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GRUPO ESCOLAR PROFESSOR SERAPIÃO: INÍCIO DA ESCOLARIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO DE 1913 A 1930 NA REGIÃO DO VALE DO IGUAÇU Valéria Aparecida Schena - FAFIUV Márcia Marlene Stentzler - FAFIUV RESUMO: No Brasil, o modelo de Grupo Escolar, foi implantado pela primeira vez no Estado de São Paulo em 1893. Este tipo de instituição previa uma organização didático- pedagógica que estabelecia modificações profundas e precisas na didática, no currículo e na distribuição espacial de seus edifícios. A construção de edifícios específicos para os grupos escolares foi uma das preocupações das administrações dos Estados que tinha no urbano o espaço o privilegiado para a sua edificação, em especial nas capitais e nas cidades economicamente prósperas. No Paraná a criação dos grupos escolares começa em 1903, em Curitiba, tendo como modelo a estrutura do grupo escolar de São Paulo. E no município de União da Vitória os grupos escolares surgiam em meados de 1913. Pretende-se estudar os fatores que contribuíram na implantação dos grupos escolares do antigo primário na região do Vale do Iguaçu mais especificamente no município de União da Vitória, através de uma análise da perspectiva histórica da estruturação destes grupos, nos seguintes aspectos: a política educacional dos governos, mudanças na sociedade que contribuíram para a profissionalização docente, em especial da Cidade de União da Vitória-PR, no período que compreende o início do século XX, e dentre este período as décadas de 1913 a 1930. Esse recorte historiográfico condiz além da escolarização nos Grupos Escolares, o início do magistério, que data de 1917 o primeiro educandário de Ensino Normal: O Colégio Santos Anjos Escola da ordem das Irmãs “Servas do Espírito Santo”. E em 1927 da abertura de uma Escola pública para o Ensino Normal em Porto União Grupo Escolar Professor Balduíno Cardoso. Além disso, a expansão do ensino público e conseqüentemente do quadro docente para além do primário deveu-se também ao modelo de ascensão social com forte ênfase na escolaridade média e superior como condição para a disputa de postos ou funções oferecidas pelo mercado de trabalho em franco processo de industrialização. 1

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Page 1: ESTUDO DOS GRUPOS ESCOLARES NA REGIÃO VALE DO … · através dos bens consubstanciados no patrimônio histórico é recente em nosso país, bem como a produção acadêmica

GRUPO ESCOLAR PROFESSOR SERAPIÃO: INÍCIO DA

ESCOLARIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO DE 1913 A 1930 NA

REGIÃO DO VALE DO IGUAÇU

Valéria Aparecida Schena - FAFIUV Márcia Marlene Stentzler - FAFIUV

RESUMO:

No Brasil, o modelo de Grupo Escolar, foi implantado pela primeira vez no Estado de São Paulo em 1893. Este tipo de instituição previa uma organização didático-pedagógica que estabelecia modificações profundas e precisas na didática, no currículo e na distribuição espacial de seus edifícios. A construção de edifícios específicos para os grupos escolares foi uma das preocupações das administrações dos Estados que tinha no urbano o espaço o privilegiado para a sua edificação, em especial nas capitais e nas cidades economicamente prósperas. No Paraná a criação dos grupos escolares começa em 1903, em Curitiba, tendo como modelo a estrutura do grupo escolar de São Paulo. E no município de União da Vitória os grupos escolares surgiam em meados de 1913. Pretende-se estudar os fatores que contribuíram na implantação dos grupos escolares do antigo primário na região do Vale do Iguaçu mais especificamente no município de União da Vitória, através de uma análise da perspectiva histórica da estruturação destes grupos, nos seguintes aspectos: a política educacional dos governos, mudanças na sociedade que contribuíram para a profissionalização docente, em especial da Cidade de União da Vitória-PR, no período que compreende o início do século XX, e dentre este período as décadas de 1913 a 1930. Esse recorte historiográfico condiz além da escolarização nos Grupos Escolares, o início do magistério, que data de 1917 o primeiro educandário de Ensino Normal: O Colégio Santos Anjos Escola da ordem das Irmãs “Servas do Espírito Santo”. E em 1927 da abertura de uma Escola pública para o Ensino Normal em Porto União Grupo Escolar Professor Balduíno Cardoso. Além disso, a expansão do ensino público e conseqüentemente do quadro docente para além do primário deveu-se também ao modelo de ascensão social com forte ênfase na escolaridade média e superior como condição para a disputa de postos ou funções oferecidas pelo mercado de trabalho em franco processo de industrialização.

