eurodeputada maria da graça carvalho apoiar as pme na inovação · 2013-05-24 · plano...

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AGRICULTURA Ministra garante Plano estratégico do setor agroalimentar fica concluído em outubro Págs. 24 e 25 ASSOCIATIVISMO Presidente da Associação Empresarial da Póvoa de Varzim afirma “As políticas económicas não devem rondar limites socialmente perigosos” Pág. 29 SUPLEMENTO SEGUROS Crise retrai procura de seguros do Ambiente Págs. 2 e 3 MERCADOS BPI tem os custos mais competitivos na emissão de cheques Pág. 37 PRODER ABRE NOVO CONCURSO Pág. 22 FUNDOS EUROPEUS Nº 1462 / 4 de outubro de 2012 / Semanal / Portugal Continental 2,20 J www.vidaeconomica.pt DIRETOR João Peixoto de Sousa COMPRE JÁ EM livraria.vidaeconomica.pt Visita a livraria online Eurodeputada Maria da Graça Carvalho Apoiar as PME na inovação é uma prioridade para Portugal Pág.4 e 5 PUB 9 720972 000037 01462 Saiba mais aqui… www.sage.pt | 808 200 782 Sage 2012 It’s Easy! Conheça a Solução de Gestão onde só Paga o que Usa. PUB PUB Desempregados concentram 30% dos apoios do POPH “A participação dos desempregados nas várias tipologias do POPH ronda os 30% de pessoas apoiadas” , afirma à “Vida Económica” Domingos Lopes, gestor do programa. Ou seja, com uma dotação global de 8,8 mil milhões de euros, mais de 2,6 mil milhões vão para apoio a desempregados. Quase no final do POPH, “ainda há disponibilidade para acolher as respostas aos novos problemas decorrentes da conjuntura atual” , garante. Págs. II e III do suplemento Formação Profissional Luís Laginha de Sousa, presidente da NYSE Euronext Lisbon, avisa Aumento da carga fiscal pode afastar investimento estrangeiro Pág. 39

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AGRICULTURAMinistra garantePlano estratégico do setor agroalimentar fica concluído em outubro

Págs. 24 e 25

ASSOCIATIVISMOPresidente da Associação Empresarial da Póvoa de Varzim afirma“As políticas económicas não devem rondar limites socialmente perigosos”

Pág. 29

SUPLEMENTO SEGUROS

Crise retrai procura de seguros do Ambiente

Págs. 2 e 3

MERCADOS

BPI tem os custos mais competitivos na emissão de cheques

Pág. 37

PRODER ABRE

NOVO CONCURSO Pág. 22

FUNDOS EUROPEUS

Nº 1462 / 4 de outubro de 2012 / Semanal / Portugal Continental 2,20 J

www.vidaeconomica.pt

DIRETORJoão Peixoto de Sousa

COMPRE JÁ EMlivraria.vidaeconomica.pt

Visita a livraria online Eurodeputada Maria da Graça Carvalho

Apoiar as PME na inovação é uma prioridade para Portugal

Pág.4 e 5

PUB

9 720972 000037

0 1 4 6 2

Saiba mais aqui… www.sage.pt | 808 200 782

Sage 2012 It’s Easy!Conheça a Solução de Gestão onde só Paga o que Usa.

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PUBDesempregados concentram 30% dos apoios do POPH“A participação dos desempregados nas várias tipologias do POPH ronda os 30% de pessoas apoiadas”, afirma à “Vida Económica” Domingos Lopes, gestor do programa. Ou seja, com uma dotação global de 8,8 mil milhões de euros, mais

de 2,6 mil milhões vão para apoio a desempregados.Quase no final do POPH, “ainda há disponibilidade para acolher as respostas aos novos problemas decorrentes da conjuntura atual”, garante.

Págs. II e III do suplemento Formação Profissional

Luís Laginha de Sousa, presidente da NYSE Euronext Lisbon, avisa

Aumento da carga fiscal pode afastar investimento estrangeiroPág. 39

2 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

ABERTURA

Top da semana

SOARES DOS SANTOS

O patrão da Jerónimo Martins tem uma voz

ativa na vida política do país, o que é sempre positivo vindo de um empresário. São os empresários que conhecem o tecido económico e os problemas que afetam os trabalhadores. Ao contrário do que é habitual em Portugal, Soares dos Santos considera que os salários baixos são um fator negativo para a produtividade e a competitividade. E tem razão, afinal os países mais desenvolvidos e mais competitivos são aqueles em que existem salários adequados ao trabalho e às competências de cada pessoa.

PASSOS COELHO

O primeiro-ministro é um homem cada vez mais só. O barco afunda-se e não

há quem assuma responsabilidades. Coelho está hesitante, o que é um erro grave em política. Quando der conta que tem de agir, poderá ser tarde de mais. O mais preocupante é que são inúmeros os avisos, mas Passos Coelho dá a ideia de dar ouvidos a quem não deve e esquecer o bom senso, bem como a oportunidade política. Também o recuo na TSU foi eminentemente contra sua vontade, o que é revelador que não conhecia exatamente as suas implicações e os efeitos que iria provocar.

ÁLVARO SANTOS PEREIRA

O ministro da Economia anda desaparecido, o que

até faz sentido, tendo em conta que é um dos “remodeláveis”. Mas a realidade é que o contexto económico continua a degradar-se e parecem não existir soluções concretas pra superar as dificuldades. É certo que a conjuntura económica e fiscal não ajuda, mas não se vislumbram quaisquer estratégias concretas para impulsionar a atividade económica. Isto apesar de existir dinheiro disponível através dos vários apoios comunitários. Portugal arrisca-se a não conseguir fazer os investimentos necessários.

EXPANSIÓN

Ernst & Young mantém previsão de recessão para a economia espanhol

A consultora Ernst & Young mantém a sua previsão de recessão para a economia espanhola até 2013, mas reviu em baixa de oito décimas, para 0,3%, o crescimento do PIB para o ano seguintes. O PIB espanhol será reduzido em 1,5%, em 2012, e 2%, em 2013, quatro vezes mais do que o previsto pelo Governo. Esta revisão em baixa resulta dos efeitos das medidas de ajustamento aprovadas em julho e da preocupação de muitos analistas perante a possibilidade de que a Espanha entre num círculo vicioso de austeridade e contração da economia. A consultora assegura que não será cumprido o objetivo de redução do défice para 3%, em 2014, nem será atingido no ano seguinte.

LES ECHOS

Paris e Berlim relançam taxa sobre transações financeiras

Os governos alemão e francês enviaram uma missiva comum aos responsáveis políticos da União Europeia numa

tentativa de relançar o projeto de uma taxa sobre as transações financeiras. A ideia é garantir um mínimo de nove países que queiram a aderir a este projeto. Desde o verão que não houve avanços por parte dos 27, sendo que os franceses e os alemães estão na disposição de criar uma cooperação reforçada, no intuito de se avançar com uma iniciativa mais reduzida. O projeto da Comissão, apoiado pela França e pela Alemanha, prevê uma taxa sobre as transações financeiras de 0,1% para as ações e obrigações e de 0,01% sobre os outros produtos.

THE WALL STREET

JOURNAL

Abrandamento na China penaliza setor mineiro

Fornecer metais à China já representou um negócio milionário. Agora, o abrandamento económico do gigante asiático está a penalizar fortemente o setor do aço. Abranda a economia chinesa e o mesmo sucede com a indústria a nível global, com particular destaque para os Estados Unidos.Agarrada ao aço está a indústria do carvão. Esta tem sido fortemente afetada, já que as fundições funcionam com o combustível carvão. Este setor já tinha sido penalizado com as regras ambientais, com muitas empresas a virarem-se para o gás natural.

ImprensaEM REVISTA

TJUE ........................ Pág. 10

Tributação das mais-valias na deslocalização de sociedades viola Direito Comunitário

Negócios e Empresas Pág. 18

A empresa familiar não investe em investigação e inovação

AdEPorto................ Pág. 21

Uso da bicicleta e percursos pedonais podem melhorar mobilidade urbana

Caseiro .................... Pág. 23

Marca classificada entre os três melhores prepara abertura de novo restaurante

Biogen .................... Pág. 27

Hospitais mantêm prazos de pagamento superiores a um ano

Tecnologia ............. Pág. 30

Canon quer liderar em todos os mercados

Direitos ................... Pág. 34

A isenção de IMI em prédios classificados e devolutos

Mercados ............... Pág. 37

BPI tem os custos mais competitivos na emissão de cheques

Tesco ....................... Pág. 45

Fábrica de componentes portuguesa é fornecedora de referência da Honda

Nesta edição

11 TInternacional

Divergências sociais e laborais aumentam entre os Estados-Membros

24 Negócios e Empresas

Estratégia para a internacionalização do setor alimentar concluída em outubro

29 Associativismo

As políticas económicas não devem rondar limites socialmente perigosos

Humor económico

EDITOR E PROPRIETÁRIO Vida Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Alexandra Costa, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilher-me Osswald, Marta Araújo, Rute Barreira, Sandra Ribeiro e Susana Marvão; E-mail [email protected]; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO

PUBLICIDADE LISBOA Campo Pequeno, 50 - 4º Esq 1000 - 081 LisboaASSINATURAS Tel 223 399 456 E-mail [email protected]; IMPRESSÃO

Naveprinter, SA - Porto DISTRIBUIÇÃO

TIRAGEM CONTROLADA TIRAGEM DESTA EDIÇÃO

4000 Município (Porto) TAXA PAGA

R

MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

Eu vi, em Paris, nos passados dias 14, 15 e 16 de Setembro, a energia e a vontade de vencer de muitos portugueses. E, por isso, testemunho que Portugal é possível neste mundo global em que vivemos desde que deixem os portugueses ser livres… e portugueses!

Sob os auspícios da Câmara de Comércio e Indústria FrancoPortuguesa, superiormente di-rigida pelo Prof. Doutor Carlos Vinhas Pereira, um português de sucesso em França, realizou-se o I Salão Imobiliário Português e o IV Forum dos Empresários Luso-Descendentes e Portu-gueses em França, no Parque de Exposições de Paris. Inúmeros visitantes – não só portugueses residentes em França mas, também, franceses eaté empresários de outras nacionalidades por lá passaram à procura de negócios em Portugal. Cumpre sublinhar, pelo que vi, que os portu-gueses, – o Portugal que trabalha, cria e vence – está na rota de muitos investimentos estran-geiros.

Confirmei, então, a minha convicção de que um desígnio nacional, premente, há-de ser o re-encontro da diáspora portuguesa em torno de alguns valores, patrióticos e morais. Haverá 5 milhões de portugueses espalhados pelo mun-do que os poderes deste país, porém, sucessiva-mente têm ignorado, mas que são uma variável necessária e relevantíssima para ultrapassarmos as crises do presente. E eles – que são dos melho-res de nós (pela coragem de partir, pelo espírito

de sacrifício que os anima na sua luta por esse mundo fora), não se afastaram da portugalidade. Foram apenas esquecidos pelo autismo e inveja, até, dos que cá ficámos.

Voltei, entretanto, a Portugal. Nos dias se-guintes, em duas ocasiões distintas, julgo ter en-tendido algumas das razões para estarmos a ser subjugados pelos nossos credores. É que, por cá, os nativos não querem trabalhar (apenas querem emprego…) nem estão dispostos a lutar pela conquista de um posto de trabalho, ou pela sua manutenção. Mesmo a austeridade, sem ética e sem equidade nem sentido de futuro, já é por muitos aceite num conformismo ingénuo ou na vivência de medos subtilmente instilados na sociedade pelos que nos governam cá dentro e, sobretudo, de lá de fora.

António Borges, no seu afã de ganhar dinheiro fácil e na sua total falta de jeito para a política, quando qualificou os empresários portugueses de “ignorantes”, não soube justificar a sua afirma-ção. Mas disse uma relativa verdade que aqui su-blinho: muitos empresários portugueses são mais que ignorantes, são corruptos e nada sabem fazer sem que a torneira do Estado se abra a jorrar di-nheiro para as suas ambições. Há muito que de-fendo que não é o dinheiro que faz os verdadei-ros empresários – nem o ter amigos nos partidos para o alcançar (e depois devolver em multiplos esquemas de engenharia fiscal e financeira). Mas quando qualquer trolha (profissão honrada, de

resto) se traveste de empresário e entra na banca ou na sede dos poderes políticos e aí, por incon-fessáveis motivos, assenta praça como general… alguma coisa está mal.

A recuperação do nosso país precisa de Tra-balhadores e de Empresários (com letra grande) e não daqueles que só querem um emprego ou nada saber fazer, nos seus fatos Hugo Boss, sem o Estado ao lado.

O que faz dos portugueses heróis quando la-butam fora de portas é a coragem que os leva a ser dos melhores empresário e trabalhadores do mundo. E o que os torna invertebrados cá dentro são as políticas de conforto à preguiça e de subsidiodependência que lhes mata a alma. Havemos, um dia, neste aspecto, de confrontar, também, o atual presidente Cavaco Silva, que, para muitos, é um dos responsáveis morais por esse espírito leviano e inconsequente desde os tempos em que, para ganhar e manter maiorias absolutas, se conformou ao “pão e circo” para to-dos e algo mais, porventura, para alguns… Digo isto, claro, na certeza incontornável de que terei de nascer outra vez (ou duas vezes?) para ser tão sério como o Presidente o é.

Por mais que queiramos sair da crise, não será viável consegui-lo sem os portugueses da diáspo-ra. Eles são os melhores dos melhores de nós. E, agora que a juventude qualificada abandona este país a apodrecer, mais vigor terá esta convicção.

Como o conseguir?

O sucesso dos portugueses no estrangeiro e o seu insucesso em Portugal

O que faz dos portugueses heróis quando labutam fora de portas é a coragem e o que os torna invertebrados cá dentro são as políticas de conforto à preguiça e de subsidiodependência.

Causas do dia-a-diaANTÓNIO VILAR [email protected]

JOÃO LUÍS DE [email protected]

Vida Económica - O relatório do Horizonte 2020 consegue melhorar o equilíbrio entre a prioridade dada à excelência e também a capacidade que têm países mais pequenos como Portugal de apresentarem can-didaturas que mereçam ser apoiadas?

Maria da Graça Carvalho - Esse aspeto é muito importante. Por um lado, este é um Progra-ma onde o principal critério tem de ser a excelência. Não se pode

financiar um projeto só porque ele está numa região menos fa-vorecida se não tiver qualidade. Mas, por outro lado, temos que dar igualdade de oportunidades. Temos que fazer com que insti-tuições que são excelentes, mas que, por estarem em regiões mais remotas e menos conhecidas, não têm o nome sonante que pode ter uma Universidade de Cam-bridge, possam ser financiadas de igual modo. Até agora havia uma grande concentração injusta por-que o único critério era não só a excelência, mas também o nome mais ou menos sonante de quem submetia as candidaturas.

O relatório consegue um me-lhor equilíbrio com regras mais equilibradas, mais simplicidade na avaliação e decisão, o que deverá ser mais favorável para as PME.

VE - O Horizonte 2020 será uma oportunidade para os jo-vens qualificados que sentem dificuldade em entrar no mer-cado de trabalho?

MGC - Os cidadãos que não encontrem trabalho no espaço europeu procuram fora da Euro-pa. Há o risco de se desperdiçar o investimento feito nos jovens, muito bem treinados e com gran-des qualificações, se uma grande parte deles sair para fora do espaço europeu, deixando de contribuir na sua região para criar riqueza e melhores condições de vida.

Pensamos que este programa terá um efeito imediato durante o seu percurso no emprego de cien-tistas e de emprego qualificado.

Uma das prioridades do Hori-zonte 20202 é a criação de em-prego. A primeira área é a cien-tifica, a segunda a indústria e a terceira está nos desafios societais. Pretende-se que o conhecimento a desenvolver nestes projetos seja de futuro aplicável a novos siste-mas, novos produtos e que con-tribua para o desenvolvimento da Europa e da economia europeia.

É o programa que, a nível da nova geração de programas para o período 2014-2020, terá maior

MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE MAIOR SIMPLICIDADE DOS PROCESSOS

Apoiar as PME na inovação é uma O Programa Horizonte 2020 vai ter um papel relevante na criação de emprego – afirma Maria da Graça Carvalho. Em entrevista à “Vida Económica” a deputada e relatora do programa específico Horizonte 2020 destaca a importância do programa na estratégia de crescimento da União Europeia. Para Portugal, o Horizonte 2020 será ainda mais decisivo, tendo em conta o volume de recursos que vão estar disponíveis.Até agora Portugal tem sido um contribuinte líquido dos programas de apoio à investigação e à inovação, situação que se deverá inverter.Para melhorar o aproveitamento dos recursos, Maria da Graça Carvalho propõe regras mais simples e desburocratizadas, a par de um papel mais ativo por parte das empresas, em particular das PME.O pleno aproveitamento do Horizonte 2020 passa também por uma atitude ativa na fase final do 7.º Programa--Quadro que vai vigorar até final de 2013.

“Uma das prioridades do Horizonte 2020 é a criação de emprego”, afirma Maria da Graça Carvalho.

ERSE mantém tarifas de eletricidade acima de 10,35 kVA até final do anoA Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) optou por manter inalteradas tarifas para clientes com potências contratadas iguais ou superiores a 10,35 kVA até ao final do ano. As tarifas transitórias de eletricidade mantêm-se assim inalteradas até ao final do ano para a maioria das pequenas e médias empresas.

ATUALIDADE

4 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Os próximos seis meses são essenciais para estabelecer as prioridades e os conteúdos.

das prioridades para Portugal

impacto no crescimento eco-nómico e no emprego. Por isso, temos esperança que o Conselho Europeu nos apoie neste pedido e que o programa tenha um finan-ciamento adeqado. Este é o pro-grama desenhado para ajudar ao crescimento na Europa.

VE - Como vai decorrer a par-te final da preparação do Hori-zonte 2020?

MGC - Todos os programas que fazem parte deste novo ciclo começam a 1 de Janeiro de 2014. É muito importante que estejam todos prontos para começar nessa altura para que não haja interreg-nos de financiamento.

Neste período de crise, seria muito mau ter um interregno de financiamento. Há muitas insti-tuições em Portugal nesta área da ciência que dependem destes financiamentos.

As decisões sobre o valor total do orçamento da UE, as priori-dades de cada um dos programas têm que estar negociados entre o Parlamento, a Comissão e o Con-selho em Junho de 2013 para que a Comissão tenha seis meses para

preparar os regulamentos dos pri-meiros concursos.

VE - Acha que Portugal deve fazer um esforço final em re-lação ao 7º Programa-Quadro que vai vigorar até ao final de 2013?

MGC - Penso que sim. Mas a maior parte dos concursos foram abertos no verão. Há alguns con-cursos mas já não há muitos. Ao preparar este relatório do Hori-zonte 2020 visitei muitas univer-sidades, centros de investigação em toda a Europa, mas essencial-mente em Portugal.

Agora há um grande trabalho a ser feito pelos Estados-membros, que é preparar as suas posições negociais em relação ao orçamen-to europeu, as suas prioridades para o orçamento europeu, e também em relação às priorida-des mais detalhadas.

O financiamento oriundo do orçamento comunitário é um financiamento de investimento, o que, para Portugal, é crucial. Portanto, os próximos seis meses são essenciais para estabelecer as prioridades e os conteudos. Por

exemplo, a questão da simplifi-cação. Portugal deve negociar a maior simplificação possível, por-que todos os países são prejudi-cados pela burocracia, mas alguns estão melhores preparados.

O Horizonte 2020 deverá fazer a ponte para os fundos regionais que vão apoiar a capacitação para a inovação. Os fundos regionais deverão também ajudar na entra-da do mercado e na primeira fase da produção industrial de resulta-dos obtidos no Horizonte 2020.

Todo este apoio a esta cadeia de inovação é uma das novidades do Horizonte 2020 e muito impor-tante para Portugal.

Apoiar as PME, no fundo a inovação, será uma das grandes prioridades em Portugal, mas todo este trabalho tem que ser feito a nivel nacional e a nível das regiões.

VE - Qual seria o máximo que Portugal conseguiria obter se fizesse todo esse trabalho bem feito?

MGC - Temos um valor indi-cativo que foi o anterior Quadro onde Portugal obteve 21 mil mi-

lhões de euros para os fundos quesão geridos no nosso país. DepoisPortugal pode vir buscar muitomais diretamente em Bruxelas.Por exemplo, o Horizonte 2020não entra nestes 21 mil milhões.

Acho que o país não deve ficarmuito agarrado a este valor. Porvezes, ter as prioridades corretas econtar com um programa simplese flexível pode ser mais importan-te do que perder algum destes 21mil milhões.

Portugal, a nivel do Horizon-te 2020, vem buscar neste atualQuadro cerca de 50 milhões porano. Poderia ser mais ambicioso ecomparando com quem vai buscarmais, que é a Suíça. A Suíça, e jáfazendo os ajustes à dimensão, ob-tém cinco vezes mais do que Por-tugal.

Portugal podia ir buscar 250milhões se tivesse a mesma orga-nização da Suíça e a mesma exce-lência ao nível dos investigadores.

Durante os sete anos de dura-ção do programa deve ter sempremuito presente esta prioridade,ajudando as nossas instituições aexecutar bem e a vir buscar maisfinanciamento.

Os financiamentos dirigidos aPortugal podem também ajudar epotenciar a vinda de outros finan-cimanentos. Por exemplo, os fun-dos estruturais podem financiar apreparação de propostas ao Porgra-ma Quadro de Ciência e Inovação.

VE - Considera importante fa-zer pedagogia sobre esta área?

MGC - O Governo tem estadopresente em várias sessões abertasexatamente onde eu explico a ur-gência e o que deve ser feito nestapreparação dos novos programas.Portanto, tenho feito uma grandecomunicação do que se está a pas-sar em Bruxelas tanto junto dasUniversidades, IAPMEI, associa-ções empresariais, como tambémjunto do próprio governo.

VE - Junto dos outros Esta-dos-membros nota algum tipode solidariedade extra paracom Portugal dada a atual con-juntura?

MGC - Noto solidariedade,mas muito devido ao facto deperceberem que temos dificulda-des, mas que estamos a fazer tudoo que podemos. Esse esforço émuito apreciado.

A credibilidade é essencial paraPortugal e para os portugueses queestão fora de Portugal continuarema ter influência nas instituições enos meios em que se movem.

ATUALIDADE

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 5

Proposta do OE 2013 apresentada no dia 15 de outubroO Governo anunciou que entrega tanto o Orçamento retificativo como o Orçamento do Estado (OE) para 2013 no dia 15 de outubro, que é a data limite legal para entrega. No dia 26 de outubro avança a discussão do Orçamento retificativo. Quanto ao Orçamento do Estado, o documento será votado na generalidade a 31 de outubro e sujeito a votação final global no dia 27 de novembro.

Preços na produção industrial sobem acima da Zona EuroA variação na produção industrial em Portugal foi, em agosto, de 1% face ao mês anterior, quando em Julho tinha sido de 0,5%. Foi a maior subida mensal desde março de 2012. Na Zona Euro, os preços na produção industrial subiram 0,9% em agosto, enquanto a variação na União Europeia foi de 1%, informa o Eurostat.

Programa Horizonte 2020 vai dispor de recursos acrescidos

A União Europeia pretende fazer uma grande aposta para promover a investigação e a inovação. Um dos principais objetivos do Programa Horizonte 2020 é aumentar o envolvimento das empresas, promover a aplicação do conhecimento, e criar produtos e serviços mais inovadores.Na proposta da Comissão Europeia, o Horizonte 2020 terá um acréscimo na sua dotação até aos 80 mil milhões de euros, que representa uma subida de 53% face aos 52 mil milhões de euros atribuídos ao 7.º Programa Quadro que vigora até final de 2013.O Parlamento Europeu pretende que a dotação do Horizonte 2020 suba até 100 mil milhões, o que representa uma verba anual de quase 15 mil milhões de euros durante o período de vigência do Programa, ou seja, entre 2014 a 2020.Mas, o Conselho Europeu que representa os Estados membros está muito mais reticente quanto a este aumento dos recursos do programa e o encargo acrescido que vai ter em cada país, tendo proposto 40 mil milhões de euros, uma verba inferior à dotação do 7.º Programa Quadro.O aumento dos recursos pode ser interessante para Portugal se as instituições do sistema científico e as empresas forem mais ativas na preparação de candidaturas.Até agora Portugal só tem recebido em apoios cerca de 70% da sua contribuição para os programas, estando a financiar a I&D e a inovação dos países com maior capacidade de iniciativa.

Maria da Graça Carvalho pretende uma maior participação das PME e o aumento dos apoios para a criação de emprego.Tendo em conta a falta de recursos com que o nosso país se debate, o Horizonte 2020 pode ser um das principais fontes de financiamento

do crescimento e do emprego.O atraso na reprogramação do QREN abre também algumas oportunidades para a apresentação de candidaturas nesta fase final do 7.º Programa-Quadro, em particular, no caso dos programas sob gestão nacional.

“Estes seis meses são cruciais para as prioridades e para os conteúdos”, refere Maria da Graça Carvalho.

Os financiamentos dirigidos a Portugal podem também ajudar e potenciar a vinda de outros incentivos

Para Luís Mira Amaral, os re-presentantes da “troika” têm toda a informação sobre as dívidas em atraso do Estado aos fornecedores que estão a agravar as dificulda-des de tesouraria das empresas. No entanto, o presidente do BIC recordou que, na altura da nego-ciação do programa de assistên-cia, alguns responsáveis políticos referiram que seria negativo para a imagem do país no exterior dar toda a informação sobre as dívi-das em atraso.

Os representantes da Comis-são Europeia, do BCE e do FMI têm igualmente em conta que uma parte das dívidas do setor privado é dívida pública porque foi contraída para financiar in-vestimento público e a respon-sabilidade pelo pagamento é do Estado, tal como acontece com a generalidade das parcerias público-privadas. Para Mira Amaral, o défice tarifário do setor energético é também dívi-da pública, apesar de não estar classificado como tal, porque os consumidores não vão pagar e a responsabilidade passará para o Estado.

Luís Mira Amaral salientou que “a União Económica e Mo-

netária está incompleta e que o papel essencial dos bancos cen-trais é preocuparem-se com a estabilidade financeira”. O pre-sidente do BIC garantiu que a sua instituição tem continuado a financiar as “PME exporta-doras com bom perfil de risco” e lembrou o papel fundamental que a garantia mútua pode de-sempenhar no financiamento às empresas.

Para encontrar consenso na política económica nacional,

Luís Mira Amaral sugeriu que “o Governo devia arranjar um acor-do com o PS e fazer um ato go-

vernativo de três partidos e com os parceiros sociais, para resolver isto”.

I FÓRUM EMPRESARIAL DO ALGARVE, ORGANIZADO PELO LIDE PORTUGAL

Dívidas do Estado e das em agravam dificuldades de fi O programa de assistência externa está aquém do que seria necessário em termos de financiamento ao setor produtivo – esta é a opinião de vários banqueiros que participaram na conferência de encerramento do I Fórum Empresarial do Algarve, que decorreu no último fim de semana no Hotel Tivoli Victoria, em Vilamoura. Luís Mira Amaral, presidente do BIC, Nuno Amado, presidente do Millennium BCP, José Maria Ricciardi, presidente da Comissão Executiva do BES Investimento, frisaram ainda a importância do consenso na política económica nacional.

É necessária uma maior integração do sistema bancário na União Europeia para refor

ATUALIDADE

Fertagus com perda de 14,7 milhões de euros até ao final da concessãoA Fertagus irá perder 14,7 milhões de euros até ao final da concessão, em resultado da queda do número de passageiros, que já atingiu os 10% este ano, mais seis pontos percentuais do que no ano passado, afirmou Hum-berto Pedrosa, presidente do grupo Barraqueiro, dono da Fertagus, na Co-missão de Inquérito às PPP na Assembleia da República.

Bruxelas investiga infrações de fabricantes à garantia dos produtosA Comissão Europeia enviou uma carta, assinada pela comissária europeia para a Justiça, Vi-viane Reding, aos 27 Estados-membros instando-os a investigar possíveis infrações de fabri-cantes às normas europeias para as garantias dos produtos. Na carta, Bruxelas reitera que estas práticas devem ser averiguadas, caso a caso, pelos Estados-membros e, quanto à Apple, se dá garantia gratuita de dois anos nos seus produtos ou de apenas um ano.

6 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

II Fórum Empresarial do Algarve já tem data marcada

Ao encerrar o I Fórum Empresarial do Algarve, o presidente do Comité de Gestão do LIDE Portugal, Nasser Sattar, chamou precisamente a atenção para as “várias oportunidades de negócio que surgiram” nos três dias de debates entre líderes empresariais e governamentais de Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. “O nosso tecido empresarial tem de repensar o seu modelo de negócio e, tendo em conta o momento que vivemos, olhar para a internacionalização, nomeadamente, para os países lusófonos”. Nasser Sattar anunciou que, face ao sucesso desta primeira edição, o II Fórum Empresarial do Algarve já tem data marcada: no último fim de semana de Setembro (27 a 29), no Hotel Tivoli Victoria, em Vilamoura. O Fórum Empresarial do Algarve pretende ser um evento empresarial de referência no espaço de países de língua portuguesa, o maior e mais ambicioso evento

de altas esferas corporativas, para aproximar empresas de diferentes países, promover oportunidades de negócio e contribuir para desenvolver as economias nacionais envolvidas. Nesta primeira edição, dedicada aos desafios da crise europeia e internacional, quer-se estabelecer um espaço privilegiado de networking de altíssima qualidade, e uma oportunidade para a discussão de assuntos fundamentais para as economias representadas no evento e respectivo tecido empresarial.Na sequência do êxito do Fórum e do LIDE Portugal, bem como o papel que a organização portuguesa tem tido no apoio ao desenvolvimento de outros LIDE, Miguel Henrique, presidente executivo do LIDE Portugal, foi nomeado vice-presidente do LIDE Internacional, secundando Luís Furlan, ex-ministro do Planeamento do Brasil. O anúncio foi feito pelo próprio presidente do LIDE global e fundador da organização, João Dória Jr,.

José Maria Ricciardi considera que o programa da “troika” foi mal feito.

presas públicas nanciamento da economia

Bancos nacionais tiveram de acudir às empresas públicas

José Maria Ricciardi consi-

derou que “o memorando da ‘troika’ foi mal feito e estamos a sofrer as consequências disso”, adiantando que “foram servidas doses excessivas de austeridade, que devia ter sido mais calibra-da, pelo que vai ser difícil sair desta situação”.

Segundo referiu este banquei-ro, uma parte da classe política errou ao achar que o país iria manter o rating apesar da situ-ação delícada em que se encon-trava. Com a queda do rating os

bancos estrangeiros deixaram de financiar as empresas públicas e tiveram de ser os bancos nacio-nais a susbtituí-los no financia-mento, o que agravou de forma dramática a falta de liquidez para apoiar o setor privado.

Sobre as medidas de reforço do capital que a União Europeia tem estado a impor aos bancos, o presidente do BESI considera que “o problema na Europa e nos Estados Unidos é de super-visão e não de capital”.

“Não precisamos de prime time, mas de working time. Precisamos de consensos”, disse Nuno Amado, depois das po-lémicas declarações polémicas

de António Borges, no mesmo Fórum, no dia anterior. O pre-sidente do Millennium BCP defendeu que papel da banca é“capitalizar depósitos em em-préstimos”, referindo que, ape-sar da agitação das últimas duassemanas, a situação é melhorque há um ano, pelo que “temosagora de financiar a economia”.

Na conferência participaram também João Figueiredo, do Banco Único de Moçambique, e Madhukar Shenoy, do Islamic Finance, dos Emirados Árabes Unidos, salientando as oportu-nidades de negócio e de finan-ciamento que existem nos seus países.

çar a coesão do euro.

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 7

ATUALIDADE

NERSANT e AgroCluster submetem candidatura ao programa LIFEA NERSANT e o AgroCluster Ribatejo submeteram uma candida-tura ao programa LIFE. Com esta candidatura, pretende-se demons-trar, a partir de uma perspetiva económica e técnica, que é viável a utilização de resíduos de diversas origens para a melhoria da quali-dade dos solos.

Grupo Paulo Duarte investe 450 mil euros na produção de frutaO Grupo Paulo Duarte, presidido por José Paulo Duarte, acaba de efetuar um novo investi-mento na produção de fruta, em parceria com a cadeia hoteleira Vila Galé. A SV Frutas en-volve um investimento inicial de 450 mil euros – suportado em partes iguais pelos dois gru-pos – e que assenta na produção de pêra rocha. A produção, distribuída por um total de 15 hectares, tem lugar na Herdade da Figueirinha, em Beja.

O LIDE é uma rede de lobbying e networking empresarial de origem brasileira, que reúne personalidades do mundo empresarial. Tem por objetivo incentivar e promover relações empresariais entre os países onde o LIDE está presente; discutir temas económicos e políticos de interesse nacional; fortalecer os princípios de “good governance” e a aplicação de princípios éticos na gestão dos setores público e privado; promover, atualizar e aperfeiçoar o conhecimento empresarial; e estimular a responsabilidade social e o respeito pelo meio ambiente nas empresas e organizações.O LIDE Internacional é o braço do LIDE que tem por objetivo intensificar o relacionamento comercial internacional. É ao LIDE Internacional que as

representações nacionais do Grupo de Líderes Empresarias, como o LIDE Portugal, reportam. Já presente em quatro continentes, americano, europeu, africano e asiático, espera-se que em 2012 o LIDE Internacional esteja também presente nos Estados Unidos da América, na China, na Alemanha, no México, no Chile, em Espanha, em Moçambique e na África do Sul – estes últimos três com o auxílio operacional do LIDE Portugal, à semelhança do que aconteceu, ainda em 2011, com a criação do LIDE Angola. O LIDE Portugal foi lançado oficialmente a 1 de julho de 2011 e tem vindo desde essa altura a promover ativamente as relações entre o triângulo Portugal-Brasil-Angola.

LIDE promove relações empresariais entre países

João Doria, com Miguel Henrique e Luiz Forlan, prevê o reforço da cooperação empresarial com o apoio do LIDE.

Para Nuno Amado o processo de recapitalização da banca está a ser bem sucedido.

taxa de crescimento de cerca de 9%”. Refere ainda que “este perfil das expor-

tações portuguesas e o enfoque que tem sido dado nos últimos anos pelo crescente peso das geografias fora da União Europeia são elementos relevantes porque estas geo-grafias utilizam quase de uma forma exclu-siva o transporte marítimo” para fazerem chegar os produtos.

As atividades ligadas ao mar conside-radas na economia portuguesa empregam diretamente cerca de 75 mil pessoas. Para-lelamente, a posição geoestratégica do país confere-lhe uma situação privilegiada em relação ao mar da União Europeia (UE) e central relativamente às relações que se po-dem desenvolver com os países Africanos e Americanos do Sul.

