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Fabiano Lopes Ferreira sucesso à frente da Multimarcas Consórcios. Etanol O combustível de eucalipto Aprenda a fazer Viveiros de mudas Entrevista Altino Rodrigues, presidente do IMA Março 2013 • n°6

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Page 1: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Fabiano Lopes Ferreirasucesso à frente da Multimarcas Consórcios.

Etanol O combustível

de eucalipto

Aprenda a fazer Viveiros de mudas

Entrevista Altino Rodrigues,

presidente do IMA

Março 2013 • n°6

Page 2: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

2 Março 2013 3Março 2013

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Ano II - nº VI - Março - 2013

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados

por terceiros.

Redação

Unique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 [email protected]

Editora e jornalista responsável Amanda Ribeiro - MT10662/MG [email protected]

Diretor Comercial Marcelo Lamounier [email protected] Tels.: (31) 3063-0208 / 9198-4522

Colaboração Embrapa, Alfapress Comunicação, Ima, PUC Minas, Luiz Carlos Alves, Mahindra e Inhotim.

Direção de Arte Paula Fusco

Assinaturas Unique Comunicação e Eventos

Periodicidade Trimestral

Tiragem 5.000 exemplares

Impressão Gráfica Del Rey

Distribuição Vip

EditorialComemoramos nessa edição,

a primeira do ano de 2013, o encer-ramento do primeiro trimestre do ano. Nesta sexta edição, entramos em nosso segundo ano de trabalho e empenho para tornar a revista Merca-do Rural cada vez melhor para nossos leitores e anunciantes.

A matéria de capa traz uma inte-ressante trajetória profissional de Fabiano Lopes Ferreira, empresário que está á frente da Multimarcas Consórcios. Conhecemos um pouco mais sobre o mercado de consórcios brasi-leiro e entrevistamos o empresário que falou sobre o setor e suas perspectivas.

Na seção personagem falamos sobre o empresário criador das raças Dorper e Campolina, Luiz Roberto Horst Silveira Pinto que contou um pouco da sua história e relação com o agronegócio. Mantendo a tradição de em cada edição ensinar o produtor rural a construir ou fazer algo na sua fazenda, dessa vez o tema abordado foi o construção de viveiros de mudas. Nossos articulistas contribuíram com textos técnicos de grande interesse dos leitores como os cupins nas pastagens, o combate à febre aftosa, o uso da cama de frango, as exportações no agronegócio, dentre outros.

Nas colunas mercado pet e criações exóticas os temas mini porcos e ranicultura trazem informações sobre essas criações que tem tomado espaço no mercado. Plantas carnívoras também é uma reportagem interessantíssima abordada nessa edição, além de outras matérias como o licor de café, o bonito museu do Inhotim localizado em Brumadinho (MG), a tradicional receita da roça e muito mais que vieram agregar ainda mais na sua leitura.

Apreciem amigos leitores! Essa edição foi especialmente preparada para vocês e nossos anunciantes que não podemos deixar nunca de agradecer o apoio e o crédito que dão à revista Mercado Rural, contribuindo cada vez mais para seu fortalecimento e posicionamento no mercado de veículos de comunicação brasileiro.

Boa leitura. Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

Parabéns aos editores da Revista Mercado Rural, que em sua 5ª edição, sob o título: “Cientistas do ITAL apresentam resultados favoráveis à raça”, trouxeram ao conhecimento de seus leitores os expressivos

resultados obtidos com a utilização da genética Blonel, a mais nova raça bovina do mundo, formatada especialmente para vencer as adversidades das regiões tropicais como as do Brasil, seu país de origem.

Eduardo da Rocha Leão Campinas / SP

Meus cumprimentos pela edição maravilhosa da revista

Mercado Rural. Fiquei radiante pelas matérias e reportagens

estampadas. Sou apaixonado pela vida ou atividade rural, meu hobbie

é criar o Tarim. Abraços a todos da Revista Mercado Rural. Sucesso!

Salvador E. Silva Brasília / DF

Parabéns Marcelo e toda equipe da Revista Mercado Rural! Venho acompanhando as edições

e sem dúvidas muitas reportagens interessantes e de muita

importância para nosso mercado.Alexandre Ribeiro

Itapecerica / MG

Recebi a revista e adorei! Matérias variadas, bem redigida

e muito bacana. Parabéns!

Letícia Mattar Nova Lima / MG

C@rtasAcesse o Facebook e deixe sua crítica ou sugestão

Mercado Rural

Muito interessante a 5ª edição da revista Mercado Rural, principalmente

no que se refere às questões ecológicas, como as matérias sobre o aproveitamento

de águas pluviais e da parceria da Embrapa com os povos indígenas do Xingu.

Congratulações a toda equipe! Frederico Araújo Mesquita

Tiradentes / MG

Entrevista Diretor Geral do Instituto Mineiro de Agropecuária Altino Rodrigues Neto

Aplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1%

Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto Referência na raça Dorper

Cana de Açúcar, algumas reflexões

Perspectivas para o milho em 2013

Grupo Morada. Inovação e alto padrão em condomínios residenciais e industriais

Aprenda a fazer: viveiros de mudas

Sustentabilidade Integração do controle químico e biológico de pragas: manejo sustentável

Frutas Nativas Brasileiras. A importância dos quintais para a conservação da biodiversidade

Cama de Frango é proibida na alimentação de ruminantes

Restos culturais de abacaxi amonizado na alimentação do rebanho

Agricultura Familiar é familiar mesmo

A suinocultura em 2013

4041

44

4546

4849

52

54

56

5860

626466

68

70

7274

76

77

78

6

1012

141516

1820

22

24

28

3035

Agronegócios e Comércio Exterior

Febre Aftosa: o desafio de manter e ampliar as áreas livres

Fazenda São Benedito Tradição nas raças miniaturas

Recuperação de Pastagens

2º Leilão Virtual: Fazenda Recreio e convidados

Cachaça Caipira. Exemplo de que toda dificuldade pode ser superada

Cebolas Híbridas Garantem produtividade e qualidade aos produtores de todo o Brasil

Fabiano Tolentino, Haras Santa Rosa Criador, árbitro e Deputado Estadual da Equinocultura Mineira

Raça Pampa Comemora 20 anos

Etanol pode ser produzido a partir da casca de eucalipto

Cupins de Pastagens

Cuíca. Pequeno mamífero silvestre rende lucros na plantação de café capixaba

Licor de Café

Plantas Carnívoras

Automóveis Cabine dupla ou chassi, Mahindra oferece excelente custo-benefício

Sustentabilidade Nim. Uma planta que protege o rebanho

Turismo Inhotim

Mini Porco de estimação

Criações Exóticas Ranicultura

Receita Bolo de Milho

Eventos Haras Terra Natal em confraternização de final de ano

Giro Rural

Multimarcas ConsórcioDestaque36

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safra ou valor de alguns produtos. Neste

ano, a produção mineira de grãos deve

manter praticamente o mesmo volume

obtido em 2012, no entanto os preços

dependerão da conjuntura econômica

do mercado interno e externo.

MR: Quais os benefícios para o setor cafeeiro com a criação do Fun-do Estadual do Café – Fecafé?

Até o fim de 2014, o Fecafé deverá

disponibilizar cerca de R$ 100 milhões,

apenas com recursos do Tesouro Esta-

dual, contribuindo para o desenvolvi-

mento da cadeia produtiva do café. O

grupo coordenador do Fundo, formado

por 15 representantes da sociedade civil,

da Assembleia Legislativa e do Governo

de Minas, definirá os critérios para parti-

cipação, como taxa de juros e limite de

crédito. O Fecafé contará com recursos

reembolsáveis, para projetos individuais

e não reembolsáveis, para projetos de

interesse coletivo como, por exemplo,

A revista Mercado Rural conversou com o diretor geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA),

Altino Rodrigues Neto, que falou sobre vários assuntos relacionados ao agronegócio e as expectativas para 2013

va com 9,0% na composição do PIB do

agronegócio brasileiro. O PIB inclui insu-

mos, atividades primárias, indústria e dis-

tribuição. Os dados, que são da Funda-

ção João Pinheiro também confirmam

que o setor agropecuário se destacou

no cenário nacional, crescendo mais que

a média brasileira. De janeiro a setem-

bro de 2012, o PIB agropecuário mineiro

(que engloba apenas as atividades den-

tro da porteira) cresceu 5,7%, enquanto

o PIB agropecuário do Brasil sofreu uma

queda de 1%. Como Minas tem uma

produção agrícola diversificada, não

sentiu os impactos com a redução de

o financiamento de ações de marketing

para divulgação do produto mineiro no

mercado interno e no exterior.

MR: Em que consiste o novo sistema para uso de agrotóxicos e quais seus benefícios para o a agri-cultura mineira?

O Instituto Mineiro de Agropecuária,

na busca pela melhoria contínua das

suas ações de fiscalização de agrotóxi-

cos desenvolveu o Sistema de Controle

e Comércio de Agrotóxicos e Afins (SIC-

CA). Tem como objetivo monitorar o co-

mércio e o uso de agrotóxicos em Minas

Gerais, tendo por base o fornecimento

de informações seguras que propiciem

um diagnóstico da realidade sobre co-

mercialização e uso de agrotóxicos no

Estado. De acordo com a legislação,

todo estabelecimento que comercializa

ou aplica agrotóxicos e afins em Minas

Gerais deve manter a relação do estoque

existente, nome comercial dos produtos,

Entrevista

quantidade comercializada e semestral-

mente remetê-las para o Instituto Minei-

ro de Agropecuária por meio do SICCA.

Constituindo-se em uma ferramenta de

suma importância para a Logística de Fis-

calização do comércio e do uso de agro-

tóxicos pelo IMA, o SICCA propicia maior

detalhamento e rastreamento das mo-

vimentações comerciais dos produtos,

estratificações por ingredientes ativos,

marcas comerciais, municípios e produ-

tores rurais. Tais informações são muito

relevantes, pois contribuem para o nor-

teamento das ações de educação, orien-

tação e fiscalização de agrotóxicos em

Minas Gerais, executadas pelo Instituto.

MR: Como está a situação do abate clandestino em MG?

É coibido insistentemente pelo IMA

através das fiscalizações de abatedouros

e blitz realizadas nas rodovias de todo o

Estado. Os números de 2011 (237 autos

de apreensão e destruição emitidos e

Foto

: Sec

om

Altino Rodrigues

Neto

MR: Comente os números do agronegócio mineiro no ano de 2012 e as expectativas para 2013.

Minas Gerais encerrou o ano com

crescimento recorde na renda agrícola e

aumento de sua participação no PIB do

agronegócio brasileiro. Em 2012, o PIB

do agronegócio mineiro atingiu cerca R$

131,7 bilhões. Com isso, a participação

de Minas no PIB do agronegócio nacio-

nal foi de 13,5%, de acordo com os estu-

dos do Centro Avançado em Economia

Aplicada (Cepea). É a maior participação

já registrada na última década. Para se

ter uma ideia, em 2003, Minas participa-

Por Amanda Ribeiro

8 Março 2013 9Março 2013

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como a Exposição Agropecuária, Expo-

cachaça e Expovet, que atraem interes-

sados em negócios, serviços e produtos,

teremos dois grandes e importantes

eventos. Um, de cunho internacional, é

o de Indicação Geográfica do Queijo, da

Cachaça e do Café. A chamada indicação

geográfica tem por finalidade delimitar

uma área de produção, extração ou fa-

bricação e vinculá-la aos produtores de

determinada região e aos padrões locais,

a fim de diferenciar tais produtos ou ser-

viços. Este evento conta com as parcerias

do Sebrae, Ocemg, MAPA, IFAM, Faemg e

Fetaemg. Já na Exposição Agropecuária,

teremos a Exposição Nacional do Guzerá

a expectativa é grande por ele ser sediado

em Minas Gerais. Além desses eventos,

a Superagro 2013 contará com o Semi-

nário Nacional de Irrigação, promovido

pelo governo do Estado, em parceria com

o Ministério da Integração Nacional atra-

vés da Secretaria Nacional de Irrigação

e outras instituições parceiras.

MR: CA certificação do IMA no setor de orgânicos foi um grande destaque. Comente.

Com a consolidação do Sistema Bra-

sileiro de Avaliação da Conformidade

Orgânica (SISORG), em 2011, propiciou-se

identificar e controlar a produção nacio-

nal de alimentos orgânicos, quanto a sua

origem e processo produtivo. O SISORG

nivelou as ações exercidas pelos Orga-

nismos de Avaliação da Conformidade

(OAC), posição agora ocupada pelo IMA,

que para tal, submeteu-se a avaliação

dos órgãos federais Inmetro e Ministério

da Agricultura. Antes, a produção orgâ-

nica era caraterizada pela avaliação de

organismos que não tinham uniformi-

dade em seus procedimentos e exigên-

cias. O que não assegurava ao produtor,

consumidor e órgãos correlacionados

uma validação do que era realmente o

produto orgânico. A acreditação do IMA

como OAC propicia que produtores que

produzam em um ambiente de produ-

ção orgânica, utilizando como base do

processo produtivo os princípios agro-

ecológicos que contemplam o uso res-

ponsável do solo, da água, do ar e dos

demais recursos naturais, respeitando as

relações sociais e culturais, possam ter

o direito ao uso do selo orgânico.

32.250 quilos de produtos cárneos des-

truídos) comparados com os de 2012

(168 autos de apreensão e destruição

emitidos e 27.703 quilos de produtos

cárneos destruídos) mostram que este

ilícito sanitário vem caindo gradativa-

mente de ano para ano, em Minas Gerais.

MR: Quais as expectativas para Superagro 2013? O público pode esperar alguma novidade para essa edição?

Os produtores estão com maior aces-

so a Estamos otimistas com a Superagro

2013 e a expectativa é superar o público

do ano de 2012, de 70 mil visitantes. Para

este ano, além dos tradicionais atrativos,

Governador Antônio Anastasia e Alberto Pinto Coelho.

Foto

: Ren

ato C

obuc

ci

*Colaboração João Ricardo Albanez, Superintendente de Política e Economia

Agrícola da Secretaria de Agricultura.

10 Março 2013 11Março 2013

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Valor dos repasses em seis meses atingiu R$ 314,2 milhões

Nos sete primeiros meses da sa-

fra 2012/2013 (julho a janeiro),

os produtores mineiros fizeram

aplicações de R$ 314,2 milhões, repas-

sados pelo Banco do Brasil, para o de-

senvolvimento de ações do programa

Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O

valor é 32,1% maior que o das aplicações

realizadas em todo o período da safra

anterior, de julho de 2011 a junho de

2012, informa a Secretaria de Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Para Alceste Fernando Lima, assessor

técnico da Seapa, os números mostram

o interesse crescente dos produtores

mineiros em investir nas boas práticas

agrícolas recomendadas para o desen-

volvimento de uma agricultura susten-

tável. “Nos sete primeiros meses da safra

atual, em Minas, foram realizados 935

contratos de crédito para esta finalidade.

Um aumento de 30,3% em relação ao

registro de toda a safra anterior”, explica.

Houve crescimento das aplicações

nas principais regiões agrícolas do Esta-

do, com destaque para o valor contrata-

do pelos agricultores do Triângulo, que

buscaram recursos de R$ 73,8 milhões.

“Portanto, houve um aumento de 8%

em relação à cifra repassada na safra de

2011/2012”, acrescenta Lima.

Os agricultores do Noroeste fizeram

aplicações no valor de R$ 59,4 milhões,

um incremento de 49,7% em relação

aos repasses totais da safra anterior.

No caso do Alto Paranaíba, terceiro

colocado nas aplicações do crédito do

ABC, houve um aumento de 27,5%,

alcançando o valor de R$ 43,3 milhões.

Também foram realizados repasses

expressivos para as regiões Norte,

Centro-Oeste e Central.

Lima acrescenta que o maior vo-

lume do crédito do ABC em Minas

liberado pelo Banco do Brasil (R$ 77

milhões) foi destinado a investimentos

em pastagem. Para investimentos nos

segmentos de eucalipto, florestamen-

to e reflorestamento houve contratos

no valor de R$ 68,2 milhões. Correção

intensiva do solo, cana-de-açúcar, bovi-

nos para carne, café e bovinos para leite

foram contemplados com a soma de

R$ 89,9 milhões.

Aplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1%

12 Março 2013 13Março 2013

Page 8: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

na associação, que mira esforços no

conquista de novas oportunidades de

negócios. “O Campolina permaneceu

muito tempo sem expansão e, como

consequência, o volume de pequenos

usuários e pequenos criadores se igua-

lou ao selecionadores. Para atingir novos

investidores, a entidade de classe quer

divulgar a funcionalidade do Campolina

com grande força, ou seja, o andamento

marchado que proporciona uma caval-

gada confortável, quase sem impacto ao

cavaleiro”, disse.

O criatório de Dorper surgiu a partir

de pesquisas sobre as duas raças, apon-

tadas entre as melhores opções em ter-

mos de produtividade e adaptabilidade.

O próximo passo foi a aquisição de em-

briões congelados da África do Sul. Os

primeiros animais nasceram em março

de 2007 juntamente com o objetivo

de formar um “banco genético” do que

existe de melhor na África do Sul e tam-

bém na Namíbia. Essa genética foi am-

plamente disponibilizada aos criadores

brasileiros, eximindo-os das dificuldades

e riscos dos processos de importação, a

Paulistano, casado, pai de três filhas,

Luiz Roberto é graduado em administra-

ção de empresas pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV). É também um dos execu-

tivos mais respeitados do ramo imobiliá-

rio, trabalhando na PDG – Poder de Ga-

rantir, maior grupo em valor de mercado

em toda a América Latina. No agrone-

gócio, é gestor de vários negócios com

operações no Vale do Paraíba (SP), Goiás

e Uruguai, que envolvem pecuária de

corte, reflorestamento e criação de equi-

nos, na qual se tornou um prestigiado

criador de Campolina e atual presidente

da Associação Brasileira dos Criadores

do Cavalo Campolina para o próximo tri-

ênio (2013/14/15). De acordo com Luiz,

crescimento será o mote de sua gestão

partir da venda de machos e fêmeas com

produção e fertilidade comprovada.

Criada com base em valores sólidos,

como ética e respeito ao cliente, a em-

presa conta com uma ampla equipe de

excelentes profissionais que garantem o

desenvolvimento constante do projeto.

Nesse aspecto, haverá grande colabora-

ção do mais novo titular da proprieda-

de. “Talvez minha maior contribuição

seja na gestão empresarial, trazendo um

pouco de minha experiência em outras

companhias”, resume Luiz Roberto.

Uma vez aportando à Campo Ver-

de uma vivência do mundo executivo,

Luiz Roberto espera superar vários de-

safios: “dar continuidade ao excelente

trabalho realizado até aqui não será

uma tarefa simples, tendo em vista

a qualidade dos animais, os resultados

em exposições e leilões. A confiabilida-

de do projeto e de todas as pessoas que

compõem nosso quadro de colaborado-

res tornaram nossa empresa respeitada

em todo o Brasil e também no exterior.

Nosso compromisso é continuar a pro-

duzir a melhor genética Dorper e White

Personagem

Dorper para o criador brasileiro e, den-

tro de breve espaço de tempo, para toda

a América Latina”, completa, mencio-

nando uma possível parceria estratégi-

ca para a difusão mundial dessas raças

nas Américas.

Luiz Roberto acredita que são gran-

des os desafios, principalmente na pro-

dução extensiva. Os produtores devem

se integrar ao máximo para que haja

sintonia entre todos os elos e as atuais

iniciativas a esse respeito animam o em-

presário, que aposta no crescimento ex-

pressivo da atividade e não poupará es-

forços para promover o Dorper e o White

Dorper em nível nacional e internacional.

Por ser um dos mais importantes execu-

tivos do setor imobiliário, enfrentou gran-

des dificuldades para integrar diferentes

atividades, todas complexas e que en-

volvem um grande conjunto de variáveis

continentais. Essa competência aplicada

na ovinocultura certamente contribuirá

para a qualificação de outros grandes

empresários envolvidos e também para

que o mercado dê um grande salto em

termos de produção e qualidade.

Foto

: Divu

lgaçã

o

Foto

: Divu

lgaçã

o

Luiz Roberto Horst

Silveira Pintoreferência

na raça Dorper

O empresário Luiz Roberto Horst

Silveira Pinto, criador da raça

Dorper e do cavalo Campolina,

uniu a vasta vivência no agronegócio

com a paixão que possui desde a infân-

cia, e assumiu as diretrizes da Dorper

Campo Verde, situada em Jarinu (SP),

projeto de seleção amplamente conhe-

cido por formar a reserva genética das

raças sul-africanas Dorper e White Dor-

per no Brasil. Presença já marcante com

a criação no Uruguai, está tornando-a

ainda mais evidente no Brasil ao assumir

um dos melhores trabalhos de seleção

de animais de elite dos últimos dez anos.

