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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP. Ação Civil Pública Processo n.º 1044/98 (Apenso aos de nº 893/98) Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo Réus: SBI – Sociedade Benfeitores de Interlagos; Município de São Paulo; e Silvio Antonio de Azevedo MÁRIO LUIZ SPINICCI, brasileiro, casado, arquiteto inscrito no CREA sob n.º 0600278688 e WAGNER BONETTI JÚNIOR, brasileiro, casado, engenheiro inscrito no CREA sob n.º 50600807210, assistentes técnicos nomeados pela SBI – SOCIEDADE BENFEITORES DE INTERLAGOS, nos autos da ação CIVIL PÚBLICA em epígrafe, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, a fim de se manifestar sobre o laudo apresentado pelo Sr. Perito Judicial: 1) – UDO ACESSO AOS DOCUMENTOS 1.1) - Inicialmente é necessário consignar que tanto a petição inicial do Ministério Público, como o laudo apresentado pelo Sr. Perito Judicial fazem menção a folhas dos autos, sem no entanto existirem no processo os mencionados documentos. Apenas a título exemplificativo, relacionamos abaixo: Petição Inicial do Ministério Público: Fls. 9 dos autos, 1º parágrafo, faz menção às fotografias das fls. 64,65,66 e 67 dos autos; Fls. 9 dos autos, último parágrafo, faz menção às informações das fls. 68 e 69 dos autos; Fls. 10 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às informações das fls. 77,78 e 121 dos autos; Fls. 11 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 86, 89, e às plantas das fls. 105 e 106 dos autos; Fls. 11 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 70,71,72, 102,103,104,544 e 549 dos autos; Fls. 12 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 82 dos autos; Fls. 12 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 542 dos autos;

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP. Ação Civil Pública Processo n.º 1044/98 (Apenso aos de nº 893/98) Autor: Ministério Público do Estado de São Paulo Réus: SBI – Sociedade Benfeitores de Interlagos; Município de São Paulo; e Silvio Antonio de Azevedo

MÁRIO LUIZ SPINICCI, brasileiro, casado, arquiteto

inscrito no CREA sob n.º 0600278688 e WAGNER BONETTI JÚNIOR, brasileiro, casado, engenheiro inscrito no CREA sob n.º 50600807210, assistentes técnicos nomeados pela SBI – SOCIEDADE BENFEITORES DE INTERLAGOS, nos autos da ação CIVIL PÚBLICA em epígrafe, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, a fim de se manifestar sobre o laudo apresentado pelo Sr. Perito Judicial:

1) – UDO ACESSO AOS DOCUMENTOS

1.1) - Inicialmente é necessário consignar que tanto a

petição inicial do Ministério Público, como o laudo apresentado pelo Sr. Perito Judicial fazem menção a folhas dos autos, sem no entanto existirem no processo os mencionados documentos.

Apenas a título exemplificativo, relacionamos abaixo:

Petição Inicial do Ministério Público:

• Fls. 9 dos autos, 1º parágrafo, faz menção às fotografias das fls. 64,65,66 e 67 dos autos;

• Fls. 9 dos autos, último parágrafo, faz menção às informações das fls. 68 e 69 dos autos;

• Fls. 10 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às informações das fls. 77,78 e 121 dos autos;

• Fls. 11 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 86, 89, e às plantas das fls. 105 e 106 dos autos;

• Fls. 11 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 70,71,72, 102,103,104,544 e 549 dos autos;

• Fls. 12 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 82 dos autos; • Fls. 12 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 542 dos autos;

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• Fls. 12 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 172 e 174 dos autos; • Fls. 13 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 105 e 129 dos autos; • Fls. 13 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 175 e 181 dos autos; • Fls. 14 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 14 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 15 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 68 dos autos; • Fls. 15 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 68 dos autos; • Fls. 15 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 70 dos autos; • Fls. 15 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 71 dos autos; • Fls. 15 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 71 dos autos; • Fls. 16 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 72 dos autos; • Fls. 16 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 72 dos autos; • Fls. 16 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 63 dos autos; • Fls. 16 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 17 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; Laudo do Perito Judicial: • Fls. 2729 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 2650 e 2661 dos autos; • Fls. 2730 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 2588 e 2640 dos autos; • Fls. 2735 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 172 dos autos; • Fls. 2736 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 174 dos autos; • Fls. 2736 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 105 e 129 dos autos; • Fls. 2737 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 175 e 181 dos autos; • Fls. 2737 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 2737 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 2738 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 68 dos autos; • Fls. 2738 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 68 dos autos; • Fls. 2738 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 170 dos autos; • Fls. 2738 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 71 dos autos; • Fls. 2739 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 71 dos autos; • Fls. 2739 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 71 dos autos; • Fls. 2739 dos autos, 3º parágrafo, faz menção às fls. 72 dos autos; • Fls. 2739 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 72 dos autos; • Fls. 2739 dos autos, 5º parágrafo, faz menção às fls. 63 dos autos; • Fls. 2740 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 2740 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 66 dos autos; • Fls. 2741 dos autos, 2º parágrafo, faz menção às fls. 180 e 181 dos autos; • Fls. 2741 dos autos, último parágrafo, faz menção às fls. 296 300 e 308 dos autos; • Fls. 2742 dos autos, primeiro parágrafo, faz menção às fls. 262 dos autos; • Fls. 2742 dos autos, 4º parágrafo, faz menção às fls. 142 dos autos;

Diligenciando em Cartório, não foram localizados os

documentos que supostamente dariam amparo à elaboração do Laudo. Por este motivo, preliminarmente, torna-se necessária que

Vossa Excelência determine que o Sr. Perito preste eslcarecimentos ou que dispobnibilize os documentos e fotos aos Assistentes Técnicos, a fim de que possam ter acesso aos documentos nos quais o Sr. Perito se baseou.

1.2) – O acesso aos documentos é tão importante, que ao

impugnar o laudo percebemos que o Sr. Perito realizou o seu laudo com base em Projeto que não havia sido aprovado, quando na realidade o projeto aprovado é completamente diferente.

As imagens abaixo demonstram que a figura contornada

em vermelho era um projeto inicial e a figura em azul é o projeto aprovado.

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Portanto, o Laudo está totalmente inconsistente, pelo que

desde logo fica inteiramento impugnado.

BLOQUEIO (PROJETO INICIAL) BLOQUEIO (PROJETO APROVADO) DESCRIÇÃO DOS BLOQUEIOS – TIPO JARDINEIRA:

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DESCRIÇÃO DOS BLOQUEIOS IMPLANTADOS NAS CALÇADAS:

1.3) – Em meados de 1998 a SBI, ao contestar a ação,

requereu a Vossa Excelência a expedição de ofício á Prefeitura do Município de São Paulo determinando que fossem trazidas aos autos cópias das folhas do Processo Administrativo relativo à implantação do Bolsão Residencial Guarapiranga-Interlagos, aos quais a ré não pôde ter acesso na época da elaboração da contestação (fls. 169 e 170).

Devido ao pedido da ré não ter sido apreciado, a ré

ratificou o mencionado pedido em 13/11/1998 (fls. 584 a 586), em 29/12/2003 (fls. 2595 a 2600) e em 30/10/2007.

A não apresentação dos mencionados documentos não só

prejudica a realização da perícia, como impede os assistentes técnicos de comprovar melhor os fatos que afirmam em sua impugnação.

Por este motivo, requer-se que Vossa Excelência se digne

ordenar que o Sr. Perito Judicial refaça seu laudo exclusivamente com base nos documentos que estão acostados aos autos, além dos que deverão ser apresentado em cumprimento da r. determinação de Vossa Excelência.

2) – UDO PONTO CONTROVERTIDO

2.1) - Ao ler o laudo elaborado pelo Sr. Perito Judicial, podemos constatar que foram feitas conclusões pertinentes à aplicação ou não de determinadas normas Municipais, Estaduais e Federais, além de regulamentos.

Com o devido respeito, torna-se necessário que esse MM.

Juízo limite a atuação do Sr. Perito à constatação fática, a fim de que os advogados e Juíz verifiquem e discutam a aplicação da norma ao caso concreto.

O Perito Judicial e tampouco os assistentes técnicos

podem dar parecer quanto à interpretação da norma, mas sim constatar qual norma regulamenta determinada providência e qual é a situação fática.

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Desse modo, com o devido respeito, torna-se necessário

que esse MM. Juízo ordene que os técnicos limitem suas atuações quanto a constatação da situação real do local e, se for o caso, da citação da normas pertinentes.

2.2) – A presente ação tem como pontos controvertidos:

• Cerceamento da Liberdade de Locomoção (trata-se de questão de direito e de prova documental);

• Restrição das entradas e saídas do Bairro (trata-se de questão técnica pericial); • Facilidade de Fuga de Criminosos (trata-se de ponto que somente pode ser

comprovado com base em estatística realizada antes da implantação dos bolsoes comparada a uma estatística atual);

• Dificuldade de acesso ou socorro aos locais (trata-se de questão técnica pericial); • Dificuldade na circulação dentro do Bairro (trata-se de questão técnica pericial); • Regularidade da aprovação dos projetos e dos bolsões (trata-se de questão de

direito e de prova documental); • Foi respeitado o rito administrativo para a aprovação do bolsão? (trata-se de

questão de direito) • A norma aplicada é constitucional? (trata-se de questão de direito) • Há prejuízo do acesso aos alunos da Escola Recreio, aos moradores e às pessoas

que precisem ingressar no Bolsão (trata-se de questão técnica pericial); e • Quais bloqueios estão atualmente implantados e quais foram modificados/retirados

(trata-se de questão técnica pericial). Desse modo, distinguindo-se a questão legal da questão

pericial, passa-se a impugnar item a item o laudo apresentado pelo Sr. Perito Judicial, conforme documento anexo (docs. ).

3) – URESUMO FÁTICO DO OBJETO DA AÇÃO

Para um entendimento adequado do que vem a ser o

Processo do Bolsão Residencial Guarapiranga (Interlagos), há de se fazer a leitura, linear, dos processos administrativos nº.42.003.121.92-34, atual nº.1992.0029.654-8, e nº.42.003.016.92-50, atual nº.1992.0029641-6.

Na época do início do processo, anterior a vigência da lei

nº. 11.322/92, a pedido de 60% do moradores, a EMURB elaborou um projeto sendo o mesmo aprovado pelos moradores em assembléia pública, encaminhado a apreciação da administração regional Capela do Socorro para aprovação de sua execução.

O início do projeto do Bolsão Guarapiranga remonta a

meados de 1991, sendo o primeiro estudo a pedido de 60% dos moradores, elaborado em Abril de 1992.

Este estudo por ser extremamente severo na distribuição dos bloqueios, não foi aprovado pelos moradores. Em Novembro de 1992 foi elaborado um projeto funcional por parte do CET. Este projeto juntamente com os documentos exigidos pela administração regional, acompanhado da lista dos moradores concordantes com o mesmo, mais a ata da assembléia onde 95% dos moradores presentes à mesma aprovaram a sua execução, o processo foi encaminhado à Adm. R.C.S. Em 22 de Dezembro de 1992, a Adm.R.C.S analisou o processo, aprovou sua implantação, e deu

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prosseguimento ao mesmo. Em Dezembro de 1992, é sancionada a lei dos bolsões residenciais.

Para que não houvesse nenhuma dúvida quanto à lisura e

conformidade do projeto, resolve-se adiar a implantação do bolsão, aguardando a formalização de procedimentos integrantes da legislação, como por exemplo, a formação da comissão da aprovação dos bolsões.

De acordo com a portaria 157/SEMPLA de 1993 e a

aprovação de SEMPLA/ DEPLANO/ CDL em 1/94, juntando ao parecer da CET de que o projeto funcional de 1992 é valido, a comissão de avaliação, em 02/02/1994, decide enviar o projeto funcional a EMURB, para elaboração do projeto executivo, fase esta que corresponde à letra b do item 2.a da descrição de atividades.

A comissão de avaliação dos bolsões residenciais

considerou o projeto Guarapiranga como em fase de implantação na época da promulgação da lei e estabeleceu um roteiro de procedimentos em que considera já atendidas as exigências de aprovação pelos moradores da solicitação de elaboração do projeto.

Assim, em 1996 iniciou a fase relativa ao atendimento às

exigências para implantação do bolsão residencial, tendo sido proposta a presente ação civil pública para apurar a sua regularidade.

4) - UÍNDICE DE DOCUMENTOS

• Assinaturas de mais de 50% dos moradores pedindo projeto para a implantação do Bolsão fls. 932 a 1038 dos autos

• Comprovante de remessa à Prefeitura de adesão de mais de 110 moradores (além dos 1.120) fls. 1039 dos autos

• Comprovante e adesão de mais de 194 moradores (além dos 1.120 e dos 110) fls. 1040 a 1233 dos autos

• Lei Municipal nº 11.322, de 21/12/1992 fls. 1234 a 1236 dos autos • Documentos que comprovam que o Bolsão era anterior à Lei 11.322/92 fls. 1237 a 1249 dos autos • A EMURB confirma que a suplicada atendeu a todos os procedimentos legais fls.

1250 a 1251 dos autos • A SEMPLA também opinou favoravelmente ao Projeto do Bolsão fls. 1252 dos

autos • A Comissão Avaliadora afirmou que o parecer da CET era válido fls.

Seguinte a 1252 dos autos (não está numerada) • A Secretaria Municipal de Transportes confirma a aprovação do Bolsão Residencial fls.

1253 dos autos • Decreto Municipal nº. 32.953, de 31 de dezembro de 1992 fls. 1254 a 1257 dos

autos • Fluxograma de Regulamentação de Bolsões Residenciais fls. 1258 dos autos • A Comissão Avaliadora considerou oProjeto do Bolsão completo fls.1259 dos autos • Ofício da Delegacia Seccional de Polícia que jurisdiciona a região, de 18/11/99, confirmando que o

índice de criminalidade no Bolsão é insignificante, praticamente zero fls.1260 a 1266 dos autos

• Dados cadastrais fornecios originais, fornecidos pela Prefeitura do Município de São Paulo em 1991,

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contento todos os dados dos imóveis da área abrangida pelo Bolsão, inclusive nome do proprietário e número do IPTU, que comprovam que as pessoas que assinaram o pedido de implantação do Bolsão Residencial, bem como os documentos de adesão ao mesmo, eram proprietários dos imóveis a partir das fls. 1270 dos autos

5) – UCONCLUSÃO

Desse modo, torna-se necessário que esse MM. Juízo aprecie as preliminares suscitadas acima, antes da apreciação da impugnação do laudo pericial.

No entanto, em função do Princípio da Eventualidade,

passa a impugnar o Laudo pericial ponto a ponto, Uesclarecendo que a impugnação destes assistentes técnicos está redigida em vermelho e o laudo pericial judicial em preto, conforme documento anexoU.

De qualquer forma, requer-se, desde já, que Vossa

Excelência se digne conceder nova vista dos autos, a fim de se manifestar sobre o laudo pericial e documentos em que se baseia, bem como a respeito dos documentos requeridos pela ré.

Estes são os termos em que, Pede e espera deferimento. São Paulo, 21 de novembro de 2007.

MÁRIO LUIZ SPINICCI WAGNER BONETTI JÚNIOR CREA sob n.º 0600278688 CREA sob n.º 50600807210

L A U D O D I V E R G E N T E

1 - HISTÓRICO

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0BA inicial conta que: 1B1.1 - A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo recebeu representação que culminou com a instauração deste Procedimento anexo (Autos nº 02/98) para a investigação da implantação do “Bolsão Residencial de Interlagos” com a autorização do Administrador Regional de Capela do Socorro nos termos da Portaria nº 10/AR-CS/GAB/97 de 13 de Março de 1997 a requerimento da “SBI – Sociedade Benfeitores de Interlagos”, projeto cuja característica é o de disciplinar o tráfego local com o fechamento de algumas ruas, sem impedir o livre acesso de veículos ou pessoas ao seu interior ou através dele.(bolsão esse que fechou o bairro de Interlagos com a colocação de obstáculos de modo a impedir o acesso e a livre circulação no local). 2B1.2 – Considerando o que está exposto acima, a autora na defesa de seus direitos e interesses, propôs contra os suplicados a presente ação, pretendendo que V.Excia. a) impeça a eles da utilização da Lei Municipal 11.322 de 22/12/92 regulamentada pelo Decreto 32.953 de 31/12/92,.(a) abstenham de praticar qualquer ato de implantação do Bolsão Residencial, com fundamento na Lei Municipal 11.322 de 22.12.92 e no Decreto 32.953 de 31.12.92, seja a colocação de obstaculos fixos ou móveis, cancelas ou qualquer outro instrumento, que de qualquer forma impeça a livre circulação; b) apresente em prazo a ser assinado pelo D.Juizo a relação de todas as ruas do bairo de Interlagos onde foram implantados os bloqueios, especificando a forma de bloqueio implantado (se fixo ou móvel) bem como qualquer alteração no traçado das vias do bairro, realizadas com fundamento na mesma legislação ora atacada; c) torne sem efeito os termos da Portaria 10/AR-CS/GAB/97 determinando-se a remoção de todos os obstáculos implantados antes e depois da publicação da Portaria do Administrador de Capela do Socorro com fundamento na legislação acima mencionada; d) condene os reus nas cominações legais.) 3B1.3 – A autora indicou como seu Assistente Técnico o nobre engenheiro Mamoru Kanzawa. 4BContestando, afirma Silvio Antonio de Azevedo: 5B1.4 – O ato administrativo não foi ilegal. 6B1.5 – As ruas são bens publicos municipais, cabendo ao Municipio legislar sobre o seu uso. Do mesmo modo, cabe ao Municipio legislar sobre bolsões residenciais e outras formas de uso das áreas urbanas. As suas limitações são as impostas pela Constituição Federal, mas esta, garante a autonomia municipal sobre os problemas locais. 7B1.6 – Através desta ação, o Ministério Público invade o mérito da decisão discricionária e politica do Poder Legislativo Municipal, que aprovou a Lei; invade a competência privativa do Poder Executivo que a regulamentou; e invade o mérito da decisão administrativa, discricionária, da autoridade que aprovou o Bolsão Residencial de Interlagos, ou seja, a Comissão formada pela CET, EMURB e SEMPLA, bem como o mérito da decisão administrativa vinculada do Administrador Regional da Capela do Socorro, que não podia, cumpridos os requisitos legais, recusar a expedição da Portaria. 8B1.7 – O Ministério Público pode sustentar a inconstitucionalidade da norma municipal para fundamentar a ação civil pública, como pode a própria administração pública, caso a caso, reconhecer a inconstitucionalidade de normas e deixar de praticar o ato. Mas, atribuir essa tarefa ao Administrador da Regional da Capela do Socorro e querer que interprete a Constituição federal e as leis, para saber se são inconstitucionais, ao invés de administrar, é atribuir-lhe um poder e competência de que não dispõe. Tratando-se de ato vinculado ao mérito, não poderia deixar de expedir a Portaria, sob pena de responsabilidade. 9B1.8 – O Ministério Público pretende que a implantação dos bloqueios nas ruas constitui lesão ao planejamento urbano da cidade; que impedem o uso de bem comum ou público; que implicam em cancelar o loteamento registrado, estabelecer desafetação e influir no parcelamento do solo. Ma isso não ocorre, pois as ruas continuam a ser ruas, sendo usadas por pedestres e veiculos, apenas com a restrição dos bloqueios. Na verdade, a utilização das ruas nada tem a ver com parcelamento do solo e desafetação, com cancelamento de loteamento registrado, nem com o planejamento ubano da cidade, que diz respeito a zoneamento, áreas residenciais. 10B1.9 – O centro da cidade está cheio de calçadões e ninguem se opõe a isso. Implantar um bloqueio no leito carroçável de uma rua é uma coisa e impedir o trânsito pela rua é outra coisa, pois os bolsões não impedem o uso da rua, apenas bloqueiam a rua em determinado local, para segurança e por interesse dos que nela residem.