FRANCISCO MENDES PALMA AFIRMA

“As exportações portuguesas crescem acima da dinâmica dos portos”FERNANDA SILVA [email protected]

Estudos realizados pelos portos de Lei-xões, Lisboa e Sines, apresentados durante o seminário que ocorreu no Porto, per-mitem estimar que atividade portuária (os cinco portos nacionais) representa atual-mente “cerca de 5,5%” do Produto Inter-no Bruto (PIB) português.

Durante a sua intervenção sobre “Os portos e a competitividade da economia portuguesa”, no âmbito do Seminário “O mercado do Mar em Portugal e França”, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, Francisco Men-

des Palma, diretor da Espírito Santo Rese-arch, considerou que este dado é “bastante significativo”, principalmente para “saber-mos o peso e o valor das medidas que se-jam feitas para a dinâmica desta atividade”.

O mesmo responsável referiu ainda que “as exportações portuguesas crescem acima da dinâmica dos portos tanto em termos da dinâmica dos portos na carga conten-torizada como na carga a granel, e todas crescem acima da dinâmica do país”.

Mendes Palma frisou que, “em termos das exportações portuguesas de mercado-rias e de bens transacionáveis, tem havido uma dinâmica significativa e que, este ano, (dados de julho) – continuamos com uma

Politécnicos portugueses acolhem 4500 estudantes brasileiros Os politécnicos portugueses vão receber 4500 estudantes brasileiros nos próximos três anos (com possibilidade de renovação), como resultado de um protocolo entre o Conselho Coor-denador dos Institutos Politécnicos Portugueses (CCISP), o Conselho Nacional das Institui-ções da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Brasil (CONIF) e o Governo brasileiro, no âmbito do Programa Ciência Sem Fronteira.

Hard Club recebe desfile da Collove e da PUNCH CoutureO Hard Club, na Ribeira do Porto, recebe na próxima quinta-feira (11 de outubro) o desfile de apresentação das coleções Outono/Inverno das marcas femininas portuguesas Collove e PUNCH Couture. A Collove é propriedade da Custoitex, empresa familiar que se está a impor no merca-do internacional sob a liderança de Sandra Morais.

Senti-me ignorante. As palavras do Professor António Borges foram um soco no estômago. Regressei, em pensamento, à escola primária. Julguei estar a ouvir o meu antigo professor primário a berrar-me, de dedo em riste.Segundos depois, estou sentado a um canto com orelhas de burro enfiadas na cabeça. Sobressaltado, acordei deste pesadelo, belisquei-me, mas a vozearia em que se tornou o fim de semana mediático fez-me perceber que o pesadelo era realidade.O Professor (sempre por extenso e em maiúscula, não vá o homem ficar chateado) António Borges acha mesmo que os empresários portugueses são ignorantes. As exportações portuguesas aumentam todos os meses? Ignorantes.Os empresários exportadores são

considerados a salvação do País? Ignorantes. Os empresários criam riqueza? Ignorantes. Os empresários criam postos de trabalho? Ignorantes. Os empresários arriscam o seu dinheiro em prol do reforço da nossa economia? Ignorantes.Os empresários sabem que os trabalhadores são a parte mais essencial de uma empresa? Ignorantes. Os empresários querem paz social na sua empresa e no país? Ignorantes. Os empresários querem políticas fiscais que não atirem para a falência milhares de empresas e para o desemprego milhares de trabalhadores? Ignorantes.O Professor António Borges tem razão. Os empresários portugueses (nos quais me incluo com muito orgulho) são ignorantes. Bendita Pátria que tais filhos tem.

Ignorantes

JOSÉ MARTINOengenheiro agrónomoJosemartino.blogspot.com

ATUALIDADE

8 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Portos representam cerca de 5,5% do PIB nacional, refere Francisco Mendes Palma diretor da Espírito Santo Research.

As equipas de vendas são, comummente, apelidadas de difíceis. Os vendedores tendem a atuar isoladamente, entrincheiram-se nas suas convicções, resistindo à partilha, à alteração do “modus operandi” e à cooperação.Porque é que os vendedores são pessoas difíceis? Serão os vendedores pessoas especiais?Na realidade, parece que os vendedores, cuja capacidade de sociabilização se enfatiza no exterior, no interior da sua empresa assumem uma posição antagónica.A maioria dos vendedores pensa que as reuniões internas são uma perda de tempo. A sua função é estar na “rua” e não dentro da sua empresa!Aqui vão alguns conselhos que o podem ajudar a unir a equipa de vendas e a potenciar os resultados do conjunto e de cada um individualmente…Transforme as reuniões de vendas em algo inspirador e motivante. Permita que cada um dos seus vendedores partilhe com o grupo aquilo que fez durante a semana: que negócios bons concretizou, que metas alcançou. Falar dos sucessos faz com que as pessoas se sintam bem-sucedidas e isso é importante para todos.Por vezes, para ter um bom começo, sugiro que alguém conte uma história engraçada que lhe tenha acontecido durante a semana. Isso irá criar um ambiente descontraído no grupo.Promova a partilha de frustrações. Reserve alguns minutos para o fazer (dez minutos, no máximo). Não permita reações imediatas. Faça com que as soluções sejam propostas numa fase mais madura da reunião. O primeiro objetivo é o de os elementos do grupo libertarem as frustrações e não o de resolver ou o de encontrar as soluções.As questões administrativas não lhe devem ocupar tempo. Todos os procedimentos devem

estar plenamente estabelecidos e testados, para que ninguém perca tempo desnecessário com isso e, simultaneamente, tudo flua com naturalidade e sem atrito.Reserve alguns minutos, por semana, para aprofundar o conhecimento dos seus produtos e serviços. E, sobretudo, para pensar em como o seu cliente pode utilizar, beneficiar, produzir ou lucrar mais sempre que faz negócio consigo.Desafie os seus vendedores a sugerirem ideias sobre como devem apresentar os seus produtos e serviços. Recompense as melhores ideias com um almoço consigo.As reuniões de vendas devem enfatizar as “vendas”. Procure continuamente as melhores práticas. Promova a conversa sobre os detalhes. São as particularidades da venda que lhe fazem fechar negócios.Focalize a sua equipa de vendas na preparação/formação. Integre a resolução das frustrações no treino que desenvolve com a sua equipa. Defina as expectativas para a semana seguinte. Cada um dos vendedores deve afirmar perante os colegas o que é que pretende alcançar na próxima semana no que respeita ao seu esforço para gerar negócios. A sua reunião de vendas semanal deve ter um dia fixo. É importante que a reunião se realize no último dia da semana (na 6ª-feira) porque só assim se garante que cada indivíduo inicie o seu fim de semana com a semana de trabalho que se segue devidamente organizada e planeada. Isso dar-lhe-á uma sensação de controlo e de organização sobre um ambiente incerto, o que é positivo para todos (incluindo para o ócio do fim de semana).Comece já e coloque a Sua Empresa um passo à frente da sua concorrência!

Num, ultimamente esquecido, “Portugal falido”, pela inoperância, incompetência e falta de visão dos nossos políticos e de políticas sem nexo, num claro marketing despesista, num escandaloso “tráfico de influências”, o País vê-se entregue aos credores internacionais que nos obrigam a sofrer um plano de austeridade. E, agora, os mesmos políticos que nos anos 80 chamaram esses credores internacionais, que desvalorizaram a moeda, que criaram uma inflação violenta, clamam agora que mais austeridade “jamais”, que necessitamos de crescimento económico e que as obrigações a que levaram o resgate sejam “limpas”, num ápice e sem honra. E se a austeridade for para continuar?Sim, e se o crescimento que todos desejamos para Portugal e para a Europa, estagnante nos últimos 10 anos, não vier e o duro plano de austeridade for para continuar?Portanto, novamente os nossos políticos, tentam não falar verdade, preferindo a retórica balofa, verdadeira asfixia democrática, acusando uma tal Frau Merkel de ser contra os interesses da Europa porque só pensa em austeridade e disciplina (quase desejando aludir a outros tipos de disciplina!), no rigor nas contas públicas, falta de rigor esse que nos levou ao resgate! E se a tal Frau Merkel, bem como os países que estão de acordo com as soluções preconizadas, estiverem com a razão? Mais facilitismo e menos honra no cumprimento das nossas obrigações internacionais, pelos que acreditaram em nós e nos facilitaram financiamento para pagarmos os salários, por exemplo do sector público, desejam políticos cegos pela vaidade e pelo interesse partidário e ideológico, desejando no fim levar o País para ainda mais Austeridade!Basta! É tempo de os Portugueses abrirem os olhos e verem que os grandes culpados da austeridade em que nos encontramos foram governações contínuas de políticas sem rumo, ou com o rumo do interesse partidário e pessoal, como se comprova com enriquecimentos pessoais no mínimo a roçar ambientes de índole afro-sul americanas!Vivemos tempos de falar verdade e de todos cooperarmos para restabelecer a soberania perdida do nosso querido Portugal. Os níveis de pobreza dos milhões de Portugueses a isso exigem e obrigam!E se o tal crescimento não vier proximamente, como se deseja? E se, ao contrário, a eurodesorganização nos levar para mais períodos de contenção, disciplina das cousas públicas e, eventualmente uma fratura no desvario da conceção incompetente dos actuais 27? Por que razão, entre os nossos políticos, e as dezenas de “brilhantes” comentadores credenciados dos nossos “media”, políticos e economistas, ninguém levanta a possibilidade de um agravar da situação? E se o crescimento não for possível, porque não uma análise de um plano B? Ou será que os políticos pouco sabem de economia e quiçá os economistas de política idem aspas?Nós, como empresários, há muito que antevíamos um novo “crash”, não sabendo qual, vendo a bola de neve a crescer num novo mundo especulativo e de uma nova lógica de “batota” imobiliária e “batotas” financeiras sem limites. E o que fizeram os empresários, mais

depressa na “disciplinada” estrutura alemã (política, associativa e sindical), e sempre tardiamente a “inteligente” portuguesa (só políticas, já que as associativas e sindicais de há muito estavam “empenhadas” em comprometimento político)? Os empresários tentaram e de imediato muitos adaptaram a sua Visão Estratégica com planos de emergência B e C.Um dos pontos mais significativos, e continuadamente olvidado é o facto, ou politicamente propositado, como se viu com a Irlanda e agora com a Espanha, de um sistema bancário muito doente, muito doente mesmo! Muito se fala dos produtos tóxicos, mas pouco se fala dos triliões de “activos” contabilísticos, embora doentes e desvalorizados, que, lado a lado com uma desindustrialização igualmente doentia na Europa, só nos pode levar a mais austeridade. Todos desejamos o crescimento, mas sem capacidade financiadora e sem indústria a Europa só pode encolher, ficando vivos aqueles que de forma estratégica optaram pela disciplina, pelo rigor e apostaram na capitalização, como que num recomendável “bom senso financeiro” na gestão da suas empresas. Preparemo-nos para um sistema bancário que jamais vai ser como fora, portanto muito diferente, e onde a capitalização (pessoal, familiar e empresarial) deverá ser um dos “pilares estratégicos”…não mais que um “dejá vu” do passado, só ultrapassado no período da ganância pelo lucro fácil e especulação financeira, com a promiscuidade dos políticos e de uma governança doentia, desregulada e de vantagens!Políticos portugueses, sem excepção, leiam a Carta Encíclica do Papa Bento XVI, “Caridade na Verdade”, mesmo que lhes traga alguma carga de urticária, mas vejam nela um verdadeiro programa de governo a seguir, olhando mais para o bem comum, numa perspetiva dos valores humanos e da ética, olhando para o desenvolvimento económico na base das nossas pequenas e médias empresas, como estrutura de desenvolvimento onde a família e o emprego se unem numa sinergia positiva…enquanto for tempo! Ou, como disse o Presidente da ACEGE, Dr. António Pinto Leite, no seu discurso de abertura, em recente e brilhante 5º Congresso Nacional: Deus deu aos líderes empresariais o dom do risco, o dom da liderança, o dom do negócio, o dom da visão, o dom da organização, o dom de não quebrar. O dom da energia, o dom de empreender, o dom da insatisfação, o dom de exigir. O dom da estratégia, o dom da autoridade, o dom de decidir, o dom de criar a partir do nada.Que os nossos políticos venham ao terreno, falem verdade, aprendam com os líderes empresariais que mesmo em austeridade têm demonstrado capacidade de criar crescimento, como o comprovam a brilhante dinâmica das nossas exportações, já que a solução passa pelos empresários, que não pelo Estado!O “bom senso” recomenda estarmos preparados para que a austeridade seja, infelizmente, um desígnio deste início de século, a ser combatido por todos os verdadeiros portugueses, unindo as nossas forças, a bem de Portugal e da Europa.Com ética não haveria crise nem austeridade!

ÉTICA E NEGÓCIOS

Austeridade: a oferta dos políticos aos portugueses!

ATUALIDADE/Opinião

AZUIL BARROSEspecialista no Crescimento de NegóciosPartner&Diretor Geral www.quantumcrescimentonegocios.com

DAVID ZAMITH ACEGE – Núcleo do Porto

Desde há muito que as escolas têm sido notícia por más razões: alunos com resultados medíocres, desinteressados, indisciplinados, violentos; professores desmotivados, impreparados, sem autoridade; pais conflituosos, ameaçadores, ausentes. Reclamavam-se medidas urgentes que restaurassem o clima necessário ao bom funcionamento do processo ensino/aprendizagem.Neste contexto, foi publicada, no passado dia 7, a Lei nº 51/2012, que aprova o novo Estatuto do Aluno e Ética Escolar. É transversal a todo o documento o propósito de implementação de uma nova cultura de rigor, disciplina e esforço, que se crê apenas ser possível através de maior responsabilização de alunos e pais ou encarregados de educação e do reforço da autoridade efectiva dos professores e do pessoal não docente.Não posso estar mais de acordo: é minha convicção que professores, pais/encarregados de educação e alunos têm, em absoluto, de cumprir as obrigações que a cada um competem no processo educativo. E não tenho dúvidas que o caminho é este: fortalecimento da autoridade do professor a quem, correlativamente, mais se poderá exigir em termos de preparação, esforço e dedicação; responsabilização de alunos a quem urge incutir o princípio absoluto de que cada acto tem a sua consequência e de pais a quem compete colaborar no interesse último de ensinar, formar e preparar os seus filhos.De facto, crianças a quem, em casa e desde cedo, sejam incutidas noções de responsabilidade; a quem, em casa e desde cedo, se ensine a responder pelos seus actos; a quem, em casa e desde cedo, se exija respeito e cumprimento de regras — essas crianças devem

chegar à escola prontas a dar o seu melhor e a corresponder ao esforço de quem delas se ocupa; e os pais que assim as educaram gostarão de encontrar professores que saibam e queiram aproveitar todas essas noções adquiridas.Desde casa, os alunos devem entender a escola como um espaço de diversão (no recreio) e de concentração (nas aulas); de paridade (com os colegas) e de reconhecimento de hierarquia (com professores e auxiliares de acção educativa); de descompressão saudável (nos tempos livres) e de máximo esforço (nas horas de trabalho).Deseja-se, portanto, pais e professores do mesmo lado, a favor dos filhos/alunos, comprometidos numa educação melhor, com mais e melhor aprendizagem.Confio nos professores, tanto mais que as minhas mais vivas memórias de estudante são de bons professores, trabalhadores e esforçados, que davam tudo por nós: sentíamos que uma grande parte da sua vida se cumpria ali, na sala de aula, connosco. Confio que os pais saberão aproveitar a responsabilização que lhes é cometida, para se aliarem aos professores na tarefa conjunta de educar com afecto e exigência. E confio que filhos responsabilizados serão alunos mais responsáveis, mais conscientes, mais cumpridores e, também eles, mais exigentes. Saberão, com certeza, reivindicar professores competentes, preparados, rigorosos.O documento ora publicado só terá conseguido instalar a pretendida cultura de rigor, responsabilidade, promoção de mérito, quando todos os agentes de educação (alunos incluídos) saibam exigir uns dos outros o que de melhor todos têm para dar.

(ARTIGO ESCRITO SEGUNDO A ORTOGRAFIA ANTIGA)

Estatuto do Aluno: em nome do rigor a todos exigido

Como orientar a sua equipa de vendas?

ISABEL ALMEIDA [email protected]

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 9

Comissão Europeia aprova medidas alternativas à TSUA Comissão Europeia já aprovou as medidas alternativas que fo-ram apresentadas pelo Governo português, adiantou Durão Bar-roso na atribuição do Prémio de Inovação Europa Social em me-mória de Diogo Vasconcelos. O líder da CE considerou que o programa apresentado “é essencial para que Portugal possa conti-nuar a dispor de financiamento”.

Taxa de desemprego em Portugal sobe para 15,9%A taxa de desemprego em Portugal subiu de 15,7%, em julho, para 15,9%, em agosto, segundo os números do Eurostat, gabinete de esta-tística europeu. Na Zona Euro, a taxa de desemprego manteve-se inal-terada em 11,4% em agosto. É o terceiro mês consecutivo em que a taxa se mantém no valor mais elevado de sempre. Quanto a Portugal, o país regista um novo máximo histórico.

A atual agenda de austeridade e a falta de uma estratégia clara sobre como regressar ao crescimento têm provocado um ambiente pessimista no mercado imobiliário português. É amplamente reconhecido que apenas austeridade não incutirá a autoconfiança que é necessária para voltar a crescer, pelo que é premente e imperativo que as anunciadas reformas estruturais possam devolver esperança, confiança e crescimento a Portugal. Apesar da grave situação atual, é fundamental dar um passo atrás no atual clima de pânico, evitar a paralisia que as depressões potencialmente induzem e realmente acreditar que esta crise é a única janela de oportunidade para implementar as muito aguardadas, mas sempre adiadas, reformas estruturais que possam responder à atual crise financeira e regressar ao crescimento. Temos de ser rápidos, contundentes e muito objetivos.No atual contexto económico depressivo, estão já a ser decididos os atores que irão dominar o mercado imobiliário no próximo ciclo expansivo. Todos os atores económicos que estão, impávidos e serenos, a aguardar que a tempestade passe para subsequentemente continuar com as suas actividades quando o vento estiver de feição estão condenados a ter unicamente papéis secundários no futuro. Aqueles atores que estão a preparar agora o seu futuro, aproveitando as oportunidades do ciclo baixista, terão a oportunidade de dominar o mercado no médio e longo prazo.O mercado dos centros comerciais, com as suas idiossincrasias, tem que se ajustar taticamente a esta agenda de austeridade, no curto prazo, mas não pode descurar uma estratégia de longo prazo que vise a preparação para o regresso ao crescimento. É absolutamente fundamental concentrar esforços na eficiência e na sustentabilidade operacional, alinhando interesses económicos com os lojistas e clientes dos centros comerciais e, em paralelo, desenvolver estratégias e iniciativas de preparação e adaptação ao futuro ciclo expansivo. Apesar de o mercado de centros comerciais estar estagnado, com algumas zonas claramente saturadas e com falta de financiamento, há boas oportunidades de revalorização e melhoria de ativos, com o objetivo de transformar determinados centros comerciais em líderes dentro da sua zona de influência.O investimento imobiliário vai centrar-se cada vez mais no próprio centro comercial em remodelações

ou ampliações, com o intuito de fazer evoluir o conceito actual, algo gasto e cansado, para uma nova geração de ambiente comercial onde, para além da satisfação da necessidade de consumo, se evolui para um ambiente de criação e partilha de novas experiências relevantes.Para que tal seja possível, é necessário preparar e avançar com iniciativas que permitam adaptar os centros comerciais a novos operadores, a alterações relevantes no seu “mix” e nos actuais operadores, a dotar os centros comerciais de ferramentas digitais que possibilitem o aumento da convergência do mundo físico como o mundo digital, tudo em consonância com os primeiros e evidentes sinais de alteração do paradigma comercial existente.A Sonae Sierra iniciou e tem vindo a desenvolver uma série de processos de mudança nos seus centros comerciais em Portugal, com o objectivo tático de, no curto prazo, se adequar à atual agenda de austeridade e com o objetivo estratégico de fortalecer a sua presença no mercado e assegurar um crescimento sustentável e duradouro nos próximos anos, seguindo o velho ditado popular que para “colher há que semear”.Nos últimos cinco anos, a Sonae Sierra fez 17 intervenções importantes nos seus centros comerciais em Portugal cujo investimento global ultrapassou os 100 milhões de euros. A mais emblemática ocorreu no Centro Comercial Colombo, com obras de grande vulto que ascenderam a mais de 30 milhões de euros. Só no primeiro semestre deste, a Sonae Sierra concluiu intervenções em seis centros comerciais e perspetivamos iniciar no curto prazo outras iniciativas cujo investimento ultrapassará os 20 milhões de euros.Apesar do momento complicado que atravessamos, é necessário saber identificar as oportunidades com que o mercado nos brinda e aproveitar os diferentes momentos dos ciclos económicos com estratégias devidamente adequadas a cada uma das fases do ciclo. Neste sentido, entrar de forma cuidadosa e criteriosa no mercado baixista através de acções de revalorização de activos (remodelações e expansões), coadjuvadas e enquadradas por iniciativas de reciclagem de capital, são fórmulas acertadas de assegurar o crescimento sustentável da empresa neste ciclo e de potenciar o próximo ciclo expansivo, pois haverá mais vida após a crise!

Oportunidades de investimento no setor dos centros comerciais

ATUALIDADE/Opinião

10 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

ALEXANDRE FERNANDESHead of Asset Management da Sonae Sierra em Portugal e Espanha

Na Europa volta-se a discutir a importância estratégica da inovação. Em tempo de crise, importa também em Portugal seguir o exemplo. Discutir e avaliar hoje a dimensão estrutural da aposta da transformação de Portugal numa verdadeira sociedade da inovação é, de forma clara, antecipar com sentido de realismo um conjunto de compromissos que teremos que ser capazes de fazer para garantir o papel do nosso país num quadro competitivo complexo mas ao mesmo tempo altamente desafiante.Há quinze anos, a Suécia e a Finlândia, cada qual na sua identidade operacional, colhiam os primeiros resultados duma “aposta estratégica transversal da sociedade” para os paradigmas da educação, inovação e conhecimento. Não basta – e nem é, aliás, a opção mais adequada – reiterar estes exemplos, e fazer dum exercício administrativo de benchmarketização do sucesso destes casos a mais natural matriz de opção estratégica para o nosso país. Realidades diferentes, com atores e envolventes diferentes, implicam naturalmente lógicas de atuação diferentes, e no nosso caso isso é mais do que óbvio. O exercício, mais complexo, passa, naturalmente, por uma “leitura” mais completa das variáveis em jogo e por uma verdadeira “estratégia intelectual” para o país.A educação tem que ser a grande “ideia” para o país. Na “escola nova” de que o país precisa, tem que se ser capaz de dotar as “novas gerações” com os instrumentos de qualificação estratégica do futuro. Aliar ao domínio por excelência da tecnologia e das línguas a capacidade de com criatividade e qualificação conseguir continuar a manter uma “linha comportamental de justiça social e ética moral”, como bem expressou recentemente Ralph Darhendorf, em Oxford. É essa a base de uma verdadeira inovação na escola, em todas as suas dimensões. Os “centros de competência” do país (empresas, universidades, centros de I&D)

têm que ser “orientados” para o valor. O seu objetivo tem que ser o de induzir de forma efetiva a criação, produção e sobretudo comercialização nos circuitos internacionais de produtos e serviços com “valor” acrescentado suscetíveis de endogeneizar “massa crítica” no país. Só assim a lição de Porter entra em ação. A “internalização” e adoção por parte dos “atores do conhecimento” de práticas sustentadas de racionalização económica, aposta na criatividade produtiva e sustentação duma “plataforma de valor” com elevados graus de permanência é decisiva.A “cooperação” estratégica entre setores, regiões, áreas de conhecimento, campos de tecnologia não pode parar. Vivemos a era da cooperação em competição e os alicerces da “vantagem competitiva” passam por este caminho. Sob pena de se alienar o “capital intelectual” de construção social de valor de que tanto nos fala Anthony Giddens neste tempo de (re)construção. Na economia global das nações, os “atores do conhecimento” têm que internalizar e desenvolver de forma efetiva práticas de articulação operativa permanente, sob pena de verem desagregada qualquer possibilidade concreta e efetiva de inserção nas redes onde se desenrolam os projetos de cariz estratégico estruturante.Importa fazer da inovação o driver da mudança no território. A desertificação do interior, a incapacidade das cidades médias de protagonizarem uma atitude de catalisação de mudança, de fixação de competências, de atração de investimento empresarial, são realidades marcantes que confirmam a ausência duma lógica estratégica consistente. Não se pode conceber uma aposta na competitividade estratégica do país sem entender e atender à coesão territorial, sendo por isso decisivo o sentido das efetivas apostas de desenvolvimento regional de consolidação de “clusters de conhecimento” sustentados.

TRIBUNAL EUROPEU CONDENA PORTUGAL

Tributação das mais-valias na deslocalização de sociedades viola Direito Comunitário

EM TEMPO DE CRISE, IMPORTA PORTUGAL TAMBÉM SEGUIR O EXEMPLO

A aposta numa sociedade da inovação

FRANCISCO JAIME QUESADOEspecialista em Estratégia, Inovação e conhecimento

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) con-denou Portugal por tributar mais-valias não realizadas na deslocalização de sociedades residentes em Portugal para outros estados-membros

Segundo o acórdão de 6 de setembro de 2012, resultan-te do processo n.º C-38/10 movido pela Comissão Eu-ropeia, relativo ao regime de tributação de mais-valias potenciais aquando da trans-ferência de sede ou direção efetiva de sociedade residen-te em Portugal para outro Estado-membro, a sujeição

a tributação das mais-valias não realizadas constitui uma restrição ilegítima à liberdade de estabelecimento, sendo, pois, contrária ao Direito Comunitário.

Recorde-se que, nos termos dos atuais artigos 83º e 84º do Código do IRC, em caso de transferência, por uma so-ciedade portuguesa, da sua sede e direção efetiva para outro Estado-membro, ou em caso de transferência par-cial ou total de ativos de um estabelecimento estável de uma sociedade não residen-te situado em Portugal, para

outro Estado-membro, estão sujeitos a tributação os ele-mentos patrimoniais detidos pelo sujeito passivo à data da cessação de actividade.

Face a esta decisão, “fica facilitada a deslocalização de sociedades residentes em Portugal para outros Estados--membros, sendo expectável que Portugal venha a alte-rar a sua legislação de modo a assegurar a conformidade com a decisão proferida pelo TJUE”, informa a sociedade de advogados Miranda Cor-reia Amendoeia & Associa-dos.

A situação social e de emprego na União Europeia manteve-se muito grave no segun-do trimestre. Verificou-se um aumento geral do desemprego – embora com diferenças sig-nificativas entre os Estados-Membros –, uma deterioração da situação financeira das famí-lias e um agravamento da pobreza infantil.

O desemprego agravou-se, tendo atingido um recorde histórico de 25,3 milhões, o que se traduziu num aumento para 11,6%, face a março do ano passado. A taxa situava-se em 10,4% da população ativa da UE, tendo re-gistado um acréscimo em 17 países, sendo que as divergências se acentuaram novamen-te entre as nações com melhores resultados e os periféricos. Existe agora um fosso sem precedentes de 20,6 pontos percentuais entre a taxa de desemprego mais baixa da UE (a Áustria, com 4,5%) e a mais elevada (a Espa-

nha, com 21,5%).A Comissão Europeia insiste nas suas re-

comendações, os Estados devem implemen-tar as medidas específicas por país, adotadas em julho, e colocarem em prática as medidas enunciadas no Pacote de Emprego. A reali-dade é que a diminuição progressiva do ren-dimento disponível das famílias e a crescente pobreza infantil refletem a existência de uma verdadeira crise de urgência social, pelo que se torna essencial reforçar o investimento so-cial em toda a Europa. A Comissão deixou a garantia que estas questões serão tratadas no próximo Pacote de Investimento Social. A tal não é alheio o facto de a UE estar em recessão ou em risco de recessão desde o final do ano passado, tendo sentimento económi-co global atingido o seu nível mais baixo dos últimos três anos.

Divergências sociais e laborais aumentam entre os Estados-Membros

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 11

Europa pede à OMC multa de 12 mil milhões aos EUAA União Europeia pediu à Organização Mundial do Comércio (OMC) autorização para que possa impor sanções comerciais até 12 mil milhões de dólares ao ano aos Estados Unidos. Isto no âmbito do caso Boeing. O argumento apresentado é que o Governo norte-americano não deu cumprimento à exigência do organismo internacional, no sentido de retirar determinadas ajudas públicas à empresa aeronáutica Boeing. O valor das sanções tem como base o cálculo dos danos infligidos à indústria europeia, tendo em conta uma concorrência desleal. Conside-ra a União Europeia que aquele país mantém toda uma série de subsídios.

Economia espanhola “afunda-se” ainda maisOs analistas preveem que a economia espanhola piore ainda mais a partir do último trimestre. E a recessão continuará ao longo do próximo ano. Certo é que os espanhóis já sofrem há cerca de cinco anos as consequências da crise. As notícias continuam pessimistas. O desemprego não deixa de au-mentar e a procura interna está a níveis historicamente baixos. O Governo tem um enorme desafio perante si. Deve reduzir o défice público em cerca de 45 mil milhões de euros (4,5 pontos do PIB), entre este e o próximo ano, deixando em 4,4% do PIB no final de 2013. Como se esperam núme-ros muito maus no último trimestre, só muito dificilmente será possível atingir o défice previsto.

ATUALIDADE/Internacional

A Comissão Europeia já reconheceu que existe uma grave crise social e pretende avançar com novas medidas.

Baixa densidade populacional da região Portugal-Espanha prejudica obtenção de fundosO coordenador nacional do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha--Portugal, João Bule, afi rma que o facto de a densidade populacional ser o critério principal para atribuição de fundos comunitários “prejudica enormemente” aqueles dois países. Em causa está o facto de se tratar de uma região situada na ponta da Europa, com uma fronteira de 1200 quilómetros, mais de 90% da qual “está completamente despovoada”, explica.

António Vitorino critica indefi nição de Portugal sobre próximo quadro comunitárioO ex-ministro socialista António Vitorino diz-se “preocupado” com a indefi nição, “tanto no Governo, como na oposição”, relativamente à estratégia nacional a assumir na negociação iminente do próximo ciclo de fundos comunitários. “É preciso termos uma ideia clara do que queremos fazer porque, do ponto de vista mais imediato, é o único fi nanciamento que estará disponível”, refere.

MARTA ARAÚ[email protected]

As empresas da Região Norte “lideram o acesso aos apoios” do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), com mais de três mil projetos aprovados e uma taxa de 60%. Os dados foram re-

velados pelo secretário de Estado Adjunto da Economia, Almeida Henriques.

“O Norte destaca-se, porque no domínio do apoio às empresas estamos a falar de cerca de 6500 processos [a nível nacional], em que 49% são do Norte, o que de-nota uma boa dinâmica do tecido

empresarial do Norte”, explicou o governante.

Feitas as contas, até 15 de setem-bro foram aprovados incentivos na ordem dos 1049 milhões de euros, representando 37% do total nacio-nal, “estimando-se que essa percen-tagem seja superior a 40%, quando considerados projetos de empresas

Empresas do Norte lideram acesso ao QREN

Para Almeida Henriques, “as empresas da Região Norte e da Área Metropoli-tana do Porto são boas executoras apresentam scores de execução acima da média nacional em 10 pontos percentuais”.

PUB em consórcio multirregional”.De acordo com Almeida Henri-

ques, só a Área Metropolitana do Porto viu aprovados 434 milhões de euros relativos a 1249 projetos que apresentam uma taxa de exe-cução de 59% (246 milhões de euros).

Para o secretário de Estado, “as empresas da Região Norte e da Área Metropolitana do Porto são boas executoras, apresentando sco-res de execução acima da média na-cional em 10 pontos percentuais”.

“Vitamina” para a crise

De uma forma global, e no que à reprogramação e execução dos fun-dos comunitários do QREN diz respeito, o governante garante que houve um “salto de tigre”. “Em 14 meses de Governo, foi possível dar um salto de tigre no âmbito da execução do QREN - passámos de 30% para 50%”. Estes valores muito positivos signifi cam, segun-do o governante, “que numa con-juntura difícil como a que vivemos e com a reprogramação técnica e estratégica, conseguimos que o QREN seja agora um instrumento que está a apoiar as autarquias e a economia”, justifi ca.

Sobre a nova linha Invest QREN, que disponibiliza mil milhões de euro, numa lógica de partilha, com uma taxa de juro de 5%, com oito anos de fi nanciamento, Almeida Henriques considera que a mesma vai “permitir um universo superior a cinco mil projetos sejam apoiados e recapitalizados por este sistema”. E acrescenta: “Ambicionamos que estes mil milhões de euros, já dis-poníveis nos bancos que aderiram, possam ajudar a fazer mais de três mil milhões de investimento pro-dutivo nos próximos dois anos. Será fundamental para fortalecer a indústria, o tecido empresarial, so-bretudo de bens transacionáveis”.

Uma intervenção reforçada nas exportações e na internacionaliza-ção da economia como “vitamina para a crise”, na opinião do Secre-tário de Estado da Economia, está directamente associada ao processo de revitalização das empresas, atra-vés de um sistema integrado que, neste momento.

ATUALIDADE/QREN

12 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

COTEC forma nas PME

A COTEC Portugal organiza a ação de formação “Growing your Enterprise Despite Resource Cons-traints”, que terá lugar entre 5 e 9 de novembro em Lisboa.

Destinada a executivos de pe-quenas e médias empresas, esta for-mação tem como objetivo ajudar as empresas a lidar com situações de escassez de fi nanciamento e de recursos, através de uma melhor gestão dos recursos existentes e da utilização de estratégias criativas para a obtenção de vantagens com-petitivas. Os interessados devem inscrever-se até 19 de outubro.

A ação tem por base os concei-tos de “bootstrapping”, “bricolage” e “lean management” e pretende apoiar as empresas na identifi cação das suas atividades-chave, onde de-vem concentrar os recursos, bem como desenvolver competências para uma gestão criativa dos recur-sos existentes, através de técnicas como os métodos de trabalho in-formais e a recombinação dos re-cursos de novas formas.

quadros de profi ssionais preparados para responder aos novos desafi os do mercado de trabalho. Um total de 220 colaboradores – 200 da PT e 20 da HP – vai benefi ciar dos pro-gramas de formação que decorrem até ao fi nal do ano. No caso da PT, o curso – que decorre no IPAM Lis-

boa – é de Gestão de Marketing e orientado por docentes do IPAM, abrangendo conteúdos como ges-tão de marca, blended marketing, marketing operacional, internet e gestão de conteúdos, comunicação interna e endomarketing. Já os tra-balhadores da HP vão benefi ciar

Mercados emergentes são tema de capa da revista da Accenture A Accenture acaba de editar a Outlook Magazine, onde vários especia-listas da empresa contribuíram com artigos que abordam os principais desafi os das organizações que pretendem alcançar ou manter um alto desempenho no atual mercado global. O tema de capa debruça-se so-bre os meracdos emergentes, com detalhes por país.

