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A REVISTA DO IVI · 1 IN VIDA A REVISTA DO IVI · Nº 1 · janeiro 2014 A ponto de jogar a toalha à cirurgia ambulatorial Fértil outra vez graças Exame NACE Plus, uma alternativa não invasiva para detectar alterações cromossômicas Quem guarda quando tem, usa quando quer Óvulos no congelador:

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A REVISTA DO IVI · 1

IN VIDAA REVISTA DO IVI · Nº 1 · janeiro 2014

A ponto de

jogar a toalha

à cirurgia ambulatorial

Fértil outra vez graças

Exame NACE Plus,uma alternativa não invasiva para detectar alterações cromossômicas

Quem guarda quando tem, usa quando querÓvulos no congelador:

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Resumo

A REVISTA DO IVI · 03

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32EDITORIAL

ATUALIDADEMãe depois do câncer: IVI apresenta seu primeiro caso

Se está tentando engravidar, controle o peso

Congresso Internacional IVI

Prêmio GFI

Novas instalações IVI Argentina

SEM DÚVIDAPosso fazer exercícios durante o tratamento de reprodução?

Ultrassonografia e mamografia, quando e por quê?

Qual o papel do anestesista no tratamento?

Evitar doenças genéticas hereditárias é possível?

ANTES DA GRAVIDEZFértil outra vez graças à cirurgia ambulatorial

Óvulos no congelador: Quem guarda quando tem, usa quando quer

Norma ética para a reprodução assistida

NOVE MESESO Sono durante a gravidez

Exame NACE PLUS, uma alternativa não invasiva para detectar alterações cromossômicas

PSICOLOGIAA ponto de jogar a toalha

A IDADE DE OUROQuando a menopausa chega antes

DE PERTODra. Silvana Chedid: “Apesar de ser ginecologista e obstetra, e de atender mulheres grávidas a vida inteira, só entendi o verdadeiro significado de ser mãe quando eu mesma vivi essa experiência”.

RECEITAS DE FERTILIDADEÁcido fólico durante a gravidez

SOCIALFundação IVI

GLOSSÁRIOHormônio HCG

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04 · LA REVISTA DE IVI

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A REVISTA DO IVI · 05

EDITORIAL

Genevieve CoelhoDiretora do IVI Salvador

Colaboradores

Silvana ChedidDiretora do IVI São Paulo

Raquel PegoraroNutricionista colaboradora do IVI São Paulo

Vivian VolkmerPsicóloga colaboradora do IVI Salvador

Adiar a maternidade por priorizar a carreira e estabilidade é uma tendência mundial e o Brasil não foge à regra em um cenário onde rapidamente as mulheres estão conquistando seu espaço no mercado. Dados do IBGE revelam que o percentual de famílias comandadas por mulheres aumentou de 22,2% em 2000, para 37,3% em 2010. Por outro lado, a quantidade de filhos diminuiu para 1,9, um valor abaixo do nível de reposição populacional.

Ainda que as expectativas de vida venham aumentando, o sistema reprodutivo continua o mesmo. As mulheres nascem com uma reserva de óvulos que envelhece com elas e é principalmente a qualidade dos óvulos o fator chave para a redução da fertilidade a partir dos 35 anos. Diferente dos homens, que fabricam os espermatozoides ao longo da vida com uma queda na qualidade ao redor dos 50 anos.

A união dos fatores acima trás como resultado que a infertilidade não é apenas uma doença que atinge entre 10 e 15% da população, mas também uma consequência da idade, incidindo em pessoas que foram férteis até um determinado momento de sua vida.

Estima-se, com base nas mudanças do comportamento social, que a necessidade de tratamentos de reprodução assistida aumentará nos próximos anos. Na Europa os nascimentos com ajuda de clínicas de reprodução já representam 3% do total, ou seja, cerca de cinco milhões.

A boa notícia é que medicina reprodutiva e a evolução das investigações nesta área têm contribuindo para que o futuro da maternidade seja melhor, como é melhor a igualdade de participação entre homens e mulheres na construção contínua de nossa sociedade.

A infertilidade por razão social

Profesor Antonio PellicerPresidente do IVI

Dra. Isa RochaGinecologista do IVI Salvador

Alexandros AggelisBiólogo do laboratório FIV do IVI São Paulo

Simone Pereira Ginecologista colaboradora do IVI Salvador

Conselho de redação: Antonio Requena, Francisco Torralba, Carolina Alemany, Dulce Iborra, Lucia Renau, Anabel Salazar, Mónica Martínez e Sirlene Cervera Zamboni.Edita: Equipe IVI.Desenho e Diagramação: byPrint.

Javier DomingoDiretor do IVI Las Palmas

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atualidade

06 · A REVISTA DO IVI

IVI apresenta sua primeira mãe depois do câncer

Vanessa, uma espanhola de 36 anos, é o primeiro caso do IVI a nível mundial de mãe após a vitrificação de óvulos prévia a um tratamento oncológico por conta de um Linfoma no Hodgkin (LNH) – um câncer he-matológico –, em plena etapa reprodutiva. Para o IVI é o primeiro nas-cimento através do programa de incentivo à preservação de fertilidade iniciado na Espanha em 2007. No Brasil, o programa de preservação de fertilidade teve início no segundo semestre de 2013.

A paciente procurou o IVI em 2010 ao tomar conhecimento do diag-nóstico de sua enfermidade e vitrificou seus óvulos depois de uma es-timulação ovariana. Em julho de 2011, quando estava recuperada quis engravidar, no entanto, teve que suspender o tratamento por uma nova recaída.

Em fevereiro de 2012, recuperada definitivamente recebeu a alta mé-dica, e voltou ao IVI para realizar o tratamento de fecundação in vitro utilizando os óvulos que tinha preservado. Nove meses depois nasceu Leo de parto normal pesando 3,44 quilos.

“Para o IVI é um orgulho apresentar seu primeiro caso de êxito deste pro-grama que lidera na Espanha desde 2007, oferecendo a preservação de fertilidade a homens e mulheres que tenham que passar um momento difícil de tratamento de câncer em plena idade reprodutiva, correndo o risco de um sério comprometimento de sua fertilidade”, comentou Dr. Javier Domingo, diretor do IVI Las Palmas e ginecologista da Vanessa.

“Estamos profundamente agradecidos ao IVI e a todos da equipe que fizeram possível que meu marido e eu formássemos uma família após o câncer. Também gostaria de dizer a todas as pessoas que passam por momentos como os que eu passei; que vale a pena olhar para frente e fazer planos de futuro, como o de ser mãe”, afirmou Vanessa durante a roda de imprensa realizada na clínica IVI de Las Palmas para apresentar o caso de sucesso.

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A REVISTA DO IVI · 07

ATUALIDADE

Se estiver tentando engravidar, controle o pesoO excesso de peso ou obesidade pode ser uma das dificuldades para conceber um filho, por este motivo, antes de ficar grávida ou submeter-se a um tratamento de reprodução humana, os ginecologistas recomendam um plano de redução de peso e modificar os maus há-bitos nutricionais ao menos entre três e seis meses an-tes de tentar engravidar de maneira natural ou, antes do tratamento de reprodução assistida. “É importante que os profissionais da saúde façam um assessoramento pré-na-tal sobre o controle de peso nas mulheres que desejam conceber para prevenir e tratar esta epidemia”, explica o Dr. Bellver, ginecologista do IVI Valência e autor do estudo Female obesity: short- and long-term consequences on the offspring (Obesidade feminina: consequências a cur-to e longo prazo na descendência).

O risco de complicações obstétricas é três vezes maior em obesas, aumenta as taxas de aborto com o dobro de risco de morte fetal e de parto prematuro que mulheres com peso normal. “A obesidade não só afeta a mulher na gravidez e pós-gravidez, também é um fator de risco importante para doenças crônicas, como doenças car-díacas, síndrome metabólica e diabetes tipo II, na adoles-cência e na idade adulta de seus filhos; razão pela qual é recomendável engravidar estando em um peso normal para ter melhor resultado obstétrico”, afirma Dr. Bellver.