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11B1.10 – A inicial distorce conceitos juridicos, buscando acabar com os bolsões residenciais, autorizados pela legislação municipal. Não cabe ao réu discutir se os bolsões são bons ou ruins para a cidade; a verdade é que existem e não há como impedi-los; são uma realidade e persistirão como estão ou com modificação em sua forma de implantação. Na verdade, constituem uma proteção para os moradores; não aumentam a criminalidade; ao contrário dificultam o acesso de criminososo em veículos, permitindo um controle interno motorizado eficiente. O que importa nesses autos, é lembrar que a lei os permite e não há inconstitucionalidade alguma na legislação municipal que os regula. E, finalmente, que todas as normas municipais foram cumpridas, ao se deferir o Bolsão Residencial de Interlagos. 12B1.10 – O processo deve ser extinto. 13BContestando, por sua vez, a Sociedade Benfeitores de Interlagos – SBI, afirma: 1.11 – A criação do Bolsão residencial Guarapiranga/ Interlagos, mesmo sem que isso fosse necessário, obedeceu a todos os requisitos da legislação municipal, não havendo qualquer vicio a contaminar a Portaria que aprovou a sua implantação e, além disso, deveria obrigatoriamente ser reconhecido pelo Poder Público nos termos do artigo 4º parágrafo 3º da Lei 1.322/92 por se encontrar em fase de implantação quando da edição da lei. 1.12 – A SBI indicou como seus Assistentes Ténicos os nobres engenheiros Mario Luiz Spinicci e Wagner Bonetti Junior. 14BPor seu turno, a Municipalidade contestou nos seguintes termos: 15B1.13 – O autor pretende, no bojo da presente ação, rediscutir todos os valores sociais sopesados quando da edição da Lei Municipal que previu os bolsões residenciais e da formação do ato administrativo que autorizou a criação deste especificamente. 16B1.14 – É claro que se vislumbra, no âmago da discussão em tela, a oposição de valores relevantes como, por exemplo, a segurança e a tranquilidade das familias em face da fluidez do tráfego, o interesse da comunidade que luta por melhor qualidade de vida contra o interesse individual daquele privilegiado que se locomove de automovel. 17B1.15 – Infere-se também da inicial que o Ministério Público adota como premissa de natureza meramente ideológica que o bolsão é um mal em si, daí partindo para a busca de pretensas inconstitucionalidades das leis e irregularidades do ato administrativo que permitiu a sua instalação. 18B1.16 – O bolsão não é de iniciativa da Administração, mas foi a comunidade que se organizou, impulsionou o processo e efetivou o bolsão. A Municipailidade interveio para fornecer as autorizações necessárias. A ação foi proposta em função da suposta ilegalidade do ato administrativo que autorizou os bolsões na região de Interlagos. 1.17 – O artigo 46 do Código Nacional de Trânsito estabelece: “De acordo com as conveniências de cada local, a autoridade de trânsito poderá: ................ II – Proibir o trânsito de veículos em determinadas vias.” E o Regulamento do Código de Trânsito declarou competir aos municípios regulamentar o uso das vias sob sua jurisdição, considerando o disposto no Art. 46 do Código Nacional de Trânsito 1.18 – O Bolsão está instalado há muitos anos e a situação está consolidada 1.19 - A Municipalidade indicou como seu Assistente Técnico o nobre engenheiro José Domingos Frid e Figueiredo. 2 – TITULOS E DOCUMENTOS Fls. 2537 – Laudo De acordo com laudo elaborado pela arquiteta Adriana Romeiro de Almeida Prado, a pedido do Ministério Público, datado de 10 de Outubro de 2001, tem-se:

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“As ruas que continham bloqueios no perímetro analisado eram: Bloqueios Nº Endereços 1 Rua Catarina Andreatta 2 Rua Prof. José Ferraz de Arruda Jr. 3 Av. Mahatma Ghandi 4 Rua Dr. Mario Otobrini Costa 5 Rua Nicolau Magnoli 6 Rua Nicolau Alayon 7 Rua Silvio Sciumbatta – 2 bloqueios 8 Rua Tchecoslováquia 9 Rua Prof. Francisco Maffei 10 Rua Santana de Parnaiba 11 Rua Trasybulo de Albuquerque x Av. Robert

Kennedy – bloqueio móvel 12 Rua Paranápolis 13 Rua Joaquim Telles de Matos 14 Rua Judite Santos Rosati – 2 bloqueios 15 Rua Laudelino Luz – 2 bloqueios 16 Rua Ortiz 17 Praça Israel 18 Rua Bambalelê 19 Rua Oscar Fernandes Martins 20 Rua Trasybulo de Albuquerque x Av. Rio Bonito –

bloqueio móvel 21 Rua Benedito Ferreira Silva 22 Rua João Corrêa dos Santos Bloqueios reirados das ruas. Calçadas

bloqueadas 23 Rua José Galdino da Silva 24 Rua Norman Prochet

Fls. 2540 – Lei Municipal 10.508 de 04.05.1988 Art. 8º: Os responsáveis pelos imóveis ficam obrigados a manter sempre em perfeito estado de preservação os passeios na extensão correspondente a suas testadas. Art. 9º : Os passeios obedecerão às NORMAS TÉCNICAS existentes. A Norma Técnica é a de numero NBR 9050 – Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos: • O piso deve ter superficie regular, firme, estavel e antiderrapante sob qualquer condição climática. Admite-se inclinação transversal da superficie de até 2%; • Em deslocamento em linha reta deve ser obedecida a largura minima de 0,80 metros para transposição de obstáculos fisicos e largura minima de 1,20 metros para a circulação de uma pessoa e uma cadeira de rodas; • Para implantação de qualquer mobiliário urbano, devem ser garantidas a acessibilidade e a faixa livre e continua de 1,20 metros de largura para circulação; • Nas travessias de pedestres onde houver semáforo, deve ser previsto dispositivo para atendimento aos portadores de deficiência visual, acionado por estes; • A faixa de circulação nos passeios e calçadões deve estar ligada ao leito carroçável por meio de rebaixamento de guias, com rampas nos passeios ou quaisquer outros meios de

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acessibilidade; • Na escolha das espécies vegetais, devem evitar aquelas que causem interferência com a circulação e acesso de pessoas portadoras de deficiências. O decreto nº 32.953/92 foi revogado pelo decreto nº 43.692/03 e a lei nº 13.302/02 alterou diversos dispositivos da lei nº11.322/92 (fls. 2650/2661). Ao propor a ação: Ao final requer a procedencia da ação para condenar os reus, além do pagamento das custas e demais despesas processuais, a obrigação de não fazer, consistente em abster-se de implantar obstáculos, cancelas ou qualquer outro instrumento ou equipamento nas vias públicas, praças e qualquer tipo de logradouro no bairro de Interlagos, com fundamento na Lei Municipal nº 11.322 de 22.12.92 e decreto municipal nº 32.953 de 31.12.92, bem como abster-se da colocação de guaritas e serviços de vigilantes particulares, sem prévio atendimento aos requisitos legais. Basta examinar a inicial para se verificar que a implantação em desacordo com o projeto examinado pelo CET é apenas um dos argumentos invocados pelo autor. O requerente sustentou que a implantação do Bolsão ocorreu sem prévio planejamento urbano, em afronta às leis de uso e ocupação do solo e à própria aprovação do loteamento, a qual levou em consideração o sistema viário preexistente e o que passou a existir com o loteamento. Ademais, foram deduzidos fundamentos legais que asseguram a todos os municipes o livre acesso à infra-estrutura viária, cujo uso foi restringido com a implantação do bolsão, bem como as dificuldades dos atendimentos de urgência, como os prestados pelo Corpo de Bombeiros, Policia, entre eoutros. Mencionou-se também, que os próprios moradores do interior do bolsão tiveram sua liberdade de locomoção cerceada, uma vez que têm que, obrigatriamente, transitar pelas entradas/saidas do bolsão. Ainda foi aduzido na exordial que a implantação do bolsão apesenta as irregularidades apontadas no parecer da CET, as quais vão desde as disparidades entre os projetos funcional e executivo até a colocação de jardineiras não comunicadas. Afinal foi deduzido que o requerido Silvio, então Administrador Regional, expediu Portaria autorizando o bloqueio, apesar de Parecer contrário da Procuradora do Municipio e de não haver manifestação formal favoravel da EMURB. De acordo com o requerimento formulado pelo autor, a pericia a ser realizada tem um objetivo muito claro: confirmar se os bloqueios foram instalados em afronta ao que foi analisado pela CET, de forma que não poderia ter sido aprovado pela Municipalidade (fls 2588). Isso está afirmado a fls. 2640. Esse é o requerimento que, deferido, motivou a designação de pericia. A partir dele, devem ser feitas duas observações. A primeira, diz respeito ao alcance do fato cuja prova se pretende. Com efeito, a execução do bolsão não interfere necessariamente na validade da aprovação do projeto. Se o projeto foi aprovado e o requerente acabou por implantar o bolsão de forma incorreta, isso certamente viola a ordem juridica, mas não torna inválida a aprovação do bolsão. É preciso que o requerente demonstre de que forma uma possivel incorreção da implantação do bolsão poderia levar à invalidade de sua aprovação. A segunda observação é no sentido dos quesitos a serem formulados. O objeto da pericia é a comprovação de UfatoU. Compete à parte justificar como a pericia pode servir para a comprovação de fato determinado. No caso presente, o autor requereu a pericia para comprovar o descompasso entre o projeto aprovado pelo CET e a situação decorrente da implantação. Isso, apenas, deve ser o objeto da pericia. Lei nº 11.322 de 22 de Dezembro de 1992

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Dispõe sobre a criação, no âmbito do Municipio de São Paulo, de Bolsões Residenciais e dá outras providências: Artº 1º - Fica o Poder Executivo autorizado, nos termos desta lei, a criar, na área urbana do Municipio de São Paulo, Bolsões Residenciais, com características e perímetros definidos em projetos de reurbanização das áreas por ele abrangidas, objetivando a elevação da qualidade de vida dos moradores dessas áreas. Parágrafo único: Para os efeitos dessa Lei entende-se por Bolsão Residencial, uma área reurbanizada de forma a estabelecer-se uma hierarquização de suas vias de circulação, destinando-as preferencialmente ao trânsito local, respeitado o determinado no Plano Diretor do Municipio de São Paulo e assegurada a plena utilização do sistema viário principal e secundário e da rede estrutural de trasportes definidos em lei. Artº 2º - A reurbanização de que trata o antigo anterior poderá incluir a implantação de redutores de velocidade e de dispositivos de bloqueio ao transito de veiculo, desde que: I – Sejam obedecidas as normas técnicas de planejamento viário e de trânsito; II – Seja assegurada a livre circulação de veículos e pedestres no interior do perímetro definido, ficando vedada a instalação de portões, correntes, cercas ou qualquer outro dispositivo que impeça o livre acesso dos municipes ao Bolsão Residencial. § 1º- Os dispositivos implantados para hierarquizar as vias não poderão impedir a passagem de pedestres, deverão respeitar as necessidades de drenagem, limpeza, manutenção e coleta de lixo e terão tratamento paisagistico, que poderá incluir a imstalação de equipamentos de lazer de uso público. § 2º - A destinação preferencial das vias internas e de acesso ao Bolsão residencial será indicada por um sistema de sinalização de trânsito, implantado pelos Orgãos competentes da Prefeitura da Cidade de São Paulo. § 3º - As larguras do leito carroçavel das vias de ciculação internas poderão ser alteradas, para se adequarem ao seu uso preferencial, asseguradas condições de trânsito para veículos e pedestres. § 4º - A reurbanização de uma área delimitada como Bolsão residencial não poderá modificar a delimitação das áreas de dominio público internas ao seu perímetro. Artº 3º - A solicitação, aos orgãos municipais competentes, de estudo para implantação de Bolsão Residencial, ou de aprovação de projeto de reurbanização apresentado pelos próprios moradores do Bolsão Residencial, deverá ser feita por requerimento assinado por pelo menos 50% desses moradores. § 1º - Os projetos de reurbanização apresentados pelos próprios moradores do Bolsão Residencial deverão ser subscritos por profissional habilitado e registrado na Prefeitura. § 2º - A aprovação de um projeto de reurbanização não implica em criação de um Bolsão Residencial, para o que se exige o cumprimento do determinado no artigo 4º desta Lei. Artº 4º - A criação de um Bolsão residencial e a autorização para a sua implantação serão determinadas por ato normativo da autoridade competente da Prefeitura, a requerimento dos proprietários dos lotes da área a ser delimitada, acompanhado de: I – projeto de reurbanização devidamente aprovado pelos Orgãos Municipais competentes; II – declaração expressa de anuência ao projeto apresentado, subscrita por 70% dos proprietários dos lotes da área a ser delimitada; III – comprovação da realização das reuniões previstas no § 1º deste artigo. § 1º - A coleta de assinatura de anuência de que trata o “caput” desse artigo, deverá ser precedida de pelo menos duas reuniões abertas ao público, promovidas e coordenadas

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pelos organizadores da iniciativa, para apresentação e discussão do projeto, obedecidas as seguintes condições: I – Intervalo minimo de 10 (dez) dias corridos entre as duas reuniões; II – Divulgação da data e local de cada reunião junto ã população da área onde o Bolsão residencial está sendo proposto, nelas incluidos os moradores dos lotes lindeiros imediatamente externos ao Bolsão Residencial, localizados nas vias que definem o seu perímetro; III – Convocação dos proprietários dos lotes incluidos no Bolsão Residencial proposto, para participarem das reuniões, através de notificação entregue, contra recibo, com pelo menos 07 dias de antecedência; IV – Realização ds reuniões em local de facil acesso para os moradores da área a ser delimitada § 2º - No caso dos proprietários dos lotes decidirem assumir parcial ou totalmente as despesas de implantação do Bolsão residencial e/ou manutenção dos dispositivos a que se refere o § 1º do artigo 2º desta Lei, o requerimento de que trata este artigo deverá ser acompanhado, além do previsto nos incisos I a III do “caput”deste artigo, de: I – estimativa das despesas exigidas para a implantação do Bosão residencial e para a manutenção dos dispositivos; II – declaração expressa, subscrita por proprietários dos lotes do Bolsão residencial, aceitando o rateamento das despesas entre os signatários dessa declaração. § 3º - os Bolsões Residenciais já implantados ou em processo de implantação na data da promulgação desta Lei deverão ser reconhecidos pelo Poder Público. Não cabe ao Perito Judicial opinar a respeito da constitucionalidade ou não da norma, haja vista que sua atuação está limitada ao âmbito técnico na área de engenharia, motivo pelo qual a opinião pessoal do Sr. Perito não deve ser levada em consideração. Decreto nº 32953 de 31 de Dezembro de 1992 Regulamenta as disposições da Lei nº 11322 de 22 de Dezembro de 1992: Artº 1º - Considera-se Bolsão Residencial a área urbanizada de forma a estabelecer-se uma hierarquização de suas vias de circulação, destinando-se preferencialmente ao trânsito local, respeitado o determinado no Plano Diretor do Municipio e assegurada a plena utilização do sistema viário principal e secundário e da rede estrutural de transporte coletivo A Companhia de Engenharia de Tráfego, por sua arquiteta manifestou-se em 29.05.95 contrária temporariamente a implantação do bolsão residencial (fls. 172), porém, o Oficio 209/95 –SMT.GAB de 05.07.95 ssinado por Carlos de Souza Toledo, na época Secretário Municipal de Transporte, determinou a aprovação do projeto ao presidente da CET, Gilberto Monteiro Lhefeld contrariando o Parecer Técnico (fls. 174). Há que se desconsiderar essa interpretação do Perito por três motivos:

1. o documento mencionado não possui identificação do orgão destinatário; 2. ele é genérico sem identificar especificamente o Bolsão Residencial Interlagos; 3. carece de informações técnicas para ser considerado “Parecer Técnico”, não

cabendo ao Sr. Perito opinar sobre norma legal, conforme exposto acima. Ao contrário do alegado, a manifestação do Senhor Secretário além de objetiva no sentido operacional é rica de informações e de elementos fáticos (Doc. 1). Tanto o é que o parecer da CET, que para o Bolsão Residencial, “ utillizou como parâmetro de análise, A Nova Hierarquização do Sistema Viário elaborada e adotada pela CET e proposta no Plano Diretor do Município (fls. 11 proc 4200301692*50”, deu conformidade ao projeto. Há que se destacar, também, que na data mencionada o projeto funcional da CET já estava aprovado (ver fls 63 a 72 do processo 42003016-92*50)

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No documento, denominado Reavaliação do estudo do Bolsão Residencial Jardim Guarapiranga, ao analisar a proposta da Sociedade Benfeitores de Interlagos (fls.105) sobre a criação de uma via marginal na avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval, no sentido avenida Robert Kennedy- Av. Rio Bonito, entre as ruas Eugenio Bortolomai e Jaime Waldemir de Medeiros, a CET manifestouse pela realização de consulta a comunidade local para que a mesma se manifeste quanto à utilização da referida área para esse fim (fls. 129). Ao analisar o novo traçado proposto pela SBI para as avenidas Luis Romero Sanson e José Carlos Pace a CET descreve: “Analisou-se as tres alternativas propostas, principalmente a terceira, considerada pela TTC como a mais viável. Esta alternativa consiste, basicamente, na manutenção do traçado existente com o canteiro central; redução do numero de faixas de circulação; criação de uma área para acesso às edificações e estacionamento de veiculos. Na análise desta proposta, verificou-se a inexistência, na área, de demanda regular de estacionamento de veículos; assim, a construção de avanços de calçada e instalação de floreiras, se constituirão em obstáculos perigosos ao tráfego, principalmente por não solucionar o principal problema que este segmento viário apresenta, ou seja, alta velocidade geral do tráfego”. “......solucionar o principal problema que este segmento viário apresenta, ou seja, alta velocidade geral do tráfego” esta “confissão” da CET justifica plenamente a preocupação da SBI para com a segurança e bem estar dos moradores e usuários ao apresentar de forma pontual os problemas da região e possíveis soluções. O Douto Perito deveria elogiar a iniciativa da SBI e não condená-la por defender postulados que fazem parte de uma Cidade Saudável: preservação da saúde, preservação do meio ambiente etc.. Ainda assim, a Sociedade Benfeitores de Interlagos, autorizada pela Administração Regional, implantou vários bloqueios no bairro que receberam as seguintes criticas da CET (fls. 175/181): A afirmação do Douto Perito de que “vários bloqueios foram implantados” com críticas do CET são incongruentes, pois o que consta nas fls. 175/181, na realidade, é a análise da CET sobre o projeto e não os bloqueios executados. (Docs. 2 a 8). A implantação dos bloqueios foi feita rigorosamente dentro da lei cumprindo condições aprovadas pela Comissão de Avaliação dos Bolsões, ratificada pela portaria 10 da Subprefeitura de Capela do Socorro. UAspectos especificos da proposta: Folha 153 – Bloqueio 01 O projeto executivo constante desta folha está diferente do previsto pelo projeto funcional (folha 66) impedindo a necessária circulação dos veículos e onibus escolar que realizam operação de embarque e desembarque do colégio situado na interseção da rua Catarino Andreatta com Av. Interlagos. Solicitamos que o projeto seja revisto e recofigurado conforme o projeto funcional. Esta transcrição do documento da CET (processo 42.003.016-92*50) não pode ser levada em consideração como suporte à opinião e conclusão do Duto Perito, por focar equivocadamente o objeto da análise. Os comentários da CET se referem ao projeto executivo inicialmente apresentado (Docs. 9 a 33). Os comentários formulados pela CET foram incorporados no projeto executivo final e no

