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Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210 E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO ZONA SUL – SP. JOSÉ CARLOS RODRIGUES DE OLIVEIRA, brasileiro, casado, vigilante de escolta armada, portador da CTPS nº 049334, série nº 00062/SP, do RG nº 18.860.868 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 118.038.648-50, do PIS nº 1212452413-7, nascido em 05/01/1969, filho de Maria Rodrigues de Oliveira, residente e domiciliado na Rua Augusto Courbelly, 87, Bairro Quarta Divisão, Ribeirão Pires, SP., CEP: 09434- 640, vem perante V.Exa., por seu advogado propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT em face de: 1ª Reclamada: MAP SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.435.781/0002-28, estabelecida na Rua Arapoti, 86, Bairro Vila Curuça, Santo André, SP, CEP: 09280-740; 2ª Reclamada: MAP SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.435.781/0001-47, estabelecida na Rua Boca da Mata, lote 31, s/nº, Bairro Portão, Lauro de Freitas, BA, CEP: 42700-000; 3ª Reclamada: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, inscrita no CNPJ/MF 34.028.316/0031-29, estabelecida na Rua Mergenthaler, 592, bloco II, 21º andar, Vila Leopoldina, São Paulo, SP, CEP: 005311-030, pelos seguintes motivos:

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Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO

TRABALHO DE SÃO PAULO ZONA SUL – SP.

JOSÉ CARLOS RODRIGUES DE

OLIVEIRA, brasileiro, casado, vigilante de escolta

armada, portador da CTPS nº 049334, série nº 00062/SP,

do RG nº 18.860.868 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº

118.038.648-50, do PIS nº 1212452413-7, nascido em

05/01/1969, filho de Maria Rodrigues de Oliveira,

residente e domiciliado na Rua Augusto Courbelly, 87,

Bairro Quarta Divisão, Ribeirão Pires, SP., CEP: 09434-

640, vem perante V.Exa., por seu advogado propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT

em face de:

1ª Reclamada: MAP SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 00.435.781/0002-28, estabelecida na Rua

Arapoti, 86, Bairro Vila Curuça, Santo André, SP, CEP:

09280-740;

2ª Reclamada: MAP SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 00.435.781/0001-47, estabelecida na Rua

Boca da Mata, lote 31, s/nº, Bairro Portão, Lauro de

Freitas, BA, CEP: 42700-000;

3ª Reclamada: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS,

inscrita no CNPJ/MF 34.028.316/0031-29, estabelecida na

Rua Mergenthaler, 592, bloco II, 21º andar, Vila

Leopoldina, São Paulo, SP, CEP: 005311-030, pelos

seguintes motivos:

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

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I - DA INCLUSÃO DA MATRIZ NO POLO PASSIVO

1ª e 2ª RECLAMADAS – EMPRESAS DO MESMO GRUPO

APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, §2º, DA CLT

Informa o obreiro que se faz

necessário a inclusão da 2ª Reclamada no polo passivo

da ação, já que se trata da empresa matriz e para que a

mesma conste do título executivo judicial e não se

beneficie do previsto no artigo 1003 do Código Civil.

Desta forma, deve ser declarada a

responsabilidade solidária entre a 1ª e 2ª reclamadas.

II - DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi contratado aos

serviços da 1ª Reclamada em 01/10/2013, exercendo as

funções de vigilante de escolta armada para laborar nas

dependências da 3ª Reclamada, percebe ultimamente

salário base de R$ 1.360,46 mensais e continua como

empregado da 1ª Reclamada.

III – DAS ATIVIDADES DO OBREIRO

O Reclamante foi contratado pela

1ª Reclamada (MAP SEGURANÇA) para exercer as funções de

vigilante de escolta armada para cuidar do patrimônio e

valores bancários gerenciados e transportados pela 3ª

Reclamada (CORREIOS). O reclamante estava vinculado a

agência dos Correios de Santo Amaro (Av. Mario Lopes

Leão, 700).

IV – DA JORNADA DE TRABALHO

Da jornada contratual de trabalho

O reclamante foi contratado para

cumprir jornada de 8 (oito) horas com 1 (uma) hora de

intervalo para repouso e alimentação, com limite

semanal de 44 (quarenta) horas:

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de 2ª a 6ª feira das 08:00 às 17:00 horas, com 1

hora de intervalo para refeição e descanso;

de sábado das 08:00 às 12:00 horas

Da real jornada de trabalho

Ocorre que, na realidade dos fatos

o reclamante laborava em média das 06:00 às 20:30 horas

de 2ª a 6ª com apenas 45/50 minutos de intervalo para

refeição e descanso, ou seja, laborava além da jornada

contratual de trabalho.

Aos sábados o reclamante laborava

em média das 06:00 às 13:00 horas sem intervalo para

refeição e descanso.

Esclarece o reclamante que a

jornada de trabalho era controlada através de folha de

ponto (frequência).

V – DAS DIFERENÇAS NO PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XIII, CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 58 DA CLT

Conforme análise da jornada de

trabalho descrita no item anterior, verifica-se que o

reclamante laborava além da 8ª hora diária e além da 44ª

hora semanal, violando o disposto no artigo 7º, XIII, da

Constituição Federal e do artigo 58 da CLT, as quais

foram parcialmente pagas pela reclamada nos recibos de

pagamento (docs. anexos).

Registre-se que o reclamante

anotava corretamente sua jornada de trabalho na folha

de ponto, porém a 1ª reclamada não pagava corretamente

as horas extras nos holerites, tanto que a reclamada

sequer apontava nos recibos de pagamento a quantidade

de horas extras realizadas, pois somente apontava os

valores pagos.

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Desta forma, faz jus o obreiro ao

pagamento de diferenças de horas extras no adicional de

60% e seus reflexos em descansos semanais remunerados

(Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo 142, §5º, da

CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST), adicional de

periculosidade, aviso prévio (Artigo 487, §5º, da CLT)

e FGTS + 40% (Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST).