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GRUPO ESCOLAR PROFESSOR SERAPIÃO: INÍCIO DA

ESCOLARIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO DE 1913 A 1930 NA

REGIÃO DO VALE DO IGUAÇU

Valéria Aparecida Schena - FAFIUV Márcia Marlene Stentzler - FAFIUV

1 INTRODUÇÃO

A preocupação com a preservação da memória histórica e, por extensão, do

patrimônio cultural é fenômeno que vem caracterizando, neste inicio de século um

número considerável de instituições, sejam elas públicas ou privadas, organizações

não governamentais, segmentos sociais, entre outros.

Percebe-se que a cada momento são conhecidas iniciativas destinadas à

criação de centros de memória, instalações de núcleos e documentação e pesquisa,

para registrar sua história, pois a temática da memória e de sua materialização

através dos bens consubstanciados no patrimônio histórico é recente em nosso país,

bem como a produção acadêmica.

O presente estudo objetiva discutir, questões relacionadas com a

possibilidade de se trabalhar com os bens culturais do patrimônio histórico da região

do Vale do Iguaçu, nos municípios de Porto União - SC e União da Vitória - PR, em

especial dos Grupos Escolares, pois a construção de edifícios específicos para os

grupos escolares foi uma das preocupações das administrações dos Estados que

tinha no urbano o espaço o privilegiado para a sua edificação, em especial nas

capitais e nas cidades economicamente prósperas. Ou seja, em geral, a localização

dos edifícios escolares deveria funcionar como ponto de destaque da vida urbana,

de modo que se tornassem visíveis, enquanto signos de um ideal republicano.

Apresentava também um novo modelo educacional, porque sua organização

estabelecia a reunião de várias escolas em um único prédio.

Este estudo propõe analisar as fontes primárias e secundárias que se

mostrem significativas para compreender a organização da educação na região do

Vale do Iguaçu, percebendo as características da formação docente de 1913 a 1930,

recorte histórico referente a escolarização nesta região do sul catarinense e norte

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paranaense, na escola primária no início do século XX, tendo como referencial as

fontes catalogadas e que se reportam a este tema, como: livros didáticos e

relacionados; atos legais do poder legislativo; relatórios de professores, diretores,

inspetores; provas de alunos; processos administrativos; atas; fotografias; ofícios;

correspondências; periódicos educacionais; notícias da época; manuais escolares;

materiais; plantas arquitetônicas; distribuição das salas, dos horários, das disciplinas

escolares; calendário; matrículas; uniformes; regimentos internos, entre outros.

A atividade de catalogação das fontes primárias e secundárias na Região do

Vale do Iguaçu permitirá que os dados aqui levantados possam contribuir para a

formação de um Catálogo Nacional de Fontes da Educação Brasileira. Entender as

fontes na perspectiva de patrimônio histórico-cultural implica inseri-las não só no

contexto das políticas educacionais, como também, nas políticas de preservação da

memória, um dos direitos culturais do cidadão (os quais sejam: o de acesso á

cultura, o de produzir à cultura e o direito a memória).