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mesmo processo 42.003.016-92*50, fl 248, em 04 de Outubro de 1995, o projeto foi aprovado (Docs. 34 a 59). Basta compararmos as imagens abaixo: BLOQUEIO (PROJETO INICIAL) BLOQUEIO (PROJETO APROVADO) VISÃO LATERAL JARDINEIRA

PROJETO APROVADO

VISÃO LATERAL DA JARDINEIRA PROJETO NÃO APROVADO

VISÃO LATERAL DO BLOQUEIO VISÃO DA LATERAL DO BLOQUEIO DA DA CALÇADA

(PROJ. INICIAL) CALÇADA (PROJETO APROVADO)

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VISTA DO BLOQUEIO DE CIMA, COM JARDINEIRAS OVAIS (PROJETO APROVADO) VISTA DO BLOQUEIO DE CIMA, COM JARDINEIRAS EM “W”(PROJETO NÃO APROVADO)

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O Douto Perito deveria ter se baseado no projeto APROVADO e não no PROJETO INICIAL. Este fato, implica na necessidade de realização de novo laudo pericial com base nos documentos corretos. Folha 154 – Bloqueio 02 O projeto executivo constante nessa folha não está previsto no projeto funcional (folha 66) uma vez que nele não consta bloqueio fixo indicado para a Rua Iuri Gagarin junto à Rua Professor José Ferraz de Arruda Jr. Por outro lado, o bloqueio móvel situado na Rua Prof. José Ferraz de Arruda Jr. entre a Rua Iuri Gagarin e a av. Interlagos não consta do projeto funcional. Solicitamos que o projeto seja revisto conforme o projeto funcional. Idem anterior Folha 155 – Bloqueio 03 No projeto não consta o numero de bloqueios móveis previstos para o local, mas indica que esses são numerosos, dificultando ou mesmo impossibilitando sua retirada quando for necessário. Solicitamos que o projeto seja revisto. Idem anterior Folhas 158 e 159 – Bloqueios 06 e 07 Os bloqueios previstos pelo projeto executivo estão em desacordo com o projeto funcional (folha 68) que indica bloqueios moveis a serem implantados em etapa posterior. Portando, nos dois locais não deverá haver nenhuma intervenção nessa fase, permanecendo as vias abertas e os projetos executivos deverão ser revistos para ficarem de acordo com o projeto funcional e serem implantados numa 2ª etapa. Idem anterior Folha 160 – Bloqueio 08 O bloqueio constante no projeto executivo está de acordo com o projeto funcional (folha 68) mas deverá ser implantado em etapa posterior permanecendo a via aberta nessa 1ª fase.

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Idem anterior Folhas 162 e 163 – Bloqueios 10 e 11 Os bloqueios constantes não estão de acordo com o projeto funcional (folha 170) uma vez que seus posicionamentos estão diferentes não estando prevista a reconfiguração da Praça Prof.Melo e Souza conforme consta no projeto funcional. Portanto, o projeto executivo deve ser revisto. Idem anterior Folha 164 – Bloqueio 12 A localização do bloqueio móvel pelo projeto executivo está diferente da localização prevista pelo projeto funcional (folha 71)e compromete a saida do estacionamento do restaurante situado no local. Portanto, deve ser revisto conforme o projeto funcional. Acrescentamos também que esse bloqueio não deverá ser implantado no momento, uma vez que está previsto pra a 2ª etapa do projeto. Idem anterior Folhas 165, 166, 167 e 168 – Bloqueios 13,14,15 e 16 Os bloqueios constantes nos projetos executivos estão de acordo com o previsto pelo prjeto funcional (folha 71) mas não deverão ser implantados no momento pois fazem parte das intervenções previstas para a 2ª etapa. Idem anterior Folha 169 – Bloqueio 17 O bloqueio constante do projeto executivo está de acordo com o projeto funcional (folha 72) que indica bloqueio móvel; no entanto, o projeto necessita de revisão no sentido de promover concordância da guia da calçada com a abertura da parte móvel do bloqueio. Acrescentamos ainda que este deverá ser implantado em 2ª etapa. Idem anterior Folha 170 – Bloqueio 18 O bloqueio previsto pelo projeto executivo está de acordo com o projeto funcional (folha 72) e deverá ser implantado na 2ª etapa. Portanto, a via deverá permanecer desobstruida na 1ª fase. Idem anterior Folha 174 – Bloqueio 22 O projeto executivo propõe localização do bloqueio diferenciado do proposto pelo projeto funcional (folha 63) devendo ser, portanto, revisto. Idem anterior Folha 175 – Bloqueio 23 O projeto executivo propõe localização diferenciada do projeto funcional (folha 66) para o bloqueio fixo, dificultando o acesso à igreja. O projeto executivo deve ser revisto para atender o proposto pelo projeto funcional. Idem anterior Folha 176 – Bloqueio 24 A localização que consta do projeto executivo está em desacordo com o projeto funcional (folha 66) restringindo muito a circulação local. Portanto, o projeto executivo necessita

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ser revisado. Idem anterior UAvaliação dos bloqueios - Bloqueio móvel Tendo em vista a finalidade básica do bloqueio móvel que é a sua remoção nos dias de evento no Autódromo de Interlagos, para que as vias onde eles estão situados e as demais do entorno possam ser utilizadas como bolsões de estacionamento, a proposta de bloqueio móvel apresenta alguns aspectos desfavoraveis a saber: 1- O design da jardineira com fundo na forma de W e suas dimensões resultam num elemento pesadissimo intensificando o nivel de dificuldade para a sua remoção 2 – O tarugo de concreto para encaixe da jardineira é mais um elemento a ser removido, aumentando a dificuldade, o tempo e custo da operação exigida. 3 – O encravamento dos tarugos ao solo poderá danificar o pavimento e devido às grandes dimensões dos furos no solo necessários à acomodação dos mesmos, podendo causar também sérios acidentes na passagem de rodas dos veículos. Os bloqueios descritos pelo Douto Perito não condizem com a realidade pois os bloqueios executados foram aqueles aprovados no projeto executivo final. São floreiras de forma elíptica, com peso e altura parametrizados pelo CET. Não existem tarugos nem perfurações no piso. Projeto Inicial (docs. 9 a 33) Projeto aprovado (Docs. 34 a 59) Quanto ao projeto de sinalização, a CET foi contrária à sua implantação (fls. 180/181) e apesar disso, em vistoria realizada por ela em 24.07.95 verificou que o bloqueio total por jardineira na Praça Prof. Melo e Souza, entre as ruas Trasybulo Pinheiro de Albuquerque e Catanumi o bloqueio total por jardineira na mesma praça entre as ruas Santana de Parnaiba e José Varela, o bloqueio total por correntes na rua José Varela na interseção com a Rua Eduardo Guarnieri e o bloqueio triangular em concreto com altura em torno de 20 cm, localizado na rua Santana de Parnaiba junto à Praça Barbosa Aguiar já estavam implantados sem o seu conhecimento e em desacordo com o projeto apresentado, o que resolve-se pelas suas remoções. Esta conclusão do Douto Perito é extemporânea; primeiro porque confunde sinalização (projeto) com bloqueio (construção); segundo se o Bolsão foi implantado em 1998, como uma vistoria realizada em 1995 poderia estabelecer juízo de valor de um fato futuro. Estas foram ações individuais de 2 ou 3 moradores, sem nenhuma relação com o projeto, e com toda certeza guiados pelo caos que dominava o local, pela ação de marginais e ambulantes noturnos (Doc. 60). Nova vistoria realizada em 01.12.97 no local dos fatos constatou que os bloqueios foram implantados em total desconformidade com o projeto apresentado à CET e dentre as várias irregularidades citamos como exemplo o da rua Prof. José Ferraz de Arruda Jr. onde constava a aprovação de um bloqueio móvel e foi implantado um bloqueio semi-móvel, da avenida Mahatma Ghandi onde foi colocado bloqueio em local diverso do aprovado. Do relatório dessa vistoria elaborada por arquiteta da Administração Regional Capela do Socoro, a utilização de bloqueio móvel tem a finalidade de possibilitar a sua remoção nos dias do Grande Premio Brasil no Autódromo de Interlagos (fls. 296/300). Nesse sentido é o relatório da CET (fls. 308) As conclusões do Laudo do perito são exageradas e não condizem os fatos, senão vejamos: A vistoria da Arq. Lucila Rayel Freitas ocorreu com a obra não concluída, pois apenas 18

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dos 24 bloqueios estavam em execução e a própria Arquiteta assim se manifesta (doc. 61 a 64):

1. “Informamos de antemão que parte dos bloqueios não foram executados de acôrdo com o projeto aprovado pelo CET”. Portanto, não é atotalidade dos bloqueios que possuiam eventual desconformidade;

2. “os bloqueios 5, 8, 9, 10, 11,19, 20 estão de acordo. 3. “os bloqueios 1 e 13 ainda não foram executados”

Analisando os documentos verificamos : ♦ Os bloqueios 2 e 4 estavam incompletos, pois, aguardavem a chegada das floreiras

pré-moldadas para posicionamento final; ♦ Os bloqueios 6,7,12,13,14,15,16, em virtude de interferências locais, como ruas não

pavimentadas e acesso à propriedades foram adaptados à s circunstâncias locais e tiveram sua aprovação formal pela Comissão de Avaliaçaõ dos Bolsões (Doc. 65, 65A e 65B);

Há que se destacar que por ocasião da execução dos bloqueios, 16 (DEZESSEIS) DELES ESTAVAM EM RUAS DE TERRA OU PAVIMENTAÇÃO PRECÁRIA CONFORME LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO EXECUTADO PELA EMURB NA OCASIÃO E FORNECIDOS À SBI PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO. Nestes locais não havia guias nem sarjetas e as calçadas de terra (algumas estão nesse estado até hoje). As ruas estavam sem pavimentação ou com pavimentação precária, conforme se comprova por meio das plantas anexas (docs. 66 a 81): TORNA-SE, nesse momento, IMPRESCINDÍVEL ESCLARECER O CONCEITO DE BLOQUEIO MÓVEL: NO CONCEITO PRECONIZADO PELA CET, BLOQUEIO MÓVEL É AQUELE QUE PODE SER DESLOCADO DE SEU LOCAL DE ORIGEM POR MEIOS MECÂNICOS (CORRENTES TRACIONADAS POR VIATURAS) E QUE ATENDA ÀS CONDIÇÕES DE DIMENSÕES (ALTURA 60CM) E PESO ( 250KG) preconizadas no projeto aprovado. Desde 1998, implantação do bolsão, o Grande Premio Brasil vem sendo realizado sem que houvesse nenhum problema funcional (docs. 82 e 83). Foto por ocasião do Grande premio F1 de 2007. Rua Nicolau Magnoli Nota-se pela foto a jardineira removida inclusive as marcas no asfalto devido ao “arrasto” da peça.

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Rua Silvio Sciumbata, Lado Leste Rua Nicolau Magnoli Aos 08.05.97 ainda sem atendimento dos requisitos legais, o Administrador Regional expediu a Portaria 10/AR-CS/GAB/97 autorizando a execução do Bolsão residencial de Interlagos. (fls. 262). O Administrador Regional expediu a Portaria 10/AR-CS/GAB/97 (Doc. 84) após o parecer

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favorável da Comissão Avaliadora e o atendimento aos requisitos estabelecidos na Lei 11.322/92 (Doc. 85), Decreto 32.953/92, Portaria 157/93 – SEMPLA e Fluxograma da Comissão de Avaliação dos Bolsões. O artigo 4º da Lei 11.322/92 artigos 4º e 8º do Decreto 32.953/92 determinam que a EMURB manifeste-se quanto aos aspectos urbanisticos do bolsão e a CET deverá manifestar-se quanto aos aspectos viários de sua execução. A EMURB não apresentou parecer. O documento PR – 129/98 de 13 de maio de 1998 (Docs. 86 e 87), emitido pela EMURB,é claro quanto a aprovação da EMURB do Projeto do Bolsão residencial. Foi motivado por um questionamento por parte do Ministério Público e a resposta, inquestionável, deve merecer que seja desconsiderado o parecer do Laudo.

A Lei Municipal 11.322/94 (artigos 3º , 4º e 5º ) é inconstitucional e o Decreto 32.953/92 (artigos 2º , 10º e 13º) além de ilegal também é inconstitucional . É consenso dentro da Corporação (Corpo de Bombeiros) que os Bolsões Residenciais, não só o de Interlagos, mas todos os outros, são empecilho para o atendimento emergencial, devendo o quanto antes, serem eliminados. (fls. 142). A) – Mera opinião, pois no caso concreto, demonstramos que não atrapalha. B) – O que deve determinar a eventual eliminação não é o parecer do Corpo de Bombeiros, mas sim, determinação legal. Tais bolsões foram criados por lei e surgiram em face da necessidade de maior segurança aos moradores de grandes metrópoles, como São Paulo, competindo aos orgãos públicos verificar a viabilidade de suas implantações, estabelecendo regras para as implantações de bloqueios e quais tipos de bloqueios podem ser colocados em cada uma das ruas fechadas. 3 – CONSIDERAÇÕES No caso presente, o autor requereu a pericia para comprovar o descompasso entre o projeto aprovado pelo CET e a situação decorrente da sua implantação. O conjunto de quesitos formulados por todas as entidades que participam do problema, quesitos esses que não sofreram qualquer tipo de impugnação, delimitam melhor o alcance da pericia. Antes de tudo, veja-se o Decreto nº 32953 de 31 de Dezembro de 1992 que regulamenta as disposições da Lei nº 11.322 de 22 de Dezembro de 1992, em seu Artigo 1º: Neste ponto o laudo é contraditório, pois se baseia em norma que ele mesmo afirma ser inconstitucional. “Considera-se Bolsão residencial a área urbanizada de forma a estabelecer-se uma hierarquização de suas vias de circulação, destinando-se prefencialmente ao trânsito local, respeitado o determinado no Plano Diretor do Municipio e assegurada a plena utilização do sistema viário principal e secundário e da rede estrutural de transporte coletivo.” Artº 3º: O requerimento de instalação de Bolsões poderá ou não vir acompanhado de projeto de reurbanização. Parágrafo único: O projeto de urbanização de que trata o “caput” deste artigo poderá incluir o fechamento total ou parcial de vias, desde que: a) sejam obedecidas as normas técnicas de planejamento viário e de trânsito; b) seja assegurada a livre circulação de veículos e pedestres no interior do perímetro definido, ficando vedada a instalação de portões, correntes ou qualquer outro dispositivo que impeça o livre acesso dos municipes ao Bolsão. Artigo 4º: Estando o requerimento em conformidade com o artigo anterior e acompanhado de

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projeto de reurbanização assinado por profissional habilitado e registrado na Prefeitura, a Administração Regional encaminhará o pedido e o projeto para a Empresa Municipal de Urbanização – EMURB para que esta se manifeste unicamente quanto ao aspecto urbanistico do projeto proposto. Artigo 5º: A EMURB emitirá o parecer a que se refere o artigo anterior, no prazo de 90 (noventa) dias a contar do recebimento do pedido da Administração Regional. Artigo 6º: Não estando o requerimento inicial acompanhado de projeto urbanistico, a AR o encaminhará à EMURB para que esta, no prazo de 90(noventa) dias, proceda à sua elaboração. Artigo 7º: Aprovado o projeto urbanistico proposto pelos moradores ou terminado o projeto elaborado pela EMURB, o requerimento será enviado pela AR competente para uma Comissão Avaliadora de Bolsões Residenciais, vinculada à Diretoria de Uso e Ocupação do Solo, da Secretaria Municial de Planejamento – SEMPLA e composta por: I – 01 membro indicado por SEMPLA II – 01 membro indicado pela EMURB III – 01 membro indicado pela SMT IV– 01 membro indicado pela Secretaria Municipal das Subprefeitura V – 01 membro indicado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente Artigo 8º: A Comissão remeterá o pedido para a Companhia de Engenharia de Tráfego para que esta se manifeste quanto à viabilidade de estabelecimento do Bolsão especificamente quanto ao aspecto viário. Artigo 9º: Retornando a manifestação da CET , a Comissão de Avaliações de Bolsões Residenciais dará parecer conclusivo quanto à possibilidade de estabelecimento do Bolsão, comunicando em 05(cinco) dias à AR de origem quanto ao teor de sua decisão para que esta comunique ao responsavel. 4 – VISTORIA O Bolsão Residencial tratado nesses autos é delimitado pelo perimetro formado pelas seguintes vias públicas: Avenida Robert Kennedy, Avenida Professor Papini, Avenida Interlagos, Avenida Barbosa da Silva Sandoval e Rua Leonardo de Fassio. O signatário vistoriou cada rua que compõe o complexo denominado “Bolsão Residencial de Interlagos” e vai mostrar a V.Excia. o que encontrou ali. 3 fotos URua Prof. José Ferraz de Arruda Jr. No encontro com a praça, ou seja, no seu final ela é aberta. No seu inicio, junto à Avenida Interlagos, existem obstáculos fixos que impedem o acesso de veículos. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. Os obstáculos fixos não estão ou foram implantados de acordo com o Projeto? Guias rebaixadas é obrigação da Prefeitura. Ou não? Consta do Projeto que a SBI terá que providenciar? Os bloqueios foram implantados de acordo com o projeto UAPROVADO U (Docs. 34 a 59). Guias rebaixadas é responsabilidade da Prefeitura (Lei n° 10.508 e Decreto n° 27.505). No projeto aprovado e nas recomendações técnicas não consta que a SBI deva providenciar A EXECUÇÃO DE PASSEIOS E O REBAIXAMENTO DE GUIAS.

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Foto da passagem de cadeira de rodas pelos obstáculos no passeio.

Avenida Mahatma Ghandi Inicio na Praça Moscou junto à Avenida Interlagos. Obstáculos fixos impedem o acesso de veículos a ela. Calçada à direita com passagens de largura 1,05 metros, 0,99 metros e 0,78 metros. Calçada à esquerda, com passagens de0,56 metros, 1,04 metros e 0,93 metros. É impossivel a passagem de cadeirante.