VI – DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO

NORMA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR

APLICAÇÃO DO ARTIGO 71 DA CLT

APLICAÇÃO DA SÚMULA 437, I e III, DO TST

Como descrito no item "IV", o

reclamante laborava das 06:00 às 20:30 horas de 2ª a 6ª

feira com apenas 45/50 minutos de intervalo para

refeição e descanso e aos sábados laborava das 06:00 às

13:00 horas sem intervalo para refeição, o que é vedado

pelo "caput" do artigo 71 da CLT.

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO “Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. ...”

Desta forma, nos termos do

parágrafo 4º do mesmo artigo consolidado e da Súmula

437, I e III, do TST, faz jus o obreiro ao pagamento de

1 hora extra por dia trabalhado com adicional de 60% e

seus reflexos para efeito de descansos semanais

remunerados, férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio e

FGTS + 40%.

VII – DAS HORAS EXTRAS - INTERVALO INTERJORNADA

APLICAÇÃO DO ARTIGO 66 DA CLT

APLICAÇÃO DA OJ 355 DA SDI-1 DO TST

Como descrito no item "IV", o

reclamante laborava das 06:00 às 20:30 horas de 2ª a 6ª

feira e aos sábados laborava das 06:00 às 13:00 horas

sem, pois a 1ª reclamada não respeitava o intervalo

interjornada de no mínimo 11 horas de descanso.

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Desta forma, faz jus o obreiro ao

pagamento das horas extras com adicional de 60% pela

violação do intervalo interjornada (aplicação do artigo

66 da CLT e da OJ 355 da SDI-1 do TST) e seus reflexos

para efeito de descansos semanais remunerados, férias +

1/3, 13º salários, adicional de periculosidade, aviso

prévio e FGTS + 40%.

VIII - DO PAGAMENTO DAS FÉRIAS FORA DO PRAZO

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 137 E 145 DA CLT

APLICAÇÃO DA SÚMULA 450 DO TST

O reclamante gozou de férias

vencidas do período aquisitivo 2013/2014.

Essas férias foram concedidas no

período de 13/10/2014 a 01/11/2014 (doc. anexo).

Ocorre que, a 1ª reclamada não

efetuou o pagamento das férias dentro do prazo legal do

artigo 145 da CLT.

Pela análise do recibo de férias e

do histórico bancário, verifica-se que o reclamante não

recebeu as férias até 2 dias antes do início do gozo, já

que a reclamada efetuou o pagamento de R$ 3.245,49 em

13/10/2014, ou seja, no dia do início das férias (docs.

anexos).

Desta forma, nos termos dos

artigos 137 e 145 da CLT e da Súmula 450 do TST,

pleiteia o obreiro seja a 1ª reclamada condenada ao

pagamento em dobro das férias vencidas 2013/2014 + 1/3.

SÚMULA DO TST Nº 450 FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.

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IX - DO ACIDENTE DO TRABALHO - DOENÇA PROFISSIONAL

CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PELO INSS - CÓDIGO 91

Quando de sua admissão, o autor

submeteu-se a todos os exames médicos pré-admissionais,

sendo considerado apto e em perfeitas condições físicas

para as funções e desempenhar.

O reclamante em seu ambiente de

trabalho era cobrado de forma excessiva para cuidar do

patrimônio e dos valores e objetos que eram

transportados pela 3ª Reclamada (CORREIOS).

Diariamente durante toda a

jornada de trabalho o reclamante laborava em ambiente

de tensão e pressão em virtude dos assaltos, tanto que

durante o intervalo para refeição tinha que utilizar o

colete à prova de balas.

Registre-se que em 13 de

fevereiro de 2014 diante da tentativa de assalto ao

patrimônio da 3ª Reclamada em via pública (Rua Manoel

Pedro de Almeida, 507, Jardim Elga, São Paulo), o

reclamante trocou tiros com assaltantes e acabou

matando 1 deles no local dos fatos (Boletim de

Ocorrência em anexo).

Ressalte-se ainda que em 07 de

fevereiro de 2015 o reclamante e outro colega de

trabalho estavam atuando em escolta cuidando do

patrimônio da 3ª Reclamada em via pública (Rua Jerônimo

José de Andrade, 50, Jardim São Jorge, São Paulo), o

reclamante e seu colega de trabalho foram abordados por

assaltantes que subtraíram suas armas e em seguida

fugiram do local dos fatos (Boletim de Ocorrência em

anexo).

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Pela análise das 2 ocorrências

acima mencionadas temos a comprovação do ambiente

agressivo à saúde e a higiene mental do trabalhador.

Em decorrência do ambiente de

trabalho o reclamante passou a sofrer de problemas

psíquicos impedindo o obreiro de continuar laborando

em suas tarefas e foi afastado pelo INSS com a

perícia realizada em 05/03/2015 e com a concessão do

auxilio-doença por acidente do trabalho a partir de

abril de 2015 e com a alta médica programada para

26/06/2016.

As lesões psíquicas

diagnosticadas no autor, lhe impõem redução da

capacidade laborativa, porquanto lhe impossibilitam

o exercício das mesmas funções profissionais, o que

não lhe permite desenvolver suas antigas funções com a

mesma perfeição técnica e o mesmo desempenho, sendo que

está acometido de severas limitações ao convívio e

relacionamento profissional, familiar e social (docs.

anexos).

Assim, resta claro que a causa da

sequela sofrida pelo autor, foi a atividade

profissional por ele desenvolvida, que lhe ocasionou o

acidente de trabalho.

X – DOS DEPÓSITOS DO FGTS NO ACIDENTE DO TRABALHO

APLICAÇÃO DO ARTIGO 4º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CLT

APLICAÇÃO DO ARTIGO 15, §5º, DA LEI 8.036/90

Como declinado no item anterior o

reclamante está afastado pelo INSS com a concessão de

auxílio-doença por acidente do trabalho (código 91).

