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Evolução da Mortalidade Infantil por Causas Evitáveis no Rio Grande do Sul, 2000-2014 Renata Oliveira Jung Graduanda em Economia UFRGS/ Bolsista Fapergs Marilyn Agranonik - Pesquisadora da Fundação de Economia e Estatística / Orientadora

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Evolução da

Mortalidade Infantil

por Causas Evitáveis

no Rio Grande do

Sul, 2000-2014 Renata Oliveira Jung – Graduanda em

Economia – UFRGS/ Bolsista Fapergs

Marilyn Agranonik - Pesquisadora da

Fundação de Economia e Estatística /

Orientadora

INTRODUÇÃO

80,0

32,6

75,9

14,4

0

30

60

90

12019

80

19

81

19

82

19

83

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14

Mo

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fant (p

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1.0

00

liv

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irth

s)

East Asia & Pacific European Union Latin America & CaribbeanMiddle East & North Africa North America Sub-Saharan AfricaWorld Brazil Fonte: World Bank Data

METODOLOGIA

Evitáveis

Por ações de imunoprevenção

Por adequada atenção à mulher e ao recém-

nascido

Por adequada atenção à mulher na gestação

Por adequada atenção à mulher no parto

Por adequada atenção ao recém-nascido

Por ações adequadas de diagnóstico e

tratamento

Por ações de promoção à saúde

Mal-definidas

Demais causas

Figura 1: Adaptado de Malta et al, 2010

– α =

RESULTADOS

25,6 26,9 25,9 25,4 26,2 27,2 29,9 27,6 28,5 28,3 30,6 28,6 31,5 31,6 32,7

4,4 4,5 5,4 6,1 4,6 4,7 4,9

4,6 3,8 4,4 4,5

4,2 3,5 3,6 3,4 9,5 9,9 8,4 9,2 9,0 7,2

6,1 6,0 5,6 5,2

6,2 6,2

6,0 6,2 5,3

9,8 7,5 7,6 8,3 7,3 7,6 6,6 7,3 5,0 6,3

6,0 4,4

4,8 6,6 4,9

19,6 18,0 19,4 18,1 15,7 13,6 15,1 17,3

17,9 17,2 15,8

17,9 17,4 16,1

15,6

8,6 7,9 9,0 7,3

9,4 9,1 8,4 9,2

9,3 9,2 8,5 10,2 7,8 7,2 8,2

22,4 25,2 24,1 25,4 27,6 30,5 28,8 28,0 29,7 29,3 28,2 28,3 28,6 28,4 29,8

0,1 0,2 0,1 0,2 0,1 0,0 0,2 0,0 0,2 0,1 0,1 0,2 0,3 0,3 0,1

200

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1

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1

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2

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3

201

4

%

Por ações de imunoprevençãoPor adequada atenção à mulher na gestaçãoPor adequada atenção à mulher no partoPor adequada atenção ao recém-nascidoPor ações de promoção à saúdePor ações adequadas de diagnóstico e tratamentoMal-definidasDemais causas

0

1

2

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1

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1

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3

201

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Ta

xa

de

mo

rta

lida

de

(p

or

1.0

00

)

Por ações de imunoprevençãoPor adequada atenção à mulher na gestaçãoPor adequada atenção à mulher no partoPor adequada atenção ao recém-nascidoPor ações adequadas de diagnóstico e tratamentoPor ações de promoção à saúdeMal-definidasDemais causas

Gráfico 2: Taxa de mortalidade infantil proporcional (%) segundo

causas evitáveis, Rio Grande do Sul, 2000-2014

Gráfico 1: Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos)

segundo causas evitáveis, Rio Grande do Sul, 2000-2014

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Ações de Imunoprevenção

0,1 0,2 0,1 0,2 0,1 0,0 0,2 0,0 0,2 0,1 0,1 0,2 0,3 0,3 0,1

2000

2001

2002

2003

2004

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2006

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2014

%

0,00

0,01

0,02

0,03

0,04

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

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e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00 )

• ≈ 0,1% (p=0,091)

• Principais Causas

• Coqueluche

• Tuberculose do sistema

nervoso

• Meningite por Haemophilus

• Programa Nacional de

Imunização (PNI)

• Cobertura vacinal (> 90%)

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Atenção à mulher na gestação

22,4 25,2 24,1 25,4 27,6 30,5 28,8 28,0 29,7 29,3 28,2 28,3 28,6 28,4 29,8

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

%

3,4

4,2

3,2

0

1

2

3

4

5

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00)

• ↑ 33% (PMA=1,50; p=0,002)

