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1 RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento 1 RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL RELATÓRIO DE INDICADORES DE MONITORAMENTO

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RELATÓRIOEXAME PERIÓDICOUNIVERSAL RELATÓRIO DE INDICADORES DE

MONITORAMENTO

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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DADOS GERAIS Instituição promotora União Marista do BrasilÁrea Missão/Comissão de Solidariedade/GTDCAExercício 2014/2016EPU Relatório Foco Direito à EducaçãoPúblico de interesse FMSI/ONU

COMISSÃO SOLIDARIEDADE 2014-2016

Alair Bento dos SantosAlessandra HovoruskoBárbara Pimpão FerreiraCarlos Vitor PauloCláudia LaurethEliane Guedes GassenEulália Maria Sombra PinheiroIr. Carlos Henrique da SilvaIr. Davi NardiIr. Dionísio Roberto RodriguesIr. Franki Kleberson KucherIr. James PinheiroIr. Jorge GaioIr. Luciano da Rosa BarrachinIMércia Maria Silva ProcópioIr. Miguel OrlandiIr. Ivonir Antonio ImperatoriViviane Aparecida da Silva

Clemilson Graciano da SilvaMilda Lourdes Pala MoraesIr. Valdir Gurgel Jimena Djauara N. C. Grignani Patrícia Elizabeth B. RomeroKarina Amâncio Rodrigues Carlos Alberto MarianiIr. Ivonir Antônio Imperatori Mércia Maria Silva ProcópioEulália Maria Sombra Pinheiro

COMPOSIÇÃO GTDCA

DIRETORIAIr. Deivis FischerIr. Humberto Lima GondimIr. Vanderlei Siqueira dos Santos

SECRETÁRIO EXECUTIVO DA UMBRASILIr. Valter Pedro Zancanaro

COORDENADOR DA ÁREA DE MISSÃO Ricardo Mariz

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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DA ONU AO BRASILEXAME PERIÓDICO UNIVERSAL

Apresentação (UMBRASIL)

Desde 2005, em Brasília, a União Marista do Brasil (UMBRASIL) se propõe a articular e criar sinergia na ampla ação desenvolvida pelo Instituto Marista em

todo o território nacional.

O Instituto Marista, fundado na França em 1817 por São Marcelino Champagnat, está no Brasil desde 1897, provendo educação de excelência e princípios

cristãos a crianças e jovens.

A atuação do Instituto no Brasil é uma das mais representativas, somando 30% de toda a presença marista no mundo. Em nosso País, a Instituição está dividi-

da em quatro Unidades Administrativas: as Províncias Brasil Centro-Norte, Brasil Centro-Sul, Rio Grande do Sul e um Distrito na Amazônia, formando a União

Marista do Brasil (UMBRASIL).

Com a missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado, o Instituto tem hoje 30 mil Irmãos, Leigos e Leigas, proporcionando educação para 200 mil crianças

e jovens no Brasil e beneficiando mais de 350 mil pessoas no total, por meio de 86 colégios, 51 unidades sociais, quatro instituições de ensino superior, três

veículos de comunicação, três editoras e sete hospitais.

Presente em 79 países, com muitas obras sociais e mais de 500 escolas, os Irmãos, Leigos e Leigas maristas têm a missão de educar crianças e jovens, for-

mando bons cristãos e virtuosos cidadãos, comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária.

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Introdução

O Brasil Marista é uma organização reconhecida por sua atuação no campo da educação, trabalhando também na defesa dos direitos humanos, em especial de

crianças, adolescentes e jovens, o que levou a Instituição a participar do processo de monitoramento das recomendações da Organização das Nações Unidas

(ONU), alusivas ao Exame Periódico Universal (EPU), realizadas ao governo brasileiro.

O monitoramento a ser realizado pelo Brasil Marista resultará em relato que será encaminhado à Fundação Marista de Solidariedade Internacional (FMSI),

com sede em Genebra, responsável pela incidência política junto às delegações dos países membros da ONU, oferecendo subsídios que possibilitam melhor

avaliação do contexto brasileiro em relação às recomendações proferidas. A perspectiva é de que o governo brasileiro cumpra com o compromisso da garantia

dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

Para realização do monitoramento foi constituído um Grupo de Trabalho dos Direitos da Criança e do Adolescente (GTDCA), no âmbito do Brasil Marista, com

representantes das três Províncias – Brasil Centro-Norte, Brasil Centro-Sul e do Rio Grande do Sul –. Coube ao GTDCA, após processo de reflexão e discussão,

a priorização de sete recomendações, dentre as mais de 160 destinadas ao Brasil, a partir de algumas premissas estabelecidas. Das sete recomendações, a

Comissão de Solidariedade optou por monitorar duas recomendações alusivas ao tema da “educação”, dada a relação direta com sua finalidade e missão.

Nesse sentido, foram compiladas informações que permeiam o cenário brasileiro e que poderão subsidiar a ONU quanto ao cumprimento das seguintes reco-

mendações: “119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de

calidad (Irán)” e “119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”.

A República Federativa do Brasil, composta de 26 Estados e o Distrito Federal, com extensão territorial de 8.515.767,049 km2 divididos em 5. 570 municípios,

possui uma população de aproximadamente 204 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço

de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe (UNICEF -2014).

Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Global (IDH), o Brasil ocupou em 2013 a 79ª posição, considerada de elevado desenvolvimento humano,

segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU). Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo

(IPEA/2013), com um Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 de R$ 5,52 trilhões e renda per capita em 2014 (PIB per capita) de R$ 27.230 ou US$ 8.536. A taxa de

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desemprego no Brasil corresponde a 6,2% da população economicamente ativa (março de 2015) e 4,8% (taxa média anual de 2014). No campo das relações

Internacionais, o Brasil é país membro da ONU; pertence ao Mercosul (Mercado Comum do Sul), à Unasul (União de Nações Sul-Americanas), à OMC (Organi-

zação Mundial de Comércio), à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e aos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul).

No que tange às políticas públicas, o Brasil assumiu como primeiro objetivo do milênio (ODM) a erradicação da pobreza extrema e da fome. No campo da infra-

estrutura, estabeleceu como meta contemplar 25 milhões de pessoas com novas moradias, por meio de programa governamental. No fim de 2013, o mercado

de trabalho alcançou a mais elevada taxa de formalização (58%), conforme a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014.

O Brasil registrou em 2013 um universo de 40.366.236 estudantes matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal, segundo dados pre-

liminares do Censo Escolar. Os dados se referem à matrícula inicial no ensino regular – educação infantil (Creches e Pré-escola), Ensino Fundamental, Ensino

Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Sistema de Educação Especial. Os números mostram que no ensino regular estão matriculados 39.712.698, e

na educação especial estão 653.378 estudantes matriculados.

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Marco Referencial

A Doutrina da Proteção Integral para a infância surge no contexto de construção da Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, pautada no princípio

do interesse superior da criança como sujeito de direitos. Em 20 de novembro de 1989, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprova por unanimidade

a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, que é assinada pelo Brasil, em 24 de setembro de 1990, e torna-se o tratado mais ratificado no mundo,

além de representar o primeiro instrumento internacional a contemplar os Direitos Humanos numa dimensão mais ampla, inerentes à dignidade humana e ao

desenvolvimento saudável e integral de toda criança, sem qualquer distinção.

Na história internacional, a mudança de paradigma foi marcada pela doutrina da proteção integral, que reconhece a criança e o adolescente como sujeitos de

direitos e remete ao Estado a garantia desses direitos, o que, por sua vez, dá início a importantes processos de discussão e de criação de normas específicas,

no âmbito de vários países, inclusive do Brasil.

Tal cenário internacional e a conjuntura de redemocratização impulsionada pelos movimentos sociais no Brasil contribuem, sobremaneira, no final da década

de 1980, para maior incidência política da sociedade civil na defesa dos direitos de crianças e de adolescentes. Dessa mobilização surge a proposta de emenda

popular denominada “Criança, Prioridade Nacional”, amparada em mais de um milhão de assinaturas, que resulta na inclusão do artigo 227 na Constituição

Federal de 1988: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de

colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

Dá-se início, então, ao processo de materialização do artigo 227, que resulta na aprovação da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA). A iniciativa simboliza um novo modelo de sociedade e demonstra a sintonia dos constituintes brasileiros com toda a discussão

de âmbito internacional existente naquele momento, o que leva o Brasil a se tornar o primeiro país a adequar a legislação interna aos princípios consagrados

pela Convenção das Nações Unidas, até mesmo antes da sua vigência obrigatória.

Na Constituição Federal do Brasil, o Direito à Educação aparece no artigo 6º, entre os Direitos Sociais, ao lado da saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer,

segurança, previdência social, entre outros. Sendo retomado posteriormente, no capítulo III, da Educação, da Cultura e do Desporto. O artigo 205 estabelece a

educação como direitos de todos/as, dever do Estado e da família, reconhecendo a tarefa que cabe à sociedade na sua promoção e incentivo. No artigo 206, é

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citada a gestão democrática do ensino público, que preconiza a intersetorialidade como eixo fundamental das ações educativas. Tais artigos também dialogam

diretamente com a educação integral.

O Brasil vivenciou avanços consideráveis com a promulgação da Constituição Federal, de 1988, quando se garantiu a adoção de uma concepção ampla de

educação, sua inscrição como direito social inalienável, a corresponsabilidade dos entes federados por sua efetivação e a ampliação dos percentuais mínimos

de receitas para seu financiamento. Por conseguinte, vários instrumentos legais de grande impacto para a educação brasileira foram aprovados pelo Congresso

Nacional na década de 1990, destacando-se a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), de 1996, e a Emenda Constitucional nº 14/1996, que insti-

tuiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Os artigos 34 e 87 dizem respeito à educa-

ção integral. O artigo 2º da LDB afirma que a educação tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para exercitar sua cidadania. Já

os artigos 34 e 86 trazem como agenda que o Ensino Fundamental seja oferecido em tempo integral de forma progressiva.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo 53, mostra que toda criança e todo adolescente têm direito a uma educação que os prepare para seu

desenvolvimento pleno, para a vida em uma perspectiva cidadã e o qualifique para o mundo do trabalho. O estatuto também traz o conceito de educação inte-

gral no artigo 59, que diz que municípios, estados e União devem facilitar o acesso de crianças e adolescentes a espaços culturais, esportivos e de lazer.

Em 2014, foi aprovada a Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE) para o Decênio de 2014 a 2024, documento que

estabelece as estratégicas das políticas de educação para o Brasil para o período de dez anos e a ampliação do financiamento da educação pública, chegando,

em até dez anos, a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Vale também destacar as metas do PNE, que incluem a alfabetização de todas as crianças até o fim do terceiro ano do Ensino Fundamental, a erradicação do analfa-

betismo de brasileiros com 15 anos ou mais, a inclusão de todas as crianças de quatro e cinco anos na pré-escola e o acesso à creche para pelo menos metade das

crianças de até três anos. O PNE contempla, ainda, o incentivo ao ensino profissionalizante de adolescentes e adultos e a formação continuada de professores.

Contudo, parece indispensável reconhecer que a existência formal de dispositivos legais não é suficiente, tendo em vista os desafios ainda enfrentados para a

universalização de uma educação que incorpore a qualidade necessária para formar estudantes, preparando-os efetivamente para o futuro.

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Metodologia

O Brasil Marista é uma organização reconhecida por sua atuação na área de educação e dos direitos humanos, especialmente de crianças, adolescentes e

jovens. Nessa perspectiva, a Instituição decidiu monitorar as recomendações da ONU ao Governo Brasileiro, fornecendo um relatório à FMSI para incidência

política com vistas a fomentar a garantia dos direitos humanos pelo país.

Ao Grupo de Trabalho de Direitos da Criança e do Adolescente (GTDCA), coube a responsabilidade de monitoramento das recomendações da ONU. Inicialmente,

o GTDCA elencou sete recomendações, considerando o foco em crianças, adolescentes e jovens e a temática da educação. A partir de então, foi relacionada uma

série de possíveis indicadores de monitoramento de tais recomendações, alinhados ao interesse do Brasil Marista, com as respectivas fontes a serem consultadas.

Com a colaboração da “Move Avaliação Estratégica em Desenvolvimento Social”, o GTDCA realizou a depuração das recomendações a serem monitoradas

e o levantamento das instituições que poderiam fornecer os dados e as informações que possibilitaram a construção da matriz de indicadores. Potenciais e

fragilidades foram analisados, e a relevância, a confiabilidade e a viabilidade foram critérios importantes na escolha, o que possibilitou melhor análise das

informações e a real dimensão de produção do informe de monitoramento. Face a isso, os indicadores foram reavaliados, obedecendo critérios de capacidade

de gestão da informação e sua potência em mostrar dados viáveis e confiáveis. Dessa reflexão, resultou o descarte de alguns indicadores devido à falta de

informações confiáveis e recorrentes.

A Comissão de Solidariedade, que tem por finalidade discutir pautas estratégicas do Brasil Marista, acatou as preocupações manifestadas pelo GTDCA quanto

à amplitude do monitoramento, concordando que fossem priorizadas apenas duas recomendações com foco na educação, a saber: a “RECOMENDAÇÃO 119.160

– Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán)” e a

“RECOMENDAÇÃO 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”.

