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INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ PROCESSO SELETIVO – Edital n. 09/2016. Prova Objetiva – 11/06/2016 1. Verifique se a prova está completa de acordo com as orientações dos fiscais. 2. A compreensão e a interpretação das questões constituem parte integrante da prova, razão pela qual os fiscais não poderão interferir. 3. Preenchimento do Cartão-resposta Prova Objetiva: Preencher para cada questão apenas uma resposta. Preencher totalmente o espaço correspondente, conforme o modelo: Para qualquer outra forma de preenchimento, por exemplo, , o leitor óptico anulará a questão. Usar apenas caneta esferográfica, escrita normal, tinta azul ou preta. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tinteiro. 4. Conferir seus dados no Cartão-resposta da Prova Objetiva e assinar no local indicado. 5. Não haverá substituição do cartão-resposta em caso de rasuras ou emendas. 6. Orientações para o preenchimento do Cartão de redação: Não se identificar no Cartão de redação; Não assinar o Cartão de redação; Usar apenas caneta esferográfica, escrita normal, tinta azul ou preta. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tinteiro. 7. O tempo disponível para esta prova é de 04 (quatro) horas, com início às 14 horas e término às 18 horas. 8. Você poderá deixar o local de prova somente depois das 15 horas e poderá levar sua PROVA após as 16 horas. Início da prova: 14 horas. Término da prova: 18 horas. O Gabarito Oficial Provisório das questões objetivas estará disponível a partir das 17 horas do dia 13 de junho no endereço eletrônico: <http://www.pucpr.br/concursos/eplp>, menu Resultados. EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA RESPOSTAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ PROCESSO SELETIVO – Edital n. 09/2016 .

Prova Objetiva – 11/06/2016

1. Verifique se a prova está completa de acordo com as orientações dos fiscais. 2. A compreensão e a interpretação das questões constituem parte integrante da prova, razão pela qual os fiscais não poderão interferir. 3. Preenchimento do Cartão-resposta Prova Objetiva:

• Preencher para cada questão apenas uma resposta. • Preencher totalmente o espaço correspondente, conforme o modelo: • Para qualquer outra forma de preenchimento, por exemplo, , o leitor óptico anulará a questão. • Usar apenas caneta esferográfica, escrita normal, tinta azul ou preta. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tinteiro.

4. Conferir seus dados no Cartão-resposta da Prova Objetiva e assinar no local indicado. 5. Não haverá substituição do cartão-resposta em caso de rasuras ou emendas. 6. Orientações para o preenchimento do Cartão de redação:

• Não se identificar no Cartão de redação; • Não assinar o Cartão de redação; • Usar apenas caneta esferográfica, escrita normal, tinta azul ou preta. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tinteiro.

7. O tempo disponível para esta prova é de 04 (quatro) horas, com início às 14 horas e término às 18 horas. 8. Você poderá deixar o local de prova somente depois das 15 horas e poderá levar sua PROVA após as 16 horas.

Início da prova: 14 horas. Término da prova: 18 horas.

O Gabarito Oficial Provisório das questões objetivas estará disponível a partir das 17 horas do dia 13 de junho no endereço eletrônico: <http://www.pucpr.br/concursos/eplp>, menu Resulta dos.

EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTAS

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

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Exame de Proficiência em Língua Portuguesa – 2016 Pág. 2/16

Exame de Proficiência em Língua Portuguesa – 2016 Pág. 3/16

1. Em 2015, a PUCPR implementou o Projeto Livro da Vida: 5 Princípios da Graduação, que busca trazer para os estudantes uma reflexão a respeito dos princípios orientadores do processo de ensino e aprendizagem em nossa Universidade. Os princípios são autonomia, cooperação, senso crítico, honestidade e dedicação. Saiba mais sobre um desses princípios:

Conceito 1:

A busca pela verdade se consagra numa das maiores virtudes que podemos ter na vida: a honestidade . Ser ho-nesto é muito mais do que ter uma conduta correta, tão somente não mentir, não enganar. Ser honesto é ser transparente consigo mesmo e com os outros. É ser persistente em suas convicções sobre o que é certo. É se fa-zer presente com firmeza em situações em que a honestidade é posta à prova. E são tantas… Toda vez que sur-ge uma oportunidade de tirar vantagem de alguém, de obter benefícios por meios ilícitos, de conseguir resultados mais rápidos ou mais expressivos usando subterfúgios duvidosos, a sua honestidade entra em xeque. Cabe a vo-cê reafirmar seu compromisso com o que acredita ser certo a cada situação dessas. Ao guiar suas ações por seus princípios, você é verdadeiro com você mesmo, com os valores que a sua família te ensinou, com o que aprendeu na escola e na vida que é correto para você e para os demais. Ser honesto é estar constantemente atento ao pró-prio comportamento, é reconhecer seus erros antes de apontar os erros dos outros. É fazer sua parte na busca contínua por uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais pacífica. Para todos nós. Documento institucional. Disponível em <http://livrodavida.pucpr.br/317-2/>. Acesso em: 10/04/2016.

