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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FERNANDO HENRIQUE DA SILVA ESTUDO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO UTILIZADOS NOS PROCESSOS LICITATÓRIOS NA MODALIDADE PREGÃO EM SUA FORMA PRESENCIAL E ELETRÔNICA NA SECCIONAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM NATAL/RN Natal/RN 2016

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Page 1: ESTUDO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO … · curso de administraÇÃo fernando henrique da silva estudo sobre indicadores de desempenho ... 2.9 sistema de registro de preço –

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

FERNANDO HENRIQUE DA SILVA

ESTUDO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO UTILIZADOS NOS PROCESSOS LICITATÓRIOS NA

MODALIDADE PREGÃO EM SUA FORMA PRESENCIAL E ELETRÔNICA NA SECCIONAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM

NATAL/RN

Natal/RN 2016

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FERNANDO HENRIQUE DA SILVA

ESTUDO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO UTILIZADOS NOS PROCESSOS LICITATÓRIOS NA

MODALIDADE PREGÃO EM SUA FORMA PRESENCIAL E ELETRÔNICA NA SECCIONAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM

NATAL/RN.

Monografia apresentada ao Curso de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para conclusão de curso. Orientador: Daniel de A. Martins, Dr.

Natal

2016

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Silva, Fernando Henrique da.

Estudo sobre indicadores de desempenho utilizados nos processos licitatórios na modalidade pregão em sua forma presencial e eletrônica na seccional da Justiça Federal em Natal/RN / Fernando Henrique da Silva. – Natal, RN, 2016.

65f.

Orientador: Prof. Dr. Daniel de A. Martins.

Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.

1. Administração Pública – Monografia. 2. Pregão Eletrônico – Monografia. 3. Pregão Presencial – Monografia. 4. Licitação – Monografia. 5. Indicadores de Desempenho – Monografia. I. Martins, Daniel de A. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 351:347.238.8

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ESTUDO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO UTILIZADOS NOS PROCESSOS LICITATÓRIOS NA MODALIDADE PREGÃO EM SUA FORMA PRESENCIAL E ELETRÔNICA NA SECCIONAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM NATAL/RN

Monografia apresentada e aprovada em 16/06/2015 pela Banca Examinadora

composta pelos seguintes membros:

Fernando Henrique da Silva

_______________________________________________

Daniel de Araújo Martins, Dr.

Orientador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

______________________________________________

André Morais Gurgel, Dr.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

______________________________________________

Josué Vitor de Medeiros Júnior, Dr.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

NATAL 2016

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Dedico este trabalho ao meu pai Raimundo e minha avó materna Isaura, ambos “In Memorian”. Para minha mãe, irmãs, mulher e filho, pois sem elas este trabalho e muitos dos meus sonhos não se realizariam.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A minha família, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

Aos meus amigos pelo apoio na caminhada e por todos os momentos

bons vividos juntos.

Ao meu orientador professor Dr. Daniel de Araújo Martins, pelo suporte

no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que

oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, constituídos

pela acendrada confiança no mérito ético aqui presente.

A equipe da seção de licitação na JFRN Seccional Natal por toda

disponibilidade, carinho e atenção em todos os momentos em que precisei.

Aos meus colegas, companheiros de curso, que me acompanharam

direta e indiretamente neste percurso, tenho certeza, além de ganhar

companheiros de profissão, também ganhei vários amigos (as) para a minha

vida pessoal.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação,

o meu muito obrigado.

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“[...] ainda que [...] conhecesse todos os mistérios e toda a ciência [...] e não tivesse amor, nada seria. O amor [...] tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha”. 1 Coríntios 13, Bíblia

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RESUMO

O trabalho tem o intuito de apresentar uma síntese dos processos

licitatórios na modalidade pregão no âmbito da Justiça Federal no Rio Grande

do Norte, através da aplicação de indicadores de desempenho objetivando

avaliar a eficiência na elaboração dos certames na unidade Natal. Para tanto,

elaborou-se um estudo de caso quantitativo e qualitativo de abordagem

exploratório-descritivo e, adicionalmente, foi realizada ampla revisão sobre

administração pública, licitações e indicadores de desempenho com os

aspectos básicos e procedimentos necessários para o certame. A amostra

utilizou como fontes documentais 6 pregões presencias e 43 pregões

eletrônicos realizados no ano de 2014 e 60 pregões eletrônicos realizados no

ano de 2015. Os dados foram compilados através de planilhas e configurados

para apresentar média, porcentagem e frequência e analisados através dos

indicadores de lead time, saving e concorrência. A análise dos dados

evidenciou maior tendência à escolha pela modalidade de pregão na forma

eletrônica, pois esta apresenta em seu procedimento maiores possibilidades de

negociação, além de não restringir a participação das empresas, já que, por ser

eletrônico, pode ser acessado de qualquer lugar e confere maior eficiência e

transparência ao processo.

Palavras-Chaves. Administração Pública; Pregão Eletrônico; Pregão

Presencial; Licitação; Indicadores de Desempenho.

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ABSTRACT

This work proposes a synthesis of the bidding processes (auction

modality) within the Federal Justice of the state of Rio Grande do Norte by

applying some performance indicators aiming to evaluate the bidding process

efficiency in the Natal's Federal Justice unit. Therefore, a quantitative and

qualitative case study with goals exploratory and descriptive was developed.

Additionally, a large revision of how to works the public administration, bidding

process and performance indicators with the basic features and procedures

needed to the development of this study were carried out. The sample used as

documentary sources 6 face-to-face auctions and 43 electronic procurements

that were carried out in 2014, also 60 electronic procurements carried out in

2015. The data were extracted from spreadsheets and processed to obtain the

average, percentage and frequency, so they were analyzed by using lead time,

saving and competition indicators. The data analyses pointed to the biggest

trend to choose the electronic procurement, once that modality offers more

trading possibilities, besides it does not restrict the participation of companies,

since it is an electronic modality which can be accessed from anywhere and

brings a bigger efficiency and transparency to the process.

Keywords. Public Administration, Trading, Electronic Trading, Trading Face,

Bidding, Performance Indicators.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Processo de autorização de certame..............................................61

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Processos analisados na JFRN......................................................47

Tabela 2 – Média total de finalizações de processos 2014...............................48

Tabela 3 – Média total de finalizações de processos 2015...............................49

Tabela 4 – Quantitativo de empresas participantes no certame........................52

Tabela 5 – Quantitativo de empresas por região...............................................62

Tabela 6 – Quantitativo empresas ganhadoras por região................................63

Tabela 7 – Quantitativo de empresas ganhadoras por porte ...........................64

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 2 - Economia do Pregão Presencial 2014 Saving................................50.

Gráfico 2 - Economia do Pregão Eletrônico 2014 Saving.................................50.

Gráfico 3 - Economia do Pregão Eletrônico 2015 Saving.................................51.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC- Acre

AL- Alagoas

AP - Amapá

AM – Amazonas

ARP- Ata de Registro de Preços

Art. Artigo

BA - Bahia

CE – Ceará

CF – Constituição Federal

DF - Distrito Federal

D.O.U - Diário Oficial da União

EC – Emenda Constitucional

EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

EPP - Empresa de Pequeno Porte

ES - Espírito Santo

GO – Goiás

JFRN- Justiça Federal de Primeiro Grau no Rio Grande do Norte

KPI - Key Performance Indicators

LTDA - Limitada

MA - Maranhão

ME - Micro empresa

MT - Mato Grosso

MS - Mato Grosso do Sul

MG - Minas Gerais

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PA - Pará

PE – Pernambuco

P.E - Pregão Eletrônico

PI - Piauí

PB - Paraíba

PF – Pessoa Física

P.P Pregão Presencial

PR - Paraná

RJ - Rio de Janeiro

RN - Rio Grande do Norte

RS - Rio Grande do Sul

RO - Rondônia

RR - Roraima

S.A - Sociedade Anônima

SC - Santa Catarina

SE - Sergipe

SP - São Paulo

SRP - Sistema de Registro de Preços

TO - Tocantins

§ - Parágrafo

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SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................ ........................................ 16

1.1 Contextualização do problema ............................................................ 16

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................ 18 1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................. 18 1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................... 19

1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................. 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................... ......................................... 21

2.1 Administração Pública ...................................................................... 21

2.2 Princípios da administração ............................................................ 22 2.2.1 Principio da Legalidade .................................................................... 22 2.2.2 Princípio da Impessoalidade ............................................................ 23 2.2.3 Princípio da Moralidade ................................................................... 23 2.2.4 Princípio da Publicidade................................................................... 23 2.2.5 Princípio da Eficiência ...................................................................... 24

2.3 Administração pública direta ........................................................... 24

2.4 Administração pública indireta ........................................................ 25

2.5 Compras públicas .............................. ............................................... 25

2.6 Licitação ..................................... ........................................................ 26

2.7 Modalidades de Licitação ................................................................. 28 2.7.1 Concorrência .................................................................................... 28 2.7.2 Tomada de Preços ........................................................................... 29 2.7.3 Convite ............................................................................................. 29 2.7.4 Concurso .......................................................................................... 30 2.7.5 Leilão ............................................................................................... 30 2.7.6 Pregão ............................................................................................. 30 2.7.7 Pregão Presencial ............................................................................ 31 2.7.8 Pregão Eletrônico ............................................................................ 32

2.8 Integrantes e Fases do Pregão ........................................................ 34 2.8.1 Autoridade Competente ................................................................... 34 2.8.2 Pregoeiro ......................................................................................... 34 2.8.3 Equipe de Apoio ............................................................................... 35 2.8.4 Licitantes .......................................................................................... 35 2.8.5 Fase Interna ..................................................................................... 35 2.8.6 Fase Externa .................................................................................... 36

2.9 Sistema De Registro De Preço – SRP .............................................. 38

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2.10 Tipos De Licitação ............................................................................. 39

2.11 Indicadores de desempenho ............................................................ 39

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 44

3.1 Caracterização da pesquisa ................................................................ 44

3.2 Universo e amostra ............................................................................. 44

3.3 Coleta de dados .................................................................................. 45

3.4 Análise dos dados ............................................................................... 45

4 RESULTADOS ........................................ .................................................. 47

4.1 Lead time ............................................................................................ 48

4.2 Saving ................................................................................................. 49

4.3 Concorrência no processo de compra................................................. 52

5 CONSIDERAÇÕES ................................................................................... 55

5.1 Limitações na Pesquisa ...................................................................... 56

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 57

ANEXOS .......................................................................................................... 61

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16 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Com a necessidade de contratação de obras, serviços, inclusive de

publicidade, compras, alienações e locações; diante da busca constante por

otimização dos recursos gastos na administração direta e indireta e priorizando-se a

transparência nos processos de aquisição, a administração passa a valer-se da Lei

Federal nº 8.666 de 21 de junho de 1993. Essa, regulamenta o art. 37 da

Constituição Federal e institui para administração pública, que inclui os entes

federativos, fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas,

sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou

indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, normas diretas de

contratação em suas entidades.