O empreendimento que já nasceu gran-

de e ambicioso segue firme para um

novo momento de expansão.Raça Dorper Raça White Dorper

Foto

: Mur

ilo G

oes

Por Amanda Ribeiro

14 Março 2013 15Março 2013

Page 9: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Foto

s: Di

vulga

ção

no Estado na segunda quinzena de março

e cobriu 2,78 milhões hectares, ante 2,50

milhões, incremento espacial de 11,3%.

A safra passada, como destaca o

Imea, demonstrou que os problemas

logísticos têm impacto direto no trans-

correr do ciclo, visto que no primeiro

bimestre deste ano 3,7 milhões de to-

neladas, ainda da safra passada, foram

exportadas pelo Estado, comprovando a

dificuldade de distribuição da produção.

Junto a isso, a comercialização anda

em ritmo lento. A produção da segunda

safra no Estado está comercializada em

20,1%. Um ligeiro aumento de 2,5 pontos

percentuais em relação ao último mês.

O presidente da Companhia Nacio-

nal de Abastecimento (Conab), Rubens

A segunda safra de milho, em

Mato Grosso, mal teve o plantio

finalizado e já está sendo taxada

como um ciclo de altos custos e lucros

incertos. A expectativa baixista para os

preços tem contribuído com o baixo

volume dos negócios. Isso se confirma

visto que já há negócios sendo fecha-

dos por R$ 13,50/sc. Esse cenário levará

à necessidade de intervenção governa-

mental na comercialização do milho, de

modo a garantir a obtenção de renda

mínima pelo produtor.

Conforme o Instituto Mato-grossense

de Economia Agropecuária (Imea), uma

das preocupações que impactam de for-

ma decisiva o rendimento da safra é seu

escoamento. A semeadura foi finalizada

Rodrigues dos Santos, já disse que o go-

verno se prepara para comprar milho no

segundo semestre, por meio de Aquisi-

ção do Governo Federal (AGF), por conta

das projeções de que os preços devam

fica abaixo do mínimo. “Se você olhar a

cotação na bolsa para setembro, outu-

bro, ela já sinaliza um preço abaixo do

mínimo, e aí com certeza o governo en-

tra comprando através das AGFs – disse.

Ainda não há orçamento para o pro-

grama de garantia do preço mínimo,

mas Santos não vê restrição de recursos

para essas compras. O lançamento do

contrato de opção, para a compra de

dois milhões de toneladas do cereal para

a recomposição de estoques públicos,

deve sair em breve.

milhoem 2013Perspectivas

para o

Foto

s: Di

vulga

ção

Cana de açúcar, algumas reflexões

*Paulo Costa, consultor sênior de AgropCom, articulista da Rede Exame de Blogs

A Crise: Tivemos nos últimos anos

grande mudança estrutural no

segmento, que alterou significa-

tivamente o perfil cultural e corporativo

da indústria sucroalcooleira energética,

com a entrada de grupos estrangeiros

poderosos e também a chegada da in-

dústria petrolífera. Infelizmente duas

para três safras de cana desastrosas im-

pediram que estas mudanças provocas-

sem os efeitos esperados. O momento

mais difícil da crise foi sem dúvida esta

safra que agora se encerra. Isto porque

o setor vinha de um ano extremamen-

te difícil, operacional e financeiramente,

com uma quebra de safra enorme. Com

isto, a “travessia da ponte” que ocorreu

nesta safra, foi complicada mas serviu

para muitos ensinamentos.

A safra 2013/14: Ainda vai ser um

ano difícil nesta safra que entra e algu-

mas empresas que estão com dificulda-

des financeiras vão ter que tomar um ca-

minho radical de venda ou fechamento

para não “quebrarem”. No entanto uma

safra certamente maior vai trazer pos-

maior segurança em termos de regula-

ção. Isto vai desde o ponto mais óbvio

que refere-se à ANP e sua política de uso

do etanol combustível, até a questão

complexa da aquisição de terras rurais

por empresas estrangeiras. Os partici-

pantes diretos do setor, usineiros, pro-

dutores de cana e indústria de bens de

capital tem que se unir de uma vez por

todas para fazer um trabalho conjunto

em termos de representatividade insti-

tucional. O setor precisa recuperar sua

credibilidade, urgentemente, para voltar

a atrair investimentos.

O futuro: O açúcar continua a ser a

fonte de energia alimentar mais barata

que se encontra no mundo. O etanol é

um combustível limpo e já temos uma

frota de carros flex necessitada de supri-

mento muitas vezes maior do que nossa

capacidade de produção. A cogeração

de energia elétrica a partir da biomassa

vai ser uma realidade mais cedo ou mais

tarde. O setor está se profissionalizando

rapidamente e com um nível interes-

sante de concentração em mãos fortes.

O que mais é preciso para este setor ser

bem sucedido? Persistir, é nossa resposta.

sibilidades de “saída do buraco” para as

empresas que estejam profissionalizadas

e preparadas para um novo momento.

Os preços e resultados: Vamos co-

meçar a safra com preços baixos, parti-

cularmente para o açúcar, onde a Bolsa

de NY deve oscilar entre 18 e 21 cts/lb,

tudo correndo dentro do esperado no

mercado global. A grande expectativa

de um ano melhor fica com a certeza de

um aumento no preço interno dos com-

bustíveis, em particular a gasolina, que

vai trazer a possibilidade de um reajuste

dos valores de venda do etanol, tanto

o anidro como o hidratado. No caso do

açúcar, uma não tão improvável depre-

ciação do Real, auxiliaria as receitas das

vendas para exportação. O mundo está

com um estoque de açúcar bastante

alto, em função de uma queda da de-

manda causada pela crise econômica e

boas produções em outros países, parti-

cularmente a Índia e a Rússia. Isto pode

não se repetir este ano, propiciando um

aumento gradual dos preços do açúcar

brasileiro.

O setor e o Governo: O Governo

pode contribuir com o setor dando-lhe

16 Março 2013 17Março 2013

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corde de vendas, com a comercialização

de 80% dos lotes disponíveis. O empre-

endimento está localizado às margens

da rodovia MG-010, em Lagoa Santa,

a apenas cinco minutos do Aeroporto

Internacional Tancredo Neves.

Com relação ao segmento residen-

cial, o Grupo Morada, já consolidado em

Lagoa Santa e região, vem expandindo

sua área de atuação para outras cidades

mineiras. Sempre investindo em inovação

e nos altos padrões de infraestrutura, lazer

e qualidade de vida, em agosto do último

ano a empresa lançou a segunda fase do

Condomínio Vale do Sol, no centro de

Sete Lagoas. Além da tranquilidade, da

proximidade com a natureza, o empre-

endimento conta também com infraes-

Aliar a localização estratégica e as

projeções de crescimento eco-

nômico do Vetor Norte a um

espaço que ofereça todas as condições

de infraestrutura, segurança, qualidade

de vida e sustentabilidade sempre foi a

aposta do Grupo Morada Imóveis para

a realização de empreendimentos re-

sidenciais. Agora, a tendência também

desponta no segmento industrial. Sem-

pre atenta às inovações do mercado

imobiliário, a empresa também aposta

nos condomínios industriais e, em ritmo

acelerado, vem colhendo os resultados.

Anunciado no final do ano passado,

o primeiro condomínio industrial da em-

presa, Metropolitan Business Center, re-

gistrou, em apenas quatro meses, um re-

trutura completa de lazer e diferenciais

como trilhas para caminhada e cavalga-

da, além de um centro hípico completo,

com pista de apresentação e baias. Na pri-

meira etapa, serão 622 lotes divididos em

34 quadras. Em Igarapé, o Grupo Morada

lançou, em setembro, o Portal de Igarapé,

que fica a apenas 500 metros do centro

da cidade, e também possui completa

estrutura de lazer e segurança.

Outra grande aposta da empresa é o

projeto voltado para segunda moradia,

ideal para quem procura um recanto de

descanso e diversão junto à natureza, e

também próximo à Capital. O novo em-

preendimento do Grupo Morada será lan-

çado em breve, e deve se tornar um dos

principais destinos de lazer aos finais de

semana. Cercado por lagoas, contará com

as mais sofisticadas opções de entreteni-

mento, esporte e qualidade de vida.

Em Lagoa Santa, os condomínios do

Grupo Morada também são conhecidos

por seus padrões privilegiados de estru-

tura, segurança e qualidade de vida. Atu-

almente, o condomínio de alto padrão

Mirante do Fidalgo é considerado um

dos melhores investimentos da região

em termos de custo-benefício. Outros

empreendimentos de alto nível da em-

presa na cidade são os condomínios Vale

Verde Ville, Quintas da Lagoa, Portal do

Horizonte e Morada do Sol.

Grupo Moradainovação e alto padrão em

condomínios residenciais e industriais

18 Março 2013 19Março 2013

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Aprenda a fazerViveiro de Mudas

tentação dos sacos e outros recipientes,

funcionará como controladora de plan-

tas invasoras.

A cobertura é feita utilizando-se som-

brite a 50% de interceptação da luz solar,

que atende à maioria das espécies culti-

vadas na região, entre as quais pode-se

citar: açaí, castanha-do brasil, cupuaçu,

bacaba, graviola, mangaba, etc. o pedilú-

vio (1,00 x 1,00 m) deverá ser assentado

na entrada principal do viveiro, de modo

a permitir o controle fitossanitário na cir-

culação de máquinas e pessoas.

AramadoA sustentação do sombrite é feita

com arame liso galvanizado apoiado so-

bre os esteios e tensionados linha a linha

até aos esticadores que ficam dispostos

em todas as laterais do viveiro, dispostos

a cada 4,00 m. O arame está configura-

do de forma longitudinal, perpendicular

e transversal, oferecendo ótimo apoio

para o sombrite e para o sistema de ir-

rigação. Esse modo de sustentação ofe-

rece, além da durabilidade e praticidade

da instalação, um menor custo em rela-

ção à madeira. Se o viveiro fosse atraca-

do com pernas-mancas de madeira-de-

-Iei, o custo seria de aproximadamente

R$ 539,00 em material, considerando

que levaria no mínimo 7 (sete) dúzias,

além de contar com mão-de-obra espe-

cializada (carpinteiro) para a realização

dos serviços. Já com a utilização do ara-

me, esses custos caem bastante, pois um

rolo de 1.000 m (quantidade suficiente

para um módulo) é vendido no mercado

local por aproximadamente R$ 253,00,

com a vantagem adicional da facilidade

de manuseio e não requerer maiores co-

nhecimentos de carpintaria.

Projeção lateralTêm-se os detalhes do assentamen-

to do sombrite, em que apresenta um

tensionador em madeira em todas as

laterais do viveiro, para permitir mais

segurança e apoio no esticamento da

cobertura. De qualquer forma, o arame

é que dá a maior sustentação ao som-

brite, e o uso da madeira foi bastante re-

duzido em comparação com os viveiros

tradicionais. Nota-se também, que apro-

veitando-se do esticamento do arame,

projeta-se uma aba de 2,20 m de com-

primento, que servirá de quebra-vento e

auxiliará na uniformização da luminosi-

dade nas laterais do viveiro.

Sistema de IrrigaçãoA irrigação de um viveiro pode ser

realizada de diversas formas, desde a irri-

gação por inundação (sulcos), passando-

-se pelo uso de mangueiras, regadores,

aspersores, nebulizadores, etc. Todos

esses sistemas apresentam as suas van-

tagens e desvantagens. Contudo, quan-

do a irrigação pode ser detalhadamente

monitorada, quantificada e uniformiza-

da, as vantagens são muitas. Isso é o que

propõe o sistema de irrigação elevado

por nebulização. A começar pela for-

ma prática e rápida da instalação, pelos

custos dos materiais e pela economia

de água e energia elétrica. Por ser um

sistema elevado, a distribuição da água

será mais uniforme, fazendo com que as

mudas recebam a mesma quantidade,

evitando-se o desperdício.

O sistema é composto de uma linha

de alimentação principal de 50 mm de di-

A falta de mudas selecionadas à dis-

posição dos produtores tem sido um dos

maiores entraves para o desenvolvimen-

to da fruticultura brasileira. Nessa edi-

ção a revista Mercado Rural vai mostrar

como construir um viveiro de mudas.

O primeiro passo é a escolha do local

adequado, que dependendo dos fato-

res elencados, em ordem de prioridade,

pode dar a exata medida do êxito ou do

fracasso do empreendimento. A água é o

recurso mais importante que deve ser ob-

servado para o funcionamento do viveiro,

em todas as etapas de produção. Quanto

mais próximo da fonte de água estiver,

menores serão os custos de implantação,

manutenção e funcionamento. As fontes

poderão ser rios, lagos, poços, etc.

Declividade do terrenoA inclinação do terreno deve ser a

menor possível, sendo a ideal de 1% a 3%.

Deve-se evitar a instalação do viveiro em

locais irregulares e dar preferência a so-

los de textura solta, com boa drenagem,

evitando-se o acúmulo de água, o que

pode acarretar o excesso de umidade e,

por consequência, o aparecimento de

pragas ou doenças no viveiro.

Proteção dos ventosA ação direta dos ventos sobre as

plantas pode acarretar torção e inclina-

ção, trazendo prejuízos no desenvolvi-

mento das mudas. Deve-se plantar uma

cortina quebra-vento com espécies de

crescimento rápido [Parkia multijuga

(paricá), Inga edulis(ingá), Acacia man-

gium (acácia mangium)], etc., ou manter

a vegetação existente no local. A prote-

ção vegetal deve ficar a uma distância

razoável, para evitar o sombreamento

excessivo. O tamanho do viveiro a ser

construído vai depender da quantidade

de mudas a produzir, do tamanho dos

recipientes, da forma de distribuição das

mudas no espaço interno e do tempo

que as mudas permanecerão no vivei-

ro. O projeto aqui apresentado detalha

a instalação de um módulo com capa-

cidade aproximada de 30.000 mudas,

que poderá ser ampliado com outros

módulos, de acordo com a necessidade

de produção.

DimensõesO módulo apresenta a dimensão

de 24 x 24 m, perfazendo uma área de

576 m2. Os esteios estão dispostos a uma

distância regular de 4 x 4 m, exceto nas

duas faces que podem servir para am-

pliação, em que a distância cai para 2 m

na linha; têm 0,10 x 0,10 m de espessura,

com 2 m de pé-direito e comprimento

total de 2,50 m.

O viveiro está dividido em quatro

submódulos, com áreas de circulação

pavimentadas com brita, para facilitar o

acesso de máquinas, veículos e pessoas,

e permitir uma melhor drenagem das

águas; limitadas com meio-fio, que pode

ser de qualquer material disponível no

local (madeira, tijolos, blocos de cimen-

to, etc.). Esses submódulos deverão ser

nivelados com areia, que além de ofe-

recer uma melhor condição para a sus-

âmetro, da qual derivam 18 linhas secun-

dárias de 20 mm, sendo 9 de um lado e 9

do outro. Em cada linha secundária há um

registro e 6 nebulizadores distantes 1,80 m

entre si. Os nebulizadores utilizados neste

projeto são do modelo cônico, mas exis-

tem no mercado outros tipos e modelos

que poderão ser utilizados, e até outros

materiais para as linhas de distribuição.

O importante é que o sistema seja elevado

para garantir todas as qualidades buscadas

na distribuição da água no viveiro.

Legalização do ViveiroO negócio agrícola está cada vez mais

profissionalizado. Para se adequar aos no-

vos tempos, o produtor deverá zelar pela

qualidade de seu material, obtendo pro-

págulos de boa procedência e utilizando

as técnicas adequadas de semeio, plantio

e condução das mudas. Porém, a ativida-

de é disciplinada por lei, e os produtores

deverão procurar a Superintendência do

Ministério da Agricultura Pecuária e Abas-

tecimento, para efetuarem a competente

regularização. Com o advento da Lei nº

10.711, de 05 de agosto de 2003, muita

coisa mudou em relação ao regulamento

da inspeção e fiscalização da produção e

do comércio de sementes e mudas.

Fonte: Embrapa Amapá

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20 Março 2013 21Março 2013

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Integração do controle químico e biológico de pragas:

Sustentabilidade

Por José Otavio Menten, Presidente do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS),

Eng. Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia, Pós-Doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia,

Professor Associado da USP/ESALQ.

Manejo SustentávelAs vantagens da integração de mé-

todos químicos e biológicos podem ser

demonstradas através de vários exem-

plos. Na cultura da cana-de-açúcar,

parte expressiva de insetos é manejada

biologicamente, através da utilização

de parasitas, parasitóides e microrganis-

mos entomopatogênicos. Entretanto, o

manejo de plantas daninhas é realizado,

principalmente, através de herbicidas. O

manejo de mofo branco, doença de di-

versas culturas como soja, feijão, algodão,

girassol, tomate, batata, alface, cenoura,

etc., causado pelo fungo Sclerotinia scle-

rotiorum, deve ser feito integrando-se os

métodos: pode-se aplicar fungos anta-

gônicos, como Trichoderma spp., no solo,

antes de semeadura, ou no sulco ou na

semente, e aplicar fungicidas no estádio

de florescimento. Mais uma vez, o “agro-

conhecimento” é essencial: devem ser

utilizados fungicidas que sejam eficien-

tes contra o patógeno e que não redu-

zam a população do fungo antagônico.

O MIP é tão vantajoso que é considerado

a “base” do conceito de agricultura sus-

tentável, tão debatida e perseguida atu-

almente, fundamental para que o agro

continue sendo a “âncora verde” do de-

senvolvimento do Brasil. É graças ao agro

que nosso país continua em sua cami-

nhada para se consolidar como o “celeiro

do mundo”, de acordo com previsões de

diversas entidades internacionais.

A s pragas agrícolas (plantas dani-

nhas, insetos, ácaros, fungos, bac-

térias, vírus, nematoides etc.) são

responsáveis por danos de 40% na produ-

ção vegetal. Se conseguíssemos neutrali-

zar o efeito prejudicial destes seres vivos

nocivos, a produção de alimentos, fibras

e agroenergia seria 40% maior, sem haver

necessidade de aumento da área cultiva-

da; apenas aumento do rendimento ou

produtividade. Uma determinada lavoura

está sujeita, em geral, a diversas pragas, de

várias classes, em diferentes fases de seu

desenvolvimento. Assim, é fundamental

que as pragas agrícolas sejam manejadas,

utilizando-se todas as medidas disponí-

veis e adequadas para cada situação. Es-

tas medidas, geralmente, são agrupadas

em diferentes métodos: químico, bioló-

gico, físico, cultural, genético, mecânico

e legislativo. As Boas Práticas Agrícolas

(BPA) preconizam o Manejo Integrado de

Pragas (MIP), que significa o emprego das

diversas medidas adequadas, simultanea-

mente ou em sequência.

Tanto o controle químico como o bio-

lógico tem seus pontos positivos e nega-

tivos. A utilização de medidas incluídas

aos métodos químico e biológico pode

e deve ser feita respeitando aspectos

técnico-científicos e sob responsabi-

lidade/orientação de profissional habili-

tado e competente.

Controle biológico inclui tanto o estí-

mulo aos processos naturais que reduzem

o crescimento de populações de pragas

agrícolas como a aplicação de agentes de

biocontrole ou produtos biológicos ou

naturais. O maior mercado destes produ-

tos é a “agricultura convencional”, embo-

ra se tenha a falsa impressão que sejam

destinadas, exclusivamente, à “agricultura

orgânica”. Aliás, essa polarização entre

estes dois “tipos” de agricultura não é

benéfica para o agro ou para a sociedade.

O importante é que os produtos vegetais,

tanto “convencionais” como “orgânicos”,

tenham boa qualidade, sejam saudáveis,

seguros ao consumidor sob aspectos

nutricionais, microbiológicos, físicos

e quanto a contaminantes e resíduos,

além de saborosos e com bom aspecto.

Manejo de plantas daninhas com plantio

direto na palha

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22 Março 2013 23Março 2013

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O cheiro, o sabor e as cores das

frutas nativas instigam a me-

mória de muitos brasileiros.

