estudo do contactor

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ESTUDO DO CONTACTOR Definição: É um aparelho de corte e comando accionado em geral por meio de um electroíman, concebido para executar um elevado número de manobras, em circuitos com correntes e potências que podem atingir valores relativamente elevados. Vantagens adicionais: Podem se comandados à distância por meio de botões de pressão ou automaticamente por meio de detectores como termostatos interruptores de fim de curso, de bóia, etc. CONTACTOR DE TRANSLACÇÃO : Componentes principais: - Contactos principais ou pólos: asseguram o fecho e a abertura das correntes principais (circuito de potência) parte fixa e parte móvel. Os contactos são equipados de pastilhas de materiais adequados e substituíveis. - Electroíman: é o órgão motor do contactor. Compreende um circuito magnético e uma bobina - Contactos Auxiliares: São de 2 tipos: Instantâneos – destinam-se a assegurar a auto-alimentação do contactor, os encravamentos, as sinalizações, etc. Podem ser o Normalmente Abertos (NA) – os contactos estão abertos e fecham quando o electroíman é alimentado. o Normalmente Fechados (NF) – os contactos estão fechados e abrem logo que o electroíman é alimentado. Cada contactor em concreto pode ter uma associação particular destes tipos de contactos auxiliares. ESAS MAIO/2004 Curso de Electricistas de Instalações versão 1.0 Luis J. from Automatismos Industriais – Comando e Regulação – José Matias & Ludgero Leote – Didáctica Editora 1989

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Page 1: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTORDefinição: É um aparelho de corte e comando accionado em geral por meio de um electroíman, concebido para executar um elevado número de manobras, em circuitos com correntes e potências que podem atingir valores relativamente elevados.

Vantagens adicionais: Podem se comandados à distância por meio de botões de pressão ou automaticamente por meio de detectores como termostatos interruptores de fim de curso, de bóia, etc.

CONTACTOR DE TRANSLACÇÃO :

Componentes principais:- Contactos principais ou pólos: asseguram o fecho e a abertura das correntes principais (circuito de potência) parte fixa e parte móvel. Os contactos são equipados de pastilhas de materiais adequados e substituíveis.- Electroíman: é o órgão motor do contactor. Compreende um circuito magnético e uma bobina- Contactos Auxiliares:São de 2 tipos:

Instantâneos – destinam-se a assegurar a auto-alimentação do contactor, os encravamentos, as sinalizações, etc.Podem ser

o Normalmente Abertos (NA) – os contactos estão abertos e fecham quando o electroíman é alimentado.

o Normalmente Fechados (NF) – os contactos estão fechados e abrem logo que o electroíman é alimentado.

Cada contactor em concreto pode ter uma associação particular destes tipos de contactos auxiliares. Temporizados - estabelecem ou abrem um circuito, algum tempo depois do

fecho ou abertura do contactor que acciona. a sua principal aplicação é no arranque automático de motores.

Podem ser Temporizados ao Trabalho ou Acção ou ao Repouso.

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ESTUDO DO CONTACTORESQUEMAS ELÉCTRICOS

INTRODUÇÃOPara comandar os circuitos usam-se normalmente os Interruptores de Impulso, vulgarmente conhecidos como botões de pressão que têm, obviamente, 2 posições. Assim, podem ser NF ou NA. Os NA têm normalmente em paralelo um contacto auxiliar NA (contacto de Auto-Alimentação) do contactor com o qual está em série, de modo a que o contactor se mantenha ligado após termos libertado o botão de pressãoque o ligou.Isto pode ser melhor compreendido se observarmos a figura seguinte:

As grandes vantagens do uso de botões de pressão em vez de interruptores são:- O botão de pressão permite o comando de locais diferentes, de uma forma fácil.- Em caso de falha de tensão, quando esta voltasse o circuito comandado pelo interruptor religaria por si póprio o que, na maioria dos caso não convém, até por razões de segurança.

CIRCUITO 1:Comando Local e à Distância

A parte a cheio constitui o comando local e a parte a tracejado forma o comando à distância (botão S4) que, como vemos, é muito fácil de realizar.As REGRAS para o circuito de comando de dois ou mais locais diferentes são:- Todos os botões de paragem (S1 e S2) devem estar em série com o respectivo contactor (K)- Todos os botões de marcha (S3 e S4) devem estar em paralelo entre si e com o contacto de auto-alimentação qaundo existe.

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Page 3: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTOR

NUMERAÇÃO DOS BORNES DOS APARELHOS

Contactos principais – de potência: são referenciados por um só algarismo.

O lado dos números pares (cima) constitui a entrada das 3 fases (R S T ) e o lado de baixo a saída dessas mesmas 3 fases.

Contactos auxiliares: são referenciados por nºs com 2 algarismos:- os da direita (unidades) indicam a função do contacto auxiliar:

- 1 e 2 : contacto normalmente fechado (NF)- 3 e 4 : contacto normalmente aberto (NA)

- os da esquerda (dezenas) indica o nº de ordem de cada contacto do aparelho

Bobinas de Comando- As referências são alfanuméricas, estando a letra colocada em primeiro lugar. Ex. A1 e A2 indicam os dois extremos/bornes de ligação da bobina electromagnética de comando do contactor.

O circuito de potência é desenhado a traço grosso enquanto o circuito de comando é desenhado a traço fino.

