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Ecologia de Caatinga

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  • 331COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBREO DE MATAS CILIARES NA BACIA DO RIO TAPERO

    Oecol. Bras., 11 (3): 331-340, 2007

    ESTUDO DO COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBREO DE MATAS CILIARES NA BACIA DO RIO TAPERO, SEMI-RIDO PARAIBANO: UMA PERSPECTIVA

    PARA A SUSTENTABILIDADE DOS RECURSOS NATURAIS

    Alecksandra Vieira de Lacerda1*, Francisca Maria Barbosa2 & Maria Regina de Vasconcellos Barbosa1Bolsista - Pesquisadora do INSA/MCT. Avenida Floriano Peixoto, 715, Centro, CEP: 58100-001, Campina Grande, Paraba, Brasil.2 Programa de Ps-Graduao em Ecologia e Recursos Naturais, Centro de Cincias Biolgicas e da Sade, Universidade Federal de So Carlos, Caixa postal 676, CEP. 13565-905, So Carlos, SP, Brasil. Departamento de Sistemtica e Ecologia, Universidade Federal da Paraba, Caixa Postal 5065, Cidade Universitria, 58051-970 Joo Pessoa, PB.*E-mail: [email protected]

    RESUMORealizou-se o levantamento florstico do componente arbustivo-arbreo de matas ciliares em sete reas,

    definidas atravs da anlise de cartas e mapas de vegetao em escala de 1:100.000, localizadas ao longo de rios e riachos na bacia do rio Tapero, no semi-rido paraibano. Coletas no sistemticas de material botnico foram realizadas mensalmente no perodo de Junho/2002 a setembro/2005 e o material obtido foi identificado por especialistas ou atravs de comparao com exsicatas depositadas no herbrio Lauro Pires Xavier (JPB). Foram reconhecidas 63 espcies pertencentes a 52 gneros e 26 famlias. As famlias que apresentaram o maior nmero de espcies foram Mimosaceae (nove), Euphorbiaceae (sete) e Caesalpiniaceae e Fabaceae (seis cada).Palavras-chave: Florstica, mata ciliar, caatinga.

    ABSTRACTSTUDY OF THE SHRUB-TREE LAYER OF RIPARIAN FORESTS IN THE BASIN OF THE

    TAPERO RIVER, IN THE SEMI-ARID REGION OF PARABA: A PERSPECTIVE ON THE SUSTAINABILITY OF NATURAL RESOURCES. A floristic survey of the shrub-tree layer of riparian forests in the basin of the Tapero River in the semi-arid region of Paraba was carried out. Seven sampling sites were distributed along rivers and streams based on the analysis of charts and vegetation maps at the scale 1:100.000. Non-systematic botanical collections were done monthly from June 2002 to September 2005 and the plants were identified by botanical experts or by comparisons with material deposited in the Lauro Pires Xavier Herbarium (JPB). The shrub-tree layer presented 63 species in 52 genera and 26 families. The families with the highest number of species were: Mimosaceae (nine), Euphorbiaceae (seven), Caesalpiniaceae (six) and Fabaceae (six).Keywords: Floristics, riparian forest, caatinga.

    INTRODUO

    A vegetao ciliar conceituada como sendo o conjunto de formaes que se encontram associadas aos corpos dgua, ao longo dos quais podem esten-der-se por dezenas de metros a partir das margens e apresentar marcantes variaes na composio flors-tica e na estrutura, dependendo das interaes que se estabelecem entre o ecossistema aqutico e o ambien-te terrestre adjacente (Oliveira-Filho 1994). Mueller (1998) discute que as matas ciliares tm como funes principais: (1) proteo das terras ribeirinhas contra a eroso devido resistncia oferecida pelo emaranha-do de razes; (2) proteo de mananciais; (3) anteparo

    aos detritos carreados pelas enxurradas, diminuin-do impactos sobre a vida aqutica, a navegao e a qualidade da gua para consumo humano, consumo animal, gerao de energia e irrigao; (4) abasteci-mento do lenol fretico, devido a suavizao e certa conteno do impacto da gua da chuva e (5) auxlio conservao da vida aqutica, evitando alterao na topografia submersa, propiciando algum controle da temperatura da gua e fornecendo alimentos na for-ma de flores, frutos e insetos. Finalmente, as matas ciliares exercem um destacado papel tambm como corredores de fluxo gnico vegetal e animal (Barrella et al. 2000, Lima & Zakia 2000, Marinho-Filho & Gastal 2000).