Pitanga roxa, goiaba, jabuticaba, araçá,

gabiroba, seriguela, articum, jatobá,

mangada, umbu. Estes são alguns exem-

plos de espécies muito apreciadas e que

representam uma opção de alimentação

saudável, pois possuem grande valor

nutricional, com vitaminas, sais minerais,

antioxidantes, açúcares naturais (fruto-

se), além de várias outras substâncias

que auxiliam na prevenção e no com-

bate de doenças. Outrora comumente

encontradas nas matas e nos campos,

atualmente algumas delas estão se tor-

nando cada vez mais raras.

Na produção agrícola no Brasil, des-

de o início da colonização, o cultivo de

uma única espécie (monocultura) em

grandes propriedades sempre ocupou

posição de destaque. A cana-de-açúcar,

o café, o milho, a soja são exemplos de

lavouras que, em diferentes momentos,

foram grandes responsáveis pela gera-

ção de renda e trabalho. Entretanto, os

avanços da fronteira agrícola e da ocu-

pação humana têm colocado em risco

algumas espécies, como é o caso da

jabuticaba-branca. Neste contexto, um

tipo de produção que se diferencia bas-

tante da agricultura especializada mere-

ce ter sua importância reconhecida.

Os quintais contribuem de forma

efetiva para a conservação da biodiver-

sidade. Comum nos quintais de peque-

nas propriedades rurais ou em moradias

urbanas, o pomar é o local onde são

cultivadas árvores frutíferas diversas.

Se, por um lado, a conservação de es-

pécies de frutas nativas esteve ligada ao

endemismo, isto é, a sua capacidade de

se perpetuar espontaneamente em um

determinado ecossistema, por outro, as

práticas tradicionais de cultivar, doar e

trocar mudas também tem contribuído

fortemente neste sentido.

Nos quintais, a produção dos poma-

res domésticos é prioritariamente orien-

tada para o consumo da própria unida-

de familiar, sendo também ofertada a

vizinhos e conhecidos. Entretanto, outro

tipo de destinação tem se mostrado ex-

tremamente vantajoso. Recentemente,

grandes redes de supermercados têm

descoberto que as frutas nativas podem

apresentar valor comercial elevado.

O mercado internacional também

tem se mostrado promissor: espécies

como maracujá, cacau e caju ganharam

o mundo e representam um estímulo ao

agronegócio. As espécies nativas pos-

suem uma vantagem adicional no cená-

rio internacional: não possuem concor-

rentes em outros países, ao contrário das

laranjas brasileiras cujo valor no mercado

estrangeiro depende das condições de

produção em pomares estadunidenses.

Entretanto, para que seja viável o avan-

ço da fruticultura, é fundamental que o

Brasil intensifique as pesquisas em busca

de um melhor aproveitamento da biodi-

versidade brasileira.

Devido à sua grande extensão terri-

torial 8.514.876,599 km2, segundo o IBGE,

é possível encontrar no Brasil áreas com

diferentes climas como o trópico úmido

no Norte, o semi-árido no Nordeste e

áreas temperadas no Sul. Estas diferen-

ças climáticas contribuem para grandes

variações dos ecossistemas e possibili-

tam a produção de uma vasta variedade

de frutas ao longo de todo o ano.

A biodiversidade abrange toda a

variedade de espécies de flora, fauna

e micro-organismos, bem como suas

inter-relações nos ecossistemas. Sua pre-

servação é fundamental para assegurar

o equilibro ambiental e a manutenção

daquilo que constitui as bases da vida:

alimentos, água, oxigênio, clima estável,

entre outros. Segundo o Ministério do

Meio Ambiente, mais de 20% do número

Frutas nativas brasileiras

A importância dos quintais para a conservação da biodiversidade

*Leylane Silva Ferreira e Mariana Gonçalves Moreira,

especialistas em Gestão Ambiental e Geoprocessamento e

consultoras da Buriti Socioambiental.

Araçá

Mangaba

Goiaba

Jatobá

total de espécies da Terra se encontram

no Brasil, país que abriga a maior biodi-

versidade do planeta.

Infelizmente, a despeito de toda a

riqueza e potencial do Brasil, o núme-

ro de espécies ameaçadas de extinção

tem se elevado de forma alarmante.

Diante disso, vale enfatizar a impor-

tância do cultivo das frutas nativas nos

quintais, da viabilidade de seu aprovei-

tamento comercial e da manutenção

de áreas de preservação onde possam

ser encontradas.

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24 Março 2013 25Março 2013

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Cama de frango é proibida na alimentação

de ruminantes

de amendoim, capim picado, casca de

arroz, sabugo picado e outros. Essa di-

versidade material absorvente causa

grande heterogeneidade na composi-

ção da cama de frango. Além disso, o

tipo de ração, a idade e tipo de aves, a

quantidade de penas e excretas, o nú-

mero de lotes criados, o tempo e for-

ma de armazenamento da cama e em

determinados casos aves mortas (pin-

tinhos) que não foram coletados pelos

granjeiros, misturam-se no substrato, e

em condições favoráveis podem desen-

volver a síndrome do Botulismo.

Acama de frango ou substrato de

piso é o subproduto da indústria

avícola e foi amplamente utiliza-

do e popularizou-se pelos pecuaristas

na alimentação de ruminantes, visto

seu custo reduzido e grande disponibi-

lidade no mercado. Ela contém além da

excreta das aves, o material absorven-

te usado como cama, daí seu nome, e

em menor quantidade outros materiais

como ração das aves, penas, material do

piso do aviário, etc. O material absor-

vente é bastante variável, sendo os mais

comuns a maravalha de madeira, casca

Essa determinação veio de encontro

ao desejo do mercado internacional e

para atender exigências dos importado-

res de carne bovina.

Além dos fatores sanitários mencio-

nados, existe ainda um terceiro aspecto

relacionado a uma possível repugnân-

cia por parte dos consumidores em sa-

berem que podem estar consumindo

carne bovina produzida por animais ali-

mentados com cama de frangos.

Em alguns países que permitem

ou que permitiam o uso de cama de

frango, foram estabelecidas regras

bem claras, como necessidade de tra-

tamento via autoclave ou via fermen-

tação anaeróbica para torná-la mais

segura do ponto de vista sanitário. No

Brasil, até sua recente proibição pelo

MAPA, seu uso era permitido sem ne-

nhuma regulamentação. Embora não

muito numerosos em relação ao seu

uso indiscriminado, alguns problemas

sanitários ocorreram com bovinos ali-

mentados com cama de frango. Feliz-

mente, até nos dias atuais, nenhum

caso de saúde humana relacionado ao

consumo de carne bovina produzida

por animais alimentados com cama de

frango foi observado.

É de conhecimento geral que no

Brasil nunca houve se quer um caso

da BSE (vaca louca), isso graças às con-

dições climáticas, sistemas de criação,

materiais genéticos diferenciados prati-

cados em nosso território, esta síndrome

dificilmente ocorrerá por aqui, é tam-

bém de sabedoria que grande montante

de criadores de gado continuam a usar a

cama para alimentar seus bois em con-

finamentos, suas vacas e novilhas. Essa

clandestinidade ou não cumprimento

das regras podem de uma maneira ou

outra prejudicar o criador de gado e im-

pedi-lo de comercializar seus produtos.

Só o bom senso por parte dos pecuaris-

tas nos deixará fora de novos embargos

e assim poderemos ampliar nossos par-

ceiros comercias da carne brasileira.

Evandro José Rigo MSc Zootecnista e professor nos cursos

de Zootecnia, Agronomia da FAZU e Medicina Veterinária da UNIUBE.

NSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 08, DE

25 DE MARÇO DE 2004 O MINISTRO DE

ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E

ABASTECIMENTO, no uso da atribuição

que lhe confere o art. 87, Parágrafo único,

inciso II, da Constituição, tendo em vista

o disposto no art. 71 do Regulamento do

Serviço de Defesa Animal, aprovado pelo

Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934,

nos artigos 1º e 2º da Lei nº 6.198, de

26 de dezembro de 1974, e o que consta

do processo nº 21000.008269/2003-65,

e considerando a epidemiologia da

Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB

e a necessidade de manutenção da

situação sanitária do Brasil em relação

a essa doença, resolve:

Art. 1º Proibir em todo o território

nacional a produção, a comercialização

e a utilização de produtos destinados

à alimentação de ruminantes que con-

tenham em sua composição proteínas

e gorduras de origem animal.

Parágrafo único. Incluem-se nesta

proibição a cama de aviário, os resídu-

os da criação de suínos, como também

qualquer produto que contenha proteí-

nas e gorduras de origem animal.

O uso da cama de frango na alimen-

tação de ruminantes, especialmente

bovinos, era antiga e resultava, por um

lado, boa capacidade do ruminante usar

esse alimento contendo nitrogênio não

protéico (NNP) e digerir alimentos fibro-

sos, e por outro, da grande disponibi-

lidade e do baixo custo desse material.

Consequência desse fato foi um número

enorme de trabalhos na literatura na-

cional e internacional sobre seu uso, os

quais esclareciam sobre o uso da cama

de frango na alimentação de bovinos e

sobre os possíveis riscos à saúde animal

e humana.

Com o surgimento de casos da BSE

ou EEB (encefalopatia espongiforme bo-

vina) (doença da vaca louca) registrados

no mundo obrigou os países a endure-

cerem as regras quanto ao uso de proteí-

na de origem animal ou de produtos que

contenham resíduos dessas proteínas na

alimentação de ruminantes. Os impactos

na pecuária brasileira foram imediatos e

em 1996, o Ministério da Agricultura, Pe-

cuária e Abastecimento (MAPA), proibiu

a utilização de qualquer subproduto de

origem animal na alimentação de rumi-

nantes, e a cama de frango não fugiu à

regra. Isso porque ela pode conter resto

de penas e até de carcaças de aves, bem

como fezes, que eventualmente carre-

guem resíduos contaminantes. Por essas

pressões mercadológicas , o MAPA, insti-

tui a normativa n° 8 que insere:

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26 Março 2013 27Março 2013

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28 Março 2013 29Março 2013

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Restos Culturais de

na alimentação do rebanhoAbacaxi Amonizado

porém com pouca utilização na alimen-

tação animal.

Atualmente, as agroindústrias inves-

tem no aumento da capacidade de pro-

dução, gerando grandes quantidades

de subprodutos, que geram custos ope-

racionais para as empresas ou poluição

para o meio ambiente; a utilização desses

subprodutos, considerando as limitações

proteicas e ressaltando seu conteúdo

energético pode ser uma importante al-

ternativa alimentar para ruminantes.

Uma estratégia que tem sido bastante

utilizada é o emprego de restos culturais,

disponíveis por ocasião das colheitas, que

podem ser utilizados como volumoso

na época de escassez de forragem, di-

minuindo a competição entre homens

e animais pelos grãos produzidos. Além

disso, reduz os custos com a alimentação

animal e minimizando o problema de des-

tino de alguns resíduos, que provocam

poluição ambiental. A utilização desses

resíduos na alimentação animal de-

pende de uma série de fatores, como:

proximidade entre o setor de criação

e o setor de produção dos resíduos,

custos com transportes, caracterís-

ticas nutricionais, armazenamento

e manipulação dos mesmos.

A alimentação é responsável

pela maior parte dos custos de

produção animal e pode dificultar

a criação de caprinos e ovinos, espe-

cialmente, em relação aos pequenos

produtores. A carência de forragei-

ras com elevado valor nutricional

no período das secas diminui

o crescimento, ganho de peso,

reprodução e saúde dos animais,

provocando baixos rendimentos

nas explorações pecuárias.

O Nordeste brasileiro é considera-

do como região de condições

climáticas adversas, as quais pre-

judicam o desenvolvimento das ativida-

des na agropecuária, devido às carências

nutricionais dos rebanhos, cuja baixa pro-

dutividade deve-se aos manejos alimen-

tar, reprodutivo e sanitário deficientes.

Uma estratégia a ser usada para melho-

rar os níveis produtivos desses rebanhos

seria a adequação destes manejos. Na

época seca, com as pastagens deficien-

tes, necessário se faz obter alimentos de

alto valor nutritivo com custos reduzidos

que devem ser utilizados com mais frequ-

ência no sistema de produção intensivo

visando aumentar a produção de carne.

Para os pecuaristas este é um dos

maiores problemas enfrentados, geran-

do como consequência, a baixa produ-

tividade dos rebanhos na estação seca.

É necessário conhecimento adequado

sobre as exigências nutricionais dos ani-

mais e da composição dos alimentos

para obter uma produção animal eficien-

te. Portanto, deve-se adquirir técnicas de

conservação de alimentos, tais como: en-

silagem e fenação, assim como a utiliza-

ção de resíduos agroindustriais, restos de

culturas, que assegurem a manutenção

da produção nos períodos críticos.

A industrialização da fruticultura

tropical tem propiciado enormes so-

bras de subprodutos, que in natura ou

beneficiados, poderão contribuir com

uma parcela expressiva na alimentação

de ruminantes, porém as pesquisas e as

informações na utilização dessas fontes

alternativas para alimentação animal

ainda são limitadas. No entanto, gran-

des quantidades de restos de cultura e

resíduos agroindustriais são produzidas,

Pensando dessa maneira, vê-se nos

restos culturais de abacaxi (RCA), uma

alternativa eficiente e econômica para

produtores de abacaxi, que também

criam pequenos ruminantes em suas

propriedades.

O Brasil é o maior produtor mun-

dial de abacaxi. No mercado nacional, o

abacaxi responde por 5,2% do valor da

produção de frutíferas, segundo a FAO

(Organização das Nações Unidas para

Agricultura e Alimentação). Em 2006 fo-

ram produzidos 1.707.088 milheiros de

abacaxis sendo o rendimento médio de

25.538 frutos/ha; e a área colhida 66.845

há (IBGE/2006).

O município de Umburanas locali-

zado na Região Centro-Norte da Bahia,

cerca de 540 km da Capital Salvador,

tem se destacado pela sua produção de

abacaxi, sendo recentemente zoneado

pelo Ministério da Agricultura e Pecuária

(MAPA) como região produtora, possui

hoje em torno de 197 hectares de aba-

caxi plantados, com uma produção mé-

dia de 19 milhões de frutos (IBGE/2011)

e um rebanho efetivo de 23.250 cabeças

Helainne De Oliveira Silva, Técnica em Agropecuária/ EAFSB - CREA/BA

Graduanda em Zootecnia/ UFRB.

caprino e 10.800 ovinos (IBGE/2011).

Apesar da importância dessa cultura

pouco se conhece sobre o uso dos sub-

produtos dessa cultura na alimentação

de ruminantes no Brasil.

A produção de abacaxi oferece dois

tipos de subprodutos: os restos de cultu-

ra resultantes após a colheita dos frutos e

os resíduos do processo de industrializa-

ção da fruta, ambos podem ser usados na

alimentação de pequenos ruminantes.

Por esse motivo, hoje na Universi-

dade Federal do Recôncavo da Bahia,

encontra-se em andamento, um estudo

experimental sobre a utilização de restos

culturais de abacaxi, passando pelo pro-

cesso de amonização, para ser uma forma

de alimento alternativo para ovinos. Fo

to: D

ivulga

ção

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: Heli

anne

Silva

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lgaçã

o

Foto

: Heli

anne

Silva

Plantação de abacaxis em Umburanas - BA

Rebanho de ovinos em Umburanas - BA

30 Março 2013 31Março 2013

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hectare de soja, ou seja, o valor agrega-

do destas culturas independe do tama-

nho da área.

Por isso, defendo que temos uma

única agricultura. O termo familiar nos

remete a pequenos, órfãos, desassistidos

- grande parte desta ultima expressão

é verdadeira – sem poder. Na verdade,

nossa revolução verde é grande em área

e em produtividade. Vejam: em 1980

se produzia próximo de 10,9 toneladas

hortaliças por hectare. Hoje estamos

próximos de 25 toneladas, praticamente

aumentamos 2,5 vezes nossa produção.

Isso tudo graças aos produtores - sejam

aqueles que possuem pequenas ou

grandes áreas. Quando a tecnologia não

chega ao produtor brasileiro, ele a busca.

Agora imaginem se tivéssemos uma

extensão rural estruturada no Brasil:

onde cada propriedade tivesse um res-

ponsável técnico por suas atividades.

Onde estaríamos? Pensem nisso!

Enfim, amigos: estamos em uma

nova revolução verde. O ano de 2050

está logo ali e, até que se prove o con-

trário, teremos de produzir muito mais.

Se hoje necessitamos de 21 bilhões de

refeições por dia com 7 bilhões de ha-

bitantes, certamente precisaremos de

27 bilhões de refeições, pois estaremos

com 9 bilhões de habitantes até 2050. E

ainda tem gente que quer contrariar o

pai da revolução verde Norman Borlaug

- mudando o nosso sistema de produ-

ção que preserva milhares de árvores,

que acabou com a erosão e que vai

chegar em 40 anos com o crescimento

gigantesco na produção. Não esqueçam:

quanto menor a oferta, maior o preço.

Não gostaria de rever as famosas má-

quinas de remarcar preço como foi em

épocas de inflação. Acorda presidente!

A agricultura sustenta o Brasil. Até mais!

Por José Annes MarinhoEngenheiro Agrônomo,

Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal – Andef.

Agricultura familiaré familiar mesmo!

E m recente conversa com amigos,

falávamos sobre os mitos e os

fatos que a nossa agricultura criou

e que foi inserida. Depois de muitos as-

suntos: defensivos agrícolas, Brasil – o

maior produtor de soja, preço das com-

modities, oportunidades de emprego

no campo, campanhas de mídia, entre

outros, chegou à vez de falarmos sobre

a agricultura familiar.

O que significa a expressão “agricul-

tura familiar” no Brasil? Para dizer-lhes a

verdade: temos vários significados. Mas

aprendi que a expressão é destinada

aos pequenos produtores, aqueles que

produzem em certos momentos para

subsistência ou até mesmo para forneci-

mento de alimentos em pequenas feiras.

Será mesmo que não estamos confun-

dindo novamente as pessoas das cida-

des? O termo agricultura familiar para

mim significa: quem produz no campo

é a família. São grandes empresários que

aprenderam a valorizar e produzir em

pequenos ou grandes espaços. Porém,

com altas lucratividades e produtivida-

des. Para vocês terem uma ideia: a lucra-

tividade de um hectare de cogumelos é

pelo menos cinco vezes maior que um

32 Março 2013 33Março 2013

Page 18: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

34 Março 2013 35Março 2013

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Analisando esse cenário, a Associação Brasileira da Indústria

Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) anunciou

a perspectiva de crescimento para 2013 na suinocultura e

projeta um crescimento de até 1% em 2013, bem abaixo do

potencial da suinocultura. “Com essa avaliação, podemos ter

uma boa perspectiva. Mas o produtor precisa manter o plan-

tel que possui por pelo menos um ano, sem ampliar. A última

crise que aconteceu foi muito significativa, e temos muitas

dívidas para quitar. Precisamos de

garantias no mercado, após isso, até

podemos pensar em crescer. A cri-

se mundial é fato e pode compro-

meter novamente a suinocultura”,

afirma o presidente.

em 2013

Asuinocultura

Foto

s: D

ivulga

ção

Foto

: Clov

erley

Dole

2013 inicia com perspectivas para a suinocultura brasi-

leira. Apesar de 2012 ter deixado marcas fortes no setor,

como as inúmeras dívidas feitas para salvar os plantéis,

os produtores estão buscando a recuperação. A Associação

Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) vê boas perspec-

tivas, mas pede muita cautela. “O cenário revela uma melhora

nas exportações já neste início de ano, a lucratividade pode

ser obtida se as vendas externas forem mantidas ou amplia-

das”, destaca o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi.

Devido ao ápice da crise da suinocultura em 2012, o mercado

sofreu uma redução significativa no número de matrizes. Além

disso, em dezembro, o forte calor registrado, provocou a mor-

te de pelo menos 2,500 mil suínos. “E isso vai comprometer o

mercado, nos próximos meses”, comenta.

Foto

: Divu

lgaçã

o

36 Março 2013 37Março 2013

Page 20: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Multimarcas Consórcio

Consumidores satisfeitos com a ob-

tenção de bens e serviços por meio de

uma aquisição programada e um varia-

do mercado disposto a oferecer cada vez

mais opções para as compras planejadas

e parceladas, fazem dos consórcios um

mercado em evolução.

Fabiano Lopes Ferreira, um mineiro

de Itapecerica, Minas Gerais, que ainda

jovem foi estudar e trabalhar na cidade

grande, além de ser o diretor-proprietá-

rio e jurídico da Multimarcas Consórcios,

conhece como poucos o sistema e pode

falar por ele.

