Um Estudo doApocalipse

de Jesus Cristo

por Dennis Allan

Distribuio Gratuita Venda Proibida

Distribuio Gratuita Venda Proibida

Um Estudo do Apocalipse de Jesus CristoCopyright Dennis Allan, 2006

Bblia Sagrada, traduo de Joo Ferreira de AlmeidaRevista e Atualizada (RA) 2 Edio

Copyright Sociedade Bblica do Brasil, 1993(citaes bblicas usadas com permisso)

Agradecimentos especiais aFernanda Coimbra Pinto, Megan Allan Pinto, Patrcia Ballard, Priscilla Watson e

Silas Pinto da Silva pelas sugestes de correo ao texto das lies.

Estudos da BbliaC. P. 60804

So Paulo, SP05786-990

www.estudosdabiblia.net

Lio 1: Revelao ou Mistrio? 1

Apocalipse: Lio 1

Revelao ou Mistrio?

Que ironia! O ltimo livro da Bblia comea com as palavras: "Revelao de Jesus Cristo queDeus lhe deu para mostrar ..." (Apocalipse 1:1). Entretanto, para muitos leitores da Bblia,este livro mais um livro de mistrio e confuso do que revelao e esclarecimento. iminente

o Armagedom? Esto as novas polticas econmicas introduzindo a marca da besta? Ataquesterroristas recentes cumprem profecias do Apocalipse? O que so os 1000 anos do captulo 20? Asquestes continuam enquanto as respostas dos homens S muitos deles mal orientados S semultiplicam.

Autores sensacionalistas vendem milhes de livros ligando estas imagens bblicas com as manchetesdo dia. Igrejas atraem multides apresentando suas interpretaes da Bblia S especialmente seultimo livro S como uma mensagem especfica para os tempos modernos. Uma grande variedade deseitas emergem nos tempos modernos por causa dos homens que declaram que as profeciasapocalpticas esto sendo cumpridas agora.

O que o estudante honesto deveria fazer com o ltimo livro da Bblia? Deveramos nos retrair commedo, achando que os acontecimentos assustadores nas manchetes dos jornais dirios sejamcumprimentos das profecias do Apocalipse? Deveramos orgulhosamente cantar vitria sobre as forasdo mal cada vez que uma nao ou lder mpiocai do poder? Deveramos fechar nossas Bblias,diante de nossa perplexidade e incerteza,concluindo que este livro esconde mais do querevela?

Nosso Estudo do Apocalipse

Jesus Cristo fez questo de revelar e preservaro Apocalipse. Como servos dele, devemosdar importncia a este livro, assim como

damos a todas as outras Escrituras. O Apocalipse, certamente, apresenta alguns desafios especiaispara os leitores modernos, mas no devemos fugir de sua mensagem s porque encontramosalgumas dificuldades.

A inteno destes estudos de ajudar cada participante a adquirir uma compreenso bsica dosignificado do Apocalipse. Para isso, sero necessrias algumas orientaes sobre a abordagem dolivro, sobre linguagens profticas e simblicas, sobre a histria do perodo, etc. Por valorizarmos asprprias Escrituras acima de qualquer fonte extrabblica, procuraremos sempre informaes eexemplos bblicos para esclarecer o sentido das expresses encontradas neste livro. Estudaremos oApocalipse e depois, quando possvel, consideraremos informaes histricas. No comearemoscom a Histria, e muito menos com as manchetes do dia, para interpretar a palavra de Deus, ou parainjetar nossas idias e especulaes sobre as Escrituras. Quando no encontrarmos informaeshistricas para explicar o sentido de algum aspecto de uma profecia, ainda respeitaremos a veracidadeda palavra de Jesus Cristo acima dos registros dos historiadores.

Cada lio incluir alguns comentrios, sugestes de leituras bblicas e perguntas para frisar pontosimportantes e incentivar a leitura. Se cada aluno preparar a sua lio em casa antes de chegar, otempo na aula ser mais proveitoso para todos. Se encontrar alguma dificuldade, pode tirar a dvidano perodo da aula.

A verso bblica usada na preparao desta apostila a Almeida Revista e Atualizada, 2 Edio. Sevoc acompanhar o estudo usando outra verso, poder encontrar algumas pequenas diferenas emalguns textos.

O que o estudante honesto deveriafazer com o ltimo livro da Bblia?Deveramos fechar nossas Bblias,

diante de nossa perplexidade eincerteza, concluindo que este livro

esconde mais do que revela?

2 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Como Abordar o Estudo do ApocalipseComece com a Bblia, no com a Histria humana. Muita confuso que envolve estelivro resulta do estudo mal orientado, construdo sobre fundamentos incorretos. Muitas interpretaesdeste livro so baseadas na Histria. H pessoas que tentam determinar o que foi ou no foi cumprido,freqentemente torcendo ou a Bblia ou os documentos da Histria humana, para tentar forar umaconcordncia com sua interpretao deste livro proftico. um erro comear com a Histria. Deusfalou antes dos acontecimentos histricos, e sua palavra inspirada verdadeira e exata, mesmoquando faltam registros humanos de cumprimentos precisos.

Podemos ilustrar este problema considerando o texto de Mateus 24:1-34. Ali, Jesus falou de algunseventos catastrficos que ocorreriam em Jerusalm. Considere suas palavras no versculo 34: "Emverdade vos digo que no passar esta gerao sem que tudo isto acontea." Sem sabernada sobre a Histria, qualquer pessoa que respeita verdadeiramente a palavra de Jesus pode saberque essa profecia foi cumprida na gerao na qual Jesus vivia, cerca de 2000 anos atrs! Quandoatualmente vemos pessoas citando versculos deste texto para declarar que o cumprimento na nossagerao, sabemos que elas esto concentrando muita ateno nos livros histricos e nos jornais, e noo suficiente na palavra dita por Jesus. Argumentar que algumas coisas preditas nestes versculos aindano foram cumpridas dizer que Jesus um falso profeta. Aqueles que respeitam verdadeiramenteo filho de Deus colocaro sua palavra acima das opinies dos especuladores modernos e doshistoriadores humanos.

Vamos lembrar deste princpio em nosso estudo do Apocalipse. Jesus revelou coisas que ocorreriamlogo depois que Joo as registrou (Apocalipse 1:1,3; 22:6-7,10-12,20). No importa que historiadoresno consigam mostrar como cada profecia foi cumprida, claro que Jesus falou de coisas queestavam para acontecer logo depois que ele as revelou.

Reconhea o estilo simblico da linguagem do livro. Temos tambm que reconhecero estilo da linguagem que o Esprito Santo empregou ao escrever este livro. Da mesma maneira queele fez em vrias outras partes da Bblia, aqui usou linguagem simblica ou figurativa, freqentementecom descries fsicas para retratar conceitos espirituais. Este era o costume de Jesus em suasparbolas. Quando ele disse, "Eu sou o po" (Joo 6:35), imediatamente percebemos que ele nofalou de alimento fsico. Quando ele disse, "Eu sou a porta" (Joo 10:7) ningum imagina que Jesus feito de madeira e tem dobradias de metal. Quando ele disse, "Eu sou a videira" (Joo 15:1), noconclumos que ele literalmente uma planta frutfera. Quando o mesmo Esprito Santo usou omesmo escritor que registrou estas expresses figurativas para nos transmitir a mensagem do Livrodo Apocalipse, no nos deveramos surpreender se sua linguagem fosse figurativa ou simblica.Outros livros da Bblia, especialmente Ezequiel, Daniel e Zacarias empregam linguagem semelhante,tornando este estilo de revelao conhecida queles que receberam o Livro do Apocalipse no primeirosculo.

Ningum verdadeiramente interpreta o livro inteiro do Apocalipse ao p da letra. Aqueles que pescame escolhem, por capricho prprio, quais partes so figurativas e quais so literais erram em seu mtodobsico de interpretao. Ele um livro de vises de idias celestiais que excedem a imaginaohumana. No o reduzamos a algo meramente fsico e literal.

Algumas Observaes para Facilitar o EstudoVersculos iniciais: Para entendermos qualquer carta, especialmente uma de Deus, precisamosprestar ateno s palavras do escritor. Os primeiros versculos do Apocalipse contm vrios fatos queso importantes para nosso entendimento deste livro.

um livro divinamente inspirado. Ele a palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo (1:1-2).

Foi transmitido pelo anjo de Deus, atravs de Joo (1:1).

Lio 1: Revelao ou Mistrio? 3

um livro no qual Joo nos conta o que ele viu (1:11). No uma mera transmisso depalavras, mas uma mensagem dos smbolos e imagens que Deus permitiu a Joo visualizar.

Fala das coisas que estavam para acontecer pouco depois que Joo recebesse de Deus arevelao, concernente "as coisas que em breve devem acontecer" (1:1). Deus disse que"o tempo est prximo" (1:3).

Observaes gerais: Na nossa leitura deste livro maravilhoso, devemos nos lembrar de algunsprincpios gerais que nos ajudaro a entender sua mensagem.

Ele um livro de profecia (1:3; 22:18-19). Os profetas bblicos usam freqentementelinguagem simblica e ilustraes para apresentar a verdade. Muitos conceitos errados sobreo Apocalipse resultam de esforos para interpretar literalmente a linguagem figurativa dolivro.

um livro que utiliza muitas imagens e mensagens com fundamento nos livros do VelhoTestamento. No somente o estilo, mas muitas das citaes e imagens deste livro sobaseadas no Velho Testamento. Por esta razo, eu encorajo freqentemente as pessoas aestudarem vrios livros do Velho Testamento antes que comecem o estudo do Apocalipse.Muito do vvido simbolismo do Apocalipse est baseado em livros como xodo, Salmos,Isaas, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Quanto melhor entendermos estes livros, mais clara setornar a mensagem do Apocalipse.

um livro que tem de ser entendido em seu contexto. Foi escrito prximo do encerramentodo primeiro sculo, durante um tempo em que muitos povos do mundo estavam sujeitosao domnio do Imprio Romano. Esse governo estava se tornando cada vez mais perversoe menos tolerante com o povo de Deus. Muitas pessoas abordam o estudo deste livro coma determinao de encontrar aplicaes modernas, esquecendo que ele foi escritooriginalmente para os cristos da sia (1:4,11), muitos dos quais sofriam severa perseguiopor causa da sua f (2:10,13; 6:9).

O significado dos nmeros. O livro do Apocalipse usa um estilo literrio que empregasignificados simblicos dos nmeros. A tabela abaixo ajudar a entender a mensagem do livro. Essessignificados sero mais explicados no decorrer do estudo do texto.

Nmero Significado1 Unidade, algo incomparvel ou exclusivo

2 Fora, coragem, poder

3 Divino (as trs pessoas divinas)4 Coisas do mundo

6 Algo incompleto, fracasso

7 Perfeio ou totalidade

10 Totalidade ou plenitude

12 Totalidade, especialmente do povo de Deus (12 tribos, 12 apstolos)24 Representantes do povo de Deus de todos os tempos (12 tribos + 12 apstolos)1.000 Totalidade ou plenitude (10 x 10 x 10)144.000 Um nmero completo do povo de Deus (12 x 12 x 10 x 10 x 10)3 anos; 42 meses;1.260 dias; Um tempo,tempos, e a metade deum tempo

Perodo de tempo breve ou indefinido (metade de 7, que representa algo completo)

4 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Perguntas

1. Segundo Apocalipse 1:1, o propsito deste livro ocultar ou revelaruma mensagem de Jesus?

2. Quando estudamos um livro da Bblia, devemos dar mais valor aotexto do prprio livro ou s informaes histricas de outras fontes?

