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O entalhe dos móveis Chippendale resultou mais fácil pela utilização de madeiras duras e compactas (caoba, acaju e nogueira), o que permitiu maior estreitamento das estruturas e a estilização das suas formas. Wardrobe Showcase

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Page 1: Evolução Histórica dos Estilos em Interioresarquiteturadeinteriores.weebly.com/uploads/3/0/2/6/...Bibliografia BRUNT, A. Guia dos estilos do mobiliário. Lisboa: Presença, Col

O entalhe dos móveis Chippendale resultou mais fácil pela utilização de madeiras duras e compactas (caoba, acaju e

nogueira), o que permitiu maior estreitamento das estruturas e a estilização das suas formas.

Wardrobe

Showcase

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Agradando tanto aristocratas como burgueses, esse estilo afirmou-se entre 1760 e 1790, marcando-se por móveis

reconhecidos através de amplas partes entalhadas, como os espaldares das cadeiras, cujos motivos eram o trançado

chinês, a agulha gótica e a lira neoclássica.

Interior Chippendale

Corner bar stool

Stool

Table

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American Chippendale Style

Camelback Settees

Camelbak Armchairs

American Chippendale Chair

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Hepplewhite Style

Reconhecido pela graça natural de suas formas, George Hepplewhite

(1727-86) marcou por volta de 1770 pela utilização da

madeira de zapote e adoção de espaldares na forma de

escudo, lira ou leque para os assentos, cujas pernas,

geralmente retas, eram de seção redonda ou quadrada.

Chair & Armchair

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Combinando linhas curvas e retas, de

espírito neoclássico, era um estilo fino, cujo

mobiliário simples e leve era ornamentado com

cintas, espigas de trigo e as três plumas de

avestruz – símbolo do Príncipe de Gales –,

além do óvalo e do coração, cheio em parte

com palhinha.

Hepplewhite

Office

três plumas

Chairs

Espigas de trigo

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Usando madeiras nobres (acaju, pau-rosa e palissandra), a mobília de sala de jantar apresentava mesas ovaladas, com

folhas para aumentá-las, além de cadeiras elegantes. Os sofás eram como as poltronas, tendo seis pernas e terminando em

ponta (tipo estípete). O console era ligeiramente curvo na frente (bombonet).

Console table (Bombonet)

Dinning Room

Sideboard desk

Settee

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Hepplewhite

Style

Office

Sideboard Desk

Bombonet Table

Armchair & chair

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Sheraton Style

Com linhas retas e fortes, mas delicadas, foi criado por

volta de 1790 pelo fabricante de móveis

Thomas Sheraton (1751-1806), que buscava

soluções que permitissem uma produção racional,

ressaltando a estrutura e a funcionalidade do mobiliário através de adornos discretos

(urnas, liras, conchas e drapeados). Sideboard

Desk

Sheraton Armchairs

Pembroke Table

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Usou-se pouco acaju, preferindo-se madeiras

envernizadas ou pintadas em azul, verde, creme, branco ou preto, com

filetes coloridos ou incrustações.

Os sofás e canapés eram largos, de espaldar sólido e braços curvos, enquanto

os bufês e cômodas tinham 6 ou 8 pés, com

pés em ponta, redondos e quadrados.

Love Seat Wing Chair

Armchair

Bureau- Bookcase

Bureau- Desk

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Havia cadeiras de encostos (backs) retangulares ou em lira, jarro ou escudo, cujas pernas tinham ponta redonda ou

quadrada, com travessas torneadas. A armchair, de pés curvados para fora e com anéis distanciados que imitavam

bambu, tinha braços finos e se perdiam no encosto.

Sheraton Chair Backs

Demi-Lune CardTable

Chair & Armchair

Pernas retas com anéis

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Sheraton

Style

Sheraton Piano

Settee

Buffet-Desk

Armchair

The Cabinet Maker's and Upholsterer's Drawing Book (1791)

Reading Chair

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Adam Style

O NEOCLASSICISMO chegou na Inglaterra na

segunda metade do século XVIII, encontrando seu apogeu com os irmãos Robert (1728-92) e

James Adam (1730-94), cujo estilo dominou o

interiorismo britânico de 1760 a 1780; e acabou

influenciando toda a Europa.

Robert Adam (1728-92)

James Adam (1730-94)

Osterley Park (1761/63, Londres)

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Diferentemente da nobreza e burguesia francesas, as

classes dominantes da Inglaterra ainda tinha gostos mais austeros.

Criando um estilo próprio, a nobreza rural georgiana

preferiu novas e confortáveis mansões situadas no campo, as

quais proliferaram a partir de 1870.

Syon House (1750/61, Londres)

Headfort House (1760, Kells, Irlanda)

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Fachada Sul

Fachada Norte

Kedleston Hall (1758, Derbyshire GB)

Robert Adam (1728-92)

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1 Hall 6 Guarda-Roupa 2 Sala de Jantar 7 Salão 3 Sala de Música 8 Biblioteca 4 Pátio 9 Toalete 5 Dependências de 10 Acesso ao Serviços e Carruagens Pav. Superior

Wynn House (1772, Londres GB)

Robert (1728-1792) & James Adam (1730-1794)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

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Criado com precisão e riqueza de detalhes, o

MOBILIÁRIO ADAM

caracterizou-se pela pureza geométrica combinada com

a harmonia das cores da pintura ou marchetaria, esta

realizada em madeiras delicadas (palissandra e

álamo amarelo) sobre fundo de sicômoro acetinado.

Table

Biblioteca da Kenwood House (1764/79, Hamstead, Londres GB) Robert Adam (1728-92)

Buffet

Chair

Sideboard Table

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Os motivos decorativos, de gosto etrusco-romano, eram óvalos, folhagens, grinaldas e leques, além de cabeças de

cordeiro e leão. As CHAIRS tinham pernas retas,

espaldares em forma de lira, roseta ou escudo, com ornatos forrados no centro, acompanhando o assento.

Adam Chairs

Divã

Chest

Adam Style Legs

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As ARMCHAIRS eram

delgadas, de pés esbeltos e fuselados, e espaldares redondos, ovais ou en

chapeau , com fundo na maioria das vezes recortado com entalhes ou guarnecido

de motivos rendilhados.

As madeiras preferidas eram as finas e exóticas (palissandra, pau-rosa e

pau-marfim).

Adam Armchairs

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Com formas retas e em meia-lua, as cômodas

(chest of drawers) eram enriquecidas de palmetas, vasos, medalhões antigos

e placas de porcelana.

As mesas (tables) possuíam linhas delicadas e adornos de estrias na

borda do tampo. Introduziu-se o tampo de

madeira ou mármore.

Byron Vitrine

Chests of Drawers

Table

Console

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Adam Style Settee

Armchairs

Mirror

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Bibliografia BRUNT, A. Guia dos estilos do mobiliário. Lisboa:

Presença, Col. Habitat, n. 32, 1993.

DUCHER, R. Características dos estilos. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

MALLALIEU, H. (Org.) História ilustrada das antiguidades. São Paulo: Nobel, 1999.

MONTENEGRO, R. Guia de história do mobiliário. Lisboa: Presença, 1995.

VALDÓS, A. M. El mueble clásico. México: Atrium International, 2001.

YATES, S. An encyclopedia of chairs. London: Grande Books, 1999.