Relatos históricos indicam que a licitação começou a surgir na Europa

Medieval, devido à necessidade de aquisição de bens e/ou execução de um serviço

ou obra na qual a administração pública necessitava de preços mais compatíveis

com sua realidade financeira. (TIECHER, 2010).

No Brasil, o processo licitatório teve início através do Decreto nº 2.926/1862.

Tal decreto regulamentava as compras e alienações do Ministério da Agricultura,

Comércio e Obras públicas e, após ser complementado por diversas outras leis, se

estruturou no âmbito federal através do Decreto nº 4.536/1922, conhecido como

código da contabilidade da União. Já em 1967, foi publicado o Decreto de n° 200

que buscava, através de reforma administrativa, sistematizar a matéria procurando

cada vez mais a eficiência nas contratações públicas.

A Constituição de 1988 em seu art. 22 afirma a competência privativa da

União para legislar sobre normas gerais de licitação. No seu artigo art. 37, inciso

XXI, a licitação recebeu status de princípio constitucional, de observância obrigatória

pela Administração Pública direta e indireta, de todos os entes da Federação: União,

Estados, Distrito Federal e Municípios. Além disso, ela institui normas para licitações

e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

A promulgação da Lei Federal nº 8666/93 foi um marco na aplicação do

processo licitatório no Brasil, pois englobou todas as modalidades licitatórias até

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17 então existentes. As modalidades de licitações previstas na lei de 8.666/83 no seu

art. 22° são: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V -

leilão. A lei 10.520/2002 criou outra modalidade, o pregão, e determinou também a

sua aplicação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, distinguindo estas

entidades de legislar leis próprias.

O art. 3º da Lei 8666/1993 ressalta as intenções do processo licitatório e sua

finalidade, qual seja, a busca pela proposta mais vantajosa, buscando com isso

fazer uso dos recursos públicos, respeitando o princípio da isonomia. O art. 3°

também deixa claro que as propostas deverão atender aos princípios básicos da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da

probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento

objetivo e dos que lhes são correlatos.

Os tipos de licitação utilizados estão dispostos no art. 45, §1º, da Lei 8666/93

que passam a valer exceto para a modalidade concurso são: I - a de menor

preço; II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço; IV - a de maior lance ou

oferta-nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

Em relação aos procedimentos necessários, promulgados pela Lei 8666/93,

conforme art. 38, fica estabelecido que o processo licitatório terá início com a

abertura de procedimento administrativo, devidamente autuado, protocolado e

numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e

do recurso próprio para a despesa.

Nos procedimentos de contratação em um processo licitatório é indispensável

buscar sempre eficiência e eficácia em todo o processamento do certame. Assim, a

Administração Pública deverá atingir seus objetivos de maneira rápida e ágil, com o

menor dispêndio de recursos possível.

Segundo Hely Lopes de Meirelles:

O Princípio da Eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e seus membros (Meirelles, 2002, p. 94).

Com isso, em um certame licitatório, também se faz necessário avaliação de

eficiência e eficácia no decorrer do processo. Para isso, busca-se, por meios de

indicadores de desempenho, avaliar o processo de forma que se tragam melhorias

aos certames futuros.

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Como parte da administração pública, o Poder Judiciário, para contratação de

seus serviços utiliza o disposto legal inscrito na Lei 8666/93. O Conselho de Justiça

Federal, através da Resolução 79 de 19 de novembro de 2009, afirma em seu art.

4°, parágrafo III, a necessidade de licitação e obriga cada seccional, sob supervisão

da direção, a realizar os procedimentos necessários para que ocorram os certames

licitatórios.

Na Justiça Federal do Rio Grande do Norte, os processos de licitações ficam

a cargo da seção de licitações e contratos. Observando as formalidades legais, na

Seccional de Natal, no ano de 2014, foram realizados 49 Pregões, sendo 43

eletrônicos e 06 presencias e, no ano de 2015, foram realizados 60 pregões, todos

eletrônicos. Em seus processos, a seção busca contratar empresas ecologicamente

corretas.

Os processos licitatórios da justiça, por mais que ocorram cotidianamente na

seccional, não são submetidos à métodos para medição da eficiência processual.

Diante disso, se faz necessário um estudo de caráter exploratório para entender de

forma completa todo o processo e, a partir disso, inserir nos certames medidas que

auxiliem no desempenho gerencial. Desta feita se tornará possível concluí-los com a

certeza que obtiveram a eficiência e eficácia necessárias para a contratação de

serviços na Seção Judiciária de Natal.

Esse estudo busca entender como é analisado o desempenho da seção de

licitação da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, no que tange aos processos de

licitações na modalidade pregão, tanto o eletrônico, como o presencial. Para isso,

serão utilizados os indicadores de economia de preço, de tempo e de concorrência.

Nesse diapasão, esta busca se desenvolve sob o seguinte questionamento:

quais os indicadores de desempenho utilizados pela Seccional da Justiça Federal

em Natal/RN nos processos licitatórios na modalidade pregão em sua forma

presencial e eletrônica?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

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19

Avaliar os indicadores de desempenho utilizados pela Justiça Federal de

Primeiro Grau no Rio Grande do Norte na sua gestão de processos licitatórios na

modalidade pregão.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Mapear a modalidade de pregão no âmbito da Justiça Federal em Natal;

b) Apontar os indicadores de desempenho utilizados nos processo de licitação

dentro da Justiça Federal em Natal/RN.

c) Identificar as vantagens e desvantagens da utilização da modalidade

pregão na contratação dos serviços na Justiça Federal em Natal/RN.

1.3 JUSTIFICATIVA

Em uma sociedade de constantes mudanças, se buscam, incessantemente,

medidas e métodos que auxiliem nas tomatadas de decisões e ajudem a enfrentar

as demandas do dia-a-dia. Nas organizações não é diferente, pois, na tentativa de

melhor atender suas necessidades, elas utilizam de atos normativos, decretos, leis,

códigos de ética dentre outros meios disponíveis para manter seu curso fluente da

melhor forma possível.

O presente trabalho contribuirá para o meio acadêmico, pois em sua base,

traz uma pesquisa e uma análise de resultados colhidos diretamente numa

organização. Dessa forma, culmina na resolução prática de um problema e fomenta

possíveis soluções para situações encontradas na organização estudada e em

outras de igual importância.

Essa monografia também contribuirá para o meio acadêmico, pois a pesquisa

nela apresentada se somará a outras existentes na área da administração pública

com ênfase no processo licitatório e servirá como norte para outros estudantes na

elaboração de seus trabalhos.

O estudo pretende apresentará a organização analisada, um balanço que a

auxiliará, dotando-a de uma melhor visão sobre como está sendo aplicada a lei das

licitações nas suas práticas. Assim, será apresentada à Justiça Federal de Natal

uma análise de desempenho da seção de licitações e contratos, com foco nos

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20 problemas encontrados nos processos e no porquê de tais acontecimentos.

Como primeiro estudo que busca analisar a seção de licitações, a justiça

também se beneficiará das análises na medida em que os conhecimentos gerados

durante a pesquisa provocará e estimulará a organização a buscar melhorias e

mudanças.

Para isso, a organização junto à seção de licitações e contratos se prontificou

a repassar todos os dados necessários no decorrer do trabalho, bem como

responder outros questionamentos do acadêmico que por ventura apareçam no

decorrer do processo de elaboração do seu relatório.

O interesse pelo tema parte de uma inquietação enquanto estagiário da

Justiça Federal em Natal/RN e também como futuro gestor em melhor conhecer o

processo, pois é necessário compreender os acontecimentos vivenciados dentro das

organizações, em especial, no aspecto licitatório, matéria ligada ao Direito

Administrativo, que é uma das disciplinas que mais chamou atenção do pesquisador.

Também, ao final de cada ciclo acadêmico é exigido dos educandos que

busquem entender de forma específica um determinado contexto vivenciado na

graduação, sendo assim, se reitera o interesse por essa temática na tentativa de

entender e trazer para o âmbito da pesquisa a questão das modalidades de licitação

e como elas ocorrem em um órgão público, no caso, a Justiça Federal de Primeiro

Grau no Rio Grande do Norte.

Com o objeto de estudo definido e com a autorização da organização

estudada para coletas de dados, o curso do trabalho transcorrerá em tempo hábil de

forma a cumprir todos os prazos estipulados pelas normas da instituição de ensino

para conclusão e apresentação do relatório final.

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21 2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Administração pública é a ação que ocorre dentro do estado, na qual, por

meio de agentes, busca-se encontrar soluções para os problemas existentes na

organização, aplicando formas e soluções que obedecem aos princípios citados na

constituição federal de 1988.

Segundo Amadeu (2010, p.2) apud (FERREIRA, 1996, p. 12):

Administração Pública é o conjunto de meios institucionais, materiais, financeiros e humanos preordenados à execução das decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Pública que destaca em primeiro lugar, que é subordinada ao poder político, em segundo lugar, que é meio, e, portanto algo de que serve para atingir fins definidos e em terceiro lugar, denota os seus dois aspectos, um conjunto de órgãos a serviço de Poder Político e as atividades administrativas.

Já os autores Puppin e Pires (p.2) apud Meirelles discorrem o seguinte: Em sentido formal, a Administração Pública é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas (1999, p. 59).

Os autores apresentam as suas visões sobre a administração diante de

pontos de vista diferentes. Entretanto, eles remetem a mesma concepção de

subordinação ao estado que busca, nessa perspectiva, servir a sociedade de forma

a atender suas necessidades de forma global.