Formado em direito, com mestrado

em direito processual civil, é o autor do

livro “Consórcio e Direito, Teoria e Prá-

tica”, inteiramente dedicado ao tema

e a obra mais completa sobre o sis-

tema de consórcios. Fabiano fez tam-

bém diversos cursos de especialização,

inclusive em consórcios, o que lhe deu

a base para escrever o livro e a qualifi-

cação para proferir palestras no Brasil

e no exterior.

Sua experiência soma o Consórcio

Nacional Ford, a Fiat, além da revenda

UUm dos mais importantes se-

tores da economia nacional na

atualidade, já foi um patinho

feio. Os consórcios, uma invenção genui-

namente brasileira, nasceram sem do-

nos, sem regras, sem leis. Com o passar

do tempo os negócios e os desmandos

foram se ampliando de tal forma, que

uns passaram a ser caso de polícia e ou-

tros entraram em rota de colisão com a

Receita Federal, responsável à época por

sua fiscalização.

Muita gente foi premiada e quase

outro tanto prejudicada. Era muito difí-

cil fiscalizar e impor regras às adminis-

tradoras. Faltam os instrumentos legais.

Nesse tempo, atraídos pela ganância e a

perspectiva de obter lucro fácil e sem ter

de prestar contas a ninguém, aventurei-

ros se travestiram de administradores e

operaram o sistema a seu gosto e prazer.

O sistema foi à lona, mas graças à

honestidade e ao esforço desmedido de

alguns idealistas sua imagem foi recupe-

rada, sobretudo à partir do advento das

leis que o normatizaram e fizeram dele

um dos pilares da economia do país.

em todo o Brasil por meio de convênios

com a rede de concessionárias Chery.

O empresário é um dos autores do an-

teprojeto da lei federal 11.795/2008, a

lei geral do sistema de consórcios, um

instrumento que regulou o setor e per-

mitiu que alcançasse a histórica marca

de quase 5,18 mil consorciados ativos,

exatamente quando acaba de comple-

tar 50 anos de existência.

Hoje existem consórcios para quase

tudo, desde imóveis, automóveis, utili-

tários, caminhões, motocicletas, máqui-

nas e implementos agrícolas, eletroele-

trônicos e serviços em geral.

e do consórcio Cobrasa, deste tendo

sido um dos fundadores. Há aproxima-

damente 20 anos atua na Associação

Brasileira de Administradoras de Con-

sórcios (Abac) e no Sindicato Nacional

dos Administradores de Consórcios (Si-

nac,) entidades nas quais exerceu vários

cargos, entre eles o de delegado adjun-

to da Regional Sudeste II (MG, RJ E ES),

depois delegado e presidente regional.

Hoje, preside o Conselho Nacional da

Abac e a presidência do Sinac.

Quando Fabiano comprou o Con-

sórcio Cobrasa e o transformou em

Multimarcas Consórcios, a nova em-

presa tinha apenas 2 mil consorciados,

20 funcionários, três representantes de

vendas e atuava somente em Belo Ho-

rizonte. Atualmente, possui milhares de

consorciados, cerca de 600 colaborado-

res entre funcionários registrados e ter-

ceirizados. opera com departamentos

próprios em 12 estados da federação e

O presidente da Abac, Fabiano Lopes Ferreira

serv

iços

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%

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%

PARTICIPAnTES ATIVOS5,18 milhões

SISTEMA DE CONSÓRCIOS

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é destaque no setor nacional

Foto

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vulga

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Março 2013 3938 Março 2013

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crescimento dos consórcios ou é ape-nas um mero componente do quadro de opções?

Fabiano: O consórcio de serviços

veio com a lei 11.795, de 2008. Portanto,

é muito novo. Apesar de estar crescen-

do bem, em termos quantitativos ainda

é modesto. Porém, por ser um segmen-

to que abrange praticamente todos os

tipos de serviços, a médio e longo prazo,

certamente, irá fazer muito sucesso.

MR: Dos veículos leves, ainda de acordo com os dados da Abac, as motocicletas têm sido o destaque. Mais da metade de suas vendas, para ser exato 54%, são consuma-das pelos consórcios. No entanto, há também uma grande procura pe-los veículos leves e pesados, máqui-nas e implementos agrícolas. Neste último caso, isso acontece devido à extensão da agricultura brasileira ou porque os preços dessas máqui-nas são muito altos?

Fabiano: Entre outras, estas duas

situações são registradas. Entretanto, é

preciso citar que o agricultor e o pecua-

rista brasileiro, de uma forma geral, tam-

bém aprenderam a adquirir ou a trocar

seus bens e até a fazer poupança com

mais atrativo, não só para os consumi-

dores, mas também para os empresários

que passaram a investir mais no segmen-

to. Os consórcios das grandes empresas,

dos bancos e das fábricas passaram

a investir e dedicar atenção especial ao

sistema, que a partir dali vem crescendo

a cada ano até atingir este recorde.

MR: A Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios - Abac, divulgou que a classe “C” representou 30% do total de clientes do sistema no ano passado. Antes, esta faixa não era considerada com-pradora ou público-alvo, mas, agora, está migrando naturalmente para os consórcios. De que forma, com qual objetivo e diante de qual atrativo?

Fabiano: Essa classe começou a

comprar consórcios primeiro porque

o Brasil vive um momento de quase

“pleno-emprego” e ela passou a obter

melhores rendimentos. Por outro lado,

o consórcio foi buscá-la, ao alongar os

prazos dos grupos e em consequência

reduzir o valor das prestações. Também

a classe “D” está vindo, e já dizem por aí

que até a classe “E” vai compor o quadro

com alguma expressão.

MR: O sistema tem hoje uma nova modalidade para aquisição, o con-sórcio de serviços. Esse segmento é algo representativo na escalada de

pressa em cobrir o território nacional

com departamentos próprios, embora

já estejamos em todos os estados por

meio dos convênios com a fabricante

de automóveis chinesa Chery.

MR: A Multimarcas já tem estrutura para receber todo este crescimento?

Fabiano: A Multimarcas está mui-

to bem estruturada, tanto em pessoal

como em estrutura física e de tecno-

logia. Contudo, de acordo com as ne-

cessidades vamos adaptando as estru-

turas. Saltar de 12 estados para 27, e de

60 para mais de 800 pontos de vendas,

requer, além de muito investimento,

uma operação bem diferente da atual.

Nós nos preparamos para isso e vamos

em frente.

MR: A previsão de crescimento do sistema de consórcios para 2013 é de 5 a 7%, se a economia se mantiver como hoje. Qual a previsão de cresci-mento da Multimarcas para este ano?

Fabiano: A Multimarcas sempre

cresceu bem acima dos índices mé-

dios do segmento. Entretanto, em fun-

ção desses promissores convênios que

firmamos e dessa importante reestru-

turação comercial e administrativa que

implementamos, a nossa previsão de

crescimento anual é de mais de 15%.

o consórcio, ou seja, os consórcios, hoje

em dia, não são mais restritos às gran-

des cidades. O consórcio está nas pe-

quenas cidades do interior e muito forte

também no meio rural. Hoje, ao contrá-

rio do passado, você vê trabalhadores

rurais comprando consórcios. E para os

implementos agrícolas, principalmente

aqueles que têm um custo muito alto,

o consórcio, por não cobrar juros e

oferecer prazos bastante alongados,

se adapta muito bem.

MR: A Multimarcas Consórcios, é considerada a maior empresa do setor em Minas Gerais, em arrecada-ção de taxa de administração e a 38ª no ranking nacional. Mesmo assim, no final do ano passado ela passou por uma grande reestruturação, com profundas alterações no setor co-mercial e também no administrativo, isso foi uma alteração estratégica?

Fabiano: Claro! A empresa nasceu

há 12 anos, fruto de um processo de

cisão parcial do capital social da en-

tão Cobrasa Consórcios.. A partir do

ano passado, decidimos terceirizar

por completo todo o setor comercial

e centralizar completamente a gestão

na matriz da empresa em Belo Hori-

zonte. A terceirização, por si só, já dei-

xa a empresa mais enxuta e mais leve,

ou seja, mais fácil de administrar. Ao

reduzirmos os custos, um propósito

que buscamos com determinação, ti-

vemos como investir a economia na

expansão da empresa. Segundo nos-

sas metas, nos próximos dois anos va-

mos expandir nossas operações dos

12 estados atuais para os 27. Temos

A revista Mercado Rural con-

versou com Fabiano Lopes

Ferreira, que falou sobre o

mercado de consórcios brasileiro e os

projetos da Multimarcas para o ano.

MR: O sistema de consórcios termi-nou o ano de 2012 com 5,18 milhões de consorciados ativos, registrando um crescimento de 11,4% em relação ao ano anterior, quando chegou a 4,65 milhões de consorciados. A que se atribuiu este desempenho em um ano no qual o governo incentivou bastante a venda de veículos, inclu-sive ofereceu redução de IPI para carros novos estimulando assim, a venda de veículos pelo crédito dire-to ou financiamento?

Fabiano: O sistema de Consórcios

vem se aperfeiçoando ao longo dos

anos. A partir de 1991, com a chega-

da do Banco Central do Brasil, foi feito

um saneamento no sistema. Foram re-

tiradas do mercado as empresas que

não tinham condições de permanecer;

e mais recente, foi editada a lei federal

n.º 11.795/2008 que deu consistência

jurídica ao consórcio. Com isso, o setor

ganhou mais credibilidade e se tornou

40 Março 2013 41Março 2013

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externo, pensamos logo em exporta-

ções. É fora de dúvida que o conheci-

mento técnico e comercial adquirido

por nossos empreendedores do setor,

tem nos permitido obter expressivos

resultados em exportação; mas o objeti-

vo deste relato é fazer um alerta para as

oportunidades que estão surgindo não

somente com vendas externas, pelo me-

nos num primeiro momento.

Como dissemos, a ação de expor-

tação tem sido o foco comum do em-

presário do setor de agronegócios.

Gostaríamos, porém, de ressaltar aos em-

preendedores do segmento agropecuá-

rio que o mercado externo pode e deve

ser explorado buscando novas formas de

parcerias.

A captação de investidores internacionais

Face à declarada quebra de safras

agrícolas em países como Estados Uni-

dos, países da Zona do Euro e Europa,

sabe-se que muitos investidores estran-

geiros têm aportado aqui recursos num

primeiro momento, para comprar terras,

mas é inegável que precisam de parcei-

ros para montagem de projetos conjun-

tamente com empreendedores locais, se

utilizando da infraestrutura e do conhe-

cimento do empresário nacional do se-

tor. Existe um cenário apto, pronto para

parcerias com estes investidores na cap-

tação dos investimentos que desejem

realizar aqui, criando um novo nicho de

negócio; o de investimentos estrangei-

ros no agronegócio brasileiro, não mais

e tão somente na aquisição de terras.

Importação de tecnologia e de conhecimento produtivo

O empresariado brasileiro do se-

tor de agronegócios desconhece, por

exemplo, que se pode importar equi-

pamentos usados sem similar nacional

e que estão sub-utilizados no mercado

externo pela frequente quebra de safras

nos países produtores. E estes equipa-

mentos na condição de usados, ficam

por cerca de 1/3 do preço de um novo,

proporcionando redução no custo de in-

vestimentos. Igualmente a aquisição de

serviços internacionais via empresas es-

pecializadas em estudos de técnicas de

plantio, desenvolvimento de novas for-

mas de produção entre outros serviços,

estão ao acesso do empresário nacional.

O cenário da produção agrícola na Eu-

ropa e Estados Unidos atinge hoje, um

crítico momento de esgotamento por

problemas climáticos e mesmo por falta

de condições para expansão e criação

de novas fronteiras agrícolas.

Para não perdermos oportunidades,

esforços estratégicos são necessários;

Governo Federal e empresariado nacio-

nal devem estar atentos a estas possi-

bilidades de maior inserção no cenário

externo não somente através das expor-

tações, mas sobretudo pela formação de

parcerias com estrangeiros que desejem

investir aqui (e esta demanda está cres-

cendo), bem como pelas oportunida-

des de se absorver novas tecnologias

de produção.

Na Teoria do Comércio Internacional

de Adam Smith (Século XVIII), um país te-

ria vantagem absoluta ao concentrar es-

forços de produção naquilo em que pos-

sui maior capacidade para produzir com

menor custo e em maior abundancia.

Críticas à parte ao modelo do renomado

cientista econômico, quando aborda-

mos a nossa capacidade agrícola, acre-

ditamos de fato que o Brasil possui tal

vantagem absoluta e é este o momento

para melhor explorá-la, pois o mercado

internacional desta feita, parece disposto

a remunerar (e bem!) por nossos produ-

tos do setor do agronegócios.

Foto

: Divu

lgaçã

o

Agronegócios e o Comércio Exterior

Buscar opções no mercado interna-

cional tem se tornado operação

mais elaborada e estratégica no se-

tor de agronegócios. A crise mundial sur-

gida a partir do mercado financeiro nor-

te americano em 2008 e que se alastrou

pela Europa, fez com que investidores

e parceiros internacionais se tornassem

mais seletivos em termos de aquisições

e em termos de investimentos. Acresce-

-se à crise financeira, a constatação de

que têm sido frequentes as quedas pro-

dutivas agrícolas de países como Cana-

dá, Estados Unidos e Europa, por sérios e

recorrentes problemas climáticos. O em-

presário nacional do setor que perceber

esta mudança de cenário, que enxergar

mesmo neste momento restritivo de ne-

gócios externos, uma oportunidade para

repensar estratégias, colocar em prática

novas formas de gestão e produção; po-

derá dar uma passo à frente em relação

às oportunidades que existem latentes

no mercado externo, mesmo em perío-

do de crise extrema como a presente.

No tocante às exportações; é im-

portante citar que o exportador precisa

estar atento à revisão de sua logística,

apurando sempre novas técnicas e estra-

tégias de escoamento de seus produtos.

Fazer chegar sua produção no exterior a

preços sempre competitivos é tarefa que

demanda especialistas. Por mais que

a empresa esteja habituada a exportar

bens do agronegócio, a logística externa

é muito dinâmica, muitas opções tem

surgido para escoamento da produção

de forma mais econômica. Revisar pro-

cedimentos é palavra de ordem face à

crise externa que se apresenta, podendo

afetar negócios e principalmente, mar-

gens de lucro. Questões como venda

direta ou venda indireta (através de tra-

dings companies), ampliação do merca-

do de consumo, manutenção de preços

e margens através de hedge cambial,

revisão de processos logísticos, novas

certificações de produção, as linhas de

crédito e financiamento exclusivas para

a exportação etc, são ações que devem

estar presentes no atual cenário que se

projeta mais crítico em termos de op-

ções de mercado consumidor. A mo-

derna administração criou o termo “ócio

produtivo”, que nada mais é do que ter

gente, ter profissional gabaritado para

repensar, revisar e reavaliar estratégias.

Neste sentido “parar” para pensar o ne-

gócio, nem de longe lembra ociosidade.

No setor de agronegócios, quando

falamos em oportunidades no mercado

Foto

s: Di

vulga

ção

*Caio Radicchi, Consultor em Projetos Internacionais e

Claudio Souza Mestre em Direito e Professor

na PUCMINAS. Sócio Titular da Souza Sociedade de Advogados.

42 Março 2013 43Março 2013

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Muito já foi feito para erradicar e

prevenir a aftosa no Brasil. As

ações estão previstas no Plano

Nacional de Erradicação e Prevenção da

Febre Aftosa (PNEFA), de coordenação

do Ministério de Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (MAPA). A execução

cabe aos serviços veterinários oficiais

estaduais, ligados ás Secretarias de Agri-

cultura de Estado, em parceria com o

setor agropecuário privado e comuni-

dade. Os últimos focos ocorridos foram

registrados nos Estados do Mato Grosso

do Sul e Paraná, em 2006. Atualmente,

muitas são as áreas livres no Brasil, com

ou sem vacinação. Em Minas Gerais, o úl-

timo foco foi em maio de 1996 e, há 10

anos, o Estado possui o status de zona

livre de aftosa com vacinação. O Instituto

Foto

s: Di

vulga

ção

de animais com sinais clínicos compatí-

veis com aftosa, serão adotadas medidas

de biosseguridade/biossegurança e de

diagnóstico laboratorial.

Não há tratamento específico, mas

uma das ações essenciais é a vacinação

dos animais. Portanto, é preciso acima

de tudo, erradicar e prevenir. O sucesso

dessas ações depende de um conjunto

de medidas: cadastro das propriedades

rurais; controle do trânsito, produtos e

subprodutos; fiscalização de eventos

pecuários e do comércio de vacinas;

vacinação dos animais; vigilância e fisca-

lização das propriedades de risco, aten-

dimento a suspeitas da doença e coleta

de material para diagnóstico; estudos

sorológicos para avaliação da eficiência

da vacinação dos animais, estudos para

investigação da circulação do vírus e

conscientização de produtores rurais

com ações de educação sanitária.

Muito já foi feito, mas existem desa-

fios futuros. Manter e ampliar as áreas

livres no país é, sem dúvida, o principal

deles. Um país livre seria o maior avan-

ço. Para isso, entre outras ações, fortale-

cer e melhor estruturar os serviços ofi-

ciais de defesa sanitária animal, visando

eficiência e rapidez no atendimento e

investigação das suspeitas da doença,

bem como no diagnóstico laboratorial

da aftosa e de doenças que podem ser

confundidas. Além disso, treinar, con-

tinuadamente, pessoal técnico para

atuação em emergência veterinária,

como em situações de reintrodução da

doença nas áreas livres.

RS

SC

PR

SP RJ

ESMG

BA

SEAL

PEPB

RNCE

PI

MA

TO

GO

MS

MT

PA

PA

APRR

AM

ACRO

DF

Zona livre sem vacinação - OIE

Zona livre de febre aftosa, com reconhecimento da OIE, 2011

Zona livre com vacinação - OIE

Zona não livre (médio risco)

Zona não livre (médio risco)

Marieta Cristina Madureira e Gilberto Rodrigues Coelho

Médicos veterinários e fiscais do Instituto Mineiro de Agropecuária.

Mineiro de Agropecuária (IMA), vincula-

do a Secretaria de Estado de Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG) é

o órgão responsável pela execução do

programa em Minas. Ao todo, 322 mil

propriedades rurais e 22,4 milhões de

cabeças de bovídeos estão cadastradas

no Instituto com vacinações duas vezes

ao ano: em maio, todo o rebanho e em

novembro, animais de até 24 meses.

A febre aftosa é uma doença infecto-

contagiosa de curso agudo, causada por

vírus de alto poder de difusão e de im-

pacto socioeconômico, sobretudo para

o setor agropecuário. É de notificação

obrigatória. Os animais afetados são os

de casco fendido, principalmente bovi-

nos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos.

Os principais sintomas são febre, presen-

ça de aftas na boca, gengiva e língua,

além de feridas nas patas e úberes. Os

animais acometidos mancam e babam

muito. A doença é transmitida através

do contato direto com animais doentes

e seus produtos, secreções e excreções.

Carnes, leite e derivados, saliva, sangue,

fezes, fluidos das vesículas, são ricos em

vírus e são as principais fontes de in-

fecção para outros animais e rebanhos.

o desafio de manter e ampliar as áreas livres

Febre aftosa

Os problemas causados pela doença

estão ligados diretamente à seguran-

ça alimentar e ao comércio de animais

e seus produtos. Proibições e restrições

para o consumo e trânsito podem ser

impostas com o surgimento do foco da

doença, ocasionando em prejuízos para

a agropecuária, sobretudo em função de

barreiras sanitárias internacionais.

Qualquer suspeita da doença, ou

seja, a possibilidade de existência de

animais com sinais clínicos compatíveis

com os da aftosa deve ser notificada

ao serviço veterinário oficial de defesa

sanitária animal. Todo cidadão que tiver

conhecimento da suspeita da doença

deverá fazer a notificação em até 24 ho-

ras. Quanto antes uma suspeita for no-

tificada, mais rápida será a investigação

e a eliminação do foco, se comprovado.

Nas situações de caso provável da doen-

ça, ou seja, quando da constatação pelo

serviço veterinário oficial da existência

44 Março 2013 45Março 2013

Page 24: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

peonato Nacional do Mini-Horse de 2014.