3. Quando foi cumprida a profecia de Mateus 24:1-34? Como voc sabe?

4. Devemos interpretar literalmente tudo que a Bblia diz? Explique sua resposta.

5. A mensagem do Apocalipse se aplica principalmente a qual poca da histria?

6. Quais so alguns dos livros do Antigo Testamento que especialmente ajudam no estudo doApocalipse?

7. Explique como estes nmeros so iguais: 3 anos, 42 meses, 1260 dias

Leitura para a prxima aula: O livro doApocalipse(todos os 22 captulos)

Lio 2: Uma Vista Panormica do Apocalipse 5

Apocalipse: Lio 2

Uma Vista Panormica do Texto do Apocalipse

Olivro do Apocalipse demonstra, acima de qualquer dvida, o poder de Deus para vencer o diaboe seus servos. Para comunicar esta mensagem e encorajar os santos angustiados quandoenfrentavam a perseguio, este livro abre as cortinas e convida os leitores a olharem "atrs dos

cenrios" para verem o lado espiritual das lutas que freqentemente desafiam a f.

O captulo 1 apresenta um retrato de Jesus em todo o seu poder e glria. Freqentementepensamos em Jesus em cenas de aparente fragilidade. Por exemplo, podemos pensar num recm-nascido indefeso nos braos de sua me, ou numa figura moribunda, aparentemente vencida,suspensa a uma spera cruz de madeira. Jesus foi um nen. Ele morreu numa cruz. Mas Jesus ovitorioso e poderoso "Soberano dos reis da terra" (1:5). Tudo o que se segue neste livro surgedesta importante imagem de Cristo. Ele est no comando. Seus seguidores podem sofrer, mas nadatm a temer. No final, os justos sero vitoriosos!

Os captulos 2 e 3 contm cartas s sete igrejas na sia. Estas cartas seguem um padroregular de:

Saudao.

Lembrana da posio de Jesus, queest enviando as cartas.

Avaliao da condio dacongregao (geralmente incluindoelogio das boas qualidades e crticadas falhas).

Apelo ao (freqentemente umchamado ao arrependimento, unidoao encorajamento a serem fiis a despeito das dificuldades da situao deles).

Lembrana do galardo espera daqueles que continuarem a servir fielmente.

Os captulos 4 e 5 demonstram a posio do Pai e do Filho. Numa viso maravilhosa, Joorecebe permisso para ver o trono de Deus, cercado por seus servos em adorao (captulo 4). Oprximo captulo volta a ateno para Jesus que, por causa de sua vitria sobre a morte, achadodigno de abrir os selos do livro que revelar o plano de Deus para a vitria total sobre as foras deSatans. Ele tambm merece louvor e adorao dos fiis.

Nos captulos de 6 at 20, encontram-se numerosas demonstraes de vingana epunio. A maior parte da mensagem destes captulos organizada em sries de sete (sete selos, setetrombetas, sete taas da ira de Deus). Lembre-se de que o nmero sete simboliza a perfeio. Ahistria nunca termina enquanto no chegamos parte stima e final. Em alguns pontos, durante abatalha, pode parecer que o diabo est ganhando a guerra. Este livro oferece esperana aos fiis emque Deus e seu exrcito justo sero vitoriosos. Satans no pode derrotar Jesus, e no pode venceraqueles que permanecem fiis ao Senhor.

Os captulos 21 e 22 destacam a condio abenoada dos santos vitoriosos na presenade Deus. Os privilgios que foram perdidos por causa do pecado de Ado e Eva so restauradosnesta comunho renovada entre Deus e o homem. Estes captulos empregam muito da linguagemencontrada em outros textos profticos para falar da relao dos discpulos fiis com Cristo, nesta erapresente. A bno da presena de Deus, retratada aqui, tambm prenuncia a grandeza do cu.Encontramos aqui uma concluso bela e esperanosa para a mensagem da Bblia.

Este livro abre as cortinas econvida os leitores a olharem

atrs dos cenrios para verem olado espiritual das lutas que

freqentemente desafiam a f.

6 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Para entender e apreciar a mensagem do Apocalipse

Aqui esto algumas passagens importantes e alguns conceitos bsicos que ajudaro a entendera mensagem do Apocalipse.Drama do Livro. Lembre-se de que este um livro que relata as coisas que Joo viu. umadramtica apresentao da revelao de Deus. Assim como Deus usou sonhos e suas interpretaespara comunicar sua mensagem atravs de Daniel, ele usou a vvida imagem das vises espirituais pararevelar sua mensagem atravs de Joo. Muitas pessoas deixam de ver o poderoso quadro neste livroporque se distraem com um exame minucioso de cada pequenino pedao. Mesmo se noconseguirmos entender o significado de algum pormenor especfico, a mensagem global da justia,do poder e da absoluta vitria de Deus inconfundvel.

Limites de tempo. J notamos que Jesus falou de coisas que tinham de acontecer logo depoisque este livro fosse escrito. O significado deste ponto no deve ser subestimado. Quando Deuscolocou um limite de tempo para o cumprimento de sua palavra, os leitores no tm direito de ignorarou negar isso. Algumas vezes as pessoas tentam evitar o significado dos limites de tempo de Deusapontando passagens como 2 Pedro 3:8, que diz: para o Senhor, um dia como mil anos, e milanos, como um dia. Pedro est mostrando a pacincia de Deus em adiar seu julgamento dosmalfeitores. Ele no est negando o significado de todas as outras referncias a tempo na Bblia.Quando Deus fala de coisas que acontecero logo, precisamos respeitar sua palavra.

Note o que Deus disse no Apocalipse para limitar o tempo do cumprimento:

! "Coisas que em breve devem acontecer" (1:1; 22:6). Este limite de tempo colocadono comeo e no fim do Apocalipse, e dever ser lembrado em nossa interpretao doscaptulos intermedirios. Tal expresso (em breve) usada em outros lugares no NovoTestamento, onde vemos que o cumprimento veio logo depois que as palavras foram ditas.No falou de eventos no futuro distante: centenas ou milhares de anos mais tarde. Note, porexemplo:

P Festo, porm, respondeu achar-se Paulo detido em Cesaria; e que elemesmo, muito em breve, partiria para l. . . . E, no se demorando entreeles mais de oito ou dez dias, desceu para Cesaria; e, no dia seguinte,assentando-se no tribunal, ordenou que Paulo fosse trazido (Atos 25:4,6).Festo pretendia ir a Cesaria "em breve", e ento foi quela cidade cerca de dezdias mais tarde.

P Paulo falou do seu desejo de visitar vrios irmos ou enviar mensageiros "embreve" (1 Corntios 4:19; Filipenses 2:19,24; 1 Timteo 3:14). Nestes casos, erasempre um perodo muito breve S talvez meses S nunca sculos!

! O tempo est prximo (1:3; 22:10). Para reforar o conceito de que Joo escrevia sobreeventos que logo se seguiriam, Jesus incluiu um lembrete adicional nos versculos deabertura e fechamento do livro. O tempo est prximo lembrava aos leitores de queDeus logo cumpriria sua palavra neste livro. Palavras semelhantes em outras passagensfalam de curtos perodos de tempo, e no de eventos que aconteceriam sculos mais tarde.Note:

P Jesus falou da capacidade de prever a chegada do vero vendo as folhas numafigueira (Mateus 24:32; Lucas 21:30). Isto poderia levar dias ou semanas antes dovero, mas no poderia ser milhares de anos.

P Jesus disse em Mateus 26:18, O meu tempo est prximo. Ele morreunaquela semana. Seu tempo estava, de fato, muito perto.

Lio 2: Uma Vista Panormica do Apocalipse 7

P Joo referiu-se vrias vezes a festas que estavam se aproximando como "estandoprxima" (Joo 2:13; 6:4; 7:2; 11:55). Est sempre claro que significava perodosde tempo muito curtos. Note nestes casos que o evento estava geralmente dentrode dias ou talvez semanas, mas jamais se referiam a coisas que aconteceriamsculos mais tarde!

O Significado do Quinto Selo. Para ajudar a entender a mensagem deste livro, veja bem emApocalipse 6:9-11, onde Jesus abre o quinto selo:

Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daquelesque tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa dotestemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Atquando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, no julgas, nem vingaso nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Ento, a cada um deles foidada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda porpouco tempo, at que tambm se completasse o nmero dos seusconservos e seus irmos que iam ser mortos como igualmente eles foram.

Estes versculos so muito importantes para compreender o resto do livro do Apocalipse. Cristosperseguidos, especialmente aqueles que sacrificaram suas vidas ao servio do Senhor, esto pedindojustia. Foram suas mortes em vo? Certamente que no. Eles haviam morrido na confiana de queDeus justo, e agora estavam perguntando quanto tempo sua justia seria adiada. Deus os assegurade que responder com punio aos malfeitores, mas que ele permitir que a perseguio continuepor pouco tempo, antes de exercer sua vingana.

Palavras chaves deste texto se relacionam com o desenvolvimento do plano de Deus atravs de todoo livro. Numerosas passagens no Apocalipse ilustram como Deus respondeu ao apelo destes santosmartirizados. Note especialmente estas respostas divinas s oraes dos santos mrtires:

! Deus vingou seu sangue. O anjo vingador de Deus derramou o sangue dos inimigos dossantos (14:20). A terceira taa representava a merecida vingana contra aqueles que tinhammatado os profetas (16:4-7). Deus vingou a causa dos santos no julgamento contraBabilnia (18:20,24; 19:2).

! Deus ressuscitou os mrtires. Apocalipse 20:4-6 mostra a resposta final de Deus s oraesdos mrtires. H uma clara conexo entre este texto e a orao do captulo 6. Eles tinham sidodecapitados por causa da sua f, mas agora estavam sendo ressuscitados para reinar comCristo! A vitria de Satans foi somente temporria. A causa dos fiis estava vingada!

Estas referncias nos ajudam a ver que a vingana do sangue daqueles martirizados pela causa deCristo o tema central deste livro. Jesus diz aos seus seguidores perseguidos: Tenham pacincia esuportem a dureza da perseguio ainda mais um pouco. No final da batalha, eu lhes garanto quemeus servos fiis sero vitoriosos. No desistam!

Cenas de Grande Vitria. O livro do Apocalipse est cheio de cenas dos santos vitoriosos deDeus. Considere trs exemplos especficos como representativos do conforto oferecido neste livro:

! A Ressurreio das Duas Testemunhas (11:3-14). Duas testemunhas, servos de Jesus,pregaram por um perodo de tempo (3 anos) com poder e autoridade. Ento, as foras deSatans os mataram, e todo o mundo comemorou o triunfo do mal sobre o bem. Mas avitria durou pouco. Depois de trs dias, Deus ressuscitou as testemunhas que estavammortas e as chamou ao cu. Ele ento enviou punio sobre aqueles que se regozijaram coma derrota da justia. A causa de Cristo foi ameaada, mas ressurgiu para a vitria!