Em especial, buscamos dados referentes ao desenvolvimento da educação

na região do Vale do Iguaçu, no contexto do Estado do Paraná, local que se

desenvolve o trabalho de catalogação de fontes históricas por meio do (NUCATHE) -

Núcleo de Estudos e Pesquisas do HISTEDBR de União da Vitória

2 AS FONTES HISTÓRICAS COMO PATRIMÔNIO EDUCACIONAL

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Segundo Luporini (1997) entender as fontes na perspectiva de patrimônio

histórico-cultural implica inseri-las não só no contexto das políticas educacionais,

como também nas políticas de preservação da memória, um dos direitos culturais do

cidadão (os quais sejam: o de acesso à cultura, o de produzir à cultura, e o direito a

memória). Embora grande parte da literatura que trata da temática indique a falta de

uma política de preservação de fontes de modo geral e de fontes educacionais de

modo particular, é possível afirmar que existem elementos que indicam a

preocupação e o crescimento da consciência em relação ao patrimônio, em regiões

que possuem demandas presentes em termos de proteção social à maioria da

população, como é o caso brasileiro e de grande parte da América Latina.

A própria conceituação do termo patrimônio, na bibliografia da área

recentemente passou a ser entendida não apenas como patrimônio histórico, mas

como patrimônio cultural. Para a pesquisadora se deve considerar também o

aspecto da seleção de fontes a serem preservadas que atualmente se coloca pela

disponibilidade concreta de intervenção de diferentes segmentos da população e a

consciência dessa mesma população, de que pode interferir na definição de

estratégias para a preservação e, portanto para a formulação de políticas culturais

que determinam o sentido e a ação de órgãos oficiais.

2.1 O INÍCIO DA ESCOLARIZAÇÃO NA REGIÃO DO VALE DO IGUAÇU

Evidencia-se a finalidade de levantar dados sobre os grupos escolares e a

Formação de Professores na Região do Vale do Iguaçu, uma vez que se faz

necessário retomarmos a um contexto histórico da época onde estava inserida a

população e conseqüentemente a educação brasileira levando em consideração a

intersecção entre o campo historiográfico e outras ciências históricas.

Em relação às instituições que serão objeto de investigação pode-se dizer

que estavam inseridas num contexto de imigração (região sul), estavam em terras

que ainda não tinham estabelecido limites definitivos, e por esta região passava a

estrada de ferro que colaborou para a do conflito do Contestado.

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No Período Republicano a educação tornou-se significativa, isto pode ser

verificado através da própria arquitetura dos prédios escolares, que deveria atrair a

atenção de todos. Na região em questão, isto também foi verificado. Este período

tinha por lema ressaltar o saber e a cidadania entrelaçado e através da educação

trazer o progresso. (CURY, 2005).

Seguindo o estilo das construções imponentes foi construído em 1913, o

Grupo Escolar Professor Serapião. A experiência dos grupos escolares, no Paraná,

surgiu na capital (Curitiba), que tomou como exemplo “a iniciativa paulista da

organização do ensino elementar público” (BENCOSTTA, 2005, p. 102). Este

estabelecimento foi construído pelo Governo do Estado do Paraná em terras que

após o acordo de limites, passaram a pertencer ao Estado de Santa Catarina. No

ano de 1917, passou este Grupo Escolar a funcionar no lado do Estado do Paraná

em uma casa, de forma improvisada, até que fosse construída uma nova sede, em

1925, a qual permanece até os dias atuais.

O Grupo Escolar Professor Serapião era o único estabelecimento de ensino

público que oferecia o ensino de 1a a 4a série no centro da cidade de União da

Vitória. Possuía quatro salas de aula e uma pequena sala destinada à parte

administrativa da escola. (MELO JÚNIOR, 1990).

A fundação de outras escolas que seguem, aconteceram após o Acordo de

Limites (1917), como foi o caso do Colégio Santos Anjos, criado em 1917. Este

colégio pertence à Congregação das Irmãs Servas Missionárias do Espírito Santo.

Segundo Azzi apud Dallabrida (2005, p. 79):

O episcopado brasileiro investiu as suas melhores energias institucionais no estabelecimento de uma rede de escolas católicas no território nacional. Atuaram várias ordens e congregações católicas. Algumas congregações imigraram com o intuito de atender espiritualmente colônias de europeus. A entrada de ordem e congregações católicas intensificou-se após a promulgação da Constituição de 1891 que contornou o anticlericalismo radical dos primeiros meses do Regime Republicano, permitindo maior liberdade à igreja católica. Estas congregações católicas tiveram problemas com os governos europeus e se deslocaram para outros países como a Espanha e o Brasil.