• Principais causas

• Afecções maternas

• Síndrome da angústia

respiratória do recém-nascido

• Complicações maternas da

gravidez

• Transtornos relacionados com

gestação de curta duração e baixo

peso ao nascer

• Pré-natal de qualidade

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Atenção à mulher no parto

8,6 7,9 9,0 7,3 9,4 9,1 8,4 9,2 9,3 9,2 8,5 10,2 7,8 7,2 8,2

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

%

1,3

0,9

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00)

• ≈ 8,6% (p=0,971)

• Principais causas

• Hipóxia intrauterina e asfixia ao

nascer

• Aspiração neonatal

• Fetos ou recém-nascidos

afetados por placenta prévia e por

outras formas de descolamento da

placenta e hemorragia

• Equipe profissional

• Manejo obstétrico

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Atenção ao recém-nascido

19,6 18,0 19,4 18,1 15,7 13,6 15,1 17,3 17,9 17,2 15,8

17,9 17,4 16,1 15,6

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2011

2012

2013

2014

%

3,0

1,7

0

1

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2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00)

• ≈ 17% (p=0,083)

• Principais causas

• Infecções específicas do período

perinatal

• Transtornos respiratórios e

cardiovasculares específicos do

período perinatal

• Capacidade instalada de

UTIs neonatais

• Cuidados intensivos ao

recém-nascido

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Ações de promoção à saúde

9,8 7,5 7,6 8,3 7,3 7,6 6,6 7,3 5,0 6,3 6,0

4,4 4,8 6,6 4,9

2000

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2004

2005

2006

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2011

2012

2013

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1,5

2,0

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00)

• ↓ 50% (PMA=-4,03; p=<0,001)

• Principais causas

• Outros riscos acidentais à

respiração

• Doenças infecciosas intestinais

• Deficiências nutricionais

• Condições socioeconômicas

gerais

• Acesso à atenção básica

(ESF)

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Ações de diagnóstico e tratamento

9,5 9,9 8,4 9,2 9,0 7,2 6,1 6,0 5,6 5,2

6,2 6,2 6,0 6,2 5,3

2000

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2006

2007

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2010

2011

2012

2013

2014

%

1,4

0,6

0,0

0,5

1,0

1,5

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2001

2002

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2004

2005

2006

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2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00 )

•↓ 44% (PMA=-4,54; p=<0,001)

•Principais causas

•Outras doenças bacterianas

•Pneumonia

•Outras infecções agudas das vias

aéreas inferiores

•Capacidade instalada de

UTIs neonatais

•Acesso à atenção básica

(ESF)

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

Mal-definidas e Demais causas

25,6 26,9 25,9 25,4 26,2 27,2 29,9 27,6 28,5 28,3 30,6 28,6 31,5 31,6 32,7

4,4 4,5 5,4 6,1 4,6 4,7 4,9 4,6 3,8 4,4 4,5 4,2 3,5 3,6 3,4

2000

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%

0,7 0,4

3,9 3,5

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2002

2003

2004

2005

2006

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2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Ta

xa d

e m

ort

alid

ade (

por

1.0

00)

Mal-definidas Demais causas

• Mal-definidas

• ↓ 23% (PMA=-2,34;

p=0,009)

• Aprimoramento do SIS

• Demais causas

• ↑ 28% (PMA=1,65;

p=<0,001)

• Malformações congênitas,

deformidades e anomalias

cromossômicas

Fonte dos dados brutos: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - DATASUS

CONCLUSÕES

• O Rio Grande do Sul acompanha a tendência de redução da TMI e de mudança nas principais causas de óbito.

• A redução da participação da maioria dos subgrupos das causas evitáveis aponta para melhorias nas condições da população de forma geral, bem como o maior acesso à saúde básica.

• Por outro lado, a expansão da fração das causas evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação indica que ainda é falha a qualidade do atendimento oferecido à mãe e ao recém-nascido.

• Tornam-se fundamentais maiores investimentos em tecnologias e recursos humanos voltados ao cuidado perinatal.

Fundação de Economia e

Estatística

Siegfried Emanuel Heuser

Rua Duque de Caxias, 1691

Centro Histórico, Porto Alegre

CEP: 90010-283

(51) 3216.9000

Evolução da

Mortalidade Infantil por

Causas Evitáveis no

Rio Grande do Sul,

2000-2014

Renata Oliveira Jung – Graduanda em

Economia – UFRGS/ Bolsista Fapergs

Marilyn Agranonik - Pesquisadora da

Fundação de Economia e Estatística /

Orientadora