Uma vez definido o foco, o GTDCA priorizou seis indicadores para monitoramento da RECOMENDAÇÃO 119.160 e outros seis indicadores para monitoramento

da RECOMENDAÇÃO 119.157. As fontes foram novamente consultadas na perspectiva de construção das recomendações pautadas em séries históricas que

possibilitassem avaliar a trajetória de cada indicador nos últimos anos. Para construção da série histórica do indicador “Distorção Idade Série”, o GTDCA con-

tou com a assessoria de um estatístico que procedeu a composição de microdados.

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Dada a complexidade, o GTDCA solicitou a contratação de uma assessoria especializada para o indicador “Percentual do Produto Interno Bruto – PIB”, a fim

de que fossem agregadas todas as informações necessárias para melhor compreensão do assunto e, em especial, reflexão sobre os impactos do percentual

aplicado pelo Brasil. Para tanto, foi recomendado pelo GTDCA a série histórica 2009/2011 dos percentuais do PIB brasileiro, aplicados à Educação Básica e

discriminados em Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio; dados e análises comparadas com os Países da OCDE, em especial: os mais bem

posicionados no PISA; países da América do Norte (Canadá, EUA, México), Central (Cuba e Guatemala) e da América Latina (Brasil, Chile, Argentina) e também

com os BRICS; e uma síntese com análise crítica da série histórica comparada acerca dos percentuais do PIB aplicados à Educação Básica, de acordo com as

indicações anteriores, com projeções de futuro ou estimativas teóricas para o período de vigência do PNE.

A leitura dos demais indicadores também foi realizada por uma assessoria com experiência na área. Posteriormente, todos os indicadores foram objeto de

análise e reflexão pelo GTDCA, que, então, elencou os destaques a serem incorporados no relato a ser oferecido à FMSI.

Considerando a importância de todo o trabalho realizado, o GTDCA optou por produzir este documento referencial mais amplo contemplando todas as informa-

ções concernentes ao processo, trazendo as planilhas dos 12 indicadores, com as respectivas leituras, na análise e recomendações.

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5. Matriz de Indicadores para Monitoramento

RECOMENDAÇÃO 119.160 Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación bási-

ca de calidad (Irán).

DeScrição Fonte PerioDiciDaDe1.1. Distribuição (%) e número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na

educação da rede pública CADE Anual

1.2. Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio por ano CADE Anual

1.3. Percentual do PIB investido em educação Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, INEP Anual

1.4. Distribuição percentual de alunos da educação básica em escolas de tempo integral INEP/CENSO ESCOLAR Anual

1.5. Médias dos alunos, por área de conhecimento e redação, das escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) INEP Anual

1.6. Percentual de professores de educação básica (EI, EF e EM) com ensino superior concluído INEP Anual

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1.1.Distribuição (%) e número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na pré-escola da rede pública nos anos 2008, 2010, 2011 e 2013

Unidade da Federação

Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2008)

Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2010)

Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2011)

Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2013)

População de 4 a 6 anos (2008)

População de 4 a 6 anos (2010)

População de 4 a 6 anos (2011)

População de 4 a 6 anos (2013)

Distribuição (%) (2008)

Distribuição (%) (2010)

Distribuição (%) (2011)

Distribuição (%) (2013)

Brasil 2.101.087 3.505.233 3.495.970 3.599.607 8.724.562 8.696.672 8.656.441 8.480.931 24,08 40,31 40,39 42,44

Acre 11.947 21.301 22.501 23.782 43.959 48.253 51.148 48.963 27,18 44,14 43,99 48,57

Alagoas 36.686 63.463 64.169 64.787 200.158 170.455 159.382 156.795 18,33 37,23 40,26 41,32

Amapá 8.413 15.408 15.740 17.438 40.865 42.036 41.831 42.721 20,59 36,65 37,63 40,82

Amazonas 54.656 89.884 91.264 94.825 229.378 229.439 238.802 240.166 23,83 39,18 38,22 39,48

Bahia 152.750 267.896 260.834 268.454 707.468 679.302 723.710 681.963 21,59 39,44 36,04 39,36

Ceará 104.519 181.628 176.831 174.396 387.364 400.249 390.804 382.196 26,98 45,38 45,25 45,63

Distrito Federal 24.817 36.418 32.479 32.456 111.537 118.018 113.602 114.303 22,25 30,86 28,59 28,39

Espírito Santo 38.994 77.030 79.660 82.973 158.287 153.619 156.097 165.103 24,63 50,14 51,03 50,26

Goiás 54.669 75.187 77.967 84.524 286.328 278.126 274.876 264.991 19,09 27,03 28,36 31,90

Maranhão 94.356 211.539 209.394 202.767 409.287 399.090 418.825 398.430 23,05 53,01 50,00 50,89

Mato Grosso 37.493 63.626 67.176 71.477 150.994 153.112 142.986 146.882 24,83 41,56 46,98 48,66

Mato Grosso do Sul 32.392 39.866 39.994 48.582 112.391 118.844 107.230 116.077 28,82 33,54 37,30 41,85

Minas Gerais 219.219 300.367 311.412 332.814 864.472 816.504 829.328 782.116 25,36 36,79 37,55 42,55

Pará 94.765 186.994 193.281 206.011 453.327 459.462 461.166 427.539 20,90 40,70 41,91 48,19

Paraíba 42.872 66.979 66.038 66.983 197.442 180.860 172.844 175.454 21,71 37,03 38,21 38,18

Paraná 120.212 131.201 137.861 149.025 451.668 448.929 416.205 439.496 26,62 29,23 33,12 33,91

Pernambuco 83.529 146.814 147.197 140.372 472.562 428.102 433.301 403.251 17,68 34,29 33,97 34,81

Piauí 38.883 77.154 77.901 79.784 153.124 157.111 171.919 155.007 25,39 49,11 45,31 51,47

Rio de Janeiro 126.851 190.874 197.276 195.232 572.459 626.953 612.878 615.392 22,16 30,44 32,19 31,72

Rio Grande do Norte 33.461 63.657 63.050 63.363 149.951 149.542 143.204 142.151 22,31 42,57 44,03 44,57

Rio Grande do Sul 93.011 119.430 123.231 125.233 426.962 417.614 420.755 387.240 21,78 28,60 29,29 32,34

Rondônia 18.291 29.855 31.356 32.333 79.230 81.198 79.534 74.008 23,09 36,77 39,42 43,69

Roraima 6.295 12.200 12.269 11.081 28.177 29.084 28.474 28.218 22,34 41,95 43,09 39,27

Santa Catarina 68.606 126.723 127.699 128.604 238.318 255.727 235.747 236.368 28,79 49,55 54,17 54,41

São Paulo 461.941 837.380 796.103 829.090 1.615.651 1.673.274 1.644.509 1.686.300 28,59 50,04 48,41 49,17

Sergipe 22.702 44.017 43.692 41.606 104.009 104.377 112.678 99.070 21,83 42,17 38,78 42,00

Tocantins 18.757 28.342 29.595 31.615 79.194 77.392 74.606 70.731 23,68 36,62 39,67 44,70

Fonte: Censo Escolar do MEC/INEP e IBGE - Censo Demográfico

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2008-2013

Os dados indicam que em 2008 havia um universo de 8.724.562 crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, das quais 2.101.087 estavam matriculadas em escolas públicas, o que representava 24,08% dessa população. Em 2010, houve diminuição dessa faixa etária, que passou a representar um universo de 8.696.672 crianças, das quais 3.505.233 estavam matriculadas em escolas públicas, implicando em uma distribuição percentual de 40,31%. No ano de 2011, esta população era de 8.656.441 crianças, dentre estas, 3.495.970 encontravam-se matriculadas em escolas públicas, o que representava 40,39% dessa faixa etária. Os registros indicam que em 2013 houve queda na população da faixa etária de 4 a 6 anos, passando esse universo para 8.480.931 crianças, sendo que estavam matriculadas em escolas públicas 3.599.607, ou seja, 42,44% dessa clientela.

De 2008 para 2013, percebe-se um incremento de 1.498.520 crianças de 4 a 6 anos matriculadas nas escolas da rede pública, implicando numa diferença proporcional de mais 18,36% matrículas. Apesar da trajetória crescente no número de matrículas e na distribuição percentual da população matriculada, os dados de 2013 indicam que apenas 42,44% das crianças de 4 a 6 anos encontravam-se matri-culadas em escolas da rede pública no país, restando, ainda, 57,56% sem tal cobertura.

Considerando que, em 2013, o Brasil registrou uma distribuição percentual de crianças de 4 a 6 anos de idade matriculadas em escolas da rede pública de 42,44%, observa-se que apenas 11 Unidades da Federação apresentaram valores maiores, são elas: Acre (48,57%), Ceará (45,63%), Espírito Santo (50,26%), Maranhão (50,89), Mato Grosso (48,66%), Minas gerais (42,55%), Pará (48,19%), Piauí (51,47%), Rio Grande do Norte (44,57%), Rondônia (43,69%), Santa Catarina (54,41%), São Paulo (49,17%) e Tocantins (44,70%). O Distrito Federal e os estados do Rio de Janeiro e de Goiás apresenta-ram, em 2013, as menores distribuições percentuais de crianças de 4 a 6 matriculadas em escolas públicas, ou seja, respectivamente, 28,39%, 31,72% e 31,90%.

Diferença (%) do número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na Pré-escola da Rede Pública - de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

16

1.2.taxa bruta de transição do ensino Fundamental ao ensino Médio nos anos 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013

Unidade da Federação

Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2008)

Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2010)

Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2011)

Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2013)

Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2008)

Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2010)

Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2011)

Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2013)

Brasil 68,05 68,69 72,06 68,38 1.606.109 1.735.337 1.938.629 1.806.169

Acre 72,14 61,85 67,98 68,13 6.737 7.619 9.475 10.667

Alagoas 61,45 56,14 58,82 48,23 18.567 22.182 29.449 23.025

Amapá 70,22 74,81 78,40 72,56 6.726 7.589 8.416 8.089

Amazonas 69,43 63,44 71,04 58,84 26.957 32.459 43.325 37.389

Bahia 59,08 53,92 62,47 54,56 89.524 92.022 117.560 99.155

Ceará 67,10 72,09 74,38 67,50 75.755 87.102 93.135 78.547

Distrito Federal 65,46 75,34 77,23 70,50 16.364 19.696 21.627 21.595

Espírito Santo 71,23 67,52 72,94 68,82 30.417 29.185 32.713 29.356

Goiás 62,08 69,01 68,53 65,19 49.547 54.551 61.498 53.861

Maranhão 63,19 62,17 66,28 61,39 49.847 56.933 69.950 66.111

Mato Grosso 65,86 71,53 78,63 77,38 27.551 32.306 37.151 39.401

Mato Grosso do Sul 71,32 73,00 71,43 63,90 20.597 22.169 24.956 23.624

Minas Gerais 66,32 67,19 73,87 72,54 182.978 183.876 205.952 180.803

Pará 56,11 53,92 60,64 51,22 43.866 47.306 60.354 53.010

Paraíba 60,65 58,45 64,68 60,88 23.411 26.064 31.057 28.335

Paraná 73,45 76,68 75,22 72,71 107.689 121.275 126.004 114.046

Pernambuco 60,03 61,28 63,76 56,63 54.500 65.052 77.841 69.830

Piauí 64,89 63,13 70,48 61,67 19.768 22.560 28.856 25.625

Rio de Janeiro 65,67 57,40 62,61 64,33 92.836 91.536 102.875 100.652

Rio Grande do Norte 65,22 65,32 70,20 63,18 21.157 23.368 27.262 21.867

Rio Grande do Sul 69,20 71,33 72,77 72,38 89.277 93.733 98.668 92.517

Rondônia 66,93 66,89 71,37 66,06 14.584 16.291 18.284 16.281

Roraima 65,82 75,68 72,71 64,29 4.178 5.150 5.748 5.748

Santa Catarina 72,02 77,03 76,74 74,15 58.125 66.157 67.358 80.727

São Paulo 74,80 78,52 80,83 79,44 449.062 480.840 503.969 494.015

Sergipe 63,38 53,72 66,49 56,82 11.295 11.436 15.514 13.918

Tocantins 72,89 73,65 72,64 71,91 14.794 16.880 19.632 17.975

Fonte: Microdados do Censo Escolar 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 - MEC/ INEP

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17RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

Em 2008, a taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio do Brasil foi de 68,05%, o que representa 1.606.109 matrículas. No ano de 2010, essa taxa teve um incremen-to, passando para 68,69%, ou seja, 1.735.337 matrículas. O ano de 2011 registrou mais um incremento, com registro de uma taxa de 72,06%, correspondendo a 1.938.629 matrículas. O ano de 2013 foi marcado por uma queda na taxa, que passou a ser de 68,38%, implicando em 1.806.169 matrículas.

Ao comparar a trajetória dessa taxa de transição do País de 2008 para 2013, observa-se que houve um pequeno incremento que corresponde a uma diferença proporcional de 0,33%, ou seja, 200.060 novos ingressos do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

Por outro lado, muitas Unidades da Federação apresentaram em 2013 valores abaixo da taxa brasileira de 68,38%, a saber: Acre (68,13%), Alagoas (48,23%), Amazonas (58,84%), Bahia (54,56%), Ceará (67,50%), Goiás (65,19%), Maranhão (61,39%), Mato Grosso do Sul (63,90%), Pará (51,22%), Paraíba (60,88%), Pernambuco (56,63%), Piauí (61,67%), Rio de Janeiro (64,33%), Rio Grande do Norte (63,18%), Rondônia (66,06%), Roraima (64,29%) e Sergipe (56,82%).