O conceito de administração pública esta atrelado ao poder de Estado,

operando com papel administrativo. Criando, desse modo, um viés que liga duas

teorias a administração: o sentido subjetivo, formal ou orgânico e o sentido objetivo,

material ou funcional (Júnior, 2007).

O escritor Amadeu (2010, p.2) apud Di Pietro (1993, p.88), corrobora com

pensamento de Júnior e cita:

O conceito de administração pública divide-se em dois sentidos. Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o estado desenvolve sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos qual a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

Os autores citados trazem formas diferentes de pensar, mas com o objetivo

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22 final comum que se baseia no conceito de administração pública, sendo este, um ato

dos órgãos do governo para conseguir objetivos de gerência dentro de situações

adversas, objetivando-se a busca por melhoria geral e coletiva do aparelhamento

estado e da qualidade administrativa.

2.2 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

Na Constituição Federal, a administração pública recebe em seu art. 37

diretrizes e princípios a serem seguidos, sendo estes descritos da seguinte forma: a

administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Os princípios administrativos são postulados fundamentais que inspiram todo

o modo de agir da administração pública, representam a regra matriz que norteia a

conduta do Estado quando no exercício de atividades administrativas. (ANDRADE,

2008, p.2).

Com base nos princípios descritos na constituição federal, a administração

pública, em todos os níveis de governo, deve obedecer e agir conforme suas

doutrinas. Isso fará com que não recaia sobre o governo penalidades jurídicas a fim

de reparação do erro.

2.2.1 Principio da Legalidade

Este princípio tem em sua base, o pressuposto que o agente público trabalhe

em consonância com a lei, visto que o mesmo não pode basear-se em critérios

próprios para chegar ao resultado esperado.

Segundo Júnior (2007, p.38), “Como decorrência da indisponibilidade do

interesse público, a atividade administrativa só pode ser exercida em conformidade

absoluta com a lei. O princípio da legalidade é uma exigência que decorre do estado

de direito, ou seja, da submissão do estado ao império da ordem jurídica”.

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23 2.2.2 Princípio da Impessoalidade

O principio da impessoalidade incita que a administração não pode agir de

forma pessoal, devendo tratar os processos e indivíduos ligados ao sistema com

neutralidade e imparcialidade para garantir a finalidade de seus objetivos.

Andrade observa que:

A impessoalidade busca uma igualdade de tratamento que a administração deve dispensar aos administrados que se encontre na mesma situação de equivalência jurídica. E para que haja efetiva impessoalidade, deve a administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o privado, vedando-se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em prejuízo de outros (ANDRADE 2008, p.5).

Este princípio busca igualar o tratamento dos indivíduos fazendo assim,

com que não haja beneficiados pela administração pública na hora da contratação

dos serviços ou aquisições de bens.

2.2.3 Princípio da Moralidade

O princípio da moralidade afirma que o ente não poderá agir de forma imoral,

usando do seu cargo, função ou o Estado para aproveitar-se dos recursos públicos

sobe sua responsabilidade. Assim, além de trabalhar dentro das normas exigidas

pela lei, o administrador também trabalhará com moral dentro da instituição, não

cometendo crimes e atos de improbidade administrativa.

Segundo Puppin e Pires (2007, p.5) apud Di Pietro (2003) o “princípio da

moralidade exige da administração um comportamento lícito, de acordo com a

moral, os bons costumes, as regras de boa administração dentro dos princípios da

justiça, da equidade e da honestidade”.

2.2.4 Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade busca tornar visível e transparente os atos da

administração pública no intuído que os envolvidos no ato tomem conhecimento do

ocorrido no processo. Assim, todos os atos que segundo o artigo 5°, § XXXIII da

Constituição não forem classificados como sigilosos ou que afetem a segurança da

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24 sociedade e estado deverão ser disponibilizados a quem solicitar nos prazos

previstos na lei (Júnior 2007).

2.2.5 Princípio da Eficiência

O principio em questão tornou-se constitucional depois de ser publicada a

Emenda Constitucional n° 19/98. Em sua essência, defende que a administração

deve, no ato de seu processo, agir de forma rápida buscando a perfeição e

concluindo com o êxito esperado com o menor custo possível.

Andrade (2008, p.7) apud Hely Lopes Meirelles (1999) cita que:

Eficiência como um dos deveres da Administração Pública, definindo-o como o que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com suposta legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.

Já os autores Puppin e Pires (2007, p.7) apud Di Pietro (2003, p. 83)

asseveram que: O princípio da eficiência apresenta dois aspectos: o primeiro em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, na busca de melhores resultados; e o segundo em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados.

Assim, o principio da eficiência exige da administração resultados rápidos e

concretos de suas ações, traduzindo o que lhes foi solicitado sem prejuízos à

administração e com rendimentos que satisfaçam suas escolhas.

2.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

É a base que constitui os órgãos governamentais, sendo ligada a aparelhos

da esfera do poder legislativo, executivo e judiciário. A administração direta é

centralizada e, ligada a esses poderes, busca a execução de processos e serviços

referentes ao bem-estar da sociedade.

Segundo Júnior (2007, p 130), “a administração direta ou centralizada é

aquela constituída a partir de um conjunto de órgãos públicos, através do qual o

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25 estado desempenha diretamente a atividade administrativa”.

2.4 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

Administração indireta ou descentralizada é tida como ação de empresas

estatais de forma indireta dentro do cenário público, oferecendo serviços públicos à

sociedade como um todo. Assim, por meio de outorgas, a direção é passada para

pessoas jurídicas que recebem do estado à direção dessas estatais e passam a

administrá-las com intuído de servir à sociedade.

A administração indireta, conforme Júnior “é constituída a partir de um

conjunto de entidades, dotadas de personalidades jurídicas, responsáveis pelo

exercício, em caráter especializado e descentralizado, de certa e determinada

atividade administrativa, por outorga legal da entidade estatal” (JÚNIOR 2007, p,

135).

2.5 COMPRAS PÚBLICAS

O processo de compras públicas é regido pela Lei Federal 8.666/93. Assim, a

administração pública busca, com base nos artigos dispostos nesse diploma

normativo, concretizar suas compras e suprir as necessidades da organização.

Os autores Almeida, Costa e Machado (2002 p.2) apud Costa (2000) definem

compras como:

A atividade de compras pode ser definida como uma função administrativa, dentro da organização, responsável por coordenar um sistema de controle e informação capaz de adquirir externamente, para garantir o fluxo de materiais necessário à missão da organização, bens e serviços na quantidade certa, na qualidade certa, da fonte certa, no exato momento e ao preço certo.

Segundo Batista e Maldonado Apud Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei

de Licitações e Contratos Administrativos (Brasil, 1993), conceitua “compra como

toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou

parceladamente”.

Para Mastella apud Arnold (1999):

As compras se tratam de um processo tão amplo que acaba sendo

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26

responsabilidade de todos na organização. Apesar de sabemos que existem setores ou departamentos específicos para realizar o processo de compras, sabemos que os mesmos não são capazes de realizar isto sozinho, pois necessitam o auxílio, principalmente informacional de várias partes da organização, tais como da área técnica sobre especificações do produto, da área de vendas a quantidade, da área financeira o respaldo monetário para se fazer as aquisições e assim por diante.

Já Diniz, Stoffel, Goebel apud (DIAS, 1995, p.268), afirmam que cada compra

que é feita passa por certos procedimentos internos e externos para sua efetivação,

sendo que neste processo consta a real necessidade da aquisição de determinado

produto ou serviço. “Um sistema adequado de compras tem variações em função da

estrutura da empresa e em função da sua política adotada”.

Os autores aqui apontados buscam conceituar compras públicas, traduzindo

as bases em que se aplicam e procurando programar a ideia central do processo em

que a mesma esta envolvida. Representando assim, todo o sistema que atua na

aquisição das compras dentro da organização.

2.6 LICITAÇÃO

A Constituição Federal, no art. 37, XXI, exige licitação para contratos de

obras, serviços, compras e alienações, assim como para a concessão e a permissão

de serviços públicos de acordo com o art. 175. A lei 8.666, mais conhecida como “lei

de licitação”, foi sancionada em 21 de junho de 1993 pelo então Presidente da

República Itamar Franco, e tem como finalidade atender os interesses públicos.

Licitação é o processo que visa à operação de um serviço ou produto por

empresas privadas para com a administração pública.

De acordo com Meirelles:

Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Visa proporcionar iguais oportunidades aos que desejam contratar com o Poder Público, dentro dos padrões previamente estabelecidos pela Administração, e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos. É o meio técnico legal de verificação das melhores condições para a execução de obras e serviços, compra de materiais, e alienação de bens públicos (MEIRELLES, 1989, p.241).

Já segundo Di Pietro (2003, p.21):

Pode-se definir licitação como o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais

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27

selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração do contrato.

Os dois autores destacam o princípio da supremacia do Interesse Público

sobre o interesse privado, fator chave do processo licitatório. Além disso, Meirelles,

no trecho citado, define o termo licitação e coloca em evidência importantes

princípios da Administração pública: o princípio da isonomia, tendo em vista que

todos tem o direito de participar do processo licitatório com igualdade de tratamento,

de acordo com o previsto na constituição.

O artigo art. 3º da lei 8.666 destaca em um de seus pontos o seguinte;

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Em 1998, pela emenda constitucional 19/1998, acrescentou-se no Art. 37 da

constituição o princípio da eficiência na administração pública passando o referido

art. a vigorar da seguinte forma: "Art. 37. A administração pública direta e indireta de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência”.

O princípio específico da competitividade é justificado pela necessidade de

conseguir o máximo de propostas possíveis a fim de se chegar a mais vantajosa

para administração, assim, vedando-se admitir cláusulas ou condições que

comprometem o caráter competitivo. Sendo assim, o princípio citado buscará forcar

o certame a criação de cláusulas que aumentem os competidores (OLIVEIRA 2014).