Diante do quadro histórico pode-se, perceber a importância desta escola, a

fim de despertar o espírito religioso da população, principalmente se tratando de

uma instituição dirigida às meninas, filhas da elite local e regional, constituindo uma

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espécie de doutrina educacional burguesa, por base conservadora (CHORNOBAI,

2005).

No Paraná a criação dos Grupos Escolares se inspirou nos modelos paulistas.

O primeiro foi criado em 1903, em Curitiba, o Grupo Escolar Xavier da Silva.

Os Grupos Escolares e seu processo de organização significavam não apenas um novo modelo de ordenar e educar, mas necessariamente, uma estratégia de ação na esfera educativa escolar, moldando práticas, legitimando compet6encias e propondo metodologias do ensino através da produção e divulgação de novas representações escolares. (FARA FILHO apud BENCOSTTA, 2005, p. 101).

No Paraná ocorreram também mudanças no meio social, provenientes da

alteração nas relações de trabalho, em função da abolição da escravatura e da

entrada de contingentes populacionais de estrangeiros, bem como da movimentação

migratória de nacionais, paulistas e mineiros, ocupando e explorando terras

desabitadas, dando origem a centros urbanos, tanto no norte do Estado como no sul

em decorrência da construção da estrada de ferro e também de corrente imigratórias

provindas da Europa em função da Primeira Guerra Mundial. Estes centros

emergentes tornaram-se um terreno propício para a instalação de Grupos Escolares.

O ensino catarinense ao adotar os grupos escolares para o curso primário,

também copiava o modelo paulista. O Governador do Estado de Santa Catarina,

Vidal ramos, convidou o professor Orestes Guimarães, de São Paulo, para exercer o

cargo de Inspetor Geral do ensino que naquela época ocupava o cargo de diretor do

primeiro Grupo Escolar do Braz. A partir de então, foram organizados programas,

regulamentos das instituições, regulamentos internos dos Grupos Escolares. A

utilização de inspetores escolares era uma forma de o Governo Catarinense manter

o ensino público (THOMÉ, 2002). Segundo Fiori (apud THOMÉ, 2002, p. 115), “eles

gozavam de elevado status nas comunidades e frente ao professorado catarinense.

Homens que iriam ter decisiva atuação na vida pública de Santa Catarina atuavam

então, como inspetores escolares”.

O Grupo Escolar Professor Balduíno Cardoso, teve sua origem em 1917,

ocupando o prédio de origem do Grupo Escolar Professor Serapião, que se mudara

para o Paraná. O Governador Felipe Schimidt mandou que fossem neste local

instalada as Escolas Reunidas, que foram elevadas à categoria de Grupo Escolar,

em 19 de janeiro de 1927. Neste prédio a escola funcionou até 1938, depois foi

construído um novo prédio, em frente ao Colégio São José. Este novo edifício

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contava com treze salas e um ótimo aparelhamento pedagógico. Possuía biblioteca,

campo de educação física e pista para a prática de corrida. Anexo ao Grupo Escolar

funcionou um curso complementar, que dispunha de uma piscina com água corrente

para a prática de atividades físicas. (FAGUNDES; RIBAS, 2002).

O ensino catarinense ao adotar os grupos escolares para o curso primário,

também copiava o modelo paulista. O curso complementar que, em São Paulo, era

ofertado nas escolas complementares, só em 1911 foi transformado em escolas

normais, depois, portanto de Santa Catarina (THOMÉ, 2002).

O Governador do Estado de Santa Catarina, Vidal Ramos, convidou o

professor Orestes Guimarães, de São Paulo, para exercer o cargo de Inspetor Geral

do ensino que naquela época ocupava o cargo de diretor do primeiro Grupo Escolar

do Braz. A partir de então, foram organizados programas, regulamentos das

instituições, regulamentos internos dos Grupos Escolares. A utilização de inspetores

escolares era uma forma de o Governo Catarinense manter o ensino público

(THOMÉ, 2002). Segundo Fiori (apud THOMÉ, 2002, p. 115), “eles gozavam de

elevado status nas comunidades e frente ao professorado catarinense. Homens que

iriam ter decisiva atuação na vida pública de Santa Catarina, atuavam então, como

inspetores escolares”.