Diferença entre as taxas brutas de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio - de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

18

Somente o Distrito Federal (70,50%) e os estados do Amapá (72,56%), Espírito Santo (68,82%), Mato Grosso (77,38%), Minas Gerais (72,54%), Paraná (72,71%), Rio Grande do Sul (72,38%), Santa Catarina (74,15%), São Paulo (79,44%) e Tocantins (71,91%) registraram taxas acima da taxa do Brasil.

1.3. – investimento público total em educação como percentual do PiB (escolas Públicas e Privadas)

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental(1o ao 5o anos)

Ensino Fundamental(6o ao 9o anos) Ensino Médio Educação Superior TOTAL

2009 0,40 1,85 1,77 0,77 0,93 5,71

2010 0,44 1,82 1,73 0,87 0,95 5,82

2011 0,54 1,77 1,67 1,06 1,08 6,12

2012 0,64 1,83 1,66 1,17 1,11 6,40

2013 0,69 1,80 1,68 1,22 1,20 6,58

1.3.1. - investimento público direto em educação como percentual do PiB (Somente escolas Públicas)

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental(1o ao 5o anos)

Ensino Fundamental(6o ao 9o anos) Ensino Médio Educação Superior TOTAL

2009 0,36 1,63 1,55 0,66 0,75 4,95

2010 0,39 1,62 1,51 0,75 0,78 5,05

2011 0,46 1,57 1,46 0,90 0,88 5,26

2012 0,56 1,62 1,46 1,01 0,85 5,49

2013 0,60 1,60 1,47 1,02 0,85 5,55

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015)

1.3.2. evolução da quantidade de pessoas em idade educacional adequadaNível/Etapa Educacional Faixa etária (anos) 2013 2024 (Final do PNE) 2054

Creche 0 a 3 12.035.305 10.525.848 7.587.874

Pré-Escola 4 e 5 6.268.537 5.434.160 3.922.748

Ensino Fundamental 6 a 14 30.227.810 26.145.927 18.864.217

Ensino Médio 15 a 17 10.296.897 9.437.735 6.740.342

Educação Superior 18 a 24 23.945.816 23.399.619 16.445.408

População em idade educacional 0 a 24 82.774.365 74.943.289 53.560.589

População Total do Brasil 0 a 90+ 201.032.714 217.193.093 223.770.235

Fonte: (BRASIL.INEP, 2014)

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19RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

1.3.3. – recursos financeiros aplicados no setor educacional por pessoa em idade educacional para os países selecionados para este estudo

País % PIB aplicado em educação*PIB em US$/PPP bilhões(de 2014, estimados) Total de recursos em educação

(US$/PPP bilhões)População em idade educacio-nal (de 2014, estimados)

Valor aplicado por pessoa em idade educacional (US$/PPP)

Fator de Multiplicação(FM)

OCDE Valores médios de todos os países 5,5 49.384,3 2.726,30 395.893.792 6.886,45 1,0

aMÉrica Do norte

Canadá 5,4 1.579,0 85,27 9.823.425 8.679,86 0,8

Estados Unidos 5,4 17.460,0 942,84 105.553.286 8.932,36 0,8

México 5,1 2.143,0 109,29 55.331.861 1.975,23 3,5

aMÉrica centraL

Cuba 12,8 128,5 16,45 3.303.128 4.979,52 1,4

Guatemala 3,0 118,7 3,56 8.539.249 417,02 16,5

aMÉrica Latina

Brasil 5,8 3.073,0 178,23 81.670.686 2.182,35 3,2

Chile 4,5 410,3 18,46 6.424.641 2.873,86 2,4

Argentina 6,3 927,4 58,43 17.467.896 3.344,78 2,1

BricS

Brasil 5,8 3.073,0 178,23 81.670.686 2.182,35 3,2

Rússia 4,1 3.568,0 146,29 38.609.444 3.788,92 1,8

Índia 3,2 7.277,0 232,86 576.136.590 404,18 17,0

China SI 17.630,0 - 431.110.239 - -

África do Sul 6,0 683,1 40,99 23.462.188 1.746,90 3,9

Fonte: (EUA.CIA, 2015) e elaboração deste estudo; * - Diversos anos; SI – Sem Informação

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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1.3.3 – região 3 – creche e Pré-escola: resultado do PiSa e valor aplicado por estudantePaís Resultado do PISA (2012) Valor aplicado por estudante (2011) (US$/PPP)

Chile 436 5.083,00

Israel 474 4.058,00

México 417 2.568,00

Eslováquia 472 4.653,00

Turquia 462 2.412,00

Argentina 397 1.979,00

Brasil 402 2.349,00

Colômbia 393 3.491,00

Indonésia 384 205,00

Valor Médio 426 2.978,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

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21RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

Para uma análise completa do percentual de investimento do PIB em educação, há a necessidade da utilização de duas outras informações: o valor do PIB do país e o tama-nho do alunado a ser atendido, o que pode ser expresso, por exemplo, pela quantidade de pessoas do país que estão em idades educacionais adequadas.

Nota-se que, nos últimos anos, foram aplicados no segmento privado recursos financeiros, em relação ao PIB, variando de 0,76 pontos percentuais em 2009 a 1,03 pontos em 2013. Considerando-se que, em 2013, o Investimento Público Total em Educação foi de 6,58% do PIB e que o PIB de 2013 foi de R$ 4.837.950.216,00, conclui-se que foram apli-cados na educação brasileira, em todos os entes federados e todos os níveis, etapas e modalidades, um total de R$ 318 bilhões. Desses recursos, o equivalente a 1,03 pontos percentuais do PIB se dirigiram para o segmento privado, um total de R$ 50 bilhões.

Com a aprovação do PNE (2014-2024), o volume dos recursos a ser destinado para o segmento privado pode atingir 1,5 ponto percentual do PIB, segundo a Associação Nacio-nal de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), que, em nota pública, ressaltou: “Levantamentos iniciais indicam que essa contabilização já significa uma redu-ção para cerca de 8,5% do PIB em investimentos no setor público de ensino” (FINEDUCA, 2014). Pode-se afirmar, portanto, que os recursos equivalentes a 8,5% do PIB serão insuficientes para cumprir as metas do PNE até 2024.

O Brasil deve aumentar o tamanho de seu PIB, ou seja, o país precisa crescer a sua riqueza. A quantidade de pessoas em idade educacional adequada, decrescente, colabo-rará para que os valores aplicados por pessoa em idade educacional se elevem no Brasil. Projeções realizadas pelo IBGE mostram que isso ocorrerá fortemente até 2054. A evolução até 2054 explicita uma grande queda percentual de 35%, passando de 82.774.365 para 53.560.589 crianças e jovens de 0 a 24 anos.

Com o aumento do tamanho do PIB brasileiro e uma estabilização de sua população total, haverá, consequentemente, uma elevação da renda per capita, e esta elevação pre-cisa ser acompanhada pela diminuição da grande desigualdade socioeconômica existente no Brasil, para que se elevem também a riqueza cultural das famílias dos estudan-tes, fator importante no desempenho educacional das crianças e jovens de um país.

O valor médio aplicado pela OCDE foi de US$/PPP 6.886,45 e, na América Latina, os países selecionados, Brasil, Chile e Argentina, aplicaram valores que precisariam ser mul-tiplicados por 3,2, 2,4 e 2,1, respectivamente, para atingir a média da OCDE. Ressalte-se que, com essas informações, o Brasil teria que aplicar o equivalente a 18,56% do PIB para alcançar essa média, o que é um percentual extremamente alto, ou seja, precisará manter durante as próximas décadas, nos próximos Planos Nacionais de Educação (PNE), elevados valores financeiros em educação para que, no futuro, a conjunção de crescimento do PIB com a diminuição da população em idade educacional adequada possa resultar em um valor por pessoa que seja equivalente ao da média da OCDE.

A educação brasileira possui muitos pontos de estrangulamento quando se discute sobre sua qualidade: baixos salários dos professores; infraestrutura deficiente das esco-las/instituições; titulação dos professores incompatível com a docência em diferentes níveis, etapas e modalidades educacionais; grande desigualdade dos estudantes, tanto no nível cultural quanto econômico, etc.

Adotando como referencial de qualidade a pontuação média obtida pelos estudantes ao realizarem a prova do Programme for International Student Assessment (PISA) ou Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, em português, verifica-se que os países que possuem pontuações mais elevadas no PISA desenvolveriam processos educacionais que levam a uma maior qualidade.

O Gráfico alusivo à tabela 1.3.3 possibilita a comparação das quatro regiões, sendo que: a Região 1 é constituída por países que aplicaram, por aluno, recursos abaixo da média do conjunto dos países e obtiveram como resultado na prova do PISA um valor acima da média do PISA do conjunto de países; a Região 2, em que estão aqueles países que aplicaram, por aluno, um valor maior do que a média e obtiveram um resultado para a prova também acima da média; a Região 3 apresenta os países que aplicaram valo-res por aluno menores do que a média e, também, apresentaram resultados para o PISA abaixo da média; e, por fim, a Região 4, que conta com aqueles países que aplicaram

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valores por estudante acima da média e apresentaram valores abaixo da média para o PISA. O valor médio aplicado pelos países da Região 1 foi de US$/PPP 5.453,00 e o valor médio do PISA foi de 507 pontos. São, portanto, países que podem ser considerados altamente “eficientes” quando se analisa simplesmente a relação entre os valores aplica-dos por estudante e os resultados do PISA.

A Região 3 mostra os países que aplicaram valores por estudante menores do que a média de todos os países da tabela 01 e que obtiveram resultados do PISA também me-nores que os da média de todos os países. O valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP 2.978,00, bem mais baixo que aquele da Região 1, que foi de US$/PPP 5.453,00. O valor médio do resultado do PISA foi, também, bem mais baixo, de 426, comparado com 507 dos países da Região 1. Nota-se que o Brasil se encontra na Região 3, aplicando por estudante da Creche e da Pré-Escola o valor de US$/PPP 2.349,00, considerando-se as informações da OCDE (OCDE, 2015). Pode-se concluir, portanto, que, apesar de não existir uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e resultado do PISA, os dados nos mostram que deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, já que um valor menor que este interferiria no resultado do PISA.

Considerando que serão necessários valores financeiros da ordem de US$/PPP 293 bilhões para que o Brasil possa atingir apenas as metas 1, 2, 3, 11, 12 e 14 do PNE, apli-cando por estudante os valores limites, e que este volume de recursos representará 8,5% do PIB, podemos concluir que o PIB de 2024 deveria ser da ordem de US$/PPP 3.447 bilhões. O PIB do Brasil em 2013 foi de US$/PPP 2.416 bilhões (EUA.CIA, 2015), e atingir em 2024, transcorridos 10 anos, um PIB de US$ 3.337 bilhões implica em um aumento do valor do PIB, acumulado, de 42,7%. Isso só será possível se no período 2014-2024 houver um crescimento anual médio do PIB em torno de 1,46%.

1.4 Matrículas no ensino Fundamental por dependência administrativa segundo duração do turno de escolarização – Brasil 2010-2013total Geral Pública Privada

Total Tempo Integral Percentual de matrículas Total Tempo Integral Percentual de

matrículas Total Tempo Integral Percentual de matrículas

2010 31.005.341 1.327.129 4,3% 27.064.103 1.264.309 4,7% 3.941.238 63.120 1,7%

2011 30.358.640 1.756.058 5,8% 26.256.179 1.686.407 6,4% 4.102.461 69.651 1,7%

2012 29.702.498 2.184.079 7,4% 25.431.566 2.101.735 8,3% 4.270.932 82.344 1,9%

2013 29.069.281 3.171.638 10,9% 24.694.440 3.079.030 12,5% 4.374.841 92.608 2,1%

Fonte: INEP/Censo Escolar

nota: O tempo integral é calculado somando-se a duração da escolaridade com a duração do atendimento complementar. Considera-se tempo integral quando a soma for superior ou igual a sete horas.

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23RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

0

3

6

9

12

15

PrivadaPúblicaTotal Geral

2010

2011

2012

2013

O número de matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental no ano de 2010, considerando a jornada diária de sete horas ou mais, em que o aluno, durante todo o perío-do letivo, permanece na escola em atividades escolares, foi de 1.327.129, ou seja, 4,3% de um universo de 31.005.341 matrículas realizadas. Em 2011, a percentagem subiu para 5,8%, representando 1.756.058 matrículas de um universo de 30.358.640; em 2012, passou para 7,4%, implicando em 2.184.079 matrículas de um total de 29.702.498 e, em 2013, chegou a 10,9%, o que representa 3.171.638 matrículas em tempo integral de um montante de 29.069.281 matrículas no Ensino Fundamental.

Ao segregar os números por dependência administrativa, observa-se que em 2010 as matrículas em tempo integral na rede pública foram de 4,7% contra 1,7% na rede privada, ou seja, 1.264.309 e 63.120 matrículas respectivamente. No ano de 2011, a rede pública registrou 1.686.407 (6,4%) matrículas em tempo integral e a rede privada 69.651 (1,7%). Os dados de 2012 indicam que, do total, de 2.184.079 matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental, 2.101.735 (8,3%) foram na rede pública e 82.344 (1,9%) na rede priva-da. Em 2013, a rede pública contabilizou um total de 3.079.030 matrículas em tempo integral, o que representa 12,5%, e a rede privada 92.608, implicando em 2,1%.