Oliveira apresenta o seguinte sobre o princípio do instrumento convocatório:

O instrumento convocatório (edital ou carta convite) é a lei interna da licitação que deve ser respeitada pelo poder publico e pelos licitantes. Segundo o art. 41 da lei 8666/1993, a “administração pública não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. Trata-se da aplicação especifica do princípio da legalidade, razão pela qual a não observância das regras fixadas no instrumento convocatório acarretará a ilegalidade do certame (OLIVEIRA 2014 p.33).

Na relação dos princípios correlatos é observado o procedimento formal,

deixando claro que o certame é um feito da administração pública, e que o mesmo

deverá obedecer ao direito público não importando a esfera nem órgão que esteja

ligado (MUKAI, 2008).

O princípio do julgamento objetivo busca para o certame a objetividade na

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28 análise das propostas. Assim, (MUKAI, 2008 p.33), fala que o mesmo “exige do os

critérios de apreciação venham prefixados, de modo objetivo no instrumento

convocatório, de tal modo que a comissão de julgamento reduza ao mínimo possível

seu subjetivismo”.

Os autores apresentam pontos que deverão ser obedecidos em cada

certame, os chamados princípios da licitação. Os princípios buscam nortear cada

processo licitatório e aplicar as naturezas em que o certame terá que prosseguir

fazendo assim com que se tenha padrão e transparência em cada um.

2.7 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

As modalidades de licitação são a base e representam os processos e

formalidades que a administração pública deverá usar em cada certame, sendo os

seus procedimentos variáveis conforme a modalidade utilizada e razão para

contratação (OLIVEIRA 2014).

Segundo o Art. 22 da Lei nº 8.666/1993 são modalidades de licitação:

Concorrência, Tomada de preços, Convite, Concurso e Leilão. Além destes, com a

Lei 10.520/2002, houve o acréscimo da modalidade Pregão, subdividido em

presencial ou eletrônica.

2.7.1 Concorrência

A modalidade Concorrência, de acordo com o art. 22, inciso I da Lei nº

8.666/1993; “é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase

inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de

qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto”.

Oliveira (2014) ressalta os valores estimados em uma contratação que são

apontados no art. 23, I, “c”, da Lei 8666/93: a (obras e serviços de engenharia.. valor

acima de R$ 1.500.00,00.. e b( compras e demais serviços.. valor acima de

650.000,00. Sendo utilizada a concorrência na forma de consórcios, deverá aplicar o

dobro se for formado por ate três entes da federação, e caso seja o formado por um

numero maior aplicará o trilo

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29

Essa modalidade destaca-se por poder acontecer independente do valor do

objeto, e não necessitar que o participante tenha um cadastro prévio, pois requer,

apenas, que esteja de acordo com as exigências legais previstas em edital, o que

não elimina a necessidade de habilitação parcial no SICAF.

2.7.2 Tomada de Preços

Essa modalidade tem como característica a sua destinação esta ligada a

participantes devidamente cadastrados, ou seja, que passaram pelo processo de

análise prévia da situação da empresa, por meio da verificação de sua habilitação

jurídica, de sua regularidade fiscal, de sua qualificação econômico-financeira e de

sua qualificação técnica. Logo, é dividida em duas fases: na primeira são analisadas

as condições para sua habilitação e, na segunda, o licitante fornece sua proposta de

preço.

Segundo Júnior:

Essa modalidade de licitação e adotada ara obras e serviços de engenharia de valor até R$ 1.500.000,00 (art. 23, I, b) ou para compras e outros serviços de valor ate R$ 650.000,00 (art. 23, II, b). Contudo em razão do § 8° do art. 23 incluído pela Lei n° 11.107/2005, no caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro desse valor quando formado por ate três entes da federação, e o triplo, quando formado por maior numero. (JUNIOR, 2007 p.347)

A Tomada de preços é regida pela Lei nº 8.666/93, que destaca no Art. 22,

inciso 2º: “Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados

devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para

cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,

observada a necessária qualificação”.

2.7.3 Convite

Regida pela Lei nº 8.666/93, a modalidade Convite é considerada a mais

simples das modalidades licitatórias, sendo utilizada para obras e serviços de

engenharia de até R$ 150.000,00 ou para compra de bens e outros serviços no valor

de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

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No § 3o do art. 22 da Lei nº 8.666/93 convite é:

Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três (03) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas (Brasil, Lei 8666, 1993, art. 3).

2.7.4 Concurso

O concurso diferencia das demais modalidades por tratar-se de escolha para

trabalho técnico, cinético ou artístico, sendo sua utilização quando a administração

necessita de trabalho especifico e a contratação é realizada através da publicação

de edital com 45 dias de antecedência para que todos que estejam interessados e

estejam dentro dos requisitos do edital possam participar.

Segundo o § 4o do art. 22 da Lei nº 8.666/93:

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

2.7.5 Leilão

A licitação no modo de Leilão Diferencia-se das demais por ser uma

modalidade que se utiliza do “maior lance”, por se tratar de venda de bens.

A modalidade Leilão, segundo o art. 22, § 5o da Lei nº 8.666/93:

É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Os valores que são cabíveis a essa modalidade não podem ultrapassar os R$

650.000,00, como exposto no art. 17°, § 6° da lei de licitações.

2.7.6 Pregão

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31

A modalidade Pregão está reconhecida na Lei nº 10.520/2002, que institui: “no

âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso

XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para

aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.”, sendo a sexta

modalidade de licitação criada.

O pregão se destaca entre as demais modalidades por sua maior economia e

simplicidade, tendo em vista que as empresas podem baixar seus lances iniciais,

atendendo de melhor forma os interesses públicos.

Em relação às demais modalidades do processo licitatório, o pregão tem

algumas peculiaridades, sendo elas: pode ser utilizado para contratações de

qualquer valor; o critério de julgamento de proposta é somente o menor preço; e só

será analisada a documentação da empresa que tiver apresentado melhor proposta.

A fase preparatória para o processo de pregão deverá acontecer de acordo com o

previsto no art. 3º da Lei 10.520/2005:

“I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição; III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborados pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor”.

O pregão se divide em duas modalidades diferentes, são elas o pregão

presencial e o pregão eletrônico. O pregão eletrônico é realizado por meio da

internet, onde os interessados no certame no momento determinado pelo pregoeiro

entrar no sistema especifico e lançam suas propostas. Já pregão presencial é

realizado no ambiente determinado pelo pregoeiro e onde estarão todos os

interessados no processo.

2.7.7 Pregão Presencial

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32

De acordo com o art. 2º do anexo I do regulamento da licitação na modalidade

pregão do Decreto Nº 3.555, de agosto de 2000: “Art. 2º Pregão é a modalidade de

licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em

sessão pública, por meio de propostas de preços escritas e lances verbais”.

Se tratando ainda de pregão, o decreto esclarece em seu parágrafo único:

“Subordinam-se ao regime deste Decreto, além dos órgãos da Administração Federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União” (DECRETO N° 3.555, 2000).

Ciente disso, a empresa interessada em participar do pregão presencial deve

acompanhar o edital divulgado, no qual se informará a hora/dia e local onde os

interessados, ou representantes legais, em participar do pregão devem comparecer

e comprovar as exigências para a participação no pregão. Após esse

credenciamento, o pregoeiro declarará aberta a sessão que deverá ocorrer de forma

ininterrupta até seu final.

Em seguida, os participantes do pregão entregarão seus envelopes

contendo suas propostas e com toda documentação de habilitação necessária. Após

leitura desses envelopes pelo pregoeiro, serão selecionadas para a etapa de lances

verbais, apenas, as propostas que não ultrapassarem um limite de 10% acima da

proposta de menor valor.

2.7.8 Pregão Eletrônico

O processo da modalidade pregão eletrônica é regulamentado pelo Decreto

5.450 de 31 de maio de 2005, em seu primeiro artigo fala: “Art. 1o A modalidade de

licitação pregão, na forma eletrônica, de acordo com o disposto no § 1o do art. 2o da

Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisição de bens e serviços

comuns, no âmbito da União, e submete-se ao regulamento estabelecido neste

Decreto” (BRASIL, 2005, Art. 1o).

O autor Meireles (1989, p. 250) fala de Pregão Eletrônico como “aquele

efetuado por meio de utilização de recursos de tecnologia da informação, ou seja,

por meio de comunicação pela Internet”.

O pregão eletrônico necessita em seus procedimentos conter documentos

necessários para sua efetiva promulgação. Com isso, o art. 30 do Decreto 5.450/05,

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33 explicita as seguintes informações:

I - justificativa da contratação;

II - termo de referência;

III - planilhas de custo, quando for o caso;

IV - previsão de recursos orçamentários, com a indicação das respectivas rubricas;

V - autorização de abertura da licitação;

VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio;

VII - edital e respectivo anexo, quando for o caso;

VIII - minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de preços, conforme o caso;

IX - parecer jurídico;

X - documentação exigida para a habilitação;

XI - ata contendo os seguintes registros:

a) licitantes participantes;

b) propostas apresentadas;

c) lances ofertados na ordem de classificação;

d) aceitabilidade da proposta de preço;

e) habilitação; e

f) recursos interpostos, respectivas análises e decisões;

XII - comprovantes das publicações:

a) do aviso do edital;

b) do resultado da licitação;

c) do extrato do contrato; e

d) dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o caso.

§ 1o O processo licitatório poderá ser realizado por meio de sistema eletrônico, sendo que os atos e documentos referidos neste artigo constantes dos arquivos e registros digitais serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas.

§ 2o Os arquivos e registros digitais, relativos ao processo licitatório, deverão permanecer à disposição das auditorias internas e externas.

§ 3o A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente após o encerramento da sessão pública.

Logo, percebe-se que a primeira facilidade proposta pelo pregão eletrônico, é

o encurtamento de distâncias, tendo em vista que o processo é de ampla

concorrência, independente da localização das empresas interessadas em participar,

já que todo processo é feito via internet.

Para se tornar apta a participar do pregão eletrônico, a empresa interessada

deve cadastrar-se por meio do site disponibilizado pelo órgão licitante. Em seguida,

receberá uma senha para acesso e confirmação da certificação da empresa.

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34

2.8 INTEGRANTES E FASES DO PREGÃO

Para que possa se seguir um certame são necessários processos dentro da

organização que objetivam viabilizar o correto andamento e funcionamento do

processo, para isso o Decreto 3.555/00 determina que agentes acompanhem o

processo em cada fase, dando assim, andamento ao certame.