O texto que você acabou de ler conceitua Honestidade como um princípio da graduação na PUCPR, um contexto de comunicação específico. Para o mesmo vocábulo ‘honestidade’, há verbetes que circulam em outros contextos sociais, conforme o exemplo a seguir:

Conceito 2:

Significado de Honestidade

s.f. Característica ou particularidade de honesto; qualidade de quem demonstra honradez. Que age de acordo com os princípios da moral vigente. Atributo do que é decente; qualidade do que possui pureza; particularidade do que não se pode reprimir moral mente; castidade. (Etm. honesto + (i)dade)

Sinônimos de Honestidade

Honestidade é sinônimo de: pudicícia, respeitabilidade, integridade, honradez, decência, decoro, castidade, dignidade, probidade, retidão, seriedade.

Antônimos de Honestidade

Honestidade é o contrário de: desonestidade, falsidade, indecência, ardil.

Disponível em: <http://www.dicio.com.br/honestidade/>.

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Em relação aos textos lidos, NÃO é adequado afirmar que:

A) o conceito 1 é mais específico na delimitação do tema, pois é destinado a um público-alvo bem definido. Preo-cupa-se em exemplificar os contextos em que a honestidade se faz presente ou não.

B) o conceito 1 apresenta a expressão “entrar em xeque”, que no contexto da sentença significa ‘pôr à prova o va-lor, o mérito’ da honestidade.

C) o conceito 2 é genérico por se tratar de um verbete de dicionário, que é um texto escrito, de caráter informati-vo, destinado a um público amplo.

D) ao apresentar diversos sinônimos e antônimos para o vocábulo ‘honestidade’, o conceito 2 permite que o leitor identifique todos os contextos em que a palavra pode ser empregada na oralidade e na escrita.

E) segundo a definição presente no texto 1, a honestidade é a busca pela verdade e uma das maiores virtudes que podemos ter na vida.

2. O excerto, a seguir, foi selecionado do artigo “Ética e pesquisa”, em que são expostos os fundamentos histórico-

filosóficos da relação entre as atividades de pesquisa e obrigações morais ao longo da história. Para responder es-ta questão, tome por base o fragmento abaixo.

[...] Quem de nós não lembra o Processo de Nuremberg contra os extermínios nazistas e suas atividades de pes-quisa para fins criminosos? Felizmente, a justificativa da obediência às autoridades do Estado legalmente constitu-ído não foi considerada válida para os juízes nesse processo. E com razão.

E como não associar a esse trágico evento a questão das pesquisas para produzir a bomba de hidrogênio? As díspares figuras de dois grandes físicos, os principais cientistas na produção dessas devastadoras armas, são ain-da lembradas por muitos de nós. Seus diferentes pontos de vista estão registrados no livro A crítica da razão pura (Pesquisa FAPESP, 2002, p. 88). De um lado, posiciona-se o físico Edward Teller, húngaro, naturalizado norte-americano; de outro lado, posiciona-se o russo Andrei Sakharov, morto em 1989, que passou anos exilado em Gorki por suas ideias contra bombas e ditaduras. O primeiro diz: “Nunca me interessei em ver fotos dos impactos em Hiroshima e Nagasaki. O meu trabalho era construir a bomba, fazer a ciência progredir. O que se fez com as minhas descobertas não me diz respeito”. O segundo diz: “Deixei de ser o acadêmico preocupado apenas com a teoria e a beleza das descobertas científicas e percebi que era meu dever lutar contra essa falsa assepsia da físi-ca” (ibidem, ibid.).

Em suma, o limite ético da pesquisa é traçado pela dialética entre consciência individual, sociedade civil e socieda-de política legitimamente empossada. Todavia, a consciência do pesquisador é a última instância de decisão. Al-bert Einstein lembrava que “(...) o acidente de adquirir autoridade por meio do estudo natural deu-me uma terrível responsabilidade sobre o reino social” (ibidem, ibid.). NOSELLA, Paolo. Ética e pesquisa. In: Educação e Sociedade. Campinas, vol. 29, n. 102, p. 255-273, jan./abr. 2008. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 23 mar. 2016.

Glossário:

O termo Ibidem ou Ibid (na mesma obra) é usado em substituição aos dados da citação anterior.

Quanto ao emprego das citações presentes no excerto lido, assinale a alternativa CORRETA.

I. Para analisar a relação entre ética e pesquisa, Nosella (2008) recupera os pontos de vista dos físicos Teller,

Sakharov e Einstein, citados na obra “A crítica da razão pura”. II. Nosella (2008) retoma os depoimentos de Teller e Sakharov, físicos que participaram de pesquisas para pro-

dução da bomba de hidrogênio, a fim de apresentar o posicionamento distintivo desses pesquisadores. III. Nosella (2008) retoma, na obra “A crítica da razão pura”, uma citação do físico Sakharov; este declara: “Nunca

me interessei em ver fotos dos impactos de Hiroshima e Nagasaki. O meu trabalho era construir a bomba, fa-zer a ciência progredir”.

IV. Em seu artigo publicado na revista Educação e Sociedade, Nosella (2008) cita o depoimento do cientista Tel-ler, que reconhece: “Nunca me interessei em ver fotos dos impactos de Hiroshima e Nagasaki. O meu trabalho era construir a bomba, fazer a ciência progredir”.