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Rua Mario Otobrini Costa No encontro com a Avenida Roberto Kennedy obstáculos fixos impedem o acesso a esta rua. Calçada à direita com passagem de 0,84 metros de largura e, à esquerda, 1,10 metros e 0,65 metros. É impossivel a passagem de cadeirante. Falta de guias rebaixads nas esquinas.

Rua Nicolau Magnoli No encontro com a Avenida Robert Kennedy obstáculos fixos impedem o acesso a esta

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rua. Calçada à direita com passagens livres de 0,80 e 0,74 m e, à esquerda, de 0,81 e 0,71 m, notando-se a existência de duas arvores no meio da rua. É impossivel a passagem de cadeirante. Falta de guias rebaixadas nas esquinas.

Rua Nicolau Alayon Obstáculos fixos junto à Avenida Robert Kennedy, impedindo o acesso de veículos a esta

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rua. Calçada à direita com passagens livres de 0,94m e 0,95 m e, à esquerda, de 0,98m É impossivel a passagem de cadeirante. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Silvio Sciumbata Obstáculos fixos no encontro com a Avenida Robert Kennedy, impedindo o acesso de

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veículos a esta rua. Calçada à direita com passagens livres de 1,02m, 1,07m e 0,75m e, à esquerda, de 1,40m, 1,33m e 1,17m. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Tchecoslováquia Obstáculos fixos junto à Avenida Robert Kennedy impedem o acesso de veículos a esta

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rua. Calçada à esquerda com passagens livres de 1,38m, 0,93m e 0,84m. Calçada à direita com passagem livre. Não há guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Prof. Francisco Maffei Obstáculos fixos no encontro com a Avenida Robert Kennedy, impedindo o acesso de veículos a essa rua. Calçada à direita com passagem livre de 1,03m de largura e’`a esquerda, de 1,03m e

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1,15m É impossivel a passagem de cadeirante. Não há guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Santana do Parnaiba Obstáculos fixos no encontro com a Avenida Robert Kennedy impedindo o acesso de veículos a esta rua. Jardineira acompanhando uma grande extensão lateral direita dessa

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rua, dificultando até a passagem de pedestres. Essa rua Santana do Parnaiba se encontra aí também com a Rua Trasybulo P. de Albuquerque e que também não tem acesso para veículos em razão dos mesmos obstáculos fixos. O encontro das duas vias, Santa de Parnaiba e Trasybulo P. de Albuquerque é livre. Calçada à esquerda com passagens livres de 0,99m e 0,58m É impossivel a passagem de cadeirante. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque Cancela e obstáculos fixos na esquina coma Rua Rio Bonito impedem o acesso de

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veículos a esta rua. Calçada à direita com passagem livre de 1,14m e à esquerda, de 0,80m Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR E FOTO ABAIXO

Rua Paranápolis Obstáculos fixos no encontro com a Avenida Robert Kennedy impedem o acesso de veículos a esta rua.

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Calçada à direita com passagens livres de 1,40m e 0,78m e à esquerda, 1,65m, 0,93m, 0,99m e 0,58m Nessa esquina há uma placa do Corpo de Bombeiros indicando que o acesso ao interior do bolsão se dá a 100 metros daquele local, o que não é verdade. A distância é muito maior em razão de obstáculos fixos fechando a entrada das ruas apontadas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Quanto a placa do Corpo de Bombeiros ela existe dos dois lados da AV. Robert Kennedy para alertar os motoristas que Há um acesso de viaturas transversalmente à AV. Serve como alerta em caso de saída rápida das viaturas. Nada tem a haver com o

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bolsão.

Rua Joaquim Teles de Matos Obstáculos fixos na esquina com a Avenida Robert Kennedy impedem o acesso de veículos a esta rua. Calçada à direita com correntes impedindo a passagem de pedestres. Ã esquerda, com

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passagens livres de 1,26m e 0,74m Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Judite dos Santos Rosati Obstáculo fixo danificado na esquina com a Avenida Robert Kennedy. Mais afastado dessa esquina e na outra extremidade da rua onde se encontra com a Rua Pascoal da Rocha Falcão, obstáculo fixo impede o acesso de veículos a essa rua. À direita não tem calçada e à esquerda com passagem livre de 1,28m

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IDEM ANTERIOR .

Rua Laudelino Luz Obstáculo fixo na esquina com a Avenida Robert Kennedy impedem o acesso de veículos a esta rua. Calçada à esquerda com passagem livre de 0,74m num passeio de 0,90m ocupado por postes e outros objetos públicos.

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Não existe calçada do lado direito, existindo arvores no seu lugar. Falta de guias arebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Ortiz Obstáculo fixo na esquina coma Avenida Robert Kennedy impedindo o acesso de veículos. Rua sem calçamento. Calçada à direita com passagens livres de 0,95m e 0,33m e, à esquerda, com 0,83m e 0,50m

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É impossivel a passagem de cadeirante. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

PPraça Israel Obstáculo fixo na esquina com a Avenida Robert Kennedy impedindo o acesso de veículos a esta rua. Calçada à direita com passagem livre de 0,65m e,à esquerda, com 1,20m, 1,30m e 1,37m Falta de guias rebaixadas nas esquinas.

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IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua Bambalelê Obstáculo fixo na esquina com a Avenida Robert Kennedy impedem o acesso de veículos a essa rua. Calçada à esquerda com passagem livre de 1,50m e, à direita de 1,20m Falta de guias rebaixadas nas esquinas.

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Rua Oscar Fernandes Martins Obstáculo fixo na esquina com a Rua Rio Bonito impedem o acesso de veículos a esta rua. Calçada com passagem livre de 1,20m, 1,13m e 1,27 m Falta de guias rebaixadas nas esquinas.

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IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Avenida Benedito Ferreira da Silva Obstáculo fixo na esquina com a Rua Rio Bonito impede o acesso de veículos a esta rua. Calçada sem acesso para pedestres.Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

Rua João Correia dos Santos Obstáculo fixo no encontro coma Rua Rio Bonito impede o acesso de veículos a esta rua. Calçadas fechadas. Falta de guias rebaixadas nas esquinas. IDEM ANTERIOR . FOTOS ANEXO

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Rua José Galdino da Silva Permite circulação livre em toda a sua extensão. Rua Norman Prochet Permite circulação livre em toda a sua extensão. 4 – CONSIDERAÇÕES Depois de vistoriar o local onde se insere o referido Bolsão Residencial, verificadas as condicões existentes, o tipo e o local dos obstaculos colocados, a largura das passagens para cadeirantes nas calçadas, o signatário se sente em condições de analisar o problema. Nos termos do artigo 9º da Lei Municipal 10.508 de 04.05.1988, tem-se: Art. 9º : Os passeios obedecerão às NORMAS TÉCNICAS existentes. A Norma Técnica é a de numero NBR 9050 – Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. • O piso deve ter superficie regular, firme, estavel e antiderrapante sob qualquer condição climática. Admite-se inclinação transversal da superficie de até 2%; • Em deslocamento em linha reta deve ser obedecida a largura minima de 0,80 metros para transposição de obstáculos fisicos e largura minima de 1,20 metros para a circulação de uma pessoa e uma cadeira de rodas. • Para implantação de qualquer mobiliário urbano, devem ser garantidas a acessibilidade e a faixa livre e continua de 1,20m de largura para circulação. • A faixa de circulação nos passeios e calçadões deve estar ligada ao leito carroçável por meio de rebaixamentos de guias, com rampas nos passeios, ou quaisquer outros meios de acessibilidade. De acordo com o que se viu no capítulo Vistoria, várias são as calçadas em que não

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há espaço suficiente (1,20 metros de largura) para passagem de cadeirante. Não há também rampas nas esquinas para acesso de tais tipos de pessoas. O piso não tem superfcie regular. Sobre essas considerações iniciais do Laudo, é oportuno mencionar que a propria Lei Municipal 10.508 de 04.05.1988 , que expressa: Capítulo III Dos passeios Artigo 8° - “Os responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias e logradouroa públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a construir os respectivos passeios (calçadas) Capítulo VI Das travessias sinalizadas para pedestres Artigo 24 – “ A Prefeitura providenciará, sob sua responsabilidade, o rebaixamento da parte dos passeios necessária ao acesso de pedestres, nas travessias sinalizadas e nos canteiros centrais de vias públicas”. Na época da execução do projeto a EMURB elaborou levantamento planialtimétrico de todos os locais onde seriam feitos os bloqueios (Docs 66 a 81) Em 16 deles as ruas eram de terra, sem guias e sem sarjetas (pela Lei o proprietário não é obrigado a fazer passeio). No Artigo 9° mencionado no Laudo, o texto completo é:” Os passeios obedecerão às normas técnicas existentes, conjugadamente com os regulamentos a serem expedidos”. A Norma Técnica mencionada no Laudo é da ABNT com o prefixo NBR. Hely Lopes Meirelles no livro Licitação e Contrato Administrativo, pagina 31, define as terminologias da ABNT. “ As normas técnicas elaboradas pela ABNT são expedidas sob a forma de normas definitivas (NB), recomendações (NBR), ..... . Quanto às normas técnicas recomendadas, dado o seu caráter provisório e experimental, não nos parece sejam de atendimento obrigatório, uma vez que não se tem por comprovadas definitivamente as vantagens de sua aplicação”. A CET na formulação de exigências para o projeto do Bolsão Guarapiranga apenas regulamentou a dimensão para o passeio e consequentemente, uma passagem para cadeira de rodas, em 0,90cm (ver folha 192, do processo 42 003 016-92*50, parágrafo único) (Docs 2 a 8). Portanto, considerando: a. que a NBR 9050:1983 (primeira revisão em 1994), no item 4.2.1.4 recomenda : “ O meio fio (guias) das calçadas deve ser rebaixado com rampa ligada à faixa de travessia de pedestre conforme figura 22(a) e 22(b)” e onde estão os bloqueios não existem essas faixas, pois, não constam da regulamentação da CET (Docs. 88 e 89); b. que a SBI não é proprietária dos imóveis lindeiros aos bloqueios; c. que a Prefeitura é a responsável pelo rebaixamento de guias ; d. que a CET regulamentou a largura da passagem para cadeira de rodas, atendida pela SBI, ver fotos; e. que a SBI para atendimento à regulamentação da CET utilizou o manual “ Elementos Básicos para Eliminação de Barreiras Arquitetônicas e Ambientais “ do Conselho Estadual

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para Assuntos da Pessoa Deficiente, de 1987, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo-IMESP. (Doc. 90 - Cartilha). É de se concluir, portanto, que o Laudo apresentado carece de fundamentos fáticos e que foram acatadas, pela SBI, todas as exigências legais e recomendações técnicas cabíveis. Os obstáculos são todos fixos e irremoviveis. Onde há cancela, não há guarita para localização do responsável pelo seu manuseio. O conceito de bloqueio móvel, já retro explicado, não foi interpretado pelo Douto Perito na forma do projeto aprovado e das recomendações da CET. Mostramos através de fotos atuais, como se procede a remoção da floreira e o caminho liberado para passagens de veículos, inclusive de grande porte. Nas cancelas não pode haver guarita conforme expresso na própria Lei nº 11322 no seu Artigo 2°, inciso II. Chaves foram entregues CHAVES DOS CADEADOS ao Corpo de Bombeiros (Doc. 91), Guarnição da PM (Doc. 92), Delegacia de Polícia (Doc. 93) e moradores lindeiros ao bloqueio (Docs. 94 e 95). A CET fez uma série de observações e recomendações sobre os bloqueios analisados, muitos deles ditos móveis porém entendidos pela CET como fixos, pois de dificilimo deslocamento. Com a vistoria realizada pelo signatário ficou esclarecido que todos os obstáculos ali encontrados são fixos e só removiveis com a sua destruição. Com respeito a análise da CET sobre o projeto, já foi totalmente esclarecido no item aspectos específicos da proposta. Quanto a opinião do Douto Perito, o resultado de sua análise carece de experimentos práticos para afirmar que os bloqueios móveis são irremovíveis. Em contrapartida, através das fotos que apresentamos o conceito do bloqueio está em perfeita consonância com as recomendações da CET. A FLOREIRA FOI RETIRADA DO LOCAL POR UMA CAMIONETE TRACIONANDO UMA CORRENTE. Este fato se comprova por meio da foto abaixo.

No que diz respeito à Lei Municipal nº 11.322/92, tem-se:

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Artigo 3º: A solicitação, aos orgãos municipais competentes, de estudo para implantação do Bolsão Residencial, ou de aprovação de projeto de reurbanização, apresentado pelos próprios moradores do Bolsão Residencial, deverá ser feita por requerimento assinado por pelo menos 50% desses moradores. Artigo 4º: A criação de um Bolsão Residencial e a autorização para sua implantação serão determinadas por ato normativo da autoridade competente da Prefeitura, a requerimento dos proprietários dos lotes da área a ser delimitada, acompanhado de: ................................................................................ II – declaração expressa de anuência ao projeto apresentado, subscrita por 70% dos proprietários dos lotes da área a ser delimitada. No Oficio PJHURB nº 755/98, referente ao Bolsão em análise, lê-se: “Após a promulgação da lei, do decreto e da portaria 157/93 – SEMPLA que estabeleceu os procedimentos para tramitação dos processos e a composição da Comissão Avaliadora de Bolsões Residenciais, com 01 membro da EMURB, 01 membro da CET e 01 membro da SEMPLA, coordenados por esta ultima, os processos em tramitação foram avaliados pela comissão e enquadrados segundo o estágio em se encontravam; Na avaliação da Comissão para o processo em questão chegou-se à conclusão de que faltava apenas a manifestação da SEMPLA para o prosseguimento; A Comissão entendeu, posteriormente, que o processo reunia as condições necessárias para aprovação dos projetos elaborados e solicitou, fase por fase, o cumprimento dos procedimentos legais que foram atendidos pelos interessados.” É interessante notar que a consulta feita aos moradores trazia a seguinte indagação: Os abaixo assinados, moradores da área acima, concordam com a elaboração do anteprojeto a ser desenvolvido por este orgão (EMURB). Assim, a consulta re referia apenas a autorização para elaboração de ante-projeto, enquanto que a Lei se refere a “declaração expressa de anuência ao projeto apresentado”. Pelos documentos analisados a primeira exigência, que é a manifestação favorável para a elaboração do projeto do bolsão prevista na Lei 11.322/92, art. 3°, foi plenamente atendida e comprovada pela juntada de cópias de declaração individual, com as devidas assinaturas e identificação, representando um universo de 731 moradores de 1200 existentes, em 1991. Portanto, foi de 61% a aprovação de uma exigência legal de 50% (fls 195 a 301, 932 a 1038 dos autos e doc. 96) Quanto à segunda exigência, que é a adesão formal à IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO, prevista na Lei 11.322/92, art. 4°, inciso II, foi também atendida com anuência de 1.120 proprietários que declararam formalmente serem favoráveis à Execução da obra. Esses documentos fazem parte do processo administrativo n° 42.003.121.92-34, (fls 83 a 388). Outros documentos de adesão podem ser acessados (110 adesistas nas Fls 302 dos autos e 194 proprietários nas fls 303 a 496 dos autos e doc. 97), perfazendo, na época, mais de 75% do total de moradores, número superior ao exigido por Lei. 5 - ANÁLISE. CONCLUSÃO Depois de expor os dados disponiveis, pode-se perceber que a análise feita pela CET se referia a existência de obstáculos que deveriam ser móveis e, neste laudo ficou bem claro que todos os obstáculos são fixos e só podem ser removidos se destruidos. Ditos obstáculos, alguns afastados da esquina e sem indicação de sua localização

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em local adequado para prevenir motoristas, fazem com que estes entrem por algumas vias e se vejam obrigados a manobrar no meio do quarteirão para retornar para o ponto de partida em razão do obstáculo imprevisto por eles encontrados. Além disso, alguns locais onde foram implantados ditos obstáculos, graças às suas dimensões e formato, constituem esconderijo para marginais que ficam a espreita de eventuais transeuntes. Constituem também ditos locais, pontos para despejo de lixo e de dejetos, pois escondem marginais que ali se colocam. Os obstáculos nas calçadas e a falta de guias rebaixadas impedem o tráfego de cadeirantes. O exame de tudo o que foi dito permite concluir que os obstáculos vistoriados são todos fixos e, por isso contrariam legislação municipal, muitos deles situados em posição que dificultam mais ainda a eventual entrada de ambulância, de carro de bombeiro e de policia no interior do perímetro que forma o Bolsão em análise. A letra “b”do artigo 3º do Decreto nº 32953 citada a fls. 21 deste laudo é flagrantemente desobedecida. Inicialmente, temos a dizer que a conclusão do Laudo do Perito é repleta de equívocos, resultado de uma análise superficial dos processos administrativos 42.003.121.92 *34 e 42.003.016-92*50; da ausência de experimentos práticos para aferir a característica física de uma obra edificada e da parcial observações das Normas Técnicas e da Legislação Municipal. De resto despejo de lixo e covil de marginais encontramos em toda parte da cidade em que pese o esforço da Administração de coibir tais vandalismos. Porém, através de fotos mostramos também o empenho da comunidade em preservar o seu local de viver e esse empenho supera supinamente as agressões sofridas pelo bairro. A administração Municipal também tem forte empenho na resolução do problema com um plano de varrição e limpeza bem estruturado. As ruas nas quais foram observados lixo acumulado estão passando por processo de pavimentação (eram ruas sem pavimentação ou pavimentação precária), e portanto com acesso pela Subprefeitura para limpeza urbana. Abaixo foto da Rua Joaquim Teles de Matos atualmente em fase de pavimentação.

Anexo plano de varrição de ruas organizado pela Subprefeitura com participação da

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SBI, plano este renovado e aprimorado ano a ano. EM RESUMO: OS BLOQUEIOS FORAM CONSTRUÍDOS A CERCA DE DEZ ANOS, COM APROVAÇÃO FORMAL DA MAIORIA DOS MORADORES DA REGIÃO; FORAM APROVADOS RIGOROSAMENTE DE ACORDO COM A LEI; APROVADOS PELOS ÓRGÃOS CONSTITUINTES DO PROCESSO, COMO EMURB, CET, SEMPLA E ADMINISTRAÇÃO REGIONAL; NESSE PERÍODO NÃO HOUVE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO AO ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO POR PARTE DA POLÍCIA CIVIL, DA POLÍCIA MILITAR, DE HOSPITAIS E DO CORPO DE BOMBEIROS. O BOLSÃO GUARAPIRANGA ESTÁ PERFEITAMENTE BEM INSERIDO NO SISTEMA VIÁRIO DA REGIÃO; PERMITIU A PRESERVAÇÃO DE IMPORTANTE ÁREA DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E AMBIENTAL ; É UM PROJETO CONSISTENTE NA MEDIDA QUE SURGIU DE UMA INICIATIVA DA COMUNIDADE E HOJE INCORPORADO NO PLANO REGIONAL ESTRATÉGICO DA SUBPREFEITURA DO BUTANTÃ (Docs. 97 a 100). FOI PRECURSOR, NO MUNÍCÍPIO, NA UTILIZAÇÃO DE DOIS CONCEITOS EXISTENTES NA CONFIGURAÇÃO DAS “CIDADES SAUDÁVEIS”, PRECONIZADAS NA “CARTA DE OTAWA”. O MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL COMO INDUTOR NA MELHORIA E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DO INDIVÍDUO; A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE EM PARCERIA COM ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA CONSECUÇÃO DE PROJETOS DE INTERESSES COMUNS. Anexo fotos de situações em que o ambiente foi sensivelmente melhorado. PRAÇA ISRAEL Antes do bolsão Após o bolsão. Foto tirada da mesma rua da praça

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Avenida Antonio B. Da Silva Sandoval Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval Avenida Mahatma Gandhi

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Avenida 6 - QUESITOS a) do Ministério Público (fls. 2621) 1º) OS BLOQUEIOS EXECUTADOS AO LONGO DO POLIGONO FORMADO PELA AVENIDA ROBERT KENNEDY, RUA LEONARDO DE FÁSSIO, AVENIDA ANTONIO

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BARBOSA DA SILVA SANDOVAL, AVENIDA DO RIO BONITO, AVENIDA INTERLAGOS E RUA NICOLAU ALAYON, PELA SOCIEDADE BENFEITORES DE INTERLAGOS SBI – COM AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL, ENCONTRAM-SE DE CONFORMIDADE COM O PROJETO FUNCIONAL PROPOSTO PELA CET E EMURB? OS TIPOS DE ELEMENTOS ADOTADOS PARA O BLOQUEIO DAS VIAS ENCONTRAM-SE COMPATIVEIS, EM FORMA, TAMANHO E PESO COMO INICIALMENTE PROPOSTOS POR ESSES ORGÃOS? RESPOSTA:- De acordo com o que se descreveu no capítulo vistoria, todos os bloqueios existentes são fixos e irremoviveis. Portanto, eles não se encontram compativeis, em forma, tamanho e peso como inicialmente proposto pela CET e EMURB.