! O Triunfo sobre o Drago (12:1-18). Uma mulher, representando o povo de Deus, deu luz a Cristo. Ainda antes que ele nascesse, Satans (o drago e a serpente) estavasalivando na expectativa de devorar o sangue do Ungido. Mas num nico versculo (12:5),a vitria completa de Jesus, do nascimento asceno, deixa Satans frustrado e irado. Ele

8 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

ento se volta para perseguir a mulher (a igreja), mas Deus a protege. Satans, ento, olhapara cima e tenta derrotar o exrcito do cu, conduzido por Miguel. O diabo sofre mais umaderrota, sendo lanado fora do cu e lhe so negadas outras oportunidades para acusar osservos de Deus. Cada vez mais frustrado, o drago irado ataca violentamente a mulher, masde novo fracassa. Em desespero, o drago procura uma vtima e concentra suas energiasna perseguio dos filhos da mulher, cristos individuais. Satans ainda pode perseguir etentar derrotar os cristos. Mas temos que manter esta batalha no seu contexto. Os cristos,com o auxlio do Cristo conquistador, podem entrar na guerra com confiana. possvelvencer (veja 1 Corntios 10:13). Estamos lutando com um perdedor!

! O Novo Cu e a Nova Terra, e a Nova Jerusalm (21:1-22:5). Depois das grandescenas de julgamento e condenao dos inimigos da justia (captulos 18-20), este textooferece um vislumbre do esplendor da comunho com Deus. "O novo cu e a nova terra" um smbolo do relacionamento com Deus (veja Isaas 65:17-25). A admisso a estacompanhia limitada. Os covardes, os incrdulos, os abominveis, os assassinos, osimpuros, os feiticeiros, os idlatras e os mentirosos sero rejeitados e lanados no lago defogo. A nova Jerusalm tambm um smbolo proftico, bem conhecido, da comunhorestaurada entre Deus e seu povo (veja Isaas 52:1; 60:19-20; 61:10; 65:18-19; Ezequiel40:2-3; 48:31-34). Jerusalm, como o local do templo do Velho Testamento, representavaa presena de Deus no meio do povo. Esta nova Jerusalm at oferece acesso ao rio da vidae rvore da vida, mostrando a restaurao do privilgio especial do relacionamento perdidopor causa do pecado do homem (veja Gnesis 3:22-24; Ezequiel 47:1-12).

Concluso

No decorrer das prximas lies, veremos o livro do Apocalipse mais detalhadamente, examinandocada captulo. Procuraremos entender o significado das diversas descries simblicas, dascenas dramticas e das imagens impressionantes. Nos nossos estudos de pormenores, porm,

no devemos esquecer da estrutura bsica nem das mensagens fundamentais do livro. A revelaode Jesus Cristo uma mensagem de grande e total vitria!

Perguntas1. Quais so os pontos principais de cada parte do Apocalipse?

Captulo 1:

Captulos 2 - 3:

Captulos 4 - 5:

Captulos 6 - 20:

Captulos 21 -22:

2. Este livro conta apenas o que Joo ouviu? Explique a importncia da sua resposta.

3. Quais duas expresses dos primeiros versculos limitam o tempo de cumprimento do livro?

4. Qual dos sete selos resume a mensagem do livro?

5. Quem o perdedor no Apocalipse? Quem so os vencedores?

Leitura para aprxima aula: Apocalipse 1

Lio 3: Jesus Envia uma Revelao aos Seus Servos (1:1-8) 9

Apocalipse: Lio 3

Jesus Envia uma Revelao aos Seus Servos(Apocalipse 1:1-8)

Muitos comentrios sobre o Apocalipse dedicam captulos inteiros a questes de autoria, data,estilo, etc. Nosso estudo, necessariamente, abordar estas mesmas questes. Eu prefiro, porm,considerar tais assuntos no contexto do estudo do livro, conforme as prprias evidnciasinternas surgirem. J nos primeiros versculos, encontramos algumas pistas importantes.

Esta lio e outras que seguem dividiro o texto em pargrafos, e depois em versculos ou frases.Sempre leia o pargrafo inteiro antes de voltar aos comentrios sobre cada versculo. Lembre-se queos comentrios refletem o entendimento de um homem, e nada mais do que isso. Voc deve avaliar,questionar e exercer a sua liberdade de discordar, mas sempre com base na palavra de Deus. Opropsito dessas lies de facilitar o estudo do livro, no de dar uma interpretao oficial oudefinitiva.

Decidi incluir o texto do livro nas lies para facilitar o estudo e permitir que cada aluno grife pontosimportantes, anote suas prprias observaes, etc. O aluno ainda ter que usar a prpria Bblia paraas citaes de outros livros ou outros trechos do Apocalipse.

Jesus Envia uma Mensagem aos Fiis (1:1-3)1:1-2

Revelao (gr. Apokalupsis): algo descoberto, exposto,manifesto. A mensagem deste livro foi revelada para serentendida pelos servos de Jesus.

A corrente de transmisso da mensagem: Deus (Pai) a deu aJesus Cristo, e ele a enviou por intermdio do seu anjo enotificou ao seu servo Joo, para mostrar aos seus servos.

Deus Jesus Cristo Anjo

Joo Seus Servos

Qual Joo? O nome Joo era comum no primeiro sculo, e o versculo aqui no oferece nenhumadescrio a mais (apenas diz que era servo de Cristo, assim o colocando na mesma categoria dosouvintes) para identificar o autor do livro. Desde a antigidade, quase todos os comentrios sobre estelivro o atribuem ao apstolo Joo, filho de Zebedeu. geralmente aceito que ele escreveu, tambm,o evangelho e as trs epstolas identificadas em nossas Bblias com o mesmo nome (Joo). A leiturados outros livros dele, especialmente do evangelho de Joo, ajuda na compreenso da mensagem doApocalipse.

As coisas que em breve devem acontecer: Veja novamente os comentrios na lio 2 sobre osignificado dos limites de tempo no texto do Apocalipse. Agora, considere um contraste que reforao ponto. Daniel teve uma viso sobre o tempo do fim (Daniel 8) em que viu a queda da Prsia aosgregos, e a expanso dos gregos (helenistas) para controlar a terra dos judeus e profanar as coisas

1 Revelao de Jesus Cristo,que Deus lhe deu paramostrar aos seus servos ascoisas que em breve devemacontecer e que ele,enviando por intermdio doseu anjo, notificou ao seuservo Joo,2 o qual atestou a palavrade Deus e o testemunho deJesus Cristo, quanto a tudoo que viu.

10 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

sagradas deles. Daniel fez esta profecia cerca de 550 a.C. (8:1) e falou de coisas que chegaram poca de Antoco IV (Epfanes), aproximadamente 165 a.C. O tempo da viso de Daniel at ocumprimento foi menos de 400 anos. O anjo Gabriel disse: se refere a dias ainda mui distantes(8:26). Se um perodo de menos de quatro sculos so dias mui distantes, obviamente em brevee prximo (1:3) se referem a coisas que aconteceriam logo depois das vises de Joo. Este contrasteentre o tempo das profecias de Daniel e de Joo se torna mais ntido ainda quando chegamos a 22:10,onde Joo foi proibido de selar a sua profecia porque o tempo est prximo. Qualquerinterpretao do Apocalipse que sugere que o cumprimento principal do livro ainda acontecer (quase2.000 anos depois de Joo) se ope ao texto do prprio livro.

A palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo: Joo no teve dvida sobre a fonte de suamensagem. Ele coloca este livro na mesma categoria de outras Escrituras.

Joo atestou ... a tudo que viu. Ele fez questo de transmitir a revelao recebida, atcomentando em alguns momentos da sua prpria dificuldade em entend-la (veja 7:13-14). Arevelao do Apocalipse foi em forma de vises, de imagens dramticas, que transmitiram amensagem que Jesus queria repassar para os seus servos. Joo relatou o que viu.

1:3

Bem-aventurados: Sete vezes no Apocalipse, e dezenas deoutras vezes na Bblia, a expresso bem-aventurado ou felizdescreve as bnos dos fiis que mantm a comunho comDeus. O exemplo mais conhecido se encontra no sermo domonte (Mateus 5:3-11). Aqui, os bem-aventurados so:

aqueles que lem literalmente, aquele (singular) que l, a pessoa que faria a leitura dolivro nas reunies pblicas das igrejas.

aqueles que ouvem as palavras dap r o f e c i a o s o u v i n t e s ,especificamente, os servos nas igrejasque receberam o livro. Por extenso,entendemos que Deus nos abenoacom esta mesma mensagem. Ele tratao livro como profecia, uma revelaonova de Deus para os seus servos.

e guardam as coisas nela escritas profecia no serve apenas parainformar ou predizer. Serve tambmpara instruir. Deve ser obedecida. Amensagem do Apocalipse exigia umaresposta ativa dos seus ouvintes,especificamente a de fidelidade emvista das perseguies (veja 2:10).

Pois o tempo est prximo: Veja oscomentrios acima (versculo 1) sobre o temporeferido. A obedincia era urgente, pois aprofecia falou de coisas que iam acontecer logodepois da transmisso desta mensagem aos fiis.

3 Bem-aventurados aquelesque lem e aqueles queouvem as palavras daprofecia e guardam ascoisas nela escritas, pois otempo est prximo.

As Bem-Aventuranas do Apocalipse

Bem-aventurados aqueles que lem eaqueles que ouvem as palavras da profecia eguardam as coisas nela escritas, pois o tempoest prximo (1:3) Bem-aventurados os mortos que, desdeagora, morrem no Senhor (14:13) Bem-aventurado aquele que vigia e guardaas suas vestes, para que no ande nu, e no seveja a sua vergonha (16:15) Bem-aventurados aqueles que sochamados ceia das bodas do Cordeiro (19:9) Bem-aventurado e santo aquele que temparte na primeira ressurreio; sobre esses asegunda morte no tem autoridade (20:6) Bem-aventurado aquele que guarda aspalavras da profecia deste livro (22:7) Bem-aventurados aqueles que lavam assuas vestiduras [no sangue do Cordeiro], paraque lhes assista o direito rvore da vida, eentrem na cidade pelas portas (22:14)

Lio 3: Jesus Envia uma Revelao aos Seus Servos (1:1-8) 11

Do Alfa e mega s Sete Igrejas (1:4-8)1:4-5a

Joo, s sete igrejas que se encontram na sia: Noscaptulos 2 e 3, encontramos cartas endereadas aos anjos desete igrejas na sia. Tudo indica que eram igrejas reais queexistiam naquela poca, mas no eram as nicas igrejas na siano primeiro sculo. Existiam igrejas em outros lugares na siaMenor: Trade (Atos 20:5-7), Colossos (Colossenses 1:1),Hierpolis (Colossenses 4:13). Jesus escolheu sete igrejas, talvezcomo um nmero completo e simblico, que representam ascaractersitcas das igrejas da regio. Se o livro for levado de umaaoutra igreja na ordem das cartas, a viagem seguiria assim (distncias aproximadas): Partindo de feso,indo 65 km ao norte, chegaria a Esmirna, e seguindo mais 95 km estaria no ponto mais ao norte docircuito, Prgamo. Da, seguiria a estrada ao sudeste, passando em Tiatira (70 km de Prgamo) econtinuando mais 50 km at Sardes. Seguindo mais 43 km ao sudeste, estaria em Filadlfia.Aproximadamente a 75 km de Filadlfia, chegaria a Laodicia, a qual ficava numa rota comercial quevoltava para feso, onde esta viagem comeou.