O IPAM – The Marketing Scho-ol e o IADE – Creative Univer-sity acabam de dar início às mais recentes formações nas empresas. Resultantes das parcerias fi rmadas com a PT e a HP, e no âmbito da Corporate Education, o objetivo é claro: dotar ambas as empresas de

NO ÂMBITO DA CORPORATE EDUCATION

IPAM e IADE formam quadros para a PT e HP

de um curso de Photoshop, que acontece na própria empresa, sob responsabilidade de formadores do IADE, que incide sobre as princi-pais ferramentas e funcionalidades do editor de imagem da Adobe.

Ensino “in-company” adaptado a cada empresa

São cada vez mais as organiza-ções que procuram escolas para obterem formação à medida. Os programas de formação desenvolvi-dos pelo IPAM e IADE são dese-nhados tendo em conta as necessi-dades emergentes das organizações e colaboradores e – como no caso da HP – podem ser lecionados na própria empresa, e não na habitual sala de aula. O formato de ensino “in-company” permite responder às necessidades específi cas das orga-nizações, tendo em consideração as características das empresas e a rea-lidade do negócio.

Ao todo, são mais de 40 as em-presas que já aderiram.

NEGÓCIOS

E EMPRESAS

14 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2012

CONFERÊNCIA

As Alterações Climáticas e a Indústria Seguradora

PROGRAMA:

ORADOR: Dr. Fernando Gilberto -

-

Lisboa 15 outubro

Preços*:

G 25G 20

Informações e inscrições: Vida Económica – Patricia Flores Tel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

Organização:

O essencial dasBOAS PRÁTICAS DE GESTÃO

DE LUIS CASTAÑEDA, autor do bestsellerComo destruir uma empresa em 12 meses... ou antesA ARTE DE CONVERTER PLANOS DE NEGÓCIOS EM RESULTADOS RENTÁVEIS

Com o seu estilo simples, mas profundo, o autor descreve as chaves da implementação com sucesso e exemplifica-as com um caso retirado da indústria onde ele é presidente executivo de um grupo de empesas.

ALTA GESTÃO NAS PME

O autor apresenta neste livro, de modo suscinto, os fatores que são vitais para o desenvolvimento das PME e que vão para além dos aspetos operacionais das organizações.

ALTA GESTÃO PARA EXECUTIVOS OCUPADOS

Cada reflexão incluída neste livro é uma jóia do pensamento empresarial e pode inspirar o leitor a romper com esses paradigmas que não lhe permitem alcançar o desenvolvimento máximo da sua empresa.

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Solicito o envio de exemplar(es) dos livros: A arte de converter planos de negócios em resultados rentáveis Alta gestão nas PME Alta gestão para executivos ocupados

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ASSINATURA

(recortar ou fotocopiar)http://livraria.vidaeconomica.pt

A arte de converter planos de negócios em resultados rentáveis Páginas: 112 P.V.P.: € 8.90

Alta gestão nas PME Páginas: 176 P.V.P.: € 8.90

Alta gestão para executivos ocupados Páginas: 176 P.V.P.: € 8.90

(por livro)

RESPOSTAO enquadramento da atividade descrita exige a análise do protocolo FEDER/FEADER, o qual regula o âmbito sectorial do PRODER e do QREN. O Tratado da União Europeia sobre o campo de intervenção da agricultura define como “produtos agrícolas” os produtos do solo, da pecuária e da pesca, bem como os produtos do primeiro estádio de transformação que estejam em relação direta com estes produtos. Por outro lado, a comercialização por grosso de produtos agrícolas de base, embora possua CAE enquadrável no QREN, apenas poderá ser apoiada pelo PRODER. No entanto, apenas é enquadrável o comércio por grosso dos seguintes produtos: cereais e arroz; frutas e produtos hortícolas; banana; batata; azeitona; uva para vinho; flores e plantas ornamentais; plantas industriais; sementes e material de propagação vegetativa; plantas forrageiras; oleaginosas e proteaginosas; gado, animais de capoeira e ovos; leite e mel natural.A empresa promotora deverá, ainda, ser uma PME ou uma não PME com menos de 750 trabalhadores ou um volume de negócios inferior a 200 milhões de euros.Assim sendo, a atividade de comércio por grosso de cereais será elegível no PRODER, nomeadamente na sua Ação 1.1.1 – Modernização e Capacitação das Empresas – Componente 2. Está prevista a abertura de um novo concurso a esta ação no próximo dia 15 de Outubro, não existindo data limite para apresentação de candidaturas, uma vez que o concurso

abrirá em contínuo (encerra quando esgotar a dotação orçamental).Podem candidatar-se a este concurso investimentos elegíveis acima dos 25 000J, podendo a empresa promotora obter um apoio sob a forma de subsídio não reembolsável (a fundo perdido). A taxa de apoio é de 25% para PME e 12,5% para Não PME, podendo usufruir das seguintes majorações:Região de convergência – caso o investimento se localize nas regiões Norte, Centro ou Alentejo: 10 p.p. para PME e 5 p.p. para Não PME;Organização de Produtores – caso o beneficiário seja uma OP: 5 p.p. para PME e 2,5 p.p. para Não PME.Assim sendo, o apoio poderá atingir um máximo de 40% do investimento elegível, para o caso da Componente 2. A taxa de apoio para candidaturas no âmbito da Componente 1 (produção primária de produtos agrícolas), que também são enquadráveis no concurso que abrirá no dia 15 de Outubro, é de 30%, podendo usufruir das majorações “zona desfavorecida” (10 p.p.), “jovem agricultor” (10 p.p) e “associado de Organização de Produtores” (5 p.p.).Os limites máximos de apoio são de 975.000J, para candidaturas à Componente 1, e de 5.200.000J, para candidaturas à Componente [email protected] 348 500

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

Apoio ao investimento na agricultura e agroindústria

Somos uma empresa do setor da alimentação animal. A nossa atividade consiste na limpeza, seleção, acondicionamento e embalamento de cereais para alimento de aves, enquadrando-se na CAE 46211 – comércio por grosso de alimentos para animais. Necessitamos de adquirir novos equipamentos de transporte interno dos produtos e de instalar um sistema de controlo de quali-dade moderno e eficiente. Poderemos obter algum tipo de apoio?

As alterações ao Código de Processo Ci-vil vão abrir o debate nas Jornadas de Es-tudo dos Agentes de Execução – “Refletir é Melhorar o Futuro”, a 5 e 6 de Outubro no hotel Tivoli Carvoeiro, Algarve.

João Correia, que presidiu à Comissão de Revisão do Código de Processo Civil (CPC), garantirá a primeira intervenção do evento, apresentando algumas das ideias mestras das propostas apresenta-das pela Comissão.

Esperam-se mais de 300 agentes de execução no evento, numa altura em que o debate é imperativo pelas altera-ções não só ao Código de Processo Civil mas, também, relativamente ao regime remuneratório dos agentes de execução. O acesso à informação e custos de pro-cesso, a definição do papel de cada um dos intervenientes judiciais, a ética e deontologia do agente de execução, as penhoras e extinção do processo serão algumas das áreas abordadas nos painéis de debate.

A cerimónia de abertura contará com a presença do presidente do Tribunal da Relação de Évora, desembargador Joa-quim António Chambel Mourisco.

Troca de ideias e conhecimentos

A troca de ideias e conhecimentos,

com o segundo dia do evento a ser de-dicado a sessões de trabalho e formação, reforça o projeto que a atual direção da Câmara dos Solicitadores tem vindo a desenvolver, visando garantir a atualiza-ção contínua de conhecimentos. “Num momento em que se debate se a aposta deve ser numa maior judicialização do processo executivo ou no uso dos meios modernos e informáticos para simpli-ficar todo o procedimento relacionado com a cobrança de dívidas, estas Jor-nadas de Estudo assumem um papel muito importante na reflexão sobre os caminhos de futuro que se colocam a esta profissão e que venham a garantir o aumento da eficácia e da celeridade da Justiça nacional”.

As Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução 2012, as terceiras que se organizam em exclusivo para esta espe-cialidade da Câmara dos Solicitadores, transformaram-se numa tradição anual que visa ser o corolário de diversas ini-ciativas formativas que se realizam ao longo do ano em colaboração com ou-tras entidades e profissões”, explica José Carlos Resende, presidente da Câmara dos Solicitadores.

Em Portugal, existem 1100 agentes de execução, dos quais quase 200 são ad-vogados.

Agentes de execução debatem ação executiva

NEGÓCIOS E EMPRESAS

16 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

NEGÓCIOS E EMPRESAS

SESSÃO DE CONTINUIDADE

Do plano de negócios à rentabilidade

1. Efectividade:

2. Eficiência:

3. Atribuição de responsabilidade:

4. Oportunidade:

5. Rentabilidade:

Professores

Idioma

Porto 4 outubro

Informações e inscrições: Vida Económica – Patrícia Flores Tel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

GRATUITO para os Assinantes da Vida Económica

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 17

-Rumbo. Assim sendo, “esta Academia

não será apenas para formar cabe-leireiros portugueses, mas também para poder convidar cabeleireiros de outras nacionalidades a virem cá e a partilhar o seu ‘know how’”. Estão também previstos intercâm-bios com as Academias L’Oréal in-ternacionais e a mais conceituadas escolas mundiais do setor.

Investir mais em formação

Questionado acerca das con-dicionantes impostas pela atual conjuntura económica, o mesmo responsável garante que “tudo isto faz tanto ou mais sentido numa conjuntura económica adversa como aquela que vivemos”, pois “é em alturas de crise que temos de investir mais na formação e no de-senvolvimento porque é o que nos

vai permitir estarmos mais prepa-rados quando a crise passar. Portu-gal e a Europa já viveram muitas crises e todas passaram”, lembrou.

De facto, e apesar da retração económica, em 2011 registou-se um aumento da percentagem de mulheres e homens a visitarem os salões de cabeleireiros relativa-mente a 2009. Nesse ano, 95% das mulheres e 88% dos homens frequentavam o cabeleireiro. Já em 2011 estes valores aumentaram para 97% e 91% respetivamente. No entanto, a frequência com que o fazem diminui.

Recorde-se ainda que o setor cabeleireiro corresponde a 1% Produto Interno Bruto (PIB) na-cional, gerando um volume de negócios anula de 1,5 mil milhões de euros e emprega mais de 40 mil pessoas em cerca de 14 mil salões instalados em todo o país.

Academia L’Oréal abre no Porto

António Martínez-Rumbo, diretor-geral da Divisão de Produtos Profi ssionais da L’Oréal Portugal.

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FERNANDA SILVA [email protected]

O grupo L´Oréal, líder mundial em cosméticos, acaba de reforçar a sua aposta em Portugal, através da Divisão de Produtos Profi ssionais, com a inauguração da Academia L´Oréal Porto, o maior centro de formação para profi ssionais de be-leza do país e um dos melhores da Europa. Situada no Edifício Burgo, em plena Avenida da Boavista, no Porto, a Academia representa um investimento de 700 mil euros e pretende posicionar-se como uma referência mundial nesta indústria, fomentando a formação dos pro-fi ssionais altamente qualifi cados a nível europeu e contribuindo ativamente para a dinamização da economia local e nacional.

Em declarações à ”Vida Econó-mica”, António Martínez-Rumbo, diretor-geral da Divisão de Produ-tos Profi ssionais da L’Oréal Portu-gal, salientou que a nova Academia foi ”concebida de raiz para colocar a cidade do Porto e o país no mapa da L´Oréal Europa e tornar este espaço num ponto privilegiado de entrada e saída dos melhores cabe-leireiros do mundo”.

Assumindo que o “grande ob-jetivo, ou mesmo missão, é de-senvolver a indústria dos cabe-leireiros”, o responsável explicou ainda que a aposta assenta em três vertentes: técnica, artística e gestão de recursos humanos/formação profi ssional. “Hoje em dia um pe-queno cabeleireiro é uma pequena indústria. Por isso, queremos dotar o cabeleireiro/empresário de todas as armas, desde técnicos a gestão/empreendedorismo para desenvol-ver este setor”, assegura Martínez-

Congresso Nacional de Motivação e Desempenho tem lugar no Porto

O Congresso Nacional de Mo-tivação e Desempenho tem lugar no Porto, no próximo dia 19 de outubro. O encontro aborda te-mas como liderança, vendas e motivação em tempos de crise. A iniciativa, já na sua quarta edição, é organizada por Maria Vieira, responsável pela área de Dina-mização Empresarial da Ideias & Desafi os, e José de Almeida, espe-cialista em Vendas e Motivação.

Travelport Portugal comemora 20 anos no Casino Estoril

A Travelport Portugal come-mora este ano o 20º aniversário. O momento será assinalado com um jantar de gala no dia 11 de outubro, a partir das 20h30, no Casino Estoril. O evento preten-de ainda distinguir as entidades que mais se têm destacado no contributo para a promoção do Turismo em Portugal. Os Travel-port Awards 2012 serão revelados durante a gala e contemplam 14 categorias.

O terceiro grande ponto débil das em-presas familiares, seriado pelo estudo da Edelman, refere-se aos investimentos em investigação e inovação. Se em artigos anteriores já apresentámos contraditório a esta afirmação, suportado em exemplos reais, é altura de reconhecer que esta po-sição também se confirma em empresas familiares portuguesas, o que pode ser um fator de perigosidade à sua continui-dade.

Nos setores do calçado e têxtil são co-nhecidos múltiplos exemplos de negócios familiares que, mantendo a sua fideliza-ção ao “fazer o mesmo como sempre se fez”, sucumbiram à (r)evolução do mer-cado que se pode agrupar em dois gran-des grupos:

mercado em termos de produtos novos a cada estação (que das tradicionais duas se transformaram em várias por ano)

-lização do comércio internacional.

Mas existem casos especiais em que a imagem de manutenção do “status quo” de um produto (o que não significa que não tenha implementado muitas ino-vações noutras vertentes) pode ser uma grande vantagem comparativa.

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

A empresa familiar não investe em investigação e inovação

Temas para reflexão:

18 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

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ANTÓNIO NOGUEIRA DA COSTA

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares - Santiago – Porto www.efconsulting.es [email protected]

Um exemplo ilustrativo é o do tradicional Pão de Ló de Margari-de. Cozido em forno de lenha em formas de barro não vidrado, re-montam as suas origens aos quase 300 anos de existência (1730) que tornam a Fábrica de Pão de Ló de Margaride uma das empresa nacio-nais mais antigas e com uma forte ligação à história da doçaria tradi-cional portuguesa.

Por alvará do rei D. Carlos, de 22 de abril de 1893, atentas as cir-

cunstâncias que concorrem em Leonor Rosa da Silva, com estabelecimento de confeitaria, na vila de Margaride, concelho de Felgueiras, foi feita mercê de a nomear fornecedora da Casa Real, dos artigos do seu comércio, gozando de todas as honras e prerrogativas que lhe competirem e podendo com este título

Em 1905, pela 3.ª repartição (Propriedade Industrial) da Direção Geral de Comércio e Industria, foi passado o título de registo de recompensa (n.º geral 315), “Fornecedora da Casa Real”, confirmada pela Mordomia-mór da Casa Real, a Joaquim Luiz da Silva, sucessor de Leonor Rosa da Silva, estabelecido em Felgueiras, de profissão doceiro, pelos seus produtos (doces).

Em virtude das autorizações dadas pelo monarca português e pela casa de Bragança, viam-se em tempo, na frente da casa da fábrica de pão de ló de Leonor Rosa da Silva, as armas reais portuguesas e as da casa de Bragança, que ainda hoje são usadas no carimbo com que a firma autentica os seus produtos.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/Empresas Familiares

O Portugal Fashion regressou à Semana de Prêt-à-Porter de Paris, com três nomes nacionais já incontornáveis no calendário da capital mundial da moda. Fátima Lopes surpreendeu com as suas propostas prima-vera/verão 2013, um registo muito pesso-al apresentado no dia 25 de setembro, no Théâtre du Châtelet. No mesmo dia, Luís Buchinho tomou conta do Espace BMCS para revelar uma coleção gráfica de cores quentes. Felipe Oliveira Baptista escolheu o Lycée Buffon para dar a conhecer as propostas que continua a desenvolver em nome próprio. O desfile do criador que assume a direção criativa da Lacoste acon-teceu a 26 de setembro, sob inspiração dos movimentos de hip hop e da criatividade dos grafitis

Prints de flores e pássaros tropicais ilus-tram uma coleção inspirada na ilha da Madeira e na infância aí vivida por Fátima Lopes. “Luxuriant Paradise” foi o título escolhido para intitular esta reminiscência de “uma infância feliz, livre e de fantasia”. Partindo destas lembranças, a designer desenvolveu um trabalho de “emoções e sentimentos exacerbados”, que apresentou como a grife “mais pessoal e íntima” que alguma vez lançou.

Fátima Lopes afirma ainda tratar-se de uma coleção “estruturada, arquitetural e um pouco futurista”. A criadora madei-rense destaca sobretudo “as formas justas, os volumes, as golas muito trabalhadas e os recortes florais gráficos, que lembram os caleidoscópios da nossa infância”. A ideia de caleidoscópio é reforçada pelas cores resplandecentes utilizadas: rosas flamejan-tes, azul real e verdes vivos. Uma paleta vibrante que surge misturada com “os ne-gros e os azuis do fundo do mar”, trans-mitindo a mensagem de que “até o paraíso tem limites”.

Das formas geométricas de Buchinho aos grafitis de Oliveira Baptista

Luís Buchinho, por sua vez, antecipou o próximo verão com “formas geométricas puras, assimetrias e efeitos gráficos em pla-nos contrastantes”. A fonte de inspiração do criador portuense foram “os elementos da linguagem moderna da arquitetura”, que deram origem a uma “estética focada nos detalhes de construção e no rigor téc-nico”. Algodão stretch, viscose, tafetá, chi-ffon e cetim de seda de diferentes densida-des e texturas são os materiais selecionados pelo criador. Através deles, Luís Buchinho constrói “linhas retas, formas estruturadas sofisticadas e femininas, trabalhadas em cortes anatómicos e acentuadas pelo uso de microplissados”. O resultado é uma co-leção “forte, cosmopolita, gráfica, elegante, feminina e intemporal”. O designer acres-

centa ainda que, nestas propostas estivais, “a cor serve a forma, tanto nos estampa-dos, como nas suas utilizações em bloco”. Magenta, rosa, coral, laranja e vermelho são as opções cromáticas em evidência.

Por fim, Felipe Oliveira Baptista pre-senteou Paris com “uma explosão de cor e felicidade”, através da coleção intitula-da “Masters of Ceremony”. O mundo do hip hop e dos grafitis inspirou silhuetas de proporções “boyish”, que visam traduzir a “tensão entre o masculino e o feminino, o hard e o soft”. O criador radicado na ca-pital francesa utilizou texturas de favo de mel, em tons de branco, marinho e caqui, para sofisticar a aparência desportiva dos

coordenados. Formas de “simplicidade ex-trema” são, nas palavras do próprio, “per-corridas por fendas assimétricas, como la-cerações”, que deixam transparecer a pele. Entre os materiais incluem-se pele, algo-dão, crepe de seda e tecido translúcido de seda e nylon.

O Portugal Fashion é um projeto da res-ponsabilidade da ANJE - Associação Na-cional de Jovens Empresários, desenvolvi-do em parceria com a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e atualmen-te financiado pelo QREN - Quadro de Re-ferência Estratégico Nacional, no âmbito do Compete - Programa Operacional Fac-tores de Competitividade.

Portugal Fashion em Paris

com Fátima Lopes, Luís Buchinho

e Felipe Oliveira Baptista

Criadora

do Espaço Bloom

no showroom

Zip Zone

Na sua 26ª passagem por Paris, o Por-tugal Fashion apoiou também a participa-ção da jovem criadora do Espaço Bloom Daniela Barros no conceituado showroom Zip Zone, que decorreu de 28 de setem-bro a 1 de outubro. Um sinal do potencial criativo e da capacidade de renovação da moda portuguesa que o Portugal Fashion procurou transmitir aos diversos players do circuito internacional de moda, con-centrados por aqueles dias em Paris.

Daniela Barros conta que a coleção pro-movida neste showroom “é inspirada nas dakinis, figuras femininas da mitologia ti-betana”. Justaposição de silhuetas, ambi-guidade de materiais, estampados sobre-postos e elementos metálicos compõem as sugestões da designer para o verão de 2013. Formada pela Escola de Moda do Porto, Daniela Barros teve já a oportuni-dade realizar showrooms na Galerie Jo-seph e no salão Who’s Next, ambos em Paris, tendo efetuado recentemente um desfile em Maastricht, na Holanda, no âmbito da iniciativa Fashionclash 2012.

Organizado pelo grupo inglês homóni-mo, o Zip Zone proporciona aos designers ótimas condições de exposição e apresen-tação das respetivas propostas às grandes centrais de compras mundiais, às maiores cadeias internacionais de pronto-a-vestir, às boutiques multimarca das principais capitais do mundo e à imprensa especia-lizada. De resto, a iniciativa beneficia de toda a dinâmica decorrente da Semana de Prêt-à-Porter de Paris, que reúne apresen-tações de casas e criadores tão prestigiados como Louis Vuitton, Chanel, Stella Mc-Cartney, Jean Paul Gaultier ou Hermès. A aposta do Portugal Fashion naquela que é a maior e mais importante semana de moda do mundo proporciona, pois, aos estilistas nacionais uma excelente oportu-nidade de promoção à escala global.

Felipe Oliveira Baptista leva arte de rua para a passerelleCalças “baggy” de inspiração BMX incluem-se entre as irreverentes pro-postas de Felipe Oliveira Baptista para o verão de 2013. A coleção “Mas-ters of Ceremony” revela influências urbanas da cultura hip hop e das intervenções com grafitis. Combinações de cores e tecidos sofisticaram o toque desportivo dos coordenados.

Fátima Lopes inspira-se na ilha da MadeiraNaquela que foi a sua 28ª participação na Semana de Prêt-à-Porter de Paris, 17ª com o apoio do Portugal Fashion, Fátima Lopes decidiu criar uma coleção inspirada na ilha onde nasceu. Os prints florais da Madeira adornaram, sobretudo, vestidos, calças e jumpsuits. “Luxuriant Paradi-se” foi o título escolhido para intitular esta reminiscência de “uma in-fância feliz”.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/ANJE

20 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTRUBRO 2012

Imagem de inspiração da coleção apresentada em Paris por Daniela Barros.

Proposta de Luís Buchinho para o verão 2013.

É preciso planear melhor a relação do espaço urbano com a mobilidade das pessoas. Os obstáculos a nível de circulação podem ser resolvidos através de modos mais suaves de circulação, como andar a pé e de bicicleta. Esta é a opinião de vários especialistas durante o seminário “Mobilidade Sustentável”, onde se analisou a escassez de financiamento e as soluções para o futuro dos transportes.FERNANDA SILVA [email protected]

“O financiamento é, sem dúvida, um ‘gargalo’ decisivo contra o desenvolvimen-to de novas soluções de futuro em termos de mobilidade e de transportes”, afirmou à “Vida Económica” Eduardo Oliveira Fer-nandes, no rescaldo do seminário “Mobi-lidade Sustentável”, organizado no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade 2012 e que decorreu no Pequeno Auditório do Rivoli Teatro Municipal, no Porto.

Desafiado a apontar novas formas de financiamento para assegurar a sustenta-bilidade económica do atual sistema de transportes, o presidente do conselho de administração da AdEPorto – Agência de Energia do Porto escusou-se a adiantar soluções alegando “não ser este o momen-to, agora e aqui, para fazer considerações numa ‘areia tão movediça’ como a da eco-nomia”.

Já Álvaro Costa defende que mais im-portante que encontrar novas formas de financiamento é “reduzir as necessidades de mobilidade em sistemas que exigem investimento”. Para tal, o docente da Fa-culdade de Engenharia da Universidade do Porto acredita que se deve “olhar mais para as relações entre o uso do solo e os trans-portes”, tomando “decisões diferentes” no que ao uso do solo diz respeito, e aprovei-tar a “oportunidade de pensar noutros que também são importantes e exigem meno-res investimentos”.

Questionados acerca de quais os maiores pecados do sistema de transportes e mo-bilidade da Área Metropolitana do Porto, ambos os especialistas denunciam a “falta de visão integrada”, sendo que se deveria “planear melhor a relação do espaço ur-bano com a mobilidade das pessoas”, por forma a que os obstáculos a nível de cir-culação por “modos suaves”, andar a pé e de bicicleta “fossem resolvidos”, tornando esta uma “solução mais generalizada do que é atualmente”, explica Álvaro Costa.

Ainda assim, as soluções “não serão só da cidade mas deverão englobar a área metropolitana”, salienta Oliveira Fernan-des. Para o responsável da AdEPorto, es-tas deverão passar, desde logo, por aquelas que “contrariem e/ou corrijam carências já identificadas”, como “a ocupação dispersa do território, os muitos atores presentes nesta área, a legislação contraditória e as dificuldades na coordenação institucio-nal”. “Outras estão a caminho, como o alargamento do Andante. E outras deve-rão ter uma expressão mais significativa no próximo futuro, nomeadamente, no que respeita à mobilidade “suave”, isto é o favorecimento do uso da bicicleta e dos percursos pedonais urbanos, entre outras”,

ESPECIALISTAS PRESENTES NO SEMINÁRIO “MOBILIDADE SUSTENTÁVEL” ADMITEM

Uso da bicicleta e percursos pedonais podem melhorar mobilidade urbana

NEGÓCIOS E EMPRESAS

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 21

Produtos Airfree integram central de compras SorefozOs esterilizadores do ar Airfree passam a estar disponíveis também na central de compras Sorefoz, permitindo que, através das insígnias Tien 21 e Con-fort, possam ser comercializados em mais de 300 lojas do canal “tradicional”. Este facto “possibilita uma maior difusão dos nossos produtos e um mais fá-cil acesso, por parte do consumidor, à aquisição dos aparelhos Airfree”, refere fonte da marca.

Conferência RFF & Associados “OE 2013: Propostas Fiscais”A Rogério Fernandes Ferreira & Associados irá realizar a conferência, em Lisboa e no Porto, com o tema “OE 2013: Propostas Fiscais”. O evento tem lugar em Lisboa no Palacete Tivo-li, a 22 outubro, entre as 9h e as 12h30, e em 7 de novembro, no Porto, na Ordem dos Re-visores Oficiais de Contas, em igual horário. As conferências estão sujeitas a inscrição prévia.

A contratação de trabalhadores estrangeiros

Nesta fase de expansão da empresa, pretendemos contratar, com urgência, para o lançamento de uma nova atividade situada no norte, dois trabalhadores, um de nacionalidade de um estado-membro da União Europeia e outro não. Devemos observar algumas formalidades específicas para a admissão destes colaboradores?

Por vezes, a urgência na admissão de colaboradores poderá levar a (custosos) lapsos. Por isso, no momento da contratação, os empregadores devem ter presentes as formalidades específicas que cada tipo de trabalhador exige.

No caso em apreço, pretende contratar-se dois trabalhadores estrangeiros, um nacional de um estado membro da União Europeia e o outro não. Isto implica que, apesar de ambos serem trabalhadores estrangeiros, o processo de admissão dos dois poderá ser distinto.

O artigo 5.º do Código do Trabalho estabelece uma série de condições para a celebração de um contrato de trabalho com um trabalhador estrangeiro ou apátrida. Com efeito, o n.º 1 deste artigo estabelece que o contrato de trabalho celebrado com trabalhador estrangeiro está sujeito a forma escrita e deve conter as seguintes indicações:

Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes;Referência ao visto de trabalho ou ao título de autorização de residência ou permanência

do trabalhador em território português;Atividade do empregador;Atividade contratada e retribuição do trabalhador;Local e período normal de trabalho;Valor, periodicidade e forma de pagamento da retribuição;Datas da celebração do contrato e do início da prestação de atividade.Todavia, o n.º 6 do mesmo normativo consagra que o disposto neste artigo não

é aplicável a contrato de trabalho de cidadão nacional de país membro do Espaço Económico Europeu ou de outro Estado que consagre a igualdade de tratamento com cidadão nacional em matéria de livre exercício de atividade profissional.

Desta forma, no caso em apreço, o trabalhador nacional de um estado membro da União Europeia não terá de celebrar um contrato de trabalho com as formalidades exigidas pelo artigo 5.º CT, podendo o contrato de trabalho, inclusivamente, adotar a forma verbal. Só assim não será se o tipo de contrato de trabalho celebrado com o colaborador pressupor a forma escrita, o que acontece, por exemplo, nos contratos de trabalho a termo certo motivados pelo lançamento de uma nova atividade.

Quanto ao colaborador nacional de estado não membro da União Europeia, à partida, a contratação deverá seguir as regras supra mencionadas.

Importa aqui sublinhar a necessidade de mencionar, no contrato de trabalho, a referência ao visto de trabalho ou ao título de autorização de residência ou permanência do trabalhador em território português. Isto porque, caso o contrato seja celebrado com um trabalhador que se encontra no território português em situação ilegal, a empresa poderá ser sancionada, inclusivamente no capítulo penal.

De facto, a angariação de mão de obra que se encontre em situação ilegal em Portugal pode ser criminalmente punida. O artigo 185.º, n.º 1, da Lei 23/2007, de 4 de julho, preceitua que quem, “com intenção lucrativa, (…), aliciar ou angariar com o objetivo de introduzir no mercado de trabalho cidadãos estrangeiros não habilitados com autorização de residência ou visto que habilite o exercício de uma atividade profissional é punido com pena de prisão de 1 a 4 anos”. Importa, pois, que os empregadores que contratam colaboradores estrangeiros garantam a licitude da admissão destes, sob pena de poderem vir a ser responsabilizados por esse processo de recrutamento.

Quanto a formalidades que a empresa deve adotar para admissão dos colaboradores, note-se que, por força do disposto no artigo 29.º do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial da Segurança Social (comummente denominado Código Contributivo), as entidades empregadoras devem, através de qualquer meio escrito ou online, no sítio da Internet da segurança social, informar a Segurança Social da contratação dos trabalhadores.

Dispõe o n.º 2 do referido normativo que esta comunicação deve ser efetuada:Nas vinte e quatro horas anteriores ao início da produção de efeitos do contrato de

trabalho; Nas vinte e quatro horas seguintes ao início da atividade sempre que, por razões

excecionais e devidamente fundamentadas, ligadas à celebração de contratos de trabalho de muito curta duração ou à prestação de trabalho por turnos, a comunicação não possa ser efetuada no prazo previsto na alínea anterior.

Por fim, importa sublinhar que, com a aludida comunicação, a entidade empregadora deve informar a instituição de segurança social acerca do número de identificação de segurança social do trabalhador, se o houver, se o contrato de trabalho é a termo resolutivo ou sem termo e os demais elementos necessários ao enquadramento do trabalhador.

RICARDO MEIRELES VIEIRAAdvogado - Gabinete de AdvogadosAntónio Vilar, Luís Cameirão & [email protected]

“Devemos planear melhor a relação do espaço urbano com a mobilidade das pessoas”, reforça Oliveira Fernandes, presidente da AdEPorto.

Os empresários do setor agrícola e agroalimentar vão poder voltar a candidatar os seus investimentos na agricultura e agroindústria aos fundos do PRODER. Esta medida não tem plafond definido e estará aberta em continuo sem limitações.TERESA [email protected]

O concurso ao PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013),

Ação 1.1.1. - Modernização e capacitação das empresas, abre a 15 de Outubro e des-tina-se aos agricultores em geral, incluin-do jovens agricultores e agroindústria. Os apoios têm como objetivo “aumentar a eficiência da atividade produtiva, o reforço do desempenho empresarial e a orientação para o mercado das empresas do setor agrí-cola e agroalimentar”.

O Ministério da Agricultura confirmou, entretanto, à “Vida Económica” que esta medida “não tem plafond definido” e que “estará aberta em continuo sem limita-ções”. Os apoios financeiros às empresas podem chegar aos 30% ou 40% do valor do investimento elegível, consoante a ex-ploração agrícola se localize em zonas favo-

MEDIDA “ESTARÁ ABERTA EM CONTÍNUO SEM LIMITAÇÕES” E “SEM PLAFOND DEFINIDO”

PRODER atinge 61% de execução e abre novo concurso para apoios à agricultura

Roda 2007 na carta de vinhos da Singapore AirlinesO Roda 2007, vinho da região de La Rioja, em Espanha, foi selecionado para a carta de vinhos da Primeira Classe da Singapore Airlines. O Roda 2007 é já um dos ícones dos vinhos espanhóis. Este produto é distribuído em exclusivo pela Heritage Wines. Os PVP deste vinho são J 19,90, em 0,5 L, e de J29,90, em 0,75 L.

transavia.com sugere Nantes para passagem de anoPara o último fim-de-semana prolongado do ano a transavia.com França sugere uma visita a Nantes. A companhia aérea “low-cost” incentiva os portugueses a visitarem o Planetarium e tantas outras atracções da ci- dade portuária. Para os voos a partir de Lisboa, Porto ou

Funchal é possível viajar desde 70 euros/ida, 65 euros/ida ou 160 euros/ida, respetivamente.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

22 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

THE EURO ATLANTIC LAWYERS

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recidas ou desfavorecidas, respetivamente. No caso de se tratar de um jovem agricul-tor ou de um membro de uma organização de produtores, o apoio ao investimento pode chegar aos 55%. Na agroindústria, os apoios chegam aos 40% do valor do inves-timento elegível.

Os limites máximos dos financiamentos vão até aos 975 mil euros (Componente 1 – Produção Agrícola, com limites máximos de apoio entre 30% e 55%) e até aos 5,2 milhões de euros (Componente 2 - Trans-formação de produtos agrícolas, com limi-tes máximos de apoio entre 25% e 40% para PME e entre 12,5% e 20% para não PME). Os beneficiários terão de ser em-presas PME ou que tenham menos de 750 empregados ou um volume de negócios inferior a 200 milhões de euros ou, ainda, pessoas singulares que se dediquem à trans-formação ou comercialização de produtos agrícolas.

A partir de 30 de Outubro, abre igual-mente concurso do PRODER no âmbito do subprograma “Cooperação para a Ino-vação (medida 4.1.)”, cujos pormenores de candidatura e montantes dos apoios ainda não são conhecidos.

PRODER atinge execução de 61% a um ano do fim da programação

O PRODER, instrumento estratégico

e financeiro de apoio ao desenvolvimento rural do continente para o período 2007-2013, aprovou, até ao momento, “mais de 3,3 mil milhões de euros” de apoios, o que representa “mais de 5,7 mil milhões de euros de investimento e “mais de 22.200 projetos aprovados”, revelou o Ministério da Agricultura num anúncio publicitário publicado no último fim de semana na im-prensa.

Questionado pela “Vida Económica” so-bre a taxa de execução do PRODER, o ga-binete da ministra Assunção Cristas reve-lou que “a taxa de execução do PRODER ao dia de hoje é de 61%”.

Recorde-se que, em entrevista à “Vida Económica”, a meados de junho, o secre-tário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, tinha revelado uma taxa de execução do Programa de 45%, dizendo que estava “em linha com a média da exe-cução nos países da UE”.

