O resultadosuperavitrio dos planos de benefcios das entidades fechadas, ao final doexerccio, satisfeitas as exigncias regulamentares relativas aos mencionadosplanos, ser destinado constituio de reserva de contingncia, para garantiade benefcios, at o limite de vinte e cinco por cento do valor das reservasmatemticas.

    1o Constituda a reserva de contingncia, com os valoresexcedentes ser constituda reserva especial para reviso do plano debenefcios.

    2o A no utilizao da reserva especial por trs exercciosconsecutivos determinar a reviso obrigatria do plano de benefcios daentidade.

    3o Se a reviso do plano de benefcios implicar reduo decontribuies, dever ser levada em considerao a proporo existente entreas contribuies dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dosassistidos.

    A fim de regulamentar o supervit e dficit dos Fundo dePenso, a Secretaria de Previdncia Complementar lanou, em 29 desetembro de 2008, a Resoluo CGPC n 26/08 cuja ementa dispe sobre as

    condies e os procedimentos a serem observados pelas entidades fechadasde previdncia complementar na

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    apurao do resultado, na destinao e utilizao de supervite no equacionamento de dficit dos planos de benefcios de carterprevidencirio que administram, alm de outras providncias.

    So os principais objetos tratados pela norma: 1) a apuraodo resultado; 2) a destinao e utilizao de supervit; e 3) equacionamento de

    dficit. Deste modo, temendo um acesso de euforia por parte dosfundos de penso e, consequentemente, a tomada de decises administrativastemerrias que pudessem ferir os interesses dos participantes e a seguranado seu investimento previdencirio, o Secretrio justificou a deciso do governobrasileiro, atravs do Conselho de Gesto da Previdncia Complementar CGPC, de promulgar a Resoluo CGPC n 26, de 29/09/2008. Uma rgidanormatizao que regula tanto a forma de destinao dos excessos derecursos das EFPC quanto o modo de saneamento de suas insuficincias.

    Afirma, ainda, Ricardo Pena que As regras visam estabelecerlimites conservadores para a destinao de supervit. Antes, havia fundaes

    prometendo valores vultosos aos participantes. Por isso, pedimos parapercorrer uma lista de eventos. Hoje pode estar sobrando, amanh pode estarfaltando. (Revista Investidor Institucional, 2008)

    IV.1 DA NECESSIDADE DE DISTRIBUIO DO SUPERVITACUMULADO PELO PLANO I DA PREVI H TRS ANOS CONSECUTIVOS

    A razo pela qual se ajuza a presente ao est no fato deque a PREVI, cumulada com a omisso da PREVIC, estarem descumprindo alegislao especfica que determina a manuteno do equilbrio econmicofinanceiro

    e atuarial dos planos de benefcios administrados pelasentidades fechadas de previdncia complementar.

    As normais legais antes citadas so muito claras. Asentidades de previdncia fechada, tal qual a PREVI, no podem acumularlucros, ou supervit, que equivale dizer a uma anomalia do plano. Portanto, emcaso de eventual supervit ou mesmo dficit deve ser feita a reviso obrigatriado Plano, a fim de equacion-lo.

    Dispe o artigo 20 da LC 109/2001, quanto destinao doresultado superavitrio:

    Art. 20. O resultado superavitrio dos planos de benefcios das

    entidades fechadas, ao final do exerccio, satisfeitas as exignciasregulamentares relativas aos mencionados planos, ser destinado constituio de reserva de contingncia, para garantia de benefcios, at olimite de vinte e cinco por cento do valor das reservas matemticas.

    1o Constituda a reserva de contingncia, com os valoresexcedentes ser constituda reserva especial para reviso do plano debenefcios.

    2o A no utilizao da reserva especial por trs exercciosconsecutivos determinar a reviso obrigatria do plano de benefcios daentidade.

    3o Se a reviso do plano de benefcios implicar reduo de

    contribuies, dever ser levada em considerao a proporo existente entre

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    as contribuies dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dosassistidos.

    Todas as etapas descritas nos pargrafos 1 e 2, e a primeiraparte do pargrafo 3 j foram cumpridas. O Plano PREVI I j constituiu a

    reserva de contingncia, no utilizou a reserva especial por trs anosconsecutivos, bem como no ano de 2006 procedeu a reviso do plano,inclusive com distribuio do supervit atravs de reverso de valores, tal qualcomprova documentao em anexo.

    Ainda assim manteve-se o desequilbrio do Plano I, pois oresultado superavitrio continua acumulando-se sem que seja efetivado ocumprimento das normas legais ou regulamentares, atravs da distribuioequnime do supervit apurado.

