eu tive que aceitar

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Page 1: Eu tive que aceitar
Page 2: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar , que meu corpo nunca fora imorta l ,

que e l e enve lhecerá e um d ia se acabará .

Page 3: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar , que eu v i era ao mundo, para fazer a lgo por e l e , para tentar dar - lhe o melhor de

mim, de ixar rastros pos i t i vos de minha passagem e ,

em dado momento par t i r . . .

Page 4: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que meus pais não durar iam para sempre ,

e que meus f i lhos pouco a pouco esco lher iam seus caminhos

e prosseguir iam sua caminhada sem mim. Eu t i ve que ace i tar que e l es não eram meus como

supunha e que a l iberdade de i r e v i r é um dire i to de les também.

Page 5: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que todos os meus bens foram me conf iados por emprést imo, que não me

per tenc iam e que eram tão fugazes quanto fugaz era a minha própr ia ex i s tênc ia na TERRA.

Eu t i ve que ace i tar que os bens f i car iam para uso de outras pessoas quando eu já não est i ver por

aqui .

Page 6: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que varrer minha ca lçada todos os d ias não me dava nenhuma garant ia

de que e la e ra propr iedade minha e que varrê-la com tanta constânc ia era apenas um fút i l a l imento de que eu dava à minha i lusão de

posse .

Page 7: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que o que eu chamava de “minha casa”era só um te to temporár io , que d ia a mais d ia menos ,

ser ia o abr igo terreno de outra famí l ia .Eu t i ve que ace i tar que o meu apego às co i sas só apressar ia a inda mais a minha despedida

e a minha par t ida .

Page 8: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que meus animais de e s t imação , a árvore que eu p lante i , minhas f lores

e minhas aves eram morta i s . e l es não me per tenc iam!

Foi d i f í c i l , mas eu t ive que ace i tar .

Page 9: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar as minhas f ragi l idades os meus l imi tes ,

a minha condição de ser morta l , de ser at ingíve l , de ser perec íve l .

Eu t i ve que ace i tar para não perecer !

Page 10: Eu tive que aceitar

Eu t ive que ace i tar que a VIDA sempre cont inuar ia com ou sem mim, e que o mundo em pouco tempo me

esquecer ia

Page 11: Eu tive que aceitar

Eu me rendi e ace i te i que eu t inha que ace i tar .Ace i te i para de ixar de sofrer ,

para lançar fora o meu orgulho , a minha prepotênc ia e para vo l tar à s impl ic idade

da Natureza , que trata a todos da mesma maneira ,sem favor i t i smo

Page 12: Eu tive que aceitar

Humildemente eu t i confesso que fo i prec i so eu fazer cessar uma guerras dentro

de mim.

Page 13: Eu tive que aceitar

Eu t ive que me desarmar e abr ir meus braços para receber e ace i tar a minha tão sonhada Paz!

Page 14: Eu tive que aceitar

Te xto- S i l v ia SchmidtIma ge n s : in te rn e t

M ús ica : Ave -M ar ia do Morro .In te rpre ta çã o :

And re a Boce l l i / L uc ia n o Pa va ro t t i .Form a taçã o :Am él ia Soa re s

a me l ia soa re s55@h otma i l . comwww .m e nsa ge n sv ir tua is . com. br