Para o jovem agricultor, o apoio ao investimento pode chegar aos 55%.

Os limites máximos dos financiamentos vão até aos 5,2 milhões de euros na Componente 2.

No prédio onde sou administrador do condomínio o condómino da últi-ma fração (3.º andar esquerdo), que é emigrante, deu-me conhecimento da existência duma pequena oficina de serralharia, carpintaria, ou torneiro, não precisei bem, ainda que para se entre-ter quando vem a Portugal, sita no sótão que ocupa.

Avisei-o de que não poderá ali fazer funcionar uma daquelas atividades, face ao perigo inerente ás mesmas.

É legal esta situação? O que fazer para demover o condómino de continu-ar com aquela oficina dentro dum pré-dio habitacional?»

No que concerne à limitação ao exercício dos direitos dos condóminos, o regime da propriedade horizontal estipula que estes, nas relações entre si, estão sujeitos, de um modo geral, quanto às frações que exclusivamente lhes pertencem e quanto, às partes comuns, às limitações impostas aos proprietários e aos comproprietários de coisas imóveis.

Mais estipula, desde logo, o referido regime, que é especialmente vedado aos condóminos dar à sua fração uso diverso do fim a que a mesma é destinada, bem assim como praticar quaisquer atos ou atividades que tenham sido proibidos no título constitutivo ou, posteriormente, por deliberação da assembleia de condóminos aprovada sem oposição.

Pelo exposto, no caso em análise, há que verificar, em primeiro lugar, se o título constitutivo da propriedade horizontal do imóvel menciona, expressamente, o indicado destino para a fração autónoma

onde a oficina foi instalada ou a proibição da atividade exercida na oficina.

Se, ao consultar o referido documento, constatarmos que, como o leitor afirma, o destino estipulado para a referida fração é o habitacional, há que ponderar se a oficina aí instalada é suscetível de alterar o fim previsto.

Atendendo ao que o leitor refere, tudo leva a crer que a oficina instalada no sótão da habitação, por apenas ocupar parte da fração efetivamente usada como habitação do condómino, por não ter fins comerciais e por apenas consistir num passatempo do proprietário da fração e, ainda por cima, um passatempo que não é permanente porquanto só é exercido no período de férias que o condómino passa em Portugal, poderá entender-se que a existência da oficina na fração autónoma não implica, necessariamente, que este esteja a dar à mesma um uso diverso daquele a que a mesma foi destinada.

Se assim considerarmos, a atividade que o condómino leva a cabo em tal oficina só poderá ser proibida, se tal proibição constar do título constitutivo da propriedade horizontal, o que provavelmente não foi previsto na altura da elaboração do documento, ou se for deliberada em assembleia de condóminos sem qualquer oposição.

Independentemente do exposto, qualquer condómino poderá-se opor à emissão de fumo, fuligem, vapores, cheiros, calor ruídos ou produção de trepidações provenientes da referida oficina, na medida em que os mesmos não resultem da utilização normal da fração.

Um inquérito recente, realizado à es-cala do concelho, coloca o Caseiro entre os três melhores restaurantes de Cascais.

A notícia foi recebida com natural agrado pelo sócio-gerente, João André Pereira: “Foi-me transmitido por fun-cionários municipais, há muito pouco tempo, que, no âmbito de um inquéri-to sobre a qualidade dos restaurantes do concelho, o Caseiro figura entre os três melhores de Cascais, o que nos enche de orgulho, mas, também, reforça a nossa responsabilidade de fazer, sempre, mais e melhor. O staff está de parabéns, merece por toda a dedicação e empenho presta-dos”, afirma este gestor.

O Grupo Caseiro segue um conceito de negócio muito próprio. “Não vejo um restaurante como uma cantina. Há que

vivenciar uma experiência. As refeições são o momento do dia em que experi-mentamos os cinco sentidos”, explica o sócio-gerente do Caseiro.

A qualidade da confeção dos pratos e do serviço e a música ao vivo são, segun-do explica André Pereira, uma imagem de marca dos restaurantes Caseiro.

Novos espaços

A marca Caseiro abriu, há dois anos e meio, a Casa do Arneiro, no Largo do Chafariz. Recentemente, abriu o Caseiro Praia, na Avenida Marginal, na Praia de Carcavelos. Até ao final do ano, vai abrir um terceiro espaço no concelho de Cas-cais. Também foi firmada uma parceria com o site de experiências “Goodlife”.

DIA compra Schlecker em Espanha e PortugalA DIA vai comprar a cadeia alemã Schlecker em Es-panha e Portugal. A operação de aquisição ascende a 70,5 milhões de euros e a sua efetivação estará pendente de aprovação por parte das autoridades de supervisão competentes. A DIA manterá os postos de trabalho nas cadeias adquiridas.

Ericsson gere serviços de “playout” da HBO NordicA Ericsson assinou um contrato de cinco anos com a Urho Digital Services Oy para gerir o “playout” e serviços de gestão de media para os conteúdos de TV da HBO Nordic. A HBO Nordic, joint-venture recentemente anunciada entre a Time Warner HBO e a Persifal Internacional, estabelece um canal de TV HBO para a Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca.

MARCA CLASSIFICADA ENTRE OS TRÊS MELHORES DE CASCAIS

Grupo Caseiro prepara abertura de novo restaurante

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 23

Instalação de oficina em fração habitacional

PROPRIEDADE HORIZONTAL

MARIA DOS ANJOS GUERRA [email protected]

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A música ao vivo é já uma imagem de marca dos restaurantes Caseiro.

TERESA [email protected]

Vida Económica” - O Pólo ‘Portugal Foods’ entregou à se-nhora ministra um projeto de estratégia para a internaciona-lização do setor agroalimentar. Como surge este projeto?

Assunção Cristas - O MA-MAOT lançou ao setor agroa-limentar, em janeiro de 2012, o desafio de apresentar um docu-mento que traduzisse a aquilo que as empresas desejariam que fosse a estratégia de internacionaliza-ção do setor. A ‘Portugal Foods’ assumiu o desafio e coordenou, com todo o mérito, um trabalho que envolveu diversas empresas e associações empresariais, de acor-do com uma metodologia pré--definida entre si. Entregou um documento ao meu gabinete no final de junho de 2012, no qual vêm espelhados alguns elementos para uma estratégia de interna-cionalização do agroalimentar, essencialmente na sua vertente de exportação.

VE - Ao que julgo saber, foi dada oportunidade a vários parceiros/entidades do setor para apresentarem propostas de melhoria do documento. É assim?

AC - Após análise do docu-mento, entendemos, de acordo, aliás, com a ‘Portugal Foods’, que este deveria ser circulado entre o maior número de entidades possível, por forma a receber os contributos e críticas que o tor-nassem mais completo. Circulou, então, por cerca de 30 entidades

MINISTRA DA AGRICULTURA ELOGIA O PÓLO “PORTUGAL FOODS”, A VINIPORTUGAL E A FIPA

Estratégia para a internacionaliza do setor agroalimentar concluída

Assunção Cristas, ministra da Agricultura.

Nersant promove Formação Inicial para EmpreendedoresA Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém encontra-se a dinamizar um conjunto de formações certificadas. A Formação Inicial para Empreendedores é composta por cinco ações: “Administração das organizações”, “Qualidade – instrumentos de gestão”, “ Técnicas de marketing”, “Sistemas organizacionais e introdução à gestão” e “Noções de economia de empresa”.

Schindler conta com novo diretor operacional Marco Abala Matos é o novo diretor operacional da Schindler para a região de Lisboa. Mar-co integrou a Schindler Portugal em 1993, na área técnica de novas instalações, e, em 2002, mudou-se para Ebikon Suíça, como responsável de produção de projetos estratégicos a nível europeu. Em 2006, assume a direção de produção na Schindler em Espanha e, em 2009, ocupa a direção regional de Aragón e Navarra.

NEGÓCIOS E EMPRESA/PME

24 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

O setor agroalimentar vai dispor de uma estratégia para a internacionalização, voltada essencialmente para a vertente exportação e abrangendo todos os subsetores, incluindo os vinhos. Em entrevista à “Vida Económica”, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) elogia o “mérito” do Pólo ‘Portugal Foods, que coordenou todo o trabalho, e frisa que o documento não visa “definir o que deve ser exportado ou o que é que as empresas devem fazer”. O objetivo, revela Assunção Cristas, é “apontar metas ambiciosas e ajudar a descortinar mercados”.

“Atrair investimento estrangeiro para Portugal e apoiar o investimento português no estrangeiro”

A ministra da Agricultura quer que o país e o setor agroalimentar percebam “duas coisas”. A primeira é que “nem o MAMAOT nem o Governo definem aquilo que as empresas portuguesas vão ou não vão exportar”, pois “essa escolha cabe, por inteiro, aos empresários”. A segunda é que “a Estratégia para a Internacionalização do Agroalimentar não vai definir o que é que deve ou não ser exportado, ou o que é que as empresas devem ou não devem fazer”, pois aquilo que compete ao Governo é apenas “apontar para metas ambiciosas neste domínio e ajudar a descortinar mercados com determinadas características”. Por exemplo, os que “evidenciem procura para produtos que nós produzimos e cuja produção podemos incrementar”, explicou Assunção Cristas à “Vida Económica”.De acordo com a ministra, a Estratégia visa ainda “encontrar eixos que, se forem percorridos, apontem para atingir essas metas, descortinar ações que lhes dêem consistência e, finalmente, apontar

critérios para alocação dos recursos (financeiros, mas não só) que tenhamos disposição para apoiar a internacionalização”. Além disso, diz Assunção Cristas, deve dar-se “relevo” às outras componentes da internacionalização. Por um lado, “atrair investimento estrangeiro para Portugal, por exemplo, como forma de complementar as necessidades de financiamento de muitas das empresas”. Por outro, “apoiar o investimento de empresas portuguesas no estrangeiro”, que a governante olha como um “passo mais estruturante da internacionalização”.Explicando que “nada disto é feito de forma isolada”, a ministra frisou à “Vida Económica” que os trabalhos de definição da estratégia “têm sido sempre partilhados com a AICEP”, com quem têm “articulado todos os passos” e que também é “um assunto em cima da mesa” do Conselho Estratégico para a Internacionalização da Economia (CEIE).

ção em outubro

Portugal Foods leva “mais de 20 empresas” ao SIAL de Paris

empresariais ligadas à produção agrícola e alimentar. Foi pedido que os contributos fossem dados até ao final da primeira semana de setembro, para que a informa-ção pudesse ser posteriormente trabalhada, analisada e incorpo-rada naqueles que venham a ser os eixos de internacionalização do agroalimentar a perfilhar pelo MAMAOT e pelo Governo por-tuguês. Das entidades a quem foram solicitados contributos, 11 deram resposta e com graus mui-to variados de profundidade.

VE – E que tipo de contribu-tos foi possível reunir?

AC - Dada a extensão e com-

plexidade do documento base que foi distribuído, não é possível responder a esta questão de for-ma tão direta como gostaria. No entanto, houve alguns contribu-tos que se ficaram pela correção de alguma da informação de base relativa a cada subsetor (exporta-ções, mercados, etc), outros ainda centraram-se essencialmente nas questões da governança do mo-delo a implementar, um aspeto que, apesar de ter sido abordado pela ‘Portugal Foods’ no seu do-cumento, não é aquele que neste momento mais nos preocupa.

Finalmente, há dois contribu-tos que é justo aqui referir, pela profundidade e abrangência do seu conteúdo. Um foi o da Vi-niportugal, que apresentou um contributo muito completo em relação ao setor do vinho, setor esse que, por opção, não estava abordado no documento inicial da ‘Portugal Foods’. Outro foi o da FIPA (Federação das Indús-trias Portuguesas Agroalimenta-res), extraordinariamente com-pleto e analítico, demonstrando uma genuína vontade e preocu-pação com o assunto (atributos que lhe são característicos), e que em muito irá enriquecer o docu-mento final.

VE - Quando deverá ser apre-sentada publicamente essa es-tratégia?

AC - Está em curso um traba-lho de análise que levará, assim o espero, à elaboração de um rela-tório de síntese. Este trabalho está a ser conduzido pelo GPP (Gabi-nete de Planeamento e Políticas do MAMAOT), que procurará sintetizar e compatibilizar todos os contributos recebidos, com ênfase evidente no documento da ‘Portugal Foods’. Esse documen-to deverá estar concluído dentro de duas a três semanas, para mi-nha análise. A sua divulgação será anunciada oportunamente.

Science4you e Bioalvo são parceiras nos brinquedos biotecnológicosA Science4you, empresa portuguesa que se dedica à produção, desenvolvimento e comercia-lização de brinquedos científicos em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, estabeleceu uma parceria com a Bioalvo. O objetivo é lançar uma nova linha de brinquedos biotecnológicos para aproximar as crianças às ciências biológicas.

Universia Portugal e Trabalhando.pt lançam inquérito de empregoO Universia Portugal (http://www.universia.pt), a rede de universidades presente em 23 pa-íses ibero-americanos, e o Trabalhando.pt (http://www.trabalhando.pt), uma comunidade de emprego formada por uma ampla rede de sites associados, lançaram o 4º inquérito de emprego deste ano.

NEGÓCIOS E EMPRESA/PME

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 25

TERESA [email protected]

O pólo ‘Portugal Foods’ está a organizar a participação conjunta de “mais de 20 empresas” portu-guesas no SIAL 2012 (Salão In-ternacional dos Profissionais do Setor Agroalimentar), que decor-re entre 21 e 25 de outubro na capital francesa.

“Sim, vamos estar com mais de 20 empresas, dos vários seto-res”, revelou à “Vida Económica” Ondina Afonso, diretora execu-tiva do Pólo, frisando que, “pela primeira vez, Portugal vai estar ‘em massa’ e em dois pavilhões (multiprodutos + gourmet)”. O investimento da participação portuguesa é de cerca de 220 mil euros, financiados pelo QREN (Quadro de Referência Estratégi-co Nacional 2007-2013), adian-tou a mesma responsável.

A feira estará dividida em sete grandes áreas: Produtos do Mun-do, Produtos Secos, Produtos Frescos, Bebidas, Produtos Lácte-os, Produtos Gourmet e Vinhos e são esperados em Paris mais de seis mil expositores (80% dos quais estrangeiros, oriundos 106 países) e 140 mil visitantes.

Questionada pela “Vida Eco-nómica” sobre a participação portuguesa, Ondina Afonso ex-plicou que “a razão principal tem a ver com uma das missões” do pólo ‘Portugal Foods’, ou seja, “mostrar aos mercados externos que Portugal é um país produ-

tor de excelência, com produtos de elevadíssima qualidade e com padrões de qualidade e segurança alimentar acima da média euro-peia”. Por outro lado, realça, “a feira SIAL Paris é uma das maio-res a nível mundial e, por isso, a ‘Portugal Foods’ considera muito importante estar presente”.

Japão, Hong-Kong, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Rússia, México e Venezuela são mercados prioritários

Apesar de a versão final da estratégia para a internacionali-zação do setor agroalimentar ape-nas ficar concluída lá para o final de outubro, há algumas conclu-sões que já podem ser tiradas e que a “Vida Económica” aqui revela. Os mercados prioritários para as empresas do setor agroali-mentar são o Japão, Hong-Kong, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia, México e Venezuela, adiantou Ondina Afonso, citando dados do Gabi-nete de Planeamento e Políticas do MAMAOT, da AICEP e das conclusões da auscultação tam-bém realizada a um grupo de em-presas do setor.

Além destas geografias, “exis-te ainda um grupo de mercados que as empresas devem aprovei-tar seletivamente”, refere Ondina Afonso. São eles os EUA, Ca-nadá, Indonésia, Coreia de Sul, Irão, Kuwait e Austrália, embora

também seja “importante referir a necessidade de sustentar posi-ções que detemos em mercados consolidados, em especial paísesda CPLP e da Europa”.

Assumindo que o pólo ‘Por-tugal Foods’ é “reconhecido pelas empresas do setor como a entida-de que tem como missão o apoioàs empresas, quer em termos de inovação, quer de internaciona-lização”, a diretora executiva da estrutura destaca ainda o “reco-nhecimento” do Ministério da Economia como “sinal de que osetor agroalimentar é estratégicopara a economia nacional”.

Explicando que a estratégia de internacionalização “está feita pelas empresas e para as empre-sas”, Ondina Afonso assumiu uma certeza: o ‘PortugalFoodsquer “prosseguir” envolvendo a curto prazo as entidades do sis-tema científico e tecnológico na identificação das grandes linhas em termos de inovação que su-portem a internacionalização/ex-portação dos produtos portugue-ses”. Disse ainda querer “envolver as empresas na criação de clusterssetoriais que permitam o ganho de dimensão crítica para abordar mercados tão exigentes quantosos que temos identificados comoprioritários”.

O pólo ‘Portugal Foods’ agre-ga hoje 75 associados (14 do sis-tema cientifico), estando a avaliar mais “cerca de 70 manifestaçõesde interesse” entretanto recebi-das.

A ‘Portugal Foods’ é “reconhecida como a entidade que tem como missão o apoio às empresas, quer em termos de inovação, quer de internacionalização”, explicou Ondina Afonso à “Vida Económica”.

A ‘Portugal Foods’ assumiu o desafio e coordenou um trabalho que envolveu diversas empresas e associações empresariais

cket bem como ao seu software de análise através de um ‘fee’ por cada exame reali-zado. Outro mercado em franca ascensão é o da Medicina de Reabilitação Cardíaca onde o VitalJacket é referido como o equi-pamento de monitorização por excelência pois é muito confortável para os utentes e tem um software especialmente dedicado à prescrição do exercício.

Exportando já mais de 90% da sua produção, nomeadamente para o Brasil,

a Biodevices está “a tratar da certificação médica noutros mercados promissores”, tal como Israel. Ainda assim, a expansão para mercados como os EUA depende do processo de certificação médica local, sempre moroso e dispendioso”, assegura a empresária. Para além disso, a empresa tem já distribuidores nos principais paí-ses da Europa, onde as “vendas ainda são baixas, mas o mercado apresenta grande potencial”, remata.

A Lei 31/2012, de 14 de Agosto, veio criar um novo procedimento especial de despejo, que substitui a anterior execução para entrega de coisa certa.

A presente Lei pretende conferir uma maior celeridade na desocupação dos locados, desburocratizando a tradicional “acção de despejo”, pois, no âmbito deste novo procedimento, o senhorio pode, também, requerer o pagamento das rendas, encargos ou despesas da responsabilidade do arrendatário.

Este procedimento só é aplicável às situações elencadas no artigo 15.º do citado diploma, de que é exemplo a resolução do contrato de arrendamento por não pagamento da renda por um período igual ou superior a dois meses, sendo, ainda, requisito obrigatório para a sua aplicabilidade a liquidação do imposto de selo do contrato de arrendamento em causa.

Nas demais situações, de que é exemplo a falta de residência permanente do arrendatário, o senhorio tem de instaurar uma acção de despejo (processo comum declarativo), de modo a obter uma sentença que ordene a cessação do arrendamento e que servirá, caso não exista desocupação voluntária, de título à acção executiva para entrega de coisa certa.

No novo procedimento, o requerimento

de despejo será apresentado no Balcão Nacional do Arrendamento (BNA), sendo da competência do Governo a aprovação do modelo próprio, bem como o modo de apresentação de todos os requerimentos que venham a existir ao longo do processo.

Deixando para um próximo artigo a análise processual deste novo procedimento, cumpre dizer que os elementos a preencher pelo requerente são, com as necessárias adaptações, semelhantes aos do requerimento de injunção/execução, encontrando-se elencados no n.º 2 do artigo 15.º-B, assim como os documentos a juntar (identificação das partes; valor da renda; formular o pedido; tribunal competente; comprovativo de pagamento de imposto de selo…).

É devido pagamento de taxa de justiça, sendo admitido o pedido de apoio judiciário.

O tribunal competente para análise de todas as questões suscitadas é o da situação do locado.

Este novo procedimento tem carácter urgente, ou seja, os prazos não se suspendem em férias judiciais, nem são objecto de qualquer dilação, sendo esta uma das características que mais poderá contribuir para a celeridade que é pretendida. A ver vamos…

NEGÓCIOS E EMPRESAS

26 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

O novo procedimento especial de despejo

ANA SOFIA OLIVEIRAAdvogada do Departamento de Contencioso da Gali Macedo & Associados

Biodevice cria t-shirt que monitoriza o ritmo cardíaco

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FERNANDA SILVA [email protected]

A Biodevices lançou um produto que veio revolucionar a vida de quem tem problemas cardíacos. A ideia partiu de um grupo de investigação universitário e consiste em criar um sistema de ele-trocardiograma em ambulatório fácil de usar no dia-a-dia. O resultado foi o Vi-talJacket, uma T-shirt que permite efe-tuar um eletrocardiograma (ECG) em contínuo até cinco dias.

O VitalJacket é um “dispositivo mé-dico certificado (possuindo marcação CE1011) que monitoriza em contínuo a onda cardíaca permitindo visualizar o si-nal ECG em tempo real e gravar os dados electrocardiográficos para posterior análi-se clínica”, explica Catarina Ricca.

O produto é composto por uma T--Shirt, um pequeno gravador de dados que se coloca num bolso e um software avançado de análise de arritmias e “a co-locação do equipamento e a interpretação dos dados são da responsabilidade do pro-fissional de saúde que prescreceu o exame ou monitorização”, acrescenta.

Para a diretora comercial da Biodevice a

principal mais-valias deste produto, com-parativamente aos demais existentes no mercado, é que o “VitalJacket apresenta--se como a solução para monitorizar a vida real de um paciente”. Permitindo um registo “eletrocardiográfico em contínuo até um mês sem o incómodo dos equi-pamentos tradicionais, pois trata-se uma peça de vestuário extremamente confor-tável que elimina a necessidade da utiliza-ção de cabos e cintas”.

Questionada sobre a recetividade do mercado a este produto, Catarina Ricca é perentória: Tem sido excelente”, garante, acrescentando que “são raros os profissio-nais de saúde que não apreciam as vanta-gens do VitalJacket”.

Mais de 90% da produçãoé exportada

Como todos os produtos inovadores, também este “está a encontrar o seu nicho de mercado, de onde se poderá expan-dir depois”. Para isso está a contribuir o modelo alternativo de venda de ”pay-per--exam” que permite aos profissionais de saúde ter acesso ao equipamento VitalJa-

T-shirt permite efetuar um eletrocardiograma em contínuo até cinco dias.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

A dor crónica que fica sem tratamento acaba por sair mais cara ao Estado. Cerca de três milhões de portugueses sofrem de dor crónica, o que se traduz numa despesa superior a três mil milhões de euros para o erário público, de acordo com Duarte Correia, presidente da Associa-ção Portuguesa para o Estudo da Dor.

A realidade é que a maioria dos doentes não tem acesso ao tratamento da dor mais adequa-

do e eficaz. “O não tratamento da dor implica custos muito mais elevados para o Estado que o seu correto e atempado tratamento. Estes doentes recorrem com mui-to mais frequência a consultas médicas nos centros de saúde e

hospitais, apresentam dificul-dade ou impossibilidade para a execução das tarefas de vida di-ária com necessidades de apoios sociais, um maior absentismo ou presencismo laboral, inaptidão ou incapacidade para o trabalho, baixas médicas ou reformas ante-cipadas.”

Perante este cenário, considera que há ainda um longo caminho a percorrer para melhorar a qua-lidade de saúde no tratamento da dor crónica. “O que significa

apostar na formação e educação dos profissionais de saúde, de modo a permitir uma acessibili-dade atempada, um diagnóstico correto, um acompanhamento e tratamento do doente, em es-truturas de saúde providas dos recursos humanos e materiais adequados”, explica o dirigente associativo.

O problema é que os custos da dor crónica não tratada continu-am a aumentar, atingindo um va-lor de três mil milhões de euros,

sendo que cerca de metade resul-ta de despesas com recursos desaúde e o restante provém de cus-tos relacionados com o absentis-mo laboral, a perda de emprego e as reformas antecipadas, comoadianta um estudo da Faculdade de Medicina do Porto. “Os espe-cialistas mostram-se preocupadoscom o futuro do acesso dos do-entes ao tratamento da dor cró-nica, considerando que se trata de um grave problema de saúde pública.”

SÉRGIO TEIXEIRA, DIRETOR-GERAL DA BIOGEN, LAMENTA

Hospitais mantêm prazos de pagamento superiores a um ano

Dor crónica custa mais

de três mil milhões de euros ao Estado

Os valores e os prazos das dívi-das hospitalares continuam a ser um grave problema para a indústria farmacêutica. Houve melhorias recentes, mas há hos-pitais que têm prazos de paga-mento superiores a um ano. Sérgio Teixeira, diretor-geral da Biogen Portugal, considera que seria muito positiva a existência de um diálogo constante entre a indústria farmacêutica e o Ministério da Saúde. Quanto à Biogen, opera na área da bio-tecnologia e pretende manter os investimentos no mercado nacional.GUILHERME [email protected]

Vida Económica – Quais os princi-pais problemas que se colocam à ativi-dade da Biogen no mercado nacional?

Sérgio Teixeira – O principal problema é o montante e os prazos das dívidas hospi-talares. Apesar de terem existido melhorias recentes, vários hospitais mantêm prazos de pagamento superiores a um ano, o que é incomportável para uma empresa. Esta situação é ainda mais grave se pensarmos que o devedor é o próprio Estado. Devo confessar que é muito difícil explicar aos responsáveis dos Estados Unidos ou da Suíça (onde estão as sedes internacionais) como é que o Estado não paga a tempo os seus compromissos, tendo mesmo sido questionado sobre qual a ética de paga-

mento em Portugal. Esta situação afeta dramaticamente a nossa credibilidade en-quanto país e limita a capacidade de trazer novos investimentos para Portugal.

VE – E que pensa da política de pre-ços para os medicamentos?

ST – A existência de um teto para os gas-tos do Estado com os medicamentos é outro problema, já que implica uma redução bas-tante considerável do mercado farmacêuti-co. A não aprovação de novas terapêuticas é outra matéria preocupante. O facto de não serem aprovadas novas terapêuticas implica uma discriminação negativa dos doentes

nacionais versus outros países da Europa.Temos tentado trazer para Portugal mais

ensaios clínicos internacionais. Mas tem-se tornado muito difícil, devido aos tempos de aprovação, mais especificamente no que se refere à revisão e à aprovação dos acordos financeiros pelos hospitais. Apesar da re-conhecida importância da investigação no avanço do conhecimento para a melhoria do tratamento dos doentes e do facto de nos ensaios os doentes serem seguidos sem qual-quer encargo para os hospitais, os tempos de resposta dos hospitais para implementa-ção destes estudos são bastante longos e tor-nam Portugal um país pouco competitivo a

nível internacional. É mais uma oportuni-dade perdida.

VE – Como podem ser superadas di-ficuldades?

ST – Uma das maneiras de superar a criseneste setor é existir um diálogo constante entre a indústria farmacêutica e o Minis-tério da Saúde, para que se possa estabele-cer uma relação de parceria efetiva. É im-portante realçar o papel que desempenha a indústria farmacêutica em Portugal, nãosó porque é o garante de medicamentos efi-cazes para combater doenças, mas tambémpelo seu importante papel social ao empre-gar milhares de pessoas e ao investir mon-tantes avultados no nosso país. É tambémfundamental ter uma atitude positiva. Asituação que vivemos não é fácil e também não é de resolução simples, uma vez queresulta de vários anos de erros acumulados. Só podemos ultrapassar esta crise se formos melhores do que fomos no passado e me-lhores do que os outros países.

VE – Considera que a legislação parao setor farmacêutico é a adequada, tendo em conta a realidade do merca-do nacional?

ST – A legislação está em linha com os restantes países europeus. O problema não é tanto a legislação em si, mas a aplicação da mesma – por exemplo, pagamentos e prazosde aprovação de novas terapêuticas – que fa-lha muitas vezes. Relativamente ao mercado nacional, está em contraciclo com o resto daEuropa, devido às condicionantes já referi-das. Neste momento é-nos impossível fazerprojeções a médio e longo prazos, uma vez que existe uma instabilidade considerável.Olhamos para o mercado português com muita cautela e esperamos uma definição mais clara do que virá a seguir.

Padimat quer entrar na Ásia e no Médio OrienteA Water Evolution, marca de torneiras, acessórios e ferragens pertencente ao grupo Padimat, pretende entrar nos mercados asiáticos, com especial destaque para a Índia, o Japão e Singa-pura, bem como do Médio Oriente. Para tal, quer duplicar, no período de um ano, o núme-ro de parceiros internacionais para 200. A empresa está já presente em 13 países europeus, noBrasil, no México e em Angola. A estratégia passa, em paralelo, por desenvolver uma série de produtos com características inovadores e com preços competitivos.

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 27

Facilitas Healthcare reforça protocolos empresariaisA Facilitas Healthcare, empresa de cessação tabágica, continua a alargar o número de protocolos empresariais. Neste momento, mais de duas dezenas de organizações beneficiam de condições exclusivas de acesso ao tratamento “soft laser” da Facilitas. O acordo permite aos colaborado-res dessas entidades beneficiarem de um desconto promocional que pode ir até aos 25% em qualquer um dos centros Facilitas a operar no território nacional. Multiplica-se a poupança, no tabaco e no tratamento.

“A situação do incumprimento é ainda mais grave se se atentar que o principal devedor é o próprio Estado”, critica Sérgio Teixeira.

Cerca de três milhões de portugueses sofrem de dor crónica

TERESA [email protected]

A nutrição assume “um papel fulcral ao longo de todo o ciclo de vida, desde a conceção à mor-te”. Sabemos, aliás, que, “mesmo antes do nascimento, as escolhas alimentares da grávida influen-ciam o estado nutricional da criança no futuro” e que, “desde aí, a nutrição é fundamental ao longo de todo o crescimento até à fase adulta”, altura em que “a probabilidade de desenvolvimen-to de diversas doenças crónicas” (diabetes, entre outras), é “eleva-da”. A nutrição apenas como pre-venção assume, pois, “um papel adjuvante à terapêutica”.

A afirmação é de Rosa Pena, di-retora-geral da Nutricia, empresa integrada no grupo Danone, que investiga e desenvolve soluções nu-tricionais e comercializa alimentos dietéticos destinados a fins medici-nais específicos, vulgarmente defi-nidos como suplementos nutricio-nais, destinados, nomeadamente, a pacientes oncológicos, diabéticos, com ferida crónica, entre outros.

Em entrevista à “Vida Económi-ca”, aquela que é também a única mulher que assume a liderança nas empresas do grupo (Danone, Nu-tricia e Milupa) explica que, com auxílio de tecnologia de ponta, “desenvolvem produtos adaptados às necessidades do consumidor

final”, com isso fornecendo “as melhores soluções nutricionais na gestão de diversas patologias”.

A “credibilidade científica faz parte da missão da Nutricia”, frisa esta responsável, destacando que a empresa “lidera a implemen-tação de conceitos e tecnologias inovadoras”. Para tal, conta com uma “equipa multidisciplinar de

160 cientistas de diversas áreas (nutrição, biologia humana, fi-siologia, metabolismo proteico, entre outros), que “assegura” uma “componente diferenciadora da investigação”, assim como “níveis de criatividade, rigor e motivação elevados”.

Questionada pela “Vida Econó-mica” sobre qual a perceção que tem hoje o consumidor português da nutrição e se a preocupação com este tema aumentou nos úl-timos anos, Rosa Pena nem hesi-ta: “A preocupação com questões relacionadas com o peso, bem--estar e saúde é uma tendência que tem vindo a aumentar ao longo dos anos junto do consumidor português”, diz a diretora-geral da Nutricia à “Vida Económica”. Acrescenta, aliás, que “a alteração da própria rotulagem, com inclu-são de informação nutricional por dose e dos valores diários reco-mendados, ajuda o consumidor a realizar decisões conscientes relati-vamente à sua alimentação”.

Já sobre se, dada a situação eco-nómica do país e o decréscimo dos rendimentos disponíveis das famílias, teme que os consumi-dores estejam a optar por produ-

tos alimentares mais básicos e, com isso, a descurar a nutrição, a diretora-geral da Nutricia esclare-ce que os alimentos dietéticos que comercializa são “destinados a fins medicinais específicos, vulgarmen-te definidos como suplementos nutricionais”. Não se destinam, portanto, à população em geral, sendo utilizados “quando nos en-contramos vulneráveis em termos nutricionais, doentes, ou quando apresentamos necessidades especí-ficas”. Em todo o caso, “o impacto dos suplementos nutricionais na melhoria do estado nutricional influencia a melhoria da qualidade de vida do paciente”.

Nutricia envolve 160 cientistas no desenvolvimento de soluções nutricionais

TERESA [email protected]

O preço dos ovos produzidos pelos cerca de 100 produtores em Portugal subiu entre 30% e 33% só no primeiro semestre de 2012, revelou a semana passada o Observatório dos Mercados Agrí-colas (OMA), a partir de dados fornecidos pela Associação dos Avicultores Produtores de Ovos (ANAPO).

O aumento dos preços deve-se aos efeitos da Directiva 199/74/EC, que impôs novas regras às empresas produtoras de ovos em matéria de segurança alimentar e de bem-estar animal das galinhas poedeiras, quer na criação, quer no alojamento. Cada galinha ga-nhou direito a 750 cm2 de super-fície da gaiola, um ninho, uma cama, poleiros e dispositivos para desgastar as garras, implicando investimentos avultados no setor.

Em consequência, “cerca de metade dos produtores” nacio-nais ainda não efetuou as altera-ções exigidas, podendo um seto-ronde, segundo dados do INE, somos autosuficientes (com um grau de autoaprovisionamento em 2011 de 101,7%) “estar em perigo”. Isto, uma vez que “os ovos não produzidos nas novas condições não podem ser co-mercializados, sendo desviados para a indústria”, o que acaba por influenciar a quantidade de ovos frescos disponíveis no mercado, o volume das importações e o pre-ço junto do consumidor.

Mercado dos ovos ascende aos 160 milhões de euros/ano

Em 2011, a produção de ovos de galinha para consumo regis-tou uma quebra de 6% face a 2010, ficando-se pelas 102.159

toneladas, sendo que, entre 2002 a 2011, a balança comercial re-gistou um aumento de 34% das importações em quantidade e um aumento de 67% das expor-tações.

Já no período de 2002 a 2009, a evolução da balança de pagamen-tos foi negativa, notando-se uma dependência nacional relativa-mente este produto em resultado do aumento de ovos para consu-mo e para incubação, criando um défice no setor no valor de 10 mi-lhões de euros, segundo o OMA. No entanto, no período de 2010 e 2011 a balança de pagamentos “recuperou”, tornando-se positi-va, tendo atingido em 2011 cerca de três milhões de euros.

Portugal, recorde-se, terá cerca de 6,5 milhões de galinhas poe-deiras e o volume de negócios deste setor ascenderá aos 160 mi-lhões de euros/ano.