Além de criador experiente e reco-

nhecido, Zezé Cruz é o atual presidente

da Associação Brasileira dos Criadores

de Mini Horse (ABCMH) e ressalta que

a Associação tem tido um crescimento

contínuo desde a sua fundação em no-

vembro de 2002, porém nos últimos dois

anos teve um maior volume de novos

associados. “Acreditamos que esse resul-

tado é fruto de um trabalho alicerçado e

contínuo, cuja projeção para 2013 é das

mais satisfatórias. Nesse ano teremos no

mês de abril, a eleição para o Conselho

Administrativo, e não mais serei presiden-

te, mas gostaria de continuar a fazer parte

do Conselho e continuarei á disposição

para dar todo e qualquer suporte ao novo

eleito. Imagino ter cumprido minha mis-

são, e em todo segmento a renovação é

necessária”, conclui.

Tradicional criador de raças minia-

turas, José Bastos Cruz Sobrinho, o

Zezé Cruz, é hoje uma referência

nesse mercado. Já são 58 anos de tradi-

ção familiar na criação dessas pequenas

raças. Em 1955 seus pais João Batista Cruz

Neto e Alaide Claudio Cruz iniciaram a

criação Avaré que hoje é levada a diante

por Zezé Cruz e seu filho João Batista.

Atualmente além dos Mini-Horses,

a Fazenda São Benedito possui um cria-

tório de Mini Bovinos, um plantel de Mini

Caprinos da raça Pygmy, de origem do

noroeste da África. Recentemente o cria-

tório importou dos EUA um lote de Mi-

niature Donkeys. “Trouxemos dois Mini

Jumentos reprodutores, sendo um desti-

nado as jumentinhas e darmos seqüên-

cia á raça e outro para cruzarmos com

éguas Mini-Horse e fazermos muares em

miniatura”, comentou o criador.

Por mais de 20 vezes Zezé se desta-

cou como melhor criador e expositor na-

cional nos rankings da Associação Brasilei-

ra de Criadores de Cavalo Pônei (ABCCP)

e da Associação Brasileira de Criadores de

Mini Horse (ABCMH), resultados que eno-

brecem o criatório e torna-o referência

genética na raça. Mas por uma opção es-

tratégica de mercado, após 25 anos par-

ticipando de exposições, o criador optou

por ficar dois anos (2012 e 2013) fora das

pistas, com retorno previsto para o Cam-

VI Leilão Virtual Avaré Guguiná e AmigosNo próximo dia 19 de maio, o criatório

Avaré em parceria com a Cabanha Gugui-

ná, de propriedade do criador Luiz Zillo,

promove seu leilão anual com a partici-

pação de diversos criadores.

Zezé pondera que as cinco edições

anteriores foram de grande sucesso nas

comercializações, com liquidez de mais

de 90% dos lotes ofertados. “A cada ano

temos notado uma grande melhora na

qualidade dos produtos ofertados, devi-

do sempre ao sucesso da versão anterior.

Neste ano iremos ofertar 50 lotes na bati-

da do martelo, sendo: nove reprodutores

e 30 fêmeas Mini-Horse, duas Mini Vacas

prenhas, dois casais de Mini Bovinos,

um Mini Touro, dois casais de Mini Ca-

prinos e dois lotes de coberturas: um de

Mini-Horse e um de Miniature Donkey.

Ofertaremos ainda seis machos castra-

dos e mansos de sela, porém com pre-

ços pré- fixados e venda direto na mesa

operadora”, explica o criador.

O remate será transmitido às 20h pelo

Novo Canal. “Esperamos mais uma vez su-

cesso na sua realização e resultado finan-

ceiro do mesmo, que tem sido nos últimos

anos o leilão referencial da raça, orien-

tando o me cado nos valores de comercia

lizações futuras”, conclui Zezé Cruz.

Foto

: Divu

lgaçã

o

Fazenda São Benedito

Tradição nas raças miniaturas

Foto

s: Di

vulga

ção

Bruna Monteiro Paisagista da Arte Folha Paisagismo

o uso de leguminosas e o controle de

doenças e pragas e plantas daninhas.

As soluções disponíveis são ade-

quadas a pequenas, médias e grandes

propriedades rurais, mas a escolha e im-

plantação de diferentes sistemas, como

tipos de lavouras, espécies de animais,

de forrageiras e de árvores, deve ser feita

cuidadosamente, verificando as condi-

ções da região e do produtor.

Nos sistemas recuperados o produ-

tor conduz diferentes culturas na mesma

área, simultaneamente ou em sequência.

Com isso, além do aumento na produção

animal, há o adicional da produção de

grãos e biocombustíveis com redução de

emissões de gases de efeito estufa pela

redução na idade de abate dos animais,

fixação de carbono via fotossíntese e ma-

téria orgânica no solo. Assim melhorando

o rendimento da terra e ajudando na pre-

servação do solo e água.

de recuperar 15 milhões de hectares de

pastagens degradadas até 2020. E assim

reduzir entre 83 milhões e 104 milhões

de toneladas de CO² equivalente. A meta

faz parte de do Programa Agricultura de

Baixo Carbono ( ABC ), coordenado pelo

Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento ( MAPA ), que tem como

objetivo ampliar a produção de alimen-

tos e bioenergia com a redução de gases

de efeito estufa.

Existem diversas formas para a recu-

peração de pastagens degradadas. Pri-

meiro tem que ser feito um diagnóstico

da fazenda e assim identificar a situação

atual e as áreas mais críticas. A partir dai

são definidas as estratégias de recupera-

ção. Em casos mais simples devem ser

resolvidos com um manejo correto do

pastejo e uma lotação animal adequada.

Em casos mais críticos deve ser feito o

preparo do solo, a correção e adubação,

A recuperação é essencial para a

sustentabilidade da pecuária

bovina e pode ser feita por meio

de integração com lavoura e integra-

ção Lavoura-Pecuária-Floresta ou por

recuperação direta. Esses sistemas têm

se mostrado eficazes no aumento da

produtividade de bovinos, fibras, grãos

e bioenergia, sem necessidade de aber-

tura de novas áreas. Assim fazendas que

tinham pastagens degradadas, de baixa

produção, quando adotaram esses siste-

mas, passaram a produzir mais. Sem con-

tar que contribui com o meio ambiente.

Em pelo menos 18 milhões de hec-

tares de pastagens no Brasil, é adotado o

sistema com manejo e recuperação das

pastagens. Com isso tem aumentado

no Brasil o compromisso internacional

Recuperação de Pastagens

Por Amanda Ribeiro

46 Março 2013 47Março 2013

Page 25: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

bezerras com fenótipo competitivo para

disputar as mais concorridas pistas de

julgamento da raça Girolando pelo Brasil.

Será ofertada uma reserva da Fazen-

da Recreio, uma filha de Nila FR Recreio

que é mãe de Vitrine FR Recreio e Baila-

rina FR Recreio. Vitrine é a atual melhor

vaca jovem 5/8 da Megaleite 2012, quem

também no ano de 2011 conquistou os

títulos de melhor fêmea jovem 5/8 da

MegaLeite e Feileite. Vitrine foi um dos

destaques do Leilão Divas do Girolan-

do realizado durante a Megaleite 2012,

onde teve 50% de suas cotas adquiridas

pelos criadores João e Maria Helena Do-

mingos, da Fazenda São Domingos, em

Luiziania, Goiás. Bailarina FR Recreio que

foi licitada no Leilão Virtual Fazenda Re-

creio 2012, adquirida pela criadora Maria

Tereza Lemos Callil, da Fazenda Paraíso,

em Franca, SP., sagrou-se a melhor fêmea

jovem 5/8 da FEILEITE 2012.

Fazenda Recreio2º Leilão Virtual

e ConvidadosA Fazenda Recreio, referência nacio-

nal na criação da raça Girolando, que

lidera o ranking nacional 2012/2013,

ofertará animais livro fechado de ge-

nética consistente. São animais jovens,

em sua grande maioria vacas primíparas

ou novilhas gestantes.

Animais que se destacam pela pre-

cocidade, aliada a capacidade produtiva.

Dentre os quais Venus FR Recreio, ani-

mal 5/8, parida aos 30 meses de idade

que produziu 39.4 kg de leite, no regi-

me semi-intensivo, duas ordenhas, em

lactação oficial aferida no dia 01/03/12.

Babete FR Recreio, animal 5/8, cuja mãe

produziu em lactação oficial, regime

semi-intensivo, duas ordenhas, a marca

de 11.127,48kg de leite. Touros jovens

5/8, produtos de FIV, dos acasalamentos

Morty e Windbrook com a Doadora 1/4

Iluminata FR Recreio, que possui lacta-

ção em andamento de 11.867 Kg, produ-

ção média de mais de 40 Kg/dia. Ainda

A Fazenda Recreio promoverá

o seu 2º Leilão Virtual no dia

26 de maio, às 10 hs, com

transmissão pelo Agro Canal, durante

o Mercado do Leite.

A criadora Mila Carvalho receberá seus

clientes e amigos para confraternização

e assistirem juntos a transmissão do lei-

lão no ponto de encontro, localizado no

Parque das Águas, em São José de Ubá,

noroeste do estado do Rio de Janeiro.

Wagner Campos, Mila Carvalho e Luciano Cuppari Neto

Data: 26 de maioHorário: 10hTransmissão: Agro Canal

Foto

s: Di

vulga

ção

48 Março 2013 49Março 2013

Page 26: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Sua trajetória profissional veio herda-

da do seu pai, Joaquim Lopes de Lima,

que em 1946 montou um engenho para

fazer rapadura. Antônio sempre atento

ajudava o pai na lida diária, com o tem-

po passou a tomar conta do negócio. Foi

uma época difícil, o transporte da cana

era por carro de boi e o engenho era

movido a roda d’água. A decisão de fabri-

car cachaça veio logo depois. A primeira

produção rendeu 36 litros no alambique

construído por ele. Nascia ali a Cachaça

Caipira, uma autêntica cachaça da roça.

“Apesar da minha deficiência física, ad-

quiri conhecimentos e conquistei meus

objetivos com dignidade, exercendo meu

Dizer que a vida é cheia de obs-

táculos talvez seja um chavão,

mas exemplos de superação nos

mostram como esses obstáculos podem

ser superados e no caminho de pedras da

nossa caminhada encontramos exemplos

de motivação e sucesso.

Sr. Antônio Lopes de Lima, aos 76

anos hoje comemora seu sucesso fami-

liar e profissional. Nascido em Itaperecica,

Minas Gerais, numa família de 12 irmãos,

falou até os quatro anos de idade, depois

de uma constipação ficou mudo e surdo,

daí seu apelido ‘Antônio o mudo’. Mas

a deficiência física não foi entrave para

que tocasse sua vida com dignidade.

Casou-se com Ercília Maria de Lima, hoje

com 74 anos, e tiveram cinco filhos: Gui-

lherme, Maria Rita, Guido, Paulo e Inezília.

Foto

: Divu

lgaçã

o

Cachaça caipira garantem produtividade e qualidade aos produtores

de todo o Brasil

Cebolas híbridas

trabalho com profissionalismo, honesti-

dade e dedicação”, comenta Antônio.

Só em 19881 a energia elétrica che-

gou a Itapecerica facilitando muito o tra-

balho do Sr. Antônio, o transporte mu-

dou o carro de boi para o caminhão e a

roda d’água foi substituída por motores

á diesel.

A fermentação da Cachaça Caipira

é artesanal e cuidadosamente feita por

Antônio e s seus três filhos, a marca é

registrada no Ministério da Agricultura,

e está nos padrões exigidos pela Legisla-

ção atual das leis ambientais e sanitárias,

mas não fugindo do processo artesanal

e priorizando sempre a qualidade.

A capacidade de produção atual da

empresa é de 600 litros por dia e é co-

mercializada na região de Minas Gerais

e também outros estados brasileiros.

“Pretendemos tornar nossa cachaça

cada vez mais conhecida e difundida em

todo o Brasil, mantendo sempre nossa

qualidade e tradição. Mas precisamos

trabalhar muito para isso e infelizmen-

te a concorrência desleal, onde muitos

fabricantes ainda estão na informalidade,

nos atrapalham de crescer nesse concor-

rido mercado”, ressalta o empresário.

Exemplo de que toda dificuldade

pode ser superada

Foto

: Divu

lgaçã

o

produtividade. “Uma alternativa que tem

agradado cada vez mais produtores de

todo o país são as cebolas híbridas, que

garantem ao cebolicutor maior produti-

vidade, uniformidade de bulbo, qualida-

de na pós-colheita e ampliação da janela

de plantio em comparação com os ma-

teriais chamados OP’s (de polinização

aberta)”, explica.

Por meio de pesquisas e testes em

campo, a Topseed Premium desenvol-

veu sementes de cebolas híbridas que se

adaptam a cada fase de plantio e região,

buscando atender as necessidades do

produtor.Levando em conta a época de

plantio, tratos culturais adotados, região

e manejo de adubação e do solo para

explorar seu máximo, as cebolas híbridas

proporcionam melhores resultados no

campo. De acordo com dados do mer-

cado nacional, as cebolas híbridas atin-

gem produtividades acima de 60 tonela-

das por hectare, podendo chegar a 120

toneladas. “Temos cebolas híbridas com

alto potencial genético e que respon-

dem linearmente aos tratos culturais,

por isso chegam a essas produtividades”,

reforça o especialista.

A cebola é um dos alimentos mais

consumidos no Brasil e a 3ª hor-

taliça mais produzida no mundo.

No Brasil, a cebola se destaca ao lado da

batata e do tomate como as olerícolas

economicamente mais importantes em

valor produzido e renda gerada. O Brasil

é hoje o 8º país produtor, com participa-

ção de cerca de 2% na oferta mundial e

de 36% da produção na América Latina.

Esses dados mostram a importância da

hortaliça para a agricultura nacional. “As-

sim como as demais hortaliças, a cebola

sofre grandes oscilações do mercado de

acordo com a oferta e procura. Mesmo

assim, se pegarmos uma média de pre-

ços ano a ano, podemos ver que a cul-

tura dá boa rentabilidade ao produtor”,

afirma o Especialista em Bulbos e Raízes

da Agristar, Heriton Felisbino.

Essas oscilações, junto com as mu-

danças climáticas, as pragas e as do-

enças, são as principais preocupações

dos agricultores que trabalham com a

cebola. Para Felisbino, o aparecimento

dessas pragas ou doenças comprome-

te diretamente o desenvolvimento da

cultura e pode reduzir drasticamente a

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: Divu

lgaçã

o

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s: At

tuali

Paulo, Antonio Lopes e Guido

Por Amanda Ribeiro

Março 2013 51

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52 Março 2013 53Março 2013

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Fabiano Tolentino aos 4 anos, no Parque da Gameleira

Fabiano Tolentino como árbitro na Nacional de 2009

Tolentino montando no JR da Santa Rosa, com sua esposa Sarah e sua filha Sofia com 30 dias

zootécnico, pudessem fazer a prova de

árbitro desde que tivessem conheci-

mentos técnicos sobre os cavalos. Como

já eram quase 25 anos de envolvimento

com o Campolina, fiz a prova e passei a

julgar morfologia e andamento nas ex-

posições por todo Brasil”, comemora.

O percurso profissional de Fabiano

estava apenas começando. O jovem

criador, advogado e árbitro, em 2008

alçou novos vôos: foi eleito o vereador

mais votado na cidade de Divinópolis e

começava ali uma importante trajetória

política em sua carreira. A candidatura a

Deputado Estadual veio logo depois, em

2010, com apoio maciço dos criadores

de Campolina. “Devo muito à raça, tanto

na minha formação como pessoa, pois

fui criado no contexto do Campolina, no

meio rural, e agradeço a todas as famílias

dos criadores e clubes dos cavalos que

me ajudaram muito nas candidaturas”,

reconhece o criador.

Tolentino une hoje a paixão pelo

meio rural com sua profissão, buscando

sempre benefícios para o setor. Vice-

-Presidente da Comissão de Agricultura

e Pecuária da Assembleia Legislativa

de Minas Gerais, já pelo segundo man-

dato, tem trabalhado em diversos pro-

jetos em prol da agricultura familiar e

do produtor rural. A responsabilidade

social também é pauta na agenda do

criador e deputado, que ajuda o Hos-

pital Cassiano Campolina, na cidade de

Entre Rios de Minas e já contribuiu para

a instituição com emendas na ordem de

R$75 mil para compra de medicamentos

e equipamentos hospitalares. Foi autor

do projeto de lei que legalizou a venda

de leite de cabra em Minas Gerais, além

de relator do projeto do queijo minas

artesanal, o maior patrimônio dos minei-

ros. Tolentino também foi o idealizador

do ato ‘Abraço ao Parque da Gameleira’,

durante a Superagro de 2012, defenden-

do a permanência do parque e das asso-

ciações no local, fato que sensibilizou o

Governo de Minas e todos os envolvidos

com o setor.

E o trabalho não pára por aí. Fabia-

no tem um programa rural há sete anos,

chamado Campo & Negócios na TV Alte-

rosa e na TV Candidés, afiliada Rede Mi-

nas em Divinópolis, abordando o agro-

negócio, com alcance em mais de 70

municípios mineiros. Trabalho não falta,

mas com muita competência, Tolentino

administra muito bem tantas atividades!

EquitanaDe 16 a 24 de março, Fabiano To-

lentino esteve presente na Equitana,

maior evento equestre do mundo, na

Alemanha, representando a Comissão

de Agricultura da Assembleia Legislati-

va de Minas Gerais. “Vimos tecnologias,

trocamos informações com criadores

de todo o mundo, conhecemos novas

formas de adestrar animais, trouxe-

mos informações e o mais importante,

difundimos nossas raças mineiras e

marchadoras”, disse.

Realizada desde 1972, a Equitana

acontece a cada dois anos e oferece

uma grande diversidade de palestras,

conferências, concursos e produtos vol-

tados para o segmento.Foto

: Divu

lgaçã

o

Fabiano Tolentino Haras Santa Rosa

Criador, árbitro e Deputado Estadual da Equinocultura Mineira

“Quando dois estribos de to-

cam, uma amizade se sela”.

Assim, Fabiano Tolentino

define seu princípio de vida e amizades

que cultivou ao longo dos anos, junto ao

cavalo Campolina.

Criador, árbitro e Deputado Estadu-

al, é um apaixonado pelo agronegócio

e sua trajetória profissional começou

na raça Campolina. Seu pai, o produtor

rural Ronaldo Tolentino, grande apaixo-

nado pela raça, iniciou na criação em

1982 na cidade de Divinópolis. A partir

daí toda a família se envolveu e juntos

passaram a ter uma grande admiração

pela equinocultura e hoje o Haras Santa

Rosa possui uma tropa de aproximada-

mente 40 animais.

Além da criação de cavalos já exer-

cida pela família, Fabiano, aos 16 anos,

comprou parcelado de Denis Fagundes,

sua primeira vaca da raça Jersey. Venden-

do leite ensacado, Fabiano foi pagando

as prestações e aumentando seu reba-

nho. Foram mais de 10 anos trabalhando

como vendedor de leite até se formar na

faculdade de Direito, apesar do sonho de

cursar a universidade de Medicina Vete-

rinária. “Sempre fui muito ligado ao meio

rural, mas infelizmente não havia esse

curso na minha região e acabei optan-

do pelo Direito, pois precisava concluir

um curso superior. Quando me formei,

entreguei meus últimos leites aos meus

clientes e levei junto meu diploma. Esta-

va muito feliz em compartilhar esse mo-

mento com eles”, recorda.

O próximo passo de Tolentino foi

vender sua criação de Jersey e abrir um

escritório de advocacia em Divinópolis,

sem nunca perder sua essência rural.

Promovia cavalgadas, apresentava ani-

mais em pista, estava sempre junto a

seu pai na criação da raça Campolina e

foi em 2005 que resolveu tornar-se ár-

bitro. “Na época, abriram a exceção de

permitir que pessoas que não tivessem

o diploma de veterinário, agrônomo ou Foto

: Divu

lgaçã

o

Por Amanda Ribeiro

54 Março 2013 55Março 2013

Page 29: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

EEm 2013, a raça Pampa e sua Asso-

ciação Brasileira comemoram seus

primeiros 20 anos oficiais na equi-

deocultura brasileira. Raça que começou

incipiente e discriminada, hoje ocupa

um lugar de destaque entre as demais

raças e cada vez mais notoriedade entre

os criadores de cavalo.

O número de criadores é a cada dia

mais expressivo: hoje são mais de 3.000

cadastros e quase 2.000 ativos, 23.000

animais registrados, cerca de 25 eventos

anuais e uma exposição nacional com

aproximadamente 600 animais inscritos

em pistas de julgamento e a raça registra

maior valorização de mercado.