Nos termos do artigo 4º, parágrafo

único, da CLT e do artigo 15, §5º, da Lei 8.036/90 a 1ª

reclamada deverá efetuar os depósitos do FGTS durante o

período de afastamento.

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Pela análise do extrato analítico

fornecido pela Caixa Econômica Federal (doc. anexo),

verifica-se que a 1ª Reclamada não efetuou nenhum

depósito na conta vinculada do reclamante após o seu

afastamento pelo INSS.

Desta forma, faz jus o obreiro aos

depósitos do FGTS de todo o período do afastamento em

decorrência do auxílio-doença por acidente do trabalho

(abril/2015 a junho/2016), acrescidas da multa de 40%,

bem como à multa de 40% sobre os depósitos existentes.

XXII -- DDAA RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE PPAATTRROONNAALL PPOORR DDAANNOOSS

OO DDEEVVEERR PPAATTRROONNAALL DDEE EEVVIITTAARR OOSS AACCIIDDEENNTTEESS DDEE TTRRAABBAALLHHOO

O reclamante em seu ambiente de

trabalho era cobrado de forma excessiva para cuidar do

patrimônio e dos valores e objetos que eram

transportados pela 3ª Reclamada (CORREIOS).

Diariamente durante toda a

jornada de trabalho o reclamante laborava em ambiente

de tensão e pressão em virtude dos assaltos, tanto que

durante o intervalo para refeição tinha que utilizar o

colete à prova de balas.

Registre-se que em 13 de

fevereiro de 2014 diante da tentativa de assalto ao

patrimônio da 3ª Reclamada em via pública (Rua Manoel

Pedro de Almeida, 507, Jardim Elga, São Paulo), o

reclamante trocou tiros com assaltantes e acabou

matando 1 deles no local dos fatos (Boletim de

Ocorrência em anexo).

Ressalte-se ainda que em 07 de

fevereiro de 2015 o reclamante e outro colega de

trabalho estavam atuando em escolta cuidando do

patrimônio da 3ª Reclamada em via pública (Rua Jerônimo

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José de Andrade, 50, Jardim São Jorge, São Paulo), o

reclamante e seu colega de trabalho foram abordados por

assaltantes que subtraíram suas armas e em seguida

fugiram do local dos fatos (Boletim de Ocorrência em

anexo).

Ressalta o reclamante que quando

da 1ª Ocorrência em que matou o assaltante no local de

trabalho foi determinado pela empresa que trabalhasse

normalmente, pois foi dito pelo seu supervisor que isso

era normal em empresas de segurança e vigilância.

Assim, temos que a 1ª reclamada

simplesmente negligenciou a questão psicológica de seu

empregado, pois o obreiro matou um assaltante no

trabalho e a reclamada ainda determina que continue

trabalhando, como se nada tivesse acontecido.

No mínimo, a 1ª reclamada deveria

ter dado um amparo psicológico para seu empregado

concedendo folga para sua recuperação e até mesmo uma

avaliação médica para a total recuperação do trauma

ocorrido.

Diante dos fatos acima narrados,

entende o reclamante que a reclamada deve ser

responsabilizada pelos danos causados, “a priori” pela

incapacidade laboral decorrente do acidente de trabalho

e “a posteriori” a empresa no mínimo agiu com

imprudência e negligência por exigir de forma excessiva

o seu poder diretivo através do seu supervisor para que

o obreiro continuasse laborando normalmente após matar

um assaltante no ambiente de trabalho, como se nada

tivesse ocorrido.

A mais importante base legal que

estabelece a obrigação patronal sobre prevenção dos

acidentes de trabalho está no artigo 7º, inciso XXII,

da Constituição Federal:

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ... XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; ...”

Na legislação infraconstitucional

consta a obrigação empresarial pelo cumprimento das

normas sobre saúde, higiene e segurança do trabalho da

seguinte forma:

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

“Art. 156. Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II – adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III – impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do artigo 201.”

“Art. 157. Cabe às empresas: I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III – adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.”

A Lei nº 8.213/91, que cuida do

plano de benefícios previdenciários, estabelece nos §§

1º, 2º e 3º do artigo 19 que:

LEI 8.213/91

“Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente e temporária, da capacidade para o trabalho. §1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. §2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. §3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular ...”

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As regras de Segurança e Medicina

do Trabalho, regidas pelas Normas Regulamentadoras,

aprovadas pela Portaria nº 3214, de 08 de junho de

1978, baixada pelo Ministério do Trabalho, nos termos

da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, assim

dispõe:

“NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS.

1.7. Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

I – prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;

II – divulgar as obrigações e proibições que os empregados devem conhecer e cumprir;

III – dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;

IV – determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;

V – adotar medidas determinadas pelo MTb;

VI – adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras do trabalho;”

Entende o reclamante que a matéria

relativa à responsabilidade patronal deve ser analisada

pela inteligência do “caput” e parágrafo único do

artigo 927 do Código Civil de 2002, sendo plausível

apenas observar ao caso em tela a presença do dano e do

nexo de causalidade para justificar a responsabilidade

civil do agente, no caso o empregador, senão vejamos:

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem, fica

obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,

nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida

pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.

(destaques nossos)

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A Reclamada foi negligente e

imprudente na condução dos fatos, não respeitando as

regras de segurança e medicina do trabalho a que estava

legalmente obrigada.

De todo o narrado, constata-se que

a Reclamada foi negligente e imprudente na condução dos

fatos e, portanto, culpada pelo evento ao expor o

obreiro a um risco inútil e desnecessário.

Com relação à teoria, dita

objetiva ou do risco, no seu entendimento, VENOSA

ensina que, “quem, com sua atividade ou meios

utilizados, cria um risco deve suportar o prejuízo que

sua conduta acarreta, [...] desde que não se onere a

vítima a provar nada mais além do fato danoso e nexo

causal”.(VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil:

responsabilidade civil, Ed. Atlas. SP, 2004, p. 20.).