A) Somente I e II estão corretas. B) I, II, III e IV estão corretas. C) Somente I e III estão corretas. D) Somente II e IV estão corretas. E) Somente I, II e IV estão corretas.

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3. Leia os textos a seguir com atenção.

Texto 1

Disponível em: <https://www.google.com.br. Acesso em 10/03/2016.

Texto 2

Disponível em: <www.praticadapesquisa.com.br>. Acesso em: 10/03/2016.

Com base nas charges relacionadas, analise as seguintes afirmações:

I. Os dois textos caracterizam-se pela intertextualidade, ou seja, dialogam com outros textos já conhecidos do público em geral.

II. A função dos dois textos é divulgar existência de plágio no meio publicitário. III. “Copia e cola” remete a uma ação própria dos recursos da informática: a de copiar e colar fragmentos de textos

ou textos completos, o que facilita o plágio. IV. No texto II, a ideia de ir para “o lado negro da força” remete a uma prática condenável em pesquisa: o ato de

plagiar, já que “ocultar fontes” constitui-se em se apropriar de texto alheio.

Está(ão) CORRETA(S):

A) I, II, III, IV. B) Somente I e II. C) Somente I, III e IV. D) Somente II, III e IV. E) Somente III e IV.

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4. Considere o seguinte texto:

Desvio de conduta acadêmica: é a intenção de levar outras pessoas a pensarem que algo é verdadeiro quando não é. Assim sendo, envolve não apenas um ato ou uma omissão, mas também uma intenção deliberada do pes-quisador, autor, editor ou editora. Refere-se usualmente à fabricação, falsificação, plágio ou a outras práticas que se desviam seriamente daquelas que são aceitas pela comunidade científica como íntegras para a proposição, condução e relato de pesquisa. COURY, Helenice J. C. G. Integridade na pesquisa e publicação científica. Rev. bras. fisioter. São Carlos, v. 16, n. 1, p. v-vi, fev. 2012. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552012000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 maio 2016.

Num trabalho acadêmico, a paráfrase coerente com esse texto, reafirmando seu sentido com palavras diferentes, é:

A) Coury (2012) define desvio de conduta acadêmica como todo conjunto de práticas de pesquisa de profissionais

que, propositalmente, são enganosas e estão em discordância daquelas admitidas pela comunidade científica. B) Coury (2012) define o desvio de conduta acadêmica como a intenção de levar os outros a pensarem que é

verdadeiro algo que não é; portanto, envolve não somente um ato ou uma omissão, mas também um propósito deliberado de pesquisadores, autores, editores ou da editora.

C) Coury (2012) refere-se ao desvio de conduta acadêmica na proposição, conduta e relato de pesquisa, como as que não são previstas nas práticas aceitas pela comunidade científica.

D) Desvio de conduta acadêmica é a intenção de levar os outros a pensarem que algo é verdadeiro quando não é. Assim sendo, envolve não apenas um ato ou uma omissão, mas também uma intenção deliberada do pes-quisador, autor, editor ou editora (COURY, 2012).

E) Desvio de conduta universitária, intenção de levar outras pessoas a pensarem que algo é verdadeiro quando não é, envolve uma ação não intencional do pesquisador, autor, editor ou editora (COURY, 2012).

5. O quadro a seguir apresenta um texto original e duas versões dele em forma de citação.

TEXTO ORIGINAL CITAÇÃO 1 CITAÇÃO 2 O comportamento moral é próprio do homem como ser histórico, social e interfere no seu meio. Isto é, como um ser que transforma conscientemen-te o mundo que o rodeia, que faz da natureza externa um mundo à sua medida humana, transformando desta maneira sua própria natureza. Logo, o comportamento moral não po-de ser manifestação de uma natureza eterna e imutável, mas sim de uma natureza su-jeita ao processo de transfor-mação que constitui, precisa-mente, a história da humanida-de.

Referência: BERNARDO, Gustavo. Redação Inquieta . Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

Conforme explica Bernardo (2010), o comportamento moral é próprio da natureza humana e o homem trans-forma o mundo de forma consciente. Desse modo, o comportamento mo-ral está sujeito a transformações que constituem a história da humanida-de.

Referência: BERNARDO, Gustavo. Redação Inquieta . Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

Conforme relaciona BERNARDO (2010), a história da humanidade constitui-se de uma na-tureza que se trans-forma por conta do comportamento moral do homem, cuja natu-reza se modifica na re-lação com o mundo.

Referência: BERNARDO, Gustavo. Redação In-quieta . Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

Por meio da análise das duas citações, que têm a mesma referência, é INCORRETO afirmar que:

A) as duas citações caracterizam-se como citações indiretas de um texto-fonte. B) ambas as citações estão adequadas ao que se espera em um texto de cunho científico. C) a citação 1 está mais adequada do que a 2, para ser usada em um texto científico. D) na citação 1, o redator manteve a mesma estrutura do texto original e conservou palavras-chave do texto original. E) na citação 2, o redator conservou palavras-chave do texto original, mas mudou a estrutura das frases e sintetizou o

texto, distorcendo-o.