Graa e paz: Saudaes tradicionais nas cartas do Novo Testamento.

Da parte de: Versculos 4 e 5 repetem a frase da parte de trs vezes, dando nfase origem divinada revelao:

Aquele que , que era e que h de vir Embora esta descrio possa identificar qualqueruma das pessoas divinas, aqui se refere ao Pai, pois ainda viro mais dois.

Os sete Espritos Outras passagens deixam claro que h um s Espirito (Efsios 4:4),e assim Jesus e os apstolos freqentemente falavam do Esprito Santo no singular.Sabendo que sete representa algo completo ou perfeito, o sentido mais provvel daperfeio do Esprito Santo. A pedra do sacerdote Josu tinha sete olhos (Zacarias 3:9).Diante do trono de Deus se encontram sete tochas, que so os sete Espritos de Deus(4:5). Os sete olhos do Cordeiro so os sete Espritos de Deus enviados por toda a terra(5:6). Embora nenhum versculo absolutamente afirma que os sete Espritos sejam o EspritoSanto, a sua colocao entre as outras duas pessoas divinas apia esta interpretao.

Jesus Cristo No h dvida sobre a identidade de Jesus, descrito aqui como:

a Fiel Testemunha Ele o sim e o amm das promessas de Deus (2 Corntios1:20-22), o cavaleiro chamado Fiel e Verdadeiro (19:11).

o Primognito dos mortos Jesus no foi o primeiro a ser ressuscitado, masele tem primazia sobre todos (Colossenses 1:18). Aquele que ressuscitou-se e temdomnio sobre todos envia uma mensagem para confortar os perseguidos,incluindo alguns que morreriam por sua f.

o Soberano dos reis da terra Jesus no domina apenas os servos fiis; ele o Soberano dos reis humanos (veja Daniel 4:32). Ele governa os governantes,incluindo aqueles que perseguiriam os santos. Obs.: Alguns premilenaristas,como Hal Lindsey, dizem que a confuso no mundo mostra que Jesus, emboratendo o direito de reinar sobre a terra, no est exercendo o seu direitoatualmente. A Bblia afirma que Jesus o Soberano dos reis da terra. Pedro dizque os poderes esto sujeitos a Jesus (1 Pedro 3:22). Paulo diz que todas ascoisas j foram colocadas debaixo dos ps de Jesus (Efsios 1:22-23). NoApocalipse, Jesus mesmo disse que j recebeu esta autoridade do Pai (2:27-28).Devemos acreditar nas afirmaes das Escrituras ou nas interpretaes depremilenaristas? Acreditamos nas palavras de Jesus em Mateus 28:18?

4 Joo, s sete igrejas quese encontram na sia, graae paz a vs outros, da partedaquele que , que era eque h de vir, da parte dossete Espritos que se achamdiante do seu trono5 e da parte de JesusCristo, a Fiel Testemunha, oPrimognito dos mortos e oSoberano dos reis da terra.

12 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

1:5b-6 quele que nos ama: Jesus domina reis, e ama seus servoshumildes! O amor divino um tema constante nos escritos deJoo (Joo 3:16; 1 Joo 4:7-21; etc.). Este fato, em si, mostra opoder do evangelho de efetuar uma transformao total nocorao do homem. Um filho do trovo (Marcos 3:17; Lucas9:54) se tornou o apstolo do amor!

pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados: Jesusmorreu na cruz para nos salvar, se apresentando como o nico

sacrifcio eficaz para purificar pecadores (veja Hebreus 9:12,14,22). Na remisso dos pecados achamosa nica verdadeira libertao (Colossenses 1:13-14).

e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai: Os imprios humanos reduziramhomens livres escravido, como servos de tiranos. Jesus liberta escravos do pecado e os constituium reino de sacerdotes para Deus! Veja 1 Pedro 2:9-10.

a ele a glria e o domnio pelos sculos dos sculos. Amm!: Jesus tudo que o versculo 5diz, e fez tudo que relatado nos versculos 5 e 6. Ele digno de glria e domnio para sempre! Aglria de Roma ou qualquer outro imprio iria desvanecer-se. A glria de Jesus dura para sempre!Amm! Que assim seja!

1:7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o ver, at quantos o traspassaram. E todas astribos da terra se lamentaro sobre ele. Certamente. Amm!: O eterno Jesus vir com asnuvens. A vinda nas nuvens sugere a presena e a autoridade divina, especialmente seu poder parajulgar ou castigar (veja xodo 14:24; 19:9,16; 20:21; 24:16,18; 34:5; 40:34-38; Nmeros 11:25;

12:5,10; Deuteronmio 5:22; 2 Crnicas 5:13-6:1; Salmo 18:11;Isaas 19:1; 30:27; Daniel 7:13-14; Mateus 17:5; 24:30; 26:64).H duas possveis interpretaes desta promessa:

A segunda vinda de Jesus, quando julgar todos oshomens (veja 1 Tessalonicenses 4:17; Joo 5:27-29).

A vinda de Jesus para castigar algum povo ou poderna terra (veja as citaes acima que falam de castigosna terra).

Dentro do contexto, a segunda possibilidade faz muito mais sentido. Da mesma maneira que Jesusprometeu castigo para Jerusalm na sua profecia apocalptica (Mateus 24 e relatos paralelos), aqui elefala do castigo de algum poder ou povo que no respeitava a autoridade do Soberano Senhor. Qualpoder ou povo? Alguns acreditam que a principal aplicao das profecias do Apocalipse seria aJerusalm, e que o cumprimento delas se encontra na destruio da cidade em 70 d.C. A favor destainterpretao, ele fala aqui daqueles que o traspassaram. Outros acreditam que o alvo da ira de Deusseria Roma ou um dos seus imperadores. A favor desta interpretao, encontramos aqui a lamentaode todas as tribos da terra. Porm, esta citao assemelha-se a Mateus 24:30, e pode ser usada paraapoiar a aplicao a Jerusalm. Ao invs de tentarmos definir j o povo em vista, vamos continuarestudando e procurando mais esclarecimento dentro do prprio livro.

Certamente. Amm!: No h dvida. O Soberano trar julgamento!

1:8 Alfa e mega: A primeira e a ltima letra do alfabeto grego.Deus eterno (aquele que , que era e que h de vir), ocomeo e o fim. O Senhor Deus aqui pode ser o Pai (que fala,tambm, em 21:5-8 e descrito como o Senhor Deus, oTodo-Poderoso em 4:8). Mas as mesmas palavras podem ser

5(b) quele que nos ama, e,pelo seu sangue, noslibertou dos nossos pecados,6 e nos constituiu reino,sacerdotes para o seu Deuse Pai, a ele a glria e odomnio pelos sculos dossculos. Amm!

7 Eis que vem com asnuvens, e todo olho o ver,at quantos o traspassaram.E todas as tribos da terra selamentaro sobre ele.Certamente. Amm!

8 Eu sou o Alfa e mega, dizo Senhor Deus, aquele que ,que era e que h de vir, oTodo-Poderoso.

Lio 3: Jesus Envia uma Revelao aos Seus Servos (1:1-8) 13

aplicadas ao Filho, em quem habita ... toda a plenitude da Divindade (Colossenses 2:9), poisJesus Cristo o esplendor da glria e a expresso exata do seu Ser (Hebreus 1:3).

Todo-Poderoso: Este selo de autoridade encerra-se com mais uma afirmao da natureza absolutade Deus. Ele o Todo-Poderoso. Esta descrio de Deus aparece 9 vezes no Apocalipse, e seencontra em 50 outros versculos na Bblia, a maioria no livro de J. Os servos perseguidos da pocade Joo precisavam lembrar-se do poder absoluto do Soberano Deus.

Concluso

Nestes primeiros versculos do Apocalipse, Deus deixa bem claro que ele, o Eterno e SoberanoSenhor, o autor da mensagem. Os ouvintes, servos dele na sia, poderiam depositar plenaconfiana no Altssimo que j demonstrara o seu amor para com eles. Ele, por meio de seu Filho,

j os libertara do pecado. No deixaria o seu povo ser vencido pelas foras do mal.

Perguntas1. Comeando com a fonte e terminando com os ouvintes,

encontramos cinco etapas na transmisso da mensagem doApocalipse (1:1). Quais so?

2. Quais duas frases nos primeiros 3 versculos limitam o tempo de cumprimento deste livrode profecia?

3. A expresso dias ainda mui distantes em Daniel 8:26 refere-se a qual perodo de tempo?Em breve e prximo referem-se a perodos maiores?

4. Segundo 1:3, quais pessoas so bem-aventuradas?

5. A mensagem do Apocalipse veio da parte de quem?

a.

b.

c.

6. Jesus foi a primeira pessoa ressuscitada? Em qual sentido ele o Primognito dos mortos?

7. Quem tem domnio, atualmente, sobre os reis da terra?

8. Como Jesus demonstrou o seu amor para com os seus servos?

9. Como Jesus trata os sditos no reino dele? Os imprios conquistados pelos homensmostraram a mesma bondade aos seus sujeitos?

10. Qual o significado da descrio Alfa e mega?Aplica-se a quem?

Leitura para aprxima aula:Apocalipse 1

14 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Apocalipse: Lio 4

Jesus no Meio dos Candeeiros(Apocalipse 1:9-20)

Quem Jesus? Como devemos v-lo? Muitas pessoas imaginam Jesus como um nen indefesonuma manjedoura em Belm. Outras pensam na imagem de um moribundo sofrendoterrivelmente na cruz do Calvrio, evidentemente derrotado pelas foras do mal. Certamente,

Jesus nasceu. Sem qualquer dvida, ele morreu numa cruz. Mas aquelas cenas representam episdiostemporrios, embora importantssimos, e no o estado permanente do Cristo vitorioso. Que consolodaria aos cristos perseguidos pensar numa criana pequena e fraca? Que conforto achariam naimagem de um lder morto?

A mensagem do Apocalipse deriva seu poder da pessoa que a revelou. O Cristo que cuida dos servose garante a vitria sobre os perseguidores no fraco, nem derrotado. Ele possui toda autoridade efala com poder absoluto. Os cristos da sia naquela poca como ns nos dias atuais precisavamdo consolo de um Senhor Todo-Poderoso. Acharam este conforto nas palavras de Jesus, o forte evitorioso Rei dos reis.

Joo, na Ilha de Patmos, Ouviu uma Grande Voz (1:9-11)1:9

Joo, irmo e companheiro na tribulao: Ao invs de destacar a sua posio de autoridade ouo seu privilgio de comunho ntima com Jesus, o autor deste livro procura se identificar com os seus

leitores e ouvintes. Ele se descreve como irmo deles, ecompanheiro no sofrimento que os fiis sofriam. Nesta descrio,Joo frisa os mesmos fatos essenciais para a vitria dos ouvintes:passariam por tribulao como sditos do reino de Cristo, evenceriam com sua perseverana e confiana no SenhorJesus.

Quando Joo se diz companheiro na tribulao, ele refere-se sua prpria circunstncia. Ele se achou na ilha de Patmos, porcausa da palavra de Deus. Joo no explica o sentido dessas

palavras. Tradicionalmente, entende-se que Joo fosse banido ilha de Patmos por causa da sua f.No fim do terceiro sculo, Victorinus disse que Joo escreveu o Apocalipse em Patmos, para ondefoi banido por Domiciano, imperador romano de 81 a 96 d.C. A questo da data do livro serconsiderada em outras lies. O local citado, Patmos, uma pequena ilha no mar Egeu (perto defeso), para onde os romanos exilavam alguns condenados.