2.8.1 Autoridade Competente

O primeiro agente determinado pelo Decreto 3.555/00 em seu art. 7 é a

autoridade competente que dentre outras fica incumbida do seguinte:

“I - determinar a abertura de licitação; II - designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio; III - decidir os recursos contra atos do pregoeiro; e IV - homologar “o resultado da licitação e promover a celebração do contrato”.

2.8.2 Pregoeiro

O pregoeiro é o agente determinado por portaria pela autoridade designada a

recepção e formalidade referente ao pregão, para isso o paragrafo único do decreto

3.555/00 cita que apenas pode exercer a função de pregoeiro o agente que tiver

participado de curso e capacitação especifica sobre o tema.

Segundo o mesmo decreto em seu art. 9, as atribuições do pregoeiro são as seguintes:

I - o credenciamento dos interessados;

II - o recebimento dos envelopes das propostas de preços e da documentação de habilitação;

III - a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu exame e a classificação dos proponentes;

IV - a condução dos procedimentos relativos aos lances e à escolha da proposta ou do lance de menor preço;

V - a adjudicação da proposta de menor preço;

VI - a elaboração de ata;

VII - a condução dos trabalhos da equipe de apoio;

VIII - o recebimento, o exame e a decisão sobre recursos; e

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35

IX - o encaminhamento do processo devidamente instruído, após a adjudicação, à autoridade superior, visando a homologação e a contratação.

2.8.3 Equipe de Apoio

A equipe de apoio é designada para dar suporte ao certame juntamente com

o pregoeiro para abertura dos pregões sendo ela também designada pela autoridade

competente, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, que

tem cujos cargos efetivos ou emprego de administração.

Para tal fundamento o inciso IV do Art.3º da Lei nº 10.520/2002, vem

discriminar as atribuições desta equipe da seguinte forma: “[...] pregoeiro e

respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das

propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a

habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor”.

2.8.4 Licitantes

Os licitantes são os interessados pelo prestação do serviço ou venda de bem

ao ente por meio do pregão, podendo manifestar seu interesse no certame no prazo

indicado no edital não inferior a oito dias contados da publicação no diário oficial da

união.

No tocante aos licitantes o Decreto 3.555/00 no art. 13 e na lei 10.520 em

seu art. 4, fixam que a partir da publicação de convocação de ato licitatório a

apresentar documentação que ensejam interesse no certame, iniciando assim a fase

de habilitação de propostas para o pregão em tela.

2.8.5 Fase Interna

A fase interna do processo licitatório na modalidade pregão tanto presencial

como eletrônico se da a partir da aceitação da necessidade de aquisição e sua

posterior autorização para tal compra. Assim começa a elaboração dos termos que

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36 regerá o processo e a compras dos bens ou serviços.

Para ciência do processo a Lei 10.520/02 vem em seu art. 3 citar os passos e

procedimentos da fase interna, a saber:

I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;

II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;

III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborados pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e

IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.

Esta fase do certame em tese é curta, pois os meios e pessoas envolvidos na

sua maioria estão na própria unidade requisitante, o que permeia uma agilidade na

hora das soluções de problemas encontrados, diferente da fase externa que engloba

uma proporção maior de pessoas envolvidas.

2.8.6 Fase Externa

Esta fase se da a partir da publicação do aviso no diário oficial, sendo assim

convocadas as empresas para o certame. Assim com a fase externa começa com a

publicação do edital e finaliza com a contratação da empresa ao final do processo ou

com o cancelamento do certame.

A lei 10.520/02 cita em seu art. 4 os seguintes passos para fase externa do pregão:

I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;

II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital;

III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato,

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37

quando for o caso;

IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998;

V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis;

VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;

VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;

VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor;

IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;

X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;

XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;

XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;

XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;

XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso aos dados nele constantes;

XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor;

XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor;

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38

XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;

XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;

XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;

XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;

XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor;

XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; e

XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.

Com a apresentação de incorreções no processo detectadas

antecipadamente, e não ocorrendo devidas providências, ocorrerá a impugnação do

ato praticado ate o momento, em havendo soluções o certame prosseguirá, não

deixando ocultas as alterações praticadas. Assim, a fase externa encerra-se com a

assinatura do contrato, publicação no D.O.U e com o bem ou serviço entregue no

prazo estipulado no edital.

2.9 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO – SRP

O sistema de registro de preço é uma ferramenta utilizada pela administração

para aquisição de bens, que por meio a aderência a concordam em manter os

preços registrados pelo órgão gerenciador. Com base nestes preços a administração

viabiliza um ata de registro de preços-ARP onde os preços são acordados para

contratações futuras obedecendo aos tramites do ato convocatório da licitação.

Os processos por meio de SRP foram regulados pela lei 8.666/93 em seu art.

15 e pelo decreto 7.892/03 na busca por agilidade, transparência e economicidade

para administração pública.

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39 2.10 TIPOS DE LICITAÇÃO

O tipo de licitação trata-se do critério de análise utilizado pela Administração

pública para a seleção da proposta, diferente das modalidades que são os

procedimentos utilizados. Segundo o art. 45, inciso 1º da Lei nº 8.666/93. Para os

efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que seja vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II - a de melhor técnica;

III - a de técnica e preço.

IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994).

Com isso, são apresentadas as formas de escolha no certame licitatório,

sendo estes sempre em acordo com os interesses da administração pública,

podendo ser estes uma compra ou a venda de um bem e/ou contratação de serviço.

2.11 INDICADORES DE DESEMPENHO

Os indicadores de desempenho são para organização um meio de verificação

de cumprimento de metas, uma forma de observar e gerenciar o planejamento da

empresa, sendo este efetuado de maneira correta, possibilitará aplicar as devidas

correções encontradas no processo. Assim, o trabalho com indicadores é o primeiro

passo na evidência de transparência nas ações de uma instituição.

Segundo Santos (2010, p.27) apud JURAN (1992) “[...] gerenciar é controlar e

agir corretivamente. Sem indicadores, não há medição. Sem medição não há

controle. Sem controle não há gerenciamento”.

O autor Pontes et al (2008, p.3) apud Graeml (2000), fala que os indicadores

de desempenho são informações que registram e retratam o comportamento de uma

atividade, de uma função ou de toda uma organização. Normalmente são

representados por valores e grandezas mensuráveis, absolutas ou relacionadas, que

variam no tempo e/ou espaço.

A aplicação do indicador de desempenho objetiva para dar suporte a plano

estratégico de uma organização. Portanto, “a medição de desempenho por

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40 indicadores conecta a estratégia e a realidade. Estratégia sem indicadores é inútil e

indicadores sem estratégia não fazem sentido” (MELNICK STEWART E SWINK

apud. SELLITTO; MENDES, 2006, p. 04).

Para medição de desempenho na organização será utilizado o método KPI

(Key Performance Indicators) ou indicador chave de performance. Esta ferramenta

busca mensurar as atividades de compras, como também de outras áreas da

organização. Em se tratando de KPIs de compra, o foco será a análise dos

fornecedores, feito por meio de avaliações sistêmicas com base na que cada setor

representa para organização.

Mendes (2013, p 34) cita que:

No mundo empresarial, os KPIs são medidas quantificáveis para que todos os colaboradores da organização tenham uma fácil percepção do cumprimento ou não dos objetivos da entidade. Consequentemente, esses indicadores determinam se é preciso tomar atitudes diferentes que melhorem os resultados atuais. Os indicadores-chave de desempenho só devem ser alterados se os objetivos primários de uma empresa também sofrerem alteração.

França (2010, p 82) apud Cavalcanti (2009), “os KPIs medem o nível de

desempenho de processos ou de objetivos estratégicos, ou seja, ajudam as

organizações a definir e medir seu progresso em direção às suas metas”.

Nesta perspectiva apresentada pelos autores sobre KPI, e analisando o que

queremos da organização estudada, busca-se aplicar os seguintes KPIs para

obtenção de resultados esperados;

Lead Time – Tem como base em seus processos o tempo. Buscando saber o

tempo exato de duração;

Saving – busca desenvolver e apresentar o quanto foi economizado e quanto

de custo extra esta sendo evitado nos processos;

Concorrência no processo de compra – Aumento ou diminuição do número de

empresas participantes no processo de compras.

O indicador saving busca medir dentro da organização a capacidade de

geração de lucro, apresentado como gerador de eficiência, ligado diretamente ao

orçamento. O mesmo procura comparar o preço da aquisição nova com o preço

orçado ou da aquisição anterior para medir o quanto foi economizado (PEREIRA,

2015).

Para medição de tempo a utilização do indicador Lead time é o mais indicado,

pois segundo Pereira (2015, p.21), o indicador de lead time de compra “mede a

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41 eficiência operacional do processo de compras apontando o tempo gasto no

atendimento das demandas de aquisição”.

Os autores Thomsom jr. e Formby (1998) acrescentam que: “Quanto mais

competitivo for o mercado, menor tenderá ser a lentidão na qual será guiado seu

processo interno de decisões estratégicas de mercado, bem como maior será o

incentivo para a adoção de um comportamento que busque a maximização de

lucros”.

Jesus e Silva Apud BAILY (2008). O aumento da importância da área de

compras nas empresas e sua natureza estratégica geraram uma linha histórica de

evolução com o incremento da relevância do uso de indicadores para mensurar o

desempenho da função compras.

Os autores citados buscam apresentar a relevância da utilização de um

indicador, ao se decidir medir o desempenho da organização como um todo, se

busca melhoria no u processo e com isso melhor forma de gerir a empresa com a

certeza dos seus atos embasados em dados ligando suas estratégias a realidades

mais promissoras de êxito.

Pessoa et al (2001, p. 6), fala que, “a princípio, indicadores podem ser

entendidos como a razão colhida através da relação entre dados representativos de

uma situação que se pretende avaliar por se tê-la como relevante. Isto significa

tornar quantificável a realidade ou os aspectos sob os quais nos detemos”.

Também segundo pessoa et al (2001, p.20) apud (MILET e SANTOS, 1994, p.