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6. A seguir estão reproduzidos alguns dados de um artigo publicado na revista da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE, RJ). Observe todos os dados que encabeçam o artigo e responda à questão refe-rente a ele.

O título do artigo permite inferir que:

I. O texto aborda a dúvida de alguns pesquisadores entre realizar estudos a respeito da produção artesanal ou

industrial. II. O pesquisador da sociedade contemporânea vive um dilema por sofrer pressão para produzir respostas rápi-

das aos problemas sociais. III. Na atualidade, há exigência de que os estudiosos publiquem pesquisas com mais frequência do que o exigido

em tempos passados.

A) Apenas I e II são verdadeiras. B) Apenas II é verdadeira. C) Apenas III é verdadeira. D) Apenas I, II e III são verdadeiras. E) Apenas II e III são verdadeiras.

7. Assinale a alternativa que contém uma afirmação FALSA em relação ao texto reproduzido a seguir.

Revista da Unifebe nº 9 Artigo Original

O RECURSO DO PLÁGIO EM TRABALHOS ACADÊMICO-CIENTÍFI COS: UM TEMA EM QUESTÃO

THE USAGE OF PLAGIARISM IN SCIENTIFIC-ACADEMIC PAPERWORK: AN ISSUE QUESTIONED

Heloísa Helena Leal Gonçalves 1

Pedro Henrique Piazza Noldin 2

Claudio Cesar Gonçalves 2

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RESUMO

A facilidade de acesso online a produtos intelectuais que divulgam resultados de pesquisas, textos científicos, ideias, frases e conceitos tornou-se preocupação social, especialmente, a acadêmica, o que se denomina de crime de plágio. Estima-se que esse movimento aconteça em razão da criação de uma cultura de respeito às garantias de autoria, previstas nas leis dos direitos autorais e da propriedade intelectual. Diante do fácil acesso às produções intelectuais e da falta de comportamento ético, por parte daqueles que mencionam informações de outrem na elaboração de textos acadêmico-científicos, sem exercitar referenciação, mediante depósito de crédi-tos de autoria, há que se levar em conta a existência de diferentes sistemáticas de identificação do plágio, por parte daqueles que reconhecem a importância do produto resultante do esforço intelectual humano. Trazer à tona o diálogo jurídico impõe limites de respeito e ética, estabelecendo punições que articulam sistemas de leis utili-zadas em defesa do autor. O presente artigo aborda princípios legislativos que atualmente estão respaldados pela nova redação da Lei 9.610, que regulou direitos autorais, por meio da Lei 10.695, tendo promulgada a Cons-tituição de 1988. Tem como finalidade alertar e apresentar recursos para se defender da ação do plagiário, cons-cientizar sobre punições aquele que comete o crime. Com a intenção de contribuir com estudantes que iniciam a trajetória científica, socializa ideias, à medida que orienta a elaboração de ensaios, artigos científicos e monogra-fias com intuito de chamar atenção dos que se lançam no universo acadêmico.

PALAVRAS-CHAVE: Crime do Plágio. Direitos Autorais. Lei 9.610 e Lei 10.695. Princípios Legislativos.

A) Há uma lei que protege a propriedade intelectual e, com base nela, os autores buscaram evidenciar no texto que a violação de autoria de uma obra está sujeita a sanções jurídicas. Trata-se, portanto, de um estudo a res-peito do plágio sob a ótica jurídica.

B) De acordo com o texto, direitos autorais estão assegurados pela Constituição Brasileira de 1988; desse modo, pode-se deduzir que existem limitações sociais para a reprodução de informações publicadas por outros.

C) Esse tipo de resumo é também chamado de abstract, e seu modo de organização (estrutura) é idêntico ao do resumo escolar produzido por alunos em situações de avaliação de leitura de textos.

D) O resumo em questão é parte integrante de um artigo científico, gênero textual publicado em revistas científi-cas impressas em papel ou disponíveis na web.

E) O conteúdo do trabalho traz contribuição tanto às possíveis vítimas do plágio como para os plagiários. 8. Para responder a esta questão, considere o resumo a seguir e o da questão anterior.

Assinale a asserção VERDADEIRA . Fonte: <http://sare.anhanguera.com/index.php/anuic/article/view/7564>. Acesso em: 15/04/16.

Constituição da República Federativa do Brasil.

Software para detecção de textos com plágio baseado em busca pela internet Clever Marcos Teixeira, Marcelo Augusto Cicogna

Resumo

Com o crescente acesso e uso dos recursos existentes na internet, verifica-se uma correlação deste cresci-mento com o número de problemas relacionados a cópias indevidas de conteúdo, caracterizando o plágio de trabalhos intelectuais. Seja por má fé, por falta de planejamento do tempo para se produzir um trabalho es-crito, ou por preguiça e desleixo de alguns, é fato que este se tornou um problema de considerável dimensão para todos aqueles que trabalham com a publicação de conteúdo técnico, artístico ou científico. A proposta desse projeto é a implementação de um protótipo de programa de computador que auxilie a detecção de textos com problemas relacionados às definições de plágio. O programa poderá ser utilizado no combate à publicação de cópias indevidas. A ideia central é tomar um texto de entrada e rastrear trechos deste na in-ternet, à procura de textos similares; os textos encontrados devem ser submetidos a uma análise mais deta-lhada para se definir o quão são similares com o texto de entrada. A medida de similaridade entre a entrada e os resultados das pesquisas e análises serão indicadores da probabilidade do texto ter sido copiado de outras fontes publicadas na internet.