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    A necessidade da presena da vegetao ciliar inquestionvel e sua importncia ecolgica vem fazendo com que muitos pases elaborem instrumentos jurdicos visando a sua conservao. No Brasil, o Cdigo Florestal (Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965 alterada pela Lei n 7.803, de 18 de julho de 1989) considera como de preservao permanente as florestas e demais formas de vegetao natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso dgua, ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios dgua naturais ou artificiais e nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados olhos dgua. Na referida lei, so tambm estabelecidas s faixas de proteo cujas dimenses so variveis em funo da largura dos corpos dgua correspondentes.

    Entretanto, apesar de sua importncia e de sua proteo legal, a cobertura vegetal presente nas re-as ciliares vm sendo sistematicamente degradada, conforme observado por vrios autores (Kageyama & Dias 1982, Assad-Ludewigs et al. 1989, Barbosa 1989, Dematt 1989, Mantovani et al. 1989, Nilsson 1989, Gorgnio 1998, Mueller 1998, Van Den Berg & Oliveira-Filho 2000). Estes, de maneira geral, apontam que em vrias partes do Brasil a floresta ci-liar encontra-se em diferentes estgios de sucesso, raramente conservada, com exceo de alguns ca-sos a exemplo de pequenos trechos de difcil acesso. Mueller (1998) discute que a generalizada destruio ou degradao das matas ciliares vem contribuindo, por exemplo, para intensificar a eroso dos solos, a destruio da vida silvestre, o desfiguramento da paisagem beira dos rios, e principalmente, o asso-reamento e a degradao de rios, lagos e barragens. Neste sentido, estas matas so alvos freqentes dos impactos negativos causados pelo homem nas bacias hidrogrficas devido, sobretudo, ao fato de se situa-rem geralmente em manchas de solos mais frteis, o que as torna mais susceptveis de serem derrubadas para fins agrcolas (Van Den Berg & Oliveira-Filho 2000). De modo geral, as aes impactantes sobre as matas ciliares resultam em custos ambientais e eco-nmicos bastante significativos.

    A caatinga o principal ecossistema da Paraba, ocupando 40.539Km2 (71,64%) do territrio total, absorvendo as pores central e ocidental do Planalto da Borborema e toda Depresso Sertaneja (Sudema 1992). Esta regio caracterizada por: expressiva predominncia de rios intermitentes; altas taxas de

    evaporao; balano hdrico com dficit em cerca de oito meses por ano ou mesmo durante o ano todo, no caso de secas intensas; regimes de alta variabilidade das precipitaes pluviais e dos escoamentos fluviais. Dentre as peculiaridades marcantes desse ecossistema, tm-se um tipo de vegetao considerada de exceo, ou seja, as matas ciliares presentes ao longo dos ambientes ribeirinhos intermitentes. Essas matas so de significativa relevncia e desempenham, dentre outras funes, um papel destacado na proteo dos ambientes aquticos e ainda na realizao de diversas funes de regulao e manuteno da diversidade biolgica.

    Nas regies semi-ridas crescem os ndices de devastao e degradao dos recursos naturais, e a vegetao nativa foi largamente dizimada para dar lugar, por exemplo, atividade agropastoril, acarre-tando graves perdas de solos que vo assorear os rios e represas, comprometendo severamente a oferta de gua e tornando difcil a sustentabilidade desses ecos-sistemas (Brasil 1991). A caatinga vem abastecendo com lenha, os setores domiciliar e industrial/comer-cial (PNUD/FAO/IBAMA/UFPB/GOV. PARABA 1994a, 1994b), com a degradao dos ambientes agra-vando-se a ponto de colocar em risco a sobrevivncia da populao em algumas regies (Silva 1985). Nas reas de caatinga no semi-rido paraibano a degrada-o da vegetao ciliar tambm evidente.