RESPOSTA:-

O POLÍGONO QUE FORMA O BOLSÃO É UMA ÁREA ESTANQUE CONFINADA PELAS VIAS APONTADAS. OS

BLOQUEIOS EM OPERAÇÃO FORAM DISCUTIDOS CONJUNTAMENTE COM OS ÓRGÃOS COMPETENTES E SUAS

CONCEPÇÕES ENCONTRAM-SE DE ACORDO COM A AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO AO PROJETO FUNCIONAL PROPOSTO PELA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CETSP E

EMPRESA MUNICIPAL DE URBANISMO – EMURB.

O DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO UTILIZADOS

ENCONTRAM-SE RIGOROSAMENTE EM

COMPATIBILIDADE NOS QUESITOS DE FORMA,

TAMANHO E PESO EM RELAÇÃO AO DISPOSTO

PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES APONTADOS E DE

ACORDO COM O PROJETO ORIGINAL APROVADO

PELO ÓRGÃO GESTOR DE TRÂNSITO DO

MUNICÍPIO – CET.

A PROVA CABAL QUE NÃO HÁ VIOLAÇÃO ÀS

INDICAÇÕES TÉCNICAS EXIGIDAS É QUE DURANTE

OS GRANDES PRÊMIOS DE FÓRMULA I QUE

ACONTECEM ANUALMENTE NO AUTÓDROMO DE

INTERLAGOS A COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

TRÁFEGO – CET VEM OPERANDO O VIÁRIO SEM

RESTRIÇÕES NO INTERNO DA ÁREA DO BOLSÃO,

MOMENTOS QUE ACONTECE A REMOÇÃO DOS

BLOQUEIOS E ESTE VIÁRIO INTERNO AO BOLSÃO

TEM SIDO UTILIZADO COMO ÁREA DE

ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS.

É IMPORTANTE SALIENTAR QUE O BOLSÃO E,

CONSEQÜENTEMENTE OS BLOQUEIOS EM TELA, ENCONTRA-SE EM OPERAÇÃO DESDE O ANO DE 1998 E,

DESDE ESTA DATA ATÉ O ANO DE 2007, FORAM REALIZADOS 8 (OITO) GRANDES PRÊMIOS DE FÓRMULA I NO

AUTÓDROMO DE INTERLAGOS NÃO HAVENDO PREJUÍZO À CIRCULAÇÃO NA MALHA PRINCIPAL, BEM COMO

RESTRIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DAS VIAS INTERNAS EM NENHUMA DESSAS OPORTUNIDADES.

2º) ESSES ELEMENTOS DE BLOQUEIO, MENCIONADOS ACIMA, PODEM SER REMOVIDOS PARA POSSIBILITAR, EM CASO DE EMERGÊNCIA, O ACESSO DE VEÍCULOS DE BOMBEIROS,DE POLICIA E DE OUTROS ORGÃOS DE PRESTAÇÃO DE SOCORROS EMERGENCIAIS AO INTERIOR DO BOLSÃO? RESPOSTA:- Ditos elementos de bloqueio não podem, de nenhuma forma, ser removidos, em qualquer situação. As fotos juntadas a este laudo, mais que as palavras demonstram a grandeza de tais bloqueios.

RESPOSTA:-

QUALQUER PONTO DO BOLSÃO PODE SER ATINGIDO SEM QUE PARA TANTO SEJA NECESSÁRIA A REMOÇÃO

DE QUAISQUER DOS BLOQUEIOS, POIS A CIRCULAÇÃO INTERNO, A ENTRADA E SAÍDA NA ÁREA DO BOLSÃO É

GARANTIDA PELA UTILIZAÇÃO DE 18 (DEZOITO) VIAS.

A CONSIDERAÇÃO MAIS IMPORTANTE É SALIENTAR QUE O BOLSÃO EM TELA APRESENTA CONFIGURAÇÃO

ABERTA OU TIPO ABERTO, TAL COMO INDICA A DETERMINAÇÃO JUDICIAL QUE FOI CUMPRIDA A RISCA.

POR OUTRO LADO, O BOLSÃO APRESENTA, AINDA, TRÊS BLOQUEIOS EM PONTOS ESTRATÉGICOS QUE

PERMITEM A PASSAGEM DE VEÍCULOS OFICIAIS, DE EMERGÊNCIA OU CORRELATOS, EMBORA CUMPRE

ACRESCENTAR QUE NO PERÍODO DE CINCO ANOS NÃO HOUVE A CIRCULAÇÃO DESSES TIPOS DE VEÍCULOS

POR ESSES REFERIDOS PONTOS, POIS O CONJUNTO DAS OUTRAS VIAS APONTADAS GARANTE TOTAL

FACILIDADE DE CIRCULAÇÃO NA MALHA VIÁRIA DO BOLSÃO.

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3º) O PROJETO DO BOLSÃO ENCONTRA-SE PERFEITAMENTE AJUSTADO AO PLANO DE CIRCULAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO LOCAL? RESPOSTA:- No capítulo Conclusão o signatário expôs as condições materiais de tal bolsão.

RESPOSTA:-

O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO VIÁRIO LOCAL CONTA COM VIAS DE MAIOR IMPORTÂNCIA NOS GRANDES E

MÉDIOS DESLOCAMENTOS SOMENTE EM VIAS LIMÍTROFES À ÁREA DO BOLSÃO, TAL COMO A AV. RIO

BONITO, AV. ROBERT KENNEDY E AV, INTERLAGOS. TAIS VIAS HIERARQUICAMENTE PERTENCEM AO SISTEMA

VIÁRIO ESTRUTURAL DA CIDADE DE SÃO PAULO.

NÃO HÁ BLOQUEIOS OU INTERFERÊNCIAS QUE A OPERAÇÃO DO BOLSÃO CAUSE A ESSES EIXOS VIÁRIOS,

POIS QUALQUER INTERFERÊNCIA FOI CONSIDERADA COMO INTERNA A ESSA ÁREA DE TAL FORMA A NÃO

PREJUDICAR OS DESLOCAMENTOS NOS EIXOS PRINCIPAIS DO SISTEMA VIÁRIO.

NO INTERIOR DO BOLSÃO, CONFORME APONTADO ANTERIORMENTE NA RESPOSTA DO SEGUNDO QUESITO,

NÃO HÁ RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO, TANTO QUE A PROPOSTA DE SUA CRIAÇÃO FOI APROVADA POR 75%

DOS MORADORES, CONFORME PÁGINA 933, FOLHA 1.233 DOS AUTOS.

CUMPRE ACRESCENTAR QUE A CIRCULAÇÃO VIÁRIA NÃO ENCONTRA NENHUM

OBSTÁCULO, DE TAL FORMA QUE INTERNAMENTE AO BOLSÃO HÁ LINHAS REGULARES DE TRANSPORTE

COLETIVO QUE FORAM ALOCADAS POR CRITÉRIOS DE ATRAVESSAMENTO NO PERÍMETRO DO BOLSÃO, NÃO

HAVENDO RESTRIÇÕES DE PERCURSOS

4º) O TRANSITO DE VEÍCULOS, NAS VIAS DO ENTORNO, ENCONTRA-SE AJUSTADO DE MANEIRA EQUILIBRADA, SEM PONTOS DE CONGESTIONAMENTO E DE ELEVADO RISCO DE ACIDENTES? A SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO ENCONTRA-SE COMPATIVEL E PERMITE A CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS EM CONDIÇÕES SATISFATÓRIAS? RESPOSTA:- Veja, por favor, capitulo ANÁLISE. CONCLUSÃO

RESPOSTA:-

AS CONDIÇÕES OPERACIONAIS NAS VIAS QUE COMPÕE O BOLSÃO EM TELA APRESENTA BOAS CONDIÇÕES

DE CIRCULAÇÃO NÃO HAVENDO RESTRIÇÕES EM NENHUMA ESPÉCIE. CABE ENFATIZAR QUE POR OCASIÃO

DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO FOI CONTRATADA A EMPRESA TTC – ENGENHARIA DE TRÁFEGO E DE

TRANSPORTES S/C LTDA, CONSULTORA ESPECIALIZADA NA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS NA ÁREA

DE TRANSPORTES E TRÁFEGO, A QUAL REALIZOU ANÁLISES DE DESEMPENHO DA MALHA VIÁRIA INTERNA E

EXTERNA À ÁREA DO BOLSÃO, ATRAVÉS DE FERRAMENTAS DE SIMULAÇÃO.

APÓS OS RESULTADOS OBTIDOS E AS ANÁLISES ELABORADAS FORAM REALIZADOS PROJETOS DE

SINALIZAÇÕES VIÁRIAS HORIZONTAL E VERTICAL COM O ESCOPO MAIOR DE MINIMIZAR AS PERTURBAÇÕES

QUE A INICIATIVA DO PROJETO PUDESSE OU VIESSE A CAUSAR. APÓS ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES DA

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CETSP, OS PROJETOS FORAM IMPLANTADOS E ENCONTRAM-SE

ATÉ A DATA DE HOJE EM PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO E, PORTANTO, TEM SUA EFICÁCIA

GARANTIDA, TAL COMO PREVISTO NOS PROJETOS.

CONVÉM RESSALTAR QUE, EM SE TRATANDO DE SINALIZAÇÕES VIÁRIAS, AS MESMAS ENCONTRAM DE

ACORDO COM O PROJETO ORIGINAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO BOLSÃO APROVADO SOB ORIENTAÇÃO E

EXIGÊNCIAS DO ÓRGÃO GESTOR DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO, A COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO –

CET. NOTA-SE, TAMBÉM, QUE APÓS O PROJETO ORIGINAL O PRÓPRIO ÓRGÃO GESTOR COMPLEMENTOU

CONCEITOS, DADAS AS CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS DA GESTÃO DE TRÂNSITO. ISSO É FATO USUAL NA

MALHA VIÁRIA, O QUE PODE SER PERCEBIDO, POIS QUANDO DA IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO MUITAS DAS VIAS

PRÓXIMAS AOS EIXOS VIÁRIOS PRINCIPAIS TINHAM AINDA PAVIMENTO EM TERRA E HOJE ENCONTRAM-SE

COM PAVIMENTO EM CAPA ASFÁLTICA. É DE SE SUPOR, PORTANTO, QUE ESSE CARÁTER DINÂMICO DA

PRÓPRIA EVOLUÇÃO URBANA TEM QUE SER COMPATIBILIZADO COM AS NECESSIDADES DE SINALIZAÇÃO,

QUESITO NO QUAL, O ÓRGÃO GESTOR TEM CUMPRIDO SEU PAPEL.

5º) AS VIAS INTERNAS AO BOLSÃO, COM AS MEDIDAS DE CONTROLE DE TRÁFEGO E DE RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO ADOTADAS, PROPORCIONAM SENSIVEL REDUÇÃO DO NUMERO E DO NÍVEL DE SEVERIDADE DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO, PRINCIPALMENTE ENVOLVENDO PEDESTRES, BEM COMO DOS NÍVEIS DE POLUIÇÃO SONORA E DO AR? RESPOSTA:- Com as medidas de controle de tráfego e de restrição de circulação adotadas, o uso das vias ficou restrito, na realidade, aos moradores do referido bolsão. Se considerarmos apenas o trânsito interno dos moradores é evidente que o risco de acidentes se reduziu. No entanto, se olharmos para o problema pensando

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no interesse da coletividade em ser atendida em ocorrências eventuais, como incêndio, atendimento médico por ambulâncias, assalto, é bem evidente que tais obstáculos – todos fixos e sem possibilidade nenhuma de serem removidos a não ser a custa do trabalho de máquinas – tratores e escavadeiras – prejudicaram toda a população que vive em mencionado Bolsão.

RESPOSTA:-

EM PRIMEIRA ANÁLISE, A INTENSIDADE DE FLUXO E A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTES SÃO

DOIS FATORES QUE GUARDAM UMA RELAÇÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAL. A PROBABILIDADE DE

OCORRÊNCIA DE UM ACIDENTE CRESCE NA MEDIDA QUE AUMENTA A INTENSIDADE DE FLUXO. A

DIMINUIÇÃO DAS INTENSIDADES DE FLUXO NA MALHA VIÁRIA INTERNA AO BOLSÃO PROPICIOU DIRETAMENTE

A QUEDA NA PROBABILIDADE DA OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COMO CAUSA PRIMÁRIA DA INICIATIVA DE

IMPLEMENTAÇÃO DO BOLSÃO EM TELA.

POR OUTRO LADO, A VELOCIDADE PRATICADA PELOS USUÁRIOS DA MALHA VIÁRIA É O PRINCIPAL FATOR DE

AUMENTO NA SEVERIDADE DOS ACIDENTES. DA MESMA FORMA QUE A INTENSIDADE, A VELOCIDADE E

DIRETAMENTE PROPORCIONAL À SEVERIDADE DOS ACIDENTES.

A CRIAÇÃO DO BOLSÃO PERMITIU QUE HOUVESSE A REDUÇÃO DESSES FATORES CONJUNTAMENTE,

DIMINUIÇÃO NOS VALORES DE INTENSIDADE DE FLUXO E NA VELOCIDADE PRATICADA NA MALHA VIÁRIA,

EXATAMENTE PELA CRIAÇÃO TEMPORAL DE ATRITOS OU IMPEDÂNCIAS NA CORRENTE DE TRÁFEGO, SEM

QUE HOUVESSE A EFETIVA INTERRUPÇÃO DA MESMA E, DESSA FORMA, REDUZINDO-SE A INTENSIDADE DE

AMBOS OS FATORES CITADOS E, PORTANTO, ATINGIU-SE EFETIVAMENTE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA

AOS CIDADÃOS.

6º) OS BLOQUEIOS TOTAIS/PARCIAIS E OS ESTREITAMENTOS DA PISTA IMPLANTADOS PERMITEM O LIVRE ACESSO E A CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES, NOTADAMENTE AOS COM DEFICIÊNCIAS FISICAS E COM MOBILIDADE REDUZIDA, AOS EQUIPAMENTOS URBANOS DE INTERESSE COMUNITÁRIO, BEM COMO ATENDEM ÀS NECESSIDADES DE DRENAGEM, LIMPEZA, MANUTENÇÃO, COLETA DE LIXO? RESPOSTA:-Os bloqueios implantados não permitem o acesso de veículos em vários locais apontados no capítulo Vistoria. Quanto à circulação de pedestres sem qualquer deficiência fisica, a circulação é normal. Para os deficientes, cadeirantes, não se pode dizer o mesmo, como está esplicito no capitulo ANÁLISE.CONCLUSÃO.

RESPOSTA:-

CONFORME APONTADO ANTERIORMENTE, NÃO HÁ LIMITAÇÃO DE CIRCULAÇÃO INTERNA NO PERÍMETRO DO

BOLSÃO QUE IMPEÇA A CIRCULAÇÃO NA MALHA VIÁRIA. NESSE SENTIDO, QUALQUER QUE SEJA O MODO DE

TRANSPORTE NÃO SOFRE NENHUMA RESTRIÇÃO, SEJA NO MODO A PÉ OU VEICULAR QUE QUALQUER

ESPÉCIE.

A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE PROBLEMAS DE MOBILIDADE FOI ASSEGURADA ATRAVÉS DAS

EXIGÊNCIAS E POSTURAS EXIGIDAS E ORIENTADAS PELO ÓRGÃO GESTOR DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO,

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CET, NAS QUAIS TODAS AS ESPECIFICAÇÕES FORAM

CUMPRIDAS À RISCA E, APÓS SUA IMPLANTAÇÃO, FORAM FISCALIZADAS POR ESSE ÓRGÃO.

ESSE FATO PODE SER NOTADO PELA CONSTRUÇÃO DE RAMPAS PARA CADEIRANTES JUNTO ÀS

APROXIMAÇÕES NAS INTERSEÇÕES COM CONTROLE SEMAFÓRICO, FAIXAS DE PEDESTRES E PAVIMENTO

PODO-TÁCTIL, DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO PERTINENTE E NORMATIVAS DOS ÓRGÃOS MUNICIPAIS

COMPETENTES.

E, RELAÇÃO À DRENAGEM, PARA IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO NÃO HOUVE ALTERAÇÕES NA GEOMETRIA

VIÁRIA, TAL COMO REDUÇÃO DE CAPACIDADE VIÁRIA POR ESTREITAMENTO DA VIA. POR OUTRO LADO,

TAMBÉM NÃO HÁ BLOQUEIOS TOTAIS FÍSICOS QUE IMPEÇAM OU MODIFIQUEM O CURSO NATURAL DA ÁGUA.

EFETIVAMENTE, PELOS DOIS PONTOS CITADOS, COMPREENDE-SE QUE A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO NÃO

ALTEROU AS CONDIÇÕES ORIGINAIS ANTERIORES À IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO EM RELAÇÃO À

DRENAGEM.

O SISTEMA DE COLETA DE LIXO É FEITO COM TOTAL NORMALIDADE, INCLUSIVE A COLETA SELETIVA. A

LIMPEZA URBANA CONTA COM UM PROGRAMA DE VARRIÇÃO DE RUAS IMPLEMENTADO COM A

PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE BENEFICENTE DE INTERLAGOS – SBI, ABRANGENDO-SE DIARIAMENTE TODA

MALHA VIÁRIA INTERNA. A MANUTENÇÃO DAS PRAÇAS INTERNAS AO PERÍMETRO DO BOLSÃO É REALIZADA

PELA ENTIDADE ATRAVÉS DE UM ACORDO FIRMADO COM A PREFEITURA MUNICIPAL.