63, ENAP, 2000, P. 40, TCU, 2000, p. 11, GRATERON, 1999, p. 122-123, FLORES e

TAKASHINA, 1999, p. 25), são considerados como principais atributos dos

indicadores os abaixo relacionados:

a) Simplicidade: Quanto mais claro o indicador se apresentar, sem qualquer

dificuldade de cálculo, mais fácil será sua compreensão e, consequentemente, sua

utilização. Os nomes e expressões que se lhes atribuírem devem ser conhecidos e

compreendidos por todos os envolvidos em sua elaboração e aplicação;

b) Praticidade: Deve se assegurar o funcionamento prático do indicador, a sua

real aplicabilidade, para que ele auxilie na tomada de decisões gerenciais pelo

gestor;

c) Confiabilidade: O indicador deve ser calculado com base em dados

confiáveis de modo que, em sendo utilizado por diferentes usuários, não venham a

obter resultados diferentes;

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42

d) Seletividade: O número de indicadores deve corresponder à quantidade de

aspectos essenciais do fenômeno que se deseja avaliar;

e) Cobertura: O indicador deve expressar adequadamente a extensão e a

multiplicidade de características do fenômeno analisado;

f) Acessibilidade: As informações que servirão de base para o cálculo dos

indicadores devem ser de fácil acesso, registro e manutenção, devendo estar

disponíveis a tempo para as pessoas e sem distorções;

g) Estabilidade: Deve haver estabilidade conceitual das variáveis

componentes e do próprio indicador, bem como dos procedimentos para sua

elaboração, de modo a se garantir a sua permanência ao longo do tempo a permitir

a formação da série histórica;

h) Economicidade: Não se deve despender tempo excessivo na coleta de

dados ou na busca de novas formas de se consegui-los, sob pena de se dificultar o

processo da elaboração dos indicadores, com o aumento de seus custos. O custo

para elaboração do indicador não deve ser elevado, porquanto o seu emprego

poderá ser inviabilizado caso a relação custo/benefício venha a se apresentar

desfavorável à organização;

i) Validade: O indicador deve expressar o produto a ser monitorado num

determinado tempo e espaço;

j) Representatividade: O indicador deve refletir, o máximo possível, os

produtos e as fases essenciais do processo sob os quais se procederá a análise e

avaliação dos resultados. Devem ser coletados os dados mais significativos e

excluídos os desnecessários. Esta cautela se deve ter para se evitar o desperdício

de tempo e dinheiro na análise de aspectos irrelevantes para a organização. A

representatividade do indicador, às vezes, é comprometida em face da

indisponibilidade dos dados para a coleta;

l) Homogeneidade: Ao se elaborar indicadores, deve-se considerar apenas

variáveis homogêneas;

m) Independência: Deve-se tentar evitar indicadores que possam ser

influenciados por fatores externos, uma vez que eles devem medir os resultados

atribuíveis aos fenômenos que se quer avaliar;

n) Objetividade: Os indicadores devem expressar, de forma objetiva, os

aspectos do fenômeno que se deseja monitorar, de modo a não ensejar

interpretações errôneas;

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43

o) Precisão: Os indicadores devem apresentar uma margem de erro previsível

e aceitável a ponto de não comprometer sua interpretação;

p) Relevância: Os valores fornecidos pelos indicadores devem ser

imprescindíveis para controlar, avaliar, tomar decisões, prestar contas e estabelecer

corretivos;

q) Comparabilidade: O indicador deve ser facilmente comparado com

referenciais apropriados, tais como: o melhor concorrente, a média do ramo e o

referencial de excelência;

r) Rastreabilidade: O indicador deve permitir o registro e a disponibilização

dos dados, resultados e memórias de cálculo, bem como a identificação dos

responsáveis por sua elaboração;

s) Adaptabilidade: O indicador deve ser capaz de responder às mudanças de

comportamento e exigências dos clientes. A organização deve sempre fazer uma

revisão de seus indicadores para substituir aqueles obsoletos por outros mais

atualizados.

Pode-se observar que os pensamentos dos autores citados no capitulo sobre

indicadores culminam em um mesmo processo. Avaliar em critérios adotados pela

organização o seu processo geral de funcionamento, fazendo com que sejam

encontrados os gargalos na organização a fim de repara-los em tempo, na busca de

oferecer sempre o melhor da empresa.

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44 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de abordagem quantitativo, pois segundo Dalfovo

(2008, p 3) et al Richardson (1989), “este método caracteriza-se pelo emprego da

quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no

tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as

mais complexas”. Como também se enquadra como abordagem qualitativa, pois

serão utilizados métodos de interpretação dos fenômenos que farão diferença no

relatório final apresentado.

Baseando-se nas definições de Gil (2002) o estudo classifica-se como

exploratório-descritivo. Sua natureza exploratória se evidencia na medida em que

busca conhecer um fenômeno ainda pouco explorado, sendo descritivo porque

objetiva descrever os processos de desempenho, analisá-los e mensurá-los sem

interferência do pesquisador nos mesmos.

O trabalho também se caracteriza como estudo de caso, pois obstina-se a

estudar uma organização a fim de observar critérios determinados ao decorrer do

trabalho visando conhecer os procedimentos sobre desempenho adotados na

organização estudada. Segundo Pradonov et al (2013) apud Gil (2010, p. 37) estudo

de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos, de

maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”.

3.2 UNIVERSO E AMOSTRA

O universo da pesquisa teve como base os processos licitatórios na

modalidade pregão da Justiça Federal de Primeiro Grau do Rio Grande do Norte,

este, um órgão da administração pública federal. Segundo Marconi e Lakatos (2001,

p 108) “Universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que

apresentem pelo menos uma característica em comum”.

Para concretizar a pesquisar obtive-se como amostra os processos dos anos

de 2014 e 2015 observando assim, todos os procedimentos de licitações na

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45 modalidade pregão que ocorreram neste período. A amostra segundo Marconi e

Lakatos (2001) é uma parcela do universo escolhida pelo autor para representar o

trabalho.

A parcela ou porção escolhida pelo autor caracteriza-se como amostragem de

conveniência que segundo Heerdet (2002) apud (Kinnear & Taylor, p. 187; Churchill,

p. 301) “amostras por conveniência podem ser facilmente justificadas em um estágio

exploratório da pesquisa, como uma base para geração de hipóteses e insights”.

3.3 COLETA DE DADOS

Quanto aos métodos de coleta de dados poderemos classificar inicialmente

como uma pesquisa bibliográfica e documental. De acordo com Gil (2002), a

bibliográfica estuda com base nas matérias já elaboradas, constituídos de artigos e

livros; a documental, pela característica de documentos ainda não analisados ou que

podem ser reagrupados de acordo com a pesquisa que o aborda.

A coleta de dados foi realizada em duas fases principais: na primeira foi

realizada uma pesquisa documental em sites e arquivos da justiça para obter dados

sobre licitações em processos e planilhas de 2014 a 2015; a segunda fase teve

como objetivo a observação dos dados colhidos transformando-os em informações

às quais se destinam o estudo, aplicando os indicadores para observação e

comprovação do desempenho no setor.

Os indicadores escolhidos para concretização das ações junto ao setor de

licitação da Justiça Federal foram: lead time - busca analisar o tempo decorrido

desde o inicio até o fim do processo de compra; saving - mede a eficiência e

capacidade de geração de lucro; concorrência no processo de compra – aumento ou

diminuição do número de empresas participantes no processo de compras.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Para análise dos dados utilizou-se métodos estatísticos descritivos:

frequência, média e porcentagem. A estatística descritiva é a etapa inicial de

apreciação utilizada para descrever e resumir os dados sem tirar quaisquer

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46 conclusões ou interferências em um grupo maior.

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47 4 RESULTADOS

A análise do material colhido na organização pesquisada objetiva relacionar

teoria e prática, por meio da analogia dos dados através de tabelas e gráficos

discutidos à luz da literatura mais atual.

A figura I, anexo I, faz referência ao mapeamento do certame, desde o seu

início até a finalização, na organização estudada, com base na pesquisa documental

do setor estudado.

A estrutura apresentada pela seção de licitação da Justiça Federal em Natal

mostra como é iniciado o processo do certame. É possível identificar cada passo

seguido. Verificamos que o procedimento praticado pela seccional Natal apresenta

estrutura fundamentada nos Art. 3 do Decreto 3555/00, Art. 9 do Decreto 5450/05,

no Art. 3 da Lei 10520/02 e resolução 79/09 da CJF. Assim, ao praticar os atos em

consonância com as leis promulgadas, a seccional cumpre o principio da legalidade.

A tabela 1 apresenta o quadro de Pregões Presencias (P.P) e Pregões

Eletrônicos (P.E) analisados neste estudo.

Tabela 1 – Processos analisados na JFRN

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

Podemos observar o número de processos analisados, nos quais ficam

expostos o sucesso e insucesso dos certames. A tabela demostra que dos 49

pregões do ano de 2014, ocorreu insucessos em 7, distribuídos em 3 presencias e 4

eletrônicos. Já em 2015 o número de insucessos foi de 10 em procedimentos

eletrônicos, visto que não houve processos presencias. Esses dados equivalem a

um percentual de insucesso de 19,14 em 2014 e 16,66 e 2015. Assim podemos

notar que em 2014, com a utilização das duas formas de pregão, não se obteve um

bom desempenho se comparado a 2015, apesar da porcentagem em 2015 ainda ser

preocupante.

P. P Cancelados P.E cancelados

3 4

P.P Finalizados P.E Finalizados

3 39

P. P Cancelados P.E cancelados

0 10

P.P Finalizados P.E Finalizados

0 50

Pregões 2014

Pregões 2015

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48

4.1 LEAD TIME

Esse indicador aponta o tempo decorrido no certame, contando da sua

autuação até a publicação da empresa vencedora no Diário Oficial da União –

D.O.U. O autor Pereira (2015, p.21), cita que o indicador lead time “mede a

eficiência operacional do processo de compras apontando o tempo gasto no

atendimento das demandas de aquisição”.

Assim, a partir dos dados colhidos na organização estudada são

apresentadas as seguintes médias, nas quais são calculados os dias úteis para

realização de um certame na modalidade pregão em sua forma eletrônica e

presencial nos anos de 2014 tabela 2 e 2015 tabela 3.