O estudo também demonstra que o excesso de peso não apenas tem consequências para as mães, mas também ao desenvolvimento de sua descendência. Os filhos de mães com excesso de peso têm 40% mais probabilidade de padecer de obesidade, o que justi-fica que alguns mecanismos contra a obesidade sejam estabelecidos antes e durante a gravidez..

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08 · A REVISTA DO IVI

ATUALIDADE

O V Congresso Internacional IVI reuniu em Sevilha mais de 1.200 profissionais de medicina reprodutiva

Durante o mês de abril de 2013 Sevilha, a capital de Andaluzia, foi foco de interesse internacional pela presença de mais de 1.200 especialistas vindos de 60 países para debater e aprender sobre os últimos avanços da reprodução humana.

A troca de experiência realizada ao longo de sete sessões abordou te-mas sobre o fator uterino, embriologia, andrologia, vitrificação e novas tecnologias clínicas, entre outros.

A sessão de psicologia teve destaque por apresentar que a ausência de vínculo genético entre pais e filhos concebidos por reprodução assistida não afeta a relação familiar, já que se a relação é boa, os filhos se desenvolvem normalmente.

As consequências que têm os tratamentos de RA e os fatores do en-torno foram o centro da atenção dos meios de comunicação, que enfatizaram a importância da etapa pré-concepcional na hora de planejar a gravidez: nutrição e contaminação ambiental, bem como o tabagismo e a obesidade, que afetam não apenas o sistema repro-dutor humano, mas também a saúde dos descendentes a curto e longo prazo.

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A REVISTA DO IVI · 09

ATUALIDADE

Dia 15 de maio de 2013 a clínica IVI em Buenos Aires inaugurou suas novas instalações. A nova clínica, que consta de 10 andares, 11 consultórios, um laboratório de fecundação in vitro, um laboratório de andrologia, salas de cirurgia e 5 quartos, prevê atender a mais de 700 casais por ano.

Na inauguração estiveram presentes o professor Remohí, presidente do IVI e Dr. Requena, diretor geral médico do grupo. O evento de inauguração contou com a presença de personalidades locais importantes em companhia do diretor de IVI Buenos Aires, Fernando Neuspiller e sua equipe, que festejaram uma nova etapa para o IVI na Argentina.

Novas instalações IVI Argentina

Em 2013 recebemos pela segunda vez o prêmio GFI, da Merck, que aportou 254.000 euros para uma investigação da Fundação IVI. A cerimônia de entrega ocorreu durante o Congresso Europeu de Reprodução Humana (ESHRE) recebido por Carlos Simón, diretor científico e investigador principal do projeto. O prêmio foi recebido pelo projeto de pesquisa “Análise de miRNAs espe-cíficos no fluido endometrial humano para uso como diagnóstico não invasivo de receptividade endometrial” e pretende aportar as ferramentas necessárias para determinar quais moléculas estão implicadas no período de maior receptividade endometrial.

Este avanço permitirá identificar marcadores (miRNAs) que indicam quando é o momento oportuno para transferir o embrião ao útero materno, o que repercutirá no aumento dos índices de êxito das técnicas de reprodução humana.

Prêmio GFI

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10 · A REVISTA DO IVI

SEM DÚVIDA

Posso fazer exercícios durante o tratamento de reprodução?

Durante a fase de estimulação ovariana, é recomendável levar uma vida tranquila, pois os ovários aumentam de tamanho por efeito das go-nadotrofinas; hormônio utilizado para a estimulação ovariana. Com o aumento de tamanho dos ovários, a paciente pode sentir-se incômoda ao movimentar-se e existe o risco de torção ovariana. Por isso é preciso consultar seu especialista em reprodução sobre que tipo de exercício poderá ser praticado durante este período.

Após a realização da transferência embrionária é recomendável não realizar exercícios intensos ou que requeiram grande esforço. Quando já está confirmada a gravidez as atividades físicas suaves, como ca-minhada e natação, podem ser retomadas como qualquer outra ges-tante. O pilates e ioga, adaptado a gestantes, podem trazer grandes benefícios principalmente para preparar-se para o parto e diminuir dores nas costas.

"Atividades físicas suaves, como caminhada e

natação, podem ser retomadas como qualquer outra

gestante"

Por Simone PereiraGinecologista do IVI Salvador

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SEM DÚVIDA

A REVISTA DO IVII · 11

Ultrassonografia e mamografia, quando e por quê?A mamografia é o exame de imagem mais importante para estudar patologias mamárias e identificar câncer de mama. Conforme diversas publicações especializadas, o mais aceitado na comunidade científica internacionalmente é realizar a primeira mamografia a partir dos 35 anos para mulheres que não apresentem sintomas.

Conforme resultado obtido neste exame e tipo de padrão mamográfico, será definida a periodicidade de repetição do exame. A partir dos 40, é recomendado realizar controles anualmente.

A capacidade de detecção da mamografia diminui em mulheres jovens ou aquelas que têm um tecido mamário de maior densidade, neste caso a ultrassonografia, também conhecida como ecografia é uma técnica complementaria, já que é muito útil para distinguir as estruturas líquidas – cistos de mama – das sólidas, como os fibroadenomas.

"A mamografia é o exame de imagem

mais importante para estudar patologias

mamárias e identificar câncer de mama"

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SEM DÚVIDA

Qual é o papel do anestesista no tratamento?

12 · A REVISTA DO IVI

Um dos pontos mais importantes do procedimen-to de fecundação in vitro (FIV) é a punção ovariana para a obtenção de óvulos, que posteriormente serão levados ao laboratório do FIV para serem insemina-dos. A punção ovariana é um ato cirúrgico rela-tivamente simples, com duração entre 15-20 minutos. Pode ser realizado com anestesia local ou geral, o último caso costuma ser o habitual, sendo o anestesista o grande protagonista durante este procedimento.

O fato de utilizar anestesia geral para que a paciente durma é positivo por dois motivos: A paciente não se sente incô-moda e o acesso ao ovário com a agulha de punção é mais fácil com o relaxamen-to que a anestesia proporciona. Graças a este fato a punção do ovário é tecnicamente mais fácil, diminuindo as possíveis complicações de sangra-mentos e dor pós-operatória por punções difíceis.

"Anestesia local ou geral.

Durante a punção ovariana o grande protagonista é o

anestesista"

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SEM DÚVIDA

A REVISTA DO IVI · 13

O Diagnóstico Genético de Pré-implantação ou Pré-implantacional (DPI) é o diagnóstico de alterações genéticas e cromossômicas nos embriões, antes da sua implantação, para conseguir que os filhos nasçam livres das doenças hereditárias que analisa o exame. Esta técnica de reprodução assistida requer sempre um tratamento de Fecundação in vitro (FIV) com Microinjeção de espermatozoides (ICSI), para dispor dos embriões no laboratório.

As doenças mais frequentes nos casais que recorrem ao IVI são a Síndrome de Down, Síndrome do X-frágil – provoca atraso mental em homens –, a Doença de Huntington – provoca transtorno motor – e Distrofia Muscular– provoca transtorno grave dos músculos. A lista completa de doenças monogênicas que são detectadas através do DPI está disponível no nosso site.

Evitar doenças genéticas hereditárias é possível?

"Existem formas de evitar a transmissão

de enfermidades infecciosas à

descendência"

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14 · LA REVISTA DE IVI

Fértil outra vez graças

à cirurgia ambulatorial

"Um problema anatômico ou uma

patologia nos órgãos reprodutores pode ser solucionado com uma

simples cirurgia de ambulatório"

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ANTES DA GRAVIDEZ

A fecundação in vitro e a inseminação artificial são os primeiros tratamentos que nos vêm à mente quando falamos de um problema de infertilidade, no entanto alguns casais não conseguem engravidar porque algum dos dois, geralmente a mulher, tem um problema anatômico ou uma patologia em seus órgãos reprodutores que pode ser solucionado com uma simples cirurgia de ambulatório.