7º) OS BLOQUEIOS PERMITEM FACIL ACESSO AO BOLSÃO DE ESTACIONAMENTO EXECUTADOS NA ÁREA EM QUESTÃO, NOS DIAS DO GRANDE PREMIO BRASIL DE FÓRMULA 1, REALIZADOS ANUALMENTE NO AUTÓDROMO DE INTERLAGOS?

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RESPOSTA:- Na época da realização do Grande Prêmil Brasil e outros eventos importantes, não é possível remover nenhum bloqueio nos lugares apontados no capitulo Vistoria, uma vez que eles são fixos e não podem ser deslocados.

RESPOSTA:- O ÓRGÃO GESTOR DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO, COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CET UTILIZA AS VIAS DO BOLSÃO COMO ESTACIONAMENTO PARA VEÍCULOS CREDENCIADOS. A AV. CARLOS PACE É UTILIZADA PARA O ESTACIONAMENTO DE ÔNIBUS E AS DEMAIS VIAS NO ENTORNO PARA VEÍCULOS EM GERAL. A CENTRAL DE COMANDO OPERACIONAL DA CET É LOCADA NA PRAÇA ENZO FERRARI E TODAS AS VIAS CIRCUNVIZINHAS SÃO BLOQUEADAS POR ESSE ÓRGÃO E, DESSA FORMA, CONSEGUE A RESERVA DE VAGAS PARA O ESTACIONAMENTO DOS VEÍCULOS CREDENCIADOS. OS MORADORES DAS CASAS LOCADAS NAS VIAS COM BLOQUEIOS REALIZADOS PELA CET RECEBEM CREDENCIAIS ESPECIAIS PARA PODEREM ACESSAR AS RESIDÊNCIAS. SOMENTE EM DOIS PONTOS OS BLOQUEIOS SÃO REMOVIDOS E REPOSTOS PELA CET PARA MELHOR GERIR A OPERAÇÃO INTERNA AO BOLSÃO NO QUE TANGE O ESTACIONAMENTO DOS VEÍCULOS CREDENCIADOS. OS DEMAIS BLOQUEIOS FAZEM PARTE DA ESTRATÉGIA DO ÓRGÃO GESTOR DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO, COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO – CET NA CONCEPÇÃO DE TODA A OPERAÇÃO DO EVENTO, POIS A EXISTÊNCIA DOS OUTROS PONTOS DE BLOQUEIO PRODUZEM UMA SENSÍVEL REDUÇÃO NO QUANTITATIVO DE MATERIAL (CAVALETES E CONES) E MÃO–DE-OBRA (AGENTES DE TRÂNSITO) OPERACIONAIS UTILIZADOS, SIGNIFICANDO A REDUÇÃO DO CUSTO AO PODER PÚBLICO.

8º) O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO LOCAL PROPICIA O ACESSO RÁPIDO A TODOS OS PONTOS DO BOLSÃO PELOS VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA COMO AMBULÂNCIAS, CARROS DE POLICIA E DE CORPO DE BOMBEIROS? RESPOSTA:-Não, não propicia acesso rápido, em razão de voltas que tais veículos devem dar para atingir certos e determinados pontos do bolsão, em razão da posição de tais bloqueios acrescido do fato de serem fixos e, mais ainda, em razão de sua posição geográfica dentro do Bolsão como explicado no capítulo ANÁLISE. CONCLUSÃO.

DEZOITO RUAS POSSIBILITAM PRONTO E RÁPIDO ACESSO A QUALQUER PONTO DO BOLSÃO. A RESPOSTA AO QUESITO NÚMERO “2” CONTÉM MAIORES DETALHES QUE COMPLEMENTAM A RESPOSTA A ESTE QUESITO. 9º) COM O FECHAMENTO DE VIAS DO BAIRRO HOUVE A TRANSFERÊNCIA DO TRÁFEGO POR OUTRAS VIAS DEGRADANDO A SUA QUALIDADE AMBIENTAL E AUMENTANDO OS RISCOS DE ACIDENTES? CASO POSITIVO, QUAIS VIAS QUE SOFRERAM AS CONSEQÜÊNCIAS? RESPOSTA:- Não houve tal transferência. 10º) COM A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO HOUVE DESCARACTERIZAÇÃO DA HIERARQUIA DAS VIAS (LOCAL, COLETORA E ARTERIAL) DA REGIÃO? RESPOSTA:-Ñão houve tal descaracterização.

RESPOSTA:-

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A HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA É PARTE DO PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE DO MUNICÍPIO E É UM

INSTRUMENTO DE REGULAÇÃO URBANA, DE TAL FORMA QUE TENDE A PROPICIAR O ADENSAMENTO DAS

CORRENTES DE FLUXO EM VIAS DE MAIOR POTENCIAL DE DESLOCAMENTO COM UM DOS OBJETIVOS DE

PRESERVAR A QUALIDADE DE VIDA DOS MUNÍCIPES. POR OUTRO LADO, A HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA PERMITE

MELHORES CONDIÇÕES DE SE DEFINIR POLÍTICAS DE CONTROLE NA MALHA VIÁRIA PELO TRATAMENTO DO

EQUILÍBRIO ENTRE A NECESSIDADE DE ACESSO E DESLOCAMENTO DENTRO DA MALHA VIÁRIA.

EFETIVAMENTE, A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO FOI AO ENCONTRO DA CARACTERIZAÇÃO DA HIERARQUIA NA

MALHA VIÁRIA. SUA EXISTÊNCIA PROPICIA, NA REALIDADE, MAIOR CLAREZA AO QUE EFETIVAMENTE VEM

CHAMADA DE HIERARQUIA, TAL COMO DEFINIDO E APLICADO TECNICAMENTE.

A ÁREA DO BOLSÃO É CONFINADA ENTRE EIXOS PRINCIPAIS DE CIRCULAÇÃO COM HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA

DE CARACTERÍSTICAS ARTERIAIS. NA FRANJA DESSA ÁREA Á VIAS COLETORAS QUE APÓIAM A DISTRIBUIÇÃO

DOS FLUXOS E CONSEQÜENTE CHEGADA ÀS VIAS RESPONSÁVEIS POR DESLOCAMENTOS MAIORES.

11º) EXISTEM VIAS INTERNAS DO BOLSÃO SINALIZADAS E IDENTIFICADAS QUE SIRVAM DE ESCAPE AO TRÂNSITO, CASO OCORRA EVENTUAL INTERRUPÇÃO EM ALGUMA VIA DO ENTORNO? RESPOSTA:-Não há qualquer sinalização interna ao bolsão que indique escape, facilitação, orientação para os motoristas que circulam por ele.

12º) AS VIAS DE CIRCULAÇÃO QUE ATENDEM SEGMENTOS COMO COMÉRCIO, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, IGREJAS, PRAÇAS E DEMAIS ESPAÇOS PÚBLICOS SÃO ADEQUADOS PARA DAR SUPORTE ÀS ATIVIDADES EXISTENTES? POSSUEM ÁREAS PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS, ÁREA PARA CARGA E DESCARGA, EMBARQUE E DESEMBARQUE? RESPOSTA:- O bolsão em análise não atingiu qualquer tipo de serviço externo a ele. Nenhuma rua do entorno sofreu alteração em razão da existência do bolsão, no que diz respeito às suas atividades.

NÃO HÁ IMPEDIMENTOS NO QUE TANGE O ATENDIMENTO PELA MALHA VIÁRIA ÀS NECESSIDADES DO USO DO

SOLO NA ÁREA DO BOLSÃO. ISSO SIGNIFICA QUE NENHUMA ATIVIDADE É PREJUDICADA, SEJA ELA DE

QUALQUER ESPÉCIE, RESPEITANDO-SE OS LIMITES LEGAIS, TAL COMO AQUELES IMPOSTOS PELO

ZONEAMENTO DO MUNICÍPIO.

NA ÁREA INTERNA HÁ TEMPLOS QUE SÃO FREQÜENTADOS EFUSIVAMENTE NÃO SÓ POR MORADORES DO

BOLSÃO MAS COMO TAMBÉM, DIGA-SE QUE EM SUA MAIORIA, POR PESSOAS NÃO MORADORAS. A SIMPLES

EXISTÊNCIA E A GRANDE FREQÜÊNCIA DESSES TEMPLOS INDICA QUE A CIRCULAÇÃO NA MALHA VIÁRIA NÃO

É PREJUDICADA, POIS MORADORES EXTERNOS À ÁREA CIRCULAM NA MALHA VIÁRIA INTERNA AO BOLSÃO,

ORIUNDOS DE SEU EXTERNO.

O ESTACIONAMENTO, CARGA E DESCARGA E DEMAIS REQUISITOS DAS ATIVIDADES URBANAS ENCONTRAM

RESPALDO DE UTILIZAÇÃO E NECESSIDADES DE ACORDO COM O PREVISTO NO CÓDIGO DE TRÂNSITO

BRASILEIRO – CTB E DEMAIS NORMAS DOS ÓRGÃOS COMPETENTES. TODA E QUALQUER ATIVIDADE QUE

ACONTECE INTERNAMENTE AO BOLSÃO PASSOU ANTES PELOS PROCESSOS NORMAIS DE APROVAÇÃO E

ESTÃO SUJEITOS ÀS FISCALIZAÇÕES DESSES ÓRGÃOS CITADOS. A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO NÃO FERE

OU INTERFERE NAS REGRAS MUNICIPAIS E, COMO REGRA GERAL E INEQUÍVOCA, SEGUE A TODOS OS

PRECEITOS LEGAIS, DE ACORDO COM O PREVISTO NO PROJETO APROVADO E FISCALIZADO, TAMBÉM, PELOS

ÓRGÃOS COMPETENTES.

É INTERESSANTE APONTAR QUE QUANDO DA IMPLANTAÇÃO DO CORREDOR DE TRANSPORTES NA AV.

ROBERT KENNEDY, O SEMÁFORO DE CONTROLE LOCADO NO PERÍMETRO DO BOLSÃO, IMPLEMENTADO POR

ESTA ENTIDADE, FOI ADEQUADO ÀS NOVAS NECESSIDADES OPERACIONAIS, TENDO SIDO APROVEITADO UM

RECURSO FORNECIDO PELA IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO.

13º) COM O BLOQUEIO DE VIAS PARA A FORMAÇÃO DE BOLSÕES, O SENHOR PERITO PODE IDENTIFICAR OUTROS POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS AO TRÂNSITO, ALÉM DOS CITADOS NOS AUTOS? RESPOSTA:-Sim, conforme explanado no capítulo ANÁLISE. CONCLUSÃO.

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Autódromo

Rio Pinheiros

Represa

RESPOSTA:-

A REALIDADE ATUAL NOS CENTROS URBANOS INDUZ CADA VEZ MAIS À NECESSIDADE DE CONTROLE NA

MALHA VIÁRIA COM DIFERENTES BASES MAS COM OBJETIVO COMUM DE PRESERVAR A QUALIDADE DE VIDA

DE SEUS HABITANTES.

A ANÁLISE DA POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE BOLSÕES RESIDENCIAIS PASSA PELOS ÓRGÃOS

PÚBLICOS PARA QUE CONCEITOS TÉCNICOS POSSAM SER APLICADOS E MINIMIZAR OS IMPACTOS

NEGATIVOS E MAXIMIZAR OS POSITIVOS, SEMPRE COM BASE NA COMUNIDADE E ABRANGÊNCIA DO MAIOR

NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL.

NO CASO ESPECÍFICO DO BOLSÃO EM TELA, HÁ DE SE ENTENDER QUE A ÁREA INTERNA É PRATICAMENTE

ISOLADA DO CONTESTO MAIOR DE CIRCULAÇÃO NA MALHA VIÁRIA DO ENTORNO PELA EXISTÊNCIA DE

BARREIRAS FÍSICAS, QUE COMO TAL, IMPEDEM NATURALMENTE, COM OU SEM BLOQUEIOS GRANDES

DESLOCAMENTOS NECESSÁRIOS À CIDADE COMO UM TODO.

COMO O BOLSÃO, BUSCA-SE O EQUILÍBRIO DO BINÔMIO DESLOCAMENTO-ACESSO NA MALHA VIÁRIA

URBANA E, NESSE SENTIDO, OS EIXOS

PRINCIPAIS DE CIRCULAÇÃO PERFAZEM

QUASE A TOTALIDADE DOS LIMITES DA

ÁREA DO BOLSÃO E OS GRANDES

DESLOCAMENTOS NÃO SÃO, SOB

NENHUM ASPECTO,

PREJUDICADOS. EM

CONTRAPARTIDA, A QUALIDADE DE

ACESSO É GARANTIDA EM SEU INTERNO QUASE NA

TOTALIDADE DAS VIAS.

DE UMA FORMA GERAL, DESLOCAMENTOS NOS

SENTIDOS NORTE-SUL-NORTE SÃO GARANTIDOS

PELO CITADOS EIXOS. DESLOCAMENTOS NO

SENTIDO LESTE-OESTE-LESTE NÃO OCORREM PELA

EXISTÊNCIA DAS BARREIRAS NATURAIS

REPRESENTADAS, PRINCIPALMENTE, PELA REPRESA

DE GUARAPIRANGA, AUTÓDROMO DE INTERLAGOS,

RIO PINHEIROS. POR ESSA REALIDADE, A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO NÃO REDUZIU

EFETIVAMENTE A QUALIDADE E QUANTIDADE DE DESLOCAMENTOS NA MALHA VIÁRIA,

POIS AS CONDIÇÕES ORIGINAIS FORAM MANTIDAS.

A ANALISE DE VIABILIDADE DE BLOQUEIOS VIÁRIOS PARA FORMAÇÃO DE BOLSÃO PASSA ANTES PELO

ENTENDIMENTO GLOBAL DA PERTINÊNCIA DA ÁREA DE ESTUDO E SUA REAL UTILIZAÇÃO, RESPEITANDO-SE

AS LIMITAÇÕES NATURAIS E ADEQUANDO AS REALIDADES DE CADA PROJETO. NO CASO DO BOLSÃO EM

TELA, DE ACORDO COM O EXPOSTO, A QUALIDADE DOS DESLOCAMENTOS NÃO FOI ALTERADA,

COMPARANDO-SE AS SITUAÇÕES DE ANTES E DEPOIS DE SUA IMPLANTAÇÃO.

b) de Silvio Antonio de Azevedo (fls. 2630) 1º) PODEM OS SRS. PERITOS ESTABELECER, ATRAVÉS DE CROQUIS E ELEMENTOS FOTOGRÁFICOS EM QUAIS RUAS AINDA ENCONTRAM-SE OBSTACULOS? RESPOSTA:- Veja, por favor, as fotos juntadas mostrando a localização e o tipo de obstáculo encontrado. 2º) IDENTIFIQUEM SE NAS RUAS BLOQUEADAS HÁ IMPEDIMENTO DE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, DENTRE ELAS, PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS FISICAS, OU MESMO ANIMAIS DOMÉSTICOS? RESPOSTA:-Veja, por favor, capítulo ANÁLISE. CONCLUSÃO. VER FOTOS DA SBI NO CAPITULO ANÁLISE.CONCLUSÃO 3º) ESCLAREÇAM SE AS PLANTAS ACOSTADAS AOS AUTOS ASSINADAS PELOS REPRESENTANTES DA EMURB APRESENTAM ALGUMA IRREGULARIDADE APARENTE?

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RESPOSTA:-As referidasplantas tratam exclusivamente do projeto funcional. Os assistentes técnicos não têm condições de se manifestar a respeito, uma vez que não tiveram acesso às plantas supramencionadas, que são citadas genericamente sem nenhuma indicação onde poderiam ser localizadas. 4º) ESCLAREÇAM, TECNICAMENTE, SE VISLUMBRAM DIFERENÇA ENTRE O “ATO FORMAL DE APROVAÇÃO DAS PLANTAS” E AQUELA DENOMINAÇÃO DE QUE “NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO FORMAL OU CONTRÁRIA DESSA EMPRESA” RESPONDIDO NO OFICIO DA EMURB (PJHURB Nº 755/98 FLD. 69/70) DOS AUTOS? RESPOSTA:- Quando o interessado pede a aprovação de uma planta, o Poder Público tem 30 dias para se manifestar. Não cumprido esse prazo, o interessado está autorizado a iniciar as obras, sendo certo que se, mais adiante, dita planta não for aprovada, o risco cabe unicamente ao proprietário do imóvel. Nunca ocorre o entendimento de que se o Poder Público não se manifestou, é por que não tem objeção a fazer. A MANIFESTAÇÃO DO SR. PERITO NÃO RESPONDE O QUESITO, HAJA VISTA QUE O QUESITO FOI MAL FORMULADO. DE OUTRO, TENTANDO, COMPREENDER ESTA PERGUNTA, É NECESSÁRIO ESCLARECER QUE A EMURB NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA APROVAR ISOLADAMENTE UM PROJETO, MAS SIM NA CONDIÇÃO DE MEMBRO DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DOS BOLSÕES. 5º) TAMBÉM, DO PONTO DE VISTA TÉCNICO E CONSIDERANDO O QUE DISPÕE O DOCUMENTO ACIMA CITADO, EM COERÊNCIA COM A A INFORMAÇÃO Nº 120 DE 18 DE ABRIL DE 1996 (DEPLANO/CPE) EXPEDIDA PELA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA E ASSINADA PELO ENGENHEIRO AQUITETO PAULO ROBERTO CASTALDELLI COMBINADOS COM O DOCUMENTO DA CET Nº 183, ASSINADO PELOS ENGENHEIROS IVETE PONTES ODDONE E CARLOS ALBERTO FERRAZ CAMPOS – PODE-SE AFIRMAR COM SEGURANÇA QUE – A EXPEDIÇÃO DA PORTARIA Nº 10 DA REGIONAL CAPELA DO SOCORRO AUTORIZANDO O BOLSÃO – SOMENTE OCORREU APÓS O PROJETO SER APROVADO PELA EMURB, CET E SEMPLA? RESPOSTA:-Não se pode, de nenhuma forma afirmar o que pede o quesito pelas razões expostas na resposta ao quesito anterior .

A EXPEDIÇÃO DA PORTARIA N° 10 DA REGIONAL CAPELA DO SOCORRO AUTORIZANDO A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO, SOMENTE OCORREU APÓS ATENDIDAS TODAS AS EXIGÊNCIAS DO DECRETO N° 32.953/92 E DEPOIS DA APROVAÇÃO DO PROJETO PELA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE BOLSÕES RESIDENCIAIS INSTITUÍDAS PELO MESMO DECRETO. ESSAS EXIGÊNCIAS CONSTAM DO FLUXOGRAMA DA PORTARIA N° 157/93/SEMPLA QUE DEFINE OS PASSOS PARA APROVAÇÃO. 6º) AINDA TOMANDO POR PARÂMETROS OS DOCUMENTOS ACIMA CITADOS, PODE-SE AFIRMAR QUE A CERTIDÃO Nº 001/98 DE FLS. 6, EXPEDIDA PELO ADMINISTRADOR REGIONAL ESTÁ DE ACORDO COM AQUELAS INFORMAÇÕES? RESPOSTA:- Dita Portaria contraria aquelas informações, considerando que não há pressuposições no tipo de procedimento em análise.