    A Resoluo n 26 da ento Secretaria da PrevidnciaComplementar dispe a respeito da utilizao do supervit:

    Art. 20. Cabe ao Conselho Deliberativo ou a outra instncia

    competente para a deciso, como estabelecido no estatuto da EFPC, deliberar,por maioria absoluta de seus membros, acerca das medidas, prazos, valores econdies para a utilizao da reserva especial, admitindo-se, em relao aosparticipantes e assistidos e ao patrocinador, observados os arts. 15 e 16, asseguintes formas, a serem sucessivamente adotadas:

    Ireduo parcial de contribuies;II reduo integral ou suspenso da cobrana de

    contribuies no montante equivalente a,pelo menos, trs exerccios; ouIII melhoria dos benefcios e/ou reverso de valores de

    forma parcelada aosparticipantes, aos assistidos e/ou ao patrocinador. ( grifo

    nosso)Pargrafo nico. Caso as formas previstas nos incisos I e II

    no alcancem os assistidos, a EFPC poder promover a melhoria dosbenefcios dos assistidos prevista no inciso III simultaneamente com aquelasformas Conforme exposto anteriormente, a reviso do Plano procedida em2006 j cumpriu os itens dos

    pargrafos I, II e III, quais sejam, reduo integral dascontribuies, melhoria dos benefcios e distribuio do supervit apurado em2006. A prxima etapa disposta da Resoluo a reverso dos valores aos

    assistidos e/ou patrocinador, objeto da presente ao.

    Em 2009, o Plano de Benefcios 1 registrou o terceirosupervit consecutivo, sem que tenha havido destinao destes recursos, queassim se acumulam h mais de trs anos. Fechado desde 24.12.1997 paranovas adeses a esse Plano, observa-se, a cada ano, que a natural ocorrnciade falecimentos vem baixando o numero de beneficirios, ao tempo em que osrecursos superavitrios crescem e se avolumam, sem que ocorra a devidareverso.

    A distribuio do supervit obrigatria e decorre de

    exigncia expressa da Lei Complementar 109/01. O supervit do Plano I daPREVI, apurado na forma do inciso III, artigo 20 da Resoluo 26, encontra-se

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    acumulado desde 2007, sem que as autoridades competentes tomemquaisquer providncias no sentido de

    dar fiel cumprimento a LC 109/2001, ou seja, efetivar adistribuio aos participantes.

    IV.2 DAS ETAPAS PARA A REVERSO DOS VALORESSUPERAVITRIOS

    Ainda dispe a Resoluo 26/2008, quando ao procedimentopara a distribuio do supervit:

    Art. 21. A destinao da reserva especial ser precedida decomunicao ao patrocinador do plano de benefcios.( grifo nosso)

    Pargrafo nico. Em relao aos planos de benefciospatrocinados pelos entes de que trata o art. 1 da Lei Complementar n. 108, de29 de maio de 2001, a destinao da reserva especial, quando ocorrer nostermos do disposto no inciso III do art. 20, Da Reverso de Valores aos

    Participantes e Assistidos e ao PatrocinadorArt. 25. A destinao da reserva especial por meio da

    reverso de valores de forma parcelada aos participantes e assistidos e aopatrocinador est condicionada comprovao do excesso de recursosgarantidores no plano de benefcios em extino, mediante:

    I a cobertura integral do valor presente dos benefcios doplano; e

    IIa realizao da auditoria prvia de que trata o art. 27. 1 A reverso de valores aos participantes e assistidos e ao

    patrocinador dever ser previamente submetida a SPC e somente dever seriniciada aps a aprovao de que trata o art. 26. .( grifo nosso)

    2 A reverso de valores dever ser parcelada, iniciando-sepelo valor equivalente devoluo da ltima contribuio recolhida e assimretroativamente, respeitado o prazo mnimo de 36 (trinta e seis) meses para adurao do parcelamento e o cumprimento das obrigaes fiscais. .(grifonosso)

    Art. 26. A destinao da reserva especial de que trata o art. 25dever ser submetida aprovao da SPC antes do incio da reversoparcelada de valores.

    1 A SPC poder determinar a adoo de hiptesesbiomtricas, demogrficas, econmicas e financeiras na avaliao atuarial do

    plano de benefcios. 2 Caso seja necessrio recompor a reserva de contingncianos termos do art. 18, obrigatria a interrupo da utilizao da reservaespecial, que somente poder ser retomada aps nova aprovao da SPC.