Considerando que, em 2013, foram realizadas 29.069.281 matrículas no Ensino Fundamental e, que, destas, 10,9% foram em período integral, resta, ainda, um montante de 25.897.643 alunos aos quais não foi oferecido o tempo integral, ou seja, 89,10% dos matriculados.

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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1.5. Médias dos alunos por área de conhecimento e redação das escolas Públicas no eneM- 2010, 2011 e 20122010 2011 2012

UF NotaCN NotaCH NotaLC NotaMT NotaRD NotaCN NotaCH NotaLC NotaMT NotaRD NotaCN NotaCH NotaLC NotaMT NotaRD

AC 449,82 507,68 476,39 450,38 557,88 423,43 438,41 486,53 457,39 512,20 439,12 479,79 456,57 440,20 460,97

AL 436,23 494,97 452,47 441,76 550,82 423,20 433,32 484,88 455,42 502,23 455,39 502,40 466,80 476,50 503,01

AM 441,20 494,37 461,93 441,26 587,18 420,92 431,19 481,04 453,38 527,67 433,16 483,63 455,75 442,42 504,52

AP 453,16 517,79 488,20 460,64 591,90 431,96 449,34 493,27 455,14 527,03 435,95 493,05 459,12 441,31 489,85

BA 457,21 512,98 478,88 458,91 575,02 440,65 458,37 501,72 479,17 529,23 458,01 514,32 482,07 487,27 503,13

CE 442,50 490,58 461,89 448,73 564,04 423,97 430,65 482,89 460,96 497,45 432,24 474,51 449,92 443,00 450,03

DF 480,28 544,68 521,41 500,68 583,79 459,18 478,17 525,23 505,06 539,69 458,82 521,01 496,57 501,77 520,08

ES 460,46 508,63 480,81 475,60 553,33 446,92 449,86 498,46 493,42 504,09 456,45 494,31 469,35 482,68 452,76

GO 475,99 528,36 497,57 484,91 575,70 449,45 458,33 506,60 497,94 522,77 452,72 498,72 475,26 479,63 466,59

MA 446,88 497,84 462,82 444,75 567,23 422,47 432,72 482,76 452,85 513,88 438,26 489,20 459,61 448,71 462,56

MG 488,42 537,13 511,51 515,74 586,26 468,54 474,85 520,56 528,79 538,93 473,06 519,05 493,68 520,73 507,58

MS 468,22 522,79 491,72 478,34 573,56 447,22 455,09 502,30 493,51 528,44 449,82 498,80 471,82 477,53 465,80

MT 461,64 516,17 483,85 470,01 563,10 440,26 449,47 496,21 478,40 509,66 445,02 494,98 467,49 465,59 475,59

PA 455,86 515,83 476,36 456,25 582,06 430,58 445,75 487,01 460,10 507,73 440,21 490,03 459,19 445,22 474,20

PB 455,92 505,96 480,68 457,77 576,26 431,93 442,39 493,60 468,69 518,08 441,82 492,06 461,61 457,69 478,78

PE 477,23 528,39 500,85 491,88 592,32 443,73 454,37 504,28 488,76 521,10 455,75 504,21 475,10 481,69 483,11

PI 451,94 498,76 467,28 444,78 556,61 426,96 435,74 483,70 461,05 500,94 436,56 482,41 453,45 447,86 443,15

PR 484,91 536,27 509,93 505,15 580,11 461,11 469,33 515,92 512,56 528,03 469,21 518,53 490,42 506,16 498,71

RJ 489,19 548,21 523,90 520,40 607,06 467,00 479,01 529,36 525,77 557,53 468,48 524,29 496,55 516,23 520,84

RN 449,91 500,33 469,86 452,00 572,72 431,33 443,05 494,65 469,29 514,26 439,97 486,61 460,01 456,18 474,27

RO 462,62 518,38 481,89 468,89 555,24 442,50 451,78 496,63 480,11 506,57 449,87 493,81 465,93 467,34 468,61

RR 443,76 499,06 465,70 447,76 568,14 428,90 442,83 491,50 467,18 523,06 441,16 489,81 461,50 457,36 479,39

RS 488,63 539,09 513,01 513,96 589,59 466,80 473,09 523,19 526,63 560,75 474,54 517,40 492,02 520,50 504,42

SC 482,23 530,95 500,38 501,06 583,37 471,79 477,66 517,46 530,61 549,82 472,41 513,60 481,34 506,72 502,50

SE 438,84 494,07 458,61 437,12 557,05 424,42 441,97 484,14 455,90 517,86 437,63 486,04 455,73 449,75 457,52

SP 488,53 545,12 524,22 519,57 600,55 466,90 475,98 529,11 526,43 555,36 476,16 532,86 509,55 531,93 522,99

TO 453,58 507,69 473,40 454,42 563,09 426,57 437,40 483,59 462,40 504,97 438,57 489,15 464,85 455,91 450,33

Fonte: Microdados ENEM/CENSO - INEP

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25RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

1.5. Médias dos alunos por área de conhecimento e redação das escolas Públicas no eneM - 2010, 2011 e 20122010 2011 2012

REGIÃO Nota CN Nota CH Nota LC Nota MT Nota RD Nota CN Nota CH Nota LC Nota MT Nota RD Nota CN Nota CH Nota LC Nota MT Nota RD

Centro-oeste 470,82 527,11 497,54 482,55 573,66 449,04 459,88 507,32 494,27 525,07 451,74 503,03 477,61 481,15 480,56

Nordeste 451,79 502,85 471,87 455 570,31 430,61 441,3 490,64 467,62 511,87 441,05 488,03 460,1 456,81 465,85

Norte 450,35 506,16 471,53 452,33 575,96 428,48 440,93 486,74 461,21 514,61 439,58 488,16 459,86 449,04 478,33

Sudeste 484,85 538,02 513,98 512,5 590,43 465,41 473,44 523,2 523,71 545,07 471,33 522,23 497,1 519,47 509,82

Sul 486,21 536,62 509,59 508,66 585,37 465,28 472,24 519,75 521,83 547,08 472,33 517,09 489,51 513,07 502,12

Fonte: Microdados ENEM/CENSO - INEP

Legenda: CN Ciências da Natureza - CH Ciências Humanas - LC Linguagens e Códigos - MT Matemática - RD Redação

0

100

200

300

400

600

500

700

Ciências da Natureza Ciências Humanas Linguagens e Código Matemática Redação

2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012

Centro-Oeste

Nordeste

Norte

Sudeste

Sul

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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A maior média dos alunos por área de conhecimento de “Ciências da Natureza” foi registrada em 2010 na Região Sudeste do País (484,85) e a menor média em 2011 na Re-gião Norte (428,48). Comparando os dados de 2010 e 2012, observa-se uma queda nas médias dos alunos em todas as regiões do País. No Centro-oeste, passou de 470,82 para 451,74; no Nordeste, de 451,79 para 441,05; no Norte, de 450,35 para 439,58; no Sudeste, de 484,85 para 471 e, no Sul, de 486,21 para 472,33.

Em relação à área de conhecimento de “Ciências Humanas”, a maior média foi verificada em 2010 na Região Sudeste (538,02) e a menor média em 2011 ficou na Região Norte (440,93). Observando as médias de 2010 e de 2012, verifica-se diminuição nas cinco regiões do País, que apresentaram o seguinte comportamento: Região Centro-oeste pas-sou de 527,11 para 503,03; Nordeste, de 502,85 para 488,03; Norte, de 506,16 para 488,16; Sudeste, de 538,02 para 522,23 e, Sul, de 536,62 para 517,09.

Considerando a área de conhecimento relacionada a “Linguagens e Códigos”, a maior média foi constatada em 2011 na Região Sudeste (523,20) e a menor média foi em 2012 na Região Nordeste (459,86). Os dados revelam diminuição nas médias quando comparadas entre 2010 e 2012, a saber: Região Centro-oeste caiu de 497,54 para 477,61; Região Nordeste caiu de 471,87 para 460,10; Região Norte caiu de 471,53 para 459,86; Região Sudeste caiu de 513,98 para 497,10 e Região Sul caiu de 509,59 para 489,51.

A maior média na área de conhecimento da “Matemática” foi registrada em 2011 na Região Sudeste (523,71) e a menor média em 2012 na Região Norte (449,04). Do ano de 2010 para 2011, observa-se que as médias subiram em todas as regiões do País, mas caíram do ano de 2011 para o ano de 2012, conforme a seguir: Centro-oeste de 494,27 para 481,15; Nordeste de 467,62 para 456,81; Norte de 461,21 para 449,04; Sudeste de 523,71 para 519,47 e Sul de 521,83 para 513,07.

Quanto à área de conhecimento em “Redação”, a maior média foi identificada no ano de 2010 na Região Sudeste (590,43) e a menor média no ano de 2012 na Região Nordeste (465,85). A trajetória de 2010 para 2012 demonstra queda nas médias em todas as Regiões, ou seja: Região Centro-oeste passou de 573,66 para 480,56; Região Nordeste passou de 570,31 para 465,85; Região Norte passou de 575,96 para 478,33; Região Sudeste passou de 590,43 para 509,82 e Região Sul passou de 585,37 para 502,12.

Em relação a todas as áreas de conhecimento avaliadas nos anos de 2010, 2011 e 2012, verifica-se que a maior média foi computada em “Redação” na Região Sudeste no ano de 2010, ou seja, 590,43. Por outro lado, a menor média registrada foi em “Ciências da Natureza, no ano de 2011, na Região Norte (428,48).

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27RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

1.6 a Percentual de funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensinoZona Urbana

REGIÃO Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio (2011)

Ensino Médio (2012)

Educação Profissio-nal (2011)

Educação Profissio-nal (2012)

EJA (2011) EJA (2012) Educação Especial (2011)

Educação Especial (2012)

Centro-oeste Creche (2011)

Creche (2012)

Pré-escola (2011)

Pré-escola (2012)

Anos Iniciais (2011)

Anos Iniciais (2012)

Anos Finais (2011)

Anos Finais (2012)

Federal 74,40 77,00 89,80 83,00 91,10 92,20 99,30 97,90 97,10 97,00 96,90 97,20 97,50 97,00 90,20 90,50

Estadual 70,10 68,70 78,80 81,90 80,30 83,80 93,90 94,00 93,60 93,70 95,30 95,50 92,40 93,20 87,50 90,40

Municipal 59,90 64,60 66,60 71,10 71,80 76,20 86,30 87,90 88,80 90,90 92,30 92,80 77,50 80,50 77,50 82,00

Privada 41,10 45,30 44,40 46,90 60,80 62,10 85,90 85,70 91,30 91,50 83,90 83,30 87,50 87,50 77,80 81,50

Pública 60,00 64,60 66,80 71,20 73,90 78,00 91,00 91,60 93,70 93,80 95,50 95,80 87,20 88,60 81,30 85,10

Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI

1.6 B Percentual de funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensinoZona Rural

REGIÃO Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio (2011)

Ensino Médio (2012)

Educação Profissio-nal (2011)

Educação Profissio-nal (2012)

EJA (2011) EJA (2012) Educação Especial (2011)

Educação Especial (2012)

Centro-oeste Creche (2011)

Creche (2012)

Pré-escola (2011)

Pré-escola (2012)

Anos Iniciais (2011)

Anos Iniciais (2012)

Anos Finais (2011)

Anos Finais (2012)

Federal 92,90 100,00 66,70 77,80 81,80 81,80 90,90 81,80 98,80 98,70 99,60 99,10 99,20 98,30 -- --

Estadual 45,80 20,00 35,00 35,40 58,60 61,90 78,30 79,20 84,80 86,90 92,10 92,00 75,10 76,70 79,00 82,90

Municipal 33,20 38,00 35,70 39,80 42,00 46,10 49,80 52,90 66,90 71,50 82,20 91,70 35,30 38,30 48,10 58,40

Privada 20,00 22,50 26,90 28,80 43,70 45,30 70,60 72,40 80,10 83,40 84,80 90,20 73,80 73,20 80,50 77,10

Pública 33,40 38,00 35,70 39,70 43,40 47,30 54,70 57,40 84,80 87,10 95,60 95,50 44,60 47,40 55,80 63,70

Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI

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29RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

O percentual de docentes na área urbana com curso superior atuantes em “Creches” no ano de 2012 foi mais representativo na rede federal (77%) e menos expressivo na rede municipal (64,6%). Considerando a rede pública e privada, os números mostram que, respectivamente, 64,6% e 45,3% dos docentes têm curso superior. Na modalidade de ensino da educação infantil “Pré-escola”, a rede federal registrou o maior percentual, de 83% dos docentes com curso superior, e a rede municipal o menor percentual, de 71,2%. Em relação à rede pública, 71,2% dos docentes tinham curso superior e na rede privada apenas 46,9%.

Os dados da área urbana revelam que no “Ensino Fundamental – Anos Iniciais”, a rede federal contava em 2012 com 92,2% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 83,8% e a rede municipal com 76,2%, sendo que a rede pública somava 78% de docentes com curso superior contra 62,1% da rede privada. Em se tratando do “Ensino Fundamental – Anos Finais”, a rede federal contava em 2012 com 97,9% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 94% e a rede municipal com 87,9%, sendo que a rede pública somava 91,6% de docentes com curso superior e a rede privada 85,7%. No ensino médio, respectivamente 97%, 93,7% e 90,9% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior; na iniciativa pública registra-se 93,8% e na iniciativa privada 91,5%.