O Direito Moderno substituiu a

ideia de culpa tradicional, que fundamenta a

responsabilidade civil subjetiva, pela responsabilidade

objetiva, que não depende da comprovação de culpa,

porque a teoria subjetivista mostra-se cada vez mais

insuficiente para atender às imposições do progresso da

humanidade em todos os seus setores.

Assim, temos critérios que

determinam a responsabilidade objetiva fixados na lei

ou em razão de atividade de risco (parágrafo único do

artigo 927 do Código Civil).

São casos importantes de

responsabilidade objetiva, consagrados no Direito

brasileiro, os a seguir mencionados:

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Art. 938 do Código Civil, que trata da responsabilidade do habitante de casa ou prédio pelos danos decorrentes

das coisas que dele caírem e atingirem alguém, causando

danos (Aquele que habitar prédio, ou parte dele,

responde pelo dano proveniente das coisas que dele

caírem ou forem lançadas em lugar indevido);

Art. 927, parágrafo único, do Código Civil, que, na parte final, como importante novidade, trata da

responsabilidade decorrente de atividade de risco

normalmente desenvolvida pelo agente do dano (Haverá

obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,

nos casos especificados em lei, ou quando a atividade

normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,

por sua natureza, risco para os direitos de outrem);

Arts. 932 e 933 do Código Civil, que tratam da

responsabilidade dos pais, tutores, curadores e patrões

pelos atos das pessoas por quem são responsáveis (As

pessoas indicadas no inciso I a V do artigo antecedente,

ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos

atos praticados pelos terceiros ali referidos);

Art. 187 do Código Civil que, inovando no Direito

brasileiro, determina a responsabilidade objetiva do

agente que pratica abuso de direito, pelo critério

finalístico deste, ampliando assim os casos de

responsabilidade, tanto contratual como extracontratual,

de modo a melhor amparar os direitos da vítima dos atos

lesivos e causadores do dano (Também comete ato ilícito

o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede

manifestamente os limites impostos pelo seu fim

econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons

costumes);

Lei de Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81, art. 14, §1º, que determina a responsabilidade civil do

causador do dano ambiental tanto no aspecto genérico

como no tocante aos danos causados a terceiros (Sem

obstar a aplicação das penalidades previstas neste

artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da

existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos

causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por

sua atividade);

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Art. 21, inciso XXIII, letra c, da Constituição Federal, que estabelece a responsabilidade por dano nuclear

independentemente da existência de culpa (A

responsabilidade civil por danos nucleares independe da

existência de culpa);

Art. 225, §3º, da Constituição Federal, que cuida da

responsabilidade por danos ao meio ambiente, também

independentemente de culpa (As condutas e atividades

consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os

infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções

penais e administrativas, independentemente da obrigação

de reparar os danos causados;

Código Brasileiro de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC, que trata da responsabilidade pelo fato do produto

ou serviço;

Na legislação esparsa, a Lei de acidentes de trabalho aplica a responsabilidade objetiva para assegurar aos

segurados e dependentes os benefícios previdenciários

independentemente de culpa do acidentado (Lei nº

8.213/91).

Na esfera do direito do trabalho

merece destaque a responsabilidade objetiva do

empregador, consagrada no artigo 2º da CLT, que

considera empregador a empresa, individual ou coletiva,

que assumindo os riscos da atividade econômica, admite,

assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

Assim, na ocorrência de um

acidente do trabalho, cabe ao empregador provar que

cumpriu todas as obrigações na forma da lei. Caso não

comprove, deverá arcar com todas as consequências

reparatórias (aplicação do artigo 818 da CLT e artigo

333, II, do CPC).

A 1ª reclamada agiu de má-fé e

culposamente ao:

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1º - exigir de forma excessiva através de seu

supervisor para que o obreiro continuasse laborando

normalmente após matar um assaltante no ambiente de

trabalho, como se nada tivesse ocorrido;

2º - não ter dado um amparo psicológico para seu

empregado concedendo licença para sua recuperação e até

mesmo uma avaliação médica para a total recuperação do

trauma ocorrido;

3º - ao não proporcionar ao obreiro as condições

mínimas de higiene, saúde e segurança no ambiente de

trabalho (artigo 7º e incisos XXII e XXVIII da CF),

decorrente do ambiente de tensão e pressão em virtude

dos assaltos, tanto que durante o intervalo para

refeição tinha que utilizar o colete à prova de balas.

Registre-se ainda, que o reclamante laborava em

ambiente de tensão e realizando uma jornada de trabalho

excessiva.

Destarte, o conjunto dos atos

supra mencionados, s.m.j., torna a reclamada culpada

(negligência e imprudência), fazendo jus o obreiro a

uma indenização (artigo 7º, XXVIII, CF) por danos

materiais e morais (súmula nº 37, STJ), eis que a sua

saúde não é um produto descartável para ser tratado com

indiferença e descaso, como o foi pela reclamada.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

”Art. 7º: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ... XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa ...”.

Entende o obreiro que para o

arbitramento do dano deve-se levar em conta o seguinte

binômio (capacidade econômica do réu e o não

enriquecimento ilícito no autor).

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Registre-se que o valor arbitrado

ao dano deve ter o caráter punitivo para que esse ato

não se repita com outros funcionários.

Ocorre que a Reclamada trata-se de

uma empresa de grande porte no ramo de segurança, sendo

que o valor arbitrado deverá caracterizar o caráter

punitivo ao réu pelo ato ilícito praticado.

XXIIII -- DDOO DDAANNOO MMOORRAALL

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF

APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL

As sequelas apresentadas pelo

reclamante acarretaram-lhe prejuízos morais, vindo a

interferir em seus direitos mais valiosos, como a vida

privada, a intimidade, sua vida social e familiar,

todos estes assegurados constitucionalmente (artigo 5º,

incisos V e X, da CF).