    1 ETAPA - DA NECESSIDADE DE PRVIACONCORDNCIA DO PATROCINADOR, NO CASO, O BANCO DO BRASIL ARTIGO 21 RESOLUO 26/2008

    Com relao ao Patrocinador, a concordncia com a

    distribuio do supervit atravs da reverso dos valores, est afirmadaatravs da contabilizao em seu balano anual do supervit apurado pelo

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    Plano I da PREVI, tal qual comprova notcia veiculada pela ASSOCIAONACIONAL DOS PARTICIPANTES DE FUNDOS DE PENSO em anexo(http://www.anapar.com.br/boletins.php?id=294). Portanto, depreende-se destefato que j existe a autorizao do Patrocinador.

    Ademais, conforme resposta interpelao extra-judicial em

    anexo formalizada pela AFABB-PR, tambm no manifestou objeo quanto adistribuio do supervit na forma j tratada pelo artigo 20 e 25 pargrafo 2 daResoluo 26/2008.

    2 ETAPA - DA NECESSIDADE DE APROVAO DA PREVIA PREVI, conforme resposta interpelao extra-judicial em

    anexo, tambm no tem objeo quanto distribuio do supervit na forma jtratada pelos artigos 20 e 25 pargrafo 2 da Resoluo 26/2008.

    3 ETAPA - DA APROVAO DA PREVIC - ARTIGO 25,PARGRAFO 1 RESOLUO 26/2008

    Conforme previso legal e regulamentar, existe a necessidadede prvia aprovao da PREVIC para que seja efetivada a reverso dosvalores aos participantes e/ou patrocinadores.

    Tambm j exposto anteriormente, j foi realizada reversodos valores superavitrios acumulados no ano de 2006, com a devidaconcordncia da PREVIC, poca Secretaria de Previdncia Complementar.

    Passaram-se trs anos desde ento, e o acmulo dos valoressuperavitrios permanece, e se mantm tambm a inrcia da PREVIC emtomar as medidas necessrias para dar o fiel cumprimento LC 109/2001 eResoluo 26/2008.

    A entidade autora ingressou com DENNCIA perante aPREVI, conforme comprova documentao em anexo, com fulcro na formaprevista pelo Decreto 4942/2003, in verbis:

    Art. 37. A denncia o instrumento utilizado por qualquerpessoa fsica ou jurdica para noticiar, perante a Secretaria de PrevidnciaComplementar, a existncia de suspeita de infrao s disposies legais oudisciplinadoras das entidades fechadas de previdncia complementar.

    Prev ainda a Instruo SPC-MPS n 30, de 20/03/09:

    Art. 2 A anlise dos requerimentos submetidos apreciaodo Departamento de

    Anlise Tcnica dever ser concluda nos seguintes prazos:I - sete (7) dias teis: aprovao de regulamento de plano de

    benefcios com base emmodelo certificado;II - quinze (15) dias teis:a) aprovao de convnio ou termo de adeso; eb) autorizao para funcionamento de entidade fechada de

    previdncia complementarinicialmente acompanhado apenas do estatuto;III - vinte (20) dias teis:

    a) aprovao de regulamento de plano de benefcios; eb) alterao de convnio ou termo de adeso;

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    IV - vinte e cinco (25) dias teis:a) transferncia de gerenciamento de planos de benefcios; eb) certificao de modelo de regulamento de plano de

    benefcios;V - trinta (30) dias teis: alterao de estatuto e de

    regulamentos dos planos debenefcios;VI - trinta e cinco (35) dias teis:a) autorizao para funcionamento de entidade fechada de

    previdncia complementar;b) aprovao de regulamento de plano de benefcios

    decorrente de plano j existente; ec) reorganizao societria relativa s entidades fechadas de

    previdncia complementar;VII - cento e vinte (120) dias teis: retirada de patrocnio.Pargrafo nico. O reingresso de requerimento, decorrente de

    cumprimento deexigncia, ser analisado nos mesmos prazos previstos nos

    incisos de I a VII.CAPTULO IIDA CONTAGEM DOS PRAZOSArt. 3 A contagem dos prazos inicia-se na data do protocolo

    do requerimento perante a Secretaria de Previdncia Complementar.Como a Lei no dispe de prvia exigncia de esgotamento

    da via administrativa, corroborada com o fato de que o prazo legal de 30 diaspara resposta esgotou-se, e ainda, diante da situao ftica de que h mais detrs anos que a inrcia da PREVIC em destinar o supervit do Plano I daPREVI, a AFABB-PR ajuza a presente lide.

    Sopesou pela deciso da entidade autora de ingresso na viajudicial, ainda, o fato de que diariamente so em media cinco bitos departicipantes do Plano I da PREVI, sem que seja oportunizado a eles o gozodos valores por eles vertidos a maior a favor da PREVI.

    Ademais, a prpria Constituio Federal assegura o acesso aoJudicirio em seu 5, XXXV: a lei no excluir da apreciao do PoderJudicirio leso ou ameaa a direito

    REQUERIMENTOS E PEDIDOS