Palavras-chave: plágio; internet; varredura; detecção; similaridade de documentos

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A) Teixeira e Cicogna referem-se a uma pesquisa que objetiva desenvolver um protótipo de programa de compu-tador para detectar plágio, porém não fica clara a autoria desse trabalho intelectual.

B) Gonçalves, Noldin e Gonçalves fazem uma introdução longa no resumo, estratégia não empregada por Teixei-ra e Cicogna, que sumarizam seu estudo de modo conciso. Em função dessa diferença, pode-se afirmar que a estrutura do primeiro resumo ficou mais apropriada que a do segundo.

C) Os resumos indicam que ambos os trabalhos consistem em um levantamento teórico-bibliográfico a partir dos quais se estabelece reflexão crítica sobre o tema em foco.

D) Enquanto o resumo de Teixeira e Cicogna está relacionado a uma pesquisa ainda em andamento, o de Gon-çalves, Noldin e Gonçalves refere-se a um estudo já concluído.

E) No artigo de Teixeira e Cicogna, as palavras-chave não são representativas do conteúdo do trabalho. Já no ou-tro resumo em questão, a escolha delas foi bem apropriada.

9. Leia o seguinte texto.

DINIZ D.;TERRA A. Plágio: palavras escondidas. Brasília: Letras Livres/Rio de Janeiro: Fiocruz, 2014. 195p.

O tabu do plágio na escrita acadêmica: uma saída do silêncio

Débora Diniz é pesquisadora da Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero) e docente da Universida-de de Brasília (UnB). Os temas das pesquisas que desenvolve transitam nas áreas dos direitos humanos, feminis-mo, documentário, antropologia visual, saúde coletiva e bioética. Dentro do terreno da ética na pesquisa, um dos temas que tem interessado a autora são as práticas cotidianas dentro da vida acadêmica, e como ao explorá-las se abrem passagens para questionar e refletir sobre as relações sociais dentro da academia. Em 2012, dentro do livro Carta de uma Orientadora: o primeiro projeto de pesquisa explorou a relação de orienta-ção docente-discente dentro das universidades brasileiras. Nessa ocasião, aliou-se com Ana Terra, linguista, tradu-tora, especialista em gramática e com ampla experiência na revisão de textos acadêmicos, para falar da ética na escrita, uma prática central dentro do mundo acadêmico. No livro Plágio: palavras escondidas, as autoras empre-enderam a tarefa de fazer uma etnografia do plágio, um tabu dentro da academia, como o descrevem. Pareceria que o tema do plágio tem sido suficientemente explorado por manuais de metodologia e ética, porém as autoras problematizam o tema ao declararem que não existe total clareza dentro do processo pedagógico. O que as autoras entendem por plágio? Definem o plágio como “uma apropriação indevida e não autorizada na cri-ação literária” (p. 24). No primeiro capítulo, percorrem diversas descrições passando pelo jurídico, histórico e soci-opsíquico. No entanto, enquadram a sua etnografia no campo da ética e da integralidade acadêmica, no terreno das ciências sociais, explorando o plágio dentro dos papéis de leitor e autor de textos acadêmicos. Dentro do que as autoras contemplam como plágio, está o comum plágio-cópia, tomar um texto ou trechos exatos dele para um texto acadêmico sem nenhum reconhecimento do autor original. Mas ampliam essa descrição ao apresentar um in-teressante conceito: o plágio-pastiche. O termo plágio-pastiche foi construído mediante uma analogia com a arte. Significa tomar um original e fazer pe-quenas modificações, o que no caso dos textos acadêmicos significa modificar vocabulários, conectivos e fazer al-terações de pontuação de um texto ou um trecho, mas ainda está presente a construção da ideia do autor original; o pesquisador não faz nenhum acréscimo argumentativo ou teórico, é uma modificação gramatical do original. Es-se tipo de plágio escapa do olhar dos caça-plágios, pois não responde à detecção da cópia exata de frases de sete ou nove palavras como operam geralmente tais sistemas. Esse tipo de plágio exige bons leitores para ser reco-nhecido. Se bem, o pastiche, na arte, pode gerar obras geniais; na academia, pode ser considerado plágio. Nesse sentido, dentro da obra se exploram os limites da intertextualidade. Abordam-se reflexões das fronteiras en-tre ela e o plágio, no marco da discussão pós-moderna do pertencimento das vozes autorais. O reconhecimento desses limites e a sua aplicação na escrita vão depender, afirmam as autoras, da sensibilização permanente em ambientes pedagógicos sobre o plágio. Mas, além disso, construir espaços para conhecer as regras da escritura, fazê-las explícitas. Ensinamentos ao redor da leitura, da repetição, da síntese e da escritura devem ser permanen-tes, não autoevidentes. Portanto, as autoras se colocam num patamar mais educativo do que punitivo frente ao plágio. Valendo-se dessa perspectiva, na obra, se desenvolvem ensinamentos sobre boas práticas na escrita acadêmica. Os usos das práticas como citações textuais, paráfrases e normas de pontuação são explicitados por meio de pis-tas sobre frequência, respeito e economia na escrita. Processos de publicação, notas de leitura, software de biblio-grafia e uso de referências primárias e secundárias são refletidos para evitar acusações de plágio. As autoras tra-balham sobre o não dito na ciência, explicitam as regras da comunicação acadêmica, traduzem as formalidades dos códigos de ética para pensar a cotidianidade da vida acadêmica. [...]