O Colégio São José foi fundado em 1932 por Frei Clemente e Frei Guilherme,

da congregação dos franciscanos. A escola era denominada de Escola paroquial

São José, organizada pelos migrantes alemães católicos e protestantes, e servia

como internato para os meninos. Tinha duas salas, uma para a 1ª e 2ª série do

primário e outra para a 3ª e 4ª série. Em 12 de abril de 1938, começava a

construção do novo e atual prédio, o qual abrigaria o curso ginasial, passando a

denominar-se Colégio São José. Em 1944, o colégio passou a ser freqüentado

somente por rapazes. Em 1968 o internato encerrou suas atividades. A escola

primária existiu na década de 30 e 40, depois permaneceu somente o ginásio. Em

1976, voltaram a funcionar as quatro séries iniciais, obedecendo a Lei 5692/71, que

instituiu o ensino de oito anos consecutivos.

Ao apresentar uma parte destas instituições escolares, permanecem algumas

indagações. A estrada de ferro chegou às cidades aproximadamente em 1907, com

ela vieram muitos imigrantes, estabeleceram-se nas regiões próximas, esta

população tinha um contato com uma cultura européia mais elevada, valorizavam

aspectos ligados à educação. Seria por este motivo que começaram as surgir às

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escolas na região, muitas vezes organizadas pelas próprias comunidades

imigrantes?

2.2 OS GRUPOS ESCOLARES NO PARANÁ

De acordo com Saviani (2008, p. 175) o grupo escolar tratava-se de um

modelo, que foi sendo disseminado por todo o país, tendo conformado a

organização pedagógica da escola elementar que se encontrava em vigência, no

século XX, nas quatro séries do que hoje se denomina ensino fundamental. O

significado pedagógico da implantação do modelo dos grupos escolares cumpre

observar que, por um lado, a graduação do ensino levava a mais eficiente divisão do

trabalho escolar ao formar classes com alunos de mesmo nível de aprendizagem. E

essa homogeneização do ensino possibilitava um melhor rendimento escolar.

Ainda a esse respeito podemos citar que,

Logo nos primeiros anos do século XX, o sucesso da experiência paulista com a implantação dos grupos escolares, fez com que outros Estados como Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte adotassem também o modelo de grupo escolar como aquele que deveria ordenar o ensino primário, exemplo este seguido por Santa Catarina e Paraíba, na década de 1910. (STEPHANOU,2005, p.70).

Neste sentido segundo o referido autor, a grande preocupação da

administração dos Estados com a construção dos edifícios para os grupos

escolares, estava direcionada com a localização do espaço urbano, pois em geral

esta localização deveria funcionar como ponto destaque da vida urbana, de modo

que se tornassem visíveis , enquanto signos de um ideal republicano.

Ainda sob o olhar de Stephanou (2005), além de prédios próprios que

tinham como principio a racionalização dos espaços, outras novidades integraram-se

à realidade dos grupos escolares, tais como: a mobília que substituía os bancos sem

encosto, o quadro negro, o material escolar vinculado ao novo método que marcaria

a história do ensino primário brasileiro, o método intuitivo ou lições de coisas que

previa o uso de mapas, gabinetes, laboratórios, globos, figuras e quadros de Parker,

dentro outros, afim de facilitar o desenvolvimento sensorial dos alunos.

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O primeiro grupo escolar do Estado do Paraná surgiu em 1903, o

Grupo Escolar Dr. Xavier da Silva, porém foi inaugurado em 1904. Este se tornou

modelo de outros grupos escolares. Para iniciar as atividades o Grupo Escolar teve

como primeiro diretor o Professor Trajano Sigwalt, cuja instituição pública conseguiu

manter como referencial da política republicana a premissa de uma “educação

popular para todos”. (CARNEIRO, 2005).