    Diante desse quadro, fica ratificada a necessida-de de estudos urgentes dos remanescentes de matas ciliares que ocorrem no semi-rido brasileiro, obje-tivando o conhecimento e a definio dos aspectos ecolgicos que marcam a estrutura e o funcionamento dessa vegetao. Assim, o subprojeto Recomposio da mata ciliar: uma perspectiva para a sustentabili-dade dos recursos naturais na bacia do rio Tapero, semi-rido paraibano (integrante do PELD Stio Caatinga) considerou como um dos seus primeiros objetivos realizar o levantamento florstico do com-ponente arbustivo-arbreo das matas ciliares de rios e riachos intermitentes na bacia do rio Tapero, no semi-rido paraibano.

    METODOLOGIA

    REA DE ESTUDO

    A bacia hidrogrfica do rio Tapero drena uma rea aproximada de 7.316Km2 (Paraba 1997a) e se

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    localiza na parte central do Estado da Paraba (Figura 1) entre as latitudes 65131 e 73421S e entre as longitudes 36055 e 37139W. Seu principal rio o Tapero, de regime intermitente, que nasce na Serra do Teixeira e desemboca no rio Paraba, no aude Presidente Epitcio Pessoa. O clima da bacia, segundo a classificao de Keppen, do tipo BSwh, isto , semi-rido quente. Os dados pluviomtricos indicam que a regio apresenta precipitao mdia anual que varia entre 350 e 600mm, com maior concentrao em um perodo aproximado de dois a quatro meses, correspondendo a 65% do total das chuvas anuais (Paraba 2000). As temperaturas mnimas variam de 18 a 22C (meses de julho e agosto) e as mximas situam-se entre 28 e 31C (meses de novembro e dezembro) (Paraba 1997b). Quanto evaporao, os dados obtidos a partir de tanque classe A, variam entre 2.500 e 3.000mm, com valores decrescendo de oeste para leste (Paraba 2000). A geologia se relaciona

    com uma estrutura predominantemente cristalina que compe o Escudo pr-cambriano do Nordeste. Referenciando-a geomorfologicamente, esta bacia est contida na escarpa oriental do Planalto da Borborema, nas extensas reas pediplanadas sertanejas. O relevo apresenta setores plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado e montanhoso (Lacerda 2003). Relacionando pedologia com o processo erosivo, Souza (1999) aponta que na bacia predominam solos rasos, altamente susceptveis eroso, com presena de pedregosidade e rochosidade e altos riscos de salinizao. A cobertura vegetal presente do tipo caatinga, que segundo Andrade-Lima (1981) uma vegetao do tipo caduciflia espinhosa presente na parte mais seca do Nordeste do Brasil. Souza (1999) expressa que a rea em questo apresenta caatinga arbustiva arbrea aberta, com estrato arbustivo dominante e alguns indivduos arbreos esparsos, diferindo apenas na sua densidade.

    Figura 1. Localizao da bacia hidrogrfica do rio Tapero, semi-rido paraibano.

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    COLETA E ANLISE DOS DADOS

    O trabalho se apoiou na anlise de cartas e mapas da vegetao em escala de 1:100.000 e excurses ex-ploratrias realizadas inicialmente em vrias reas ao longo da bacia do Tapero (Lacerda & Barbosa 2006). Considerando esse primeiro levantamento e obedecen-do como critrio de seleo amostrar reas com menor intensidade de perturbao foram ento selecionadas sete reas assim distribudas ao longo de rios e riachos: Riacho Santo Antnio municpio de Soledade; Ria-cho Salgado - municpio de So Joo do Cariri; Ria-cho Olho Dgua do Inferno - municpio de So Jos dos Cordeiros; Rio Soledade municpio de Gurjo; Rio Soledade municpio de Soledade; Rio Tapero - municpio de So Joo do Cariri (ponto amostrado prximo sede municipal); e Rio Tapero - municpio de So Joo do Cariri (rea amostrada na zona rural).

    Nas reas selecionadas, realizou-se o levantamento estritamente florstico. A escolha deste mtodo se apia na base terica que o define como aquele que permite efetuar comparaes relativamente simples e eficientes entre as reas (Van Den Berg & Oliveira-Filho 2000).