UPREJUDICADO U. AS FLS “6” CITADA NO QUESITO NÃO É UMA CERTIDÃO, MAS SIM PARTE DA PETIÇÃO INICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 7º) NO CASO CONCRETO, CONSIDERANDO O TEOR MERAMENTE INFORMATIVO DA CERTIDÃO ACIMA CITADA, PODEM OS SRS. PERITOS IDENTIFICAR ALGUMA

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IRREGULARIDADE TÉCNICA? ESPECIFIQUEM. RESPOSTA:- A irregularidade técnica tem forma no fato de que não se pressupõe que o projeto esteja aprovado quando o Poder Público não se manifesta no prazo previsto. UPREJUDICADO U. O FATO DESTE PERITO NÃO TER LOCALIZADO A CERTIDÃO CITADA NO QUESITO IMPEDE A RESPOSTA. 8º) PODEM AINDA IDENTIFICAR QUAIS OS SUPOSTOS PREJUIZOS EXPERIMENTADOS PELA COMUNIDADE LOCAL E PELO PODER PÚBLICO? ESPECIFIQUEM. RESPOSTA:- Os prejuizos causados à comunidade local são de diversas naturezas: a Policia tem mais dificuldade em prender possiveis infratores que, conhecendo o local, se protegem por ditos obstáculos; ambulâncias que teriam que socorrer moradores do local que teriam que percorrer trajetos mais longos, o mesmo ocorrendo com o Corpo de Bombeiros, são os principais, não se esquecendo de mencionar que marginais se escondem atrás de ditos obstáculos para facilitar a sua ação e difcultar a proteção dos moradores. A COMUNIDADE LOCAL NÃO SOFREU QUALQUER PREJUÍZO COM A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO. AO CONTRÁRIO. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FOI ALIVIADA NA MANUTENÇÃO DE RUAS DO BAIRRO PELO SIMPLES FATO DE QUE AS RUAS LOCAIS PROJETADAS PARA TRÁFEGO MENOS INTENSO POR SE TRATAR DE ZONA RESIDENCIAL, FOI ALIVIADA DO TRÁFEGO PESADO E CONSEQUENTEMENTE DOS GASTOS COM MANUTENÇÃO. QUANTO À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EMERGÊNCIAIS PELO CORPO DE BOMBEIROS TIVEMOS 01 OCORENCIAS DE 1998 ATÉ 2007. A POLÍCIA MILITAR FAZ RONDAS PELO BAIRRO E CONHECE EM DETALHES AS CARACTERÍSTICAS DO BOLSÃO., 9º) IDENTIFIQUEM QUAIS OS BENEFICIOS QUE OS BOLSÕES DESSA NATUREZA PODEM TRAZER À COMUNIDADE EM GERAL, ALÉM DA SEGURANÇA, SOSSEGO E LAZER. RESPOSTA:- A comunidade foi beneficiada no sentido de que, a grosso modo, só os residentes no local se utilizam das vias internas ao bolsão, o que reduz o trafego de veículos aí, trazendo nesse sentido, mais sossego à população local e dando-lhe melhor qualidade de vida. Por seu turno, como se pode ver pelas fotos juntadas a este laudo, ao lado de cada obstáculo nota-se acumulo de entulho, cabendo acrescentar que cada obstáculo serve como esconderijo para marginais que praticam ali atos condenáveis. Ao lado dos beneficios, também estão os maleficios.

PODEM SER IDENTIFICADOS OS SEGUINTES ASPECTOS: 1. A ECONOMIA GERADA PELA CONSERVAÇÃO DAS RUAS

PODEM E DEVEM SER APLICADAS EM ÁREAS MAIS CARENTES;

2. A AGREGAÇÃO DA COMUNIDADE COM O OBJETIVO DE PRESERVAÇÃO DO BEM PÚBLICO;

3. ENVOLVIMENTO DA POPULAÇÃO NA DEFINIÇÃO DE ASPECTOS DA PAISAGEM URBANA TRABALHANDO LADO A LADO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (VIDE P.D.E.).

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4. CRIAÇÃO E/OU FORTALECIMENTO DE UMA IDENTIDADE PRÓPRIA QUE POSSIBILITA O ENRIQUECIMENTO CULTURL DE UMA SOCIEDADE.

5. PERMITE A CONSCIENTIZAÇÃO DOS MORADORES DOS BOLSÕES PARA A COLETA SELETIVA DE LIXO COM BENEFÍCIO PARA O MEIO AMBIENTE.

6. PERMITE E FACILITA A PLANTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ÁRVORES, JARDINS E PRAÇAS DENTRO DOS BOLSÕES.

10º) RESPEITADA A FUNÇÃO DISCRICIONÁRIA DO DD. MINISTÉRIO PÚBLICO COMO ORGÃO FISCALIZADOR E, ESPECIALMENTE A LIVRE CONVICÇÃO DO MM. JUIZ PROCESSANTE, À LUZ DOS ELEMENTOS FORNECIDOS PELOS TÉCNICOS MUNICIPAIS, EM QUE CIRCUNSTÂNCIA O ADMINISTRADOR REGIONAL PODERIA NEGAR A EXPEDIÇÃO DA PORTARIA Nº 10/AR-CS/GAB/97 DE 08.05.1997, BEM COMO ATENDER AO PEDIDO DE CERTIDÃO APRESENTADO PELO MUNICIPE, MÁXIME QUANDO TINHA O RESPALDO DA LEI 11.322 DE 23.12.1992 E DO DECRETO 32.953 DE 31.12.1992, RESPECTIVAMENTE? RESPOSTA:- O nobre patrono do sr. Silvio, ao contestar a ação, afirmou: “O Ministério Público pode sustentar a inconstitucionalidade da norma municipal para fundamentar a ação civil pública, como pode a própria administração pública, caso a caso, reconhecer a inconstitucionalidade de normas e deixar de praticar o ato. Mas, atribuir essa tarefa ao Administrador da Regional da Capela do Socorro e querer que interprete a Constituição federal e as leis, para saber se são inconstitucionais, ao invés de administrar, é atribuir-lhe um poder e competência de que não dispõe. Tratando-se de ato vinculado ao mérito, não poderia deixar de expedir a Portaria, sob pena de responsabilidade. 11º) TÊM OS SRS. PROFISSIONAIS TÉCNICOS OUTRAS INFORMAÇÕES ELUCIDATIVAS E PERTINENTES AO OBJETO DESTA AÇÃO? RESPOSTA:-Os comentários que o signatário pôde fazer estão no capitula ANÁLISE.CONCLUSÃO.

O BOLSÃO RESIDENCIAL INTERLAGOS SURGIU EM DECORRÊNCIA DA DESINTEGRAÇÃO DO TECIDO URBANO PROVOCADO POR UMA ESTRUTURA VIÁRIA DE IMPLANTAÇÃO CUSTOSA, PORÉM INEFICIENTE.

POR NÃO PROPORCIONAR O EQUILÍBRIO DESEJADO NA ARTICULAÇÃO DAS FUNÇÕES PRECONIZADAS PELO PLANO DIRETOR, ESSA DISFUNÇÃO ESTRUTURAL DEGRADA O MEIO, INCENTIVA A DESORDEM, DEPRECIA O PATRIMONIO PÚBLICO, ESVAZIA A OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS SOCIAIS PELA POPULAÇÃO, LIMITANDO CADA VEZ MAIS OS INVESTIMENTOS FEITOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA INFRA ESTRUTURA URBANA.

É IMPORTANTE FRIZAR QUE O PROJETO DA CET, PARA O BOLSÃO RESIDENCIAL “UTILIZOU COMO PARÂMETRO DE ANÁLISE, A NOVA HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO ELABORADA E ADOTADA PELA CET E PROPOSTA NO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO” (FL 11 PROC. 4200301692*50). c) da Sociedade Benfeitores de Interlagos – SBI (fls. 2634) 1º) OS BLOQUEIOS SÃO IMPLANTADOS NAS CALÇADAS OU NO LEITO CARROÇAVEL DA RUA?

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RESPOSTA:- As fotos juntadas a este laudo, melhor do que palavras, mostram o bloqueio implantado no leito carroçavel das ruas e também nas calçadas. OS BLOQUEIOS SÃO IMPLANTADOS EXCLUSIVAMENTE NOS LEITOS CARROÇAVEIS DAS RUAS. NOS PASSEIOS FORAM IMPLANTADOS OBSTÁCULOS QUE PERMITEM A PASSAGEM DE CADEIRA DE RODAS CONFORME FOTOS

2º) OS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA IMPLANTADOS NAS CALÇADAS PARA EVITAR QUE VEÍCULOS POR ALI TRAFEGUEM, DEIXAM ESPAÇO REGULAMENTAR PARA A PASSAGEM DE CADEIRAS DE RODAS? RESPOSTA:- Não, não deixam como se explicou no capítulo ANÁLISE.CONCLUSÃO.

NÃO PROCEDE A RESPOSTA DO SR. PERITO. OS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DEIXAM ESPAÇO PARA PASSAGEM DE CADEIRA DE RODAS DE ACORDO COM OS PARÂMETROS EXISTENTES FORNECIDOS PELO CONSELHO ESTADUAL PARA ASSUNTOS DA PESSOA DEFICIENTE, REUNIDOS NO MANUAL “ELEMENTOS BÁSICOS PARA ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS E AMBIENTAIS”, PUBLICADO PELA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S.A. IMESP, DE 1987.

3º) EXISTEM BLOQUEIOS FIXOS, BLOQUEIOS PASSIVEIS DE REMOÇÃO E CANCELAS, OU OS BLOQUEIOS SÃO TODOS IGUAIS? SE SÃO DIFERENTES, QUAL A DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE ELES E ONDE ESTÃO LOCALIZADOS (EM QUE RUAS) CADA UM DELES? RESPOSTA:-Existe só um bloqueio com cancela, que estava trancada com cadeado, sem guarita nas proximidades para abri-la em caso de necessidade, sendo todos os demais bloqueios rigidos, fixos, impossiveis de serem transpostos por qualquer veiculo, que não admitem remoção imediata, para atender ambulâncias, policia e corpo de bombeiros, por exemplo. EXISTEM TRÊS TIPOS DE BLOQUEIOS; BLOQUEIO FIXO REPRESENTADOS POR CANTEIROS COM APROXIMADAMENTE 60CM DE ALTURA; BLOQUEIO COM JARDINEIRAS PARA SEREM REMOVIDOS EM DETERMINADAS OCASIÔES (AMBOS DEFINIDOS EM PROJETO) E BLOQUEIO COM CANCELA. EXISTE CHAVE EM

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PODER DE MORADORES CUJAS CASAS SE LOCALIZAM LINDEIRAS AO BLOQUEIO, BEM COMO EM PODER DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS (Docs. 91 a 95) 4º) NA IMPLANTAÇÃO DO PASSA RÁPIDO NA AVENIDA ROBERT KENNEDY: a) HOUVE ELIMINAÇÃO DE TRAVESSIAS ANTES EXISTENTES NO CANTEIRO CENTRAL DA AVENIDA? b) OS BLOQUEIOS EXISTENTES NO BOLSÃO AO LONGO DA REFERIDA AVENIDA, VIERAM A FACILITAR A OPERACIONALIDADE E A SEGURANÇA DO SISTEMA DE TRANSPORTE PASSA RÁPIDO? c) AO LONGO DA REFERIDA AVENIDA, NO TRECHO EM QUE SE CONSTITUI PERÍMETRO DO BOLSÃO, FOI MANTIDO ACESSO DE UMA PISTA PARA OUTRA, A FIM DE PERMITIR QUE VEÍCULOS PARTICULARES QUE TRAFEGAM NA DIREÇÃO CENTRO/BAIRRO POSSAM TER ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO? POR QUAL RUA DO BAIRRO É FEITO O ACESSO? RESPOSTA:- a)Sim, houve. b)Não permitir acesso a ruas que se iniciam na Av.Robert Kennedy, ajuda a evitar congestionamento ao longo da referida avenida. c)Ao logo de 2 km que é a extensão da Avenida Robert Kennedy que faceia a área do bolsão em análise, essa avenida possui um ponto de travessia, com semáforo. O projeto do corredor de onibus (Passa rápido) determinou apenas um acesso ao bairro, com entrada e saida com um sistema de semáforos e sinalização horizontal e vertical. Esse acesso se dá pela Praça Berta Waitman que com a avenida Romero Sanson e Avenida Carlos Pace fazem a interligação com a Avenida Interlagos.

a) AS TRAVESSIAS E OS RETORNOS EXISTENTES NA AVENIDA KENNEDY FORAM ELIMINADAS PARA PERMITIR A IMPLANTAÇÃO DO CORREDOR DE ONIBUS RIO BONITO (O CORREDOR TEM A FAIXA DE CIRCULAÇÃO DOS ONIBUS DO LADO ESQUERDO, JUNTO AO CANTEIRO CENTRAL). AO LONGO DE CERCA DE 2KM DE LIMITE COM O BAIRRO A AVENIDA POSSUI UM PONTO DE TRAVESSIA, COM SEMÁFORO QUE ATENDEM ÀS NECESSIDADES DO TRÂNSITO). b) APROXIMADAMENTE 70% DOS BLOQUEIOS DO BOLSÃO SE SITUAM AO LONGO DO CORREDOR DE ONIBUS RIO BONITO E SEM DUVIDA A ELIMINAÇÃO DO ACESSO À AVENIDA KENNEDY FACILITOU SOBREMANEIRA A OPERACIONALIDADE DO SISTEMA. CONFERIU AO MESMO SEGURANÇA E FLUIDEZ AO TRÁFEGO. c) O PROJETO DO CORREDOR DE ONIBUS (PASSA RÁPIDO) DETERMINOU APENAS UM ACESSO AO BAIRRO, COM ENTRADA E SAÍDA, CONTROLADO POR UM SISTEMA DE SEMÁFOROS E SINALIZAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL. ESSE ACESSO SE DÁ PELA PRAÇA BERTA WAITMAN QUE COM A AVENIDA ROMERO SANSON E AVENIDA CARLOS PACE, FAZEM A INTERLIGAÇÃO COM A AV. INTERLAGOS. 5º) AS RUAS DO BOLSÃO QUE COMEÇAM OU TERMINAM NAS RUAS QUE COMPÕEM O PERIMETRO DO BOLSÃO SÃO PERMEAVEIS AO TRÁFEGO ORIGINÁRIO DAS VIAS QUE COMPÕEM O REFERIDO PERIMETRO? RESPOSTA:- Ao longo da Avenida Robert Kennedy, por exemplo, quase todas as ruas são bloqueadas e não permitem a entrada de veículos no interior do bolsão, como mostrado nas fotos juntadas a este laudo. POR TODAS AS RUAS E AVENIDAS QUE COMPÕE O PERÍMETRO DO BOLSÃO EXISTEM CONEXÕES COM AS RUAS INTERNAS DO MESMO. É EVIDENTE QUE HÁ RUAS QUE TÊM BLOQUEIO, OS QUAIS FORAM IMPLANTADOS RIGOROSAMENTE

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COM O PROJETO APROVADO. CABE ESCLARECER QUE O DOUTO PERITO SE LIMITOU A RESPONDER COM RELAÇÃO A APENAS A AV. ROBERT KENNEDY, TENDO OMITIDO A INFORMAÇÃO DE QUE O PERIMETRO DO BOLSÃO É FORMADO POR MAIS 05 (CINCO) OUTRAS VIAS E QUE POR ELAS O BOLSÃO POSSUI 24 ACESSOS AO SEU INTERIOR OU PARA SUA TRAVESSIA. 6º) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO TRAÇADO GEOMÉTRICO DAS VIAS QUE COMPÕEM O PERÍMETRO DO BOLSÃO? QUAL É A DISTÂNCIA ENTRE OS CRUZAMENTOS DAS MESMAS? RESPOSTA:- Avenida Interlagos com pista dupla, em média com três faixas de rolamento cada uma. Avenida Professor Papini, pista dupla, com três faixas de rolamento. Avenida Robert Kennedy com pista dupla com três faixas de rolamento cada uma. Rua Leonardo de Fasio, com 14 metros de largura. Via interna ao bolsão. Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval, pista dupla, com 7,50 metros de largura cada uma. Avenida Rio Bonito com duas mãos de direção, de 16,00 metros de largura Avenida do Rio Bonito/Avenida Interlagos, até a Praça Moscou numa extensão de 800 metros. Avenida Interlagos/Praça Moscou, até a Avenida Professor Papini, numa extensão de 700,00 metros Praça Moscou/Avenida Professor Papini, até a Avenida Robert Kennedy, numa extensão de 500,00 metros Avenida Professor Papini/Avenida Roberto Kennedy até a rua Leonardo de Fasio, numa extensão de 2100,00 metros Avenida Robert Kennedy/Rua Leonardo de Fasio, até a Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval, nua extensão de 700,00 metros Rua Leonardo de Fasio/Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval, até a Avenida do Rio Bonito numa extensão de 650 metros Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval/Avenida do Rio Bonito até a Avenida Interlagos numa extensão de 400,00 metros. 7º) PARA QUEM TRAFEGA PELA AVENIDA ROBERT KENNEDY, NA DIREÇÃO BAIRRO/CENTRO, QUAL É A MAIOR E QUAL É A MENOR DISTÂNCIA ENTRE OS BLOQUEIOS E A PRIMEIRA RUA QUE PERMITE ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO? RESPOSTA:-A menor distância é de 500,00 metros e a maior, de 1500,00 metros 8º) PARA QUEM TRAFEGA PELA AV. INTERLAGOS, NA DIREÇÃO CENTRO/BAIRRO, CONSIDERANDO-SE QUE, AO ATINGIR OS LIMITES DO BOLSÃO PODE TER ACESSO A ELE POR MEIO DA RUA LUIZ PRIETO(QUE É TRAVESSA DA AV. ANTONIO BARBOSA DA SILVA SANDOVAL) QUAL É A MAIOR E QUAL É A MENOR DISTÂNCIA ENTRE OS BLOQUEIOS E A PRIMEIRA RUA QUE PERMITE ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO? RESPOSTA:-A maior distância é de 250,00 metros pela Rua Luiz Zappia ea menor distância é de 150,00 metros pela Rua Luiz Prieto Roque. 9º) NAS VIAS QUE COMPÕEM O ENTORNO DO BOLSÃO QUAL É A MAIOR E QUAL É A MENOR DSTÂNCIA PARA A CONVERSÃO DE UMA PISTA PARA OUTRA?