De acordo com o atual presidente da

Associação Brasileira dos Criadores do

Cavalo Pampa (ABCPampa), Aroldo Ro-

drigues, a raça Pampa comemora seus

20 anos em um momento inusitado,

crescendo em vários estados do Brasil,

principalmente Bahia, Rio de Janeiro,

São Paulo, Goiás, Minas e Brasília. “Cres-

ce principalmente entre os pequenos

criadores o que comprova a alta liquidez

nos leilões realizados pelos criadores de

cavalos Pampa. A raça vem crescendo

em torno de 20% ao ano e deve crescer

mais 50% nos próximos anos. Na come-

moração dos seus 20 anos esperamos

realizar a melhor e maior exposição na-

cional da raça de todos os tempos, com

muitas premiações e queremos trazer

todos aqueles que estiveram conosco ao

longo destes anos para comemorar esta

festa maravilhosa”, disse o presidente.

O diretor José Carlos Manetta ressal-

ta também que o número de associados

tem crescido e está estabilizado, os cria-

dores não tem saído da raça com fre-

quência, o que é um grande avanço, e está

propiciando seu crescimento. Além disso,

os animais estão se valorizando cada vez

mais, atingindo hoje preços médios de

R$15mil. “Evoluímos de forma cientifica,

na fase de treinamento, na organização

de eventos, na capacitação do quadro de

arbitragem, dentre muitos outros pontos.

A raça Pampa está de parabéns”, concluiu.

Presidentes que contribuíram para a raça:

Márcio Andrade (Fundador) 1993-1996Ricardo Vicintin 1996-2002Eduardo Aparecido 2002-2008Aroldo Rodrigues 2008-2014

Raça Pampa comemora

20 anos

Foto

s: Di

vulga

ção

Aroldo Rodrigues, Eduardo Araújo e Eduardo AparecidoPor Amanda Ribeiro

56 Março 2013 57Março 2013

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casca de eucaliptoETANoL pode ser produzido a partir da

CH3CH2OH - Etanol | Como foi feito o etanol da casca de eucalipto

mento do açúcar existente na estrutura

das cascas. O processo de produção de

etanol por meio das cascas de eucalipto

é feito através de hidrólise.

As cascas de eucalipto, com seus

altos conteúdos de CST (unidade usada

para medir quantidade de açúcares que

uma planta possui), apresentam quase

6% mais carboidratos fermentáveis do

que o bagaço de cana. O estudo levan-

tou dados que foram possíveis observar

que o bagaço de cana contém 67,12%

de carboidratos e a casca do eucalipto

55,74%, o que significa que o primei-

ro apresentou 20% mais carboidratos

que o segundo. Porém, desse total,

o bagaço apresentou somente 65,4%

de carboidratos convencionalmente

fermentáveis, enquanto a casca de eu-

calipto apresentou 83% deste grupo de

carboidrato. Os pesquisadores da PUC

Minas ainda cruzaram dados com estu-

dos aprofundados do professor da USP

Juliano Bragatto.

A pesquisa propõe uma alternativa

para o cenário de produção de etanol

no Brasil, uma vez que a cana é utili-

zada para a produção de açúcar. Uma

necessidade de aumento na produção

de etanol está diretamente relacionada

com a possível diminuição da produ-

ção de açúcar, ou vice-versa. O etanol

produzido por meio da casca de euca-

lipto é uma iniciativa que também vem

para solucionar problemas relacionados

com o período de entressafra da cana

de açúcar, que acontece entre os meses

de dezembro e fevereiro no Brasil.

Pesquisa realizada no Curso de En-

genharia de Energia da PUC Minas

comprova a viabilidade da produ-

ção do etanol a partir da casca de euca-

lipto. De acordo com os pesquisadores,

é altamente viável esse processo, pois

possui baixo custo, alto rendimento e

não compete com o setor alimentício. En-

quanto uma tonelada de cana-de-açúcar

gera em torno de 89,5 litros de etanol, re-

sultados demonstram que uma tonelada

de casca de eucalipto gera 200 quilos de

açúcares. E eles, por sua vez, permitirão

produzir até 196 litros com o aproveita-

1Ralou-se a casca, que foi depositada em um béquer com água e ácido sulfúrico (H2SO4).

3 Solução fermentada passou por destilação a uma temperatura média de 75º C por cerca de 1 hora e 10 minutos. De 100 gramas de casca obtiveram-se 4 ml de etanol.

2A glicose (C6H12O6) reagiu com o ácido sulfúrido: C6H12O6 + 3H2SO4 --> 6CO2 + 6H2O.

5 Adiciounou-se fermento biológico e o líquido fermentou por 40 horas.

6 Solução descansou durante 24 horas para a decantação - resíduos sólidos se depositaram no fundo do compartimento.

4 Depois da filtragem,

a solução ácida obtida foi neutralizada com

óxido de cálcio (CaO).

Março 2013 59

Page 31: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

A espécie C. beaquaerti possui as

mesmas características da espécie C.

cumulans, porém o sistema de ventila-

ção dos ninhos é formado por chami-

nés com entrada indireta para a base do

ninho, mantendo assim a temperatura

constante de 23o C, no interior do ninho.

Essa espécie é a segunda em maior dis-

tribuição no Brasil, sendo encontrada

principalmente nos estados do Centro-

-Oeste e Tocantins.

Outra espécie de grande impor-

tância é C. snyderi, que possui o ninho

achatado e ovalado, crescendo mais na

largura do que na altura, não possui cen-

tro celulósico definido e sim comparti-

mentos em forma de “gomos”, separados

por espaços vazios, é mais comum nos

estados de Goiás e Mato Grosso.

Os problemas causados pelos

cupinzeiros nas pastagens são: impe-

dem a formação do pasto; dificultam

tratos culturais; ocupam área de pas-

tagem; abrigam animais peçonhentos

e podem destruir mourões de cerca,

cochos de madeira, etc.

O controle de cupins de montícu-

lo pode ser realizado com inseticidas

químicos. Atualmente, existem novos

produtos menos problemáticos que os

clorados, mas que devem ser evitados

em locais de vertentes, açudes, represas,

lagos e rios.

Os inseticidas recomendados são

o Fosfeto de alumínio (Gastoxin): pode

ser em pastilhas, aplicando-se quatro

pastilhas de 3 g, por cupinzeiro; Fipronil

(Regent 20 GR): faz-se a aplicação de 10 g

por ninho e Imidacloprid: aplica-se 30 g

do produto comercial por ninho. Para a

aplicação dos produtos, faz-se um orifí-

cio com um vergalhão de aço de 25 mm

de diâmetro, introduzindo assim o pro-

duto. A destruição do cupinzeiro pode

ser feita após 90 dias.

O controle biológico pode ser feito

com a aplicação dos fungos Metarhi-

zium anisopliae ou Beauveria bassiana

em pó seco. Esses fungos são aplica-

dos com uma polvilhadeira manual

adaptada, aplicando-se 3 a 6 g de coní-

dios puros ou 6 a 12 g do produto for-

mulado. A aplicação é feita do mesmo

modo que os inseticidas químicos. A

abertura do ninho pode ser feita com

uma broca acoplada a um trator e a

aplicação executada com polvilhadeira

motorizada devidamente modificada

para essa finalidade.

A eficácia do controle depende do

tamanho do ninho e da boa distribuição

do produto no ninho, sendo que todos

os canais devem ser tratados, para que

o fungo possa entrar em contato com

a população. Para cupinzeiros grandes

(acima de 50 cm de altura da superfície

do solo), recomenda-se a destruição.

Devido à grande população dos

ninhos, a temperatura de 20o C e umi-

dade relativa de 100%, permitem que o

fungo se desenvolva, causando grande

mortalidade de indivíduos, ficando acu-

mulados no fundo do ninho. Após três

meses, o cupinzeiro pode ser destruí-

do. Uma operação de repasse deve ser

feita de 2 a 3 anos, visando eliminar os

ninhos pequenos que não foram obser-

vados e escaparam do primeiro trata-

mento com o fungo. O cupim boiadei-

ro ou Syntermes spp. é outra que ataca

as pastagens. São cupins que fazem

ninhos parecidos com formigueiros,

chamados “ninhos de terra solta”, com

orifício de entrada e saída. Esses cupins

costumam forragear à noite, cortando

o capim e carregando para dentro do

ninho, como formiga saúva. Devido a

esse hábito causam grandes prejuízos

nas pastagens.

Apesar de ser muito difícil o controle,

pois não carregam nenhum tipo de isca e

o seu ninho se mantém fechado durante

o dia, pode-se utilizar o endosulfan (Thio-

dan 35 CE) 22 mL de produto em 500 mL

de água por cupinzeiro, ou o uso de ter-

monebulizador (ainda em teste).

Para essa espécie de cupim é impor-

tante um bom manejo da pastagem,

fazendo a reforma a cada três anos, adu-

bação, calagem, revezamento de pasto-

reio, entre outras práticas já recomenda-

das para essa cultura.

O s cupins são insetos sociais que

vivem em colônias divididas em

castas com funções específicas.

As castas normalmente encontradas são:

rainha e rei, responsáveis pela reprodu-

ção e organização da colônia; soldados

fazem a defesa da colônia e operários,

responsáveis pela manutenção, alimen-

tação e construção do ninho. Além des-

tas, existem ainda as ninfas de substitui-

ção da rainha e do rei e as formas aladas,

que vão fazer uma revoada ao ano, aca-

salando e dando origem a outro ninho.

A cana-de-açúcar, pastagens, euca-

lipto, citros, pupunha, arroz e milho são

culturas importantes que são constan-

temente atacadas por cupins. Nas pas-

tagens, Cornitermes spp. e Syntermes

spp. são importantes devido aos danos

que causam, tanto na ocupação de áreas

pelos ninhos de Cornitermes spp. quan-

to no corte de gramíneas, causado por

algumas espécies de Syntermes conhe-

cidas como cupim boiadeiro.

O controle dessa praga tem sido

feito com o uso de inseticidas químicos

convencionais, de alto poder residual, os

quais funcionam como barreira química,

não aproveitando os aspectos de biolo-

gia e comportamento social do cupim.

Esse tipo de controle não é ecológico,

sendo também extremamente poluen-

te, sendo responsável por desequilíbrios

biológicos e pela contaminação da água,

solo e alimentos.

Novas pesquisas vêm sendo rea-

lizadas visando desenvolver alternati-

vas para o controle de cupins em áreas

agrícolas, além de novas moléculas de

inseticidas químicos, com menor to-

xicidade para o ambiente, animais e o

homem. Entre as pesquisas, destacam-

-se os estudos com iscas atrativas que

exploram o comportamento, a biologia

e o ambiente onde esses cupins vivem,

para levarem até o centro da colônia

um regulador de crescimento ou agen-

tes microbianos, tais como fungos ou

nematóides entomopatogênicos, para

que o próprio inseto dissemine na colô-

nia, causando a morte da mesma. Ainda,

estudos com bioinseticidas têm sido re-

alizados e utilizados em escala comercial

para o controle de cupins de montículo

em pastagens, visando um controle efi-

ciente e ecológico.

As espécies mais importantes nas

pastagens são: Cornitermes cumulans

(Kollar, 1832), Cornitermes bequaerti

(Emerson), e Syntermes spp. (Snider). O

gênero Cornitermes é encontrado desde

a Costa Rica até o Estado do Rio Grande

do Sul, no Brasil. A espécie C. cumulans

é muito adaptada às pastagens, poden-

do variar também para florestas úmidas

ou cerrado, sendo encontrada em todo

o Brasil, Argentina e Paraguai. Os ninhos

de C. cumulans possuem três fases de

desenvolvimento: 1 – fase hipógea, total-

mente subterrânea; 2 – fase hipógea com

um montículo externo e 3 – fase hipó-

geo-epígea, sob e sobre o solo, quando

o ninho chega ao seu aspecto definitivo.

*José Eduardo Marcondes de Almeida, Pesquisador Científico do Instituto Biológico/

APTA/SAA-SP.

CuPINS de pastagens

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Cornitermes cumulans

Foto: C. Jost Março 2013 6160 Março 2013

Page 32: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Pequeno mamífero silvestre rende lucros na plantação de café capixaba.

Um bichinho que vive na Mata

Atlântica tem ajudado a produ-

zir um café especial, no Espírito

Santo. É uma história que ilustra muito

bem as vantagens da agricultura que

respeita o meio ambiente, o lucro e a

preservação juntos.

O cuica, pequeno mamífero silves-

tre pertencente a mesma espécie do

gambá, semelhante a um rato, tem ele-

vado cerca de 14 vezes o preço da saca

do café em uma fazenda em Pedra Azul,

interior do Espírito Santo.

Foi por meio de uma investigação

que um problema na lavoura começou

a virar solução. Há pouco mais de um

ano, o pessoal da colheita observou

que algum animal estava invadindo a

plantação. O café ruído, sem casca, co-

meçou a aparecer no chão, embaixo

das folhas. Foi observar com mais aten-

ção para perceber a presença de um bi-

chinho arisco, que gosta de aparecer à

noite. Ele normalmente procura o fruto

maduro, com mais sabor.

A plantação é orgânica, não recebe

agrotóxico, e divide espaço com a Mata

Atlântica. Um prato cheio para a cuíca

grãos, ainda com algum resquício do

mel sobre o pergaminho (película entre

a semente e a polpa). Para evitar preju-

ízo, com o desperdício de grãos, o ca-

rioca Henrique Sloper, dono da fazenda,

resolveu recolher essas sementes “cus-

pidas”. A partir daí, Sloper decidiu fazer

testes de secagem e torra para descobrir,

na xícara, o que eles poderiam render.

Depois de um ano de avaliações, o café

da cuíca foi lançado por pelo menos

R$ 900, o quilo. Em média, um pacote de

mesmo peso de um café especial custa

R$ 60 – os grãos cuspidos pelo animal

custam, portanto, 14 vezes mais.

que escolhe o melhor café, sem pinta,

nem mancha. É uma seleção natural.

Em uma colheita, onde não se cul-

tiva o desperdício, o café retirado dos

galhos vai para a peneira. Os grãos ado-

cicados, que a cuíca roeu e depois jo-

gou fora, são recolhidos do chão, sepa-

rados e levados para uma estufa. Secam

por 10, 12 dias, e depois descansam no

depósito. Quando vão para a máqui-

na para eliminar as impurezas, estão a

caminho do consumo. Uma pequena

e valiosa produção, que este ano não

passa de 100 quilos.

Depois, as cuícas dispensavam os

CuícaFo

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62 Março 2013 63Março 2013

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Tanto o cafezinho quanto o licor,

possuem um espaço à mesa após

as refeições. Já imaginou os dois

juntos, em uma mesma bebida? O licor

de café é a mais nova invenção da tradi-

cional cachaçaria mineira Vale

Verde, que após três anos de

estudos e testes, lança essa

novidade que chegou ao mer-

cado com o nome de 1727,

uma referência ao ano em que

o café chegou ao Brasil. O licor

pode ser degustado em tem-

peratura ambiente ou gelado,

cabe ao gosto do consumidor.

De acordo com o alquimista Luiz

Otávio Pôssas Gonçalves, idealizador da

bebida, essa nova invenção vem suprir

essa carência no mercado de bebidas

no Brasil. “Chegamos até o licor 1727 por

meio de um longo estudo de engenha-

ria de alimentos. A matéria prima vem

do cerrado mineiro e passa por um pro-

cesso de extração do sabor e do aroma.

Trata-se de uma tecnologia inovadora no

Brasil que realiza a extração do sabor e

aroma por meio do gás carbônico. Esse

processo é conhecido como extração crí-

tica por arraste”, explica Luiz Otávio.

A bebida tem baixo teor alcoólico,

25% e é considerada uma excelente fon-

te de energia, além de trazer um frescor

imediato ao paladar. O licor de café é

um produto ideal para um país tropical,

como o nosso. Para atingir o gosto refi-

nado da clientela, o licor foi desenvolvido

por etapas, todas com amplas avaliações,

incluindo a seleção da cachaça e do café,

as proporções e procedimentos para

harmonização sensorial da mistura, o

teor alcoólico, a textura. Foram realizados

diversos testes diretamente com o públi-

co para identificar a preferência sensorial,

que inclui as características

do sabor, aroma e textura.

Uma dessas propriedades é

o teor alcoólico dos licores

que, em média, variam de

15% a 54%. Nas pesquisas

realizadas junto ao consumi-

dor final, o licor foi testado

com uma faixa de 22 a 30%

de álcool. Ao final, selecio-

nou-se o teor de 25%, considerando os

testes de preferência realizados junto aos

possíveis consumidores do produto.

Outra vantagem que o produto carre-

ga é ser extremamente estável, manten-

do as mesmas características ao longo

dos anos. Os apreciadores do licor, certa-

mente, algum dia já teve a desagradável

experiência de abrir um licor, depois de

um tempo guardado e sentir a perda da

palatabilidade. Para não cometer esse

pecado foi adotado um procedimento

especial de extração e incorporação do

aroma do café ao licor que garante esta-

bilidade sensorial por vários anos.

O licor, ainda, contém baixos índices

de sacarose, tornando a bebida muito

mais suave e agradável ao paladar. Outra

inovação do processo de concepção do

1727 foi substituir o álcool de origem co-

mum por um destilado nobre. Também

os grãos de café seguem um rigoroso

processo de seleção. O café gourmet

100% arábica tem um sabor mais ado-

cicado e é menos amargo. Para garantir

fidelidade ao padrão sensorial estabele-

cido para o licor de café 1727 toda a pro-

dução é rastreável.

Licor de CaféPor Amanda Ribeiro

64 Março 2013 65Março 2013

Page 34: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

As plantas carnívoras sempre des-

pertaram o interesse do público

em geral, devido à sua natureza

exótica quando comparada com os de-

mais membros do reino vegetal.

Atualmente, são conhecidas mais de

500 espécies de plantas carnívoras, es-

palhadas pelo mundo. O Brasil ocupa o

segundo lugar em número de espécies,

são mais de 80, perdendo somente para

a Austrália. Elas crescem principalmente

nas serras e chapadas, e podem ser en-

contradas em quase todos os estados,

sendo mais abundantes em Goiás, Minas

Gerais e Bahia.

Em sua maioria, as plantas carnívoras

são pequenas e delicadas e capturam

pequenos insetos ou animais aquáticos

microscópicos. Sua beleza exótica enga-

na muitas pessoas, levando-as a crer que

suas folhas, altamente especializadas,

são flores - mais ainda, nem se aperce-

bem de que elas são carnívoras. Portanto

elas são inofensivas aos humanos e não

há o que temer quanto a essas espécies

exóticas.

A grande maioria das flores tem a

capacidade de atrair insetos para fins de

polinização, mas para que uma planta

possa ser considerada carnívora, é preci-

so que ela tenha a capacidade de atrair,

prender, e digerir formas de vida animais.

Com frequência encontra-se na li-

teratura o nome “insentívora” para estas

plantas, mas tal termo não é correto.

Insetos podem ser o principal elemento

de seu cardápio, mas a dieta pode ser

bem variada, incluindo desde organis-

mos aquáticos microscópicos, moluscos

(lesmas e caramujos), artrópodes em

geral (insetos, aranhas e centopéias), e

ocasionalmente pequenos vertebrados,

como sapos, gecos, pássaros e roedores.

As plantas do gênero Nepenthes são

as que possuem as maiores armadilhas,

que podem alcançar até meio metro de

altura cada e armazenar até cinco litros

de água. Com frequência elas capturam

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Dionaea muscipula

Nephentes talagensis

Drosera peltata

Drosera capensis

Plantas carnívoras

presas grandes. Supõe-se que os ver-

tebrados tornam-se presas acidental-

mente, quando procurando por insetos

presos nas armadilhas, em busca de ali-

mento, os mais debilitados não conse-

guem escapar, e acabam passando de

predador à presa.

Para capturar as presas, elas precisam

de algum mecanismo para atrai-las às

suas armadilhas. Muitas carnívoras atra-

em-nas da mesma forma que as flores

atraem seus polinizadores: com vívidas

cores e odor de néctar. Outras aprovei-

tam-se de padrões de luz ultravioleta

de suas armadilhas para atrair insetos

voadores. Mais ainda, a luz refletida pe-

las numerosas gotículas de mucilagem

(presentes nas armadilhas de Byblis, Dro-

sera, por exemplo) ou pelo revestimen-

to externo das folhas de certas bromé-

lias também atrai insetos voadores. Em

Genlisea e Utricularia, cujas armadilhas

aprisionam principalmente microorga-

nismos, acredita-se que algum tipo de

As armadilhas “jaula” são as mais

famosas por serem a própria re-

presentação da ação carnívora

por meio de vegetais. As folhas são mo-

dificadas em duas metades com gatilhos

no interior. Quando os gatilhos são toca-

dos por presas potenciais, as metades da

folha se fecham em incríveis frações de

segundo, esmagando a presa e digerin-

do-a. Esse tipo de armadilha é encontra-

do na Dionaea e Aldrovanda.