Entre 10 e 20% dos pacientes que são tratados em uma clínica de fer-tilidade padecem de uma patologia orgânica e esse é o motivo prin-cipal pelo qual não podem engravidar de maneira natural. O pólipo endometrial ou um mioma são os problemas mais comuns entre as mulheres, assim como a varicocele para os homens. A mulher tem mais possibilidades de ter que passar pela cirurgia de ambulatório, pela maior complexidade de seu sistema e maior exigência de seu corpo para a gestação.

Em alguns casos, a cirurgia é o principio de um tratamento de repro-dução e pretende melhorar o prognóstico do tratamento – “este fato ocorre porque se nossas pacientes tivessem 25 anos, poderíamos es-perar cerca de 2 anos para a recuperação da cirurgia para então tentar a gravidez espontânea, mas a realidade é que a idade média de nossas pacientes é de 37 anos, quando já temos pouco tempo de margem de espera, por isto acabamos fazendo um tratamento de reprodução” – explica Dra. Silvana Chedid, diretora do IVI São Paulo.

Os motivos mais comuns para submeter-se a uma cirurgia ambulatorial em uma clínica de reprodução são principalmente patologias orgâni-cas. “Em uma mulher podem aparecer pólipos endometriais que difi-cultam a implantação do embrião, miomas localizados dentro do útero que igualmente complicam a implantação, hidrossalpinge ou acúmulo de líquido nas trompas de Falópio que é tóxico para a gravidez espon-

tânea, ou inclusive cistos ovarianos que requeiram ser extirpados tanto por saúde da paciente ou também para facilitar a punção folicular em uma futura FIV” explica Dra. Chedid e conclui: “No caso do homem, patologias orgânicas podem produzir sintomas como dor e afetar a qualidade do sêmen em casos concretos”.

A cirurgia laparoscópica é geralmente o tipo de operação mais co-mum nas clínicas de fertilidade. Recebe o nome pela utilização do laparoscopio, um equipamento que é introduzido por uma pequena incisão próxima ao umbigo e que permite a visão da cavidade pélvica abdominal com a ajuda de uma lente óptica e um monitor que repro-duz um sinal na sala de cirurgia.

"Entre 10 e 20% dos pacientes tratados em uma clínica de fertilidade padecem de uma patologia orgânica e esse é o motivo principal de não engravidarem de forma natural"

A REVISTA DO IVI · 15

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16 · A REVISTA DO IVI

"A mulher tem mais

possibilidades de ter que passar por cirurgia"

Cirurgia ambulatorial, mínima invasão O pré-operatório é muito simples. Em geral é feita uma análise de sangue com testes de coagulação, uma sorologia – para descartar enfermidades con-tagiosas – e um eletrocardiograma. Também é mui-to importante revisar o histórico do(a) paciente, sua pressão arterial, índice de massa corporal, bem como alergias conhecidas antes de entrar na sala de cirurgia para prevenir qualquer complicação. As operações levadas a cabo em um centro de fertili-dade normalmente são ambulatoriais e podem du-rar de 30 minutos a várias horas, dependendo da complexidade da patologia.

A recuperação costuma ser rápida, já que este tipo de cirurgia é um procedimento pouco invasivo e, portanto as incisões são pequenas: menos de 1 cm na maioria dos casos – o suficiente para poder passar uma pequena câmera para observar e os instrumentos para operar com tesouras especiais, pinças, etc. -.

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ANTES DA GRAVIDEZ

A REVISTA DO IVI · 17

SEXO ENFERMIDADE EFEITOS

mulher • Pólipos endometriais e miomas • Dificulta a implantação do embrião

• Hidrossalpinge ou acúmulo de líquido nas trompas

• É tóxico para os embriões e reduz a taxa de êxito pela metade

• Aderências nas trompas • Complicam a gravidez espontânea

• Cistos ovarianos • Dificultam a punção folicular em uma futura FIV

homem • Varicocele o Hidrocele • Podem afetar a qualidade do sêmen

Operações mais comuns

"O pólipo endometrial ou um mioma são os problemas mais comuns entre as mulheres, assim como a varicocele para os homens"

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18 · LA REVISTA DE IVI

Óvulos no congelador: quem guarda quando tem, usa quando quer

"Vitrificar óvulos,não engorda,

não antecipa amenopausa

e não produzcâncer"

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A REVISTA DO IVI · 19

ANTES DA GRAVIDEZ

Ter quarenta e dois anos, medir 1,7, pesar 60 quilos, ter uma saúde de ferro, ser esportista e sentir a chamada da maternidade não são sinônimos de fertilidade, já que após os quarenta, muitas mulheres precisam utilizar óvulos doados para poderem ser mães. Nas clínicas IVI entendemos que a sociedade adquiriu uma velocidade diferente à da natureza, onde ter filhos aos 25 é utopia e aos 35 um desafio, por isto foi criado um plano de preservação de fertilidade que oferece às mulheres que desejam ser mães no futuro, a possibilidade de guardar seus óvulos jovens e férteis no congelador, porque como já diz a sabedoria popular: Quem guarda quando tem, usa quando quer.

“Vivemos em uma sociedade exigente onde a mulher tem as mesmas obrigações que os homens, mas uma responsabilidade intransferível é a gestação de um bebê até seu nascimento. Até chegar esse momento da vida, planejamos tudo para atingir a estabilidade necessária para dar o melhor como mãe, mas às vezes existe algo que falha neste planeja-mento. A vitrificação de óvulos é uma maneira de amortizar um efeito importante do passar do tempo sob os ovários.” comenta Dra. Silvana Chedid, diretora do IVI São Paulo. “A idade ideal para vitrificar é entre 30-37 anos. Abaixo desta idade é recomendável esperar um pouco por-que ainda existe muita margem para a gravidez natural, acima desta idade é necessário estudar a qualidade da reserva ovariana, principal-mente próximo aos 40, idade a partir da qual a eficácia desta técnica baixa substancialmente”, acrescenta Dra. Genevieve Coelho, diretora do IVI Salvador.

Cada ano sobe em quase todos os países a idade média da mãe ter seu primeiro filho. No Brasil, segundo IBGE Há dez anos, 27,6% das mulheres engravidavam pela primeira vez após 30 anos. Hoje, o percentual chega a 31,3%. O que acontecerá com estas mulheres quando decidam ter seus segundos filhos?

A fecundação in vitro com óvulos de doadoras é um dos tratamentos mais populares em quase todas as clínicas de reprodução, pois a idade

é o motivo principal para os problemas de esterilidade neste século. “É importante que as mulheres tomem consciência da importância de ter óvulos jovens para a fertilidade. Assim como nos Estados Unidos esta conscientização já existe e a vitrificação possui grande demanda princi-palmente para mulheres sem parceiro sexual”. – "No Brasil ainda há um largo caminho a percorrer” – opina Dra. Genevieve.

“O sucesso de uma Fecundação in vitro com óvulos vitrificados é de 50% em cada transferência embrionária, sempre e quando o esperma tenha condições aceitáveis e não sofra de fatores de infertilidade que afete a mulher. Em todo caso vale a pena desmitificar alguns aspectos do trata-mento de vitrificação de óvulos: Não engorda, não acelera a menopausa e não produz câncer” – concluem as diretoras das clínicas brasileiras.

"A vitrificação de óvulos éuma maneira de amortizar oimportante efeito do passar do tempo sob os ovários"

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A vitrificação de óvulos não requer uma engenharia com-plexa nem utensílios de alta precisão, mas sim precisa de uma equipe altamente qualificada. Nas clínicas do IVI, os biólogos que dedicam seu trabalho a esta técnica são pro-fissionais especializados e com formação exaustiva, neces-sária para trabalhar de forma rápida e com os tempos muito controlados.