Na “Educação Profissional”, o ano de 2012 registrou que 97,2% dos docentes na rede federal, 95,5% na rede estadual e 92,8% na rede municipal tinham curso superior, na rede pública 95,8% e na rede privada 83,3%. Em se tratando da modalidade de “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, os números expressam docentes com curso superior nos seguintes percentuais: 97% na rede federal; 93,2% na rede estadual; 80,5% na rede municipal; 88,6% na iniciativa pública e 88,6% na privada. Considerando a “Educação Especial”, os dados revelam que nas redes federal, estadual e municipal havia respectivamente 90,5%; 90,4% e 82% de docentes com curso superior. Na rede pública, 85,5% dos professores tinham curso superior contra 81,5% na rede privada.

Quanto à área rural, os dados de 2012 indicam que, na modalidade de “Creches”, 100% dos docentes da rede federal possuem curso superior, enquanto da rede estadual foi de 20% e da rede municipal 38%. Em se tratando da rede pública, o percentual foi de 38% e da rede privada 22,5%. Na modalidade de ensino da educação infantil “Pré-esco-la”, a rede federal registrou o maior percentual, de 77,8% dos docentes com curso superior, e a rede estadual o menor percentual, de 35,70%. Em relação à rede pública, 39,7% dos docentes tinham curso superior e na rede privada apenas 28,8%.

Os dados da área revelam que, no “Ensino Fundamental – Anos Iniciais”, a rede federal contava em 2012 com 81,8% dos docentes com curso superior, enquanto a rede esta-dual contava com 61,9% e a rede municipal com 46,1%; sendo que a rede pública somava 47,3% de docentes com curso superior contra 45,3% da rede privada. Em se tratando do “Ensino Fundamental – Anos Finais”, a rede federal contava em 2012 com 81,8% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 79,2% e a rede municipal com 52,9%; sendo que a rede pública somava 57,4% de docentes com curso superior e a rede privada, 72,4%. No ensino médio, respectivamente 98,7%, 86,9% e 71,5% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior; na iniciativa pública registra-se 87,1% e na iniciativa privada 83,4%.

Na “Educação Profissional”, no ano de 2012, todas as redes apresentaram percentuais acima de 90% de docentes com curso superior. Na “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, a rede federal apresentou maior percentual, de 98,3%, e a rede municipal o menor, de 38,3%. No que se refere à “Educação Especial”, o maior percentual foi registrado na rede estadual (82,9%) e o menor na rede municipal (58,4%).

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

30

RECOMENDAÇÃO 119.157 Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)

DeScrição Fonte PerioDiciDaDe2.1. Distribuição (%) de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos alfabetizados

no Brasil CADE/INEP Anual

2.2. Distribuição (%) e número de alunos ingressantes no 1º Ano do Ensino Médio com idade irregular CADE/INEP Anual

2.3. Taxa de distorção idade/série para o Ensino Fundamental INEP Anual2.4. Taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio CADE/INEP Anual2.5. Distribuição (%) e número de matrículas públicas na Educação de Jovens

e Adultos do Ensino Médio por faixa etária CADE Anual

2.6. Distribuição (%) e número de Escolas Públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados CADE Anual

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31RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.1. Distribuição (%) de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos alfabetizados no Brasil – 2009, 2011 e 2013Unidade da Federação

População Alfabetizada (2009) % de Alfabetização (2009) População Alfabetizada

(2011) % de Alfabetização (2011) População Alfabetizada (2013) % de Alfabetização (2013)

Brasil 37.504.000 86,36 37.571.000 87,97 37.286.677 88,22

Rondônia 342.000 86,36 361.000 88,26 366.593 89,80

Acre 166.000 83,00 187.000 80,95 188.831 83,64

Amazonas 830.000 85,04 857.000 82,72 892.813 83,75

Roraima 115.000 89,84 103.000 81,10 101.378 83,36

Pará 1.612.000 77,99 1.748.000 82,03 1.713.306 82,37

Amapá 162.000 87,57 188.000 89,10 186.243 87,19

Tocantins 302.000 86,53 322.000 86,56 327.658 87,27

Maranhão 1.431.000 80,39 1.500.000 80,34 1.537.953 80,90

Piauí 643.000 78,41 677.000 82,56 636.542 83,98

Ceará 1.838.000 84,20 1.816.000 87,73 1.744.815 87,05

Rio Grande do Norte 588.000 80,55 641.000 85,01 607.988 86,11

Paraíba 764.000 81,62 757.000 88,64 745.521 87,06

Pernambuco 1.792.000 82,28 1.786.000 85,37 1.735.959 86,91

Alagoas 713.000 79,75 745.000 83,52 675.567 82,67

Sergipe 410.000 83,84 403.000 81,58 415.800 82,14

Bahia 3.014.000 83,33 2.930.000 85,42 2.984.036 85,48

Minas Gerais 3.891.000 89,22 3.725.000 90,59 3.767.303 91,11

Espírito Santo 674.000 87,99 668.000 89,78 693.029 89,65

Rio de Janeiro 2.754.000 89,71 2.956.000 91,57 2.772.176 91,05

São Paulo 7.338.000 89,39 7.371.000 90,52 7.449.984 90,98

Paraná 2.138.000 90,36 2.040.000 91,97 1.919.945 91,10

Santa Catarina 1.165.000 90,45 1.125.000 89,78 1.139.407 91,26

Rio Grande do Sul 1.980.000 88,39 1.868.000 88,83 1.867.358 88,55

Mato Grosso do Sul 505.000 89,07 504.000 91,14 463.541 88,70

Mato Grosso 624.000 88,89 637.000 88,23 598.273 88,98

Goiás 1.211.000 88,46 1.158.000 89,28 1.228.672 90,37

Distrito Federal 501.000 89,30 500.000 91,58 525.986 91,56

Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/2009, 2011 e 2013

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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Em 2009, os dados indicam que a população brasileira de 5 a 17 anos alfabetizada era de 37.504.000, ou seja, 86,36% do total dessa população. Em 2011, passou para 37.571.000 pessoas, representan-do 87,97% da população; em 2013, esse universo passou para 37.286.677 crianças e adolescentes alfabetizados, o que significa 88,22% dessa população.

Em termos de distribuição percentual, entre 2009 e 2013, houve um incremento de 1,86% no número de alfabetizados nessa faixa etária no Brasil. No entanto, os dados revelam uma distribuição percen-tual de 11,78% de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que não estavam alfabetizados, índice considerado significativo.

Alguns estados brasileiros apresentaram distribuição percentual de crianças e adolescentes alfabetizados abaixo da média nacional de 88,22% em 2013. São eles: Acre (83,64%), Amazonas (83,75%), Roraima (83,36%), Pará (82,37%), Amapá (87,19%), Tocantins (87,27%), Maranhão (80,90%), Piauí (83,98%), Ceará (87,05%), Rio Grande do Norte (86,11%), Paraíba (87,06%), Pernambuco (86,91%), Alagoas (82,67%), Sergipe (82,14%), Bahia (85,48%), o que demonstra certa concentração dessa situação nas regiões Norte e Nordeste do País.

Comparativo dos percentuais de alfabetização de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos no Brasil – 2009, 2011 e 2013

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33RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.2 Distribuição (%) e número de alunos ingressantes no 1º ano do ensino Médio com idade irregular em 2008, 2010, 2011 e 2013

Unidade da Federação

Distrib. (%) (2008)

Distrib. (%) (2010)

Distrib. (%) (2011)

Distrib. (%) (2013)

Total de ingressos no 1º ano (2008)

Total de ingressos no 1º ano (2010)

Total de ingressos no 1º ano (2011)

Total de ingressos no 1º ano (2013)

Total de ingressantes com idade inadequada (2008)

Total de ingressantes com idade inadequada (2010)

Total de ingressantes com idade inadequada (2011)

Total de ingressantes com idade inadequada (2013)

Brasil 55,66 57,43 54,49 56,43 2.262.841 2.279.476 2.637.922 2.405.061 1.259.483 1.309.019 1.437.524 1.357.248

Acre 52,10 60,65 61,09 58,48 10.452 10.007 11.628 14.179 5.445 6.069 7.103 8.292

Alagoas 59,49 65,56 61,54 59,64 29.600 26.961 35.001 32.516 17.608 17.676 21.538 19.392

Amapá 58,15 58,54 53,45 57,22 10.691 9.971 11.098 10.842 6.217 5.837 5.932 6.204

Amazonas 61,75 68,35 67,48 65,99 37.785 38.031 43.383 46.940 23.331 25.994 29.273 30.976

Bahia 60,96 67,15 64,12 63,01 157.764 129.647 149.063 144.287 96.177 87.064 95.584 90.922

Ceará 57,26 58,68 58,12 58,51 116.967 103.650 120.056 110.511 66.981 60.818 69.772 64.663

Distrito Federal 63,12 71,66 65,79 68,92 23.907 31.476 41.603 31.030 15.091 22.555 27.371 21.386

Espírito Santo 52,03 55,01 54,51 59,85 39.836 39.443 48.297 43.830 20.727 21.699 26.328 26.231

Goiás 54,86 57,25 52,94 56,77 69.362 72.077 86.138 71.696 38.049 41.261 45.605 40.705

Maranhão 61,67 66,62 63,83 61,96 83.336 76.331 86.607 90.439 51.390 50.849 55.280 56.033

Mato Grosso 51,08 59,65 58,48 62,09 37.914 40.900 49.132 55.082 19.367 24.398 28.731 34.198

Mato Grosso do Sul 52,99 58,08 52,04 52,08 27.588 29.269 32.479 29.838 14.619 16.999 16.902 15.541

Minas Gerais 55,92 57,77 57,28 63,26 235.409 254.650 293.527 245.137 131.646 147.113 168.132 155.075

Pará 64,17 71,66 65,19 67,56 73.250 69.500 80.475 80.814 47.001 49.804 52.462 54.597

Paraíba 56,80 61,57 58,96 59,16 39.072 33.169 40.290 37.058 22.192 20.422 23.754 21.924

Paraná 41,66 42,61 39,80 41,68 135.316 139.397 157.235 139.915 56.372 59.399 62.582 58.311

Pernambuco 57,25 60,83 57,77 55,54 92.629 84.448 101.238 101.803 53.034 51.373 58.483 56.543

Piauí 67,57 67,48 64,29 63,88 38.780 30.572 38.349 35.651 26.204 20.630 24.656 22.775

Rio de Janeiro 72,57 75,49 70,58 74,64 138.124 150.947 193.138 160.766 100.232 113.950 136.315 119.994

Rio Grande do Norte 56,48 61,31 57,42 60,97 36.187 30.084 35.316 31.197 20.439 18.446 20.277 19.020

Rio Grande do Sul 53,67 57,50 55,40 55,43 126.740 125.235 138.884 122.862 68.023 72.007 76.938 68.098

Rondônia 56,84 60,55 59,47 60,06 19.782 20.013 22.358 20.444 11.244 12.118 13.296 12.279

Roraima 57,43 61,58 62,37 67,58 6.309 6.224 6.840 7.988 3.623 3.833 4.266 5.398

Santa Catarina 41,29 43,80 41,21 46,40 75.550 78.200 90.148 96.663 31.194 34.249 37.153 44.848

São Paulo 51,66 48,80 44,39 46,24 559.670 593.358 681.420 601.738 289.125 289.572 302.506 278.257

Sergipe 62,01 69,79 64,57 65,28 19.339 16.818 22.022 19.092 11.992 11.738 14.220 12.464

Tocantins 56,61 59,20 58,86 57,70 21.482 39.098 22.197 22.743 12.160 23.146 13.065 13.122

Fonte: Censo escolar 2008 e 2010 – MEC/INEP

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

34

Os dados de 2008 indicam um montante de 1.259.483 alunos ingressantes no Ensino Médio com idade irregular no Brasil, o que corresponde a 55,66% do total de ingressos no 1º ano. Em 2010, esse número aumentou para 1.309.019 (57,43%) e, em 2011, aumentou para 1.437.524 (54.49%).

Em que pese o contingente de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular ter diminuído em 2013 no País para 1.357.248, a distribuição percentual representou 56,43% do total de ingressos, isso significa que a população nesta faixa etária diminuiu.

Observando os dados por Unidade da Federação, nota-se que apenas seis estados apresentaram em 2013 distribuição percentual abaixo da registrada no Brasil, que foi de 56,43% alunos ingressantes no Ensino Médio com idade irregular, a saber: Mato Grosso do Sul (52,08%), Paraná (41,68%), Pernambuco (55,54%), Rio Grande do Sul (55,43%), Santa Catarina (46,40%) e São Paulo (46,24%). Todas as demais Unidades da Federação apresentaram valores acima do percentual nacional.