1:10

Mais importnte do que a sua circunstncia fsica, Joo descreve a sua situao espiritual: Achei-meem esprito. As vises que ele revela no foram vistas com olhos humanos, e no eram meramenteimaginaes do prprio homem. Ele as reconhece como revelaes vindas de Deus a um servo quese dedicou ao Senhor durante as longas dcadas de sua vida.

No dia do Senhor: Esta expresso se refere, em vrias outraspassagens, aos dias em que Deus visitava o homem para castigaros malfeitores. Mas, o sentido mais provvel aqui o diaespecialmente dedicado ao Senhor no louvor dos santos, noNovo Testamento. J sabemos que o primeiro dia da semana, odia que ganhou seu significado especial com a ressurreio de

9 Eu, Joo, irmo vosso ecompanheiro na tribulao,no reino e na perseverana,em Jesus, achei-me na ilhachamada Patmos, por causada palavra de Deus e dotestemunho de Jesus.

10 Achei-me em esprito, nodia do Senhor, e ouvi, pordetrs de mim, grande voz,como de trombeta,

Lio 4: Jesus no Meio dos Candeeiros (1:9-20) 15

Jesus, se tornou o dia principal de adorao. Neste dia, os cristos primitivos se reuniam paraparticipar da Ceia do Senhor (Atos 20:7), e aproveitavam o mesmo dia para outros trabalhosimportantes, como a coleta para ajudar os irmos necessitados (1 Corntios 16:2).

E ouvi, por detrs de mim, grande voz, como de trombeta: Joo ainda no identifica a pessoaque falou, mas deixa bem claro que a voz foi forte e impressionante. Lembramo-nos especialmenteda apario de Deus no monte Sinai (xodo 19:16-19; veja Apocalipse 4:5).

1:11

O propsito da grande voz aqui foi ordenar a Joo o que fazer arespeito das coisas que ele veria (11). Ele deveria: escrever emlivro e mandar s sete igrejas (feso, Esmirna, Prgamo,Tiatira, Sardes, Filadlfia e Laodicia).

Jesus no Meio dos Candeeiros (1:12-16)

1:12 Vi sete candeeiros de ouro: Antes de enxergar a pessoa que falava com ele, Joo viu sete candeeiros(ou candelabros) de ouro. No Velho Testamento, eles mantinham aceso no tabernculo o candelabrode ouro com sete lmpadas, que servia para iluminao (Nmeros8:1-4; xodo 27:20; 35:14; 39:37; Levtico 24:2,4; 2 Crnicas13:11; Hebreus 9:2). Na viso de Zacarias 4, encontramos umcandelabro de sete lmpadas. O texto mostra que o poder vem doEsprito de Deus por meio dos servos ungidos (Zacarias 4:6,14), eque os olhos de Deus percorrem a terra (Zacarias 4:10). Na visode Joo, Jesus identifica os sete candeeiros, no versculo 20, como as sete igrejas.

1:13

E, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem: A posio de Jesus no meio doscandeeiros sugere a sua comunho ntima com o seu povo. Jesus anda no meio das igrejas, realmentefazendo seu tabernculo entre os seus servos. Filho de homem, ou filho do homem, uma expressousada freqentemente nas Escrituras para identificar os homens, simples seres humanos (J 25:6;35:8; Salmo 144:3; Isaas 51:12; etc.). Tomou um significadoespecial no livro de Ezequiel, no qual Deus, repetidamente, usouesta expresso para identificar o profeta Ezequiel (veja 2:1-8;4:16; etc. a expresso aparece mais de 90 vezes s emEzequiel). Daniel foi chamado de filho do homem (Daniel 8:17),mas ele viu numa viso um como o Filho do Homem que veiodo cu, chegou ao Ancio de Dias, e recebeu o reino e o domnioeterno (Daniel 7:13-14). Assim, percebemos que, at o final doAntigo Testamento, a expresso ganhou dois outros sentidosmais especficos: identificou homens chamados para um papel especial de revelar a palavra de Deuse, mais ainda, identificou o eterno rei sobre o reino de Deus. Jesus tomou para si esta descrio, comtoda a autoridade inerente nela: Mateus 8:20; 9:6; 10:23; 11:19; 12:8,32,40; etc. Todos os quatrorelatos do evangelho empregam esta expresso com bastante freqncia para identificar Jesus. Oevangelho de Joo, que nos interessa especialmente por ser do mesmo autor do Apocalipse, usa otermo para destacar as qualidades essenciais de Jesus Cristo: Ele veio do cu e voltaria para l (3:13;6:62); o acesso ao cu (1:51); ele seria levantado para salvar (3:14); tem toda a autoridade (5:27);ele d vida eterna (6:27,53); ele, sendo divino, se sacrificaria conforme a vontade do Pai (8:28); a mortedele serviria para a glria dele mesmo, e do Pai (12:23-24; 13:31). Lucas atualiza as nossasinformaes sobre o Filho do Homem quando diz que Estvo o viu no cu, destra do Pai (Atos7:56). Quando Joo viu um semelhante a filho de homem, ele viu uma imagem at humana, mascom todas as caractersticas do poderoso Rei eterno e Salvador do mundo.

11 dizendo: O que vsescreve em livro e manda ssete igrejas: feso, Esmirna,Prgamo, Tiatira, Sardes,Filadlfia e Laodicia.

12 Voltei-me para ver quemfalava comigo e, voltado, visete candeeiros de ouro

13 e, no meio doscandeeiros, um semelhantea filho de homem, comvestes talares e cingido, altura do peito, com umacinta de ouro.

16 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Vestes talares e cingido, altura do peito, com uma cinta de ouro: vestes que desciam at oscalcanhares e uma cinta de ouro. Algumas pessoas acham nisso uma referncia ao sacerdcio vejaxodo 28:39-40; Levtico 8:7 e comentrios extrabblicos (Josefo e Edersheim). Pelo menos, d a idiade um ofcio de autoridade e poder.

1:14

A sua cabea e cabelos eram brancos: Possveis significados incluem a idade (Isaas 46:4),eternidade, neste caso (Daniel 7:9), a pureza (Salmo 51:7; Isaas 1:18), a sabedoria e a honra (Levtico

19:32; Provrbios 16:31; 20:29). Obviamente, Jesus possui todasessas caractersticas.

Olhos como chama de fogo: Os olhos de Deus esto em todolugar (Provrbios 15:3; Jeremias 32:19). So atentos aos seusservos (Salmo 33:18; 34:15), mas tambm vigiam as naes(Salmo 66:7). Os olhos do justo rei dissipam o mal (Provrbios20:8). Todos estes temas se tornam fundamentais no

Apocalipse. Este elemento especfico, como algumas outras caractersticas desta viso do filho dehomem, vem de Daniel 10:6. Os olhos de fogo penetram, vendo tudo que o homem faz, e julgam,castigando os mpios e protegendo os fiis.

1:15

Os ps, semelhantes ao bronze polido: Lembramo-nos dos ps dos seres viventes servindo a Deusna viso de Ezequiel (Ezequiel1:7) e do homem vestido de linho na viso de Daniel (Daniel 10:6).

Freqentemente, os profetas apresentam imagens de Deus ou deseus servos calcando aos ps os seus adversrios (Isaas 41:2;Habacuque 3:12), e ps metlicos sugerem a fora para esmagaros inimigos (Miquias 4:13; Daniel 2:33,40-42; veja Romanos16:20).

Voz de muitas guas: Mais uma vez, voltamos viso de Daniel(10:6). Veja, tambm, os comentrios acima sobre a grande vozdo versculo 10. Jesus fala com a voz de poder e autoridade.

1:16

Tinha na mo direita sete estrelas: identificadas, no versculo 20, como os anjos das sete igrejas,os mesmos que recebem as cartas nos captulos 2 e 3. Quando pensamos na distncia imensa entre

as estrelas no cu, esta imagem sugere a enormidade de Jesus.Segurar as sete estrelas das igrejas na sua mo mostra seu poderpara fazer com as igrejas como ele, na sua justia, decidir.

Da boca saa-lhe uma afiada espada de dois gumes:Certamente representa a palavra de Deus (Hebreus 4:12-13),destacando seu poder para julgar, castigar e destruir (19:15;Salmo 149:6-9; Isaas 11:4; Provrbios 5:4).

O seu rosto brilhava como o sol na sua fora: Nadasurpreendente aqui! Jesus como a luz do mundo um dos temas espalhados pelo evangelho de Joo(1:4-9; 3:19-21; 8:12; 9:5; 12:35-36,46). Trs dos apstolos viram a glria resplandecente de Jesusno monte da transfigurao (Mateus 17:2), e Saulo de Tarso viu esta mesma glria numa luz maisresplandecente que o sol (Atos 26:13).

Jesus Orienta Joo sobre a sua Mensagem (1:17-20)Depois de olhar para a impressionante figura de Jesus, Joo reagiu como outros que tiveramencontros com Deus no passado. Ele caiu como morto, no sabendo o que esperar do Filho de Deus.As orientaes dadas por Jesus explicam o motivo de escrever o livro do Apocalipse.

14 A sua cabea e cabeloseram brancos como alva l,como neve; os olhos, comochama de fogo;

15 os ps, semelhantes aobronze polido, como querefinado numa fornalha; avoz, como voz de muitasguas.

16 Tinha na mo direita seteestrelas, e da boca saa-lheuma afiada espada de doisgumes. O seu rosto brilhavacomo o sol na sua fora.

Lio 4: Jesus no Meio dos Candeeiros (1:9-20) 17

1:17

Quando o vi, ca a seus ps como morto: Apesar de Joo ser um dos companheiros mais ntimosde Jesus durante o seu ministrio terrestre, ele mostrou reverncia absoluta para com o Cristo. Elereage com respeito e temor diante de Jesus. Ele acabou de ver Jesus pronto para julgar, e caiu comomorto. Compare a reao de Isaas a uma viso semelhante (Isaas 6:5). Como ns todos devemosreagir a Cristo? No devemos nos prostrar diante dele comrespeito absoluto?

Porm, ele ps sobre mim a mo direita, dizendo: Notemas: Jesus no veio para condenar Joo, seu mensageiroescolhido. A mo estendida oferece conforto, e as palavrastrazem alvio.

Eu sou o primeiro e o ltimo: Jesus afirma a sua eternidadee divindade com a mesma fora de expresso usada no versculo 8 (veja 2:8; 22:13). uma afirmaode divindade usada por Isaas (41:4; 44:6-8; 48:12). A aplicao deste termo a Jesus uma das muitasprovas de sua divindade. Qualquer pessoa ou doutrina que negue que Jesus Deus necessariamenteo trata como um mentiroso, pois ele mesmo alegou ser divino.

1:18

E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos sculos dos sculos: Jesusvive eternamente, mas o mesmo que esteve morto. A morte, sepultamento e ressurreio de Jesusso fatos fundamentais do evangelho (1 Corntios 15:3-4). Ele morreu pelos nossos pecados, e vivepara nos governar e ajudar. Estive morto, ele diz. A morte no segurou Jesus (Atos 2:24-32). Estefato de grande importncia ao cristo. Paulo argumenta que, seJesus nos salvou dos pecados do passado pela sua morte, ele capaz de fazer muito mais para nos preservar pela sua vida(Romanos 5:8-11). Que mensagem necessria para discpulosperseguidos. Jesus morreu, mas ele vive! Ns podemos morrer,at pela f em Cristo, mas viveremos!