A vitrificação é uma técnica de preservação na qual a cé-lula ou óvulo sofre um intercâmbio de água por crioprote-tores que ajudam na solidificação do óvulo pela extrema viscosidade do ambiente e evita a cristalização que seria produzida em um congelamento convencional, que acaba danificando o óvulo”. Informa Alexandros Aggelis, biólogo do laboratório FIV do IVI São Paulo.

Ainda que a criopreservação surgisse com a finalidade de preservar a fertilidade, a vitrificação de óvulos se usa cada vez com mais frequência para acumular óvulos em pacien-tes com baixa resposta, nas quais são extraídos óvulos de um em um ou dois em dois, ou também em pacientes com possibilidade de sofrer uma síndrome de hiperestimulação no caso de realizar a transferência embrionária em um de-terminado ciclo. “Estes óvulos são os que menos tempo passam vitrificados, pois em questão de dois ou três meses são descongelados para realizar o tratamento de fecun-dação in Vitro", comenta Alexandros.

"Não existe prazo máximo para manter os óvulos guarda-dos, em todo caso a paciente decide, já que os óvulos uma vez vitrificados, não sofrem alterações de qualidade com o passar do tempo”, conclui o biólogo.

A importância do laboratório FIV na preservação da fertilidade

20 · A REVISTA DO IVI

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ANTES DA GRAVIDEZ

Congelei meus óvulos aos 32, após o fracasso de uma relaçãoSandra tem 36 anos, faz dois que casou e agora está a ponto de dar a luz. Nunca pensou que sua fertilidade decairia aos 30, mas uma ami-ga sua trabalhava em uma clínica de fertilidade e convenceu a ami-ga a vitrificar seus óvulos justo depois de terminar com seu parceiro depois de uma relação de 8 anos: “congelei meus óvulos aos 32, de-pois do fracasso de minha relação com a pessoa com quem preten-dia formar uma família”, comenta Sandra. “Para mim era impensável que a fertilidade pudesse acabar para uma pessoa saudável, espor-tista e energética como eu, mas agora agradeço minha amiga que me convenceu de preservar a fertilidade, pois depois de um ano de relações sexuais com meu atual parceiro, acabei indo ao IVI para um tratamento de Fecundação com os óvulos que felizmente guardei por 4 anos”, conclui a futura mãe.

O caso de Sandra é também de outras mulheres que postergam sua maternidade não só porque não tenham o parceiro ideal ou termi-naram uma relação, mas também porque estão em um momento de sua vida que seja por fatores econômicos, de carreira profissional ou mesmo social, não podem pensar em engravidar tão cedo.

“As mulheres devem estar conscientes que a infertilidade não é infi-nita, e que inclusive caduca, pois a partir dos 35 as possibilidades de reproduzir-se com óvulos próprios começam a diminuir com maior velocidade.”- Advertem os especialistas. Para aquelas que não che-guem a tempo, sempre existirá a possibilidade de ser receptora de óvulos doados, que esperemos que descendam em procura com a ascensão da preservação da fertilidade para mulheres entre os 30 e 35 anos.

A REVISTA DO IVI · 21

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22 · A REVISTA DO IVI

Norma ética para areprodução

assistida

"Apesar de não existir uma lei

específica sobre Reprodução Assistida no Brasil, o Conselho Federal de Medicina

estabelece as normas éticas nesta área"

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A REVISTA DO IVI · 23

ANTES DA GRAVIDEZ

Quando damos o passo para procurar apoio médico para investigar as dificuldades de gravidez e o diagnóstico recebido é a infertilidade, antes de tomar a decisão de utilizar qualquer técnica de reprodução assistida (RA) para realizar o sonho de ter um filho, é importante saber os aspectos legais e as normas que regem a reprodução assistida.

Apesar de não existir uma lei específica sobre Reprodução Assis-tida no Brasil, o Conselho Federal de Medicina através da Resolu-ção CFM Nº2013/2013, estabelece as normas éticas nesta área.

Os principais pontos são:Idade máxima 50 anos: “As técnicas de RA podem ser uti-lizadas desde que exista probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para a paciente ou o possível descendente, e a idade máxima das candidatas à gestação de RA é de 50 anos”.

Escolher o sexo apenas para evitar doenças: Não se pode escolher o sexo do bebê e tão pouco qualquer caracterís-tica biológica do futuro bebê, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer.

Número máximo de embriões transferidos: a) mulheres com até 35 anos: até 2 embriões; b) mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões; c) mulheres entre 40 e 50 anos: até 4 embriões; d) nas situações de doação de óvulos e embriões, considera-se a

idade da doadora no momento da coleta dos óvulos.

Relacionamentos homoafetivos ou pessoas sem parceiro sexual: É permitido o uso das técnicas de RA para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito da objeção de consciência do médico.

Doadores de gametas e embriões: Doação anônima e voluntária de mulheres até 35 anos e homens até 50 anos. Obri-gatoriamente será mantido o sigilo sobre a identidade dos doa-dores de gametas (óvulos e sêmen) e embriões, bem como dos receptores.

Doação compartilhada: Com objetivo de compartilhar os custos de tratamento de reprodução assistida às doadoras de óvulos, está permitido que a doadora de óvulos tenha parte tra-tamento pago pela receptora.

Útero de substituição: A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial, ou seja, não pode ser uma “barriga de aluguel”. As doadoras temporárias do útero de-vem pertencer à família de um dos parceiros num parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe: segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima), em to-dos os casos respeitada a idade limite de até 50 anos.

“Casos de exceção, não previstos na resolução CFM 2013/2013, dependerão da autorização do Conselho Regional de Medicina.”

"As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para a paciente ou o possível descendente"

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24 · LA REVISTA DE IVI 24 · LA REVISTA DE IVI

O Sono durante a gravidez, da sonolência constante à insônia

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A REVISTA DO IVI · 25

NOVE MESES

Os transtornos do sono durante a gravidez são comuns para grande parte das mulheres que esperam um bebê. A progesterona, hormô-nio que reina durante a gravidez, produz uma série de consequências como é o efeito sedante sobre o cérebro da futura mãe. “O primeiro trimestre é o momento mais duro com relação ao sono, pois aparece de repente. É a consequência direta do impacto que tem o hormônio feminino por excelência na gestante. Com o passar dos dias a carga hormonal é similar, mas o corpo vai ficando habituado ao efeito sedan-te”, comenta Dra. Isa Rocha, ginecologista do IVI Salvador.

Uma das coisas que levantam suspeitas sobre estar grávida é o desejo constante de dormir a todo o momento. É uma das consequências do aumento da progesterona que experimentam as gestantes desde os primeiros dias de gravidez. No entanto, esta sensação não será constante durante os 9 meses porque da mesma maneira que os hormônios provocam a sonolência no primeiro trimestre, a vontade de urinar, acidez no estômago e os movimentos fetais a partir do segundo, podem iniciar uma guerra contra o descanso noturno.

"O nervosismo que gera ser mãe de primeira viagem é outro agente que afeta diretamente o sono"

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26 · A REVISTA DO IVI

Descansar é tão importante quanto ter uma alimentação adequada e hábitos saudáveis, no entanto seguir estas regras pode ser uma tarefa difícil porque a gestante tem obrigações e o tempo ocupado com o trabalho e família. “A impossibilidade de descansar afeta diretamente a capacidade de concentração, o humor e a vida em geral. Além disso, muitas gestantes sentem angústia por não serem compreendidas ao sentir um sono constante.

Por isso é muito importante que tanto o casal como a família favoreçam o descanso da futura mãe, porque são para o benefício do futuro bebê”, aconselha Dra. Rocha.