Diferença (%) do número de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

-8

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0

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Bras

il

2008-2010

2008-2011

2008-2013

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35RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.3 a taxa de distorção idade-série para os alunos das escolas Públicas dos 1º/5º anos equivalentes às 1ª/4ª séries, que constituem o Fundamental i, por

unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014 UF 2010 2011 2012 2013 2014

AC 29,70 29,90 28,90 27,90 26,40

AL 28,30 27,50 27,00 26,80 25,70

AM 30,20 30,10 28,70 27,10 25,10

AP 26,30 25,90 24,40 23,50 22,80

BA 35,00 33,90 32,30 30,10 28,00

CE 24,20 22,70 20,20 17,90 14,50

DF 13,70 13,80 14,50 14,80 13,80

ES 17,40 16,70 16,30 16,00 15,30

GO 18,10 18,30 16,90 15,50 13,50

MA 26,50 24,50 22,10 20,40 18,30

MG 12,90 12,00 10,40 8,70 6,70

MS 21,70 21,10 20,80 20,80 19,70

MT 13,90 11,30 9,30 7,20 5,70

PA 38,90 36,80 33,70 30,80 28,10

PB 32,50 31,50 29,20 27,20 24,90

PE 27,60 26,50 25,10 23,90 22,70

PI 33,80 32,00 30,00 28,40 26,10

PR 8,50 8,40 8,20 8,40 8,30

RJ 27,00 27,80 27,80 26,10 25,80

RN 26,70 26,00 24,90 23,60 21,90

RO 21,50 22,10 21,90 21,30 17,50

RR 18,80 18,30 17,90 15,90 15,30

RS 18,30 19,10 18,20 16,80 15,50

SC 12,10 12,10 9,70 9,10 8,50

SE 35,20 35,60 34,70 32,20 29,40

SP 5,20 5,10 5,10 5,20 5,20

TO 17,70 17,00 16,30 14,90 13,50

Fonte: Microdados analisados a partir da base disponibilizada pelo MEC/INEP.

2.3 B taxa de distorção idade-série para os alunos das escolas Públicas dos 6º/9º anos equivalente às 5ª/8ª séries, que constituem o Fundamental ii, por

unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014UF 2010 2011 2012 2013 2014

AC 31,10 31,70 32,10 31,00 31,20

AL 50,60 50,90 50,40 49,00 47,30

AM 48,50 47,40 46,10 44,00 41,40

AP 32,00 33,10 35,00 34,60 35,70

BA 49,20 48,10 47,60 46,50 46,90

CE 34,70 34,40 33,30 32,20 30,70

DF 32,30 30,90 30,80 31,40 32,00

ES 29,30 29,40 29,90 31,00 32,00

GO 32,30 31,30 31,20 28,90 27,00

MA 40,40 39,30 38,50 37,90 37,10

MG 30,10 28,90 27,60 26,10 23,70

MS 37,90 39,50 39,20 37,40 37,50

MT 26,50 22,40 20,00 15,40 10,80

PA 47,60 47,80 47,60 46,70 47,00

PB 46,90 46,30 45,10 43,30 42,20

PE 42,20 41,20 40,00 38,60 38,00

PI 44,00 43,60 43,10 42,40 42,00

PR 24,00 22,00 21,80 21,50 21,00

RJ 42,50 41,80 41,00 41,00 40,20

RN 47,20 48,20 48,10 47,70 47,30

RO 36,00 37,90 39,20 39,00 39,40

RR 30,30 32,30 29,70 29,80 29,60

RS 31,20 31,20 32,70 33,30 34,30

SC 20,50 20,10 17,40 17,70 22,30

SE 52,40 51,50 50,90 50,60 52,80

SP 13,70 12,90 12,50 11,90 12,10

TO 31,00 31,70 31,70 31,00 31,20

Fonte: Microdados analisados a partir da base disponibilizada pelo MEC/INEP.

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

36

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TOSPSESCRSRRRORNRJPRPIPEPBPAMTMSMGMAGOESDFCEBAAPAMALAC

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TOSPSESCRSRRRORNRJPRPIPEPBPAMTMSMGMAGOESDFCEBAAPAMALAC

2010

2011

2012

2013

2014

A Taxa de Distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 1º/5º anos, equivalentes às 1ª/4ª séries que constituem o Fundamental I, no ano de 2010, superou os 30% em seis Unidades da Federação: Amazonas (30,2%), Bahia (35%), Pará (38,9%), Paraíba (32,5%), Piauí (33,8%) e Sergipe (35,2%). Em 2014, observa-se queda nessas taxas, sendo que as maiores taxas foram verificadas no Acre (26,4%), Alagoas (25,7%), Amazonas (25,1%), Bahia (28%), Pará (28,1%), Piauí (26,1%), Rio de Janeiro (25,8%) e Sergipe (29,4%). Os estados de Minas Gerais (6,7%), Mato Grosso (5,7%), Paraná (8,3%), Santa Catarina (8,5%) e São Paulo (5,2%) apresentaram em 2014 as menores taxas de distorção.

Em se tratando da distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 6º/9º anos, equivalentes às 5ª/8ª séries que constituem o Fundamental II, em 2010, superou os 40% em 11 Unidades da Federação: Alagoas (50,6%), Amazonas (48,5%), Bahia (49,2%), Maranhão (40,4%), Pará (47,6%), Paraíba (46,9%), Pernambuco (42,2%), Piauí (44%), Rio de Janeiro (42,5%), Rio Grande do Norte (47,2%) e Sergipe (52,40%). Em 2014, as maiores taxas permanecem acima dos 40% em nove Unidades da Federação: Alagoas (47,3%), Amazonas (41,4%), Bahia (46,9%), Pará (47,0%), Paraíba (42,2%), Piauí (42%), Rio de Janeiro (40,2%), Rio Grande de Norte (47,3%) e Sergipe (52,8%). Somente os estados do Mato Grosso e de São Paulo apresentaram taxas abaixo dos 20%, ou seja, respectivamente 10,8% e 12,10%. As demais Unidades da Federação registraram taxas entre 20% e 40% de distorção.

Distribuição das taxas de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 1º/5º anos equivalentes

Distribuição das taxas de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 6º/9º anos, equivalentes às 5ª/8ª séries que constituem o Fundamental II por Unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014

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37RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.4.taxa de abandono do ensino Fundamental e do ensino Médio – 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013

Unidade da Federação

Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2008

Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2009

Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2011

Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2012

Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2013

Taxa de abandono do Ensino Médio 2008

Taxa de abandono do Ensino Médio 2009

Taxa de abandono do Ensino Médio 2011

Taxa de abandono do Ensino Médio 2012

Taxa de abandono do Ensino Médio 2013

Brasil 4,40 3,70 2,80 2,70 2,20 12,80 11,50 9,50 9,10 8,10

Acre 5,50 4,70 3,40 3,20 2,70 14,30 12,80 11,80 10,20 10,00

Alagoas 10,00 9,10 7,60 7,50 6,40 17,00 19,20 18,70 18,20 14,90

Amapá 4,00 3,40 3,20 3,50 3,10 18,40 17,50 14,50 17,70 14,30

Amazonas 8,80 7,70 5,80 5,60 5,00 14,10 13,40 10,40 11,60 11,80

Bahia 9,00 7,60 5,50 5,50 4,40 19,80 18,50 12,50 14,10 8,60

Ceará 4,30 3,50 2,60 2,30 1,90 13,80 13,00 11,50 9,70 8,50

Distrito Federal 1,90 1,60 1,10 1,40 1,20 5,00 7,30 7,30 7,30 5,50

Espírito Santo 3,00 2,50 1,70 1,40 1,30 11,50 10,70 7,70 7,30 7,20

Goiás 5,00 4,10 2,70 2,60 1,50 15,10 12,00 6,90 7,20 6,10

Maranhão 5,70 4,40 3,50 3,70 3,30 16,20 13,80 13,70 12,00 10,90

Mato Grosso 4,50 2,80 1,10 1,10 0,80 19,40 15,80 11,50 13,00 13,50

Mato Grosso do Sul 3,00 2,60 2,70 2,50 2,20 11,90 11,80 10,30 10,30 9,50

Minas Gerais 2,90 2,40 2,00 1,80 1,50 11,00 9,30 9,10 9,00 8,40

Pará 8,60 7,20 5,10 4,80 4,50 22,00 20,70 17,70 16,60 16,60

Paraíba 10,30 8,70 6,60 6,20 5,00 18,80 17,80 16,30 14,90 12,70

Paraná 2,40 2,10 1,60 1,60 1,40 10,30 8,30 6,00 6,20 6,40

Pernambuco 8,40 6,20 4,10 3,70 3,00 18,00 14,00 10,10 7,40 4,70

Piauí 5,70 4,60 3,30 3,50 2,80 22,20 20,20 15,50 16,90 13,40

Rio de Janeiro 3,40 3,10 2,10 1,70 1,50 14,80 13,80 10,10 7,40 5,70

Rio Grande do Norte 7,10 6,50 5,40 4,70 4,00 22,70 20,90 19,30 16,70 14,60

Rio Grande do Sul 1,50 1,50 1,40 1,30 1,20 12,40 11,70 10,10 10,30 8,90

Rondônia 4,20 3,40 3,00 2,70 2,50 12,70 11,60 11,60 11,50 10,50

Roraima 3,10 2,80 2,60 3,30 2,70 8,70 7,80 7,40 11,20 8,40

Santa Catarina 0,80 0,80 0,90 0,80 0,70 7,30 6,80 8,00 6,90 7,40

São Paulo 0,80 0,80 0,90 0,90 0,90 4,30 3,90 4,50 4,60 4,70

Sergipe 6,90 5,70 4,50 4,80 4,30 18,40 16,20 13,20 13,70 12,90

Tocantins 2,50 2,10 1,60 1,70 1,50 11,30 8,70 8,60 7,20 6,90

Fonte: Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI – 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013.

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

38

O Brasil vem apresentando uma trajetória de diminuição da taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nos anos de 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. Em 2008, o país regis-trou uma taxa de 4,4 % do Ensino Fundamental e de 12,8% do Ensino Médio, caindo em 2009 para 3,7% do Ensino Fundamental e 11,05% do Ensino Médio. Manteve-se a queda em 2012, com uma taxa de 2,7% do Ensino Fundamental e 9,1% do Ensino Médio. Em 2013, as taxas foram respectivamente de 2,20% e 8,10% do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Observa-se que, de 2008 para 2013, houve uma queda na taxa de abandono do Ensino Fundamental de 2,2%. Enquanto no Ensino Médio a queda foi de 4,70%. Não obstante a diminuição gradativa dessa taxa ao longo dos anos, o abandono escolar ainda é uma questão preocupante no Brasil, em especial quanto ao Ensino Fundamental, obrigatório por lei.

Em se tratando do abandono do Ensino Fundamental em 2013, os estados de Alagoas (6,4%), Amazonas (5%), Bahia (4,4%), Pará (4,5%), Paraíba (5%), Rio Grande do Norte (4%) e Sergipe (4,3%) apresentaram taxas bem acima da média nacional (2,2%). Em relação ao abandono do Ensino Médio, destacam-se por apresentarem taxas acima da nacional (8,10%) os estados de Alagoas (14,9%), Amapá (14,3%), Amazonas (11,8%), Maranhão (10,9%), Mato Grosso (13,5%), Pará (16,6%), Paraíba (12,7%), Piauí (13,4%), Rio Grande do Norte (14,6%), Rondônia (10,5%) e Sergipe (12,9%).

Diferença da taxa de abandono do Ensino Fundamental - de 2008-2009, 2008-2011, 2008-2012 e 2008-2013

Diferença da taxa de abandono do Ensino Médio - de 2008-2009, 2008-2011, 2008-2012 e 2008-2013

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39RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.5. número de matrículas públicas na educação de Jovens e adultos do ensino Médio por faixa etária em 2008, 2010, 2011 e 2013Unidade da Federação

6 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 17 anos

2008 2010 2011 2013 2008 2010 2011 2013 2008 2010 2011 2013

Brasil 370 85 - 2 1.537 1.042 72 16 52.329 19.935 16.137 12.729

Acre 4 1 - - 13 12 1 - 457 190 134 178

Alagoas 0 0 - - 7 12 1 1 1.271 427 312 387

Amapá 1 0 - - 6 0 - - 495 19 88 127

Amazonas 3 0 - - 28 25 2 - 807 348 364 540

Bahia 98 20 - - 694 364 29 3 10.984 3.503 3.878 2.535

Ceará 18 1 - - 29 11 1 - 1.557 394 456 463

Distrito Federal 7 0 - - 13 1 - - 2.276 759 326 126

Espírito Santo 5 5 - - 3 12 - - 377 565 116 92

Goiás 5 0 - - 41 4 - - 485 38 141 95

Maranhão 15 3 - 1 141 81 3 - 2.685 1.513 1.343 1.547

Mato Grosso 3 1 - - 19 1 - 1 1.222 575 27 34

Mato Grosso do Sul 1 0 - - 1 1 - - 1.134 25 57 101

Minas Gerais 28 11 - - 46 61 3 - 2.123 609 678 465

Pará 15 2 - 1 47 2 9 1 2.193 58 301 454

Paraíba 67 4 - - 239 156 4 1 3.890 2.329 2.443 1.591

Paraná 0 0 - - 4 0 - - 479 14 20 29

Pernambuco 32 2 - - 56 69 3 3 2.817 2.004 2.302 1.209

Piauí 6 3 - - 10 36 8 4 525 208 461 1.071

Rio de Janeiro 25 20 - - 46 157 2 - 2.733 2.514 947 235

Rio Grande do Norte 3 1 - - 15 7 - - 1.256 223 293 298

Rio Grande do Sul 6 0 - - 6 3 - - 77 25 22 34

Rondônia 5 0 - - 13 9 2 - 1.712 874 179 193

Roraima 4 0 - - 3 0 - - 497 251 99 82

Santa Catarina 7 0 - - 7 1 - - 573 394 293 232

São Paulo 2 0 - - 26 1 3 1 8.512 1.750 452 208

Sergipe 7 11 - - 19 15 - 1 835 288 374 260

Tocantins 3 0 - - 5 1 1 - 357 38 31 125

Fonte: Microdados do Censo Escolar 2008, 2010, 2011 e 2013 - MEC/INEP

nota: Para explicar os dados alarmantes nas matrículas da EJA, o departamento do Censo Escolar no INEP justifica que tais dados estão no Banco do Censo Escolar de 2008, e coloca duas alternativas possíveis para o ocorrido: 1º) A escola informou este número de matrículas e justificou que, para tais crianças estarem na escola, precisam frequentar a EJA, uma vez que o município só fornece esta modalidade de ensino; 2º) Tais matrículas podem ter passado despercebidas na hora da verificação do Banco de Dados do Censo Escolar pela equipe responsável, sendo assim a escola não notificada para corrigir ou confirmar tais matrículas.