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Débora Diniz e Ana Terra constroem dentro da obra um diálogo permanente entre argumento e imagem ao apre-sentarem um estilo argumentativo prazeroso, pela companhia permanente de obras artísticas ao longo do texto. Há um relacionamento permanente com a arte, a vida cotidiana da academia e a ética em pesquisa que permite clari-vidência de termos como pastiche, belamente exemplificado com a Monalisa de Leonardo Da Vinci. O livro passeia entre diferentes áreas do saber, para enriquecer, além da argumentação, a nossa sensibilidade frente ao plágio e a sua complexidade nos diversos campos científicos. Plágio é um tema transversal, essencial para a ética na comu-nicação acadêmica e que convida a pensar sobre a prática da escrita; etnografias como essa revelam como o mundo da pesquisa pode debruçar-se sobre as práticas da academia e problematizar processos que dentro da ci-ência aparentam ser autoevidentes. Laura Camila Sarmiento Marulanda, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. [email protected]

Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro , v. 31, n. 2, p. 439-440, fev. 2015. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X2015000200439&script=sci_arttext>. Acesso em 20/04/2016.

Com base no texto anterior, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.

(__) O texto é um resumo acadêmico de uma obra sobre plágio, escrita por duas autoras com experiência sobre a produção acadêmica. (__) Segundo o texto, o livro realiza uma pesquisa etnográfica na área da ética na comunicação acadêmica. (__) As autoras do livro, ao explicitar as regras da comunicação acadêmica, revelam ter intenção pedagógica. (__) O texto apresenta estrutura adequada ao gênero a que pertence, ou seja, descreve características da obra, re-lata as credenciais do autor e resume partes essenciais da obra, apresentando a metodologia empregada, sem ex-por opinião. (__) O texto de Laura Camila Sarmiento Marulanda dialoga com outros textos e autores.

A alternativa que apresenta a sequência CORRETA de respostas é

A) F – F – V – F – V. B) F – V – V – F – V. C) V – V – V – V – F. D) V – F – F – V – F. E) F – V – F – V – V.

10. Releia o terceiro parágrafo do texto da questão anterior.

O que as autoras entendem por plágio? Definem o plágio como “uma apropriação indevida e não autorizada na criação literária” (p. 24). No primeiro capítulo, percorrem diversas descrições passando pelo jurídico, histórico e sociopsíquico. No entanto, enquadram a sua etnografia no campo da ética e da integralidade acadêmica, no terreno das ciências sociais, explorando o plágio dentro dos papéis de leitor e autor de textos acadêmicos. Dentro do que as autoras contemplam como plágio, está o comum plágio-cópia, tomar um texto ou trechos exatos dele para um texto acadêmico sem nenhum reconhecimento do autor original. Mas ampliam essa descrição ao apresentar um interessante conceito: o plágio-pastiche.

A única alternativa em que os verbos de dizer podem substituir os que estão destacados no texto, respectivamente e com sentido equivalente, é:

A) compreender / conceituar / situar / estudar / considerar / estender / expor. B) conceber / compreender / mostrar / observar / exagerar / conceituar / explicar. C) perceber / explicar / classificar / examinar / aumentar / demonstrar / comprovar . D) conceber / perceber / situar / examinar / compreender / aumentar / mostrar. E) captar / conceituar / limitar / retomar / observar / elucidar / comprovar.

Exame de Proficiência em Língua Portuguesa – 2016 Pág. 11/16

REDAÇÃO 1

O texto a seguir é a quarta e última parte de um artigo científico.