    As coletas botnicas foram realizadas no perodo de junho/2002 a setembro/2005 e se processaram de forma no sistemtica, por caminhamento ao longo dos corpos dgua, mtodo expedito para levantamentos florsticos qualitativos.

    O material coletado foi herborizado e incorporado ao herbrio Lauro Pires Xavier (JPB) do Departamento de Sistemtica e Ecologia da Universidade Federal da Paraba. A identificao dos exemplares se processou atravs de consultas a especialistas ou por comparao com exsicatas depositadas no herbrio JPB. As espcies foram organizadas por famlias de acordo com o sistema de Cronquist (1981), incluindo-se informaes sobre o hbito. A definio dos nomes populares est de acordo com o conhecimento local.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Na vegetao arbustivo-arbrea ciliar amostrada, foram reconhecidas 62 espcies, sendo 57 identifica- das ao nvel de espcie e cinco ao nvel genrico (Tabela I). As espcies identificadas pertencem a 26 famlias e 52 gneros. O hbito predominante foi o arbreo, com 44 espcies em 22 famlias.

    O total de espcies arbreas e arbustivas levantadas (62) expressivo quando comparado com levantamentos realizados nos diferentes tipos caduciflios do semi-rido, nos quais este nmero variou entre cinco e 96 espcies (Sampaio 1996, Pereira et al. 2002, Lemos & Rodal 2002, Alcoforado-Filho et al. 2003, Cavalcanti et al. 2003).

    A maior riqueza da vegetao ciliar da regio semi-rida tambm ratificada no trabalho de Miranda & Silva (1989). Outros autores como Rezende (1998) discutem que a vegetao presente ao longo dos corpos dgua apresenta um elevado nmero de espcies, sendo este superior ao encontrado em outras formaes florestais. Rodrigues & Nave (2000), consideram tambm que este fato condicionado pela natureza ecotonal da faixa ciliar, que ocupada por mais de um tipo vegetacional ou mesmo por formaes fitofisionmicas distintas, que diferem entre si quanto composio florstica. Oliveira-Filho et al. (1990) acrescentam ainda que uma riqueza de espcies relativamente elevada caracterstica comum em florestas ciliares devido a uma heterogeneidade ambiental comumente superior de florestas de terra firme prximas. Assim, as matas presentes ao longo dos corpos dgua se constituem de manchas de vegetao caracterizadas pela combinao diferenciada da atuao dos fatores biticos e abiticos, que resultam em manchas com florstica e/ou estrutura prpria dessa vegetao.

    Analisando a totalidade das reas estudadas, as famlias com maior nmero de espcies no estrato arbustivo-arbreo foram Mimosaceae com nove espcies, Euphorbiaceae com sete, seguidas por Caesalpiniaceae e Fabaceae com seis espcies cada. Com relao ao nmero de gneros, as famlias que se destacaram foram Mimosaceae com sete gneros, Euphorbiaceae com seis, Fabaceae com cinco e Caesalpiniaceae com quatro gneros.

    Considerando-se as famlias relacionadas observado que Caesalpiniaceae, Mimosaceae e Euphorbiaceae so citadas tambm com significativa representatividade na maioria dos trabalhos sobre caatinga (Von Luetzelburg 1922-1923, Albuquerque et al. 1982, Rodal 1992, Arajo et al. 1995, Sampaio 1996, Pereira et al. 2002) o que demonstra sua ampla distribuio nos vrios ecossistemas do semi-rido.

    Particularmente, famlias como Myrtaceae e Bignoniaceae so pouco citadas para reas de

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    Tabela I. Lista das espcies do estrato arbustivo-arbreo encontradas no levantamento florstico realizado nas reas ciliares de rios e riachos intermi-tentes na bacia do rio Tapero, no semi-rido paraibano. Hbito: arv: arbreo, arb:arbustivo