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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No ano de 2008, os registros indicam 54.236 matrículas públicas de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio, sendo 370 na faixa etária de 6 a 10 anos; 1.537 de 11 a 14 anos e 52.329 de 15 a 17 anos. Em 2010, observa-se uma diminuição nestas matrículas, que somaram 21.062 crianças e adolescentes, das quais 85 de 6 a 10 anos, 1.042 de 11 a 14 anos e 19.935 de 15 a 17 anos de idade.

Em 2011, nova queda, com 16.209 matrículas de crianças e adolescentes em EJA – Ensino Médio, sendo 72 na faixa etária de 11 a 14 anos e 16.137 de 15 a 17 anos. O ano de 2013 tam-bém apresenta redução nas matrículas de EJA – Ensino Médio, ou seja, 12.747 crianças e adolescentes assim distribuídos: 2 na faixa etária de 6 a 10 anos; 16 na faixa etária de 11 a 14 anos e 12.729 na faixa etária de 15 a 17 anos.

Do número total de matrículas em EJA em 2013, ou seja, 12.747, verifi ca-se que 62%, o que representa um universo 7.953 matrículas, foram realizadas na faixa etária de 15 a 17 anos e estão concentradas em apenas cinco estados da região nordeste brasileira: Bahia (2.535), Paraíba (1.591), Maranhão (1.547), Pernambuco (1.209) e Piauí (1.071).

Diferença (%) do número de matrículas públicas na educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio na faixa etária de 11 a 14 anos – 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

Diferença (%) do número de matrículas públicas na educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio na faixa etária de 11 a 14 anos – 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

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41RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

2.6 Distribuição (%) e número de escolas Públicas que não possuem acesso para deficientes ou danheiros adaptados em 2008, 2010, 2011 e 2013Rural Urbana

Unidade da Federação

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2008)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2010)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2011)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2013)

Total de Escolas Públicas (2008)

Total de Escolas Públicas (2010)

Total de Escolas Públicas (2011)

Total de Escolas Públicas (2013)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2008)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2010)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2011)

Número de escolas sem aces-so para deficientes (2013)

Total de Escolas Públicas (2008)

Total de Escolas Públicas (2010)

Total de Escolas Públicas (2011)

Total de Escolas Públicas (2013)

Brasil 83.777 77.945 74.514 68.116 86.156 79.087 75.896 70.330 59.817 68.724 66.019 62.429 79.424 80.873 81.653 82.879

Acre 1.327 1.318 1.311 1.243 1.347 1.328 1.324 1.260 207 240 232 226 356 359 364 381

Alagoas 1.905 1.793 1.706 1.567 1.958 1.818 1.736 1.621 799 862 843 803 1.056 1.079 1.104 1.125

Amapá 459 471 472 465 465 475 477 476 207 231 229 218 270 283 287 298

Amazonas 3.934 4.000 4.001 3.935 3.960 4.010 4.011 3.946 934 1.133 1.146 1.207 1.184 1.308 1.369 1.372

Bahia 13.575 12.857 12.318 11.118 13.754 12.934 12.403 11.295 5.202 5.498 5.359 5.017 6.030 6.089 6.113 6.090

Ceará 5.559 4.526 3.965 3.439 5.869 4.647 4.106 3.687 2.744 2.704 2.517 2.350 3.353 3.199 3.202 3.265

Distrito Federal 61 62 63 59 91 76 77 76 160 287 261 237 533 574 577 587

Espírito Santo 1.576 1.385 1.294 1.196 1.641 1.425 1.343 1.264 1.216 1.354 1.281 1.167 1.596 1.637 1.672 1.698

Goiás 684 612 578 528 723 632 603 573 1.782 2.191 2.118 1.899 2.756 2.846 2.856 2.900

Maranhão 10.012 9.784 9.527 9.039 10.200 9.879 9.632 9.187 2.496 2.704 2.631 2.453 3.067 3.112 3.125 3.110

Mato Grosso 913 890 873 812 996 927 914 876 809 1.083 1.031 941 1.362 1.379 1.380 1.417

Mato Grosso do Sul 176 183 183 172 222 225 231 228 492 621 589 555 950 986 1.001 1.028

Minas Gerais 5.600 5.049 4.791 4.257 5.733 5.137 4.910 4.430 6.332 6.782 6.587 6.171 8.123 8.280 8.339 8.471

Pará 9.170 8.691 8.501 7.893 9.242 8.731 8.556 8.001 2.190 2.395 2.304 2.237 2.599 2.656 2.650 2.744

Paraíba 3.770 3.454 3.281 2.767 3.797 3.471 3.298 2.822 1.737 1.778 1.658 1.430 2.052 2.062 2.057 2.015

Paraná 1.633 1.608 1.511 1.395 1.757 1.675 1.578 1.482 3.698 4.216 4.115 4.088 5.478 5.485 5.561 5.771

Pernambuco 5.706 5.222 4.924 4.549 5.810 5.270 4.979 4.640 2.224 2.369 2.282 2.292 2.785 2.803 2.804 2.850

Piauí 4.785 4.271 4.040 3.439 4.834 4.293 4.073 3.492 1.735 1.820 1.709 1.499 2.018 2.046 2.047 1.955

Rio de Janeiro 1.268 1.225 1.143 1.067 1.372 1.281 1.222 1.196 3.873 4.460 4.008 3.624 5.263 5.313 5.368 5.375

Rio Grande do Norte 1.937 1.794 1.731 1.569 2.010 1.825 1.776 1.632 1.232 1.385 1.312 1.179 1.711 1.730 1.743 1.702

Rio Grande do Sul 2.860 2.582 2.474 2.208 3.161 2.722 2.628 2.462 3.229 4.045 3.881 3.532 4.883 4.992 5.069 5.138

Rondônia 870 695 626 558 894 713 651 597 424 466 422 357 581 598 596 616

Roraima 489 505 489 526 498 507 492 534 150 188 176 162 204 209 207 208

Santa Catarina 1.769 1.552 1.447 1.273 1.893 1.614 1.531 1.397 2.805 3.222 3.116 2.883 3.784 3.846 3.882 3.959

São Paulo 1.477 1.409 1.404 1.342 1.588 1.424 1.432 1.387 11.917 15.329 14.936 14.754 15.726 16.292 16.567 17.113

Sergipe 1.328 1.193 1.115 1.078 1.382 1.224 1.155 1.129 597 620 564 500 812 801 801 776

Tocantins 934 814 746 622 959 824 758 640 626 741 712 648 892 909 912 915

Fonte: Censo escolar 2008, 2010, 2011 e 2013 – MEC/ INEP

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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Quanto à distribuição (%) e ao número de Escolas Públicas que não possuem acesso para defi cientes ou banheiros adaptados, podemos observar que, em 2008, na área rural, 83.777 (97.24%) de um universo de 86.156 escolas públicas não possuíam acesso para defi cientes ou banheiros adaptados. Em 2010, esse número foi de 77.945 (98.56%), do total de 79.087 es-colas; em 2011, os registros indicam 74.514 (98.18%) de 75.890 unidades escolares. Em 2013, os dados revelam que 68.116 (96.85%), no universo de 70.330 escolas, não possuem acesso para defi cientes ou banheiros adaptados.

Em relação à área urbana, os dados nos mostram que, em 2008, havia 59.817 (75.31%) escolas sem acesso ou banheiro adaptado de um total de 74.429 unidades. Em 2010, os números indicam 68724 (84,98%) escolas de um total de 80.873; em 2011, existiam 66.019 (80.85%) escolas sem acesso ou banheiro adaptado de um total de 81.653. No ano de 2013, os dados reve-lam 62.429 (75.33%) escolas públicas que não possuem acesso para defi cientes ou banheiros adaptados de um universo de 82.879.

Os dados demonstram que o País ainda enfrenta um desafi o em relação à garantia da acessibilidade para crianças e adolescentes nas escolas públicas, tanto na área rural quanto na urbana.

Diferença (%) do número de Escolas Públicas da Zona Rural que não possuem acesso para defi cientes ou banheiros adaptados em 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

Diferença (%) do número de Escolas Públicas da Zona Urbana que não possuem acesso para defi cientes ou banheiros adaptados em 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013

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43RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

RELATÓRIO DE RECOMENDAÇÕES DO BRASIL MARISTA/FMSI

Exame Periódico Universal (EPU) Edição 2015

1. introdução

Desde 2005, em Brasília, a União Marista do Brasil (UMBRASIL) se propõe a articular e criar sinergia na ampla ação desenvolvida pelo Instituto Marista em todo o território nacional.

O Instituto Marista, fundado na França em 1817 por São Marcelino Champagnat, está presente no Brasil desde 1897, provendo educação de excelência e princípios cristãos a crianças e jovens.

A atuação do Instituto no Brasil é uma das mais representativas, somando 30% de toda a presença marista no mundo. Em nosso País, a Instituição está dividida em quatro Unidades Administrativas: as Províncias Brasil Centro-Norte, Brasil Centro-Sul, Rio Grande do Sul e um Distrito na Amazônia, formando a União Marista do Brasil (UMBRASIL).

Com a missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado, o Instituto tem hoje 30 mil Irmãos, Leigos e Leigas, proporcionando educação para 200 mil crianças e jovens no Brasil e beneficiando mais de 350 mil pessoas no total, por meio de 86 colégios, 51 unidades sociais, quatro instituições de Ensino Superior, três veículos de comunicação, três editoras e sete hospitais.

Presente em 79 países, com muitas obras sociais e mais de 500 escolas, os Irmãos, Leigos e Leigas maristas têm a missão de educar crianças e jovens, formando bons cris-tãos e virtuosos cidadãos, comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária.

2. apresentação do estado Brasileiro

Cenário geral

A República Federativa do Brasil, composta de 26 Estados e o Distrito Federal, cuja extensão territorial é de 8.515.767,049 km2 divididos em 5.570 municípios, possui uma popu-lação de 190 milhões de pessoas, das quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe (UNICEF, 2014). Segundo os dados do CENSO 2010, a população brasileira é composta de Pardos (3,1%), Brancos (47,7%), Negros (7,6%), Indígenas (0,4%), Amarelos (1,1%). No que tange às opções religiosas, os brasileiros são distribuídos da seguinte forma: Católicos Apostólicos Romanos (64,6%), Evangélicos (22,2%), sem religião (8%), Espíritas (2%), outras (2,2%), não sabem (0,1%) (CENSO, 2010). Referente à expectativa de vida, a média brasileira é de 73,4 (CENSO, 2010).

Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Global (IDH), o Brasil ocupou em 2013 a posição 79, considerada de elevado desenvolvimento humano segundo as Organi-zações das Nações Unidas (ONU). Na perspectiva econômica, o País é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities mine-rais, agrícolas e manufaturados. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (IPEA, 2013), com um Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 de R$ 5,52 trilhões e renda per capita em 2014 (PIB per capita) de R$ 27.230 ou US$ 8.536. A taxa de desemprego no Brasil corresponde a 6,2% da popula-ção economicamente ativa (março de 2015) e 4,8% (taxa média anual de 2014). No campo das relações internacionais, o Brasil é país membro da ONU, pertence ao Mercado

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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

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Comum do Sul (Mercosul), à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), à Organização Mundial de Comércio (OMC), à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimen-to Econômico) e aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

No que tange às políticas públicas, o Brasil assumiu como primeiro objetivo do milênio (ODM) a erradicação da pobreza extrema e da fome. No campo da infraestrutura, estabeleceu como meta contemplar 25 milhões de pessoas com novas moradias por meio de programa governamental. No fim de 2013, o mercado de trabalho alcançou a mais elevada taxa de formalização (58%) segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2014.

Cenário educacional

O Brasil teve 40.366.236 estudantes matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal – segundo dados preliminares do Censo Escolar 2013, publicados pelo MEC. O número de matrículas caiu 1,83% em comparação com 2012. A redução foi de mais de 753 mil matrículas. Não foram incluídas nessas estatísticas o número de ma-trículas na rede pública federal e na rede particular. Os dados se referem à matrícula inicial no ensino regular – educação infantil (Creches e Pré-escola), Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Sistema de Educação Especial. Os números mostram que no ensino regular estão matriculados 39.712.698, e na educa-ção especial estão 653.378 estudantes matriculados. Do total de adolescentes brasileiros com idade de 15 a 17 anos, 1.722.175 estão fora da escola (16,3% dessa população), de acordo com a Pnad 2011. Um dos grandes desafios para o Brasil no que diz respeito à garantia dos direitos de seus adolescentes é a educação, em especial a universalização do Ensino Médio – etapa adequada para a faixa etária de 15 a 17 anos, que se tornou obrigatória a partir da Emenda Constitucional no 59, de 2009. Os adolescentes de 15 a 17 anos são, hoje, o grupo mais atingido pela exclusão: mais de 1,7 milhão deles estão fora da escola (IBGE/Pnad 2011).