Tabela 2 – Média total de finalizações de processos 2014

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

A tabela acima apresenta dados dos processos eletrônicos e presencial e

eletrônico do ano de 2014. Observando os números, notamos que, na média, o

certame presencial despende de maior tempo que o eletrônico, atingindo uma

contagem a mais de 36,12 dias na fase interna e de 80,48 dias na fase externa. É

importante destacar que na legislação o único limite de tempo previsto para o

certame licitatório é o de no mínimo 8 dias para apresentação das propostas, tal

período conta da publicação do edital encontrada no § 4 do art. 17 do Decreto

5450/05.

Embora não sejam estabelecidos na legislação períodos de tempo específicos

para os certames licitatórios na modalidade pregão, se considera o entendimento de

que quanto mais duradouro um certame, mais prejudicial será para administração.

Desse modo, se faz necessário que essa prática necessariamente ocorra da forma

mais rápida possível, desde que obedeça aos princípios de princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Modalidade Interna Externa

Média geral de dias

Úteis

P. P 2014 248,67 141,33 390,00

P .E 2014 213,55 60,85 274,39

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49

Tabela 3 – Média total de finalizações de processos 2015

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

Os dados apresentados na tabela 3 dizem respeito aos pregões eletrônicos

do ano de 2015. É importante considerar que no ano em questão não foram

realizados certames presencias. Logo de início, observamos que o ganho em dias é

de 153,11 e 117,99 nas fases internas comparado à 2014 e 86,91 e 6,43 nas fases

externas também se comparado ao ano anterior.

Essa maior agilidade nas finalizações dos certames demostra aplicabilidade e

agilidade nos processos que e vão ao encontro do principio da eficiência que

Andrade (2008, p.7) apud Hely Lopes Meirelles (1999) cita como: “Eficiência como

um dos deveres da Administração Pública, definindo-o como o que se impõe a todo

agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento

funcional”.

Nos procedimentos licitatórios na modalidade pregão, mesmo com o ganho

em dias nos pregos de 2015 em comparação com os de 2014, notamos que os

processos apresentam um tempo de finalização igual ou superior a 150 dias. Isso

demostra que mesmo com a mudança ocorrida, para os anos posteriores é

necessário trabalhar o tempo dos processos em cada procedimento.

A aplicabilidade do indicador de tempo segundo Pereira (2015, p.21), “mede a

eficiência operacional do processo de compras apontando o tempo gasto no

atendimento das demandas de aquisição”. Visando a operacionalidade e presteza no

serviço, a opção pelo pregão na sua forma eletrônica mostra vantagem significativa

em relação à forma presencial, pois em toda aplicabilidade mostrou menos

morosidade e melhores índices de desempenho em relação ao tempo quando

utilizado nos certame.

4.2 SAVING

O indicador a seguir busca apresentar o poder de barganha da organização,

sendo analisado nele o quanto foi economizado nos certames ao longo dos anos.

Modalidade Interna Externa

Média geral de

dias Úteis

P .E 2015 95,56 54,42 149,97

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Para isso, serão apresentados gráficos dos dados colhidos na organização.

O primeiro gráfico é o do pregão na forma

Gráfico 1– Economia do Pregão Presencial 2014 Saving

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

A partir da análise do gráfico podemos observar

entre o preço orçado para os pregões presencias. Esse percentual é alcançad

fase verbal dos lances, na qual o

e acontece a fase de negociação e disputas de propostas

proposta mais vantajosa para administração.

O gráfico a seguir apresenta o percentual de ganho nos processos licitatórios

na modalidade pregão na forma eletrônica em 2014.

Gráfico 2 – Economia do Pregão Eletrônico 2014 Saving

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

No gráfico 2 verificamos

de 16,98%. Quando se

, serão apresentados gráficos dos dados colhidos na organização.

O primeiro gráfico é o do pregão na forma presencial no ano de 2014.

Economia do Pregão Presencial 2014 Saving.

Dados pesquisa documental 2016

A partir da análise do gráfico podemos observar uma economia de 15,65%

entre o preço orçado para os pregões presencias. Esse percentual é alcançad

fase verbal dos lances, na qual o pregoeiro abre a seção com os licitantes presentes

acontece a fase de negociação e disputas de propostas na qual ser

proposta mais vantajosa para administração.

O gráfico a seguir apresenta o percentual de ganho nos processos licitatórios

na modalidade pregão na forma eletrônica em 2014.

Economia do Pregão Eletrônico 2014 Saving.

Dados pesquisa documental 2016

verificamos que o ganho nos processos eletrônicos de 2014 foi

compara aos processos presencias não

50

, serão apresentados gráficos dos dados colhidos na organização.

presencial no ano de 2014.

uma economia de 15,65%

entre o preço orçado para os pregões presencias. Esse percentual é alcançado na

om os licitantes presentes

a qual será adjudicada a

O gráfico a seguir apresenta o percentual de ganho nos processos licitatórios

que o ganho nos processos eletrônicos de 2014 foi

compara aos processos presencias não houve um ganho

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significado. Pereira (2015, p.21) fala que o indicador Saving

capacidade de geração de lucro do setor”. Assim podemos dizer que

2014 tanto o pregão presencial quanto

poder de barganha, pois os dois apresentam lucro

O próximo gráfico apresenta

orçado, o comprado e o ganho na barganha do processo no ano de 2015 nos

pregões na forma eletrônica.

Gráfico 3 – Economia do Pregão Eletrônico 2015 Saving

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

No ano de 2015 a equipe responsável pelo certame

conseguiu um percentual de 18,56% de desconto em comparação ao preço orçado.

O ganho em questão,

aumento, representando assim, uma pequena melhora.

A análise buscou apresentar o poder de barganha da empresa com os

licitantes, visto quando maior o percentual do saving, melhor seria a

proporcionalidade dos ganhos para organ

desempenho do pregoeiro na hora dos lances e seu poder de barganhar diante dos

concorrentes vêm melhorando ano a ano e nas diferentes formas de aplicabilidade

dos certames na modalidade pregão

Portanto, observa

na hora de barganhar com as empresas concorrentes, que

número devido a disponibilidade que a forma eletrônica traz ao processo, foi

possível apresentar um pequeno aumento

Justiça Federal de Primeiro Grau em Natal.

significado. Pereira (2015, p.21) fala que o indicador Saving “é medida a eficiência e

capacidade de geração de lucro do setor”. Assim podemos dizer que

o pregão presencial quanto o eletrônico não houve diferença entre o

, pois os dois apresentam lucro muito próximo.

gráfico apresenta em termos percentuais a diferença entre o

comprado e o ganho na barganha do processo no ano de 2015 nos

pregões na forma eletrônica.

Economia do Pregão Eletrônico 2015 Saving.

pesquisa documental 2016

ano de 2015 a equipe responsável pelo certame, na pessoa do pregoeiro

conseguiu um percentual de 18,56% de desconto em comparação ao preço orçado.

se comparado ao ano anterior só apresentou

representando assim, uma pequena melhora.

A análise buscou apresentar o poder de barganha da empresa com os

licitantes, visto quando maior o percentual do saving, melhor seria a

proporcionalidade dos ganhos para organização na barganha. A

desempenho do pregoeiro na hora dos lances e seu poder de barganhar diante dos

vêm melhorando ano a ano e nas diferentes formas de aplicabilidade

dos certames na modalidade pregão.

Portanto, observa-se que os ganhos não se resumem só

na hora de barganhar com as empresas concorrentes, que se apresentam em maior

devido a disponibilidade que a forma eletrônica traz ao processo, foi

um pequeno aumento em se tratando de preço nos certames da

Federal de Primeiro Grau em Natal.

51

“é medida a eficiência e

capacidade de geração de lucro do setor”. Assim podemos dizer que no ano de

não houve diferença entre o

muito próximo.

em termos percentuais a diferença entre o valor

comprado e o ganho na barganha do processo no ano de 2015 nos

na pessoa do pregoeiro,

conseguiu um percentual de 18,56% de desconto em comparação ao preço orçado.

apresentou 1,58% de

A análise buscou apresentar o poder de barganha da empresa com os

licitantes, visto quando maior o percentual do saving, melhor seria a

ização na barganha. Assim sendo, o

desempenho do pregoeiro na hora dos lances e seu poder de barganhar diante dos

vêm melhorando ano a ano e nas diferentes formas de aplicabilidade

variável tempo, pois

se apresentam em maior

devido a disponibilidade que a forma eletrônica traz ao processo, foi

em se tratando de preço nos certames da

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52

4.3 CONCORRÊNCIA NO PROCESSO DE COMPRA

O indicador a seguir analisa a concorrência no certame, avaliando se nos

períodos pesquisados houve aumento ou diminuição de empresas licitantes no

processo. Assim, serão apresentadas tabelas que evidenciam o quantitativo de

empresas que participaram; o número de empresas ganhadoras e quais regiões têm

o maior número de vencedoras no certame.

A tabela 4 mostra o número de empresas nos certames presencias e

eletrônicos de 2014 e eletrônicos de 2015.

Tabela 4 – Quantitativo de Empresas participantes no Certame.

Fonte – Dados pesquisa documental 2016

A tabela mostra o quantitativo de empresas nos dois anos pesquisados em

suas modalidades eletrônicas e presencial. Observa-se que no ano de 2015 houve

um aumento de 137 organizações com interesse em licitar a JFRN, quando

comparado as duas formas apresentadas em 2014. Esse aumento em questão

torna-se relativo tomando como parâmetro o número de pregões finalizados, pois no

ano de 2015 foram homologações 60 pregões, isso demonstra a razão do aumento

de empresas no ano de 2015.

É observado, também, o baixo número de empresas que participam dos

certames na forma presencial. O número apresentado em comparação aos pregões

eletrônicos se mostra irrelevante, pois não abre possibilidades do pregoeiro

barganhar pelo menor preço do serviço ou bem, o que geraria lucro para a

organização. Esse aumento do número de empresas participantes na forma

eletrônica é visto como uma das principais vantagens quando se compara a forma

eletrônica com a presencial.

A tabla que segue, apresenta o número de empresas homologadas em cada

certame finalizado na seccional Natal.