    Famlia e Espcies Nome Popular HbitoAnacardiaceaeMyracrodruon urundeuva Allemo Aroeira arvSchinopsis brasiliensis Engl. Barana arvSpondias tuberosa Arruda Umbuzeiro arvAnnonaceaeRollinia leptopetala R.E.Fr. arvApocynaceaeAspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro arvBignoniaceaeTabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore Craibeira arvBombacaceaePseudobombax marginatum (A.St.-Hil., Juss. & Cambess.) A. Robyns Embiratanha arvBoraginaceaeCordia trichotoma (Vell.) Arrb. ex Steud. arvBurseraceaeCommiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett Amburana de cambo arvCactaceaeCereus jamacaru DC. Mandacaru arvPilosocereus gounellei (F.A.C.Weber) Byles & G.D.Rowley Xique-xique arbPilosocereus pachycladus subsp. pernambucoensis (F.Ritter) Zappi Facheiro arv

    CaesalpiniaceaeBauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Moror arbCaesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Pau ferro arvCaesalpinia pyramidalis Tul. Catingueira arvPeltogyne pauciflora Benth. arvSenna macranthera var. pudibunda (Benth.) H.S.Irwin & Barneby arbSenna martiana (Benth.) H.S.Irwin & Barneby Flor de So Joo arbCapparaceaeCapparis flexuosa (L.) L. Feijo bravo arvCelastraceaeMaytenus rigida Mart. Bonome arvCombretaceaeCombretum laxum Jacq. Mofumbo arbCombretum leprosum Mart. Mofumbo arbCombretum pisonioides Taub. arvEuphorbiaceaeCnidoscolus quercifolius Pohl Favela arvCroton rhamnifolioides Pax. & K.Hoffm. Caatinga branca arbCroton sonderianus Mll. Arg. Marmeleiro arbJatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinho arbManihot glaziovii Mll.Arg. Manioba arvSapium glandulatum (Vell.) Pax. Burra leiteira arvSebastiania macrocarpa Mll.Arg. arvFabaceaeErythrina velutina Willd. Mulungu arvGeoffroea spinosa Jacq. Marizeiro arvLonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. Ingazeira arvLonchocarpus cf. obtusus Benth. arvLuetzelburgia auriculata (Allemo) Ducke Pau de serrote arvPoecilanthe ulei (Harms) Arroyo & Rudd Choro arvMimosaceaeAcacia sp. 1 arvAcacia sp. 2 arvAlbizia sp. arvAnadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico arv

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    Calliandra sp. arbMimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth. Jurema de imbira arvMimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Jurema preta arvPiptadenia stipulacea (Benth.) Ducke Jurema branca arvPithecellobium diversifolium Benth. arvMyrtaceaeEugenia uvalha Cambess. Ubaia arv NyctaginaceaeGuapira laxa (Netto) Furlan arvOlacaceaeXimenia americana L. arv PolygonaceaeTriplaris gardneriana Wedd. Cauau arv

    RhamnaceaeRhamnidium molle Reissek arvZiziphus cotinifolia Reissek Juazeiro arvZiziphus joazeiro Mart. Juazeiro arvRubiaceaeAlibertia sp. arbGuettarda angelica Mart. ex Mll.Arg. arbSapindaceaeAllophylus quercifolius (Mart.) Radlk. arv SapotaceaeSideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D.Penn. Quixabeira arv SolanaceaeBrunfelsia uniflora (Pohl) D.Don arbNicotiana glauca Graham Oliveira arbSterculiaceaeHelicteres mollis K.Schum. arbMelochia pyramidata L. arbVerbenaceaeLippia gracilis Schauer Alecrim arbVitex gardneriana Schauer Jatica arb

    vegetao caduciflia espinhosa (caatinga) instaladas no cristalino (Lemos & Rodal 2002). Myrtaceae tambm foi citada por Rodal & Nascimento (2002) como uma famlia comum em florestas mais midas. Especialmente com relao ocorrncia da famlia Rubiaceae, esta tambm tem sido amostrada nas matas de galeria do cerrado (Silva Jnior et al. 1998). Particularmente no componente lenhoso da vegetao caduciflia espinhosa a ocorrncia de Rubiaceae tem sido registrada apenas em reas mais midas como So Jos do Belmonte e Caruaru, ambas no estado de Pernambuco (Tavares et al. 1969, Alcoforado-Filho et al. 2003) e Barbalha no estado do Cear (Tavares et al. 1974). Autores como Ferraz et al. (1998) tambm destacam Rubiaceae como uma famlia tpica de matas mais midas.