Do ponto de vista jurídico, normativo e institucional, o Brasil vivenciou avanços consideráveis com a promulgação da Constituição Federal de 1988, quando se garantiu a adoção de uma concepção ampla de educação, sua inscrição como direito social inalienável, a corresponsabilidade dos entes federados por sua efetivação e a ampliação dos percentuais mínimos de receitas para o seu financiamento (DOURADO, 1997). Na sequência, vários instrumentos legais de grande impacto para a educação brasileira foram aprovados pelo Congresso Nacional na década de 1990, destacando-se a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 1996, e a Emenda Constitucional nº 14/1996, que instituiu o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Na década seguinte, foi importante a Lei nº 10.172/2001, que estabeleceu o PNE (Plano Nacional de Educação) (2001-2010).

A Emenda Constitucional nº 59/2009, além das alterações relativas aos planos decenais, tem possibilitado grandes conquistas para a educação nacional: a) ao incluir no texto constitucional a expressão “Sistema Nacional de Educação”; ao prever a obrigatoriedade do ensino de 4 a 17 anos; c) ao ampliar a abrangência dos programas suplementa-res para todas as etapas da educação básica; e d) ao estabelecer meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2014, aprovou-se a lei 13.005 de 25 de junho de 2014, referente ao Plano Nacional de Educação para o Decênio 2014-2024, em que foram definidas 20 metas a serem cum-pridas pelo Estado Brasileiro e entes federados. O PNE possui três eixos importantes: a expansão das matrículas nos diversos níveis/etapas/modalidades educacionais; a qualidade da expansão e das escolas e instituições já existentes; e o financiamento das suas metas, que representam grandes desafios.

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45RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSALRelatório de Indicadores de Monitoramento

3. cenário brasileiro em relação às recomendações da onu ao Brasil

A Instituição Marista optou por monitorar duas recomendações alusivas ao tema da “educação”, dada a relação direta com sua finalidade e missão. Nesse sentido, foram compiladas informações que permeiam o cenário brasileiro e subsidiam respostas à “RECOMENDAÇÃO 119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán)” e a “RECOMENDAÇÃO 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los proble-mas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”.

Para ilustrar o cenário brasileiro em relação às duas recomendações, destacamos alguns dados a seguir.

Os registros indicam que, em 2013, do universo de 8.480.931 crianças de 4 a 6 anos, apenas 42,44% estavam matriculadas em escolas públicas, ou seja, 3.599.607 crianças. Na perspectiva da universalidade da educação pública para esta faixa etária, ficam descobertas 57,56% de crianças.

A Taxa Bruta de Transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio no ano de 2013 foi marcada por uma queda em relação ao ano anterior, passando a ser de 68,38%, impli-cando em 1.806.169 matrículas, o que demonstra que 31,62% dos alunos do Ensino Fundamental não fazem a transição para o Ensino Médio.

O número de matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental no ano de 2013, considerando a jornada diária de sete horas ou mais, em que o aluno, durante todo o perío-do letivo, permanece na escola em atividades escolares, foi de 10,9%, o que representa 3.171.638 matrículas em tempo integral de um montante de 29.069.281 matrículas no En-sino Fundamental, sendo que a rede pública contabilizou um total de 3.079.030 matrículas em tempo integral. Os dados revelam que existe, ainda, um contingente de 25.897.643 de alunos aos quais não foi oferecido o tempo integral, ou seja, 89,10% dos matriculados.

Em relação ao ENEM, a maior média dos alunos por área de conhecimento de “Ciências da Natureza” foi registrada em 2010 (484,85) e a menor média em 2011 (428,48). Em relação à área de conhecimento de “Ciências Humanas”, a maior média foi verificada em 2010 (538,02) e a menor média em 2011 (440,93). Considerando a área de conheci-mento relacionada a “Linguagens e Códigos”, a maior média foi constatada em 2011 (523,20) e a menor média foi em 2012 (459,86). A maior média na área de conhecimento “Matemática” foi registrada em 2011 (523,71) e a menor média em 2012 (449,04). Quanto à “Redação”, a maior média foi identificada no ano de 2010 (590,43) e a menor média no ano de 2012 (465,85). Em relação a todas as áreas de conhecimento e redação avaliadas nos anos de 2010, 2011 e 2012, verifica-se que as maiores médias foram computadas na Região Sudeste do País e as menores médias nas Regiões Norte e Nordeste.

O percentual de docentes na área urbana com curso superior atuantes em Creches, Pré-escola, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II foi menos expressivo nas redes municipais, ou seja, respectivamente 64,6%, 71,2%, 76,2% e 87,9%. No Ensino Médio e na Educação Profissional, mais de 90% dos docentes da rede federal, estadual e munici-pal tinham curso superior. Em se tratando da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), os números expressam docentes com curso superior nos seguintes percen-tuais: 97% na rede federal; 93,2% na rede estadual; 80,5% na rede municipal. Considerando a Educação Especial, os dados revelam que nas redes federal, estadual e municipal havia respectivamente 90,5%; 90,4% e 82% de docentes com curso superior.

Quanto à área rural, os dados de 2012 indicam que na modalidade de Creches na rede estadual e na rede municipal 20% e 38% dos docentes respectivamente possuem curso superior. Na modalidade de ensino da educação infantil Pré-escola, a rede estadual registrou o menor percentual, 35,70%. Os dados da área revelam que no Ensino Funda-mental I e II os menores percentuais de docentes com curso superior foram registrados na rede municipal, ou seja, respectivamente 46,1% e 52,9%. No Ensino Médio, res-pectivamente 98,7%, 86,9% e 71,5% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior. Na Educação Profissional, todas as redes apresentaram per-centuais acima de 90% de docentes com curso superior. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e na Educação Especial, a rede municipal apresentou o menor percentual, respectivamente de 38,3% e 58,4%. Os dados demonstram a necessidade de mais investimentos públicos na formação dos docentes, tanto na área urbana quanto rural.

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Em 2013, os dados indicam que a população brasileira de 5 a 17 anos alfabetizada era de 37.286.677 crianças e adolescentes, o que representa 88,22% dessa população, impli-cando em 11,78% de não alfabetizados, o que representa um universo de 4.392.370 jovens. Tais dados indicam a necessidade de adoção de medidas pelo governo brasileiro a fim de alcançar 100% de alfabetizados.

Em que pese o contingente de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular ter diminuído em 2013 no País, ainda representa um universo de 1.357.248 alunos, o que é bastante preocupante, pois implica em 56,43%, do total de ingressos.

As maiores taxas de distorção idade-série para os Alunos das Escolas Públicas do Ensino Fundamental I, no ano de 2014, foram observadas no Acre (26,4%), Alagoas (25,7%), Amazonas (25,1%), Bahia (28%), Pará (28,1%), Piauí (26,1%), Rio de Janeiro (25,8%) e Sergipe (29,4%). Em se tratando do Ensino Fundamental II, as maiores taxas permanecem acima dos 40% em nove Unidades da Federação: Alagoas (47,3%), Amazonas (41,4%), Bahia (46,9%), Pará (47,0%), Paraíba (42,2%), Piauí (42%), Rio de Janeiro (40,2%), Rio Grande do Norte (47,3%) e Sergipe (52,8%). Os dados revelam um quadro preocupante e sinalizam que o currículo e as práticas pedagógicas não estão adequados às necessi-dades dos estudantes e dos novos tempos educativos.

O Brasil vem apresentando uma trajetória de diminuição da taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nos anos de 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. Em 2013, as taxas foram respectivamente de 2,20 e 8,10 do Ensino Fundamental e do Ensino Mmédio. Não obstante a diminuição gradativa dessa taxa ao longo dos anos, o abandono escolar ainda é uma questão preocupante no Brasil, em especial quanto ao ensino da educação básica, obrigatória por lei.

No ano de 2013, os registros indicam 12.747 matrículas públicas de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio, sendo dois na faixa etária de 6 a 10 anos; 16 na faixa etária de 11 a 14 anos e 12.729 na faixa etária de 15 a 17 anos. Tal situação é reflexo da precariedade da educação no País, que não considera o desenvolvimento humano nas especificidades de cada faixa etária.

Os dados de 2013 indicam que, na área rural, 68.116 (96,85%) escolas públicas não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados. Em relação à área urbana, os dados revelam 62.429 (75,33%) escolas públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados, demonstração de que o País ainda enfrenta desafios em relação à garantia da acessibilidade para crianças e adolescentes nas escolas públicas, tanto na área rural quanto na urbana.

A quantidade de pessoas em idade educacional adequada decrescente colaborará para que os valores aplicados por pessoa em idade educacional se elevem no Brasil. Pro-jeções realizadas pelo IBGE mostram que este fato vai ocorrer fortemente até 2054.

Quando se trata da utilização do percentual do PIB investido em educação, há a necessidade da utilização de duas outras informações: o valor do PIB do país e o tamanho do alunado a ser atendido, o que pode ser expresso, por exemplo, pela quantidade de pessoas do país que estão em idades educacionais adequadas.

O Brasil investe 5,8% do PIB em educação, o que representa 178,3 bilhões para uma população em idade educacional de 81.670.686 pessoas, o que implica numa renda per capita de R$ 2.132,00. Para atingir a média da OCDE, o Brasil teria que aplicar o equivalente a 18,56% do PIB em educação, um percentual extremamente alto.

Com o aumento do tamanho do PIB brasileiro e uma estabilização de sua população total, haverá, consequentemente, uma elevação da renda per capita. Essa elevação pre-cisa ser acompanhada da diminuição da grande desigualdade socioeconômica existente no Brasil para que se eleve também a riqueza cultural das famílias dos estudantes, fator importante no desempenho educacional das crianças e jovens de um país.

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O Brasil precisará manter durante as próximas décadas, nos próximos Planos Nacionais de Educação, elevados valores financeiros em educação para que, no futuro, a conjun-ção de crescimento do PIB com a diminuição da população em idade educacional adequada possa resultar em um valor por pessoa que seja equivalente ao da média da OCDE.

Análises realizadas por diversos pesquisadores e pela Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca) mostram que os recursos públicos que serão alocados diretamente no setor público não serão suficientes para cumprir as metas do PNE até 2024.

Não existe uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e o resultado do PISA, entretanto, deve existir um valor limite a partir do qual um valor menor que este interferiria no resultado do PISA, abaixando-o. Na educação básica, o Brasil está exatamente nessa situação, aplicando recursos abaixo desse limite, o que vem interferindo no resultado do PISA.

4. recomendações do Brasil Marista

4.1. Para que o Brasil possa cumprir a recoMenDação 119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reci-ban una educación básica de calidad (Irán), recomendamos:

• Garantir o direito à educação de qualidade para toda a população em idade escolar, universalizando o acesso, a permanência e o sucesso na educação básica nos segui-mentos de Creche, Pré-escola, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio.

• Empreender todos os esforços para assegurar que 50% dos alunos da educação básica estejam em tempo integral nas escolas públicas.

• Assegurar plano de formação continuada e plano de cargos e salários para os docentes em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, condizentes com sua impor-tante função social.

• Garantir programas para que os estudantes possam desenvolver os conhecimentos, as competências e as habilidades necessários a um melhor desempenho em avalia-ções públicas, nacionais e internacionais.

4.2. Para cumprimento da recoMenDação 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina), recomendamos ao Brasil:

• Elevar o percentual do PIB a ser investido em educação, considerando a população em idade escolar a ser atendida e os graves problemas de qualidade enfrentados, tais como: população de crianças, adolescentes e jovens fora da escola, infraestrutura física e tecnológicas inadequadas às reais necessidades e perfis dos alunos, taxa de analfabetismo, defasagem idade-série, falta de acessibilidade, entre outros.

• Estabelecer como meta a alfabetização de 100% da população, tanto na área urbana quanto rural, garantindo as necessárias habilidades de leitura, escrita e manejo da língua materna.

• Eliminar a ocorrência de distorção idade-série para todos os estudantes do Ensino Fundamental I e Fundamental II, criando condições para que os estudantes tenham melhor desempenho e sucesso escolar na idade adequada.

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• Garantir progressão continuada, com qualidade de aprendizagens socialmente relevantes, a todos os estudantes da educação básica, de forma a assegurar o cumprimen-to dos ciclos de ensino.

• Eliminar o abandono escolar no Ensino Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio, garantindo a permanência e o sucesso escolar de todos os estudantes matriculados na educação básica, sem distinção de gênero, etnia, raça, cor, situação econômico-financeira, orientação sexual, bem como em relação aos adolescentes em cumpri-mento de medida socioeducativa.

• Eliminar matrículas de crianças e diminuir significativamente as matrículas de adolescentes na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), assegurando matrícu-las no ensino regular.

• Garantir que a rede pública de ensino possua os requisitos necessários para assegurar acessibilidade e permanência com sucesso dos estudantes com deficiência.

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