Armadilhas de sucção são utilizadas

por todas as espécies de Utricularia. Elas

consistem de pequenas vesículas, cada

qual com uma diminuta entrada cercada

por gatilhos que, quando estimulados,

provocam a abertura desta entrada. De-

vido à diferença de pressão entre o in-

terior e o exterior da vesícula, quando a

entrada é repentinamente aberta, tudo

ao redor é sugado para dentro, incluindo

a presa que estimulou o gatilho.

Armadilhas do tipo folhas colantes

são as mais simples, e encontradas em

algumas famílias sem parentesco próxi-

mo. Basicamente, são glândulas colantes

espalhadas pelas folhas ou até pela plan-

ta toda. As presas são, na maioria, peque-

nos insetos voadores. Esse tipo de arma-

dilha é encontrado em Byblis, Drosera,

Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum.

Ascídios são folhas altamente espe-

cializadas, inchadas e ocas, como se fos-

sem urnas, com uma entrada no topo e

líquido digestivo no interior. Novamen-

te, estão presentes em algumas famílias

sem parentesco próximo: Cephalotus,

Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes,

Sarracenia, etc. Capturam desde peque-

nos vertebrados até diminutos inverte-

brados. As presas caem no líquido diges-

tivo, aonde se afogam e são digeridas;

seus restos se acumulam no fundo, às

vezes enchendo a armadilha até o topo.

Tendo sido capturada, a digestão das

presas é realizada por enzimas proteolí-

ticas (enzimas que digerem proteínas),

elas quebram as substâncias em molé-

culas menores, estas últimas podem ser

absorvidas pelas folhas. É um processo

similar ao que acontece, por exemplo,

no estômago humano, aonde, depois da

quebra das moléculas, ocorre absorção

pelas paredes do intestino.

Essas enzimas são muito fracas, não

causam dano algum à pele humana ou

qualquer animal de médio à grande por-

te. Apenas algumas espécies não produ-

zem suas próprias enzimas. Elas depen-

dem de bactérias para a digestão de suas

presas, um processo bem mais lento.

Como qualquer planta, as carnívo-

ras também realizam fotossíntese. As

presas são nada mais que um comple-

mento alimentar, uma fonte de nutrien-

tes para compensar o que as raízes não

obtêm do solo. Esta adaptação chegou a

tal ponto que essas plantas nem sequer

toleram solos ricos em nutrientes.

Fonte: Ladin-USP

substância química é liberada no solo ou

água para atrair as presas.

Há vários tipos de armadilhas utili-

zadas pelas plantas carnívoras para cap-

turar suas presas: armadilhas tipo “jaula”,

armadilhas de sucção, folhas colantes, e

ascídios.

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Genlisea violacea

Drosera menziesii

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Heliamphora minor

66 Março 2013 67Março 2013

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A nova e imponente grade

dianteira anuncia um utilitário

que não está para brincadeira

quando o assunto é trabalho. Os principais

elementos que compõem a frente, como

para-choques, entradas de ar e faróis, ga-

nharam linhas aerodinâmicas que refor-

çam a resistência e a estabilidade do carro.

O motor turbodiesel eletrônico

mHawk 2.2 proporciona grande torque

e versatilidade à tração 4x4, além de ga-

rantir tração máxima mesmo em mar-

chas curtas. Desenvolvido de acordo

com o padrão europeu, é mais leve, me-

lhorando naturalmente a performance

do carro. Tudo isso com ausência excep-

cional de ruídos e vibrações.

Com espaço de sobra para cinco

pessoas e capacidade de mais de uma

tonelada de carga, é a equação perfeita

entre conforto e força para o trabalho.

Com possibilidade de ser equipada com

baú ou caçamba, atende a todo tipo de

necessidade e oferece quase uma tone-

lada e meia de capacidade de carga.

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vulga

ção

MahindraCabine dupla ou chassi,

oferece excelente custo-benefício

Automóveis

o melhor custo-benefício em três frentes:Custo de aquisição: chega a ser

14% mais baixo que um similar da

concorrência.

Manutenção: fácil de ser realizada e

com custo excepcionalmente baixo.

Combustível: toda a economia

do diesel.

Completíssimos de fábrica:• Direção hidráulica.• Travas elétricas.• Espelhos elétricos.• Controle de rádio no volante.• Freios ABS.• Air bags duplos.• Sistema de luzes “follow me”.• Ar-condicionado com saída

dianteira e traseira.• Rodas aro 16.• Estribos laterais.• Saída auxiliar de 12V.

Mahindra: uma potência global.A Mahindra é parte do grupo india-

no Mahindra & Mahindra, que atua em

diversas áreas do setor industrial, comer-

cial e tecnológico desde 1945, ano em

que introduziu o Jeep Willys em seu país

natal. Com design arrojado, os veículos

da marca primam pela funcionalidade e

eficiência e são sucesso nos mais de 100

países em que a empresa está presente.

Eleita pela Forbes uma das 200 empresas

mais prestigiadas do mundo, hoje é um

grupo de U$ 15,8 bilhões.

68 Março 2013 69Março 2013

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Nim Uma planta que

protege o rebanho

Propriedades da árvore indiana auxiliam no

controle de doenças e parasitas que atacam

o rebanho leiteiro. Especialistas garantem

eficácia e rapidez no tratamento.

das menos poluentes, com baixo poder

residual, e apresentam menores riscos

de intoxicação. Um dos bons exemplos

nessa proposta é a árvore nim, que atua

como repelente, inseticida, acaricida,

fungicida e nematicida.

A pós-doutora em química orgânica

e professora da Ufscar - Universidade

Federal de São Carlos, Maria Fátima das

Graças Fernandes, aponta que cerca de

400 espécies de insetos foram relatadas

em pesquisas como sensíveis a algum

tipo de ação do nim. “Além desse tipo

de ação, o nim tem efeitos sobre outros

organismos, como nematóides, fungos,

vírus e protozoários”, diz, explicando que

o produto, que atua como bioinseticida,

se revela praticamente inócuo ao am-

biente e ao homem, biodegradável e

com baixa persistência no ambiente.

Após a ingestão, o princípio ativo

azadiractina passa a circular na corren-

te sanguínea dos animais e os parasitas

que se alimentam do sangue passam

a sofrer os efeitos negativos da planta.

Em cinco dias, os carrapatos (Boophilus

microplus), as larvas de berne (Dermato-

bia hominis) e a moscas-do-chifre (He-

matobia irritans), por exemplo, morrem

A competitividade da pecuária

leiteira atualmente se baseia

principalmente na aplicação de

tecnologia, elevação da produtividade

e ganhos de eficiência da porteira para

dentro. E isso passa por uma gestão

correta dos custos de produção, o que

inclui o controle rigoroso de doenças e

pragas que afetam a exploração, como

vermes, moscas, carrapatos, bernes e

bicheiras.

Segundo um estudo que calculou o

impacto econômico das principais ecto-

parasitoses no País, os prejuízos causa-

dos podem exceder os US$2 bilhões por

ano, sendo as possíveis perdas associa-

das à diminuição da produção de leite e

aos gastos com medicamentos.

O uso indiscriminado de diversos

princípios químicos determinou um

grave quadro de resistência genética de

vários parasitos.

Desde então, vem se abrindo espa-

ço para o uso de métodos alternativos,

como a utilização de plantas de poten-

cial fitoterápico com ação repelente

e larvicida. Em geral, são tratamentos

simples e de baixo custo. Além disso,

tais substâncias naturais são considera-

Sustentabilidade

no corpo do animal, segundo a profes-

sora da Ufscar. A azadiractina é ainda

elimi¬nada nas fezes dos animais, jus-

tamente onde as moscas colocam seus

ovos. “Ao entrarem em contato com o

princípio ativo do nim, não se desenvol-

vem e a infestação diminui considera-

velmente”, ela completa.

Os resultados dependem do nível

de infestação dos animais, do tamanho

da área e das condições climáticas. Nor-

malmente, os efeitos começam a apa-

recer em torno de 25 dias após o início

dos tratamentos, mas em alguns casos,

podem levar mais de 70 dias.

Na Zona da Mata mineira, Dauro

Francisco Vilella Schettino sempre

criou as 600 cabeças de gado leiteiro

de sua fazenda de modo convencional.

Por muito tempo, enfrentou sérios

problemas para eliminar moscas-do-

chifre e carrapatos. O uso dos produtos

químicos era caro e trabalhoso, e

para driblar a resistência da praga

era necessário alternar diferentes

formulações, de três em três semanas.

Com isso, a cada banho químico, a

produção - de 1.500 litros de leite/dia -

apresentava perda entre 10% e 15% nos

dois dias seguintes.

A rotina da fazenda mudou quando,

no começo de 2010, o proprietário

decidiu enfrentar os citados insetos

com o uso do pó do nim, na proporção

de 1,5 kg de pó para cada 100 kg de sal

mineral. O produto conseguiu, enfim,

interromper o ciclo das pragas no

gado e dar sinal verde para a produção

orgânica que almejava.

O tratamento por meio de produtos

naturais não é novidade. “No início do

século passado, plantas medicinais eram

a única opção dos fazendeiros para

tratar os animais doentes. Depois surgiu

o antibiótico, comprado pronto, sem a

necessidade de manipulação. Com isso,

as plantas, apesar de serem a opção

mais barata, deixaram de ser usadas”,

conta Romina Lindemann, diretora da

fazenda Preserva Mundi, produtora de

árvores nim no Estado do Pará.

70 Março 2013 71Março 2013

Page 37: Etanol O combustível de eucaliptorevistamercadorural.com.br/downloads/marco2013.pdfAplicações do Programa ABC em Minas crescem 32,1% Personagem Luiz Roberto Horst Silveira Pinto

Inhotim.-.-.Turismo

tamento versátil dos espaços para apresentação de obras de

vídeo, instalação, pintura, escultura etc.

Tunga, Lygia Pape, Carlos Garaicoa e Cristina Iglesias.

Artistas consagrados no cenário da arte contemporânea bra-

sileira e mundial que tiveram galerias permanentes ao ar livre

inaugurados no Inhotim no mês de setembro de 2012. Além

das obras permanentes, o Instituto também inaugurou novos

trabalhos temporários expostos na galeria Mata.

S ituado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (MG),

o Inhotim ocupa uma área de 110ha de jardins botâ-

nicos com uma extensa coleção de espécies tropicais

raras e um acervo artístico de relevância internacional.

Aberto para visitas públicas em outubro de 2006, o acervo

do Inhotim vem sendo formado desde meados de 1980, com

foco na arte produzida internacionalmente dos anos 1960 até

os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e

instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais

são exibidos em galerias espalhadas pelo Jardim Botânico.

Os espaços expositivos são divididos entre 18 galerias de-

dicadas a obras permanentes, outras quatro para obras tem-

porárias e diversas obras de arte espalhadas pelos jardins. Bie-

nalmente uma nova mostra temporária é apresentada, com o

intuito de divulgar as novas aquisições e criar reinterpretações

da coleção, e novos projetos individuais de artistas são inaugu-

rados, fazendo de Inhotim um lugar em constante evolução.

As galerias permanentes foram desenvolvidas especifi-

camente para receber obras de Tunga, Cildo Meireles, Marilá

Dardot, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica e Neville D’Almeida,

Cristina Iglesias, Carlos Garaicoa, Adriana Varejão, Doris Salce-

do, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander,

Valeska Soares, Janet Cardiff & George Miller e Doug Aitcken.

As galerias temporárias – Lago, Fonte, Praça e Mata - têm cer-

ca de 1 mil m² cada uma e contam todas elas com o mesmo

tipo de arquitetura, com grande vãos que permitem aprovei-

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va é a coleção de Araceae, família que

inclui de imbés a antúrios e copos-de-

-leite, com cerca de 450 espécies, a

maior coleção viva desta família no he-

misfério sul. As orquídeas estão repre-

sentadas por cerca de 334 espécies. Ao

todo, são mais cerca de 165 famílias bo-

tânicas, 851 gêneros e aproximadamen-

te 3.000 espécies de plantas vasculares.

Tamanha diversidade de espécies vege-

tais fazem do Inhotim um espaço úni-

co, tornando-o um excelente ambiente

para a difusão de valores ambientais.

Recentemente foi aberto à visitação

o Viveiro Educador, local onde se cul-

tiva grande parte da coleção botânica

da instituição. O espaço é formado por

um complexo horticultural destinado

a pesquisas científicas, manutenção

da coleção botânica e atividades edu-

cacionais. O Viveiro Educador Inhotim

abrange uma área de aproximadamente

25.000 m2, e seu acervo conta com mais

de 4800 espécies, distribuídas em 167 fa-

mílias botânicas, dentre as quais se des-

tacam Arecaceae (família das palmeiras),

Araceae (imbés, antúrios, copo-de-leite)

e Orchidaceae (orquídeas).

Além do acervo botânico, considera-

do a maior coleção de plantas vivas do

Brasil, o local oferece também uma visi-

ta sensorial pelos jardins construídos na

entrada do viveiro. Intitulado de ‘Jardim

dos Sentidos’, o espaço reúne, em forma

de mandalas, exemplares de plantas me-

dicinais, aromáticas e tóxicas. O Viveiro

Educador abriga também o ‘Bosque da

Juçara’, local onde foi recriado um am-

biente de Mata Atlântica, disposto entre

árvores remanescentes da vegetação

original e ornamentado essencialmente

por espécies nativas desse bioma. Desta-

que para o palmito-juçara (Euterpe edu-

lis) e o jacarandá-da-bahia (Dalbergia

nigra), espécies características da Mata

Altântica e ameaçadas de extinção, além

de pteridófitas, cactáceas, pequenos

bambus e aráceas.

Outro espaço de visitação do Viveiro

Educador é a Estufa Equatorial, local com

condições de temperatura e umidade

controladas que permite o cultivo de

espécies tropicais. É neste local que está

sendo cultivada a famosa “Flor Cadáver”,

cientificamente denominada Amorpho-

phallus titanum. A exótica espécie flores-

ceu, pela segunda vez na América Latina,

em Inhotim, no ano passado. O fenôme-

no, que chamou a atenção do mundo

inteiro, durou apenas três dias.

Jardim BotânicoA área total do Jardim Botânico Inho-

tim, em constante crescimento, está dis-

tribuída em seus dois principais acervos:

Reserva Natural, com 300 hectares de

mata nativa conservada, e área de visita-

ção, com 100 hectares de jardins de co-

leções botânicas e cinco lagos ornamen-

tais que somam 3,5 hectares de área.

Mas os jardins de Inhotim não são

somente um local de contemplação es-

tética. É neste contexto de rara beleza

que Inhotim realiza estudos florísticos,

catalogação de novas espécies botâni-

cas, conservação ex situ e uso paisagís-

tico de espécies como forma de sensi-

bilização popular pela preservação da

biodiversidade.

O local tem como diretrizes a conser-

vação dos remanescentes florestais per-

tencentes aos biomas Mata Atlântica e

Cerrado; resgate, ampliação e manuten-

ção de coleções botânicas; emprego de

técnicas sustentáveis de manejo; elabo-

ração e desenvolvimento de programas

socioambientais.

Atualmente são cultivadas, no jar-

dim botânico do Inhotim, mais de 4.200

espécies de plantas. O acervo botânico

é bem representado por grupos com

valor paisagístico, sendo uma das maio-

res coleções brasileiras de palmeiras,

com mais de 1.400 espécies crescendo

nos viveiros e jardins. Também expressi-

INFORMAÇÕES GERAISHorário de visitação:Terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30

ENTRADA Terça feira gratuita, exceto feriadosR$ 20 às quartas e quintas feirasR$ 28 às sextas feiras, sábados, domingos e feriadosMeia-entrada válida para estudantes identificados e maiores de 60 anos. Crianças de até cinco anos não pagam.

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Março 2013 7372 Março 2013

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MINI PoRCo de estimação

Mercado PetFo

tos:

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por aí com o mini porco livre ao seu lado. Os cuidados com

esses animais é bem parecido com os dos cães e gatos e sua

aptidão ao adestramento também.

Para ter um animalzinho assim em casa, os interessados

devem desembolsar de R$1.000 a R$1.500 dependendo da

pelagem que vai desde a preta até a malhada. Os custos com

manutenção são menores, em relação com outros animais do-

mésticos, como os cães. A alimentação é como a de qualquer

outro pet: ração especial para a espécie, e pode ser adquirida

em pet shops.

Aos dois anos já são considerados adultos e podem viver

até os 18 anos. Os porquinhos possuem de 18 a 30 kg e apro-

ximadamente 40 cm de altura, a mesma de um cão de médio

porte. Já um porco normal tem entre 100 e 400 kg e podem

chegar a 80 cm de altura.

A saúde do porquinho é de ferro, são poucas vacinas que

ele precisa e as visitas ao veterinário se fazem necessárias

apenas duas vezes ao ano para contro-

le. Além disso,recomenda-se o uso de

filtro solar, que é necessário nos porqui-

nhos mais rosados e claros, quando o

passeio for durante o dia ou se ele ficar

exposto ao sol por um longo período

de tempo. Assim como outros suínos,

os porquinhos têm a pele muito seca e

não devem ser expostos a temperaturas

extremas. Os donos devem providenciar

uma cama quentinha para proteger o

mini porco do frio, fator que aumenta

as chances de problemas respiratórios

como pneumonia.

Os médicos veterinários recomen-

dam bastante atenção na hora da

compra, pois os mini porcos podem

sair maior do que a encomenda e por

isso é importante observar o tamanho

dos pais antes de comprar e a origem e

procedência do vendedor. Outro alerta:

os mini porcos normalmente são ad-

quiridos por quem já é dono de animais

domésticos e convivem bem com ou-

tros pets, mas podem ser vistos como

uma presa por cães maiores, como os

rottweilers.

Para especialistas do Instituto Brasi-

leiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Ibama), a criação

de animais exóticos como pets pode se

transformar em um problema ambien-

tal e de saúde, se não houver o devido

cuidado. A questão ética da modificação

genética também entra em jogo na hora

de avaliar a compra. Especialistas em

animais exóticos, alertam que muitas

pessoas estão comprando animais exó-

ticos por impulso e depois acabam por

abandoná-lo. Os mini porcos apesar do

tamanho reduzido,continuam tendo a

carga genética de um suíno e, portanto,

os mesmos costumes.

Eles são dóceis, inteligentes, resistentes a doenças e, ao contrário do que se pensa,

não são sujos ou malcheirosos.

Cuidados: • Os mini porcos devem tomar banho

pelo menos uma vez por semana, con-

sultar o veterinário a cada seis meses e

praticar exercícios regularmente.

• Cuidado com o sol e é recomendável

passar um creme hidratante na pele. No

frio o animal deve ficar abrigado — se

criado fora de casa deve ter uma casinha

com cobertas (como a de cães).

• Vacinação e vermifucação: deve ser

vacinado contra leptospirose e erisipela

suína a partir de 4 a 6 semanas de vida,

com reforço anual. Vermifugar é impor-

tante também.

• Alimentação: Come ração de suíno de

pequeno porte, couve, brócolis, espina-

fre e frutas. Alface e restos de alimentos,

principalmente com óleo e condimen-

tos, são absolutamente proibidos. Tem

tendência à obesidade, então a comida

deve ser controlada.

• Rotina: Geralmente se recolhe ao es-

curecer e dorme a noite toda. Gosta de

brincar e de comer raízes, e, para isso,

fuça a grama, mas não costuma estragar

móveis.

• Características: É carinhoso, mas não

tem grande necessidade de agradar ao

dono. Inteligente, facilmente adestrável.

• Alerta: Ao escolher o mini porco como

pet, você será responsável por um ani-

malzinho que pode viver até 18 anos

e será difícil encontrar quem queira

adotá-lo em caso de desistência. Caso

não queira mais, procure o criador para

que ele possa encontrar um novo dono.

• Hoje, no Brasil, existem criadouros em

São Paulo, Salvador e no Rio de Janeiro.

Esqueça tudo que você já viu e ouviu falar sobre porcos,

pois os porcos em miniatura, ou mini porcos, trazem um

novo conceito na suinocultura convencional. Originá-

rios de raças melhoradas geneticamente eles foram gradativa-

mente reduzindo sua estatura.