Em 2003, diz o OMA, já se “co-meçaram a verificar os efeitos da Diretiva”, mas a sua aplicação in-tegral a partir de janeiro de 2012 gerou “uma subida acentuada do preço” dos ovos, a que se junta o risco de as empresas poderem ser multadas por incumprimento. As coimas, de acordo com a lei, osci-lam entre os 3750 euros e os 45 mil euros, consoante a dimensão da empresa, havendo inclusive o risco de as empresas poderem ter de ser obrigadas a destruir ovos e/ou a ve-rem caçadas as respetivas licenças.

Certo é que Portugal não está sozinho do lado dos incumprido-res. No conjunto dos 27 Estados--membros, há 10 países que ain-da não procederam às adaptações necessárias das suas unidades industriais de produção de ovos. É o caso de Espanha, a própria França, Itália, Bélgica, Grécia, Chipre, Hungria, Países Baixos e Polónia.

Preço dos ovos sobe 33% no primeiro semestre

easyJet assina acordo com as “Houses of Parliament” inglesasA easyJet assinou um acordo com as “Houses of Parliament” para que os deputados viajem na transportadora aérea. A parceria entre a easyJet e a agência Hillgate Travel vai proporcionar viagens acessíveis aos deputados e aos seus pares oferecendo viagens de tarifas reduzidas e fle-xíveis para todos os deputados, colegas e “staff ”.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

28 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Maria Antónia Figueiredo, presidente do Observatório dos Mercados Agrí-colas (OMA).

“A melhoria do estado nutricional apresenta dados comprovados na rela-ção com a diminuição de quedas, melhoria na cicatrização, diminuição na mortalidade e morbilidade e redução de internamento” em diversos casos, explicou Rosa Pena à “Vida Económica”.

“É seguramente nesta altura que mais temos de apostar na inovação e no contacto com o consumidor, para que nos percecione como uma mais-valia para a sua saúde e bem-estar”

“O impacto da criseeconómica no mercado obviamente que também o temos sentido”

“A crise obriga-nos a sermos mais exigentes e cautelosos, mas também nos obriga a crescer”

Herdade das Servas lança vinho de colheita selecionada

O “Monte das Servas Colheita Selecionada tinto 2010” é a nova proposta da Her-dade das Servas que agora chega ao mercado. Touriga Nacional (40%), Alicante

Bouschet (20%), Syrah (20%) e Trincadeira (20%) são as quatros castas deste vinho, com estágio parcial em madeira e que já conquistou várias medalhas de ouro, prata e

bronze entre outras distinções. O PVP recomendado é 7,67 euros.

“Não assistiremos a qualquer retoma sustentável se os impostos – excessivos – não se tornarem de facto mais acessíveis, levando os contribuintes a ter algum gosto em pagá-los, no pressuposto óbvio de que os fundos coletados sejam aplicados em termos do bem comum”, afirma à “Vida Económica” José Gomes Alves, presidente da Associação Empresarial da Póvoa de Varzim (AEPVZ).

ALBANO DE [email protected]

“Mais impostos gerarão mais fecho de empresas e maior desemprego (con-sequência da quebra brutal da procura interna) e a prossecução dum modelo do tipo ‘quanto pior melhor para o médio prazo’, em que os grandes beneficiários acabam por ser as grandes empresas e grupos, de nada serve. A retoma deve assentar em medidas de incentivos e de maior responsabilização dos agentes económicas , prioritariamente as PME”, adverte Gomes Alves, apontando ainda para a tomada de medidas de “efetiva moralização” no que toca às “mordo-mias” atribuídas à classe politica execu-tiva.

Reconhecendo a necessária conten-ção nos gastos públicos e no défice or-çamental e expressando a sua desilusão pelo atual Governo não ter mudado o estado das coisas do lado da despesa e do desperdício, o presidente da AEPVZ considera que “as políticas económicas não devem contribuir para retrocessos a rondar limites socialmente perigosos”.

AEPVZ vai a eleições

Em 12 outubro próximo realizam-se novas eleições para os corpos dirigentes da AEPVZ, a que Gomes Alvez, se re-candidata.

Solicitado pela VE a fazer um balan-ço do mandato que agora termina, este responsável afirma que a associação tem vindo a impor-se gradualmente, quer na sociedade empresarial quer na sociedade civil locais. Segundo este dirigente, a ex-pectável queda do número de associados

face ao aprofundar da crise económica global não foi muito visível e de alguma forma foi compensada por novas adesões de empresas que têm corporizado uma maior diversificação de atividades.

Gomes Alves afirma que a AEPVZ já não é apenas a “Rua da Junqueira” – principal artéria comercial da cidade – querendo com isto dizer que empresas de outros setores de atividade e também do comércio típico noutras zonas têm vindo a aderir à associação, sendo de registar a adesão de empresas industriais mais di-mensionadas e portadoras de maior valor acrescentado.

Dados relativos a 2011 apontam para

uma queda de 10% no conjunto de 2700 empresas associadas (196 abandonos), ao mesmo tempo que evidenciam a adesão de 113 novos associados. Dentro destes abandonos mais de 50% concentram-se no pequeno comércio e nos restauração, situação esta que se repete em 2012.

Para o presidente da AEPVZ, o de-senvolvimento de alguns projetos com efetivo interesse empresarial constituiu um pilar da sustentação do número de associados, sendo de destacar os projetos de formação – designadamente o progra-ma para empresários QI PME – a par de ações de apoio à internacionalização e da nova fase do programa MODCOM.

Gomes Alves enfatiza entretanto que aformação profissional – a AEPVZ estácredenciada para o efeito pela DGERT– constitui um fator de efetiva diferen-ciação na atividade empresarial e serásempre uma aposta da associação.

Gomes Alves destaca outro progressoconseguido ao longo do seu primeiromandato – que se traduziu no endireita-mento da tesouraria da associação – cujo“desequilíbrio foi uma pesada herançaque teve que ser superada” – facto esteque gerou um novo clima de confiançajunto de bancos, credores e outras ins-tituições.

E conclui que por todos estes motivospode agora a AEPVZ olhar mais para ofuturo numa perspetiva estratégica, ape-lando desde já à participação maciça dosassociados nas eleições de 12 de outubro.

Dinamização do pólo empresarial de Laundos

Gomes Alves considera que um dosprojetos chave a encarar é a dinamizaçãodo pólo empresarial de Laundos, onde aassociação dispõe de um terreno que énecessário aproveitar através da instala-ção duma incubadora de empresas bemapetrechada e virada para o desenvolvi-mento e interfaces empresariais.

JOSÉ GOMES ALVES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA PÓVOA DE VARZIM, AFIRMA

“As políticas económicas não devem rondar limites socialmente perigosos”

Adília Lisboa recebe Medalha de Mérito TurísticoA presidente da Comissão Executiva da Confederação do Turismo Por-tuguês, Adília Lisboa, recebeu a Medalha de Mérito Turístico atribu-ída pelo Governo na cerimónia de comemoração do Dia Mundial do Turismo que decorreu no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

ASSOCIATIVISMO

AEPVZ e ACIB parceiras

O presidente da AEPVZ refere que o pólo de Laundos está já a ser tratado em conjunto com a Associação Comercial de Barcelos (ACIB) porque não só o projeto se situa nas zonas limítrofes dos dois concelhos – Povoa de Varzim e Barcelos – mas também porque a ACIB já detém experiência acumulada neste domínio específico pois gere o seu já existente próprio parque empresarial.Gomes Alves adianta entretanto que é absolutamente indispensável que este projeto do pólo de Laundos seja de facto autossustentável a prazo, apelando para uma empenhada convergência de esforços entre as duas associações empresariais envolvidas, os empresários e empreendedores locais, os centros de saber e investigação (no caso particular existe um protocolo com a Universidade Fernando Pessoa) e finalmente o setor público designadamente através do financiamento decorrente do QREN.

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 29

“A formação profissional constitui um fator de efetiva diferenciação na atividade empresarial”, afirma José Gomes Alves.

A Canon tem ainda muito por onde crescer, disse à “Vida Económica” Jacco Leurs, head of professional imaging da empresa nipónica. Crescer em novos mercados geográficos mas também em novas áreas, nas quais o vídeo ganha particular relevância. E não quer fazer por menos: a liderança é o único objetivo. Para isso, a empresa foi até à Photokina, considerado um dos principais eventos de imagem do mundo, apresentar as novas estrelas da companhia.

SUSANA MARVÃO, EM COLÓ[email protected]

Incentivar a criatividade foto-gráfica. Este foi um dos objeti-vos da participação da Canon na Photokina 2012, que decorreu em Colónia, na qual a empresa nipónica teve a sua maior pre-sença de sempre. Naquele que é considerado um dos principais eventos de imagem do mundo, a Canon escolheu o tema “Power to Connect” e aproveitou para dar enfase à comemoração dos 25 anos do sistema EOS.

As estrelas da companhia ob-

viamente acabaram por ser os novos produtos lançados no certame, nomeadamente a EOS 6D (que a empresa reclama ser a DSLR mais leve do mundo), a PowerShot SX50 HS (a primeira máquina compacta com um sis-tema ótico que permite zoom de 50x) e a PowerShot G15.

Uma “nova” área profissional

Entretanto, em Janeiro deste ano, a empresa alterou a forma como estava estruturada inter-namente, tendo agora uma área de imagem profissional que, segundo Jacco Leurs, “head of

professional imaging”, culminou numa maior aproximação entre a empresa e os profissionais da imagem. Uma divisão que já re-presenta cerca de 25% do volume de negócios europeu da compa-nhia. Mas, para Jacco Leurs, este segmento da empresa é não só importante do ponto de vista de negócio puro e da sua contribui-ção para os resultados financei-ros, mas também de um ponto de vista estratégico. “Isto porque muitas das aplicações que lança-mos no mercado profissional de-pois acabam por ser transpostas para o mercado de consumo. O mercado profissional, neste caso, acaba por testar os produtos e as

EMPRESA NIPÓNICA FOI À PHOTOKINA APRESENTAR AS NOVAS ESTRELAS DA COMPANHIA

Canon quer lide em todos os mer

Flesk Telecom oferece 5 GB a todos os clientes dominios.pt A Flesk Telecom vai disponibilizar gratuitamente um serviço de backup remoto com 5 GB de espaço de armazenamento a todos os mais de 30 mil clientes do seu serviço dominios.pt, ao mesmo tempo que se prepara para lançar um serviço comercial de armazenamento na nuvem designado backup.pt.

TECNOLOGIA

30 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Não deveria o Open Source estar nas recomendações

da “troika”?A “troika” tem insistido desde que nos emprestou

dinheiro, em meados de 2011, que temos que reduzir o défice público, temos de equilibrar a balança comercial (aumentando as exportações e reduzindo as importações) e, claro, que ter crescimento económico e sem dúvida promover a criação de empregos. Isto apesar de, nestes dois últimos aspectos, a “troika” não se ter concentrado muito em discutir ou sugerir medidas que os promovam efetivamente. Dir-se-á que também não é fácil conseguir que, de uma só vez, alguém encontre receitas milagrosas que incidam sobre estes quatro eixos da economia, produzindo efeitos positivos em todos eles de forma simultânea: défice, balança comercial, crescimento do PIB e criação de emprego. Uma medida que fosse tomada e que tivesse um efeito positivo nestes quatro eixos teria que reduzir a despesa, reduzir as importações, aumentar o PIB (aumentar a receita) e criar postos de trabalho. Pois as tecnologias Open Source têm efetivamente efeitos positivos sobre esses quatro eixos. Senão vejamos: - quando se instala uma solução Open Source, ela é sempre mais barata que as soluções comerciais tradicionais (o Open Souce até já tem também soluções comerciais, devidamente testadas e validadas em clientes finais), portanto reduz a despesa; - as soluções Open Source na sua esmagadora maioria substituem soluções internacionais, portanto, reduzem fortemente as importações de tecnologia e como consequência, melhora-se a balança comercial. - as soluções Open Source são intensivas em mão de obra qualificada, resultam na reconversão de produtos importados em serviços feitos em Portugal, portanto claramente aumentam a produção nacional (PIB) e levam ao crescimento económico; - os serviços necessários para as soluções Open Source que vêm substituir produtos internacionais precisam de muita mão-de-obra, portanto acabam por criar emprego altamente qualificado;

- aumentando o emprego, gerando crescimento, é claro que temos aqui outra forma de reduzir o défice, por aumento da receita (impostos diretos sobre o trabalho, sob a forma de IRS e sobre o lucro da atividade económica baseada em serviços IRC). - não bastassem os quatro milagres acima enunciados, ainda pode resultar do crescimento da atividade baseada em tecnologias Open Source o aparecimento de novas soluções de valor acrescentado, que possam elas mesmo ser exportadas, portanto provocando também uma melhoria da balança comercial, agora pelo crescimento das exportações. Portanto, a resposta à pergunta “Não deveria o Open Source estar nas recomendações da “troika”?” a resposta é SIM, e a compreensão da resposta ainda mostra e prova que as tecnologias Open Source são claramente uma das soluções milagrosas para uma economia como a portuguesa. Claro que somos um país pequeno e, por isso, podemos ter uma concorrência feroz no que diz respeito à criação de soluções de valor acrescentado com potencial de exportação. Mas o Open Source e a Internet que o promove e sustenta comparam-se facilmente com a de Navegar nos Oceanos e, há 500 anos atrás, este povo pequeno (éramos cerca de 500 mil pessoas) conquistou o mundo. Hoje, se o nosso Governo se adiantar à “troika” pela positiva (e claramente pode e deve fazê-lo), podemos também almejar criar um pólo importante de Open Source mundial e voltar a replicar os feitos das Grandes Descobertas do século XV.

RAUL OLIVEIRAdiretor-geralIPBrick

Projeto 1709 nas nuvens

O nome é ainda provisório e provavelmente deve-se ao facto de ter sido apresentado aos jornalistas no dia 17 de setembro. Basicamente é um serviço baseado em cloud computing ou seja, na nuvem, e permite a partilha de fotos. A versão é ainda beta (www.project1709.com/) e é uma plataforma que permite aos utilizadores armazenar e aceder às imagens independentemente de onde elas foram guardadas, com a ajuda de uma funcionalidade específica de etiquetagem e indexação. As fotos podem se enviadas a partir de qualquer dispositivo ou serviço oferecido por sites. O sistema permite ainda a integração com as redes sociais como o Facebook. Ao que tudo indica, o serviço completo deverá estar disponível durante 2013, quando lhe será dado um nome oficial e uma série de funcionalidades adicionais.

TECNOLOGIA

rar cados

tecnologias que depois irão ser adaptados ao mercado de con-sumo”, explicou Jacco Leurs à “Vida Económica”.

Curiosamente, enquanto o mercado de consumo é mais ou menos proporcional ao tamanho do país e da economia, o mer-cado profissional não é propria-mente assim, nomeadamente na área do vídeo e cinema. Ou seja, há países que, não sendo propria-mente muito grandes quer em tamanho quer em peso económi-co, acabam por ser muito inte-ressantes. “A lógica que funciona no mercado de consumo não é a mesma do mercado profissional. Em termos de abordagem temos de estudar país a país. Onde estão os consumidores? Que tamanho tem o mercado e de que forma os podemos servir melhor?”

Canon não é apenas para fotógrafos profissionais

Questionado sobre até que ponto é Portugal um merca-do apelativo para uma empresa como a Canon, o responsável adiantou que “todos os países são interessantes em termos de mer-cado”. E explicitou que, tradi-cionalmente, as pessoas pensam

que o destino de uma Canon são “apenas” os fotógrafos profissio-nais, mas há muitos mais tipos de utilizadores que a empresa iden-tifica e quer obviamente captar. Nomeadamente a indústria cine-matográfica, governamental ou de agência…

Aliás, para Jacco Leurs, neste momento o grande desafio é per-ceber claramente quem são os uti-lizadores, onde estão e que uso dão aos equipamentos Canon. “Porque enquanto no mercado de consumo estas perguntas até são relativamen-te fáceis de responder, no profissio-nal já não é bem assim. Temos de desenvolver uma relação de proxi-midade com os nossos clientes.”

Atualmente, o investimento em I&D é basicamente todo re-alizado na sede da empresa, no Japão, onde 8% do volume de negócios é “depositado” na cria-ção de novas tecnologias e produ-tos. “A Canon é uma empresa de tecnologia, por isso a I&D tem um papel extremamente impor-tante.”

Estratégia não foi alterada

Relativamente ao período eco-nomicamente menos simpático pelo qual particularmente a Eu-ropa está a passar, Jacco Leurs diz que a crise realmente afeta todas as empresas, de todas as áreas. Mas explica que este “fenómeno” difere de segmento para segmen-to, pelo menos na Canon. “Por exemplo, o segmento profissional é muito voltado para o produto e uma vez que lançamos produ-tos tão fortes acabamos por não sentir tanto o impacto direto da crise”. Apesar de tudo, o respon-sável realça que os governos e as agências, esses sim, não estão a investir tanto “e por isso temos de renovar os produtos também para este segmento por forma a desenvolver o negócio”.

No entanto, não houve neces-sidade de ajustar a estratégia pre-viamente definida. Segundo Jacco Leurs, a empresa continua com o plano que tínhamos previsto “até porque temos muitas possibilida-des e mercado por onde crescer”. O objetivo não podia ser mais claro: a Canon quer liderar em todos os mercados.

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 31

Portugueses entre os que mais compram equipamentos informáticosO Observador Cetelem 2012 revelou que o mercado da informática de consumo mantém as intenções de compra nos 12% (tal como em 2011). A análise revela ainda que os portugue-ses ocupam o segundo lugar do pódio das famílias com rendimentos equivalentes que mais gastaram em informática em 2011. O primeiro lugar é ocupado pela França e o terceiro pela Espanha.

Opensoft apoia Unicre na gestão de cartões de pagamento A Opensoft desenvolveu recentemente para a Unicre uma aplicação que permite efetuar de forma simples e segura a gestão das chaves de cartões de pagamento.

A Bizdirect, empresa tecnoló-gica do grupo Sonae, apresen-tou esta semana o BizFlex Pro, um novo serviço de manutenção técnica especializada onsite e de assistência remota, para todo o parque informático.

A empresa explicou que este serviço está desde já disponível a nível nacional e foi desenvolvido exclusivamente para responder às necessidades das empresas “corporate” no que diz respeito à manutenção do seu parque infor-mático, não apenas em compu-tadores, mas também para todos os respetivos acessórios, teclado e rato. Para a Bizdirect, a nova oferta distingue-se devido à sua abordagem flexível que permite às empresas usufruírem deste ser-viço através de uma mensalidade.

“Com o BizFlex Pro, as empresas poderão reforçar os seus níveis de serviço de suporte, através de um único ponto de contacto que ga-rante o registo e diagnóstico dos incidentes, a reparação e a gestão com terceiras partes, prolongar a duração dos contratos de manu-tenção e reforçar os contratos de suporte com os respetivos fabri-cantes de hardware, estando sem-pre em conformidade e de forma uniforme nos diversos ambientes de desktop disponíveis no clien-te”.

Segundo a tecnológica do gru-po Sonae, a taxa média de reso-lução no dia seguinte é de 85%, sendo que o serviço inclui peças, mão-de-obra e deslocação do téc-nico. O serviço é multimarca e, diz a Bizdirect, garante o regis-

to e diagnóstico dos incidentes,reparação ou a gestão com as terceiras partes. Os clientes têm ainda acesso a uma plataforma eletrónica para reporte e acom-panhamento das avarias. Unifor-mização dos serviços de suporte a diferentes ambientes de desktop; uma equipa especializada com know-how nas principais marcas e em constante formação técnica, a previsibilidade nos custos demanutenção e suporte do par-que informático, através de umamensalidade são outras das van-tagens avançadas pela Bizdirect.“Nos casos em que a reparação do equipamento não for econo-micamente viável, este será subs-tituído por outro de característi-cas idênticas e sem custos para ocliente”.

Bizdirect ajuda empresasa manter parque informático

A Primavera BSS alcançou, nos primeiros seis meses deste ano, um volume de negócios conso-lidado de 7,3 milhões de euros, o que correspondeu a um cresci-mento de 10% face a igual perí-odo de 2011, tendo a atividade internacional da empresa contri-buído com 44% para o total do volume de vendas.

Em comunicado, a empresa avançou que o volume de vendas nos mercados internacionais re-gistou, no primeiro semestre de 2012, um crescimento de 30% comparativamente ao período homólogo de 2011. A tecnoló-gica portuguesa está presente em

Espanha, Angola, Cabo Verde e Moçambique, tendo sido o mer-cado angolano o que registou uma maior taxa de crescimen-to face ao primeiro semestre de 2011, cerca de 35%.

“Num momento em que se in-centivam as empresas nacionais a alargarem a sua atividade a ou-tros mercados geográficos, para contornarem a atual situação vivida pelo país, os bons resulta-dos alcançados validam a aposta ganha da Primavera na interna-cionalização da sua atividade ao longo dos últimos anos”, afirma Jorge Batista, co-CEO da Prima-vera. “A consolidação da base de

clientes já instalada, bem como aconquista de novos projetos degrande dimensão, foram fatores que contribuíram de forma deci-siva para o nosso desempenho no mercado internacional durante o primeiro semestre de 2012”.

A empresa avança que vai con-tinuar a explorar oportunidadesde expansão geográfica para no-vos mercados, e reforçar a suaoferta de soluções cloud com olançamento – durante o último trimestre deste ano – de uma oferta 100% web enabled basea-da na nova plataforma tecnológi-ca desenvolvida pela empresa nos últimos anos.

VENDAS INTERNACIONAIS COM MAIOR AUMENTO EM ANGOLA

Primavera cresce 10% no primeiro semestre

MARTA ARAÚ[email protected]

Sem ter em conta o fator preço e outras circunstâncias de com-pra, como a proximidade do supermercado ou a existência em stock dos produtos, a água tónica preferida pelos portugue-ses é a Schweppes, a bebida re-frescante sem gás mais apreciada é o Joi, a melhor marca de café para beber fora de casa é a Del-ta, o fiambre da perna extra de melhor qualidade é o Izidoro, os produtos higiénicos mais apre-ciados são os da Renova, os pos-tos de abastecimento preferidos para abastecer pertencem à Galp e o Pingo Doce é o hipermerca-do melhor para fazer compras (ver tabela das 50 categorias de produtos e respetivas máquinas).

Estes são apenas alguns dos resultados obtidos pelo estu-do “Escolha do Consumidor”, realizado pela primeira vez em Portugal e levado a cabo pelo ConsumerChoice - Centro de

Cofidis e Mille

preferidas dos Depois de avaliadas mais de 200 marcas, com mais de 17 300 avaliações efetuadas por consumidores pelas mais diferentes metodologias, quais serão as marcas preferidas pelos consumidores portugueses? A “Vida Económica” mostra-lhe os resultados de um estudo pioneiro no nosso país. Chama-se “A Escolha do Consumidor” e os seus resultados prometem ser uma interessante ferramenta para a definição de estratégias empresariais pois permitem conhecer as variáveis com mais impacto para a satisfação dos clientes.

O ConsumerChoice - Centro de Avaliação da ridas em 50 categorias.

Mulheres fazem mais compras “online” do que os homens

MARTA ARAÚ[email protected]

As mulheres são mais ativas do que os homens nas aquisi-ções online e o preço é um dos fatores críticos de sucesso mais valorizado pelos consumidores, no processo de seleção de bens e serviços neste canal, relativa-mente aos locais tradicionais de compra. Estas são algumas das principais conclusões do estudo “Digital Shopper Relevancy”, de-senvolvido pela Capgemini, que tem como objetivo definir perfis de consumidores digitais e res-pectivos comportamentos.

Marcas com dificuldade de adaptação

“Estamos a assistir a uma al-teração dos hábitos dos consu-midores, que já não são fiéis, apenas, a um canal digital, mas procuram a melhor experiência proporcionada pela combinação de vários elementos. Embora es-perem uma experiência integra-da, o estudo da Capgemini revela que as marcas não estão a conse-guir responder a essa necessidade. É uma informação importante a reter pelas empresas a atuar neste universo, a que se associa o facto de a estratégia de abordagem ao mercado não poder ser a mesma para todos os públicos e produ-tos. A segmentação é crucial”, ex-plica Vanessa Loureiro, Manager da Capgemini Portugal.

O estudo conclui, ainda, que tem vindo a aumentar a utili-zação dos canais digitais para a aquisição de bens entre a popula-ção mais sénior. Esta faixa etária despende mais tempo a consultar

blogs e redes sociais na procura de informações e recomendações sobre produtos e serviços. Por outro lado, os países com maior número de “shopaholics” (pesso-as viciadas em compras online) são o Brasil, a Índia, a China, o México e a Turquia.

O consumidor digital pode ser segmentado em vários perfis, de acordo com variáveis demográfi-cas, geopolíticas e geoeconómi-cas, e a respectiva relação com a tecnologia. O “Digital Shopper Relevancy”, explica Vanessa Loureiro, identifica seis perfis: conservadores (raramente com-pram online e têm a taxa de uti-lização mais baixa de aplicações móveis), ocasionais (recorrem à compra online de forma pouco frequente), negociantes (muito sensíveis ao preço, compram online sobretudo para conse-guir ofertas mais baratas), ra-cionais (optam principalmente por produtos de moda e elec-trónica), digitais (utilizadores ativos de smartphones e disposi-tivos disponíveis no interior das lojas) e sócio-digitais (compram menos online em todas as cate-gorias de produtos, exceto na electrónica).

Processo de compra em 4 fases

Os comportamentos e atitu-des dos consumidores digitais permitem estruturar o processo de compra em várias etapas: “na primeira fase, awareness, toma--se consciência da existência do produto ou do serviço; segue-se o conhecimento e a seleção do mesmo; a terceira etapa consiste

na transação, seguida da entrega. O processo termina com o ser-viço pós-venda”, refere a mesma fonte.

Os hábitos de consumo têm so-frido diversas alterações nos últi-mos anos. À medida que surgem novos canais de oferta e aquisi-ção, os consumidores tornam-se mais exigentes. A Internet, com as suas múltiplas ofertas, é um dos canais privilegiados para a aquisição de bens e serviços, ten-do vindo a integrar, progressiva-mente, as várias fases do processo de compra.

Comprador online sem estereótipos

O estudo Digital Shopper Re-levancy revela que não existe um estereótipo de comprador digital, mas sim vários. “Uma conclusão que permite às empresas adap-tar o canal e a abordagem feita aos consumidores de uma for-ma diferenciada em função das necessidades específicas e perfil do público-alvo”, refere Vanessa Loureiro.

O estudo Digital Shopper Re-levancy da Capgemini foi desen-volvido pela Capgemini’s Consu-mer Products & Retail Practice que colabora com as grandes em-presas mundiais de retalho. Uma equipa de cerca de 10 mil consul-tores e técnicos entrevistou cerca de 16 mil clientes, em 16 países. A análise teve como mercados participantes o Reino Unido, Estados Unidos da América, Aus-trália, Turquia, Canadá, China, Índia, Brasil, França, Alemanha, Itália, México, Espanha, Rússia, Suécia e Finlândia.

Milaneza leva 100 colaboradores a conhecer clientesA Milaneza quer alimentar a imaginação dos seus colaboradores e aproximá-lo dos consumidores das suas massas. Para o efeito, a marca levou uma centena de trabalhadores da empresa a estarem presentes em diversas lojas do país. A iniciativa surgiu no âmbito do relançamento da marca e constituiu “uma oportunidade para os colaboradores poderem interagir diretamente e escutar o consumidor final para quem produzem diariamente mais de 100 mil embalagens de massa”, explica a Milaneza.

MARKETING

32 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

nium bcp são as marcas financeiras

portugueses

Avaliação da Satisfação do Con-sumidor. A análise engloba to-dos os segmentos de mercado e analisa produtos e serviços de acordo com o que o consumi-dor mais valoriza em termos de satisfação e em que modo esta influencia a sua intenção de compra.

Em todas as categorias há uma avaliação dos principais players e não apenas daqueles que se ins-crevem. O projeto arrancou este ano e foram encontradas as “es-colhas do consumidor” em mais de 50 categorias.

Foco no consumidor e no que o influencia a comprar

A ideia é inspirada em concei-tos similares realizados nos Es-tados Unidos, Canadá e outros países onde o consumidor tem a palavra final sobre a satisfação com marcas e foi adaptado por completo à realidade portugue-

sa, que pretende avaliar marcas (através dos seus produtos e ser-viços em todas as áreas: seguros, puericultura, banca, ginásios, festivais de música de verão, hi-permercados, entre muitos ou-tros).

A metodologia é completa-mente focada no consumidor e assenta em duas fases. No pri-meiro momento, os consumido-res são questionados, por empre-sas especializadas, relativamente aos factores que privilegiam, no momento de compra, em cada uma das áreas, excetuando sem-pre o preço, a marca e fatores que sejam condicionadores para a necessidade da compra, por exemplo a proximidade no caso de um super ou hipermercado.

Pretende-se, assim, ir direto aos fatores de satisfação e elimi-nar os económicos e de noto-riedade das marcas. Depois, no segundo momento, e de acordo com os resultados da pré-avalia-ção, são definidas e aplicadas as metodologias de avaliação mais apropriadas (experimentação de produtos, cliente mistério, in-quéritos, entre outros).

“O objetivo global é perceber o que o consumidor valoriza quando compra, o que o mais satisfaz e qual a sua intenção de compra face à satisfação gerada, encontrando o índice de satis-fação e aceitabilidade de cada segmento”, explica a organiza-ção do estudo, através de comu-nicado.

A “Escolha do Consumidor” mostra-se, desta forma, “uma ferramenta incontornável para a definição de estratégias empre-sariais pois permite conhecer as variáveis com mais impacto para a satisfação dos clientes; distin-guir os produtos e serviços da concorrência; avaliar o desem-penho da empresa relativamente aos concorrentes e, assim, rede-finir e adequar o posicionamen-to”, acrescentam.

Apesar de ter introduzido o projeto em Portugal em 2012, a ConsumerChoice – Centro de Avaliação da Satisfação do Con-sumidor já pensa na estratégia de internacionalização, estando com negociações avançadas para o mercado brasileiro e angolano e tendo sido contactado por um fundo de investimento interes-sado em expandir o projecto a nível mundial.

Satisfação do Consumidor analisou, pela primeira vez em Portugal, as marcas prefe-

Portuguesa Sales Engine Online ganha novos clientes no BrasilA agência portuguesa de marketing e vendas online, Sales Engine Online (SEO), fechou contratos com seis novas empresas no mercado brasileiro. Entre os novos clientes encontram-se a Porto Seguro, maior seguradora do brasil, a EF Englishtown, a Editora Globo, o Banco Intermedium e o portal Bom Negócio.

MARKETING

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 33

Abertas as inscrições para o European Advertising Certificate 2013Estão abertas as inscrições para a segunda edição do European Advertising Certificate, a primeira qualificação comvalidade em toda a Europa para jovens profissionais de agências de publicidade. Na edição de 2012, cerca de 815 jovens receberam formação, dos quais 349 fizeram o exame e 338 passaram. Em Portugal, foram formados 15 pro-fissionais, dos quais 12 foram a exame e 10 obtiveram o seu diploma. O certificado foi desenvolvido pela European Association of Communications Agencies, de cuja Direção a Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing é vogal.

Lista das “Marcas Premiadas por Escolha

do Consumidor”

CATEGORIAS ESCOLHA DO CONSUMIDOR

Água tónica Schweppes

Arroz Bom Sucesso

Bacalhau – Origens Norge

Bebidas refrescantes sem gás Joi

Bolachas Infantis McVities

Bolachas saudáveis Fruit & Form McVities

Café fora do lar Delta

Chá Twinings

Cremes hidratantes anti-idade I Love Me - Skin has no sex

Aparelhos de depilação Veet Easy Wax

Detergentes de loiça para máquina Finish Powerball

Elixir oral Listerine

Fiambre da perna extra Izidoro

Fornos de fácil limpeza Teka

Gel de banho Le Petit Marsellais

Limpeza e desinfecção sanitaria Pato Power

Produtos higiénicos de papel Renova

Sobremesas congeladas Cozinha Pronta

Cereais Infantis Nestlé

Cozinha Fácil – Temperos Knorr Sabores no Forno

Coffeeshop em casa Dolce Gusto

Tablets Android Samsung Galaxy Tab 2

Tintas de Interior Dioplaste Barbot

Empresas de crédito ao consumo Cofidis

Centros de fotodepilação Não+Pêlo

Reparação e substituição de vidro automóvel Glassdrive

Sites de anúncios classificados grátis Custo Justo

Telecomunicações móveis Optimus

Bancos Millennium BCP

Lojas de equipamentos e acessórios de telecomunicações Ensitel

Ginásios Virgin Active

Televisão por subscrição MEO

Hipermercados Pingo Doce

Lojas de puericultura Toti Kids

Festivais de música influência reggae Sumol Summer Fest

Festivais de música de verão pop rock Optimus alive

Teleseguros OK Teleseguros

Postos de abastecimento de combustível Galp

Cadeiras infantis de segurança automóvel Be Safe

Carrinhos de passeio infantis Bebe Confort

“O objetivo global é perceber o que o consumidor valoriza quando compra, o que o mais satisfaz e qual a sua intenção de compra face à satisfação gerada, encontrando o índice de satisfação e aceitabilidade de cada segmento”

As “Oportunidades de negó-cio do mercado ibérico” foi o tema do seminário luso-espa-nhol, recentemente realizado no El Corte Inglés Gaia.

Durante este encontro, foi assinado um protocolo de coo-peração entre a INOVAGAIA, representada pelo presidente da Direção, embaixador António Martins da Cruz, e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-

-Espanhola, representada pelo seu presidente, Enrique Santos.

Nos termos deste protocolo, as duas instituições compro-metem-se, numa atuação de reciprocidade, a: “facilitar o co-nhecimento e o acesso a merca-dos internacionais por parte do tecido empresarial concelhio”, “aproveitar as oportunidades e potencialidades oferecidas pelo mercado internacional”, “pro-

mover a imagem do município no exterior e das empresas locais, associando-a à qualidade, inova-ção e diferenciação” e “divulgar as oportunidades de investimen-to concelhias, bem como as ca-pacidades da oferta local de bens e serviços”.

Por parte da INOVAGAIA, foram assumidos compromis-sos quanto à promoção de “um contexto de eficiência propício

e adequado à captação de in-vestimento direto estruturante, através da criação de condições preferenciais para os potenciais investidores que vierem referen-ciados pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, as quais deverão incluir o acompa-nhamento personalizado, a agi-lização de procedimentos admi-nistrativos e a disponibilização de outros meios tidos por con-venientes”. Da parte da Câmara de Comércio e Indústria Luso--Espanhola, esta instituição vai “contribuir para um contexto de eficiência e de competitividade propício à internacionalização da economia local, promovendo em cooperação com a INOVA-GAIA, as diligências adequadas à promoção e organização de missões empresariais ao Municí-pio de Vila Nova de Gaia”.