    A maior parte dos gneros (82,7%) possui apenas uma espcie, ficando nove gneros com mais de uma, ou seja, Combretum com trs espcies e Acacia, Caesalpinia, Croton, Lonchocarpus, Mimosa,

    Pilosocereus, Senna e Ziziphus com duas. Estes dados, preliminares para algumas reas, apontam para uma tendncia na vegetao ciliar estudada, a exemplo do que ocorre na caatinga s.str., em apresentar baixa diversidade dentro dos txons. Especificamente para a caatinga, este fato tambm destacado nos trabalhos de Ferreira (1988), Rodal (1992) e Arajo et al. (1995).

    Analisando as espcies encontradas nas reas amostradas percebe-se que do total de 63 espcies, sete esto presentes nas listas relacionadas para matas ciliares de outros estados do Brasil. Estas esto a seguir apresentadas:Anadenanthera colubrina - citada em vrios trabalhos sobre matas ciliares em So Paulo (Nilsson 1989, Durigan & Leito Filho 1995, Mariano et al. 1998). Sua ocorrncia tambm marcada em matas de galeria do Brasil Central (Silva Jnior et al. 1998, Felfili et al. 2000), em matas riprias de Minas Gerais (Carvalho et al. 1996, Vilela et al. 1999) e nas florestas ciliares do Paran (Silva et al. 1995)

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    Caesalpinia ferrea - citada como uma das espcies arbreas com potencial para utilizao em implantao de mata ciliar na regio do Alto e Mdio Rio Grande em Minas Gerais (Botelho & Davide 2002).Cordia trichotoma foi registrada em matas de galeria do Brasil Central (Silva Jnior et al. 1998, Felfili et al. 2000) e nas florestas ciliares do Paran (Silva et al. 1995).Myracrodruon urundeuva - encontra-se listada para matas ciliares de So Paulo (Nilsson 1989), de Minas Gerais (Carvalho et al. 1996, Vilela et al. 1999) e matas de galeria do Brasil Central (Silva Jnior et al. 1998, Felfili et al. 2000).Sapium glandulatum foi registrada em matas ciliares de So Paulo (Durigan & Leito Filho 1995), Minas Gerais (Carvalho et al. 1996, Vilela et al. 1999, Van Den Berg & Oliveira-Filho 2000) e Paran (Veiga et al. 2003)Senna macranthera listada em matas de galeria do Brasil Central (Silva Jnior et al. 1998).Triplaris gardneriana foi descrita nos trabalhos com fragmentos de matas ciliares no Norte de Minas Gerais por Vieira et al. (2003) como sendo uma espcie caracterstica de matas ciliares.

    Considerando-se ainda a lista de espcies relacionadas neste trabalho percebido que 17 esto citadas no levantamento realizado por Miranda & Silva (1989) nas matas ciliares das depresses inundveis e eixos hidrogrficos do semi-rido pernambucano. Assim, comparando a lista florstica dos ltimos autores com a do presente trabalho tm-se como espcies comuns: Anadenanthera colubrina; Aspidosperma pyrifolium; Bauhinia cheilantha; Caesalpinia ferrea; C. pyramidalis; Capparis flexuosa; Cereus jamacaru; Cnidoscolus quercifolius (citado como C. phylacanthus); Combretum pisonioides; Commiphora leptophloeos; Croton sonderianus; Erythrina velutina; Myracrodruon urundeuva; Pilosocereus gounellei; Schinopsis brasiliensis; Spondias tuberosa e Ziziphus joazeiro.

    Tambm mostrando a seletividade de algumas es-pcies por reas mais midas, Andrade-Lima (1981) discute que o Ziziphus joazeiro ocorre geralmente em locais onde a gua do solo est mais disponvel (vales de rios ou onde quer que a gua permanea por mais tempo no solo). Rodal & Nascimento (2002) referen-ciam alm do Z. joazeiro, Allophylus quercifolius, Caesalpinia ferrea e Sideroxylon obtusifolium como

    espcies de ocorrncia em reas mais midas da ve-getao caduciflia espinhosa nordestina.