Segundo Carneiro (2005) o Estado do Paraná nos primeiros anos da

República seguiu modelos do ensino elementar público a partir da formação dos

grupos escolares portadores de diversas salas de aula e vários professores, cuja

experiência não se consolidou de imediato na Capital do Estado Paranaense. Pois

durante mais de duas décadas, a institucionalização da escola pública primária foi

insistentemente propalada como questão primordial na política educacional do

Estado do Paraná. Assim, inspetores, fiscais e diretores gerais de ensino colocavam

em pauta das reivindicações políticas a “construção de edifícios específicos as

práticas escolares.” (TRINDADE, 1996, p.21)

Anteriormente a Lei Estadual n.1.236 de 1912 que regularizou o

funcionamento dos grupos escolares e autorizou a sua criação em outras cidades do

Estado, o Gestor da “coisa pública” do Paraná Vicente Machado da Silva Lima

inaugurou em 29 de novembro de 1904, a primeira escola republicana dos Campos

Gerais do Paraná em Castro, cuja cidade sendo a mais antiga desses campos

paranaenses e detentora de uma sociedade tradicional campeira colocava-se na

liderança política dos ideais da República Brasileira.

Outra característica dos grupos escolares foi à figura do seu diretor, cargo

que até então não existia na esfera pública escolar, primária frente à nova realidade

educacional em construção. Pois além de suas funções administrativas com vistas a

ordenar o cotidiano dos professores e alunos, ele deveria ser o responsável em

retransmitir e atualizar junto ao corpo docente aqueles conteúdos discutidos nas

escolas normais e entendidos como inovadoras. (STEPHANOU, 2005 p.72)

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2.3 GRUPO ESCOLAR PROFESSOR SERAPIÃO

1O Grupo Escolar teve como dia de Inauguração, 02 de junho de 1913, no alto

da Igreja Matriz de Porto União-SC, as aulas eram ministradas pela professora

Amazília. O Edital de Notificação, que deu início ao processo de Tombamento da

Escola Estadual Professor Serapião (Curitiba, 27 de outubro de 1988) feito pela

Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Estado da Cultura,

assinado pelo Curador do Patrimônio Histórico e Artístico Marcio Alzamora, afirma

que a Escola Professor Serapião foi fundada em 1913. Segundo a informação

constante no documento (Processo de Protocolo n.◦ 472770-3), o referido prédio do

3º endereço (que é o mesmo atualmente): situado em frente a Praça Coronel

Amazonas, foi construído no ano de 1917 (com a administração de Affonso

Camargo) e ocupava uma área de 325.00 m². Seu estilo foi classificado como

eclético e foi construído em alvenaria de tijolos.

[...] A Escola “Professor Serapião” foi fundada em 1913, e se apresenta como

um dos marcos da implantação da cidade de União da Vitória após o acordo de

limites entre o Paraná e Santa Catarina; possui notável importância histórica e

constitui patrimônio cultural a ser preservado. [...]” (EDITAL DE NOTIFICAÇÃO,

CURITIBA: 27 DE OUTUBRO DE 1988).

No ano de 1916, em virtude do acordo de limites com o Estado de Santa

Catarina, e sem prédio próprio, passou o Grupo Escolar a funcionar à Rua Carlos

Cavalcanti, em frente ao Hotel Casa Verde. O prédio que deveria ter o nome de

“Professor Serapião ”passa a funcionar e chamar-se Escola Reunidas “Professor

Balduino Cardoso” agora pertencente ao Estado de Santa Catarina.

A cidade e o povo de União da Vitória precisavam então de mais uma escola.

O então governador do Paraná, Afonso Alves Camargo, autorizou a construção de

um prédio, situado à Praça Coronel Amazonas, 04, que passa a ser denominado

Grupo Escolar “Professor Serapião”, possuindo quatro salas de aula e duas

pequenas salas que seriam destinadas a administração da escola.

1 Decreto de criação da escola: (Professor Serapião-Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau)Número: 1587 Data: 4ª Feira, 11 de fevereiro D.O. (Diário Oficial) de 1976. Sessão: 155º da Independência e 88º da República. (Art. 2º) Página: 05 Mês/ano do início do funcionamento da escola: Autorizado a funcionar em 06 de fevereiro de 1976.