ENCRAVAMENTOSÉ uma técnica que permite evitar a ligação simultânea de 2 ou mais receptores/motores. Aplica-se quase sempre no arranque e na inversão de marcha dos motores.

O Encravamento Eléctrico Simples é obtido por inserção de um contacto NF, do comando de um dos motores, no circuito de comando do outro motor, como se mostra na figura:

Enquanto o contactor K2 estiver alimentado, o seu contacto K2 (11-12) abre, evitando assim que o contactor K1 seja também activado.

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Page 4: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTOR

O Encravamento Eléctrico Duplo obtém-se por inserção de contactos NF, quer dos contactores, quer dos botões de pressão de “marcha”.

Com a ligação mostrada, consegue-se que, ao premir simultaneamente, por descuido, os 2 botões S2 e S4, nenhum dos contactores seja ligado.

CIRCUITOS SEQUENCIAISEm certos casos é obrigatório (ou pelo menos conveniente) que um motor só ligue após outro ter sido ligado. Tal situação é frequente no caso em que termoventiladores têm de ser ligados antes das resistências de aquecimento, ou em cadeias de passadeiras rolantes em que a sua ligação obedece a uma certa ordem.

Vemos facilmente da figura que o contactor K2 só é alimentado depois de o contactor K1 o ser, assim como K3 só o é depois de k2 e assim sucessivamente.

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Page 5: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTOR

ESQUEMAS DE AUTOMATISMOS PARA COMANDO DE MOTORES

DISCONTACTORO esquema seguinte representa um circuito para arranque de um motor assíncrono trifásico, através de um contactor e botoneira com 2 botões de pressão «marcha-paragem» (S2-S1).A protecção do circuito é feita por um relé térmico F2 (contra sobrecargas) e por um seccionador fusível tripolar Q1 (contra curto-circuitos). O comando da bobina do contactor é feito do seguinte modo:Quando o botão de «Marcha» S2 é accionado, fecham-se os seus contactos NA 13-14 (Q1 foi fechado manualmente), o que leva a que a bobina do contactor seja alimentada.Fecham-se então automaticamente os contactos principais do contactor KM1, bem como os contactos auxiliares 13-14, os quais estabelecem a auto-alimentação da bobina.Deste modo, ao deixar de actuar sobre S2, a bobina mantém-se alimentada através dos contactos auxiliares.A paragem do motor é feita por accionamento do do botão de pressão S1, o qual interrompe os contactos NF 11-12 e, consequentemente a alimentção da bobina. De igual modo, será o circuito interrompido por abertura dos contactos 95-96 do relé térmico.

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Page 6: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTOR

INVERSOREm certos casos é preciso inverter o sentido de rotação do motor, como por exemplo em tornos mecânicos, pontes rolantes, elevadores, etc.A inversão é feita através de 2 contactores, um para o arranque num sentido (KM5) e o outro para a inversão de sentido (KM6). Essa inversão consegue-se por troca de duas fases na alimentação do motor.No caso da figura os contactores têm um encravamento mecânico, que impede o fecho simultâneo de ambos.O comando é feito através de uma botoneira de três botões de pressão S6 (NF 11-12), S7 (NA 13-14) e S8 (NA 13-14). Vejamos como:Accionando S7, o circuito da bobina do contactor KM5 fecha-se, ligando o motor no sentido de rotação normal. Simultaneamente são fechados os contactos auxiliares 13-14 desse contactor KM5, o que permite a auto-alimentação do mesmo, quando se deixa de premir o S7.Independentemente do encravamente mecânico que impede o fecho de KM6, existe também Encravamento Eléctrico, já que os contactos auxiliares NF 31-32 de KM5 estão em série com o circuito da bobina de KM6, impedindo a sua alimentação.Para a inversão do sentido é necessário accionar primeiro o botão de paragem S6. Depois, basta então accionar o botão S8, que funciona do mesmo modo que S7, ligando agora o contactor KM6 e, portanto, os contactos que trocam duas fases da rede.Os contactos S3 e S4 são acessórios para paragem automática por contacto automático (Ex: fins de curso).

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Page 7: Estudo do contactor

ESTUDO DO CONTACTOR

ARRANQUE ESTRELA – TRIÂNGULOÉ um sistema de arranque de motores muito utilizado. Consiste em ligar primeiro os enrolamentos do motor em ESTRELA e, logo que o motor arranque, ligá-los em TRIÂNGULO, que é o modo habitual de funcionamento.O objectivo desta técnica é reduzir a corrente de arranque do motor a 1/3 do seu valor normal, para evitar a brusquidão no arranque do motor e consequente deterioração, e ainda por motivos de segurança do motor e das pessoas.Ao fim de certo tempo, o contactor KM2, de acção retardada, passa a ligação de estrela para triângulo.- Funcionamento do circuito de potência

Sequência de procedimentos: fecho manual de Q1 fecho de KM1 (ligação em estrela) fecho de KM2 (alimentação do motor) abertura de KM1 (eliminação da ligação em estrela) fecho de KM3 (ligação em triângulo)

- Funcionamento do Circuito de ComandoSequência de Procedimentos:

accionamento de S10 fecho de KM1 fecho de KM2 por KM1 (contactos auxiliares 13-14) auto-alimentação de KM1 e KM2 por KM2 (contactos 13-14) abertura de KM1 por KM2 (contactos 55-56) fecho de KM3 por KM1 (contactos 31-32) paragem por accionamento de S9. Nota: Existe encravamento eléctrico entre KM1 e KM3.

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