Da parte de ambos, foram as-sumidos também compromissos ao nível da colaboração na orga-nização de iniciativas de divulga-ção e promoção no exterior das oportunidades de investimento concelhias, bem como das com-petências, produtos e serviços das empresas locais, promover a troca de informação que pos-sa contribuir para uma melhor divulgação das iniciativas e eventos realizados em coopera-ção, colaborar, em articulação estratégica com o Município, no desenvolvimento de ações de cooperação económica externa

e, finalmente, divulgar nos seus meios promocionais as iniciati-vas realizadas em colaboração.

Intercâmbios e investimentos em análise

A assinatura do protocolo foi precedida pela realização de al-gumas intrevenções durante o seminário, de que se destacam a do presidente da CCDR-N, José Manuel Duarte Vieira, sobre a “Euro-região Galicia - Norte de Portugal – a cabeceira atlântica da Europa”, do administrador da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Sousa, sobre o “Passaporte Ibérico – solução Caixa Geral de Depósitos para o mercado Ibéri-co”, do diretor-geral da Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de Vigo, Jose Gar-cia Costas, sobre “Intercâmbios comerciais e de investimentos entre Galiza e o Norte de Portu-gal”, e do presidente da Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de A Coruña, Mar-celo Castro-Rial Schuler, sobre a “Relevância da colaboração entre as empresas para se posi-cionarem em novos mercados de forma conjunta”.

Por fim, no final do seminário e já depois da assinatura do pro-tocolo, realizou-se um “business network”, com encontros de tra-balho entre empresários portu-gueses e espanhóis.

Vendas de automóveis derrapam há 21 mesesA venda de automóveis novos em Portugal atingiu as 7693 unidades em setembro, baixando 35%, face ao mesmo mês do ano precedente. No acumulado de ja-neiro a setembro, registou-se uma contração de 42,1%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 86 803 viaturas. Até setembro venderam-se menos 63 241 veículos.

EMPRESAS

INOVAGAIA e Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola intensificam cooperação

34 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

José Manuel Duarte Vieira, presidente da CCDR-N, na apresentação da “Euro-região Galicia - Norte de Portugal – a cabeceira atlântica da Europa”.

Atendimento personalizado e agilização de procedimentos administrativos aos empresários espa-nhóis foi um dos compromissos assumidos por António Martins da Cruz.

Enrique Santos, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, e António Martins da Cruz, presi-dente da Direção da INOVAGAIA, assinam protocolo de cooperação.

A taxa reduzida de IVA no setor da construção continua a suscitar dúvidas entre os profissionais. A Autoridade Tri-butária e Aduaneira publicou um ofício circulado em que esclarece as alterações relativas à aplicação da verba 2.24 da Lis-ta I, anexa ao Código do IVA.

Estão sujeitas à taxa reduzida prevista do CIVA as empreitadas de beneficiação, remodelação, restauro, reparação ou con-servação de imóveis ou partes autónomas destes afetos à habitação. Excetuam-se os trabalhos de limpeza, de manutenção dos espaços verdes e das empreitadas sobre bens imóveis que abranjam a totalidade ou uma parte dos elementos constituti-vos de piscinas, saunas, campos de ténis, golfe ou instalações similares. De notar que a taxa reduzida também não abrange os materiais incorporados, salvo se o seu valor não exceder 20% do valor global da prestação de serviços.

A verba engloba, exclusivamente, os serviços efetuados em imóvel ou fração autónoma, desde que não estando li-cenciado para outros fins esteja afeto à habitação, considerando-se nestas condi-ções o imóvel ou fração autónoma que esteja a ser utilizado como habitação no início das obras e que, após a execução das mesmas, continue a ser utilizado para o mesmo fim. Não entram nesta verba os imóveis ou as frações autónomas que, antes ou depois das obras, se encontrem devolutos. Designadamente por se desti-narem a arrendamento ou a venda. “No entanto, nos casos em que, antes das obras, o imóvel ou fração autónoma se encontrava habitado e, após as mesmas, é objeto de um novo arrendamento para habitação, a empreitada pode beneficiar da aplicação daquela verba, desde que não exista um período em que o imóvel esteja devoluto. Ou seja, quando o novo arrendamento tiver início após o final das obras.”

Importa também ter em conta que se

aplica a taxa reduzida independentemen-te de o dono da obra ser o proprietário ou o locatário do imóvel. Nos casos em que o dono da obra é um condomínio – quer este último tenha a qualidade de contribuinte, quer tenha a qualidade de não sujeito passivo –, o mesmo é tam-bém beneficiário da aplicação da taxa reduzida, desde que a obra seja realizada em imóvel afeto à habitação. Não têm enquadramento nesta verba os elevado-res, escadas rolantes, cozinhas, lareiras ou quaisquer outros equipamentos domésti-cos e mobiliários, ainda que se destinem a um imóvel afeto a habitação. Esses bens são tributados à taxa normal, esclarece a autoridade tributária.

A verba estabelece ainda que, se os materiais incorporados na empreitada representarem um valor igual ou menor a 20% do custo total da mesma, a taxa aplicável será na sua totalidade a taxa

reduzida. Se os materiais representarem mais de 20% do valor global da mesma, o empreiteiro deve ter em conta alguns aspetos. Se na faturação emitida forem automatizados os valores dos serviços prestados e dos materiais, deve ser aplica-da a taxa reduzida aos serviços prestados e a taxa normal aos materiais. Se a fatura for emitida pelo preço global da emprei-tada, a verba não tem aplicação, devendo o seu valor ser globalmente tributado à taxa normal.

A fatura referente à prestação de servi-ços abrangida pela verba 2.27 deve con-ter o motivo justificativo da aplicação da taxa reduzida, através da indicação “taxa reduzida ao abrigo da verba 2.27 da Lista I anexa ao CIVA”, bem como a identi-ficação do dono da obra e do imóvel ou fração autónoma onde foram efetuados os serviços, além dos restantes elementos exigíveis no artigo 36º do Código do IVA.

Fisco esclarece taxa reduzida de IVA no setor da construção

OUTUBRO

Até ao dia 10

- Periodicidade Mensal – Envio obrigatório via Internet da declaração periódica relativa às operações realizadas no mês de agosto. Con-juntamente com a declaração periódica deve ser enviado o Anexo Recapitulativo, referen-te às transmissões intracomunitárias isentas, efectuadas nesse mês.

Até ao dia 15

- Entrega da Declaração Modelo 11, pelos No-tários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profissionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo pre-dial, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

Até ao dia 20

- Entrega das importâncias retidas, no mês an-terior, para efeitos de Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares (IRS).

- Entrega das importâncias retidas, no mês an-terior, para efeitos de Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Coletivas

- Declaração recapitulativa – Entrega pelos su-jeitos passivos do regime normal mensal que tenham efectuado transmissões intracomu-nitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, e para os sujeitos passivos do regime normal tri-mestral quando o total das transmissões intra-comunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso excedido o mon-tante de J 100.000.

- Entrega das importâncias retidas, no mês an-terior, para efeitos de Imposto do Selo.

PRESTAÇÕES SOCIAIS

Comunicação às Finanças de todos os valores pagos

Foi publicada a Portaria n.º 297-A/2012, de 28.9, que aprova a declaração modelo n.º 43 destinada a ser utilizada pelos órgãos da Se-gurança Social para efectuar a comunicação à administração fiscal dos valores de todas as prestações sociais pagas.O modelo agora aprovado destina-se a dar cumprimento à obrigação estabelecida no artigo 194.º do OE para 2012 (Lei n.º 64-B/2011, de 30.12), onde é estabelecido o dever dos órgãos do Ministério da Solidarie-dade e Segurança Social comunicarem à Au-toridade Tributária e Aduaneira os valores de todas as prestações sociais pagas, incluindo pensões, bolsas de estudo e de formação, subsídios de renda de casa e outros apoios públicos à habitação, por beneficiário, relati-vas ao ano anterior.Esta declaração deve ser enviada até ao final do mês de Fevereiro de cada ano, relativamen-te às prestações sociais pagas no ano anterior, sendo que a declaração relativa ao ano de 2011deveria ser enviada durante o mês de se-tembro de 2012.

AGENDA FISCAL

FISCALIDADEO Governo decidiu proceder a alterações nos procedimentos a adotar para o transporte de bens efetuado por entidades que exercem atividades económicas. De acordo com a nova legislação, a partir do início do próximo ano entrarão em vigor mudanças substanciais nos procedimentos para a emissão de documentos de transporte de bens. Um aspeto importante é que passará a existir a obrigação de comunicação dos elementos do transporte à Autoridade Tributária e Aduaneira, antes de realizado o transporte e sempre que exista alguma alteração dos elementos em causa.

PRÁTICA FISCAL

Não nos foram dados elementos suficientes para poder concluir se existe ou não algum benefício fiscal que possa ser aplicável aos gastos decorrentes de um contrato para a transmissão de anúncios publicitários. O Estatuto dos Benefícios

Fiscais (EBF) é o diploma onde estão reunidos, na sua grande maioria, os benefícios fiscais aplicáveis aos sujeitos passivos de IRC e IRS. Mais tarde, foi publicado o Decreto-Lei n.º 249/2009, de 23 de Setembro, que aprovou o Código Fiscal do Investimento, que procede à regulamentação dos benefícios fiscais contratuais, condicionados e temporários, susceptíveis de concessão ao abrigo do artigo 41.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Na mesma data foi, também, publicado

o Decreto-Lei n.º 250/2009, que vem regulamentar os benefícios fiscais à internacionalização previstos nos nºs 4 e 7 do artigo 41.º do EBF. Ambos os diplomas se referem a benefícios fiscais que são concedidos por via contratual (com o Estado). Em 29 de Dezembro foi publicada a Portaria n.º 1452/2009, que define os Códigos CAE correspondentes às atividades económicas beneficiárias dos incentivos ao investimento produtivo e à internacionalização.

BENEFÍCIOS FISCAIS – PUBLICIDADE

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA APOTEC - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE [email protected]

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 35

A taxa reduzida de IVA não abrange os materiais incorporados, salvo se o seu valor não ex-ceder 20% do valor global da prestação de serviços.

Num contexto generalizado de crise, como o que vivemos atualmente, em que muitos se veem desprovidos de alguns dos seus direitos fundamentais, constitucionalmente tutelados, como o direito ao trabalho, ou, de menor importância, de outros direitos que visam a satisfação de necessidades mais ou menos essenciais – poder de compra –, não podemos descurar a pertinên-cia das regras que visam facilitar o nosso quotidiano.

As notícias sobre o aumento do número de empresas que declaram insolvência têm pautado os nossos dias.

Urge, então, ponderar sobre as vicissitudes que estas entidades atravessam. Por um lado, impe-rioso se torna não coartar estas dos meios para prosseguir com as suas obrigações contabilísticas,

fiscais e legais. Por outro lado, não poderemos olvidar as regras de um Estado de Direito.

Assim sendo, será de todo o in-teresse debater a questão do cum-primento do dever de lealdade na empresa insolvente. Será aceitável, como apologizam alguns, graduar o caráter impositivo das normas legais, atendendo à realidade a que se vão aplicar?

Antes de mais, sabemos que, nos termos do artigo 117.º do CIRC, relativamente às sociedades ou outras entidades em liquida-ção, as obrigações declarativas que ocorram posteriormente à dissolução são da responsabilidade do administrador de insolvência.

Em concreto, uma empresa de-clarada insolvente continua a ter obrigações declarativas, sendo da responsabilidade do administrador de insolvência nomear um TOC para o cumprimento das mesmas.

Todavia, não raras vezes, na data em que é proferida a declaração de insolvência, existem honorários em dívida para com o TOC até então responsável pela execução da contabilidade.

A este propósito, é certo que, nos termos do disposto no artigo 102.º, número 1, do CIRE, sem

prejuízo do disposto nos artigos seguintes, em qualquer contrato bilateral em que, à data da decla-ração de insolvência, não haja ain-da total cumprimento nem pelo insolvente, nem pela outra parte, o cumprimento fica suspenso até que o administrador de insolvên-cia declare optar pela execução ou recusar o cumprimento.

Do mesmo modo, nos termos do artigo 110.º do mesmo diplo-ma legal, os contratos de manda-to, incluindo os de comissão, que não se mostre serem estranhos à massa insolvente caducam com a declaração de insolvência do mandante, ainda que o mandato tenha sido conferido também no interesse do mandatário ou de terceiro, sem que o mandatário tenha direito a indemnização pelo dano sofrido.

Ora, “in casu”, cremos que o TOC cessante, para ser pago pelos seus créditos relativamente ao insolvente, terá que proceder à respetiva reclamação dos créditos junto aos autos de insolvência, cabendo ao administrador de in-solvência satisfazer os credores da insolvência, por via da liquidação da respetiva massa insolvente.

Infração e incumprimento

Razões de ordem e interesse públicos, advenientes do necessá-rio cumprimento das obrigações declarativas por parte do sujeito passivo após a declaração de insolvência, levam-nos a concluir que não poderá o TOC cessante obstar a que ocorra a sua substi-tuição, por via da nomeação de um novo TOC, sob o pressuposto do não cumprimento do artigo 17.º do Código Deontológico dos TOC, considerando o agravar da situação que daí resultaria para o devedor e, inclusive, para os seus eventuais credores, aqui se incluindo o próprio Estado.

Nesta particular ocorrência ˆ após a declaração de insolvência ˆ tem sido entendimento da OTOC que será somente necessário que o novo TOC dê conhecimento ao seu antecessor que vai assumir funções, atendendo aos valores de probidade e de urbanidade que devem sempre pautar o relaciona-mento entre estes profissionais.

Caberá, pois, ao TOC cessante reclamar os seus créditos junto aos autos de insolvência, junto do administrador de insolvência, nos termos do CIRE, como já referimos.

Em todo o caso, constitui entendimento da OTOC que o administrador de insolvência, no caso de haver débitos da socie-dade ao TOC cessante, deverá, preferencialmente, convidar este credor para ser o responsável pela contabilidade da insolvente.

Nas situações em que se pro-cede à substituição de TOC na empresa declarada insolvente por decisão judicial anterior, sem que seja cumprido o dever de lealda-de, como vem previsto nos arti-gos 56.º do Estatuto da OTOC e 17.º do Código Deontológico dos TOC, estamos em crer que não deverá o comportamento do TOC sucessor ser contemplado para fins disciplinares.

Nos termos gerais, uma infra-ção (disciplinar ou não) é um «facto típico, ilícito e culposo, declarado punível por lei ante-rior».

No caso, o incumprimento do dever de lealdade é um facto típico previsto nos artigos 56.º do Estatuto da Ordem dos Técni-cos Oficiais de Contas e 17.º do Código Deontológico, e ilícito porque, in casu, há a violação de uma norma jurídica concreta (elemento objetivo).

Não haverá, no entanto, culpa do TOC sucessor (elemento subjetivo da norma). Com efeito, dever-se-á pugnar por que, num caso similar, não haverá lugar ao cumprimento dos deveres de lealdade.

Assim, a menos que se prove a existência de uma revogação expressa daquele entendimento, não estão preenchidos os requisitos da infração, pelo que não se poderá sindicar a responsabilidade discipli-nar do TOC sucessor por ter aceite assumir funções numa empresa declarada insolvente, anteriormente à sua nomeação, sem dar cum-primento ao regime vertido nos artigos 56.º do EOTOC e artigo 17.º do Código Deontológico dos Técnicos Oficiais de Contas.

Apesar da injustiça de que se poderá revestir este entendi-mento, como apregoam alguns, sempre se dirá que, perante uma empresa insolvente, estamos perante uma entidade jurídica diferente: não será mais uma em-presa, mas um acervo de bens que integram uma massa (insolvente), para a qual o legislador, por uma questão de conveniência ou de segurança jurídica, ainda não terá determinado uma identificação diferente da empresa que lhe deu origem.

O dever de lealdade na empresa insolvente

CLÁUDIA REISJURISTA DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS

Não raras vezes, na data em que é proferida a declaração de insolvência, existem honorários em dívida para com o TOC

Os novos desafios da inspeção tributária em conferência“Os novos desafios da inspeção tributária” é o tema da conferência promovida pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, o centro de investigação em contabilidade e discalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e a Associação dos Profissionais da Inspeção Tributária. Os traba-lhos decorrem a 7 de dezembro, no auditório da Câmara Municipal de Barcelos. Advogados, ju-ízes, consultores, inspetores tributários, docentes e técnicos oficiais de contas vão debater os prin-cipais desafios que se colocam à inspeção tributária, no atual contexto de emergência nacional.

Governo define acordos de regularização em sede da segurança socialFoi publicado em Diário da República o decreto-lei que procede à definição do regime de ce-lebração de acordos de regularização voluntária de contribuições e quotizações devidas à segu-rança social. O Decreto-Lei nº 213/2012 autoriza o pagamento diferido de montante de con-tribuições a regularizar em situações não resultantes de incumprimento e prevê uma dispensa excecional do pagamento de contribuições.

CONTAS & IMPOSTOS

Operação triangular

não fica sujeita

a pagamento de IVA

em território nacionalO IVA é um imposto cujas normas se encontram harmonizadas no seio da União Europeia, pelo que nos diferentes Estados membros vigoram normas semelhantes às vigentes em Portugal.

Determinada sociedade por quotas, sujeito passivo em Portugal e com o CAE 46510 – Comércio de computadores e equipamentos periféricos – adquire mercadorias em Inglaterra e na Alemanha e vende para o Chipre sem que as mercadorias entrem em Portugal. No entanto, por questões de logística (tem necessidade de proceder à separação das mercadorias por códigos e referências, mediante as encomendas que lhe são feitas), alugou um armazém em Madrid em que as mercadorias fazem uma «ligeira paragem» para conferência e despacho das mesmas conforme, a nota de encomenda. Pode-se considerar uma operação triangular e faturar ao abrigo do n.º 3 do art.º 8.º do RITI?

Determinado sujeito passivo português compra bens a sujeitos passivos na Alemanha e na Inglaterra e vende para o Chipre. Fisicamente, os bens vêm de Inglaterra e Alemanha para Espanha e de Espanha para o Chipre. Lembramos que o IVA é um imposto cujas normas se encontram harmonizadas no seio da União Europeia, pelo que nos diferentes Estados membros vigoram normas semelhantes às vigentes em Portugal. Assim, verificamos que a operação não é sujeita a IVA em território nacional, encontra-se fora do campo de incidência, pois, fisicamente, os bens não entram, nem saem do território português. De facto, no que respeita à aquisição, esta não é nem uma importação nem uma aquisição intracomunitária, operações que originariam tributação em sede de IVA em território português. Trata-se de uma mera aquisição de bens que não fica abrangida por qualquer norma de incidência em sede de IVA. Relativamente à transmissão de bens, esta não é uma transmissão onerosa em território nacional, pois os bens não são expedidos a partir do território português, logo, também neste caso, não há norma de incidência que abranja esta operação. Contudo, vigorando em Espanha norma equivalente ao disposto no n.º 1 do art.º 6.º do Código do IVA, concluímos que tal operação é localizada nesse território, pois os bens são colocados à disposição do cliente (do Chipre) a partir de Espanha, local onde se inicia o transporte para o adquirente dos bens. Neste sentido, não obstante serem possíveis outros procedimentos, parece-nos que o mais adequado será o sujeito passivo português proceder ao registo ou à nomeação de representante fiscal em Espanha e proceder ao registo das operações (quer da aquisição intracomunitária quer da transmissão intracomunitária) em sede de IVA em Espanha. No nosso entendimento, não será possível a utilização direta do n.º 3 do art.º 8.º do RITI, pois estão envolvidos quatro Estados membros, uma vez que os bens fisicamente passam por Espanha, são colocados à disposição do cliente a partir desse país.

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS

DE CONTAS, AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

FISCALIDADE

36 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

O BPI apresenta os custos mais competitivos para a emissão de cheques entre os dez bancos consultados pela “Vida Económica” para um comparativo sobre o tema. Destacam-se, também, Deutsche Bank e Banco Popular, pela positiva, e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), neste caso pela negativa, pois tem os custos mais elevados.AQUILES [email protected]

Com a crescente utilização de pagamentos automáticos como o pagamento por cartão ou as transferências bancários por Multiban-co ou Internet “banking”, os cheques já não têm o protagonismo de outros tempos nas transações. Mas os retângulos ainda têm um papel importante no dia a dia dos portugue-ses. Assim, solicitámos aos bancos quais os preços praticados a clientes particulares para a emissão de cheques cruzados à ordem, com data de validade, em livros de dez e avulso, com pedido ao balcão ou por meios eletróni-cos. De realçar que CGD e Santander Totta não responderam ao nosso pedido em tempo útil, pelo que recorremos ao preçário, presen-te no site de Internet das instituições.

Meios eletrónicos são opção mais acertada

De uma forma geral, nota-se a tendência de que os meios automáticos são um modo mais

barato do que o balcão para solicitar cheques, tal como se percebe que os cheques avulso são algo em vias de “extinção”. Com efeito, sete dos dez bancos em análise nem sequer os disponibilizam e os que têm cobram pouco menos por um cheque do por um… livro.

Detalhemos, então, os resultados. O mais competitivo BPI cobra pelas dez unidades 4,57 euros (mais imposto de selo) ao balcão e 1,49 euros (mais imposto de selo) através de meios eletrónicos. De notar que o banco lide-rado por Fernando Ulrich não disponibiliza cheques avulso e pratica um preço especial para o primeiro módulo de dez cheques so-licitados após a abertura de conta (1,92 euros mais imposto de selo).

No caso do Deutsche Bank, cinco euros é o valor base. Esse o custo do livro de cheques, pedido ao balcão ou no Multibanco, e do pa-

pel avulso (mais imposto de selo e, quando aplicável, portes de envio).

Também o Banco Popular não diferencia os custos entre a solicitação ao balcão ou por meios automáticos: 5,75 euros (mais imposto de selo). Apenas nos pedidos por ATM esse valor é diferente (sete euros). Além disso, o banco espanhol, que também não vende che-ques avulso, oferece os primeiros cinco che-ques nas novas contas.

O Crédito Agrícola é outro caso em que é “pedido” o mesmo valor pelas solicitações ao balcão e por meios eletrónicos (7,90 eu-ros mais imposto de selo). O cheque avulso custa quatro euros mais imposto de selo na entidade.

Já no Millennium bcp o livro de dez che-ques custa 8,66 euros (imposto de selo) ao balcão e 7,65 euros (mais imposto de selo) no “homebanking”. O banco presidido por Nuno Amado também não disponibiliza cheques avulsos. “Em alternativa, disponibi-lizamos nos balcões talões de levantamento. O custo dos talões de levantamento é de 4,50 euros mais imposto do selo”, referiu-nos fon-te do banco.

No Montepio não há diferenciação entre

balcão e meios automáticos no livro de che-ques, cobrando 8,7 euros (mais imposto de selo) em ambos os cenários. Já o custo do cheque avulso é de 5,5 euros (mais imposto de selo). “Caso o Cliente seja aderente da so-lução Montepio Viva, beneficia da isenção da comissão de requisição e entrega de módulos de cheques, até ao máximo de um por ano (aplica-se exclusivamente a módulos de dez cheques não à ordem, requisitados através do serviço Net24 ou, ainda, com data de valida-de e requisitados junto de um balcão). Esta isenção é renovada anualmente, não sendo acumulável”, explicou-nos fonte do Monte-pio.

O BES tem outro preçário e pratica valores diferentes pelo livro com dez cheques conso-ante seja solicitado ao balcão ou pela Internet:

9,60 euros (mais imposto de selo) ao balcão e 6,20 euros pelo meio eletrónico. Tambémo banco de Ricardo Salgado abandonou oscheques avulsos.

No caso do Santander Totta (um dos ban-cos que não respondeu ao nosso pedido em tempo útil), o diferencial entre os pedidos efetuados ao balcão e por meios eletrónicosé ainda maior. A entidade, que também não tem cheques avulsos, cobra 11,50 euros (mais imposto de selo) por cheques requeridos aobalcão e 6,50 euros (mais impostos de selo)quando essa requisição é feita na máquina de cheques, na ATM ou pela Internet.

Também o Barclays diferencia – e de que maneira – os pedidos ao balcão dos feitospor Internet, telefone ou ATM: 14,90 euros (mais imposto de selo) nas agências ou 5,86euros (mais imposto de selo) por meio eletró-nico. Sem surpresa, este banco também não permite a compra de cheques avulsos.

Por fim, CGD (a outra entidade que nãorespondeu ao nosso pedido em tempo útil).O banco público, que também não disponi-biliza cheques a avulsos, cobra 15 euros (maisimposto de selo) pelos livros pedidos ao bal-cão e 11 euros (mais imposto de selo).

MERCADOS

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 37

BPI tem os custos mais competitivos na emissão de cheques

PSI-20 (02.10) 5265,83

-1,27% Var. Semana

-4,16% Var. 2012

Dow Jones 2/Oct ........13454,64

Var Sem ...............................-0,02% Var 2012 .............................. 10,13%

Nasdaq 2/Oct .............. 3112,909

Var Sem ...............................-0,15% Var 2012 ..............................19,49%

IBEX 35 2/Oct .................7867,10

Var Sem ...............................-3,77% Var 2012 ...............................-8,16%

DAX 2/Oct .....................7305,86

Var Sem ...............................-1,61% Var 2012 ..............................23,86%

CAC40 2/Oct ..................3414,23

Var Sem ...............................-2,83% Var 2012 ................................8,05%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

5160518052005220524052605280

20 Set 21 Set 24 Set 25 Set 26 Set

Meios eletrónicos são opção mais acertada

BANCO BALCÃO - 10 CHEQUES CRUZADOS

BALCÃO - CHEQUE AVULSO

MEIOS ELETRÓNICOS - 10 CHEQUES CRUZADOS

MEIOS ELETRÓNICOS - CHEQUE AVULSO

J 9,60 + IS (e J 0,05/cheque) n.d. (mín. 5) J 6,20 + IS (e J 0,05/cheque) n.d. (mín. 5)

J 5,75 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. (mín. 5) J 5,75 + IS (4% + J 0,05/cheque)

n.d. (mín.10)

J 14,90 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. J 5,86 + IS (4% + J 0,05/cheque)

n.d.

J 4,57 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. J 1,49 + IS (4% + J 0,05/cheque)

n.d.

J 15 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. (mín. 5) J 11 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. (mín. 5)

J 7,90 + IS (4% + J 0,05/cheque)J 4 + IS (4% + J 0,05/

cheque)J 7,90 + IS (4% + J 0,05/

cheque)n.d.

J 5 + IS J 5 + IS J 5 + portes de envio n.d.

J 8,66 + ISn.d. (talões

levantamento: J 4,5+IS)

J 7,65 + IS n.d.

J 8,70 + IS (4% + J 0,05/cheque)J 5,50 + IS (4% + J

0,05)J 8,70 + IS (4% + J 0,05/

cheque)n.d.

J 11,50 + IS (4% + J 0,05/cheque) n.d. (mín. 3) J 6,50 + IS (4% + J 0,05/cheque)

n.d.

Fonte: Bancos, com exceção para os casos com asterisco, em que a informação foi obtida no site do banco

*

*

Há a tendência dos meios automáticos serem mais baratos do que o balcão para solicitar cheques

O cheque avulso está em vias de “extinção”

Desde o início da crise grega, já muito se discutiu sobre dívida pública, dívida externa, reestruturações e reescalonamentos. A Grécia, que já deu uma tesourada ao seu endividamento, prepara-se entretanto para repetir a dose, e Portugal vai dando os primeiros passos no sentido de alongar os prazos de reembolso de algumas emissões. À hora a que escrevo, é notícia que o Instituto de Gestão do Crédito Público ter-se-á oferecido para trocar títulos que vencem em Setembro do próximo ano por novos títulos que, supostamente, vencerão em Outubro de 2015. Não se trata de uma reestruturação à grega, nem tão-pouco se trata de uma novidade – a Irlanda também o fez há pouco tempo. Na prática, trata-se de prolongar por mais dois anos o reembolso da emissão que teria de ser reembolsada em 2013. De qualquer modo, é sinal dos tempos, e do tipo de operações a que assistiremos nos próximos meses.

Portugal exibe hoje um endividamento público que ronda os 120% do PIB. Esta é a leitura oficial que, no entanto, não inclui o passivo

do sector empresarial do Estado, e também não inclui a dívida implícita das parcerias público-privadas. Aquele valor exclui ainda outras “pequenas” dívidas do Estado como, por exemplo, os créditos comerciais concedidos pelos fornecedores das administrações públicas, e que até aqui estiveram fora do perímetro creditício dessas mesmas entidades. Se acaso incluíssemos todos estes valores, oficialmente, acrescentaríamos mais 90.000 milhões de euros ao endividamento público, elevando-o para 170% do PIB (cerca de 300 000 milhões). Enfim, são números estarrecedores, e que oneram os cidadãos portugueses, entre dívidas explícitas e implícitas, em quase 30 000 euros por cabeça, ou 55 000 euros por trabalhador em idade activa – para além das dívidas privadas de cada cidadão. É chocante.

A solução para tamanho desmando é aquele que a história, repetidamente, destinou a este tipo de episódios: o incumprimento. Não vale termos ilusões. Seja através das tesouradas gregas ou através dos reescalonamentos irlandeses e portugueses, é

incumprimento que teremos. Na dívida pública, na dívida privada, na interna e na externa, com inflação ou sem ela, não há grande volta a dar nem será grande novidade. O maior problema desta crise é que nunca na história moderna tivemos tanto endividamento quanto aquele que hoje existe. O risco de uma implosão do edifício é, pois, proporcionalmente maior. E essa implosão, no limite, concretizar-se-ia de uma de duas formas: a) com deflação, ou; b) com hiperinflação. A história mostra-nos que a hipótese b) é a mais provável.

Não pretendendo ser catastrofista, mas quanto mais navegamos nos detalhes, quanto mais desenrolamos o novelo, mais pessimistas ficamos. A desmaterialização do sistema financeiro, com todas as suas virtualidades, criou um monstro creditício, uma espécie de Airbus A380, com 500 pessoas a bordo, cujos motores não podem deixar de funcionar. Para já, os motores continuam a funcionar. O problema, como sempre tende a acontecer em situações de erro catastrófico, é que os comandantes podem projectar

uma falsa sensação de segurança, e frequentemente nem se apercebem da perda de controlo se não mesmo segundos antes do acidente. É isso que, temo, pode estar prestes a acontecer. Os sucessivos programas de criação monetária conduzidos, um pouco por todo o mundo, por quase todos os grandes bancos centrais – o FED, o BCE, o BOE, o BOJ e o SNB – não auguram nada de bom. Bastará uma faísca, ou um pouco mais de impulso, para que o gigante dos ares entre em perda aerodinâmica. Oxalá não aconteça nada disto, mas com a agitação em Espanha, e com todas as múltiplas picardias por esse mundo fora – o Japão contra a China, Israel contra o Irão, e a Síria contra a Síria –, as coisas começam a parecer perigosas. Além disso, à razão e à emoção junta-se ainda a premonição, e assim não esqueçamos que o mundo acaba a 21 de Dezembro de 2012 – na profecia maia. Enfim, que diabo, venha daí uma vaia!

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO NÃO SEGUE AINDA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O fim da história

EspeculaçãoRICARDO ARROJAPedro Arroja Gestão de Patrimónios, SA e docente no Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (IESF)

38 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

-0,08% Var. Semana -0,011% Var. Semana 1,40% Var. Semana

-0,14% Var. 2012 -0,789% Var. 2012 4,30% Var. 2012

Euro/Libra 2/Oct ...... 0,8005

Var Sem ........................ -0,26% Var 2012 .........................4,40%

Euro/Iene 2/Oct ....100,9730

Var Sem ........................ -0,10% Var 2012 ........................ -1,20%

Euribor 3M 2/Oct ..... 0,2200

Var Abs Sem .................. -0,002 Var 2012 ......................... -0,781

Euribor 1Y 2/Oct .......0,6810

Var Abs Sem ................... -0,013 Var 2012 ......................... -0,823

Ouro 2/Oct ........... 1777,32

Var Sem ......................0,73% Var 2012 ....................12,75%

Prata 2/Oct ...............34,75

Var Sem ......................2,42% Var 2012 ....................23,29%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

EURODÓLAR (02.10) 1,2943 EURIBOR 6M (02.10) 0,4350 PETRÓLEO BRENT (02.10) 111,98

1,28

1,285

1,29

1,295

1,3

20 Set 21 Set 24 Set 25 Set 26 Set0,425

0,430,435

0,440,445

0,45

20 Set 21 Set 24 Set 25 Set 26 Set108109110111112113

20 Set 21 Set 24 Set 25 Set 26 Set

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) “tem-se ocupado em financiar alguns clientes em grandes operações financeiras para adquirirem ações” e “demite-se” de financiar os setores que “promovem o desenvolvimento económico que mais interessa a Portugal”, como a agricultura e o agroalimentar. A opinião é do engenheiro agrónomo José Martino, que detém a consultora Espaço Visual. Em entrevista à “Vida Económica”, toma uma posição clara: “a CGD não deve ser privatizada”.TERESA [email protected]

Vida Económica - Referiu num artigo de opinião na “Vida Económica” que os jovens agricultores precisam de quem os apoie e que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem de ter um papel decisivo nesta maté-ria. A CGD não tem assumido esse papel?

José Martino - A CGD não tem assumido esse papel por-que tem-se ocupado em fi-nanciar alguns clientes em grandes operações financei-ras para adquirirem ações, por exemplo, a compra de ações do BCP ou da BRISA. Por outro lado, não tem privilegiado o fi-nanciamento das empresas que produzem bens transacionáveis na agricultura e na indústria, por-que a tutela política que se deveria exercer nas assembleias-gerais de-mite-se de o fazer, não a utilizan-do como um instrumento claro e privilegiado de apoio às empresas que promovem o desenvolvimen-to económico que mais interessa a Portugal. A CGD tem-se pre-ocupado em ser mais um banco que opera em Portugal, fazendo--o com a mesma estratégia dos seus concorrentes. A CGD deve-

ria apoiar de forma prioritária as empresas exportadoras e os jo-vens agricultores.

VE - Qual é a maior dificulda-de: a obtenção do crédito ou o preço desse crédito?

JM - Creio que para as ‘start up’ a maior dificuldade é a obten-ção de crédito. Para as empresas que têm histórico, mesmo com bons resultados contabilísticos, o problema principal é o custo do crédito. Está-se a atingir patama-res de valores imorais no custo do crédito, mesmo com a cobertura do Estado através das linhas de financiamento PME. Faço votos que este problema, a prazo, não venha a ser para os contribuintes portugueses um segundo BPN.

VE - Qual é o banco português que melhor tem apoiado, em termos de facilidades de fi-nanciamento, a agricultura e a agroindústria?

JM – Na minha opinião não há um banco especializado que pri-vilegie o financiamento da agri-cultura e agroindústria.

VE - Se a CGD for privatiza-da, que evolução é que pode

haver no que respeita ao finan-ciamento à agricultura e ao se-tor agroalimentar?