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E em meados de 1929, é assinado pelo Governador do Estado do Paraná,

Afonso Alves Camargo, o decreto n. 33, que cria a Escola complementar Primária e

o Jardim de Infância, anexos ao Grupo Escolar Professor Serapião.

O Grupo Escolar Serapião era o único estabelecimento de ensino público que

oferecia o ensino primário, no centro da cidade de União da Vitória. Com o crescente

número de alunos que procuravam matrículas, pois já nesta época funcionava o

jardim de infância, uma turma de 1ª série e o complementar numa casa cedida pelo

Sr. Astolpho Macedo Souza, casa esta situada a Rua Getulio Vargas, 06, o Grupo

Escolar Professor Serapião foi dado como insuficiente pelas autoridades escolares

do Paraná para atender ao grande número de alunos.

Em 27 de outubro de 1988, a Curadoria do Patrimônio Histórico e o Artístico

da Secretaria de Estado da Cultura, da conformidade com a lei n.1.211, de 16 de

setembro de 1953, em consonância com o Conselho Estadual do Patrimônio do

Estado, deu-se inicio ao processo de 2Tombamento da Escola Professor Serapião,

situada na cidade de União da Vitória - PR.

Figura1- Localização do Grupo Escolar Professor Serapião Fonte: Acervo do Arquivo Municipal

2 A Escola Professor Serapião fundada em 1913 se apresenta como um dos marcos de implantação da cidade de União da Vitória, após o acordo dos limites em Paraná e Santa Catarina; possui notável importância histórica e constitui patrimônio cultural a ser preservado.

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2.4 Professor Joaquim Serapião do Nascimento: Ilustre Educador que contribuiu com a história dos Grupos Escolares em União da Vitória

Nascido em Iguape, município do Litoral Sul do Estado de São Paulo em

1847, veio residir no Paraná em meados de 1901, e desde então permaneceu em

terras paranaenses, ficando conhecido como emérito educador. Em Curitiba dirigiu

por longo tempo o Colégio Nossa Senhora da Luz, e em Castro o Colégio Nossa

Senhora Santana do Iapó. Dentre os encargos exercidos, em União da Vitória,

como o do Secretário do Supremo Tribunal de Justiça do Estado, foi o de professor

que mais o destacou, tornou-se diretor da Escola que mais tarde levaria seu nome.

Outro campo de atuação onde ficou consagrado foi na poesia, pois como

prosador e tetrólogo fecundo, não foi pequeno o número de peças que compôs,

tendo-se extraviado infelizmente os originais de muitos destes trabalhos.

A base de sua pedagogia era o sentimento a Pátria. O aluno era

preparado para a vida nacional, a sua sala de aula, como todos os seus atos,

caracterizava-se pela intensidade de suas ações. Pelos poucos anos que o

professor Serapião viveu em União da Vitória, marcou nossa história, pelo

dinamismo, e entusiasmo que demonstrou nos episódios das cidades e em especial

pelo ardor de suas convicções e de seu ideário pela justiça, compromisso social

para com a formação do cidadão.

De acordo com registros de Dirceu Marés de Souza, membro do Instituto

Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense, e pesquisador de fatos regionais,

descreveu que o professor Serapião, além de participar da vida cotidiana

comungava também nos interesses políticos da cidade, e no ano de 1906 a pedido

do Coronel Amazona Marcondes, foi o idealizador do brasão que União da Vitória

ostentaria em sua bandeira.

Dirceu Marés de Souza, faz menção a permanência do nome do Professor

Joaquim Serapião do Nascimento, ao então Colégio, na década de 1974 quando

surge a discussão da alteração do nome do então Grupo Escolar, para José de

Anchieta.

No entanto este encaminha uma carta a Secretaria de Educação e Cultura do

Paraná com as seguintes palavras: “Duas personalidades que nos falam muito de

perto aos sentimentos históricos pátrios, distantes nas épocas e nas suas vidas

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dentro do território brasileiro, mas irmanadas na espiritualidade dos caminhos do

ensino”.