E tenho as chaves da morte e do inferno: Jesus no apenasescapou do sepulcro, ele venceu a morte e o inferno. Ele temas chaves na mo. Ele no permitir que seus servos sejam presos eternamente na morte. umamensagem de conforto e confiana para os fiis (Hebreus 2:14-18; Colossenses 2:15; 1 Joo 3:8).

1:19

Escreve, pois, as coisas que viste, e as que so, e as queho de acontecer depois destas: O papel de Joo detransmitir uma mensagem (1:1-2,11). Jesus falou para elecomear no incio da revelao (as coisas que viste), continuaratravs da cena daquele momento (as que so) at as outrasvises que seguiriam no livro (as que ho de acontecer). Joo fezexatamente isso, at descrevendo a responsabilidade que Jesus lhe deu naquele momento.

1:20

O mistrio das sete estrelas: Era um mistrio, mas agora setornou manifesto. No podemos errar esta interpretao, porqueJesus claramente fala que as sete estrelas representam os anjosdas sete igrejas. Alguns interpretam como bispos ou pastoresdas igrejas, mas o texto no apia tal explicao. A palavra anjoquer dizer mensageiro, e pode se referir a mensageiros do cu(Mateus 24:36) ou a homens que servem como mensageiros(Lucas 7:24). O papel destes anjos era, obviamente, de transmitir

17 Quando o vi, ca a seusps como morto. Porm eleps sobre mim a mo direita,dizendo: No temas; eu souo primeiro e o ltimo

18 e aquele que vive; estivemorto, mas eis que estouvivo pelos sculos dossculos e tenho as chavesda morte e do inferno.

19 Escreve, pois, as coisasque viste, e as que so, e asque ho de acontecer depoisdestas.

20 Quanto ao mistrio dassete estrelas que viste naminha mo direita e aos setecandeeiros de ouro, as seteestrelas so os anjos dassete igrejas, e os setecandeeiros so as seteigrejas.

18 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

a mensagem de Jesus s respectivas igrejas. A fonte da mensagem (Jesus) e o seu contedo (as cartase o livro todo) so muito mais importantes do que os mensageiros usados para transmitir a revelaodivina.

Os sete candeeiros: Os candeeiros, que devem transmitir a luz da presena de Deus, so as seteigrejas. A igreja, composta por santos, deve transmitir a luz de Deus no mundo (Mateus 5:14-16).

Concluso

Que viso poderosa! Jesus, depois de sua grande vitria sobre a morte, volta numa revelaoespecial para confortar Joo e os cristos de sua poca. Mas, a mesma mensagem que consolaos perseguidos na igreja primitiva serve para nos confortar, tambm. O mesmo Jesus continua

brilhando como o sol, pronto para julgar os mpios e calcar aos ps os rebeldes, enquanto garante aosfiis a vitria sobre a morte.

Perguntas1. Onde estava Joo quando recebeu esta revelao? Por que se encontrava

naquele lugar?

2. Conforme as instrues da grande voz, o que Joo deveria fazer coma sua mensagem?

3. Os sete candeeiros representam o que?

4. Descreva a pessoa que estava no meio dos candeeiros.

5. O que entendemos pelas figuras desta viso:

Os cabelos brancos?

Os olhos de fogo?

Os ps de bronze?

A voz de muitas guas?

A espada de dois gumes?

6. Por que Joo caiu?

7. Quem o primeiro e o ltimo?

8. Muitas pessoas negam a divindade de Jesus. Podemos concordar com elas? Explique.

9. Por que importante saber que Jesus esteve morto mas est vivo?

10. Qual conforto traz saber que Jesus tem as chavesda morte e do inferno?

11. As sete estrelas representam quem?

Leitura para a prxima aula: Apocalipse 2-3

Lio 5: A Carta Igreja em feso (2:1-7) 19

Apocalipse: Lio 5

A Carta Igreja em feso(Apocalipse 2:1-7)

Amensagem do Apocalipse foi enviada principalmente s sete igrejas que se encontram nasia (1:4). Este fato frisado vrias vezes no primeiro e no ltimo captulos (1:4,11,20; 22:16).Os captulos 2 e 3 so direcionados especificamente s igrejas, com uma mensagem especial

para cada uma delas.

Nossa interpretao do livro deve levar em considerao os destinatrios originais. Qualquerinterpretao que se baseie em fatos que nada tem a ver com as igrejas da sia da poca de Joo deveser questionada e at rejeitada. Se Jesus mandou um recado importante s igrejas da sia, devemosentender que a mensagem era, principalmente, para o benefcio delas.

Nesta, e nas prximas lies, vamos considerar as mensagens particulares enviadas a cada igreja.Seguem a forma de decretos imperiais, comeando a sua mensagem com a palavra diz (grego,legei). Estas cartas foram escritas num formato padro (veja lio 2), mas o contedo de cada uma especfico e fala a respeito das necessidades da prpria congregao citada.

Sete Igrejas IndependentesA necessidade de sete cartas bem diferentes refora a importncia de respeitar a autonomia de cadacongregao. Estas sete igrejas se encontravam numa rea relativamente pequena. Uma pessoaentregando todas as cartas faria um circuito de pouco mais de 500 quilmetros, ou seja, mais oumenos uma viagem de So Paulo a Campos do Jordo, depois indo at Ubatuba e voltando para SoPaulo. Nesta rea pequena, sete igrejas bem diferentes apresentaram caractersticas distintas. Jesusno enviou uma carta ao bispo da sia (no existia qualquer ofcio de lderes regionais entre asigrejas primitivas) para resolver, de uma vez, todas as questes nas vrias igrejas. As igrejas no eramsubordinadas autoridade de alguma hierarquia, e no havia laos estruturais entre congregaes.Cada congregao era independente, com seus prprios desafios e sua prpria personalidade. Cadauma recebeu um comunicado diretamente de Jesus, e lhe responderia diretamente pela suaobedincia ou rebeldia. Ele no operou por meio de alguma hierarquia de autoridades eclesisticas.As pessoas que querem seguir, hoje em dia, as instrues do Novo Testamento devem lembrar destefato. No h base bblica para criar ou manter organizaes religiosas ligando congregaes. Ashierarquias nas denominaes e as conferncias e congressos estaduais, regionais, nacionais einternacionais so invenes de homens, sem nenhuma autorizao bblica.

Ao Anjo da Igreja em feso (2:1-7)2:1

A igreja em feso: feso era a cidade mais importante daprovncia romana da sia. Foi situada na margem do rio Castro,perto de onde este se desemboca no mar Egeu. Duas estradasimportantes cruzaram-se em feso, uma seguindo a costa e aoutra continuando para o interior, passando por Laodicia. Assim, feso teve uma localizaoimportantssima de contato entre os dois lados do imprio romano (a Europa e a sia). Historiadoresgeralmente calculam a populao da cidade no primeiro sculo entre 250.000 e 500.000. feso eraconhecida, tambm, como o foco de adorao da deusa da fertilidade rtemis, ou Diana. Sabemosalgumas coisas sobre a histria da igreja em feso atravs de outros livros do Novo Testamento. Nofinal de sua segunda viagem, Paulo deixou qila e Priscila em feso, onde corrigiram o entendimentoincompleto de Apolo sobre o caminho do Senhor (Atos 18:18-26). Na terceira viagem, Paulo voltou

1 Ao anjo da igreja em fesoescreve: Estas coisas dizaquele que conserva na modireita as sete estrelas e queanda no meio dos setecandeeiros de ouro:

20 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

para feso, onde pregou a palavra de Deus por trs anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesmaviagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbteros de feso (Atos 20:17-38). Durante osanos na priso, Paulo escreveu a epstola aos efsios. Tambm, deixou Timteo em feso para edificaros irmos (1 Timteo 1:3). Destas diversas referncias aos efsios, podemos observar algumas coisasimportantes sobre essa igreja. Desde o incio, houve a necessidade de examinar doutrinas e aceitarsomente o que Deus havia revelado. Assim, qila e Priscila ajudaram Apolo (Atos 18:26); Pauloadvertiu os presbteros do perigo de falsos mestres entre eles (Atos 20:29-31), e orientou Timteo aadmoestar os irmos a no ensinarem outra doutrina (1 Timteo 1:3-7). A carta de Paulo aos efsiosdestacou a importncia do amor (5:2), um tema frisado, tambm, nesta carta no Apocalipse.

Aquele que conserva na mo direita as sete estrelas e que anda no meio dos setecandeeiros de ouro: Esta descrio de Jesus vem de 1:12-13,16,20 e mostra o conhecimento e asoberania de Jesus em relao s igrejas. Tanto os efsios como os discpulos nas outras igrejasprecisavam lembrar da presena de Jesus. Ele anda no meio das igrejas, observando o procedimentodelas, e pronto para agir quando for necessrio. Segurando as sete estrelas, ele demonstra seu podere domnio.

2:2-3

Elogio Conheo as tuas obras...: Jesus elogia vriasqualidades da igreja em feso:

! Labor e perseverana Deus quer servos dedicados queno desistem (Tiago 1:4). Jesus falou da importncia daperseverana diante de perseguio (Mateus 10:22; vejaRomanos 5:3; Tiago 1:12), observando que perseguies fazemcom que o amor de muitos a esfrie (Mateus 24:10-13). Devemosperseverar na orao (Atos 1:14; Colossenses 4:2; 1 Timteo5:5), na doutrina verdadeira (Atos 2:42; 1 Corntios 15:1), nasboas obras (Romanos 2:7) e na graa de Deus (Atos 13:43). Nasua perseverana, os efsios suportaram provas e no sedesanimaram.

! No suportar homens maus Depois de tantas advertncias sobre o perigo de falsos mestres(veja citaes acima), a defesa da verdade se tornou um ponto forte da igreja de feso. Homens quealegavam ser apstolos foram postos prova e achados mentirosos (veja 1 Joo 4:1). Precisamos domesmo zelo da verdade hoje. O mundo religioso est cheio de pessoas que se dizem profetas eapstolos. Elas devem ser avaliadas conforme a palavra de Deus. Pessoas que alegam trazer novasrevelaes so mentirosas (Glatas 1:8-9; 1 Corntios 13:8-10; Judas 3). Os apstolos eramtestemunhas oculares de Jesus ressuscitado (veja Atos 1:22; 1 Corntios 15:8-9). Aqueles que sechamam apstolos, hoje em dia, so falsos mestres. No devemos suport-los.

2:4

Crtica Tenho ... contra ti...: O problema dos efsios no foiuma questo de doutrina incorreta, mas de amor.Abandonaram o seu primeiro amor. Esqueceram dos grandesmandamentos que formam a base para todos os ensinamentos

de Deus (Mateus 22:37-40). Paulo instruiu os efsios sobre a importncia do amor como alicerce davida do cristo (Efsios 3:17; 4:2,16; 5:2; 6:23). No devemos distorcer esta advertncia para criar umconflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efsios fizeram e, ao mesmotempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efsios: Mas, seguindo averdade em amor, cresamos em tudo naquele que a cabea, Cristo (Efsios 4:15).