P.P 2014 P.E 2014 P.E 2015

Total de Empresas

participantes 6 408 553

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53

A tabela 5 no anexo II apresenta o quantitativo de empresas que participaram

de cada pregão. Como visto 2015 teve um número maior de empresas devido ao

número maior de pregões, mas se comparado o quantitativo pregão a pregão, é

apontado que nos 39 pregões eletrônicos de 2014 são somados 15 certames com

número maior que 2015. Também se observa que, na sua grande maioria, os

pregões de 2015 número superior a 5 empresas licitantes por pregão, mostrando

assim que o setor necessita de campanhas com maior divulgação dos seus

certames.

Para os autores Thomsom jr. e Formby (1998): “Quanto mais competitivo for o

mercado, menor tenderá ser a lentidão na qual será guiado seu processo interno de

decisões estratégicas de mercado, bem como maior será o incentivo para a adoção

de um comportamento que busque a maximização de lucros”.

A tabela 6, anexo III apresenta o número de empresas ganhadoras por região

com objetivo de apresentar o nível de competitividade em cada região.

A tabela apresenta os dados relativos a empresas vencedoras, mostrando

que o pregão presencial, como esperado, além de ter um baixo número de

participantes, ainda se limita ao Estado do Rio Grande do Norte, sede da Seccional.

Fica demonstrando que em nenhum dos pregões de 2014 e 2015 foram

homologados ganhadores da região Norte do país como também dos estados PI,

MA e SE da região nordeste; do ES da região sul e do MS da região certo oeste do

país. No que diz respeito à região Norte, se acredita que, por questões geográficas,

as empresas se abstenham de participar dos certames, pois o valor não compensa

os gastos com distância. Já nos demais estados citados, a ausência não se

explicaria pela geografia, pois existem empresas ganhadoras de certames na região.

Vê-se, também, que a região nordeste mesmo com a ausência de empresas

ganhadoras em três estados, ainda é a região que apresenta maior número de

ganhadores nos certames da JFRN.

O número de empresas ao final do ano fechou quase com o mesmo

quantitativo para os pregões eletrônicos. Tal fato ocorreu, pois no ano de 2014

embora se tenha uma quantidade inferior de certames ao finalizar um processo,

podem-se homologar empresas diferentes para cada grupo de produtos ou serviços

no certame acontecendo de haver mais de um ganhador no processo no ano de

2014, ficando 2015 com a maioria de seus processos homologados apenas para

uma empresa.

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54

Na tabela 7, anexo IV apresentam-se os dados sobre o porte de cada

empresa ganhadora. Fica evidente que tanto para 2014 como para 2015 o maior

número de empresas que foram homologados nos certames com a JFRN é as ME,

apresentando um número de 41 em 2014 e 46 em 2015. Também se observa que

somam nestes dois anos 39 o numero de empresas de pequeno porte – EPP, isso

vem ao encontro com a Lei complementar 123/2006 que, em seus Arts. 44° e 45°

estabelecem normas diferenciadas no tratamento das empresas de pequeno porte e

microempresa, como também preferências e incentivos para que essas participem

de licitações na modalidade pregão.

Também se nota um aumento de empresas de porte Eireli, que são empresas

criadas pela Lei 12.441, de 11/07/2011 como Empresa Individual de

Responsabilidade Limitada – EIRELI. Essas são aquelas constituídas por uma única

pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado. É visto que

de uma empresa em 2014 na forma presencial se passou para 8 empresas na forma

eletrônica no ano de 2015. É registrada também, no ano de 2014, uma contratação

de pessoa física que se deu na forma presencial objetivando a contratação de

maestro para o então coral da JFRN.

Assim, observa-se que o número de empresas que participam dos certames

na seccional Natal vem aumentando ano a ano, abrindo um leque maior de

possibilidades serviços e ofertas de produtos ofertados e serviços prestados.

Também se nota que, devido às vantagens e acessibilidade de um pregão

eletrônico, o mesmo se sobressaiu sobre a forma presencial, não havendo nenhum

pregão presencial no ano de 2015.

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55 5 CONSIDERAÇÕES

Diante das análises feitas, observamos que quanto aos indicadores de tempo

houve um ganho relevante nos pregões de 2015 em relação a 2014, ainda passível

de melhora, visto que os processos demoram cerca de 150 dias para suas

finalizações e esse tempo ainda é considerado como perdido para administração.

Os apontamentos relativos ao indicador de saving demonstraram que o poder

de barganha da organização na pessoa do pregoeiro, que é o responsável, obteve-

se um percentual considerado para administração de um ano para o outro.

Para o indicador de concorrência foi observado um quadro em que as ME e

EPP são as licitantes que mais homologam contratos com a organização estudada.

Tal fato acredita-se, decore dos incentivos que asseguram as leis para esse porte de

empresa.

Desse modo, foi possível observar a partir dos dados colhidos que a

organização estudada, embora com pequenos avanços, vem a cada ano

absorvendo conhecimentos sobre a matéria e aperfeiçoando os serviços oferecidos

nos certames da secional Natal.

Com o entendimento adquirido por meio da compilação dos dados colhidos, e

após observação das demandas existentes na JFRN, a recomendação ao setor

considera a necessidade de criação de equipe ou designação de um servidor ou

estagiário para controle dos processos que ficaria responsável por colher os dados

de todos os processos. Isso, considerando as variáveis de tempo, empresas

ganhadoras e lucro em cada processo finalizado, podendo-se considerar, também,

outras informações que levaria o setor a sua plena eficiência e aplicabilidade dos

princípios da administração pública como dos regimentos encontrados leis que são à

base das licitações.

Ao final, vale ressaltar com base nos estudos e análises, que a modalidade

pregão, mesmo contendo duas formas de aplicá-la, a presencial e a eletrônica, a

JFRN vem em seus certames dando preferência a forma eletrônica por suas

vantagens oferecidas como: eficiência; acessibilidade; demanda solicitante dentre

outras encontradas no prosseguimento do certame.

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56 5.1 LIMITAÇÕES NA PESQUISA

Das limitações encontradas citasse a localização dos processos pois muitos

não estavam em local de fácil acesso, dificultando a coleta das informações

necessárias para analise. Também se coloca como limitação a falta de algumas

informações necessárias no processo impossibilitando serem colhidas informações

imprescindíveis para aplicação dos indicadores, tais informações seriam datas dos

acontecimentos nos certames, tanto na fase interna quanto externa do processo,

sendo assim impossível definir datas quando aplicado o indicador de tempo.

É posta como limitação a falta de arquivo definitivo na própria seção ou

mesmo separação de forma simples dos processos vigentes ou dos últimos três

anos para possível consulta de necessário. O que foi visto, são caixas embaixo das

mesas dos servidores ou no armário apenas com numeração na capa sem

especiações no armário indicando ano, data, ou índice que facilitasse a sua procura

por pessoa não ligada à seção de licitação.

Por fim, aponta-se como limitação o fato que os achados da pesquisa não

podem ser refletidos em outras seccionais ou tribunais generalizando os achados.

Isso evidencia necessidades de estudos aprofundados e pesquisas em outros

Tribunais ou Seccionais com intuito de fazer análises comparativas de benchmarking

entre os órgãos e assim poder evidenciar resultados mais precisos sobre os setores

de licitação.

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57

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58 dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada p elo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de f evereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e rev oga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 19 99. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em 09 jun. 2016.

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61

ANEXOS

Anexo I – Figura 1 Apresentando o processo na unidade.

Fonte - Pesquisa documental 2016.

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Anexo II – Tabela 5 de quantitativo de empresas por pregão.

Fonte: Pesquisa documental 2016

de quantitativo de empresas por pregão.

Fonte: Pesquisa documental 2016

62

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63 Anexo III – Tabela 6 Quantitativo de empresas homologadas por região.

Fonte: Pesquisa documental 2016

AM 0 AM 0 AM 0

RO 0 RO 0 RO 0

AC 0 AC 0 AC 0

AP 0 AP 0 AP 0

PA 0 PA 0 PA 0

TO 0 TO 0 TO 0

RR 0 RR 0 RR 0

0 - 0 - 0

RN 3 RN 26 RN 25

PB 0 PB 4 PB 7

AL 0 AL 1 AL 1

BA 0 BA 3 BA 2

PE 0 PE 5 PE 5

PI 0 PI 0 PI 0

CE 0 CE 5 CE 7

MA 0 MA 0 MA 0

SE 0 SE 0 SE 0

3 - 44 - 47

SP 0 SP 13 SP 12

RJ 0 RJ 2 RJ 1

ES 0 ES 0 ES 0

MG 0 MG 7 MG 7

0 - 22 - 20

DF 0 DF 4 DF 4

MT 0 MT 1 MT 0

MS 0 MS 0 MS 0

GO 0 GO 2 GO 1

0 - 7 - 5

PR 0 PR 4 PR 4

SC 0 SC 1 SC 3

RS 0 RS 2 RS 4

0 7 11

Total

Geral 3 80 83

Empresas Sul - P. E.

Empresas por Região

2015

Empresas Norte - P. E .

Empresas Nordeste -

P. E.

Empresas Suldeste -

P. E.

Empresas Centro

Oeste P. E.

Empresas Norte -

P. E .

Empresas

Nordeste - P. E.

Empresas

Suldeste - P. E.

Empresas Centro

Oeste P. E.

Empresas Sul - P.

E.

Empresas por Região 2014

Empresas Norte

P.P.

Empresas

Nordeste - P. P.

Empresas

Suldeste P P.

Empresas

Centro Oeste

Empresas Sul -

P. P.

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64 Anexo IV – Tabela 7 – Quantitativo de empresas homologadas por porte.

Fonte: Pesquisa documental 2016.

Empresas ganhadoras 2014 P . P P. E

ME 0 41

EPP 0 22

S.A 0 2

L T DA 1 14

Eireli 1 0

Pessoa Fisica 1 0

Cooperativa 0 1

Total 3 80

Porte das Empresas ganhadoras 2015 P . P P. E

ME 0 46

EPP 0 19

S.A 0 2

L T DA 0 8

Eireli 0 8

Pessoa Fisica 0 0

Cooperativa 0 0

Total 0 83

Porte das Empresas