Professor Serapião, emérito professor, poeta repleto de civismo, sob a égide de sua personalidade, tanta gente viveu e vive como parte de sua história, das lembranças de um passado escola , porque o Grupo Escolar Professor Serapião é a essência pura das tradições municipalistas. Defende que nenhum nome por mais fantástico que pareça, poderá substituir aquele que já faz parte da “espiritualidade regional no terreno da educação e da cultura.

Para ele o professor Serapião representou a cidade de União da Vitória, mas

que um exemplo de educador por ter prestado inúmeras contribuições ao setor

educacional desta cidade, tanto na formação discente como docente, deixando

vários discípulos seguindo seus passos, na profissionalização docente, mas um

idealizador que defendeu a educação com gestos e palavras, entre alguma delas

pode-se citar o poema composto pelo professor a cidade de União da Vitória:

Selvagem qual bugre nu:Banhado pelo rio Iguaçu,A beira dele nascente,Linda cabocla indolente!A dormir em uma mata ingente,Entre colinas crescente!Como criança da roça,Foi teu berço uma palhoçaErguida em férteis zonas,Foi teu primeiro luzeiroO vaporzinho “CRUZEIRO”Do Coronel Amazonas!Qual cordilheira dos Andes,Vazada em cadinhos grandes,Cogitavas inativa!Então ribombocou por tudo, Assim como grito agudo, A voz da locomotiva.Do ventre a soltar fumaça, Ei-la ligeira que passaDo Estado maior ponte:É o progresso nos trilhosEm procura de outros brilhosDe cintilantes horizontes!Eis a cabloca bendita A gora rica e bonitaDe pé, no banco da glória!Cercada de lindas flores,Ao som de cantos de amoresEis a UNIÃO DA VITÓRIA

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo da história dos grupos escolares, coube aos órgãos de ensino

organizar os programas adotados pelas disciplinas da escola primária. Durante a

primeira fase, de implantação dessa nova modalidade de ensino, a distribuição do

conhecimento escolar nos quatro anos primários de formação elementar a

transmissão do conhecimento se dava nas seguintes áreas do conhecimento:

aritmética, linguagem desenho, música, geometria, trabalhos manuais, história

geografia, ciências físicas e naturais, educação moral e cívica. E no Grupo Escolar

Professor Serapião, o currículo também seguia esta estrutura, pois os alunos tinham

além dos conteúdos do currículo, aulas de piano, canto orfeônico.

O professor Serapião representou para o município de União da Vitória

um exemplo de educador, pois além de participar do cenário político da época,

prestou profícuos serviços as comunidades do Vale do Iguaçu, idealizando-se como

um educador que defendia a visão do patriotismo, e do civismo como princípios

norteadores para o futuro do estudante.

Evidencia-se através de estudos de catalogação, realizados no Nucathe, a

escola Professor Serapião é atualmente uma das mais significativas escolas da

nossa região, pois além de sua tradição no ensino, mantém-se como referência no

setor educacional, e como patrimônio cultural. Atualmente, a escola apresenta-se

como sendo um dos marcos da implantação da escolarização da cidade de União da

Vitória, após o acordo dos limites entre o Paraná e Santa Catarina, pois, sua

construção assim como dos outros edifícios oficiais revelam a necessidade da

fixação e demarcação legal do território paranaense para que não houvesse mais

dúvida a respeito de tal fato. Por isso, levando-se em conta sua importância histórica

tornou-se imprescindível seu tombamento enquanto patrimônio cultural, pois, como

memória já estava apropriada pela população, utilizando-a como instituição de

ensino.

Para concluir este artigo voltado para pesquisa em história da educação,

torna-se necessário evidenciar a ideia de que assim como a sociedade a escola

acompanhada da linearidade do tempo. Ao considerarmos a história local como

ponto de partida de nosso estudo pretende-se desvelar o processo pedagógico,

histórico-social e articular um perfil da educação em nossa região no inicio do século

XX, uma vez que se tem pouco registro.

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REFERÊNCIAS

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