Mas nem tudo que acontece no período de gestação é sono, outra cara da moeda é a insônia. Acontece quando as mudanças físicas são maio-res que os efeitos da progesterona. Comentários típicos desta etapa que começa no final do segundo trimestre costumam ser: “Eu estou acostumada a dormir de costas e agora não consigo dormir em outra posição”, “Levantei 3 vezes durante a noite para urinar”, “Quando por fim quase dormia, o bebê ficou com soluço e estive assim até as 3 da madrugada”, “Não sei por que acordo às 5 da manhã e já não consigo dormir novamente”.

O nervosismo de ser mãe de primeira viagem é outro agente que afe-ta diretamente o sono. “As mulheres que esperam a chegada de seu primeiro bebê costumam estar muito mais preocupadas por sua inex-periência e tentam preparar tudo para quando chegue a criança. Este desejo pode desencadear uma obsessão de controlar tudo o que está por vir, o que afeta diretamente o descanso, pois durante a noite co-meçam a dar voltas nos pensamentos, medos e preocupações e não conseguem dormir,” recorda Dra. Isa.

Um bom aliado ao descanso pode ser a atividade física porque ajuda a liberar estresse e a conciliar melhor o sono. Jantar cedo e urinar antes de dormir são hábitos inquestionáveis. Mas existe uma coisa que a grávida não pode esquecer, e isso deve ser mantido apesar dos obstáculos que possa encontrar: Manter o pensamento positivo sobre o bebê que em breve estará em seus braços e tudo ficará bem. Até que chegue este mo-mento só resta esperar e viver a gravidez como um momento único.

Com o que sonha uma grávida?A gravidez proporciona alguns poderes curiosos. A futura mãe é capaz de sonhar acordada. Quando isto ocorre leva o nome de fantasia e costumam estar re-lacionadas com a nova condição de mãe e toda a res-ponsabilidade que esta posição exige.

Estas fantasias às vezes são repetidas durante o sonho, e às vezes em forma de pesadelos onde vive situações onde não é capaz de ser uma “boa mãe”, esquecendo coisas básicas como amamentar e inclusive perdendo a criança em qualquer lugar.

A sexualidade é outro tema constante nos sonhos du-rante o período de gestação. Por motivos puramente hormonais a mulher está mais predisposta ao sexo, o que é refletido em seus sonhos.

"Para dormir melhor é recomendável deitar virada para o lado esquerdo para não pressionar a veia cava"

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A REVISTA DO IVI · 27

Pouco ou nada de cafeína

Jantar cedo, dando tempo para o organismo fazer a digestão

Chá de camomila depois de jantar para aquecer o corpo favorece o descanso

Urinar antes de dormir, evitando assim ir muitas vezes ao banheiro

Deitar virada para o lado esquerdo para não pressionar a veia cava

Conselhos para dormir melhor

"Descansar étão importante

quanto alimentar-seadequadamente e terhábitos saudáveis, no entanto é uma tarefa difícil de conseguir"

NOVE MESES

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"Adiar a gravidez para um momento

futuro acaba exigindo maior cuidado e mais

análises durante o período pré-natal"

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NOVE MESES

Exame NACE PLUS, uma alternativa não invasiva para detectar alterações cromossômicas

Com uma simples extração do sangue materno, o teste NACE Plus permite conhecer se existem copias a mais ou a menos dos cromos-somos – fenômeno também poderia ser chamado aneuploide –, de forma mais precisa, correspondentes aos pares 21, 13, 18 e os sexuais (X e Y), e assim detectar se o embrião padece de síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau respectivamente, ou possui alteração numérica dos cromossomos sexuais. Trata-se de um exa-me não invasivo onde a mãe e o bebê não correm perigo, já que a extração de sangue consiste em uma análise comum; diferente da amniocentese e a biopsia Coria, que são exames invasivos onde existe um pequeno risco de abortamento (0,5%-2%). O exame NACE Plus permite detectar a síndrome de Down com 99.9% de fiabilidade. Este exame pré-natal, não invasivo, é realizado no Brasil através da IVIO-MICS - que está localizada em Miami e é a parte do grupo IVI que

realiza investigações e análises genéticas – estando à disposição dos pacientes IVI que tanto por prescrição médica ou por decisão própria, querem realizar um diagnóstico cromossômico do feto.

Dependendo da idade da mulher, os riscos de anomalias genéticas aumentam, por exemplo, a probabilidade de uma mulher de 20 anos ter um filho com síndrome de Down é de 1 para 1600. Com mães entre 30 e 35 anos, a chance é de 1 para 365 e incrementando com a idade, sendo de 1 para 80, em mulheres acima de 40 anos. “Portanto, adiar a gravidez para um momento futuro acaba exigindo maior cui-dado e mais análises durante o período pré-natal, além de que atual-mente as mulheres estão mais informadas sobre os avanços tecno-lógicos e demandam uma maior qualidade assistencial”, explica Dra. Genevieve Coelho, diretora do IVI Salvador.

Uma nova análise de sangue materno, chamada NACE Plus, é a alternativa não invasiva à amniocentese e biopsia corial, únicos exames capazes de detectar as alterações cromossômicas fetais com exatidão.

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“Até a chegada deste exame, as mulheres que se submetiam à amnio-centese eram aquelas com um risco superior a 1 entre 250 de ter um bebê com problemas cromossômicos, baseado nos parâmetros da ultrassonografia da 12ª semana, e uma analítica hormonal realizada entres as semanas 9 e 12”, acrescenta Dra. Coelho. “Os casais deviam assumir o pequeno risco da amniocentese nestas situações”, conclui a especialista.

O exame NACE plus permite detectar a síndrome de Down com uma alta fiabilidade e, portanto é um teste que pode ser feito quando exis-te tanto alto quanto baixo risco, proporcionando tranquilidade sem assumir riscos de abortamento. “É preciso deixar claro que o exame é complementar a um devido acompanhamento da gravidez, realizando as correspondentes ultrassonografias relativas ao diagnóstico pré-natal,

principalmente entre as semanas 12 e 20 – para realizar um estudo ana-tômico fetal completo”, salienta a doutora.

Quando posso tirar a dúvida?O teste NACE Plus pode ser realizado a partir da décima semana de gestação. Pode ser solicitado via ginecologista ou diretamente pela paciente entrando em contato com a clínica IVI mais próxima. Para realizar o exame é suficiente extrair 7-10ml de sangue periférico da mãe e os resultados estão prontos em 11 dias úteis. Indicado a mulhe-res de qualquer idade e independente de sua Massa Corporal (IMC), inclusive casos de Fecundação in Vitro, ou ainda, gestações proceden-tes de doação de óvulos.

"O exame NACE plus permite detectar a síndrome de Down com uma alta fiabilidade sem ter que assumir riscos de abortamento"

"É um exame não invasivo onde a mãe e o bebê não correm perigo,

já que a extração de sangue consiste em uma

análise comum"

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NOVE MESES

Síndrome de Down e outras trissomiasOs seres humanos têm 23 pares de cromossomos, um total de 46 (duas cópias de cada par). Os primeiros 22 pares são numerados de 1 a 22 e o último par determina o sexo. Enquanto as mulheres têm dois cromossomos X, os homens têm um X e outro Y. Grande parte dos problemas de saúde e desenvolvimento de um bebê surge quando falta ou sobra algum cromossomo. A incidência deste tipo de enfermidades cromossômicas é aproximadamente de 6 de cada 1.000 gestações, podendo chegar a 50% das causas de abortos.

Quando existe uma cópia adicional de algum cromossomo, ou seja, três cópias em lugar de duas, denominamos trissomia. As trissomias mais frequentes são: síndrome de Down (trissomia 21), síndrome de Edwards (trissomia 18) e síndrome de Patau (trissomia 13). Dos três transtornos, o mais frequente é a síndrome de Down, que incide em um caso de cada 800 nascidos vivos. O risco aumenta com a idade da mãe: com menos de 25 anos o risco é de 1/1100, enquanto acima dos 40 o risco sobe a 1/80.