A praga do plágio acadêmico

Richard Romancini A citação e o plágio

O conhecimento humano, em suas produções mais sofisticadas como a ciência (que se pretende universal), é essencialmente coletivo. É impossível que um aspirante a produtor de conhecimento não lide com as reflexões, ideias, informações e dados de outros sujeitos, mesmo que para submeter à crítica algum desses aspectos. Desse modo, a prática da remissão a outros textos e autores é constitutiva do modo de produção do trabalho intelectual mais elaborado, que o ambiente universitário procura promover. A citação a outros autores constitui um dos procedimentos mais característicos do texto crítico. Ela garante o ingresso do autor na “rede intertextual” relativa a determinado tema ou questão. Por isso, na produção acadêmica, a citação a ideias de outros autores, relevantes à discussão do trabalho, deve ser precisa e averiguável. Isso ga-rantirá que o leitor possa – se quiser – checar o contexto geral da citação e a fidelidade com que a mesma foi feita. Nesse sentido, é que Eco (1992) vê a citação como uma “testemunha num processo”. Decorrem dessa preocupa-ção, as recomendações dos diferentes sistemas (ABNT, Vancouver, ISO) quanto ao modo de produzir Bibliografias e Referências Bibliográficas. Ressaltado esse caráter coletivo do trabalho intelectual crítico, observa-se que isso não chega a diluir o concei-to da autoria (nem mesmo o de originalidade) de um texto. Ou seja, determinado autor (ou eventualmente autores) que se utiliza de ideias de diferentes sujeitos produzirá um trabalho cuja originalidade é garantida pela seleção, modo peculiar de exposição e interpretação dada ao seu objeto. Isso ocorre igualmente em termos temáticos e das ideias propostas e/ou utilizadas a partir de outros autores. Em resumo, a citação, que podemos agora definir como a atribuição da fonte a uma ideia ou conteúdo, não é um empecilho ao trabalho autoral, nem se confunde com o plágio. A própria Lei de Direitos Autorais (nº 9.610/98) permite o uso de trechos de qualquer tipo de trabalho desde que seja indicada a autoria e procedência do mesmo. Cabe ainda notar que a citação pode ser indicada de duas maneiras. A partir da transcrição de trechos literais de um texto, geralmente entre aspas ou outro sinal demarcador, como a fonte em itálico. O segundo método reme-te às paráfrases, ou seja, quando o autor da citação coloca a ideia de outrem em suas palavras, sem deixar, con-tudo, de citar a fonte (exemplos claros podem ser vistos em Eco, 1992, 128-9). De outro lado, o plágio caracteriza-se como uma falsa atribuição de autoria, uma apropriação indevida de tra-balho de um autor por outro indivíduo (o plagiário). Em outras palavras, trata-se da cópia de ideias ou conteúdos de trabalhos de outra pessoa, que são utilizados como se fossem daquele que finge ser o autor legítimo dos mes-mos. É interessante notar que a origem etimológica da palavra (do grego “plagios” ao latim “plagiu”) carrega acep-ções que ilustram o conceito: “oblíquo”, “dissimulado”, “trapaceiro”. “Nesse sentido”, nota Ferrari (2005), “a etimologia demonstra que plágio está diretamente ligado ao efeito ético e moral, logo, deve-se entender que não há níveis de interpretação. Incorreto é o não correto e pronto. Não há in-terpretações extensivas e paralelas”. Também é fundamental notar que o plágio resulta numa violação de diretos autorais do autor plagiado. E esta ação configura, na linguagem jurídica: “Mais do que um ilícito civil, uma vez que afronta direito de personalidade do autor, constitucionalmente garantido, [...] nos deparamos também com um ilícito criminal gravíssimo” (Furtado, 2002). Como explica o autor citado, a violação de direito autoral é um crime previsto no artigo 184 do Código Pe-nal, cuja penalidade envolve detenção e multa. Tendo explicitado no que consiste o plágio na produção textual, podemos avançar, notando que o mesmo pos-sui diferentes facetas, no cotidiano acadêmico, como: - A compra ou furto de um trabalho na íntegra; - A apropriação (sem citação), em determinado texto, de trecho(s) de certa(s) obra(s); - A “falsa paráfrase”, ou seja, a cópia de texto de um autor, feita sem a indicação de citação integral (aspas ou for-matação), mesmo que se informe que a ideia ou trecho provém do autor de que foi feita a cópia. Sem dúvida, o primeiro caso é o mais grave e irremediável em termos de falha ética. Nos outros dois casos, em particular no último, pode existir um caráter “involuntário” no plágio. No entanto, o que é claramente recomendável é que os trabalhos sejam submetidos a análises e revisões (por seus autores e orientadores), antes de sua finali-zação, de modo a eliminar a possibilidade de plágio, pelos motivos apontados. Concluindo, pode-se dizer que o papel do educador para coibir o plágio, além do acompanhamento na elabo-ração dos trabalhos de seus alunos, está ainda relacionado com a transmissão de informações sobre o plágio. Nesse sentido, é também válido que as instituições de ensino busquem esclarecer e informar os alunos e docentes sobre esse ilícito e adotem procedimentos que desestimulem sua prática. Como observa Furtado (2002), agir com respeito perante não somente àquilo que se propõe a produzir com seriedade, mas igualmente em relação às fon-tes pesquisadas, às ideias consultadas, aos pensamentos, reflexões, pontos de vista, propostos em estudos e pesquisas já feitas, que recorrera para melhor ilustrar, fundamentar ou enriquecer o seu trabalho científico, é o mí-nimo que podemos esperar de alguém voltado para o conhecimento. ROMANCINI, Richard. A praga do plágio acadêmico. Revista Científica FAMEC/FAAC/FMI/FABRASP. Ano 6, n. 6, 2007, pp. 44-48. Disponível em http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=25716.0. Acesso em 22/05/2016.

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PROPOSTA DE REDAÇÃO 1 Após a leitura atenta do texto, redija um resumo acadêmico, com o mínimo de 10 e máximo de 15 linhas.