2:5

A chamada ao Jesus pede trs respostas dos efsios:

2 Conheo as tuas obras,tanto o teu labor como a tuaperseverana, e que nopodes suportar homensmaus, e que puseste provaos que a si mesmos sedeclaram apstolos e noso, e os achastementirosos;3 e tens perseverana, esuportaste provas por causado meu nome, e no tedeixaste esmorecer.

4 Tenho, porm, contra tique abandonaste o teuprimeiro amor.

Lio 5: A Carta Igreja em feso (2:1-7) 21

Lembra-te, pois, de onde caste: No foram as alfarrobasdos porcos que levaram o filho prdigo ao arrependimento; foi alembrana da casa do pai. Para os efsios se arrependerem,teriam que lembrar da comunho com Deus que deixaram paratrs. Para permanecermos fiis, a presena de Deus precisa sera coisa mais preciosa na nossa vida. Uma vez que camos, necessrio desenvolvermos novamente o amor para com ele.

Arrepende-te: O arrependimento a mudana de atitude.Quando decidimos deixar o pecado e fazer a vontade de Deus, ns nos arrependemos. O pecadorprecisa se arrepender antes de ser batizado para perdo dos pecados (Atos 2:38). O cristo quetropea precisa se arrepender e pedir perdo pelos seus pecados (Atos 8:22). Aqui, uma igreja cujoamor esfriou precisa se arrepender.

Volta prtica das primeiras obras: A mudana de atitude (o arrependimento) produzir frutos(Mateus 3:8). Pelas obras, a pessoa arrependida mostrar a sinceridade da sua deciso. A igreja emfeso precisava voltar prtica do amor.

A conseqncia se no houver o arrependimento Se a igreja no se arrepender, Jesusremoveria o seu candeeiro. Eles no permaneceriam na abenoada comunho com o Senhor.

2:6

Mais um elogio odeias as obras dos nicolatas, as quais eutambm odeio: mais um ponto a favor, reforando o elogio dosversculos 2 e 3. Os nicolatas so mencionados somente aqui eno versculo 15, na carta igreja em Prgamo. No sabemos anatureza precisa do seu erro, mas sabemos que era abominvela Deus. Neste ponto, os efsios odiavam o que Deus odiava. Nsdevemos fazer a mesma coisa, sendo amigos do bem (Tito 1:8) e detestando o mal (Salmo 97:10).

2:7

Quem tem ouvidos, oua...: Jesus usa aqui um apelo comum no seu ensinamento.Freqentemente, ele chama os ouvintes a ouvirem a sua mensagem (Mateus 11:15; 13:9,43; etc.). Oproblema de um corao teimoso manifesta-se nos ouvidostapados que se recusam a ouvir a verdade (Mateus 13:15). Osefsios provaram aqueles que falavam, agora eles seriamprovados pela maneira de ouvirem.

O Esprito diz s igrejas: Jesus transmitiu a sua mensagempor meio dos anjos das igrejas (2:1,8,12,18; 3:1,7,14), mas oEsprito, tambm, participa da revelao (veja comentrios acimasobre 1:4). O Esprito, tambm, participa da recompensa, comoele nos diz no final do versculo 7.

Ao vencedor ... rvore da vida ... paraso de Deus: A recompensa aguarda os vencedores queperseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, norecebero o galardo. Jesus descreve a comunho com Deus em termos que nos lembram do jardimdo den. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gnesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus tm a esperana da vida no paraso do Senhor.

Concluso

Uma igreja rodeada por religies falsas e sujeita influncia de homens maus precisa examinartodos os ensinamentos e rejeitar todas as falsas doutrinas. Mas ela precisa, tambm, demonstraro amor verdadeiro para vencer o mal. Devemos amar a verdade, no somente pelo desejo de ser

5 Lembra-te, pois, de ondecaste, arrepende-te e volta prtica das primeiras obras;e, se no, venho a ti emoverei do seu lugar o teucandeeiro, caso no tearrependas.

6 Tens, contudo, a teu favorque odeias as obras dosnicolatas, as quais eutambm odeio.

7 Quem tem ouvidos, ouao que o Esprito diz sigrejas: Ao vencedor,dar-lhe-ei que se alimente darvore da vida que seencontra no paraso deDeus.

22 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

corretos, mas porque ela vem do Deus que merece nosso amor. Devemos amar aos outros, porqueforam feitos imagem e semelhana de Deus. Amados, se Deus de tal maneira nos amou,devemos ns tambm amar uns aos outros (1 Joo 4:11).

Perguntas1. Em que regio se encontravam as sete igrejas que foram as

destinatrias principais do Apocalipse?

2. Como as informaes sobre estas igrejas servem para mostrar aindependncia das igrejas primitivas?

3. Descreva, resumidamente, a histria do incio da igreja em feso.

4. Como Jesus se identifica na carta a feso?

5. Por quais motivos Jesus elogiou a igreja em feso?

6. Qual foi a crtica que ele fez?

7. O arrependimento agradvel a Deus precisa ser acompanhado pelo que?

8. Como devemos olhar para as coisas que Deus odeia?

9. As figuras de recompensa, no versculo 7, vm originalmente de qual texto do AntigoTestamento?

Leitura para a prxima aula: Apocalipse 2-3

Lio 6: A Carta Igreja em Esmirna (2:8-11) 23

Apocalipse: Lio 6

A Carta Igreja em Esmirna(Apocalipse 2:8-11)

Durante o perodo em que Paulo ficou em feso, na sua terceira viagem evangelstica, todos oshabitantes da sia ouviram o evangelho de Jesus (Atos 19:10). Pedro incluiu os eleitos eforasteiros da sia entre os destinatrios de sua primeira carta (1 Pedro 1:1). bem possvel que

a igreja em Esmirna, uma cidade situada aproximadamente 65 km ao norte de feso, esteja includanestas citaes. Mas, a primeira vez que ela identificada por nome nas citaes no Apocalipse. Porisso, no temos informaes especficas sobre esta igreja, alm dos quatro versculos desta carta aoanjo da igreja em Esmirna. O pouco que sabemos positivo. Esta carta elogia e encoraja, sem oferecernenhuma crtica dos cristos em Esmirna.

Ao Anjo da Igreja em Esmirna (2:8-11)2:8

A igreja em Esmirna: Hoje conhecida com Izmir, a terceira maior cidade da Turquia e o segundomais importante porto do pas, Esmirna era uma cidade antiga de uma regio habitada durantemilhares de anos antes de Cristo. A antiga cidade foi destrudapelos ldios em 600 a.C. e reconstruda pelos gregos no final do4 sculo a.C. A cidade ganhou nova vida, e pode ser descritacomo uma cidade que morreu e tornou a viver. Durante odomnio romano, Esmirna se tornou um centro de idolatriaoficial, conhecida como Guardio do Templo (grego, neokoros).Foi a primeira cidade da sia a construir um templo para aadorao da cidade (deusa) de Roma (195 a.C.). Em 26 d.C., foiescolhida como local do templo ao imperador Tibrio. Foram descobertas imagens, na praa principalda cidade, de Posidon (deus grego do mar) e de Demter (deusa grega da ceifa e da terra).

Na poca do Novo Testamento, provavelmente tinha uma populao de aproximadamente 100.000.Por ser um porto excelente, facilitando o comrcio entre a sia e a Europa, era uma cidade prspera.

Estas coisas diz o primeiro e o ltimo: Jesus comea esta carta com as palavras de 1:17, frisandoa sua eternidade.

Que esteve morto e tornou a viver: quase igual a afirmao de 1:18, esta frase destaca a vitriasobre a morte na ressurreio. Na situao dos discpulos de Esmirna, encarando perseguiesdifceis, seria especialmente importante lembrar da ressurreio de Jesus. O Senhor deles nofracassou diante da morte; ele a venceu! Eles, sendo fiis, teriam a mesma esperana.

2:9

Conheo a tua tribulao: Jesus, no meio dos candeeiros, viu o sofrimento de seus seguidores. Damesma maneira que ele se compadeceu dos angustiados na terra durante o seu ministrio (vejaMarcos 1:41), ele olhou com compaixo para aqueles quesofriam em Esmirna. Mesmo assim, ele no os poupou de todaa dor, como veremos no versculo 10. A palavra tribulao,aqui, significa presso que vem de fora.

A tua pobreza (mas tu s rico): Apesar de morarem numacidade prspera, os cristos em Esmirna eram pobres.Provavelmente sofriam discriminao por causa da f, e assim

8 Ao anjo da igreja emEsmirna escreve: Estascoisas diz o primeiro e oltimo, que esteve morto etornou a viver:

9 Conheo a tua tribulao,a tua pobreza (mas tu srico) e a blasfmia dos que asi mesmos se declaramjudeus e no so, sendo,antes, sinagoga de Satans.

24 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

se tornaram pobres. bem possvel, tambm, que tivessem sacrificado seus recursos em prol doevangelho, como os macednios fizeram para ajudar os irmos necessitados alguns anos antes (veja2 Corntios 8:1-9). Mas a pobreza material no tem importncia quando h riqueza espiritual (veja 3Joo 2). A situao dos discpulos em Esmirna era muito melhor do que a da igreja em Laodicia, quese achava rica apesar de sua pobreza espiritual (3:17).

A blasfmia dos falsos judeus: blasfemar falar mal. Freqentemente, refere-se a blasfmia contraDeus. Aqui, porm, a blasfmia um aspecto do sofrimento dos crentes em Esmirna. Esta difamaoveio de pessoas que se chamavam judeus mas, de fato, no eram verdadeiros judeus. Os Judeus, quetiveram uma sinagoga em Esmirna, perseguiam os cristos. Ao invs de serem verdadeiros judeus edescendentes espirituais de Abrao (veja Joo 8:39-47; Romanos 2:28-29), eram servos de Satans,o principal mentiroso e acusador dos fiis (12:9-10; Joo 8:44).

2:10

No temas as coisas que tens de sofrer: O conforto oferecido por Jesus no o livramento dosofrimento. Ele anima os discpulos em Esmirna a no desistirem por causa das tribulaes que viriam

logo. Covardes no tm esperana em Cristo (21:8). Pessoas quefogem da sua responsabilidade diante de Jesus por medo desofrer no so dignas da comunho com ele. Pessoas queensinam que o servo fiel ser prspero e livre de sofrimentonesta vida no acreditam nas palavras que Jesus mandou igrejaem Esmirna!

O diabo est para lanar em priso alguns dentre vs: Odiabo visto como a fonte da perseguio. Alguns seriam presos,provavelmente aguardando julgamento e possvel morte.

Para seres postos prova, e tereis tribulao de dez dias:O efeito da tribulao seria o de provar a f desses cristos. A sua

lealdade a Cristo seria testada sob ameaas de morte. Mas a perseguio no continuaria para sempre.Dez dias sugere um tempo curto mas completo. Seria uma provao completa, mas teria um fim.

Por ter vnculos to fortes com a idolatria oficial de Roma, Esmirna se tornou uma cidade perigosapara os cristos. Esta carta fala sobre perseguies que viriam. At dcadas depois do Apocalipse,perseguies atingiram seguidores de Cristo na cidade. Um dos casos mais conhecidos da histriaps-bblica o de Policarpo. Ele foi morto na sua velhice quando recusou a renegar a sua f em Cristo.Uma carta descrevendo o martrio de Policarpo, que aconteceu cerca de 156 d.C., relata as palavrasdele em resposta s ameaas dos governantes romanos: Por 86 anos eu tenho servido a ele, e nuncame fez nada de mal. Como, ento, poderia eu blasfemar contra meu Rei e Salvador?