"Grande parte dos problemas de saúde e desenvolvimento de um bebê surge quando falta ou sobra algum cromossomo"

A REVISTA DO IVI · 31

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32 · LA REVISTA DE IVI

A ponto de jogar a toalha

Os tratamentos de reprodução assistida às vezes são longos e

difíceis. Os envolvidos no processo passam por muitas emoções que

suscitam questionamentos sobre seus verdadeiros desejos e também sobre a capacidade do casal para enfrentar

este desafio. Com persistência, a maioria consegue seu propósito. No entanto,

para ajudá-los a aguentar esta pressão existe uma figura chave: o psicólogo.

"As reações e o estado emocional

do casal vão se modificando na medida

em que sucedem os diferentes ciclos"

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PSICOLOGIA

Instabilidade emocionalO diagnóstico de infertilidade e seu tratamento, a partir da utilização de técnicas de reprodução humana assistida (RA), têm um impacto e consequências psicológicas e sociais na vida de muitos casais. As reações e o estado emocional do casal não permanecem iguais du-rante o tratamento, vão se modificando na medida em que sucedem os diferentes ciclos. Esta mudança constante de sentimentos gera um desgaste emocional no casal com problemas de infertilidade. “Cada iní-cio representa um começo e cada insucesso, um final. Em geral quase todos os casais chegam às clínicas com expectativas positivas, acredi-tam que serão os felizardos e ficarão logo grávidos. Estas primeiras sen-sações positivas, são seguidas por preocupações enquanto esperam os resultados. Quando existe uma falha na implantação, os pacientes assumem com maior ou menor angústia, sabendo que era algo que poderia acontecer. Na medida em que novos tratamentos são iniciados e o sonho não se realiza, a frustração vai aumentando” – explica Vívian Volkmer Pontes, doutora em psicologia e psicóloga do IVI Salvador e adiciona: “durante o período de tempo que o casal leva implicado no processo, desde o diagnóstico de infertilidade à gravidez, é possível que passe por vários ciclos, cada um deles representando uma nova avalanche de emoções e estresse, onde a esperança é ameaçada por emoções negativas baseadas na incerteza, o que influencia e modifica as expectativas e a forma de enfrentar o tratamento”.

"O apoio do psicólogo proporciona técnicas e recursos para manter o equilibrio emocional. O psicólogo é uma figura chave"

A REVISTA DO IVI · 33

1. Aceite a situação Às vezes, a tão sonhada gravidez demora mais do que gostaríamos. Aceite com naturalidade as emoções que possam surgir, sem sentir culpa por isto.

2. Cuide de outros aspectos da sua vida pessoal Não deixe para trás outros projetos que gosta e te fazem sentir bem. Se necessário, dê um tempo e descanse antes de começar um novo tratamento, isto ajudará a recarregar as energias.

3. Olhe para frente com atitude positiva Fuja dos pensamentos negativos e enfrente teu sonho com alegria. As chances acumuladas de gravidez aumentam com as tentativas; consulte os resultados clínicos disponíveis em nosso site e comprove estas informações. Sabemos que 85% dos casos de infertilidade têm solução.

4. Conte com o apoio de seu/sua parceiro(a)Cuidar emocionalmente um do outro é fundamental para não abandonar o tratamento. Isto implica manter uma atitude de escuta emocional, de tolerância e de compreensão. Ajudar-se mutuamente, não se culpar e dividir a carga são atitudes muito benéficas.

5. Procure apoio psicológicoEstá demonstrado que o apoio psicológico melhora o ajuste emocional dos pacientes em tratamento, resultando em um menor índice de abandono e uma maior taxa de nascimentos saudáveis.

5 DICAS para não “jogar a toalha”

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34 · A REVISTA DO IVI

Atendimento psicológicoO tratamento da infertilidade pode consistir em um período de crise, de desafios, dificuldades emocionais, conflitos e vivências intensas para muitos casais, fazendo-se presentes elevados níveis de ansiedade, so-frimento emocional e até sintomas depressivos. Com isto, torna-se ne-cessário um espaço de escuta às questões emocionais, onde os casais possam expressar seus sentimentos, medos e angústias, e refletir sobre suas escolhas e outras questões relacionadas ao desejo de ter filhos.

Algumas frases comuns de casais em tratamento para a infertilidade:

“Não sei pra onde ir, o que fazer”.

“Sinto vontade de chorar do nada”.

“Não deu certo até agora, não vou conseguir mais”.

“Ele não me compreende”.

“Sinto desânimo, sem vontade de fazer nada”.

"Enfrentar o fracasso e continuar

tentando é fundamental para realizar o sonho de

ter filhos"

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PSICOLOGIA

A REVISTA DO IVI · 35

"Cuidar emocionalmente um do outro é a base para

continuar com o tratamento"

Objetivos do aconselhamento psicológico:

• Fornecer informações sobre RA.

• Auxiliar na avaliação de alternativas e tomadas de decisões.

• Favorecer reflexão sobre as experiências em cada etapa do tratamento.

• Favorecer a expressão de emoções e busca de apoios sociais.

• Ensinar técnicas para lidar com a ansiedade e o estresse, aumentando os recursos pessoais de enfrentamento adequado da situação.

• Aprender a entender e avaliar pensamentos negativos e irracionais.

• Contribuir para um melhor relacionamento do casal.

• Manter ou elevar a qualidade de vida ou bem estar físico e psicológico.

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36 · A REVISTA DO IVI

Quando a menopausa chega antes

"Não existe uma idade específica para o inicio da

menopausa"

Normalmente as mulheres começam a sentir mudanças em sua menstruação a partir dos 45 anos, mas esta não é uma idade universal. Existem mulheres que com 40 já estão cara a cara com os primeiros transtornos ocasionados pelo fim da menstruação, deixando de menstruar para sempre e, portanto, abandonando a produção de estrógenos.

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A REVISTA DO IVI · 37

A IDADE DE OURO

Não existe uma idade específica para o inicio da menopausa. No en-tanto, existem dois fatores que podem influenciar para que esta etapa chegue antes. Em primeiro lugar o consumo habitual do cigarro, que poderia adiantar em média 2 anos para o início do climatério. Em se-gundo lugar a genética, já que a idade que a mãe e irmãs iniciam o processo de menopausa pode indicar a tendência de sua família.

Também existe um tipo de menopausa adiantada artificialmente. A menopausa induzida é muito frequente em mulheres que se submete-ram a tratamentos contra o câncer.

Entre os primeiros sintomas da menopausa e o fim absoluto da mens-truação existe um período chamado climatério - que dura anos - e mar-

ca a distancia entre a vida reprodutiva feminina e o fim da ovulação. Se a menopausa precoce é detectada a tempo, a reprodução assistida pode servir de ajuda para conseguir a gravidez.

É possível ser mãe durante a menopausa?A doação de óvulos é uma opção para quem alcançou a menopau-sa de forma prematura, inclusive a fecundação in vitro com doação de óvulos é considerada o tratamento mais eficaz para este tipo de casos, já que utilizamos óvulos de doadoras, justo o material biológico que ela não é capaz de produzir.

Com o acompanhamento de um ginecologista é possível conseguir que uma mulher em menopausa com um endométrio receptivo seja capaz de levar a diante uma gravidez gerada a partir de embriões por meio da fertilização in vitro que utiliza óvulos de uma doadora e, com uma terapia hormonal adequada.

• SufocoS. São sensações bruscas de calor na cara e pescoço que é acompanhado pelo envelhecimen-to da pele, e a continuação, suor frio.

O que fazer? Não colocar muita roupa, utilizar roupa de algodão, substituir café por sucos naturais e não comer pi-menta.

• Vagina Seca. A parede vaginal se torna mais fina, menos elástica e a lubrificação natural diminui.

O que fazer? Nas relações sexuais, é preciso aumentar o tempo das estimulações prévias. Desta forma aumenta a lu-brificação natural. Se mesmo assim as relações continuam dolorosas, recomenda-se lubrificantes vaginais.