Certo de que as moléstias de que

é portador são decorrentes diretamente do trabalho

realizado na reclamada, deixando o obreiro com sequelas

irreversíveis, cabe analisar o quanto estas foram

agravadas pela atitude da empresa, decorrente da

execução de suas atividades em locais de risco, sendo a

reclamada imprudente e negligente ao obrigá-lo se

ativar nas mesmas funções, sabendo que o obreiro sempre

foi, assim como ainda é, portador de sequelas

acidentárias.

O reclamante atingido pela redução

de sua saúde resultante de acidente sente, em seu

âmago, intranquilidade, insatisfação, desânimo,

descrença, insegurança e toda sorte de incômodos e

desequilíbrios psíquicos, afetando-lhe no mais íntimo

de seu ser, encontrando-se efetivamente limitado em

suas condições físicas, lhe sendo devida a indenização

por danos morais, sendo este o entendimento de nosso

tribunais:

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“Dano moral e ou material em razão de infortuito laboral: Nos termos previstos no artigo 7º e incisos XXII e XXVIII da Constituição Federal compete a empregadora a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança" (inc. XXII) e, entre outros "seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. Em assim sendo, restando demonstrado de forma cabal e inconteste que a empregadora não zelou ou propiciou condições adequadas e seguras aos seu empregados, impõe-se a condenação desta a indenização por danos morais e ou materiais ao empregado que foi vítima de infortuito ocupacional ocorrido em seu local de trabalho"(TRT 2ª Reg., 8a T., RO 00453-2006-252-02-00-4, Rel. Lílian Lygia Ortega Mazzeu, SP, 15.01.2008, “in” www.trt02.gov.br).

“DANO MORAL DECORRENTE DE ACIDENTE DO TRABALHO. BASE DE REGULAÇÃO E DE QUANTIFICAÇÃO. ANÁLISE DE CONDIÇÕES PESSOAIS, ECONÔMICAS E SOCIAIS DO ACIDENTADO. CONDENAÇÃO TEM INTUITO RESSARCITÓRIO E PREVENTIVO. A RECLAMADA DEVE CUIDAR DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E DO TREINAMENTO DOS SEUS EMPREGADOS. O valor da indenização imposta para a recorrida precisa ter o peso necessário a alertá-la para não mais descuidar de seus empregados e não expor os trabalhadores a risco, sem o competente treinamento. Isto é, a condenação visa também, além do caráter ressarcitório, a servir de medida preventiva, para que tais sinistros não reincidam. O obreiro tem 30 anos de idade; até completar 65 anos, teria pela frente mais 35 anos de vida produtiva, não fosse o acidente que abruptamente reduziu sua capacidade produtiva e vem causando sofrimento físico e mental. Fatores como idade, condições pessoais, familiares e condição econômica devem ser sopesados para determinação das bases, e para se chegar ao "quantum" da indenização. Recurso adesivo a que se dá provimento parcial, para elevar em mais 50 (cinqüenta) salários mínimos, correspondendo a 200 (duzentos), a indenização por dano moral, que somada aos 30 (trinta) salários mínimos por dano estético, totaliza 230 (duzentos e trinta) salários mínimos.” (TRT 2ª Reg., 10a T., RO 01069-2005-471-02-00-2, Rel. Marta Casadei Momezzo, SP, 29.01.2008, “in” www.trt02.gov.br).

Entende o obreiro que para o

arbitramento do dano deve-se levar em conta o seguinte

binômio (capacidade econômica do réu e o não

enriquecimento ilícito no autor).

Registre-se que o valor arbitrado

ao dano deve ter o caráter punitivo para que esse ato

não se repita com outros funcionários.

Ocorre que a Reclamada trata-se de

uma empresa de grande porte ligada ao ramo de

segurança, sendo que o valor arbitrado deverá

caracterizar o caráter punitivo ao réu pelo ato ilícito

praticado.

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Destarte, para efeito de reparação

do dano moral, o obreiro pleiteia o pagamento de uma

indenização, que modestamente estima no mínimo em 50

(cinquenta) salários nominais, calculados com base na

sua última remuneração.

XXIIIIII -- DDOO DDAANNOO MMAATTEERRIIAALL

DDAANNOOSS EEMMEERRGGEENNTTEESS EE PPEENNSSÃÃOO MMEENNSSAALL VVIITTAALLÍÍCCIIAA

AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS AARRTTIIGGOOSS 118866,, 992277,, 994499 EE 995500 DDOO CCCC

O dano patrimonial tem por regra

básica no ordenamento jurídico o artigo 402 do Código

Civil, o qual disciplina que salvo exceção legal, as

perdas e danos abrangem, além do efetivamente perdido,

o que razoavelmente se deixou de ganhar. Surge daí o

dano emergente e os lucros cessantes.

Em razão da sua incapacidade

laboral pela conduta da reclamada que colaborou com o

acidente, pleiteia o reclamante uma pensão vitalícia

correspondente ao grau de redução de capacidade

laborativa sofrido por este, (com base na legislação

acidentária - Lei n° 8.213/91, é de no mínimo 50% -

cinquenta por cento, com base no salário percebido a

data de sua demissão, incluindo-se o 13º salário, com

as prestações vencidas a contar da data em que o

reclamante foi desligado, além das vincendas), além do

pagamento de convênio médico vitalício (o mesmo

convênio de quando era empregado), visando conceder ao

obreiro e seus dependentes de maneira razoável, a

recuperação da situação anterior ao do seu desemprego,

uma vez que é irreversível a sua incapacidade laboral,

senão vejamos:

“1. DANO MATERIAL. ACIDENTE DE TRABALHO. INDENIZAÇÃO. PENSÃO VITALÍCIA. CABIMENTO: "A indenização pecuniária, na forma de pensão, somente é devida quando a vítima, em virtude do acidente sofrido, tem sua capacidade laborativa reduzida ou eliminada". 2. DANO MORAL. ACIDENTE DE TRABALHO. INDENIZAÇÃO - FIXAÇÃO DO "QUANTUM": 2.1. "Presentes os elementos que configuram a responsabilidade do empregador, ou seja, a ação

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ou omissão, o dano, o nexo causal entre o evento e as atividades desenvolvidas pelo obreiro e a existência de culpa ou dolo do agente, é cabível a reparação pelos danos provocados". 2.2. "O 'quantum' indenizatório tem caráter satisfativo-punitivo; deve ser justo e proporcional, a fim de que se obtenha a reparação do dano causado, compensando o sofrimento da vítima e penalizando o infrator, inibindo, assim, a reiteração de atos lesivos". Recurso Ordinário a que se dá provimento parcial.” (TRT 2ª Reg., 11ª T., RO. 02132-2005-315-02-00-1, Rel. Dora Vaz Treviño, SP, 07.08.2007, “in” www.trt02.gov.br).