Nos Estados Unidos, os bichinhos são símbolos de pros-

peridade e fartura para a casa que os abriga. A socialite Paris

Hilton e o ator George Clooney têm como pets mini porqui-

nhos, e já apareceram com os amigos suínos pelas ruas e essa

criação também já possui muitos adeptos pelo Brasil.

Eles são dóceis, inteligentes e acredite, higiênicos, não fa-

zem as necessidades do local onde dormem e aprendem o

local certo para elas com certa facilidade. Se educados desde

pequenos criam comportamentos mais dóceis e gostam de

carinho, apesar de não serem muito adeptos ao colo. Treina-

dos também atendem pelo nome e passeiam de coleira. Com

algum treino, o dono pode até abrir mão da coleira e desfilar

Comparação mini porco e porco normal:

MINI PORCO• Ao nascer: Média de 350g, 15cm

de comprimento e 7cm de altura

• Com 60 dias: 1,1 kg, 25cm de

comprimento e 10cm de altura

• Adulto: 18 a 25 kg, 60cm de

comprimento, 40cm de altura

PORCO NORMAL• Ao nascer: Média de 700g a 1 kg, 30cm

de comprimento e 15cm de altura

• Com 60 dias: Média de 8 kg, 35cm

de comprimento e 25cm de altura

• Adulto: 100 kg a 400 kg (dependendo

da raça) e 1,5m de comprimento

e 80cm de altura

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Por Amanda Ribeiro

74 Março 2013 75Março 2013

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Criações Exóticas

Ranicultura

tecnicamente a produção e garantir sua

rentabilidade. A atividade ainda é pouco

representativa no perfil socioeconômico

do país, acarretando em pouco investi-

mento tecnológico e de desenvolvimen-

to nas indústrias de insumos. Apesar dis-

to, com o forte crescimento do consumo

de carnes brancas e saudáveis vem se

projetando como uma fonte alternativa

de proteína.

Estudos elaborados pelo Instituto da

Pesca de São Paulo, demonstraram cus-

tos elevados de implantação e operação,

sendo a ração e a mão de obra conside-

rados os dois itens que definem o cus-

teio do produto. A viabilidade do empre-

endimento é atingida apenas com bons

índices zootécnicos (conversão alimen-

tar na fase de engorda e na fase de gi-

rino) e elevado preço de venda (R$31,50

- 35,50 kg – preços mínimos). A taxa in-

terna de retorno observada na condição

mais viável foi de 35,06% e o retorno do

investimento de cerca de 2 anos, índices

comumente praticados na aquicultura.

O estudo constatou também que a cria-

ção comercial de rãs torna-se atrativa se

A ranicultura teve início no Brasil

na década de 30 com a introdu-

ção da rã-touro no país e o que

era apenas uma atividade rurícola, trans-

formou-se na a década de 80 em uma

atividade comercial. O que motivou esta

transformação foi à valorização da carne

de rã no mercado nacional, a perspectiva

de comercializar externamente e a proli-

feração de informações fantasiosas acer-

ca da rentabilidade da atividade, atraiu a

atenção de investidores rurais e elevou o

número de ranários no país. Porém, com

a inadequação das instalações e técnicas

de manejo, muitos destes novos produ-

tores foram obrigados a abandonar a ati-

vidade. Até o Censo Agropecuário (IBGE,

2006), o Brasil tinha 170 estabelecimen-

tos ranícolas com produção em torno de

156 toneladas/ano. A região Sudeste se

destacava com 57% da produção.

A ranicultura possui uma série de

especificidades biológicas e técnicas em

relação às demais atividades agrícolas.

A adequação das instalações, da tem-

peratura, da alimentação e do manejo

das rãs é fundamental para viabilizar

praticada com bons índices de conver-

são alimentar e preços favoráveis para o

posicionamento na comercialização da

carne como produto “gourmet”.

Para uma criação ser bem sucedida,

além das práticas adequadas de manejo,

é necessário que o criador fique atento a

alguns fatores essenciais: São necessárias

informações técnicas bem fundamen-

tadas, de boa procedência e de fonte

idônea, que tornem o criador apto a re-

alizar um bom planejamento das instala-

ções. O terreno deve ser suficiente para a

construção planejada e ter água de boa

qualidade e com vazão adequada para

atender aos requisitos do projeto. Águas

de ribeirões, rios, riachos e represas são

merecedoras de atenção especial, pois

podem receber descargas de agrotóxi-

cos, fertilizantes e/ou fossas, que causa-

rão mortalidade no futuro plantel. Em

qualquer das situações, antes de iniciar

um projeto de aquicultura é recomen-

dável sempre fazer uma análise física e

química da água de abastecimento e um

exame bacteriológico, este, para detectar

a presença de coliformes totais e fecais.

Rã-touro

Baias de Recria Inicial. Recebem os

imagos após a metamorfose, oriundos

ou não de uma mesma desova. Quan-

do as rãs alojadas nessas baias alcan-

çam de 30 a 40 g, são tríadas e trans-

feridas para as baias de crescimento e

terminação.

Baias de Crescimento e Terminação. São destinadas a receberem lotes uni-

formes de rãs oriundas das baias de re-

cria inicial, onde permanecem até atin-

girem o peso de abate. Nesse momento,

são enviadas para a indústria de abate

e processamento.

No Brasil, em um ranário, um re-

produtor permanece de 4 a 5 anos,

em média, e as rãs destinadas ao abate

cerca de sete meses a um ano.

Investimento Inicial O investimento varia muito de acor-

do com o porte do empreendimento e

do quantitativo de que dispõe o inves-

tidor. Calcula-se o investimento de 55 a

75 reais o metro quadrado de estrutura.

Um ranário para ser economicamente

viável precisa de pelo menos 700m2,

o que requer um investimento de

38,5 mil reais se considerar o mínimo;

e 52,5 mil se considerar o máximo.

casal de cada vez (individualizadas), ou

para vários casais (baias coletivas). Após

a reprodução, a desova é transferida para

o setor de girinos, e o casal retorna para a

baia de mantença. Apesar dessa baia ser

semelhante às do setor de recria, seus

elementos básicos estão em número e

dimensões proporcionais ao porte dos

reprodutores, que são alojados em uma

densidade bem inferior.

O Setor de Girinos. É formado por

um conjunto de tanques, construídos

em tamanho e número proporcional ao

porte do empreendimento. A desova é

depositada em uma incubadeira, onde

ocorrerá o desenvolvimento embrioná-

rio até a saída das larvas, as quais, de-

corridos alguns dias, darão origem aos

girinos propriamente ditos. Nos tanques,

os animais vão se desenvolver até a me-

tamorfose.

O Setor de Recria. Constituído de

baias de recria inicial e baias de termi-

nação. Essas baias consistem de abrigos,

cochos e piscinas dispostos linearmente

e adequados ao tamanho dos animais.

As rãs são extremamente dependen-

tes da temperatura ambiente e desenvol-

vem-se melhor em regiões mais quentes.

Sugere-se, portanto, a escolha de locais

com temperaturas mais altas (média de

26ºC). É necessária a disponibilidade de

mão-de-obra em tempo integral diaria-

mente, o projeto deve ser adequado às

condições financeiras do criador e outros

aspectos importantes são proximidade

de centros consumidores e facilidades

proporcionadas por vias de acesso.

Como as rãs possuem diversas etapas

de desenvolvimento (reprodução, desen-

volvimento embrionário, girinagem, me-

tamorfose, pré-engorda e engorda) exis-

tem ranicultores que se dedicam a uma

ou outra etapa, optando por não realizar

o ciclo completo. Assim, existem produ-

tores que se dedicam apenas a etapa de

reprodução, criando girinos para vendas

externas, e outros que compram imagos

e apenas fazem a engorda. Alguns traba-

lham de forma “artesanal”, e poucos têm

recursos para incluir um abatedouro em

suas instalações. Para ser rentável comer-

cialmente um ranário deve ter em média

de 500 a 700 m2 de área construída. Com

esse tamanho, ele estaria apto a produzir

aproximadamente 200 Kg de carne por mês.

Estrutura de ProduçãoO Setor de Reprodução. É cons-

tituído de duas áreas distintas: as baias

de mantença e as de acasalamento. Na

primeira, as rãs reprodutoras são man-

tidas confortavelmente durante todo o

ano, sendo transferidas para as baias de

acasalamento quando o ranicultor ne-

cessita de desovas. Essas baias de aca-

salamento podem ser para apenas um

A rã é um anfíbio que vive na água durante três meses em média, na primeira fase da vida, a de girino. Após passar por uma transformação na anatomia e na fisiologia do organismo (metamorfose), que também leva cerca de três meses, torna-se capaz de viver também fora da água. Mais quatro meses são necessários para chegar ao ponto de abate, com peso entre 200 e

250 gramas. Quanto mais quente o local, mais rápido se torna o metabolismo da rã e, por conseqüência, mais velozmente ela estará pronta para o abate.

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Por Amanda Ribeiro

76 Março 2013 77Março 2013

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ruralCulinária

Modo de Preparo

Bata todos os ingredientes, menos o fermento em pó,

no liquidificador. Passe para uma tigela. Dissolva o fermento

em uma colher (de sopa) de água e acrescente à mistura.

Mexa delicadamente. Unte com manteiga uma fôrma redonda

de buraco e polvilhe-a com farinha de trigo. Coloque a massa

e leve para assar em forno médio, a 180ºC, por 35 minutos.

Para 8 pessoas • Tempo de preparo: 2 horas e 30 minutos

Bolo de Milho1 pitada de sal

3 colheres (de sopa) de farinha de trigo

3 colheres (de sopa) de manteiga

3 ovos inteiros

1 colher (de sopa) de fermento em pó

Ingredientes

3 xícaras (de chá) de milho

verde fresco

3 xícaras (de chá) de leite

3 xícaras (de chá) açúcar

Receita

Os Rosenburg: Gustavo, Teresa, Julia e Helvécio e Renata Nascimento.

Flávia Leite e Leonardo Motta

Leonardo Motta, Bernardo Junqueira, Carlos Augusto, Vicente Araújo, Camilo Leão e Paulo Henrique

Gilvania Cristina, Marcio Vinicius, Daniel Medina e Ana Claudia.

Antônio Pedrosa, Marcelo Lamounier e Paulo Henrique

Família Lana: Fernanda, Patrícia, Carlos Augusto, Juliana e Adriana

Haras Terra Natal em confraternização de final de ano

A tradicional festa de confrater-

nização de final de ano, promovida

pela da turma do cavalo, composta

por criadores de Mangalarga Mar-

chador que se reúnem semanal-

mente no restaurante Boi Vitório,

foi comemorada na casa do criador

Carlos Augusto, titular do Haras

Terra Natal.

Como de costume, o evento foi

repleto de animação, comida e be-

bida da melhor qualidade e o indis-

pensável papo sempre entusiasma-

do sobre os marchadores.

Evento / Confraternização

Família Lana: Fernanda, Patrícia, Carlos Augusto, Juliana e Adriana

Fotos: Marcelo Lamounier/Carlos Augusto

Caroline Gulhelmelli, Adriana Lana e Patricia Lana

Caroline Gulhelmelli, Diogo Gulhelmelli, Camilo Leão, Bernardo Junqueira e Marcela Meireles

Março 2013 7978 Março 2013

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Giro Rural

Os 22 anos da Coopera-tiva Nacional de Apicultura (Conap), celebrados em abril, registram a transformação de uma organização inicialmente focada na comercialização da Apitoxina, o veneno da abe-lha, a uma referência mundial na produção da própolis ver-de. Localizada em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, a Conap comemora seu aniversário com uma nova fase que investe no mercado externo e reforça as ações de formação continuada de seus cooperados como ferramenta de diferenciação.

Cooperativa Nacional de Apicultura Comemora 22 Anos

Com o enredo “Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador”, a escola de samba Beija Flor conquistou o segundo-lugar no carnaval carioca. Os carros, as alegorias, as fantasias e o samba que contaram a história do cavalo desde o seu surgimento na Terra até chegar ao nascimento da raça Mangalarga Marchador no Sul de Minas Gerais, no século XIX, chamaram a atenção pela beleza e criatividade.

Para a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, sediada em Belo Horizonte (MG), a participação da raça na festividade foi oportuna para mostrar ao mundo que o Brasil possui uma raça de cavalos originalmente brasileira, com qualidades que o distinguem de qualquer outra raça de equinos, seja pela comodidade, andamento, por se adaptar em qualquer tipo de clima e solo e por poder ser montado por crianças, jovens, adultos e idosos.

O governo anunciou que vai aumen-tar no mês de maio, a mistura de álcool

na gasolina de 20% para 25%. O objetivo é aliviar a alta dos combustíveis para o consumidor, uma forma de tentar atenu-ar o impacto do reajuste de 6,6% da ga-solina nas refinarias anunciado no mês de janeiro. Afinal, com mais etanol no combustível, a mistura fica mais barata.

O governo pretendia aumentar a mistura só a partir de junho, mas ante-cipou em um mês a mudança exata-mente para tentar amenizar o impacto do reajuste da gasolina. No ano passado,

houve a mesma autorização, que aca-bou não dando certo porque faltou eta-nol para atender à demanda, e a mistura foi novamente reduzida para 20%.

De acordo com o ministro de Minas e Energia Edson Lobão, agora o setor es-taria preparado para aumentar a produ-ção de 22 para 27 bilhões de litros de eta-nol. “O setor nos garantiu de mãos juntas que dará conta. Se não der conta, tere-mos que alterar o prazo para 1º de junho, e não 1º de maio”, afirma Lobão.

Mangalarga Marchador conquista segundo lugar no Carnaval do Rio de Janeiro

A confiança na capacidade reprodu-tiva do garanhão Limite D2 é tão grande que o Haras Terra Natal, de propriedade de Carlos Augusto, acaba de adquirir mais 1/3 de suas cotas, ficando agora com 67% do seu passe.

Este filho de Enfeite D2 em Haba-neira D2, portanto, duas vezes neto do consagrado Xale D2, além de apresentar ótimo tipo, pelagem comercial, excelen-te diagrama de marcha e genética de ponta, vem se consagrando como um exímio reprodutor, padronizando tipo e andamento marchado nos seus filhos.

Haras Terra Natal adquire mais 1/3 das cotas do reprodutor Limite D2

A fisioterapeuta Sabrina Lombardi Breslau, que desen-volve um trabalho com cava-los há 13 anos como forma de

A equoterapia aplicada no tratamento da esquizofrenia

terapia, descreve, em seu livro, as principais características e potencia-lidade desse tipo de terapia no tra-tamento da esquizofrenia. A autora acredita que essa técnica pode ser largamente difundida no Brasil. “O livro é apenas uma sementinha, uma revisão de artigos, livros, textos, e experiências de vida. É um estímulo

para quem quiser se aprofundar no tema. A técnica nasceu através da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil), criada em 1989, é uma sociedade civil sem fins lucrativos de caráter terapêutico, educativo, cul-tural, desportivo e assistencial, com atuação em todo o território nacio-nal.” - afirma Sabrina.

Apenas em 2013, a coope-rativa já esteve presente na Na-tural Products Expo West, maior feira internacional de produtos orgânicos realizada na Califór-nia (EUA), e na Toquio Health Show, destinada a divulgar no-vidades relacionadas à saúde e bem-estar. “Os principais ob-jetivos de participarmos des-ses eventos é divulgar nossos produtos e estabelecer parce-rias. Mesmo que os resultados não sejam imediatos, criamos condições para levar a marca Conap a outros mercados”, diz o presidente da cooperativa, Irone Martins Sampaio.

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Estão abertas as inscrições para a 16ª Edição do Prêmio ANDEF 2013. Chegou a hora de reconhecer as pes-soas que ajudaram no desenvolvi-mento do agro brasileiro. Conhecido como Oscar da agricultura, o prêmio é destinado aos profissionais do setor: Revendas e Canais de Distribuição, Cooperativismo, Universidades e Im-prensa, além da homenagem aos pro-jetos desenvolvidos pela indústria de defensivos agrícolas. “Valorizamos os profissionais que entendemos serem

parceiros e com papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. As expectativas para 2013 são ainda melhores já que o setor cresce dia a dia contribuindo e equilibrando a economia do nosso país”, declara José Annes Marinho, gerente de educação da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal).

Os participantes podem fazer as inscrições até o dia 30/04/2013 atra-vés do site www.andefedu.com.br. A entrega oficial a no dia 24 de junho, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. A comissão julgadora será composta por profissionais ligados ao agronegó-cio, governo, ONGS, universidades e imprensa. Participe!

16ª Edição do Prêmio ANDEF abre as inscrições

Aumento do etanol na gasolina

80 Março 2013 81Março 2013

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ABCZ lança ExpoZebu Dinâmica no mês de maio

Uma nova atração está sendo preparada pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criado-res Zebu) para a 79ª edição da ExpoZebu - Exposição Internacional das Raças Zebuínas, que será promovida em Uberaba/MG, entre os dias 03 e 10 de maio.

Durante a exposição, a ABCZ fará o lan-çamento oficial do projeto da ExpoZebu Dinâmica, evento que passará a apresentar anualmente aos visitantes da ExpoZebu os principais lançamentos e novidades tecno-lógicas aplicadas à Agropecuária. O principal diferencial do evento será o dinamismo com que estas tecnologias serão apresentadas ao público. Haverá demonstração durante todo o dia das máquinas e demais tecnologias, em pleno funcionamento. “A ideia é apresentar aos criadores e produtores rurais que visitam a ExpoZebu como o mercado brasileiro tem evoluído em termos de tecnologia aplicada à produção rural. Hoje o Brasil é referência em tecnologia agropecuária e esta tecnolo-gia tem que chegar ao produtor. A ExpoZe-bu Dinâmica será uma vitrine onde a ABCZ pretende divulgar e fomentar o uso destas tecnologias de modo a ampliar a produção e a lucratividade do criador de zebu, sem esquecer das novas técnicas que garantem a sustentabilidade da propriedade rural e do meio ambiente”, explica o presidente da ABCZ, Eduardo Biagi.

A ExpoZebu, uma das mais importantes exposições da pecuária brasileira, é realizada anualmente pela ABCZ e reúne aproximada-mente 3 mil exemplares das raças zebuínas.

Foto

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Maio

Abril

Junho

4 a 14 Expo Londrina - Exposição do Cavalo Campolina - Londrina / PR - Três Barras

4 a 18 Leilão Online Haras Alcateia - Attualitá

6 1ª Copa de Marcha Cavalo Pampa de Passa Quatro - Haras Passa Quatro - Passa Quatro / MG

13 Leilão Pampa Elite Ginga - Trecho Teresópolis - Além Paraíba / RJ

15 a 21 Expo Nelore - Itaipava / RJ - Três Barras

17 a 19 1ª Campeonato Brasileiro de Barcha da ABCPampa - Viçosa / MG

19 a 5/5 I Leilão Online Clube da Marcha e Convidados - Attualitá

23 a 28 7ª Exposição do cavalo Campolina de Itaipava - Itaipava / RJ - Três Barras

24 a 27 Expoagro Itapetininga- Itapetininga / SP

1 a 4 25ª Betim Rural Especializada Mangalarga Marchador - Betim / MG

1 a 5 4ª Expopampa Especializada da Bahia

e 2º Campeonato Brasileiro (CBM) de Marcha Picada - Feira de Santana / BA

3 a 10 Expozebu - Uberaba / MG

4 a 5 Copa de Marcha Pampa Montes Claros - Montes Claros / MG

6 a 5/6 II Leilão Online Haras Caraíbas e Itaparica - Attualitá

8 a 12 Expopampa Atibaia - Atibaia / SP - Três Barras

14 V Leilão Virtual Xeque Mate - Attualitá

19 VI Leilão Virtual Avaré Guguiná e Amigos - Transmissao Novo Canal

21 a 26 43ª Exposição Agropecuária De Itapetinga - Itapetinga / BA

26 Leilão Virtual Fazenda Recreio e Convidados - (Transmissão Agro Canal) - São José de Ubá / RJ

27 a 2/6 Exposição Agropecuária de Nanuque / MG - Três Barras

28 a 9/6 Superagro 2013- Belo Horizonte / MG

6 a 9 XXVIII Enapêga- Belo Horizonte / MG

6 a 20 II Leilão Online Genética da Marcha - Attualitá

13 a 16 Exposição Cidade São Paulo / SP

17 a 21 19ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne - São Paulo / SP

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84 Março 2013