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RESPOSTA:-A maior distância ocorre na Avenida Robert Kennedy e é igual a 2.000,00 metros e, a menor, na Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval e é igual a 350,00 metros. 10º) AS VIAS INTERNAS DO BOLSÃO, POR ESTAREM EM ZONAS ESTRITAMENTE RESIDENCIAIS (ZER-1) PELO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DEVEM TER SUAS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E GEOMÉTRICAS IDÊNTICAS ÀS DAS VIAS QUE COMPÕEM O PERÍMETRO DO BOLSÃO (VIAS ARTERIAIS E COLETORAS)? RESPOSTA:-Não. Nos termos do Plano Diretor da Cidade de SãoPaulo, as ruas internas são destinadas a tráfego local, onde predominam veículos leves. Por isso, a espessura das camadas estruturais do pavimento das ruas é menor, diferenciada e dimensionada para esforços sensivelmente menores que aqueles suportados por vias de tráfego normal de veículos, caminhões de grande porte, por exemplo. No caso em estudo isso não ocorreu, uma vez que antes mesmo da colocação dos obstáculos em análise, as ruas examinadas já estavam pavimentadas e o foram para suportar tráfego normal de veículos. A AFIRMATIVA DO DOUTO PERITO NÃO É CORRETA APENAS COM RELAÇÃO A ESTAREM AS RUAS ASFALTADAS ANTES DA IMPLANTAÇÃO DOS BLOQUEIOS. POR OCASIÃO DA IMPLANTAÇÃO DOS BLOQUEIOS, 16 (DEZESSEIS) DELES FORAM IMPLANTADOS EM RUAS DE TERRA CONFORME LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO EXECUTADO PELA EMURB NA OCASIÃO E FORNECIDOS À sbi PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO (Docs. 66 a 81). DESDE 1998 VÁRIAS RUAS FORAM PAVIMENTADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO BLOQUEIO COM ECONOMIA DE MATERIAL E ENTRE AS RUAS PAVIMENTADAS ESTÃO: RUA CAETANO MENINO, PRAÇA ISRAEL, AV PASCHOAL DA ROCHA FALCÃO, RUA JOAQUIM TELES DE MATTOS, AV. MAHATMA GANDHI, TRECHO DA RUA ABILIO TAVARES, RUA TCHECOSLOVAQUIA, RUA SILVIO SCHIUMBATA, PRAÇA JOSÉ OLIO, RUA OSCAR FERNANDES MARTINS, RUA LUIZ PRIETO ROQUE, RUA PORTO ELIZABETH, AV EUGENIO BARTOLOMAI, RUA JOÃO CARLOS DE ALMEIDA, RUA ANTONIO ESPLENDORE, RUA ARI BURJATO CAIRES, RUA NARDINIPIROZZIRUA ROGER CHAFREE, RUA IMURIS,RUA JOSÉ CARDOSO COUTINHO E AV. ANTONIO BARBOSA DA SILVA SANDOVAL 11º) O PROJETO DO BOLSÃO QUE FOI IMPLANTADO, E SUA EXECUÇÃO, PROVOCOU ESTREITAMENTO DE PISTA EM ALGUMA RUA? QUAL? RESPOSTA:-O projeto do bolsão não alterou os caracteristicos fisicos de qualquer uma das ruas internas a ele.O traçado e a largura das vias internas são os mesmos que existiam antes da implantação do bolsão. 12º) O CET TEVE ALGUMA DIFICULDADE PARA TER LIBERADAS AS RUAS DO BOLSÃO PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS POR OCASIÃO DO EVENTO GRANDE PRÊMIO BRASIL DE FORMULA 1? RESPOSTA:- A implantação do Bolsão não provocou qualquer dificuldade para o estacionamento de veículos por ocasiãodo evento mencionado. O estacionamento é facil. O complicado é ter acesso às ruas que contem os obstáculos aqui narrados. O MAPA DA CET (ANEXO) É AUTO EXPLICATIVO PARA RESPONDER AO PERITO. O CET INCLUSIVE PARA MELHOR CONTROLE LOCAL ACRESCENTA OUTROS BLOQUEIOS EM FORMA DE CAVALETES (Docs. 82 e 83).

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13º) APÓS A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO, QUAL FOI A MUDANÇA OCORRIDA NAS VIAS QUE COMPÕEM O PERÍMETRO DO BOLSÃO, SOB O PONTO DE VISTA DE PAISAGEM URBANA, PRINCIPALMENTE NA AV. ROBERT KENNEDY E NA AV. ANTONIO BARBOSA DA SILVA SANDOVAL? RESPOSTA:-A implantação do bolsão não trouxe nenhuma mudança nas vias que compõem o perimetro dele, mesmo porque não havia qualquer motivo para que isso ocorresse.

NÃO PROCEDE A INFORMAÇÃO DO SR. PERITO. A PAISAGEM AO LONGO DA AVENIDA ROBERT KENNEDY, POR EXEMPLO, FOI VALORIZADA PELA ORDENAÇÃO VIÁRIA E PELA RETIRADA DOS MUROS JUNTO À REPRESA, VOLTANDO-SE ÀS ORIGENS DO LOTEAMENTO.

PP FOTO DA PRAÇA ISRAEL COM REPRESA AO FUNDO A AVENIDA ANTONIO BARBOSA DA SILVA SANDOVAL, NA ÉPOCA PRÉ-BOLSÃO, ERA INTRANSITÁVEL E SEM PAVIMENTAÇÃO. A SBI, COM A CONTRIBUIÇÃO DOS MORADORES, ELABOROU UM PROJETO QUE FOI ENCAMINHADO À PREFEITURA E, AGORA JÁ IMPLANTADO, É UM CARTÃO POSTAL DA REGIÃO.

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FOTO DA AV. ANTONIO BARBOSA COM A REPRESA COM REPRESA AO FUNDO A AVENIDA INTERLAGOS RECEBEU INTERVENÇÕES QUE ORDENARAM O FLUXO DE VEÍCULO E HOJE FACE A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PONTE DE ACESSO À REGIÃO, NA CIDADE DUTRA, O TRANSITO REGIONAL SE TORNOU MAIS EQUILIBRADO, APESAR DO ADENSAMENTO POPULACIONAL VERIFICADO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS. 14º) A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO AJUDA A PRESERVAR O PATRIMÔNIO AMBIENTAL, CONFORME O DECRETO ESTADUAL Nº 30.443 DE 20.09.1989? RESPOSTA:-É certo que ajuda, uma vez que dificulta movimentação de veículos no seu interior, rstringida aos moradores do bairro, resultando disso um menor desgaste da pavimentação, melhor conservação dos serviços urbanos, menor poluição do ar, etc. O bairro de Interlagos como um todo é considerado patrimonio ambiental do Estado de São Paulo, tombado pello Patrimonio Histórico Cultural e Artistico do Municipio de São Pualo. O seu desenho urbanistico, inovador, foi elaborado pelo urbanista francês Alfred Agache, pai do urbanismo moderno, no inicio da decada de 30 por ocasião de sua vinda ao Brasil para desenvolver o plano remodelador da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de um exemplo urbanistico e histórico e que foi levado em conta pelos responsáveis pelo DPH da Prefeitura Municipal ao resolver fazer o tombamento. A sua vocação ambiental está em consonância com os movimentos de preservaçã0 ocorridos no mundo todo, especialmente nos anos mais recentes e se constitui em sua essência um bairro “carbon free.” 15º) APÓS A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO AS VIAS LOCAIS, COLETORAS E ARTERIAIS FORAM ALTERADAS PELOS ORGÃOS COMPETENTES (CET E PMSP)? RESPOSTA:- Não houve qualquer alteração geométrica nas vias existentes. A Avenida Robert Kennedy recebeu a implantação do Passa Rápido (Corredor de onibus Rio Bonito) junto ao seu canteiro central.

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16º) EXISTE SINALIZAÇÃO PARA QUEM CIRCULA NAS VIAS DO PERIMETRO DO BOLSÃO, QUE PERMITA FACIL ORIENTAÇÃO PARA O TRÁFEGO LOCAL E PARA ACESSO AO BOLSÃO? RESPOSTA:- O projeto do Bolsão foi contemplado, por exigência da CET e da Comissão para implantação de bolsões, com um projeto e execução de sinalização feito por firmas especializadas e homologadas pela pela Prefeitura Municipal de São Paulo, permitindo facil orientação para o tráfego e para o acesso ao bolsão. Nada disso, no entanto, foi executado. O PROJETO DO BOLSÃO FOI CONTEMPLADO, POR EXIGÊNCIA DA CET E DA COMISSÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE BOLSÕES, DE UM PROJETO E EXECUÇÃO DE SINALIZAÇÃO FEITO POR FIRMAS ESPECIALIZADAS E HOMOLOGADAS PELA PREFEITURA, PERMITINDO FÁCIL ORIENTAÇÃO PARA O TRÁFEGO E PARA O ACESSO AO BOLSÃO. ANEXO FOTOS DA SINALIZAÇÃO , O PROJETO E DOCUMENTOS DE AQUISIÇÃO POR PARTE DA SBI. (DOC. 101 A 118)

Na Av. Interlagos (sentido Bairro Cidade) existe sinalização.

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Av. Interlagos (sentido Cidade Bairro) existe sinalização

Av. Interlagos (sentido Cidade Bairro) existe sinalização.

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Av. Antonio Barbosa (sentido Av. R. Kennedy / Represa Guarapiranga) existe sinalização

Av. Interlagos (sentido Bairro / Cidade), existe sinalização.

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17º) COM BASE NA LEGISLAÇÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CONFORME O PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO, É PERMITIDA A IMPLANTAÇÃO DE INDUSTRIA, COMÉRCIO OU SERVIÇOS NA ÁREA INTERNA DO BOLSÃO? RESPOSTA:- Não, não é. O plano diretor estratégico da cidade de São Paulo e o plano dirtor de desenvolvimento sustentável da Capela do Socorro, não permitem na zona residencial no interior do Bolsão, a implantação de industria, de comércio e de qulquer tipo de serviços. 18º) EXISTEM BLOQUEIOS INTERNOS NO BOLSÃO (BLOQUEIOS IMPLANTADOS INTERNAMENTE, LONGE DAS VIAS QUE COMPÕEM O ENTORNO DO BOLSÃO)? RESPOSTA:- Não existem bloqueios internos ao Bolsão, mas, sim, recuados das avenidas Robert Kennedy e Interlagos e, que estão assim localizadas: Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque e Avenida Interlagos; Rua Catarino Andreatta e Avenida Interlagos; Avenida Mahatma Ghandi e Avenida Intelagos (Praça Moscou); avenida Silvio Sciumbata e Av. Robert Kennedy; Rua Nicolau Alayon e Av. Robert Kennedy; Rua Mario Ottobrini Costa e Av. Robert Kennedy; Rua Tchecoslováquia e Avenida Robert Kennedy; Avenida Prof. Fancisco Maffei e Av. Robert Kennedy; Rua Santana do Parnaiba e Avenida Robert Kennedy; Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque e Avenida Robert Kenedy; Rua Joaquim Teles de Mattos eAv. Robert Kennedy; Rua Judite Rostti e Avenida Robert Kennedy; Rua Laudelino Luz e Avenida Robert Kennedy; Rua Ortiz e Avenida Robert Kennedy; Rua Bambalelê e Avenida Robert Kennedy. 19º) A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO TROUXE ECONOMIA PARA A PREFEITURA NA MANUTENÇÃO DA INFRA ESTRUTURA URBANA? RESPOSTA:- Sem dúvida que sim, uma vez que a redução do tráfego faz com que o desgaste do calçamento das ruas seja menor.

20º) A IMPLANTAÇÃO DO BOLSÃO TROUXE PREJUIZO ECONÔMICO-FINANCEIRO PARA A PREFEITURA?SE POSITIVA A RESPOSTA, DECORRENTE DO QUE? DE QUANTO E QUANDO? RESPOSTA:- Não, não trouxe.

21º) QUEM VEM PELA AVENIDA ROBERT KENNEDY TRAFEGANDO COM VEÍCULO PARTICULAR NA DIREÇÃO CENTRO/BAIRRO, CONSEGUIRIA TER ACESSO A QUALQUER RUA DO BOLSÃO, MESMO QUE NÃO HOUVESSEM OS BLOQUEIOS? POR QUAL RUA CONSEGUIRIA TER ACESSO MAIS FÁCIL E RÁPIDO AO INTERIOR DO BOLSÃO? NESSA RUA EXISTE ALGUM BLOQUEIO? RESPOSTA:- Atualmente, quem vem pela Avenida Robert Kennedy na direção centro-bairro, não consegue ter acesso ao interior do Bolsão, por qualquer rua mesmo que não houvesse qualquer bloqueio. A implantação do Passa-Rápido fez com que huvesse sómente um acesso ao interior do Bolsão, o que se dá através da Praça Berta Waitman, onde não existe nenhum bloqueio. 22º) QUEM VEM PELA AVENIDA INTERLAGOS TRAFEGANDO COM VEÍCULO PARTICULAR NA DIREÇÃO CENTRO/BAIRRO, CONSEGUE TER ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO POR MEIO DE QUAIS RUAS? QUAL A DISTÂNCIA ENTRE OS ACESSOS POSSÍVEIS? RESPOSTA:- Quem vem pela Avenida Interlagos na direção centro bairro consegue ter acesso ao interior do Bolsão pela Avenida Antonio Barbosa da Silva Sandoval; 520,00

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metros maia diante,pela Avenida José Carlos Pace; 650,00 metros mais adiante, pela Rua Nicolau Alayon; 50,00 metros mais, pela Rua Sebastião Corrêa e mais 50,00 metros pela Rua Persio Pacheco e Silva.

ALÉM DA VIA INDICADA PELO SR. PERITO, QUEM VEM PELA AVENIDA INTERLAGOS NA DIREÇÃO CENTRO BAIRRO CONSEGUE TER ACESSO PELA RUA VLADIMIR DE MEDEIROS, AVENIDA EUGENIO BARTOLOMAI, RUA LEONARDO DE FÁSIO, RUA LEONOR ALVIM E RUA CORONEL INDIO DO BRASIL/RUA JOÃO LUDOVICO. A DISTÂNCIA ENTRE ESSES ACESSOS VARIA DE 50M A 500M. 23º) NO MESMO SENTIDO DE TRÁFEGO, VIATURAS DA POLICIA, CORPO DE BOMBEIROS OU AMBULÂNCIAS TERIAM OUTROS ACESSOS AO INTERIOR DO BOLSÃO, QUE PARA VEÍCULOS PARTICUARES SÃO PROIBIDOS? POR QUAIS RUAS? RESPOSTA:- Os acessos ao interior do Bolsão são os mesmos citados na resposta ao quesito anterior. 24º) EXISTE UMA UNIDADE DO CORPO DE BEMBEIROS NA AVENIDA ROBERT KENNEDY? EM QUE ALTURA DA AVENIDA? RESPOSTA:- Na Avenida Robert Kennedy nº 3686 à 350,00 metros da esquina da Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque e à 670,00 metros da Rua Leonardo de Fassio, existe uma Unidade do Corpo de Bombeiros, que pode chegar ao interior do Bolsão, sem qualquer impecilho apenas por esta ultima via. 25º) EM CASO DE SINISTRO NO INTERIOR DO BOLSÃO, SAINDO O VEÍCULO DA SEDE DA UNIDADE DO CORPO DE BOMBEIROS, QUAL O PONTO DE CONVERSÃO MAIS PRÓXIMO DA UNIDADE EXISTENTE NA AVENIDA ROBERT KENNEDY QUE POSSIBILITA CONVERSÃO E ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO? A QUE DISTÂCIA FICA O ACESSO DA UNIDADE DO CORPO DE BOMBEIROS? EXISTE NESSE PONTO ALGUM BLOQUEIO IMPEDINDO O ACESSO DA VIATURA DO CORPO DE BOMBEIROS AO INTERIOR DO BOLSÃO? DE QUE ESPÉCIE? FIXO, REMOVÍVEL OU CANCELA? RESPOSTA:- O ponto de conversão mais próximo se acha na Praça Melo e Souza onde não existe qualquer obstáculo. Já, na Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque há uma cancela com cadeado, não se percebendo nas proximidades em pode de quem fica a chave de tal cadeado, ou mesmo sse cada propietário tem a sua própria chave.A distância da sede do Corpo de Bombeiros e este ponto de acesso é de 350,00 metros.

O PONTO MAIS PRÓXIMO É PELA PRAÇA MELO E SOUZA/RUA TRASÍBULO PINHEIRO DE ALBUQUERQUE. ESSE PONTO SE ENCONTRA A TREZENTOS E CINQUENTA METROS DA UNIDADE. EXISTE UM BLOQUEIO COM ACESSO PROTEGIDO POR UMA CANCELA QUE PERMITE PASSAGEM A VIATURAS OFICIAIS DE PORTE. FORAM ENTREGUES CHAVES DOS CADEADOS AO CORPO DE BOMBEIROS (DOC. 91), GUARNIÇÃO DA PM (DOC. 92), DELEGACIA DE POLÍCIA (DOC. 93) E MORADORES LINDEIROS AO BLOQUEIO (DOCS. 94 E 95). 26º) EM CASO DE SINISTRO NO INTERIOR DO BOLSÃO, SAINDO O VEICULO DA SEDE DA UNIDADE DO CORPO DE BOMBEIROS, QUAL O SEGUNDO PONTO DE CONVERSÃO MAIS PRÓXIMO DA UNIDADE EXISTENTE NA AVENIDA ROBERT

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KENNEDY QUE POSSIBILITA CONVERSÃO E ACESSO AO INTERIOR DO BOLSÃO? EXISTE NESSE PONTO ALGUM BLOQUEIO IMPEDINDO O ACESSO DA VIATURA DO CORPO DE BOMBEIROS AO INTERIOS DO BOLSÃO? RESPOSTA:- O segundo ponto de acesso da viatura do Corpo de Bombeiros ao interior do Bolsão se localiza na Rua Leonardo de Fassio, distante 670,00 metros da sede de dita Unidade. 27º) EXISTE HOSPITAL PRÓXIMO DO ENTORNO DO BOLSÃO? QUAL O NOME DA INSTITUIÇÃO E O SEU ENDEREÇO? RESPOSTA:-Sim, existe e é o Hospital e Maternidade Interlagos e se situa à Rua Leonor Alvim, nº 211. O acesso a ele é feito pela Rua Leonor Alvim que cruza a Av. Interlagos e segue pela Rua Dolores Perdonatti e liga com a Avenida Mahatma Ghandi no interior do Bolsão. 28º) EXISTE ACESSO DIRETO DE AMBULÂNCIAS DO HOSPITAL PARA O INTERIOR DO BOLSÃO OU VICE-VERSA? ONDE? POR MEIO DE QUAL RUA? RESPOSTA:- Sim, existe, pela Rua Leonor Alvim que cruza a Avenida Interlagos e se interliga com a Rua Dolores Perdonatti e Avenida Mahatma Ghandi no interior do Bolsão, fazendo para isso um percurso de 100,00 metros apoximadamente. 29º) QUAIS DIAS DA SEMANA E EM QUE HORÁRIOS EXISTE COLETA DE LIXO NORMAL NO INTERIOR DO BOLSÃO? RESPOSTA:- A coleta de lixo é realizada no período noturno, às segundas, quartas e sextas feira. 30º) EXISTE COLETA SELETIVA DE LIXO NO INTERIOR DO BOLSÃO? A COLETA SELETIVA REDUZ O VOLUME DE LIXO A SER RECOLHIDO NA COLETA NORMAL? RESPOSTA:-Sim, existe e ela é feita às terças e quintas feira em todo o bairro. 7 - ENCERRAMENTO Diante da realização do presente trabalho, em cumprimento legal apresenta a Vossa Excelência a Anotação de Responsabilidade do CREA (Docs. 119 a 121) Nada mais havendo a esclarecer, encerramos o presente LAUDO que consta de 62 folhas impressas de um só lado, todas rubricadas, timbradas e numeradas, sendo a última datada e assinada. São Paulo, 21 de novembro de 2007. MÁRIO LUIZ SPINICCI WAGNER BONETTI JÚNIOR CREA sob n.º 0600278688 CREA sob n.º 50600807210