A responsabilidade patronal é

notória no caso em tela, uma vez que há o dano

(moléstias), o nexo causal (acidente no ambiente de

trabalho) e culpa e dolo da reclamada (negligência e

imprudência), em decorrência de todos os fatos supra

narrados, o que caracteriza a responsabilidade civil,

ensejadora da reparação pelos danos materiais ao

obreiro, abrangendo, além do que efetivamente foi

perdido, o que razoavelmente se deixou de ganhar, uma

vez que o reclamante, está limitado pela sua

enfermidade, sendo esta uma barreira muito grande a ser

quebrada em busca de emprego, promoções e

reconhecimento profissional, pois no atual mercado de

trabalho, a competição é cada vez mais acirrada e

restrita a um determinado grupo de pessoas.

XIV – DA RESCISÃO INDIRETA

JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR

APLICAÇÃO DO ARTIGO 483, “d”, “e”, e §3º, DA CLT

Diante das situações apontadas nos

itens "V", "VI", "VII", "VIII", "IX", "X" e "XI", e

sendo o salário a única fonte de renda e, via de

consequência, de sobrevivência do obreiro, as atitudes

da 1ª Reclamada constituem, portanto, falta grave do

empregador, nos termos da alínea “d” e "e", do artigo

483 da CLT, que autoriza a rescisão por justa causa

cometida pelo empregador (rescisão indireta do contrato

de trabalho), com o recebimento de todas as verbas

decorrentes da resilição, nos termos do parágrafo 3º do

mesmo artigo consolidado.

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Registre-se que o contrato de

trabalho do reclamante está suspenso, pois o obreiro

está afastado pelo INSS em auxílio-doença por acidente

do trabalho até 26/06/2016.

Desta forma, a rescisão indireta

do contrato de trabalho será em 27/06/2016, ou seja,

com alta médica do INSS.

XV – DAS VERBAS RESCISÓRIAS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 477 DA CLT

Com o reconhecimento da rescisão

indireta do contrato de trabalho a 1ª Reclamada deverá

pagar ao reclamante as seguintes verbas:

aviso prévio normal e proporcional;

13º salário proporcional de 2015 (4/12);

férias proporcionais 6/12 + 1/3;

FGTS sobre as verbas acima + 40%;

Baixa e atualização da CTPS.

XVI – DA ESTABILIDADE DO ACIDENTE DO TRABALHO

INDENIZAÇÃO DA ESTABILIDADE PELA RESCISÃO INDIRETA

APLICAÇÃÇÃO DO ARTIGO 118 DA LEI 8.213/91

Em decorrência do ambiente de

trabalho o reclamante passou a sofrer de problemas

psíquicos impedindo o obreiro de continuar laborando

em suas tarefas e foi afastado pelo INSS com a

perícia realizada em 05/03/2015 e com a concessão do

auxilio-doença por acidente do trabalho a partir de

abril de 2015 e com a alta médica programada para

26/06/2016.

Desta forma, considerando a

rescisão indireta do contrato de trabalho, nos termos

do artigo 118 da Lei 8.213/91, o Reclamante tem direito

à estabilidade de 12 meses, devendo a 1ª reclamada ser

condenada a pagar a indenização da estabilidade.

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XVII – DA LIBERAÇÃO DO FGTS

APLICAÇÃO DAS LEIS 8036/90

Com o reconhecimento da rescisão

indireta do contrato de trabalho a 1ª Reclamada deverá

fornecer as Guias CD para a liberação do FGTS que está

depositado na conta vinculada do reclamante (R$

4.287,91).

Para o caso do não cumprimento,

requer o Reclamante a expedição de Alvará Judicial.

XVIII – DO SEGURO DESEMPREGO

APLICAÇÃO DAS LEIS 7998/90 E 8.900/94

APLICAÇÃO DA SÚMULA 389 DO TST

Com o reconhecimento da rescisão

indireta do contrato de trabalho a 1ª Reclamada deverá

fornecer as Guias CD para a percepção do benefício do

Seguro Desemprego.

Para o caso do não cumprimento,

requer o Reclamante seja expedido Alvará Judicial ou a

sua consequente indenização no valor de 5 parcelas, nos

termos das Leis 7998/90 e 8.900/94, bem como da Súmula

389 do TST.

XIX – DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XI, DA CF

APLICAÇÃO DA LEI 10.101/00

APLICAÇÃO DA SÚMULA 451 DO TST

Esclarece o obreiro que recebeu

corretamente os valores dos PLR's em seus holerites até

o ano de 2014.

Assim, com a extinção do contrato

de trabalho, a 1ª reclamada deve ser compelida no

pagamento da PLR integral de 2015 e da PLR proporcional

de 2016 (aplicação do art. 7º, XI, CF, Lei 10.101/00 e

súmula 451 do TST).

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XXXX –– DDOO RREEEEMMBBOOLLSSOO DDAA CCOONNTTRRIIBBUUIIÇÇÃÃOO SSIINNDDIICCAALL DDEE 22001133

VVAALLOORR DDEESSCCOONNTTAADDOO DDEE FFOORRMMAA EERRRRÔÔNNEEAA

Verifica-se do holerite do obreiro

do mês de novembro de 2013 o desconto da contribuição

sindical no valor de R$ 52,18.

Ocorre que, a 1ª reclamada efetuou

o desconto no valor acima do correto.