    Observando a questo do endemismo, tem-se que do total de espcies encontradas (62) apenas 22 so consideradas endmicas da caatinga de acordo com Giulietti et al. (2002) e esto a seguir listadas: Aspidosperma pyrifolium; Caesalpinia pyramidalis; Capparis flexuosa; Cereus jamacaru; Combretum pisonioides; Commiphora leptophloeos; Guettarda angelica; Helicteres mollis; Jatropha mollissima; Lippia gracilis; Manihot glaziovii; Maytenus rigida; Mimosa ophthalmocentra; Senna martiana; Spondias tuberosa; Pilosocereus gounellei; P. pachycladus subsp. pernambucensis; Pseudobombax marginatum; Rhamnidium molle; Rollinia leptopetala; Ziziphus cotinifolia e Z. joazeiro. Dentre estas, Queiroz (2002) destaca que a Mimosa ophthalmocentra uma espcie relativamente comum na caatinga, especialmente em reas de vrzea ou periodicamente inundadas.

    Assim, a exemplo de trabalhos que investigaram as ligaes florsticas das matas ciliares com outros ambientes (Rodrigues et al. 2003), uma parcela ex-pressiva (70,2%) das espcies ciliares listadas neste trabalho so compartilhadas com formaes vegeta-cionais tpicas de caatinga. Portanto, considerando-se a disponibilidade de gua como um dos principais fatores condicionantes da heterogeneidade da com-posio da vegetao ciliar, no semi-rido, a ligao florstica entre matas ciliares e a vegetao de caatin-ga se mostra bem evidenciada uma vez que a inter-mitncia das guas uma caracterstica marcante na semi-aridez.

    A lista de espcies deste levantamento foi comparada com as listas de sete trabalhos realizados em diferentes tipos de vegetao caduciflia do semi-rido (Moura & Barbosa 1995, Arajo et al. 1998, Arajo et al. 1999, Rodal & Nascimento 2002, Lemos & Rodal 2002, Pereira et al. 2002, Alcoforado-Filho et al. 2003). Foi considerada tambm a relao de espcies endmicas da caatinga (Giulietti et al. 2002). Observou-se que em nenhum dos levantamentos acima citados ocorreram: Combretum laxum; Geoffroea spinosa; Lonchocarpus sericeus; Lonchocarpus obtusus; Melochia pyramidata; Nicotiana glauca; Peltogyne pauciflora; Poecilanthe ulei; Sebastiania macrocarpa; Tabebuia aurea e Vitex gardneriana. Portanto, alm das espcies compartilhadas com levantamentos de matas ciliares de outros estados

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    do Brasil, as 11 espcies exclusivas levantadas nesse trabalho podem tambm oferecer indicativos da seletividade das mesmas por reas de matas ciliares na caatinga e ainda estas ltimas podem se configurar como novos registros de ocorrncia para esses ambientes ainda pouco estudados em suas peculiaridades florsticas.

    CONCLUSES

    Com base nos dados levantados conclui-se que o total de espcies listado nesse trabalho expressivo quando comparado com levantamentos realizados nos diferentes tipos de vegetao caduciflia do semi-rido, onde o nmero de espcies variou de cinco a 96. Assim como em alguns levantamentos realizados na caatinga s.str., as famlias Mimosaceae, Euphorbiaceae e Caesalpiniaceae foram bem representadas em nmero de espcies, o que demonstra a ampla distribuio das mesmas nos vrios ecossistemas do semi-rido. Entretanto, a presena de famlias como Myrtaceae, Bignoniaceae e Rubiaceae corroboram outros estudos que indicam a ocorrncia destas em reas mais midas. Verificou-se ainda que, a exemplo do que ocorre em outras formaes ciliares do pas, a vegetao ribeirinha na bacia do rio Tapero, apresentou uma composio florstica na qual cerca de 70% das espcies so compartilhadas com as reas adjacentes de caatinga. Uma outra parcela, porm, composta por espcies tpicas de formaes ciliares do Brasil e de espcies exclusivas aos ecossistemas ribeirinhos na Caatinga.

    AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CNPq pelo auxlio financeiro e a Wm. Wayt Thomas pela reviso do abstract.

    REFERNCIAS

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    Submetido em 03/07/2007Aceito em 29/08/2007