JM - A CGD não deve ser pri-vatizada e deve mudar a sua es-tratégia sendo um instrumento de apoio efetivo ao financiamen-to das atividades económicas que

interessam ao desenvolvimento de Portugal. Caso venha a acon-tecer, mesmo parcialmente, temo que a agricultura e o setor agroa-limentar serão financiados em li-nha do que tem sido nos últimos anos, o que, na minha opinião, é um erro.

“A CGD não deve ser privatizada”

MERCADOS

“A CGD deveria apoiar de forma prioritária as empresas exportadoras e os jovens agricultores”, defende José Martino.

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 39

MERCADOS

No âmbito do novo pacote de austeridade que entrará em vigor no próximo ano, o Governo anunciou recentemente a subida para 26,5% da taxação sobre dividendos e mais-valias das aplicações financeiras. Todavia, para Luís Laginha de Sousa esta é uma medida que “vai no sentido errado”.Em entrevista à “Vida Económica”, o presidente da NYSE Euronext Lisbon avisa que “o capital tem sido cada vez mais visto como quase um crime” e isso “é desincentivar todos aqueles que, na prática, podem ser os que podem contribuir para a solução”. Em alternativa, Laginha de Sousa adverte que tem de “haver coragem e capacidade de reduzir o que são as necessidades de funcionamento do Estado”, pois existe hoje a noção de que ”há um esforço permanente que está a ser pedido do lado da receita, de quem produz, e não se percebe onde está o objetivo do lado de despesa”.

FERNANDA SILVA [email protected]

Vida Económica – Concorda com o agravamento fiscal sobre dividendos e mais-valias das aplicações financeiras?

Luís Laginha Sousa - Essa é uma medida que vai no sentido er-rado. Tenho consciência das dificul-dades e dos desafios que o país en-frenta e que a nossa economia tem. Mas estas medidas têm efeitos que muitas vezes vão muito para além daquilo que parece ser o seu impac-to imediato, sobretudo porque há uma dimensão absoluta, que hoje já recai sobre os rendimentos, mas também há uma dimensão relativa destas medidas. O capital tem sido cada vez mais visto como quase um crime e isso é desincentivar todos aqueles que, na prática, podem ser os que podem contribuir para a solução. Portugal precisa que haja incentivos para criar riqueza e se, porventura, alguma dessa riqueza

é gerada ou é apropriada de forma menos correta, então esses são pro-blemas para tratar em foro judicial, pois não é através da penalização fiscal que se vai introduzir justiça.

VE – E em relação à dimensão relativa?

LGS – Dado que hoje não vi-vemos fechados, vivemos numa economia aberta, sabemos que a solução passa por ter capacidade de atrair o interesse do investidor estrangeiro. Tudo aquilo que seja onerar os rendimentos e a atrativi-dade do investimento no nosso país não só é mau para os portugueses em termos absolutos, mas também torna ainda muito mais difícil a tarefa de conseguirmos atrair inves-timento estrangeiro que é indispen-sável para ultrapassarmos os nossos problemas atuais.

VE – Quais serão as principais consequências desta decisão? Teme que esta resulte num de-sincentivo à poupança e ao in-vestimento?

LGS – Tenho a clara noção que as consequências não serão positi-vas, vão no caminho de se tornar um desincentivo à poupança. Isto é contraditório com o apelo que se faz para que as pessoas poupem mais e coloca em causa as suas expectativas de, ao pouparem, poderem também usufruir do rendimento daquilo que poupem, o que não acontecerá.

VE – Qual seria então a alter-nativa?

LGS - A alternativa não é fácil, mas tem de haver necessariamente coragem e capacidade de reduzir o que são as necessidades de funcio-namento do Estado. Qual é o nível razoável de recursos que o Estado português pode consumir da rique-za produzida em Portugal? O Es-tado não produz riqueza, o Estado absorve riqueza... Depois, a partir daí, é preciso encontrar formas de distribuir a carga para suportar essas despesas. Neste momento está-se a encontrar formas para suportar o custo de funcionamento do Esta-

do, mas falta saber qual é o nível de despesa que nós temos. E isso cria a noção de que há um esforço per-manente que está a ser pedido do lado da receita, de quem produz, e não se percebe onde está o objetivo do lado de despesa. As pessoas es-tão dispostas a suportar sacrifícios, mas têm de perceber o que está para além desses sacrifícios.

”É preciso coragem para reduzir as necessidades de funcionamento do Estado”

VE – Foi igualmente noticia-

do que o Governo está ainda a preparar a introdução de um im-posto sobre as transações finan-ceiras. Existe, na sua opinião, margem para a criação de um novo imposto?

LGS - Este é outro tema em que se pode fazer muita demagogia, em-bora não seja fácil de explicar para o comum dos cidadãos. É verdade que existe a convicção que esta é uma taxa pequenina numa área de atividade que aparentemente está associada aos aspetos mais negati-vos da crise financeira, investimen-to de quem se está a aproveitar de

operações de compra e venda e não a gerar riqueza, mas isso tem de ser desmistificado. O grande risco queexiste nesta matéria, não havendocoragem de confrontar e enfrentar esta crescente lógica, é adotar uma taxa dessas.

VE – Como assim…LGS – Se isso vier a acontecer, o

resultado será exatamente o opostodaquilo que se quer atingir. Pode até beneficiar aqueles que achamos que devem ser prejudicados, por-que a complexidade desse tipo deinstrumentos é de tal ordem que,ao ser aplicado, pode introduzirdistorções que penalizam ainda mais aquilo que hoje, apesar de tudo, é escrutinável, como é o casodas transações em bolsa. Esta é uma pequena parte de um conjunto detransações que vem debaixo do cha-péu-de-chuva que são os mercados. As transações em bolsa acontecemcom regras muito claras, muito transparentes, em que se sabe quemsão, quem intervém, e o risco dessas medidas é que sejam mais uma vezpara penalizar aqueles que hoje sãofacilmente identificados. E deixarde fora todos os outros, nomea-damente muitas outras operaçõesmais duvidosas, e levar aqueles que ainda se mantêm neste espaço regu-lado para passar para outras áreas menos escrutinadas.

LUÍS LAGINHA DE SOUSA, PRESIDENTE DA NYSE EURONEXT LISBON, GARANTE

Aumento da carga fiscal pode afastar investimento estrangeiro

Luís Laginha salienta ser necessário saber qual é o nível razoável de recursos que o Estado português pode consumirda riqueza produzida em Portugal.

Euronext avalia criação de mercado dedicado a PME europeias

A NYSE anunciou estar a ponderar a criação de uma bolsa destinada a Pequenas e Médias Empresas (PME), à escala europeia. A medida foi recomendada num relatório independente como solução para dinamizar e facilitar o financiamento destas empresas.Colocada a hipótese deste novo mercado substituir o Alternext, Luís Laginha de Sousa garante que tal pressuposto ”é prematuro” e explica que este foi ”um processo lançado pela Euronext, com recurso a um grupo de pessoas independentes que apresentaram um relatório com recomendações para poder encontrar soluções para financiar PME”. Para já, tudo não passa de um relatório preliminar sendo que o relatório final, com os comentários recolhidos durante a consulta pública, ”poderá ou não colocar em prática essas recomendações”.

Questionado acerca do motivo pelo qual o Alternext não tem conseguido atrair mais empresas nacionais, o presidente da NYSE Euronext Lisbon recorda que, ”neste momento, podemos dizer que temos lá uma empresa portuguesa (ISA - Intelligent Sensing Anywhere), algo que até há bem pouco tempo atrás não existia” e isso ”é um sinal importante”, assegura.Todavia, Laginha de Sousa admite a existência de um “conjunto de problemas conjunturais e estruturais” que dificultam que tal aconteça e que ”ainda há um longo caminho a percorrer”. “Conjunturais, porque normalmente em períodos de maior baixa de mercados as empresas olham menos para os mercados e capitais enquanto local para dispersão do seu capital. Estruturais, desde logo a fiscalidade”, remata.

Obrigações são títulos de dívi-da. São promessas e valem o que vale quem as faz.

As obrigações confundem os investidores. A relação inversa entre as taxas de juro e os preços das obrigações (quando as taxas sobem, as obrigações descem e vice-versa) é fundamental na compreensão do papel da taxa fixa num portefólio de investi-mentos.

Contudo, sondagens mos-tram que uma larga maioria de investidores individuais de todo o mundo não compreendem os mais básicos elementos da mate-mática das obrigações. Por vezes, até mesmo respeitados agentes económicos falham. Um artigo na secção económica do New York Times, ironicamente inti-tulado “Compreender Melhor as Obrigações”, afirmava que a “duração e preços de uma obri-gação acompanhavam as taxas de juro. Uma obrigação com maturidade de 7 anos ganharia 7% do seu preço quando as ta-xas de juro subissem um ponto percentual. A mesma obrigação perderia 7% quando as taxas caíssem 1%.” Obviamente, o Times descreve a relação entre preços e yields numa prosa per-feitamente perversa. Aumentos nas taxas de juro causam quedas nos preços das obrigações e não aumentos. Se um jornalista eco-nómico de um jornal conceitua-do e sofisticado não percebe isto, que esperanças terá um investi-dor comum?

No reino do investimento em obrigações do tesouro ameri-cano, o risco está relacionado, em primeiro lugar, com o hori-zonte temporal. Um investidor com um horizonte temporal de seis meses não vê qualquer risco nas obrigações de tesouro a seis meses, uma vez que não existe qualquer dúvida quanto ao pa-gamento do capital no seu ven-cimento.

As obrigações do tesouro ame-ricano constituem uma forma única de diversificação de um portfolio, servindo como pro-teção contra acidentes financei-ros e deflação não antecipada. Nenhuma outra classe de ati-vos consegue igualar o poder de diversificação das obrigações de longo prazo, que não serão reembolsadas antecipadamente (“noncallable”) e sem risco do Governo americano.

Obrigações do Tesouro “versus” Obrigações de Empresas

Esta euforia em volta das obri-gações tornou o mercado muito

mais atrativo para os emitentes. Este foi, aliás, o trimestre com mais emissões de obrigações de empresas de sempre. Esta pro-cura sem precedentes permite o refinanciamento da dívida das empresas aos preços mais baixos de sempre. Segundo dados da Bloomberg, até final de setem-bro terão sido emitidos cerca de 3 triliões de dólares em dívida.

Os investidores poderão estar a pagar um preço demasiado alto pelas obrigações. Segundo a Moody’s, os compradores de obrigações com o “rating junk” estão a dar o seu acordo às yiel-

ds mais baixas desde há um ano. Segundo a Morgan Stanley, en-quanto a maioria das emissões de obrigações é utilizada no re-financiamento de dívida, a ala-vancagem nas empresas ameri-canas com mais risco de crédito está a aumentar à taxa mais rápi-da desde 2009.

Os yields médios das obriga-ções, das empresas com melho-res ratings até às que apresentam maior risco de crédito, caíram para uns sem precedentes 3,56% na passada semana. No final de Junho passado, este valor era de 4,17%, há um ano atrás era de 4,82% e no final de 2009 era de 5,1%. A busca de melhores re-tornos fora das obrigações de pa-íses com bons ratings leva a que os investidores aceitem obriga-ções de empresas com mais risco e, consequentemente, proteções mais fracas. É pois sensato que os investidores reduzam a expo-sição a este títulos.

É importante analisar a qua-lidade de crédito do emitente e a sua capacidade de vir a cum-prir no futuro com as promessas que está a fazer aos investidores destas obrigações: o pagamento de um cupão semestral/anual e a devolução do capital na data do seu vencimento.

Outra questão fundamen-

tal é o prazo da emissão, que, em muitos casos, é de 30 anos e obrigará o investidor a ficar “refém” de taxas tão baixas por muitos e muitos anos.

A história repete-se e esquecê--la é estar condenado a repetir os mesmos erros.

Nos mercados financeiros há uma atração irresistível pelos investimentos de que toda a gente fala. São esses, aquelas de que toda a gente fala e onde rei-na a excitação, que as institui-ções financeiras se apressam a oferecer aos clientes. Ninguém quer ficar para trás.

Motivadas pela grande insta-bilidade financeira, pelo pâni-co dos investidores e a ideia de muitos que já só se preocupam em não perder dinheiro, as ins-tituições financeiras mundiais concentraram a sua oferta em produtos financeiros de taxa fixa: obrigações, fundos de obri-

gações, e produtos estruturados que tentam replicar remunera-ções equivalentes às obrigações. Dito de outra forma, a exigência de segurança, grande parte das vezes ilusória, levou a que a ofer-ta se concentrasse nesta classe de ativos.

Ações para o longo prazo

Uma ação é uma fatia de um negócio que permite ao seu de-tentor receber um dividendo e ganhar com o crescimento e va-lorização da empresa.

A história demonstra que as ações conseguem retornos su-periores ao longo de períodos de tempo razoáveis. Investir em ações oferece proteção contra a inflação a médio e longo prazo. Os 200 anos de dados apresenta-dos por Jeremy Siegel mostram que as ações americanas ganham 8,3% ao ano. Nos 75 anos de dados de Roger Ibbotson, mos-tram retornos de 10,4% ao ano.

Nenhuma outra classe de ati-vos consegue um registo tão im-pressionante de performance de longo prazo.

A nossa preferência é o in-vestimento em ativos que pro-duzam rendimentos e que são, certamente, mais seguros. Acre-ditamos na capacidade extraor-

dinária que algumas dezenas de empresas têm para produzir bens e serviços que o mundo inteiro precisa e irá continuar a consu-mir. Acreditamos que negócios de primeira classe como a Mi-crosoft, Wells Fargo, Pfizer, To-tal, Novartis, General Electric, Wal-Mart, Johnson & Johnson, Nestlé, Cisco, entre outras, con-tinuarão a beneficiar de enormes vantagens competitivas, a gerar retornos excelentes e a produzir lucros excecionais para os seus acionistas.

O investimento nestas gran-des marcas mundiais – empre-sas com grandes vantagens com-petitivas e com balanços com pouca dívida – está a proporcio-nar aos investidores a possibili-dade de terem acesso a 5 fontes de rendimento/valorização para os próximos anos:

Dividendos – estes negó-cios estão a distribuir, em média, 2% a 4% de dividendos pelos seus acionistas e se comparados com as taxas das obrigações é uma situação inédita nos últi-mos 50 anos.

Recompra de ações – estas empresas, suportados pelos seus balanços fortes e capacidade de geração de “cash flows”, estão a recomprar ações, outra forma de remunerar o acionista com efici-ência fiscal. Em média, estão em condições de recomprar anual-mente 2% de ações próprias nos próximos anos.

Ajustar preços para infla-ção - as vantagens competitivas que sustentam estes negócios permitem que aumentos de cus-tos na produção dos seus pro-

dutos ou serviços possam ser passados para o preço final, não afetando a sua rentabilidade. Este fator pode significar mais 2% de rendimento médio.

Crescimento económico – estas empresas estão presentes em todo o mundo. Estão expos-tas ao crescimento económico, não só dos países desenvolvidos de onde são originárias, mas também ao crescimento mais acelerado das economias emer-gentes. Será de esperar que os seus resultados líquidos acompa-nhem o crescimento real médio esperado para estas economias, que será superior a 3% ao ano.

Reavaliação para a média normal – algumas destas empre-sas estão subavaliadas em termos históricos. O mercado, a prazo, regressará para níveis normali-zados de avaliação. Verificamos que, em média, estes negócios estão a ser avaliados a cerca de 12 vezes os seus lucros atuais,

sendo a média histórica de 16. Anualizando o potencial de va-lorização em 5 anos, temos mais uma fonte de valorização, supe-rior a 6% ao ano.

Adicionando estas compo-nentes de valor, estamos perante oportunidades de investimento que, para os próximos anos, po-derão proporcionar rentabilida-des superiores a 15% ao ano.

Aos investidores importa saber se nas suas carteiras de investi-mento têm ações que possam ser máquinas de fazer dinheiro para o futuro. É fundamental com-prá-las quando estão baratas.

Investimento em obrigações: riscos “versus”

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CASA DE INVESTIMENTOS – GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, SA

WWW.CASADEINVESTIMENTOS.PT

MERCADOS

40 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

A questão é: até onde podem ainda cair as taxas de juro?

A expansão dos programas de estímulos por parte dos bancos centrais, desde a Reserva Federal Americana ao Banco do Japão e Banco Central Europeu, entre outros, estão a incentivar os investidores na procura de obrigações com yields mais altas e consequentemente com maiores riscos. As taxas de juro nos Estados Unidos, mantêm-se próximas de zero pelo quarto ano consecutivo. Isto contribuiu para os maiores ganhos nas obrigações desde 2009. Os investidores institucionais reconhecem que as taxas de juro continuarão baixas durante um período de tempo alargado. A resposta à questão acima é clara. As taxas estão próximas de zero, em mínimos nunca vistos. As taxas de juro seguem, na sua essência, um processo de reversão para uma média de longo prazo. Quer isto significar que, quando estão muito altas, tenderão a reverter para a dita média e quando estão muito baixas tenderão a subir para a média de longo prazo.As obrigações do tesouro a 10 anos estão em mínimos históricos: nos Estados Unidos, a yield é de 1,6934%, na Alemanha é de 1,45%, na França é de 2,19% e no Japão é de 0,76%. Os rendimentos tão baixos de obrigações consideradas sem risco tem levado os grandes gestores de dinheiro de grandes institucionais mundiais a procurar obrigações com rendimentos melhores.

Investimentos em taxa fixacom retornos muito baixos

Os investidores pagam um preço pelo poder de diversificação das obrigações do tesouro. A segurança absoluta da dívida do tesouro faz com que os investidores esperem (e mereçam) retornos mais baixos relativamente àqueles esperados noutros ativos mais arriscados. Enquanto os detentores de obrigações do tesouro de longo prazo beneficiam da queda da taxa de inflação, num ambiente de inflação inesperada os obrigacionistas perdem. Os modestos retornos esperados nas obrigações do tesouro e a reação adversa à inflação justificam alocações modestas de capital por parte dos investidores de longo prazo.À medida que as taxas de juro variam, o valor facial da obrigação varia também, mesmo num período de seis meses. Um aumento nas taxas pode deixar o investidor com um prejuízo, enquanto uma diminuição nas taxas pode valer-lhe um lucro inesperado.

As instituições financeiras mundiais concentraram a sua oferta em produtos financeiros de taxa fixa

É importante analisar a qualidade de crédito do emitente e a sua capacidade de vir a cumprir no futuro

“When the music stops, in terms of liquidity, things will be complicated. But as long as the music is playing, you’ve got to get up and dance. We’re still dancing.”

Chuck Prince, CEO of Citigroup, July 2007.

A citação acima está no topo do ranking das melhores citações sobre “como funciona o sistema”.

Os grandes bancos sabem que as suas decisões são arriscadas, mas não têm a disciplina para as evitar. Os gestores dos grandes bancos tudo fazem para insuflar as cotações das ações (pois têm, muitas vezes, o grosso dos seus rendimentos indexados à performance das ações) e esperam (sonsamente) que os supervisores controlem o mercado. Num típico comportamento de manada nenhum banco será especialmente criticado se fizer o que todos os outros fazem, mesmo que as decisões sejam desastrosas no longo prazo.

O problema estará na supervisão ou estará essencialmente na moral tóxica de tudo isto?

Se fosse permitido que os grandes bancos falissem, se não houvesse nenhuma mão protetora que os protegesse quando as coisas correm mal, o sistema estaria muito mais

moralizado e os gestores seriam muito mais ponderados. Ora, atualmente não é isso que acontece porque o sistema está construído e é alimentado por uma evidente (e indecente) cumplicidade entre governos, bancos centrais e bancos.

Desde a crise de 2008, os programas de estímulos quantitativos nos EUA (QE1, QE2, Operação Twist e QE3) mantiveram a música a tocar. Todavia, a economia não melhorou. Para onde foi a música? Para o setor financeiro (ações, obrigações, etc). Na Europa os melómanos decidiram uma música diferente: só para os ajuizados e dignos; os outros terão de aprender a merecer ouvir sonatas.

Na minha perspetiva, tudo isto é perverso, a liquidez generosa não resolverá o problema de crescimento. Pior que isso, a excessiva liquidez, a par da moral tóxica referida acima, tenderá a desviar os recursos para atividades improdutivas, alimentar bolhas especulativas e, no final, originar uma nova crise. Pode, num cenário cada vez mais provável, originar estagflação (inflação sem crescimento).

Qualquer interveniente no mercado que entenda esta lógica perversa terá o incentivo a dançar

enquanto a música está a tocar. Muito bem, enquanto a música estiver a tocar, há que dançar, até porque não o fazer pode significar uma perda real.

Num cenário inflacionista, as obrigações e cash poderão revelar-se investimentos que resultarão em perdas reais de poder de compra (são aparentemente mais seguras, mas os retornos não compensam a inflação). Enquanto a música tocar (enquanto houver liquidez) o investidor que queira proteger

o seu património em termos reais deverá considerar que é mais seguro investir em ativos reais, inclusive ações, do que em obrigações de alto rating.

Num cenário deflacionista, obrigações e cash serão os portos seguros.

Em qualquer um dos cenários, os metais preciosos afiguram-se como uma boa alternativa de investimento e um antídoto contra a impressão sem limites por parte dos bancos centrais.

Bons Investimentos!

MERCADOS

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 41

retorno

A menina dança?

ALEXANDRE MOTAdirector executivo da Golden Brokerhttp://bgoldenbroker.blogspot.comwww.goldenbroker.com

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BES financia equipamentos agrícolas até 100%

O BES celebrou um proto-colo com várias empresas de equipamento agrícola (tratores, alfaias agrícolas e sistemas de rega) que permite a reposição de equipamento agrícola com possibilidade de financiamen-to até 100% do investimento, prazo máximo de pagamento de sete anos e carência de capital até dois anos.

As marcas que fazem parte da linha de crédito são a New Holland, Massey Ferguson, En-treposto, Herculano, Expansão, Lagoalva, Irricampo, Hubel e Sulregas.

As linhas protocoladas fazem parte das Soluções BES Agricul-tura e têm por objetivo garantir a sustentabilidade do negócio das empresas agrícolas.

“O setor agrícola apresenta-se

atualmente como estratégico para a recuperação da econo-mia portuguesa, principalmen-te pelo seu potencial de cresci-mento e consequente impacto na balança comercial, quer por via das exportações de produtos agrícolas, quer por via da subs-tituição das suas importações, e na criação de emprego”, refere um comunicado do BES.

A New Holland é uma das marcas que fazem parte da linha de crédito.

A banca espanhola necessita de capital no valor de 59,3 mil milhões de euros. Este mon-tante desce para 53,7 mil mi-lhões quando se consideram os processos de fusão que estão a decorrer e os efeitos fiscais. A boa notícia é que sete bancos não necessitam de capital adi-cional, de acordo com o estudo da Oliver Wymann.

Os dois grandes bancos San-tander e BBVA, bem como o CaixaBank, o Banca Cívica, o Sabadell e o CAM e o Bankin-ter não necessitam de reforçar o seu capital, nem sequer para fazer face ao cenário adverso delineado pela consultora. No grupo 1 estão as entidades já nacionalizadas – Bankia, Ca-

talunyaBank, NovaGalicia e Banco de Valencia – que, em conjunto, têm necessidades de capital de 46,2 mil milhões de euros. Deste valor, mais de 24,7 mil milhões dizem respei-to ao Bankia, o qual já recebeu cinco mil milhões em apoios estatais. As restantes entidades que necessitam de capital são o Ibercaja, Caja3 e Liberbank, que iniciaram uma processo de fusão.

Em conjunto, o seu défice de capital atinge os 2,1 mil milhões de euros num cená-rio adverso. Já o BMN terá de encontrar 2,2 mil milhões e o Banco Popular vai precisar de mais de 3,2 mil milhões de eu-ros.

Banca espanhola

precisa de 59,3 milhões

Riscos inerentes às obrigações:

a qualidade do emitente deve ser analisada para que se determine a sua capacidade de cumprir com a promessa que está a fazer a quem empresta o dinheiro (quem investe neste produtos).

um investimento por 10 anos implica que o investidor não necessitará destes fundos antes do vencimento, ou então que tenha acesso ao mercado secundário para a sua venda. É aqui que se coloca o risco de liquidez. As obrigações do tesouro americano, pela sua dimensão, transacionam num mercado muito profundo e com muita liquidez. Contudo, isto não acontece para todos os países com bom risco e muito menos para empresas. As diferenças entre o preço a que os investidores estão dispostos a vender e os preços a que os compradores estão dispostos a comprar, podem ser muito significativas.

se as taxas caírem os investidores em obrigações ganham e se as taxas subirem, os preços caem e os investidores perdem. Tratando-se de obrigações de empresas, é também muito importante saber que tipo de opções deixou o emitente reservadas para si. É muito comum o emitente ter a possibilidade de pagar antecipadamente (“callable”) e emitir a uma taxa mais baixa. É também comum haver a hipótese de uma obrigação poder ser convertida em ações. Muitas vezes estas questões não são claramente comunicadas aos investidores particulares.

o problema dos investidores é preocuparem-se apenas com os retornos nominais. Se um reformado procura manter um determinado padrão de vida, precisa de fundos suficientes para fazer face às alterações induzidas pela inflação. A perda de poder de compra no futuro é o verdadeiro desafio do investidor inteligente.Por exemplo, um investidor que investe 100 000 euros em obrigações do Governo alemão, irá receber 1450 euros por ano. Passado 10 anos, terá recebido de juros 14 500 euros e os 100 000 euros que investiu inicialmente. Desde 1926, a taxa média de inflação é de 3% ao ano. Assumindo esta taxa de inflação para os próximos 10 anos, isto significa que os 100 000 euros que o Governo alemão vai devolver valerão nessa altura 73 740 euros. A desvalorização do poder de compra deste investimento é de 26,3%.

Em troca de uma atrativa TANB de 5% para novos clientes num depósito a prazo a três meses, o Best Bank exige, no mínimo, 2500 euros e não permite a mobilização antecipada do capital. No entanto, a instituição bancária, que denomina este produto promocional de “Depósito a Prazo Já”, paga, como é bom de ver, os juros na conta à ordem no dia seguinte da constituição do mesmo. A taxa é a mais competitiva do mercado, para aquele período de tempo.

MARTA ARAÚ[email protected]

Faça um depósito a prazo e receba os juros no imediato

A fórmula não é exatamente nova, mas como tem dado frutos – quer para o banco como para os clientes – continua a ser uma aposta de sucesso. Pagar an-tecipadamente os juros do investimento é, principalmente nos dias que correm, um ponto de atratividade a considerar. Desta feita, o produto promocional do Best Bank, a decorrer neste momento, consiste num depósito a prazo a 90 dias, com uma TANB de 5%.

A ideia é chave (neste caso, dinheiro) na mão: basta tornar-se cliente pela pri-meira da instituição bancária – ou em alternativa, e caso já seja cliente, aderir à promoção desde que nunca tenha usu-fruído de nada do género – investir, no

mínimo 2500 euros (valor máximo per-mitido é de 50 mil euros) e, voilá, os 5% desse valor serão pagos por crédito na conta à ordem associada, no dia seguinte à data da constituição do depósito com data-valor do dia da constituição.

Com esta antecipação, o banco, que pertence ao grupo Espírito Santo (BES) dá a possibilidade aos seus clientes de, no imediato, capitalizarem o valor dos juros, nomeadamente através da aplicação des-se capital num outro produto.

De salientar que, para beneficiar des-ta promoção, os novos clientes não po-dem aderir a outra promoção para novos clientes e têm que aderir a esta nos pri-meiros 30 dias a contar desde a ativação da conta. O depósito apenas pode ser constituído com novos recursos prove-nientes de outras instituições de crédito.

TANB atrativa com proibição de mobilização antecipada

O único sinal de alerta deste produto financeiro relaciona-se com o facto de não ser permitida a mobilização anteci-pada do capital investido. No entanto, o facto de ser um investimento de curto

prazo miníma o eventual grau de risco de necessidade do mesmo.

Reforços, renovações e regime de capi-talização não são permitidos. A TANB é de 5%, o que corresponde a uma TANL de 3,75%. Os juros obtidos, evidente-mente, estão sujeitos a retenção na fonte de imposto sobre o rendimento para os depósitos a prazo, à taxa que estiver em vigor no momento em que forem credi-tados. À data de abertura do depósito, os juros estão sujeitos a retenção na fonte de IRS à taxa de 25%.

Esta promoção beneficia da garantia de reembolso prestada pelo Fundo de Ga-rantia de Depósitos sempre que ocorra a indisponibilidade dos depósitos por razões diretamente relacionadas com a situação financeira do banco. Este ins-trumento assegura o reembolso até ao valor máximo de 100 000 euros por cada depositante. No cálculo do valor dos de-pósitos de cada depositante, considera-se o valor conjunto das contas de depósito na data em que se verificou indisponibi-lidade de pagamento por parte desta, in-cluindo os juros e, para o saldo dos depó-sitos em moeda estrangeira, convertendo em euros, ao câmbio da referida data.

A NOSSA ANÁLISE

Best Bank paga 5% a três meses

com juros antecipados

MERCADOS

Banco Popular aprova aumento de capitalO Banco Popular vai avançar com um aumento de capital de até 2,5 mil milhões de euros, através da emissão de novas ações. O objetivo do banco é evitar ter de recorrer à ajuda es-tatal espanhola, depois de ter sido identificada uma necessida-

de de capital de 3,22 mil milhões de euros (de um total de 53 mil milhões de euros de toda a banca de Espanha) nos testes de stress levado a cabo pela consultora Oliver Wyman no país vizinho.

Espanha assiste a “fuga de capitais” em grande escalaA saída de capitais continuou a sua tendência de alta em Espanha, durante o mês de julho. A “fuga de capitais” líquida ascendeu a quase 235,4 mil milhões de euros, nos sete primei-ros meses, sendo que só em julho o valor ascendeu a mais de 15 mil milhões. Os investidores estrangeiros foram aqueles que retiraram mais capital do mercado espanhol. O mais grave é que, em igual período do ano passado, o saldo era positivo e acumulava uma entrada líquida de capital no valor de aproximadamente 17,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados mais recentes do Banco de Espanha.

CONSELHOS

O valor das ordens sobre ins-trumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros, em agosto, registou uma quebra de 15,7%, face ao mês anterior, para cerca de 12 360 milhões de euros. Esta descida ficou a dever-

-se à queda nas ordens sobre “war-rants” (menos 59%) e sobre dívida privada (-48%).

Em contrapartida, no período em análise, o valor das ordens sobre dívida pública e acções subiu 58% e 18%, respetivamente, em relação

ao mês anterior. O BES (34,8%), o BPI (10,8%) e a Fincor (9,6%) apresentaram as maiores quotas de mercado nas transações sobre ações. Na dívida pública e priva-da, a maior quota coube ao BES (56,6%), seguindo-se o Intermo-

ney Portugal (36,4%) e o BESI (1,9%). Os Estados Unidos, a Alemanha e a França foram os três principais destinos das ordens executadas sobre ações fora de Por-tugal, enquanto o Reino Unido, o Luxemburgo e a Alemanha foram

o principal destino das ordens so-bre títulos de dívida. Ainda em agosto, o valor das ordens de resi-dentes teve uma quebra de 21,7%, para 7,6 mil milhões de euros, e o de não residentes recuou 4%, para perto de 4,8 mil milhões de euros.

“Warrants” e dívida privada penalizam intermediação financeira

42 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Fixing2.out.12

Variação Semanal (%)

Variação no mês (%)

desde 1 jan. (%)

EUR/USD 1.2930 -0.02% 2.88% -0.07%

EUR/JPY 101.02 0.45% 2.63% 0.82%

EUR/GBP 0.8006 0.51% 1.19% -4.15%

EUR/CHF 1.2102 0.08% 0.78% -0.44%

EUR/NOK 7.3730 -0.36% 0.98% -4.91%

EUR/SEK 8.5326 0.71% 1.38% -4.26%

EUR/PLN 4.1031 -0.84% -2.15% -7.96%

EUR/AUD 1.2531 1.11% 2.06% -1.51%

EUR/CAD 1.2693 0.13% 2.36% -3.95%

EUR/ZAR 10.8000 1.91% 2.03% 3.02%

EUR/BRL 2.6174 -0.07% 2.63% 8.34%

EUR/INR 67.7470 -1.74% -2.94% -1.41%

EUR/CNY 8.1779 0.26% 2.63% 0.23%

Euro em correção

PSI-20 - DIÁRIO

Analisando o gráfico, percebe-se que o PSI-20 está numa figura técnica clássica de “duplo fundo”. A zona de 4420 pontos foi visitada duas vezes e em ambos os casos o ressalto foi impulsivo. Mais tarde, a quebra de 4970 pontos (zona que tinha sido rejeitada no início de julho) confirmou o “duplo fundo”. Os objetivos da figura projetavam o PSI-20 para valores pouco acima dos 5400 pontos. Após este objetivo ter sido atingido, registaram tomadas de mais-valias, o que impeliu o índice para junto da zona de suporte dos 5135 pontos. É provável para breve uma nova visita aos 5400 pontos.

DAX 30 - DIÁRIO

A semana passada, o DAX recuou dos máximos de quase um ano. Estes valores refletiram a quebra em alta dos 7190 pontos.Desde setembro de 2011, altura em que o DAX testou os 5000 pontos, o índice alemão tem mostrado uma tendência de alta, embora irregular.A tendência de curto prazo permanece de alta, com o próximo objectivo nos 7500 pontos. O suporte a ter em conta neste momento está nos 7200 pontos.

As taxas Euribor continuam a cair lentamente, em conver-gência com a taxa de absorção de liquidez de 0%. O escândalo da Libor em Londres está a levar a que se repense a forma como estes indexantes são calculados, procurando-se alternativas. Aliás, a British Bank Association (BBA) já anunciou que deixará de calcular as taxas Libor. A entidade que calcula a Euribor estará também a equacionar a utilização de operações concreti-zadas no mercado interbancário para determinar estas referências, ao invés da simples indicação dos bancos relativamente ao nível a que teoricamente obteriam fun-dos nesses prazos. Apesar de ser mais transparente, acreditamos que haverá bastantes opositores a esta alteração de metodologia, não devendo por isso ser algo que possa avançar num curto espaço de tempo. A alteração de

indexantes é, ao mesmo tempo necessária e muitíssimo difícil de implementar.

Toda a Europa continua a olhar com atenção para Espanha e para a possibilidade de o país vir a pedir formalmente ajuda. Os alemães já desmentiram que estejam a fazer pressão para que tal ajuda não seja solicitada, se bem que se sinta ser esse o seu desejo. O pedido de ajuda obrigaria o BCE a comprar títulos espanhóis, algo que não é bem aceite por muitos alemães. O governo espanhol teme que a monitorização das medidas de austeridade pela “troika” seja vista como uma humilhação pelo povo espanhol, pelo que deverá adiar o mais possível o pedido formal de ajuda.

Os dados da indústria e do emprego na Europa voltaram a sair fracos, mas não se pode dizer que seja um exclusivo europeu,

pois os dados da China, EUA, Japão e Reino Unido apontam no mesmo sentido.