• PerdaS de urina. Por causa da perda de elas-ticidade, eventualmente, fazer algum esforço (como espirrar ou tossir) provoca uma pequena perda de urina.

O que fazer? Fazer exercícios de fortalecimento da muscu-latura pélvica contraindo a musculatura, por exemplo, cor-tando o fluxo da urina por alguns segundos e logo relaxar. Este exercício deve ser feito várias vezes ao dia.

• aumento de PeSo. Durante esta etapa a gor-dura se acumula mais na barriga que nas coxas e bumbum.

O que fazer? Dieta equilibrada e exercício. É um momen-to de reflexão para começar a cuidar-se ainda mais, mudar hábitos pouco saudáveis ter uma alimentação baixa em gordura e rica em vegetais, além de fazer exercícios. Muitos ginecologistas opinam que com caminhar 30 minutos é suficiente para dar ao corpo a tonificação que ele precisa e manter o peso.

• oSteoPoroSe. Com a queda na produção de estrógenos, os ossos ficam mais frágeis e o risco de fratura óssea aumenta. A famosa e temida osteoporo-se é um dos problemas que mais preocupa os gine-cologistas, já que em maior ou menor medida afeta a todas as mulheres. Além da menopausa, também favorecem este fenômeno o baixo peso, o consumo de cigarro, de álcool, e/ou levar uma vida sedentária.

O que fazer? Fazer exercício de forma moderada e regu-lar. O importante é trabalhar todas as articulações para retardar o processo de descalcificação dos ossos. Tam-

bém é imprescindível modificar a alimentação, procu-rando que seja rica em cálcio, como os produtos lácteos (principalmente desnatados para continuar controlando o peso) e peixes como sardinha, anchova e atum. Tomar Sol ajuda a formar suficiente quantidade de vitamina D, essencial para proporcionar a correta absorção do cálcio e, obviamente evitar o cigarro, álcool e bebidas estimu-lantes (café, chá, coca cola), porque interferem no meta-bolismo do cálcio.

• riSco cardioVaScular. Com a menopausa aumenta também o risco de padecer de algum pro-blema cardiovascular. Especialistas estão de acordo so-bre um alerta especialmente em casos em que a mu-lher fuma, sofre de diabete, obesidade ou hipertensão.

O que fazer? Novamente a alimentação é a forma mais eficaz de manter o equilíbrio, esqueça as gorduras, utilize azeite de oliva, que ajuda a regular o colesterol, e aumente o consumo de frutas e verduras. O exercício físico neste caso é “obrigatório”, e quando existe um alto risco (por obesidade, hipertensão ou histórico familiar) pode ser cogitado um tra-tamento com terapia de substituição hormonal.

Combater os SINTOMAS da menopausa

"Se a menopausa precoce é detectada a tempo, a reprodução assistida pode servir de ajuda para conseguir a gravidez"

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38 · A REVISTA DO IVI

Dra. Silvana Chedid, Especialista em

reprodução humana e escritora

Autora do livro “Infertilidade”, Dra. Silvana Chedid prepara o lançamento do seu novo livro “Gravidez após os 40

anos”. Dividindo seu tempo entre ser mãe, diretora da Clínica IVI São Paulo e pesquisadora, Dra. Silvana escreveu

este livro inspirada em sua própria experiência de maternidade aos 42 anos

e baseada em seus mais de 20 anos de profissão de ginecologista especializada

em reprodução humana.

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A REVISTA DO IVI · 39

Ser mãe pela segunda vez depois de completar 42 anos é algo que poucos conseguem naturalmente. Foi fácil?

Não. Apesar de como médica acompanhar esperas mais longas que a minha. Foram quase dois anos incluindo um abortamento espontâneo. Mesmo sabendo que os riscos da gravidez numa idade avançada in-cluem um aumento da possibilidade de abortamento, eu fiquei muito triste. O aborto é sempre uma perda, que carrega muita desilusão e tristeza. Mas felizmente o final foi o melhor. Hoje tenho dois filhos, um menino e uma menina e me sinto realizada.

Como conseguiu uma gravidez natural a esta idade? Ser gineco-logista te ajudou?

Por um lado tive uma boa reserva ovariana, algo que de certa forma é uma sorte genética. Por outro lado, certamente ser ginecologista me aju-dou, pois me permitiu fazer um bom controle de minha ovulação com conhecimento médico, também ajustei minha dieta e tomei vitaminas.

Mãe, especialista em reprodução humana e pesquisadora. Onde encontra tanto tempo?

Por muito tempo vivi totalmente voltada para o trabalho. Dediquei-me de corpo e alma à minha vida profissional. Morei dois anos em Bruxelas, na Bélgica, onde fiz minha especialização em Reprodução

DE PERTO

"Apesar de ser ginecologista e obstetra, e de atender mulheres grávidas a vida inteira, só entendi o verdadeiro significado de ser mãe quando eu mesma vivi essa experiência"

"Quando atendo mulheres em meu consultório que dizem que não têm certeza se querem ou não ter filhos, sou categórica: é a melhor experiência pela qual uma mulher pode passar"Dra. Silvana Chedid. Especialista em reprodução humana e escritoraAutora do livro “Infertilidade”, Dra. Silvana Chedid prepara o lançamento do seu novo livro “Gravidez após os 40 anos”. Dividindo seu tempo entre ser mãe, diretora da Clínica IVI São Paulo e pesquisadora, Dra. Silvana escreveu este livro inspirada em sua própria experiência de maternidade aos 42 anos e baseada em seus mais de 20 anos de profissão de ginecologista especializada em reprodução humana.

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"Mesmo sabendo que os riscos da gravidez numa idade avançada incluem um aumento da possibilidade de abortamento, eu fiquei muito triste"

40 · LA REVISTA DE IVI

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A REVISTA DO IVI · 41

Humana. Depois defendi meu doutorado, montei o Serviço de Reprodução do hospi-tal Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e minha clínica particular que depois de al-guns anos foi incorporada ao grupo IVI. O desejo de ser mãe sempre esteve presente, mas faltava um companheiro, que finalmente encontrei aos 38 anos.

Continuo fazendo muitas coisas, mas ter filhos sem dúvida foi minha conquista mais importante e mudou minha distribuição do tempo, por isto hoje em dia sou seletiva nos compromissos que tenho e só deixo de ficar com meus filhos quando o motivo é muito forte.

No livro você apresenta prós e contras de uma gravidez tardia, fez su-gestões de dietas, dicas para evitar a dor, melhorar a respiração, cita alguns casos, etc. A inspiração de escrever este livro, segundo sua in-trodução, foi passar pela experiência de gravidez tardia, mas na maior parte do tempo você fala como médica. Como foi este processo?

A ideia surgiu com minha experiência, mas acredito que poderia ajudar mais como médica que como testemunha. Apesar de ser ginecologista e obstetra, e de atender mulheres grávidas a vida inteira, só entendi o ver-dadeiro significado de ser mãe quando eu mesma vivi essa experiência. Só então entendi de verdade tudo o que a grávida sente, e passei a ser mais sensível com as minhas pacientes. Preferi escrever como médica, mas busquei dúvidas e hábitos que como gestante e tentante necessi-

taram minha atenção, acredito que consegui englobar o máximo de aspectos de influencia relacionados com a gravidez após os 40.

Sobre ioga, você recomenda algumas téc-nicas no livro, particularmente fez ioga

durante sua gravidez?

Eu pessoalmente não utilizei ioga na gestação, mas fiz hidroginástica que é excelente. A hidrogi-

nástica pode ser praticada pela gestante (desde que liberada pelo seu médico) em qualquer fase da gestação

já que, mesmo com o abdome volumoso, não tem nenhum im-pacto. É um ótimo exercício aeróbico, fortalece a musculatura e relaxa.