Se o salário base do reclamante

era de R$ 1.204,22, o valor da contribuição sindical

seria de R$ 40,14 e não R$ 52,18.

Desta forma, faz jus o obreiro ao

reembolso do valor de R$ 12,04 que foi descontado

indevidamente pela reclamada.

XXXXII –– DDOO RREEEEMMBBOOLLSSOO DDAA CCOONNTTRRIIBBUUIIÇÇÃÃOO AASSSSIISSTTEENNCCIIAALL

AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO DDOO AARRTTIIGGOO 446622 DDAA CCLLTT

AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO DDOO PPRREECCEEDDEENNTTEE NNOORRMMAATTIIVVOO 111199 DDAA SSDDCC DDOO TTSSTT

AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO DDAA SSÚÚMMUULLAA 666666 DDOO SSTTFF

Verifica-se dos holerites do

obreiro o desconto compulsório da contribuição

assistencial.

O reclamante não se filiou ao

sindicato, entendendo que os descontos efetuados

referentes à contribuição assistencial violam o

Princípio da Liberdade de filiação sindical (artigo 5º,

II e XX, CF), fazendo jus o obreiro ao reembolso dos

valores descontados compulsoriamente (artigo 462 da

CLT, PN 119 da SDC do TST e Súmula 666 do STF), devendo

a 1ª reclamada apresentar todos os comprovantes de

repasse/holerites que estão em seu poder (artigo 359 do

CPC).

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XXII – DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL

Nos termos do artigo 8º da CLT e

dos artigos 389 e 404 do Código Civil, a 1ª Reclamada

deve ressarcir o Reclamante com juros e correção

monetária e ressarcir inclusive as despesas de

honorários de advogado, no importe de 30% do valor da

condenação.

Os honorários previstos nos

artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão

relacionados com os contratados entre o cliente e o seu

advogado, não se trata de sucumbência, mas de

ressarcimento integral do dano.

Em outras palavras, esse

ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se

interage com a verba honorária imposta pela

sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos

honorários sucumbenciais em relação aos contratuais.

A verba honorária imposta pelo

Novo Código Civil é uma indenização de Direito

Material, não guardando nenhuma relação com o Direito

Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e não

o seu advogado.

Diante da violação de seus

direitos, não só em eventuais situações extrajudiciais

como judiciais, o trabalhador deve ser indenizado pelas

despesas havidas com o seu advogado, sob pena de

violação da própria razão de ser do Direito do

Trabalho, ou seja, de sua origem protetora.

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A restituição do seu crédito há de

ser integral, como bem assevera o disposto no artigo

389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e danos,

nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas

com atualização monetária segundo índices oficiais

regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e

honorários de advogado.

A decisão judicial deverá fixar, a

título de indenização, os valores efetivamente

contratados entre o trabalhador e o seu advogado,

quando de fato houver o reconhecimento da procedência

parcial ou total da postulação deduzida em juízo.

Claro está que essa indenização

será um crédito do empregado, na qualidade de parte da

relação jurídica processual, já que se trata de um

ressarcimento das despesas havidas por ele em face da

atuação profissional de seu advogado.

CÓDIGO CIVIL

“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”

“Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

...”

XXIII – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO

E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Diante de todos os fatos

narrados, verifica-se que a 1ª reclamada cometeu

irregularidades passíveis de penalidades

administrativas, bem como cometeu o crime contra a

organização do trabalho (artigo 203 do Código Penal).

Essas irregularidades praticadas pela reclamada

prejudicaram o reclamante tanto na esfera trabalhista

quanto na esfera previdenciária.

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CÓDIGO PENAL

“Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:

Pena – detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Assim, requer o reclamante a

expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e

Ministério Público do Trabalho para a instauração de

processo administrativo e processo criminal em face da

reclamada e de seus sócios.

XXIV - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT

APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10

APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST

APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST

Com relação aos recolhimentos

fiscais, entende o reclamante que os descontos não

incidem sobre as verbas postuladas (aviso prévio,

férias + 1/3, dobro de férias + 1/3, depósitos de FGTS

+ 40%, dano moral, PLR, indenização de estabilidade,

ressarcimento de honorários de advogado).

Requer a aplicação da Instrução

Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos

procedimentos a serem observados na apuração do Imposto

de Renda Pessoa Física incidente sobre os rendimentos

recebidos acumuladamente.

O texto segue os ditames da Medida

Provisória 497, de 28 de julho de 2010, convertida na

Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e apresenta uma

tabela progressiva pela qual os limites de isenção e

parâmetros das alíquotas mensais aplicáveis para a

retenção do IR são multiplicados pelo número de meses

envolvidos nos cálculos de liquidação.

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Registre-se, que nos termos da

Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1 do TST os

juros de mora não integram a base de cálculo do imposto

de renda, independentemente da natureza jurídica da

obrigação inadimplida.

XXV – DAS ANOTAÇÕES NA CTPS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 461 DO CPC

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 29 E 39 DA CLT

A reclamada não efetuou as

anotações de alterações de salários do contrato de

trabalho, bem como não anotou as férias concedidas em

2014.

Desta forma, com a rescisão

indireta do contrato de trabalho, requer o obreiro sejam

efetuadas as devidas anotações pela 1ª reclamada,

inclusive a baixa na CTPS, sob pena de aplicação de

multa diária (aplicação do artigo 461 do CPC).

Caso a reclamada ainda assim não

efetue as anotações na CTPS do obreiro, requer sejam as

anotações efetuadas pela Secretaria da Vara (aplicação

do artigo 39 da CLT).

XXVI – DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

APLICAÇÃO DA SÚMULA 331, IV E VI DO TST

O reclamante foi contratado pela

1ª reclamada (MAP SEGURANÇA) para laborar prestando

serviços diretamente para a 3ª Reclamada (CORREIOS).