As taxas fixas estabilizaram após a queda da semana passada, mas continuam historicamente baixas, beneficiando da expe-tativa de um longo período de taxas de referência abaixo de 1% e da manutenção do estatuto de refúgio dos títulos alemães. No mercado primário continuamos a assistir a um grande número de emissões de empresas não financeiras, beneficiando de uma procura crescente por parte daqueles que querem assumir algum risco face à alternativa de receber perto de 0% em ativos mais seguros.

No atual contexto continua-mos a pensar que não há grandes vantagens em trocar taxas variá-veis por fixas.

ANÁLISE PRODUZIDA A 2 DE OUTUBRO DE 2012

Alterações às taxas Libor e Euribor em estudo

MERCADO MONETÁRIOINTERBANCÁRIO

FILIPE [email protected]

YIELD 10 ANOS PORTUGAL

Eur/Usd

O Eur/Usd testou esta sema-na o suporte dos 1,2820 dóla-res, tendo este nível impedido o acentuar da queda iniciada em meados de setembro. Ape-sar de apenas valores abaixo dos 1,2600 dólares poderem invalidar a tendência de subida iniciada em meados de julho, o suporte conseguido sugere o fim da correção que caracterizou o comportamento do câmbio após máximos de 4 meses (1,3175 dólares). Para o curto prazo é possível vermos valores acima dos 1,3000 dólares.

Eur/Jpy

O comportamento do câm-bio esta semana sugere o fim da correção iniciada em meados de setembro.

Esta correção pressionou o câmbio até junto da linha que suporta a tendência ascendente do par, tendo o ressalto corres-pondente sinalizado um reco-meço do “momentum” positivo. Apenas valores abaixo dos 99,15 ienes invalidarão a tendência as-cendente registada este trimes-tre.

Eur/Gbp

Esta semana, o Eur/Gbp con-seguiu cotar em valores acima das 0,8000 libras. Este evento sugere o fim da correção que o câmbio registava desde os máxi-mos de 3 meses (0,8113 libras) em meados de setembro. O Eur/Gbp mantém a tendência de alta iniciada em meados de julho, sendo necessários valores abaixo das 0,79 libras para que esta seja invalidada.

EVOLUÇÃO EURIBOR (EM BASIS POINTS)2.outubro12 26.setembro12 4.setembro12

1M 0.115% 0.117% -0.002 0.122% -0.007

3M 0.220% 0.222% -0.002 0.273% -0.053

1Y 0.681% 0.697% -0.016 0.791% -0.110

TAXAS EURIBOR E REFI BCE

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS Minium Bid* 0,75%BCE Lending Facility* 1,50% Deposity Facility* 0,00%

*desde 5 de julho 2012

EUA FED Funds 0,25%R.Unido Repo BoE 0,50%Brasil Taxa Selic 7,50%Japão Repo BoJ 0,10%

EUR/USD

CARLOS BALULA [email protected]

MERCADOS

Daily QEUR= 18-04-2012 - 19-10-2012 (UTC)

,275

,205

1,225

,282

,2975

Pr ic

USD

1,21

1,22

1,23

1,24

1,25

1,26

1,27

1,28

1,29

1,31,31

1,32

Daily Q/.PSI20

.260

.730.775

.135,781

.420

4.9004.950

Pr ice

EUR

4.400

4.600

4.800

5.000

5.200

5.400

5.600

5.800

Weekly Q.GDAXI

5.000

5.9 00

P r i c e

E U R

5.200

5.600

6.000

6.400

6.800

7.200

[De lay ed]

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 43

FUTUROS EURIBORData 3 Meses Implícita

November 12 0.210%December 12 0.200%January 13 0.215%

June 13 0.240%September 14 0.515%

March 16 1.145%

EURO FRA’SForward Rate Agreements

Tipo* Bid Ask1X4 0.190 0.2303X6 0.176 0.2161X7 0.380 0.4203X9 0.370 0.410

6X12 0.378 0.41812X24 0.666 0.706

*1x4 - Período termina a 4 Meses, com início a 1M

EURO IRSInterestSwapsvs Euribor 6M

Prazo Bid Ask2Y 0.468 0.4833Y 0.578 0.5985Y 0.943 0.9588Y 1.487 1.507

10Y 1.751 1.771

Obrigações 5Y 10Y 6.86 9.08

4.72 5.771.01 2.200.54 1.463.82 5.080.71 1.720.62 1.620.20 0.77

Fontes: Reuters e IMF

8

10

12

14

1618

Rumores sobre Espanha animam mercados financeirosA semana bolsista parecia ser de indefinição, mas eis que surge o

rumor recorrente de que Espanha irá pedir um resgate durante este fim de semana e os mercados entram em “rally”.

O eventual pedido de resgate financeiro de Espanha fará com que o Banco Central Europeu avance com fortes compras de dívida pública em mercado secundário. Este injeção de fundos irá fazer descer taxas, mas também dar uma nova animação aos mercados bolsistas europeus e norte-americano. Os analistas consideram que, perante este cenário, o desenho está a ficar bem mais otimista.

A suportar as boas notícias esteve o corte da taxa de juro diretora na Austrália de 3,5% para os 3,25%, o nível mais baixo dos últimos três anos. Esta decisão foi entendida como algo capaz de animar o crescimento económico e segue-se a opções idênticos do Banco de Inglaterra e do Banco do Japão. O BCE, recorde-se, tem o nível de taxas de juro mais baixas de sempre. Adianta a análise semanal do Millennium bcp que este é um “movimento global de políticas monetárias cada vez mais expansionistas que está a ser seguido pelos principais bancos centrais, com vista a travar riscos recessivos.

Recorde-se ainda que o princípio da semana foi dominado pelos resultados dos testes de stress do sistema bancário espanhol, tendo-se revelado necessidades de recapitalizaação em linha com o previsto, da ordem dos 53 mil milhões de euros, quando o esperado era 60 mil milhões de euros. Por outro lado, registou-se uma melhoria do sentimento de mercado impulsionado pela subida do indicador de confiança dos empresários da indústria norte-americana e que, pela primeira vez nos últimos três anos, apontou para uma expansão da atividade. Este sentimento afasta, para já, os fortes receios de recessão nos EUA.

Ao longo da semana houve sinais de otimismo, com os índices europeus a registarem ganhos de quase 2% e as matérias-primas a retomarem a trajetória de valorização. O preço do ouro subiu para o nível mais elevado de há quase um ano, ao atingir os 1791 dólares por onça. O euro esteve a recuperar e está novamente nos 1,29 dólares.

Os títulos mais líquidos foram os que registaram maiores ganhos durante a semana, reagindo ao facto de terem sido as ações mais penalizadas na queda. A Portugal Telecom beneficiou de uma recomendação da City, enquanto o Meo/Zon foi falado no Financial Times como um caso de sucesso com a venda da Vivo. Estas são informações de que os analistas gostam e que atrai mais investimento. A Jerónimo Martins foi outro título a ganhar espaço, e que beneficiou das boas performances que tem obtido no exterior. Voltou também algum interesse de institucionais para o retalho e a JM é o título que mais gostam. O BCP tem registado alguma volatilidade, mas as notícias são boas, nomeadamente a capacidade que o banco teve em gerar interesse por parte de investidores privados. Todo o aumento de capital foi subscrito, e o banco evitou o recurso ao Estado. As ações têm mantido entre os seis e os sete cêntimos por título. A expetativa estará nos resultados do 3º trimestre e nas eventuais imparidades que a operação Grécia ainda poderá trazer.

Na Europa, o ano tem sido de recuperação para as ações, com o Dow Jones a valorizar 10% desde o início do ano, enquanto o Stoxx Europe 600, o índice geral europeu, soma 11%.

VÍTOR [email protected]

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Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: [email protected], com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna, no entanto, a sua exatidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind

Div. Yield Est

Data Atl Hora Atl

B.POPULAR 1.58 -12.61% 3.680 1.250 -0.128 0.088 -- 17.955 5.06% 1.96% 02-10-2012 16:38:00

INDITEX 98.15 -1.56% 99.840 59.500 3.823 4.306 25.674 22.794 1.63% 2.23% 02-10-2012 16:38:00

REPSOL YPF 15.055 -7.13% 24.230 10.900 1.563 1.707 9.632 8.820 3.84% 5.52% 02-10-2012 16:38:00

TELEFONICA 10.54 -6.14% 15.960 7.900 1.228 1.303 8.583 8.089 -- 0.00% 02-10-2012 16:38:00

FRA. TELECOM 9.476 -4.10% 13.600 9.203 1.286 1.231 7.369 7.698 14.56% 12.38% 02-10-2012 16:37:18

LVMH 120.75 -1.87% 136.800 94.160 7.311 8.140 16.516 14.834 2.40% 2.49% 02-10-2012 16:35:00

BAYER AG O.N. 67.4 -1.39% 68.940 38.820 5.349 5.856 12.576 11.487 2.45% 2.68% 02-10-2012 16:35:27

DEUTSCHE BK 31.575 -3.72% 39.510 22.110 3.660 4.520 8.600 6.963 2.37% 2.26% 02-10-2012 16:35:02

DT. TELEKOM 9.739 -0.30% 10.060 7.688 0.631 0.643 15.444 15.156 7.18% 7.18% 02-10-2012 16:35:29

VOLKSWAGEN 132.4 -2.79% 139.800 82.350 29.492 25.238 4.460 5.212 2.27% 2.84% 02-10-2012 16:35:17

ING GROEP 6.349 -4.33% 7.580 4.440 1.036 1.164 6.128 5.454 -- 0.50% 02-10-2012 16:35:00

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind Div. Yield Est Data Atl Hora Atl

ALTRI SGPS 1.397 4.18% 1.490 0.945 0.138 0.153 10.123 9.131 1.43% 0.72% 02-10-2012 16:35:00

B. COM. PORT. 0.066 1.54% 0.141 0.047 -0.044 -0.006 -- -- -- 0.00% 02-10-2012 16:39:07

B.ESP. SANTO 0.579 -7.80% 1.200 0.434 0.051 0.088 11.353 6.580 -- 0.35% 02-10-2012 16:37:27

BANIF-SGPS 0.165 -12.23% 0.460 0.100 -0.330 -0.120 -- -- -- -- 02-10-2012 16:35:00

B. POP. ESP. 1.570 -10.29% 3.630 1.270 -0.128 0.088 -- 17.841 5.10% 0.00% 02-10-2012 15:42:03

BANCO BPI 0.804 1.90% 0.919 0.338 0.101 0.105 7.960 7.657 -- 0.00% 02-10-2012 16:35:00

BRISA 1.940 4.87% 2.785 1.720 0.094 0.086 20.638 22.558 -- 13.30% 02-10-2012 16:35:00

COFINA,SGPS 0.515 -3.74% 0.820 0.300 0.060 0.060 8.583 8.583 1.94% 2.91% 02-10-2012 16:36:02

CORT. AMORIM 1.380 -0.72% 1.650 1.160 0.260 0.270 5.308 5.111 4.71% 5.80% 02-10-2012 08:00:00

CIMPOR,SGPS 3.350 2.45% 5.700 2.930 0.330 0.385 10.152 8.701 4.96% 5.37% 02-10-2012 16:35:00

EDP 2.153 -3.37% 2.537 1.628 0.294 0.276 7.323 7.801 8.59% 8.69% 02-10-2012 16:37:56

MOTA ENGIL 1.241 1.72% 1.350 0.951 0.190 0.215 6.532 5.772 8.86% 8.86% 02-10-2012 16:35:00

GALP ENERGIA 12.900 1.70% 15.275 8.330 0.441 0.547 29.252 23.583 2.48% 1.79% 02-10-2012 16:35:00

IMPRESA,SGPS 0.310 0.00% 0.620 0.260 0.010 -0.010 31.000 -- -- 0.00% 02-10-2012 15:44:12

J. MARTINS 13.100 1.99% 16.070 10.660 0.635 0.760 20.630 17.237 2.10% 2.43% 02-10-2012 16:35:00

MARTIFER 0.590 3.51% 1.240 0.500 -0.060 -- -- -- -- -- 02-10-2012 16:16:05

NOVABASE 2.020 1.00% 2.450 1.610 0.235 0.240 8.596 8.417 1.49% 4.21% 02-10-2012 08:49:11

GLINTT 0.110 0.00% 0.160 0.090 -- -- -- -- -- -- 02-10-2012 15:33:01

P. TELECOM 3.855 -3.36% 5.500 3.003 0.352 0.374 10.952 10.307 22.57% 10.58% 02-10-2012 16:35:00

PORTUCEL 2.080 0.00% 2.170 1.680 0.262 0.248 7.939 8.387 10.63% 8.51% 02-10-2012 16:35:00

REDES E. NAC. 1.999 -0.55% 2.295 1.800 0.266 0.283 7.515 7.064 8.45% 8.40% 02-10-2012 16:35:00

S. COSTA 0.160 -15.79% 0.440 0.140 -0.070 0.020 -- 8.000 -- -- 02-10-2012 11:04:25

SEMAPA 4.953 -2.23% 6.035 4.602 0.840 0.870 5.896 5.693 5.15% 5.15% 02-10-2012 16:35:00

SONAECOM 1.379 -0.36% 1.441 1.042 0.153 0.144 9.013 9.576 5.08% 4.64% 02-10-2012 16:35:00

SONAE,SGPS 0.538 0.00% 0.550 0.366 0.050 0.059 10.760 9.119 6.15% 5.95% 02-10-2012 16:35:00

SONAE IND. 0.560 -5.09% 0.836 0.384 -0.227 -0.100 -- -- -- 0.00% 02-10-2012 16:37:20

SAG GEST 0.400 5.26% 0.520 0.280 -0.100 -0.010 -- -- -- -- 02-10-2012 16:15:10

TEIX. DUARTE 0.280 3.70% 0.310 0.170 -- -- -- -- -- -- 02-10-2012 12:57:30

Z. MULTIMEDIA 2.176 -6.93% 2.759 1.760 0.128 0.158 17.000 13.772 7.35% 7.45% 02-10-2012 16:35:00

Crédit Agricole quer sair da Grécia ainda em 2012O Crédit Agricole tem como objetivo abandonar a Grécia até ao final do ano. O segundo maior acionista do BES anunciou, em comunicado de imprensa, que está em “nego-ciações exclusivas” com banco grego Alpha Bank para a ven-da da unidade helénica Emporiki. O banco francês pretende concluir a operação ainda este ano, embora o negócio esteja ainda sujeito a aprovação das autoridades helénicas.

Millennium Angola com novos cartões de débito para particulares e empresasO banco Millennium Angola lançou cinco novos cartões de débito Visa para particulares nas versões Classic, Prestige e Platinum e para empresas nas gamas Business e Corporate. “Com os novos cartões de débito Visa, os clientes podem – sem necessidade de carregamentos – movimentar a sua conta à ordem em kwanzas, de uma forma rápida, conveniente e segura, em qualquer parte do mundo”, explica o banco.

MERCADOS

44 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

Fábrica de componentes portuguesa é fornecedora de referência da Honda

A receita do ISV caiu 39,1% em agosto, face a igual mês do ano pas-sado, segundo indicam os dados da execução orçamental de setembro, citados pela Associação Nacional do Comércio e da Reparação Au-tomóvel (ANECRA). No que res-peita aos primeiros oito meses do presente ano a receita de ISV regis-tou uma quebra de 44,4%, face ao

período homólogo do ano anterior, numa perda de 212,5 milhões de euros para os cofres do Estado. “As-sim, a receita de ISV obtida no mês de agosto e no acumulado de janei-ro a agosto de 2012, em compara-ção com os períodos homólogos de

2011, apresenta o pior registo dos últimos 12 anos”, salienta um co-municado da ANECRA.

Ainda segundo aquela associação, o Executivo tem como objetivo para 2012 (Orçamento Retificativo) ar-recadar 586 milhões de euros, “mas de janeiro a agosto o grau de exe-

cução situa-se apenas nos 45,3%. Da totalidade dos impostos, o ISV é, de longe, aquele que apresenta a quebra mais elevada, o que reflete o dramático momento que o setor automóvel atravessa no que à venda de automóveis novos diz respeito”.

Assim, a ANECRA conclui,

como “defende desde há muito”, que o aumento da carga fiscal “não conduz, necessariamente, ao cres-cimento da receita” arrecadada. “Assim, o aumento da pressão fis-cal sobre o setor automóvel levada a cabo pelo Governo em 2012 foi um verdadeiro tiro no pé, uma vez

que agravou ainda mais a atual ten-dência de queda do mercado com o consequente efeito perverso dediminuição de receita fiscal, vindo, infelizmente, ao encontro dos aler-tas que ANECRA fez em tempo oportuno”, pode ler-se no comu-nicado.

Seat estreia novo logótipo A Seat revelou um novo logótipo. A metamorfose em que está envolvida a companhia automóvel culmina, no Salão Automóvel de Paris, com a apresentação ao público da nova identidade e design corporativo da mar-ca e, simultaneamente, com a estreia mundial do novo Leon. Este mode-lo, que circulará em algumas estradas europeias a partir de novembro, encerra uma ofensiva de produto e junta-se à estreia do Mii, à renovação do Ibiza e ao regresso do Toledo.

AUTOMÓVEL

QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012 45

Receita de ISV cai pela 17ª vez consecutiva

AQUILES [email protected]

A fábrica de componentes por-tuguesa Tesco é fornecedora de di-versos componentes em alumínio fundido para a fábrica da Honda de Swindon (Reino Unido). Estes componentes destinam-se ao novo CR-V, que iniciou a produção no fim de agosto, mas também para o novo motor 1.6 diesel que equipará o Civic a partir do início de 2013.

“A Honda Portugal congratula-se com esta nova fase de expansão da produção e investimento em novos modelos para o mercado europeu. Estamos particularmente satisfeitos pelo facto de existir mão de obra e tecnologia portuguesa altamente especializada diretamente envolvi-da na produção destes novos mo-delos que estarão dentro em breve a ser comercializados em Portugal. A Tesco é um fornecedor funda-mental para a fábrica de Swindon e o facto de ter sido recentemente distinguida pela sua performance na área da qualidade espelha bem a qualidade da nossa mão de obra e empreendedorismo”, refere Antó-nio Gaspar, diretor-geral da divisão automóvel da Honda em Portugal.

Sediada em Famalicão, a Tesco exporta 100% da produção. Em 2011, atingiu um volume de fatu-ração de 13,5 milhões de euros e emprega atualmente 230 colabora-dores laborando num horário con-tínuo (24 horas por dia, sete dias por semana), produzindo mensal-

mente cerca de 230 toneladas de componentes de alumínio.

Honda não é o único cliente

Detida a 60% pelo grupo Hon-da, a Tesco fornece a marca desde 1993. O construtor japonês não é, no entanto, o único cliente, segun-do nos adiantou Mário Ferreira, diretor-geral fabril da empresa lusa. “A Tesco fornece componentes para a Honda UK, a Honda Turquia e ainda uma pequena quantidade para a Honda no Japão. Em termos de volume de negócios a Honda não é o único cliente nem o maior”, disse à “Vida Económica”.

“A Tesco fornece outras empresas no mercado automóvel como for-necedor de segunda linha (Tier 2) que montam os nossos componen-tes em conjuntos como por exem-plo compressores de ar condicio-nado, sistema de direção assistida e intercoolers. Logo, a maior parte das viaturas automóveis têm com-

ponentes fabricados por nós como Tier 2, nomeadamente Renault, Peugeot, Citroën, Opel, Volkswa-gen, Fiat e Ford, entre outros, além claro da Honda como Tier 1”, ex-plica a mesma fonte.

Em maio último, a empresa foi distinguida pela Honda pela per-formance na área da qualidade. Mário Ferreira destaca a importân-cia do papel da mão de obra por-tuguesa nessa distinção. “Na nossa empresa, os recursos humanos são tidos como o grande pilar dos su-cessos da organização. Desde que bem treinados e motivados, são, de facto, o fator chave desta e de outras distinções já recebidas pela Tesco”, indica.

A nossa fonte admite que os cus-

tos de contexto (logística, energia, fiscais e laborais) para uma empresa produtora de componentes para a indústria automóvel como a Tesco são maiores em Portugal do que em outros países europeus, mas destaca que cabe às empresas contrariarem esses fatores. “Portugal é um país periférico na Europa e na vertente de distância para os grandes mer-cados tem desvantagens claras. Ao nível energético, a sua dependência extrema do exterior faz com que as empresas tenham um acrésci-mo nos seus custos industriais se comparados com outros países ‘concorrentes’. Agora, resta a cada organização encontrar formas de combater os fatores adversos e de alavancar as vantagens competitivas

como o know-how, a flexibilidade,a inovação e a melhoria contínua”,defende.

Quando questionado se a atu-al realidade político-económicade Portugal preocupa o acionistamaioritário da Tesco, Mário Ferrei-ra aponta um caminho semelhante.“Quando uma empresa de capitalestrangeiro se instala em determi-nado país, teve em conta diversosfatores e analisou cuidadosamentediversas alternativas. Os últimosanos, não só em Portugal mas tam-bém a nível mundial, têm sido demudanças constantes. As organi-zações que se conseguem adaptar(porque dispõe de flexibilidade)irão sobreviver e continuar a cres-cer”, defende.

O Honda CR-V é um dos modelos de Swindon fornecidos pela Tesco.

ISV é o imposto com a quebra mais elevada

Detida a 60% pelo grupo Honda, a Tesco fornece a marca desde 1993. O construtor japonês não é o único cliente

O car sharing tem cerca de quatro centenas de utilizadores ativos em Lisboa e Porto. Embora se afirmem, genericamente, satisfeitos com o número de clientes, Mob Car Sharing (Lisboa) e Citizenn (Porto) admitem que a mentalidade dos portugueses é um obstáculo ao crescimento do conceito. O recente acordo entre as duas empresas para que os clientes possam usar o serviço em ambas as cidades pode ser uma ajuda.AQUILES [email protected]

O car sharing tem 404 clientes ativos em Portugal, 254 em Lisboa (131 empresas e 124 particulares) e 150 no Porto (90 par-ticulares e 60 empresas), apurou a “Vida Económica” junto da Mob Carsharing, empresa da Carris que opera na capital, e da Citizzen, empresa da Veolia Transdev que opera na Invicta. A estes utilizadores juntam-se, nas duas cidades, 35 protocolos com empresas e universidades.

Embora se afirmem satisfeitos com o número de clientes, os responsáveis pelas empresas de Lisboa – que existe desde se-tembro de 2008 – e do Porto – que arran-cou em fevereiro de 2010 – admitem que a mentalidade dos portugueses em relação aos automóveis é um obstáculo ao cresci-mento do conceito, que se baseia no alu-guer da viatura apenas pelas horas necessá-

rias. “Estudos realizados na Europa refletem que o serviço de car sharing quando é lança-do num país demora quatro a cinco anos a estabelecer-se e a ganhar mercado. Portugal não é exceção, muito pelo contrário”, disse à “Vida Económica” Inês Matos, responsável pela área de novos negócios da Carristur. A mesma fonte acrescenta que “esta mentali-dade (mais vincada nos países latinos e mais ténue nos países nórdicos) dificulta muito a implementação de um serviço desta nature-za num país como o nosso”.

Rui Silva, administrador da Veolia Trans-dev, concorda que a maior dificuldade dos operadores “está precisamente em conseguir quebrar o paradigma da propriedade, con-vencer as pessoas de que, para quem não precisa de utilizar um automóvel de forma intensiva, racionalmente, a melhor solução é a partilha desse recurso através do car sha-ring”. Em declarações à “Vida Económica”, aquele responsável aponta dois grandes desafios para as empresas: “Passar mais efi-cazmente a mensagem de que o car sharing permite a liberdade de se utilizar um auto-móvel tal e qual como se do carro próprio se tratasse, mas pagando apenas em função da utilização, quer para particulares, quer para empresas. Por outro lado, tem também por vezes sido difícil passar a mensagem de que o car sharing deve tido como parte inte-grante de uma oferta de transporte público, um complemento”. Já por isso, acrescenta Rui Silva, é que a Citizenn pretende “que

se concretize a integração do car sharing no sistema de mobilidade da AMP, implemen-tando a possibilidade de se aceder às viatu-ras com o cartão Andante”.

Confiança no futuro

As duas fontes acreditam que, uma vez quebradas as referidas barreiras, o conceito vai vingar em Portugal e os objetivos a três anos são ambiciosos. “O Mob Carsharing no fim de 2015 e com a alavancagem do protocolo que celebrou com a Citizenn tem como meta os atingir os 1000 clientes”, in-

dica Inês Santos. Pela parte da Citizen, Rui Silva não revela um alvo concreto de utili-zadores ativos naquela data. “O objetivo é atingir o “break even” em 2015 (ou mesmo antes), de modo a que a partir daí se possam concretizar novos investimentos em termos de frota automóvel e número de estações, resultando daí a entrada num ciclo virtuoso no qual a expansão da rede ‘car sharing’ se traduz na captação de novos clientes, don-de resulta um novos alargamentos da rede e mais clientes, e assim sucessivamente”, refere.

CERCA DE 250 EM LISBOA E 150 NO PORTO

Car sharing tem 400 clientes em Portugal

A Iveco lançou uma campanha de pós-venda nas gamas Daily e Stralis, no domínio da mudança de óleo e filtro. Em vigor até ao dia 31 de outubro próximo nos pon-tos aderentes, a referida promoção apresenta dois valores distintos, consoante o cliente opte pela utili-zação de óleo mineral ou sintético e em função do modelo considerado.

No caso da Iveco Daily, a opera-ção de mudança de óleo (mineral) e respetivo filtro importa ao utiliza-dor um valor de 50 euros, acrescen-do 20 euros se o lubrificante esco-lhido for o sintético. Idêntica lógica segue a promoção afeta ao modelo Iveco Stralis, com valores respetiva-mente de 155 e 230 euros, conso-ante o óleo eleito pelo proprietário. Note-se que se tratam de valores sem IVA, montante adicional que, no caso das empresas, é dedutível.

“Trata-se de uma forte campa-

nha de sensibilização dos nossos clientes para a qualidade dos pro-dutos utilizados pela nossa rede ofi-cial de pontos de assistência, bem como para a excelência do serviço ali prestado”, refere Rui Teixeira, diretor de pós-venda da Iveco Por-tugal. “Através dela fomentamos, em simultâneo, a garantia do pro-

longamento da vida útil dos veí-culos da marca Iveco, com recurso a peças – fixas ou móveis – com garantia da marca, bem como sen-sibilizamos os nossos clientes para uma operação que é fundamental a preços extremamente competiti-vos”, acrescenta o mesmo respon-sável.

Iveco com campanha no pós-venda

Novo concessionário Volkswagen em PenafielA JAP Blue é o novo concessionário Volkswagen em Pe-nafiel. O espaço, com 8500 m2, representa um investi-mento de quatro milhões de euros e “aloja” 35 colabora-dores, disponibilizando serviços como a comercialização de viaturas novas, veículos comerciais, veículos usados e seminovos, seguros, financiamento, rent-a-car, após-ven-da, peças, pneus, serviço de colisão e serviços rápidos.

Sociedade Comercial C. Santos apresentou Mercedes Classe AA Sociedade Comercial C. Santos, um dos concessionários Mercedes no Grande Porto, apre-sentou o novo Classe A com um espetáculo musical. Os preços do modelo em Portugal va-riam entre os 27 900 euros dos 180 CDI (com motor 1.5 diesel de 109 cv), os 33 400 euros dos 200 CDI (com motor 1.8 diesel de 136 cv) e os 42 400 euros do 250 BE (2.0 a gasolina de 211 cv). No início de 2013, o modelo do segmento C vai receber a versão 220 CDI (2.2 diesel com 170 cv).

TOYOTA HÍBRIDOS AOS CENTROS COMERCIAIS DOLCE VITA

A Citizen quer implementar “a possibilidade de se aceder às viaturas com o cartão Andante”

AUTOMÓVEL

46 QUINTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO 2012

O Yaris é um dos cinco híbridos Toyota.

Daily e Stralis são as gamas abrangidas.

A Toyota iniciou uma campanha de comunicação assente na informação e sensibilização para os benefícios e ganhos de eficiência energética dos híbridos na vida dos portugueses. Assim, desde 28 de setembro e até 25 de novembro, a marca vai levar para os centros comerciais da cadeia Dolce Vita espalhados em vários pontos do país uma atividade de promoção das tecnologias híbridas, que vai interagir com os públicos mais novos através de workshops de desenhos, com temáticas ambientais, ao mesmo tempo que apresenta os modelos mais recentes e inovadores da gama híbrida. Passados 15 anos desde que a Toyota apresentou ao mundo o Prius – o primeiro híbrido de produção em série –, a marca conta com uma gama híbrida em que àquele modelo se juntam Yaris Híbrido, Auris Híbrido, Prius+ e Prius Plug-in, este último com uma autonomia elétrica alargada.

A Mob Car Sharing (Carris) e a Citizenn (Veolia Transdev) operam, respetivamente, em Lisboa e Porto.

Empresas com

canal privilegiado

no site do Banco

de Portugal

As empresas têm agora um canal privilegiado no site do Banco de Portugal. Trata-se de uma área reservada para cada empresa, a que é possí-vel aceder utilizando as mes-mas credenciais com que se autentica no Portal das Finanças, na qual se pode consultar o mapa de respon-sabilidades de crédito, infor-mação sobre restrição ao uso de cheque, quadros da em-presa e do setor e informa-ção qualifi cada sobre nume-rário. As empresas poderão, igualmente, efetuar as suas comunicações relativas à re-alização de operações com o exterior e responder ao in-quérito sobre investimento internacional.

Euribor sobe

após 40 sessões

em queda

As taxas Euribor subiram esta semana, após 40 sessões em queda. A três meses, que serve em Portugal de princi-pal indexante do crédito às empresas, subiu 1,36 pon-tos para 0,223%, a seis me-ses, principal indexante no crédito à habitação, aumen-tou 0,23 pontos percentu-ais para 0,437%, e a Euri-bor a 12 meses cresceu 0,15 pontos para 0,68%.

Preços na produção industrial estão mais caros

Os preços na produção industrial estão a registar uma tendência de alta mais acentuada do que na média europeia. Em agosto, a sua variação foi de 1%, face a julho, altura em que o au-mento se cifrou em 0,5%. Esta foi a maior subida mensal desde março.

Na Zona Euro, os pre-ços na produção indus-trial subiram 0,9%, em agosto, enquanto se situou em 1%, na União Euro-peia e segundo dados do Eurostat. As subidas mais acentuadas tiveram lugar na Dinamarca e no Rei-no Unido. A energia foi o setor que mais contribuiu para o agravamento dos preços da produção indus-trial, com um acréscimo de 2,4%, em agosto passado. Os preços totais da indús-tria – excluindo a constru-ção e a energia – tiveram um aumento que se fi cou por 0,3% apenas, ainda de acordo com o gabinete estatístico da União Euro-peia.

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www.institutoliberdadeeconomica.blogspot.com

JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ

Mestre Drucker SchoolPhD Columbia University

Professor Catedrático

A TENDÊNCIA(?)

COMENTÁRIO:

Portugal tem metade da média da União Europeia da população com o secundário.

Instituto de Liberdade Económica

Fonte: Eurostat, Outubro 2012

Percentagem da população (25-64 anos)

com pelo menos a educação secundária completa, 2011

As empresas não vão a votos A atribuição do Prémio Carreira a Alexandre Soares

dos Santos foi um momento marcante do Fórum Empresarial do Algarve. De saída para a Fundação Manuel dos Santos onde não deixará de contribuir para o trabalho que está a ser desenvolvido, a intervenção de Alexandre Soares dos Santos teve um signifi cado especial, por se tratar provavelmente de uma das últimas sessões públicas em que interveio na qualidade de presidente executivo da Jerónimo Martins, e foi também a intervenção mais aplaudida dos três dias de trabalhos.

Nas palavras sentidas de Alexandre Soares dos Santos percebia-se um misto de satisfação pelo trabalho desenvolvido e pelos resultados alcançados, mas também algum desencanto pela situação em que o país se encontra, quando referiu que deixa as funções executivas na JM porque já não sente “gozo”.

O percurso de dezenas de anos deste empresário, com ritmo de crescimento e posição atingida pela JM, não só em Portugal, mas também nos mercados onde está presente, projetam uma imagem de vencedor que contrasta com a debilidade da economia portuguesa e da incerteza que muitos portugueses sentem em relação ao futuro.

Sobre os dilemas que se colocam ao país, Alexandre Soares dos Santos não podia ter sido mais claro: “Os portugueses vão ter que decidir se querem o Estado ou se querem empresas privadas”. Se essa questão for colocada neste momento é provável que a maioria dos cidadãos prefi ra o Estado, pelas mesmas razões que acha que a solidariedade deve estar à frente da competitividade.

A questão é transversal e transcende o debate ideológico entre a esquerda e a direita. Para a generalidade dos cidadãos, é claro que o Estado ou as empresas públicas não têm fi ns lucrativos e prosseguem uma missão de interesse coletivo. Pelo contrário, as empresas privadas têm sempre fi ns assumidamente lucrativos e são vistas como apropriadoras da mais-valia segundo o conceito célebre de Karl Marx, com o principal e único objetivo de gerar resultados que nunca são socialmente úteis.

Aos olhos dos cidadãos, os políticos e governantes que tutelam o Estado estão sempre sob algum controlo, porque se submetem periodicamente a eleições e teoricamente podem ser destituídos em qualquer altura. O mesmo não acontece com as empresas, porque não vão a votos e o seu poder é ilimitado, podendo até, através do poderio económico, dominar o sistema político ou o poder judicial.

A legitimidade democrática do voto popular é encarada como contraponto ao poder que resulta da concentração de capital, sem qualquer limite.

Assim, na resposta a dar à questão colocada por Alexandre Soares dos Santos, é provável que uma boa parte dos cidadãos considere que entre o Estado e as empresas, deva haver mais Estado, de preferência com uma distância higiénica de segurança, para que os agentes económicos privados não subvertam o papel nobre do serviço público, nem se apropriem indevidamente dos seus recursos.

É claro que, se for assim os problemas do país vão-se agravar, em vez de se resolver. Estamos a viver o fi m de um ciclo de aposta forte no investimento público e de aumento do peso do Estado na economia que resultou num longo período de estagnação do crescimento, conduzindo à contração severa do presente.

Se a opção for mais Estado, o nível de vida dos portugueses continuará a defi nhar, porque não há sociedades prósperas onde a iniciativa privada não seja valorizada e onde o equilíbrio entre o papel do setor público e do setor privado esteja por compreender e por resolver como acontece em Portugal.

NOTA DE FECHO

É provável que uma boa parte dos cidadãos considere que entre o Estado e as empresas, deva haver mais Estado, de preferência com uma distância higiénica de segurança

JOÃO LUÍS DE SOUSA DIRETOR [email protected]

Nº 1458 / 4 de outubro 2012 Semanal J 2,20 Portugal Continental

INDIVIDUAL Preço: 149 J + IVA

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Secreto das Vendas – O Mapa Mental dos Super Comerciais

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