Se uma pessoa acredita que sua gravidez será ao redor dos 40 anos e atualmente está por volta dos 30 anos. Existe algum trata-mento ginecológico para garantir que a fertilidade se estenda o máximo possível?

A única maneira de preservar a fertilidade é fazer uma estimulação ovariana seguida de aspiração dos óvulos e congelamento dos mes-mos através da técnica de Vitrificação. Não há nenhum tratamento que previna a queda da fertilidade ou aumente a idade da meno-pausa, mesmo uma vida saudável, exercícios regulares e boa alimen-tação. Estes hábitos pelo menos não prejudicarão a fertilidade, algo que sim ocorre quando uma pessoa fuma, tem estresse ou é obesa, por exemplo.

"Não há nenhum tratamento que previna a queda

da fertilidade ou aumente a idade da menopausa, mesmo uma vida saudável"

DE PERTO

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42 · A REVISTA DO IVI

Os 10 alimentos ricos em ácido fólico• Vegetais folhosos verdes,

brócolis e espargo• Feijão• Ervilha• Batata• Carne e Fígado• Abacate e frutas em geral• Cogumelo• Trigo integral, farinha integral

e cereais• Arroz integral• Cítricos

Quando uma mulher planeja a gravidez deve preparar seu corpo para a ocasião. É recomendável às futuras mães uma alimentação rica em ácido fólico antes de engravidar e durante as primeiras 12 semanas de gestação, já que tomar este suplemento ajuda ao correto desenvolvimento da medula espinal do bebê.

O que é ácido fólico?É a vitamina hidrossolúvel do grupo B – (Vitamina B9). Como todas as vitaminas, não aporta energia ao organismo, mas é fundamental para gerá-la e manter o corpo saudável. Possui propriedades an-tianêmicas e preserva o sistema imunológico. Também previne as enfermidades cardiovasculares e reduz a possibilidade de desenvol-ver câncer de cólon, útero e mama. Durante a gravidez, o ácido fóli-co é importante para redução do risco de malformações do sistema nervoso central do feto e outros defeitos congênitos.

Ácido fólico durante a gravidez

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RECEITAS DE FERTILIDADE

Ragout de carne Ingredientes para 4 pessoas:• 1 kg de carne cortada em quadradinhos• 1 cebola• 2 dentes de alho• 1 folha de louro• 1 colher de orégano• 8 grãos de pimenta negra• 2 cravos• 250 ml de vinho tinto• 500 ml de caldo de carne• 2 batatas• 4 espargos verdes• 1 cenoura• 50 g de cogumelo• Azeite de oliva• Sal

1. Dourar a carne em uma panela com azeite.

2. Picar a cebola e o alho. Adicionar à panela com a carne.

3. Cortar a cenoura em pedacinhos, bem como os cogumelos e espargos e adicionar à panela com carne.

4. Incorporar a folha de louro, o orégano, a pimenta e o cravo.

5. Agregar o vinho tinto e mexer durante 2 minutos.

6. Agregar o caldo de carne.

7. Cozinhar durante, ao menos 50 minutos em fogo baixo, sem deixar que o caldo seque totalmente. (tempo dependerá da carne utilizada).

8. Cortar batatas e fritar a parte, agregando o resto de ingredientes antes de servir.

Passo a passo

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Detrás de um grande trabalho em medicina reprodutiva é preciso ter um trabalho de pesquisa intenso. Dirigidas pelos professores Carlos Simón e Antonio Pellicer, a Fundação IVI (fIVI) foi fundada em 1997, é uma entidade sem fins lucrativos cuja atuação se sustenta em 3 pilares fundamentais:

1. Pesquisa: O objetivo é iniciar novas investigações que permitam avançar os conhecimentos sobre a reprodução humana, melhoran-do os tratamentos e reduzindo os efeitos adversos.

2. Docência: Divulgar o conhecimento em matéria de reprodução as-sistida, com o fim de criar uma necessária cultura entre profissionais e cidadãos. A Fundação IVI leva a cabo difusão de publicações, cur-sos, conferências de todas as atividades relacionadas com a inves-tigação, docência e formação no âmbito da medicina reprodutiva.

3. Ação social: Cooperar em ações de solidariedade e promoção do voluntariado para ajudar a coletivos com escassos recursos econô-micos, a pessoas com dificuldades através de assistência médica, co-laborando com seu desenvolvimento e bem estar social nas áreas de medicina reprodutiva, ginecologia e pediatria.

Fundação IVI

"Detrás de um grande trabalho em medicina reprodutiva é preciso ter um trabalho de pesquisa intenso"

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Prêmios recebidosA lista de prêmios recebidos pela Fundação IVI pelas mãos de seus diretores é enorme e pode ser comprovada no site da Fundação. As condecorações que se destacam são as da American Society for Re-productive Medicine, da Society for Gynecological Investigation, da Fundación Salud 2000 e da Sociedad Española de Fertilidad.

Um dos prêmios mais recentes, recebido durante o Congresso da (ESHRE) European Society of Human Reproduction and Embryology, é uma pesquisa sobre o intercâmbio genético entre mãe e embrião, e pretende aportar as ferramentas necessárias para determinar quais moléculas estão implicadas no período de maior receptividade en-dometrial para desta forma aumentar os índices de êxito da repro-dução assistida.

Atualmente as ações sociais da FIVI são:Teaming: Desde 2008, IVI participa do projeto Teaming. Criado por Jill Van Eyle, o Teaming é uma ação solidária que põe a empre-sa e seus profissionais em contato direto com iniciativas solidárias diferentes. Pela doação voluntária mensal de 1€ em cada folha de pagamento, esses trabalhadores que participam do programa contribuem para a criação de um fundo de ajuda.

IVI colabora com a instituição Aldeias Infantis em âmbitos diferentes: cedendo espaço em nossas clínicas para as campanhas de difusão e angariação de fundos que as Aldeias Infantis realizam e também, as-sim como com outras Fundações que têm mercado de currículos, o departamento de Recursos Humanos do IVI incorpora candidaturas de perfis de colocação difícil nos processos de seleção que realiza.

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SOCIAL

"É uma entidade sem fins lucrativos

cuja atuação se sustenta em 3 pilares

fundamentais: Pesquisa, Docência,

Ação social"

"A lista de prêmios recebidos pela Fundação IVI pelas mãos de seus diretores é enorme e pode ser comprovada no site da Fundação"

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IVI incentiva os cientistas através do International AwardsA Fundação IVI também premia a pesquisa científica. Em 2013, em sua quinta edição, foram premiados Martin Matzuk e Hugh S. Taylor. Martin Mtzuk pela identificação de mecanismos celulares implicados na ovu-lação e por sua contínua aportação na área de biologia e reprodução: e Taylor, editor da revista Reproductive Science, com o prêmio de pesqui-sa clínica por sua trajetória científica centrada na endometriose e nos mecanismos de regulação do ovário.

www.ivifoundation.net

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O HCG (Hormônio Coriônico Gonadotrófico) é um hormônio produzido na placenta. Está formado por sub-unidades: alfa e beta. A fração alfa é idêntica a outros hormônios produzidos na hipófise. A fração beta tem como função manter o corpo lúteo. É utilizado especifica-mente para detectar a gravidez tanto no sangue quanto na urina.

GLOSSÁRIO

Hormônio HCG

"É utilizado especificamente para detectar a

gravidez tanto no sangue quanto na

urina"

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IVI VigoPlaza Francisco Fernández del Riego, 7 (Plaza Elíptica)36203 Vigo (Pontevedra)T +34 986 021 [email protected]

IVI ZaragozaPoetisa María Zambrano, 31-bajoTorre sur del edificio WTC50018 ZaragozaT +34 976 093 [email protected]

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IVI MadridAvda. del Talgo, 6828023 Aravaca (Madrid)T + 34 91 180 29 [email protected]

IVI MurciaNavegante Macías del Poyo, 5Edificio Delfín- Barrio La Flota30007 MurciaT +34 968 200 [email protected]

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