Para tanto, planeje o resumo, buscando identificar as seguintes informações no texto-fonte:

- Tema; - Ponto de vista defendido pelo autor; - Principais argumentos que sustentam o ponto de vista; - Conclusão do autor.

Lembre-se de que no resumo :

- É preciso fazer menção ao autor e/ou à fonte; - É preciso fidelidade às ideias do texto original; - Não se usa título; - Não se emitem opiniões.

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REDAÇÃO 1 – Rascunho

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REDAÇÃO 2

A Universidade Federal da Bahia divulgou, em 2014, uma obra intitulada “Direito autoral, propriedade intelectual e plágio”. Seguem dois excertos selecionados de artigos que estão nessa obra.

Texto 1

O direito autoral nasceu para estimular a criação e não para engessá-la. Obras semelhantes podem perfeitamente coexistir de forma harmônica, sem a incidência de plágio. É preciso estar atento àqueles que em tudo e em todos veem a caracterização de plágio. O exagero existente na plagiofobia merece ser refutado. Trata-se de corrente que fomenta o totalitarismo cultural. Ir além do verdadeiro alcance da proteção autoral fere, inclusive, o direito de liber-dade de expressão previsto na Carta Magna (Art. 5º, IX). Em outras palavras, ideias não são protegidas pelo direito autoral. O direito exclusivo só se aplica a obras e não a ideias. O fundamento do direito autoral é exatamente fomentar a cultura e não asfixiá-la. Aliás, fomentar, etimologi-camente, significa “alimentar o fogo”. O direito autoral visa alimentar a fogueira da criatividade e não apagá-la com balde de água fria. A pretensão de monopólio de ideias, sem dúvida alguma, fere o direito à liberdade de expres-são, que também é direito fundamental. Adélia Prado confirma o pensamento da intertextualidade com suas próprias e belas palavras: “Porque tudo que invento já foi dito nos dois livros que eu li: as escrituras de Deus, as escrituras de João. Tudo é Bíblia. Tudo é Grande Sertão”. Renato Russo, por sua vez, na canção intitulada Quase sem querer, afirma e indaga: “Sei que às vezes uso pala-vras repetidas. Mas quais são as palavras que nunca são ditas?”. Gonzaguinha ratifica o modelo da intertextualidade com os seguintes versos: “Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá”. Não existe autor sem marcas (influências) de outros tantos autores. Não existe obra sem antecedentes, reminis-cências. Não existe criação sem fusão de horizontes, sem inter-relação cultural. Mas todo ato de criação, ao mesmo tempo em que se alimenta do acervo cultural de um povo, imerso em um de-terminado contexto histórico, é, antes de tudo, um ato eminentemente pessoal. MORAES, Rodrigo. SILVA, Rubens Ribeiro Gonçalves da (Org.). O autor existe e não morreu! Cultura digital e a equivocada “coletivização da autoria”. Direito autoral, propriedade intelectual e plágio. Salvador: EDUFBA, 2014, p. 44-46.

TEXTO 2

A Lei n. 9.610, de Direitos Autorais, estabelece que reproduzir um texto, ainda que indicando sua fonte, mas sem autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais (BRASIL, 1998). Pode-se considerar plágio: transformar o trabalho de outra pessoa no próprio trabalho, copiando ideias e/ou pala-vras sem dar crédito algum; autoplágio, isto é, aproveitar o próprio trabalho e publicá-lo diversas vezes, apenas com nova “roupagem”, sem citar as fontes anteriores; utilizar ideias e/ou palavras sem citar diretamente ou indire-tamente o original (levando-se o texto idêntico deve-se citar entre aspas, levando-se as ideias, deve-se citar sem as aspas; mudar as palavras, mas o sentido é o mesmo, sem dar crédito (citação, indicação da fonte etc.)). (WHAT..., 2012b) [...] A ética em pesquisa é fundamental para o desenvolvimento da ciência, em qualquer área e em qualquer tipo de instituição. Cabe aos líderes de grupos de pesquisa, aos orientadores de mestrado e doutorado, aos orientadores de TCC, influírem em uma conduta investigativa ética. A comunidade científica deve disseminar a ética em pesqui-sa, de forma que as práticas investigativas não éticas sejam abolidas do meio acadêmico-científico. VALENTIM, Marta Lígia. Ética em pesquisa: a questão do plágio. In: SILVA, Rubens Ribeiro Gonçalves da (Org.). Direito autoral, propriedade intelectual e plágio. Salvador: EDUFBA, 2014, p. 204-206.

Tome como referência os excertos acima, bem como os conhecimentos construídos ao longo de sua formação e escreva um texto argumentativo, entre 15 e 20 linhas , de modo a refletir sobre a seguinte afirmação: a honesti-dade intelectual: um compromisso com a conduta étic a.

Ao elaborar o seu texto, você deve:

A) posicionar-se quanto à afirmação; B) empregar, no mínimo, dois argumentos para defesa do seu ponto de vista; C) elaborar uma conclusão; D) colocar um título.

Observação: Seu texto será anulado caso apresente mais de 30% de cópia dos textos motivadores.

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REDAÇÃO 2 – Rascunho

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