O Reclamante foi contratado pela

1ª Reclamada (MAP SEGURANÇA) para exercer as funções de

vigilante de escolta armada para cuidar do patrimônio e

valores bancários gerenciados e transportados pela 3ª

Reclamada (CORREIOS).

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O inadimplemento das obrigações

trabalhistas por parte do empregador, implica na

responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços

quanto àquelas obrigações, nos termos da Súmula 331, IV

e VI, do TST.

Assim, deve a 3ª Reclamada

figurar no polo passivo da Reclamação.

XXVII - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, pleiteia o

Reclamante a procedência da reclamação trabalhista para

declarar a responsabilidade solidária da 1ª e 2ª

reclamadas, bem como para considerar a rescisão

indireta do contrato de trabalho na data de 27/06/2016

pelas irregularidades descritas nos itens “V”, “VI”,

"VII", "VIII", "IX", "X" e “XI”, com fulcro nas alíneas

“d” e "e" e parágrafo 3º do artigo 483 da CLT, sendo as

Reclamadas compelidas solidariamente ao pagamento das

seguintes verbas:

a) Aviso prévio normal indenizado de 30 dias a apurar

b) Aviso prévio proporcional de 6 dias a apurar

c) 13º salário proporcional de 2015 (4/12) a apurar

d) Férias proporcionais 2014/2015 + 1/3 a apurar

e) Pagamento das diferenças de horas extras

como descrito no item “V” a apurar

e1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar

e2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar

e3) Reflexos das horas extras no 13º salário a apurar

e4) Reflexos das horas extras na periculosidade a apurar

e5) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar

f) Pagamento de 1 hora extra por dia de

trabalho pela não concessão do intervalo

legal para refeição e descanso, nos

termos do item “VI” a apurar

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f1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar

f2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar

f3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar

f4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar

g) Pagamento das horas extras por violação

do intervalo interjornada, nos termos

do item “VII” a apurar

g1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar

g2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar

g3) Reflexos das horas extras no 13º salário a apurar

g4) Reflexos das horas extras na periculosidade a apurar

g5) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar

h) FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40% a apurar

i) Pagamento da DOBRA das férias do período

aquisitivo 2013/2014 + 1/3, nos termos do

item “VIII” a apurar

j) Indenização por danos morais decorrente

do acidente do trabalho, como descrito

nos itens “IX”, "XI" e "XII" a apurar

k) Indenização por danos materiais, nestes

compreendidos além da indenização, a

pensão vitalícia e o 13º salário, nos

termos dos itens “IX”, “XI”, e “XIII” a apurar

l) Manutenção do convênio médico, como

descrito no item “XIII” a apurar

m) Depósitos do FGTS sobre do período do

afastamento pelo INSS por acidente do

trabalho de abril/2015 a junho/2016,

como fundamentado no item "X" a apurar

n) Multa de 40% do FGTS sobre a letra anterior a apurar

o) Entrega das Guias TRCT para percepção

do FGTS e para o caso do não cumprimento

pela reclamada, requer a expedição de

Alvará Judicial.

p) Multa de 40% do FGTS sobre a letra anterior R$ 1.715,16

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q) Indenização da estabilidade do acidente

do trabalho, como descrito no item "XVI" a apurar

r) Liberação ou indenização do Seguro

Desemprego, nos termos do item “XVIII” a apurar

s) Pagamento da PLR integral de 2015, nos

termos do item “XIX” a apurar

t) Pagamento da PLR proporcional de 2016,

nos termos do item “XIX” a apurar

u) Reembolso do valor de R$ 12,04 que foi

descontado de forma indevida a título

de contribuição sindical, como descrito

no item “XX" R$ 12,04

v) Reembolso dos descontos realizados pela

reclamada a título de contribuição

assistencial, nos termos do item “XXI” a apurar

w) Ressarcimento das despesas do obreiro

com honorários de advogado, nos termos

do item “XXII” a apurar

x) Recolhimentos fiscais, como descrito no

item “XXIII”.

y) Expedição de ofício ao MTb e MPT, como

fundamentado no item “XXIV”

z) Baixa e atualizações na CTPS, nos termos

no item “XXV”

a1)Responsabilidade subsidiária da 3ª

reclamada (Súmula 331, IV e VI do TST),

como descrito no item "XXVI"

XXVIII – DOS REQUERIMENTOS

Nos termos do parágrafo 3º, do

artigo 625-D, da CLT, informa o Reclamante que até a

presente data não foi criada a Comissão de Conciliação

previa de sua categoria.

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Vale ressaltar que mesmo que

tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma é

facultativa, não constituindo condição da ação e nem

tampouco pressuposto processual na reclamatória

trabalhista, não se perdendo de vista o princípio maior

colhido da Carta Constitucional de que nenhuma lesão ou

ameaça a direito poderá ser excluída pela lei da

apreciação do Poder judiciário, nos termos do art. 5º,

XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do TRT da 2ª

Região).

Requer o Reclamante a concessão

dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa

pobre na acepção legal do termo, pois sua atual

situação econômica não lhe permite pagar as custas do

processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua

família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts. 2º

e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1 do

TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região.

Em face do exposto, pede e espera

o Reclamante, seja a presente ação julgada totalmente

procedente, condenando-se as Reclamadas no pagamento

das verbas pleiteadas, monetariamente atualizadas,

computados os juros de mora, além de custas e despesas

processuais.

Para tanto, requer se digne

V.Exa., determinar a notificação das Reclamadas, no

endereço declinado para que, querendo, contestem a

presente Reclamação, sob pena de sofrerem os efeitos da

revelia.

Finalmente, requer provar o

alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do

representante legal das Reclamadas, sob pena de

confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros, se

necessários.

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XXIX – DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa, para efeito de

custas e alçada, o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil

reais – procedimento ordinário).

OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER

FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO

SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA

CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

São Paulo, 16 de dezembro de 2015.

MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR

OAB/SP 148.128

RICARDO RIGHINI

OAB/SP 367.810

INI_MAP SEGURANÇA – JOSE CARLOS