S fiel at morte: O fim desta perseguio, para alguns, poderia ser a prpria morte. Mesmoassim, deveriam ser fiis. s vezes, arrumamos qualquer desculpa para no fazer algo que Deus pede.Mas nada, nem a nossa prpria vida, deve ser mais importante do que a nossa fidelidade a Deus.

E dar-te-ei a coroa da vida: A palavra coroa (grego, stephanos) refere-se coroa de vitria. Acoroa da vida vem de Deus, o nico que pode dar a vida (veja Joo 5:26; 14:6; 1 Joo 1:1-2). Aquelesque amam a vinda de Jesus recebero a coroa da justia (2 Timteo 4:8).

2:11

Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas:Como em todas as cartas s igrejas, Jesus chama osdestinatrios a ouvirem a sua mensagem.

O vencedor: Aqueles que permanecem fiis diante dasperseguies so vencedores com Cristo.

10 No temas as coisas quetens de sofrer. Eis que odiabo est para lanar empriso alguns dentre vs,para serdes postos prova,e tereis tribulao de dezdias. S fiel at morte, edar-te-ei a coroa da vida.

11 Quem tem ouvidos, ouao que o Esprito diz sigrejas: O vencedor denenhum modo sofrer danoda segunda morte.

Lio 6: A Carta Igreja em Esmirna (2:8-11) 25

De nenhum modo sofrer dano da segunda morte: o castigo eterno (20:6,14; 21:8). Osperseguidores poderiam at causar a primeira morte, mas os fiis no sofreriam a segunda morte (vejaMateus 10:28).

Concluso

Morar em Esmirna no primeiro sculo no seria fcil para o discpulo de Jesus. Alm dasperseguies pelos judeus, eles enfrentavam uma ameaa mais organizada e mais poderosa. Aidolatria oficial, juntando a religio fora do governo, prometia uma perseguio perigosa aos

cristos da cidade. Para vencer esta tentao, teriam que acreditar no poder daquele que j venceua morte. Mesmo se morressem, as suas vidas eternas seriam garantidas somente se mantivessem suaconfiana no eterno Senhor, o primeiro e o ltimo, que esteve morto e tornou a viver.

Perguntas1. Qual o nome atual da cidade de Esmirna? Fica em que pas?

2. Descreva o ambiente religioso de Esmirna no primeiro sculo.

3. Por que a ressurreio de Jesus seria especialmente importante para os discpulos emEsmirna?

4. Jesus enxerga o sofrimento de seus servos? Ele age prontamente para livr-los da dor?

5. Em que sentido esta igreja foi descrita como pobre e rica ao mesmo tempo?

6. O que um judeu verdadeiro? Os judeus na sinagoga em Esmirna eram verdadeiros?

7. A tribulao da igreja em Esmirna duraria, literalmente, apenas dez dias? Como a suaresposta a esta questo pode ajudar quando chegar a 7:4 ou a 20:4-5?

8. Quem receber a coroa da vida?

9. O que a segunda morte? Como podemos evit-la?

Leitura para a prxima aula: Apocalipse 2-3

26 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Apocalipse: Lio 7

A Carta Igreja em Prgamo(Apocalipse 2:12-17)

Aigreja em Prgamo se encontrou numa situao difcil. Por todos os lados, os vizinhos praticavamidolatria e deram honra aos governantes romanos. Os cristos no abandonaram a verdade doSenhor, o nico verdadeiro Soberano. Mas, tanta influncia de falsas doutrinas teve um impacto

negativo na igreja, poluindo a congregao com doutrinas falsas que incentivavam os irmos apraticarem idolatria e imoralidade. Jesus chama a igreja ao arrependimento para evitar o castigodivino.

Ao Anjo da Igreja em Prgamo (2:12-17)2:12

A igreja em Prgamo: O nico livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Prgamo o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Prgamo ganhou independncia dos selucidas em 190a.C., e passou a fazer parte do imprio romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a

capital da provncia romana da sia. Teve a maior biblioteca forade Alexandria, Egito. Foi o povo de Prgamo que primeiro usoupeles de animais para fazer pergaminho, que substituiu o papiro,usado para fazer livros.

Aquele que tem a espada afiada de dois gumes: A espadarepresenta a autoridade e o poder para julgar e castigar. Jesus,e no o governo romano, que segura esta espada (1:16).

2:13

Conheo o lugar em que habitas, onde est o trono de Satans: Os cristos em Prgamo eramvizinhos do diabo! Jesus, sempre vigiando para ajudar o seu povo, sabia muito bem da circunstncia

difcil naquela cidade. Desde 29 a.C., foi o local de um templodedicado a Roma e a Augusto (idolatria oficial do governoromano). Mais tarde, foram construdos outros templos para ahonra dos imperadores Trajano e Severo. Alm desses templospara o culto imperial, o povo de Prgamo adorava outrosdeuses, tais como Zeus, Atena, Dionsio e Asclpio.Encontramos em Prgamo uma mistura dos poderes do mal religies falsas e o poder oficial do governo romano. Enquantoseus vizinhos sacrificavam aos demnios (veja 1 Corntios 10:19-20), os discpulos de Cristo reconheciam o nico Deus comoSenhor.

E que conservas o meu nome e no negaste a minha f,ainda nos dias de Antipas: Jesus elogia a perseverana dos cristos de Prgamo, que foram fiis f de Jesus, mesmo sob perseguio intensa. A minha f (a f de Jesus) a palavra de Cristorevelada aos homens (veja Judas 3). Antipas mencionado somente aqui. Evidentemente foi ummrtir, provavelmente da prpria congregao em Prgamo. Foi morto entre eles, na cidade ondeSatans habitava. Antipas se mostrou fiel at a morte (veja 2:10). Testemunha vem da palavra gregamartus. a mesma usada para descrever Jesus em 1:5. Com o tempo, passou a ser usada paraidentificar pessoas que morreram por seu testemunho de f, e assim usamos a palavra mrtir.

12 Ao anjo da igreja emPrgamo escreve: Estascoisas diz aquele que tem aespada afiada de doisgumes:

13 Conheo o lugar em quehabitas, onde est o trono deSatans, e que conservas omeu nome e no negaste aminha f, ainda nos dias deAntipas, minha testemunha,meu fiel, o qual foi mortoentre vs, onde Satanshabita.

Lio 7: A Carta Igreja em Prgamo (2:12-17) 27

2:14-15

Tenho, todavia, contra ti algumas coisas: Apesar daperseverana dos cristos em Prgamo, haviam problemasgraves ameaando o bem-estar da congregao. Eles semostraram tolerantes em relao a falsas doutrinas,especificamente dois erros citados nesta carta.

A doutrina de Balao: A descrio da doutrina de Balaorefere-se histria do Velho Testamento (Nmeros 22-25;31:16). No final dos 40 anos de peregrinao, os israelitaschegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nascampinas de Moabe, e os moabitas e midianitas ficaramamedrontados. Balaque chamou Balao para amaldioar o povo,mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra osisraelitas. Balao desistiu de suas maldies, mas procurou outramaneira de vencer o povo de Israel, dando o conselho de convid-los a participarem de uma festaidlatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandouuma praga que matou 24.000 israelitas.

Na igreja em Prgamo, algumas pessoas agiam como Balao. Incentivavam o povo a ser tolerante deoutras religies, at participando da idolatria e da prostituio. A sua doutrina foi basicamente iguals idias atuais de pluralismo (aceitao de diversas religies como igualmente boas) e sincretismo(juno de duas ou mais religies).

A doutrina dos nicolatas: A Bblia no identifica esta doutrina, mas diz que Jesus odiava as obrasdos nicolatas e elogiou os efsios por rejeitarem esses ensinamentos (2:6). Infelizmente, a igreja emPrgamo tolerava esses falsos mestres.

Observaes: Devemos observar dois fatos importantes destes versculos: A doutrina de Balaofoi a doutrina que ele ensinava, no apenas a doutrina sobre a pessoa de Balao.Semelhantemente, a doutrina de Cristo no apenas o ensinamento sobre a pessoa de Cristo. Adoutrina de Cristo inclui o que Jesus ensina. Considere a importncia deste fato em relao a textoscomo Tito 2:10; Hebreus 6:1 e 2 Joo 9. Se algum for alm do ensinamento dado por Jesus, notem Deus. Deus condena a tolerncia de falsas doutrinas. s vezes, os homens valorizamtanto a unidade entre pessoas (dentro de uma congregao ou at entre congregaes diferentes) quedesvalorizam a doutrina pura de Jesus. Toleram falsos ensinamentos e at prticas proibidas, comoa imoralidade e a idolatria, mas insistem na importncia de manter uma igreja unida. Se persistirnesse erro, o prprio Jesus trar o castigo. A unidade entre discpulos importante, mas a pureza dapalavra mais importante do que a paz entre homens (Tiago 3:17). Uma igreja que serve a Jesusnecessariamente rejeitar falsos mestres e suas doutrinas erradas.

2:16

Portanto, arrepende-te; e, se no, ... contra eles pelejarei:O arrependimento exigido o da igreja, pois ela tolerava essesfalsos mestres. Os professores das doutrinas de Balao e dosnicolatas precisariam se arrepender, tambm, ou seremrejeitados (veja Romanos 16:17-18; Tito 3:10-11). Uma igreja quetolera falsos professores se torna cmplice do pecado. Se ela nose arrepender, Jesus usar a espada de dois gumes (2:12; 1:16)para trazer seu castigo sobre ela.

2:17

Quem tem ouvidos, oua: Como em todas as sete cartas,Jesus chama os ouvintes a darem a ateno devida a sua palavra.

14 Tenho, todavia, contra tialgumas coisas, pois quetens a os que sustentam adoutrina de Balao, o qualensinava a Balaque a armarciladas diante dos filhos deIsrael para comerem coisassacrificadas aos dolos epraticarem a prostituio.15 Outrossim, tambm tutens os que da mesma formasustentam a doutrina dosnicolatas.

16 Portanto, arrepende-te; e,se no, venho a ti semdemora e contra eles pelejareicom a espada da minha boca.17 Quem tem ouvidos, ouao que o Esprito diz sigrejas: Ao vencedor,dar-lhe-ei do manescondido, bem como lhedarei uma pedrinha branca,e sobre essa pedrinhaescrito um nome novo, oqual ningum conhece,exceto aquele que o recebe.

28 Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo

Ao vencedor: Todas as cartas, tambm, incluem a promessa sobre a vitria. Aqueles que persistemat o final recebero a recompensa. Nesta carta, a bno para o vencedor descrita em duas partes:

O man escondido: Aqueles que recusassem qualquer participao na mesa dos demniosseriam sustentados pelo man de Deus. Jesus o man dado pelo Pai (veja Joo 6:31-65).Ele sustenta os fiis e lhes d vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sbiosdeste mundo (veja 1 Corntios 2:6-10).

Uma pedrinha branca com um nome novo escrito: Um nome novo, freqentemente,sugeria uma nova direo na vida, especialmente de uma pessoa abenoada por Deus(exemplos: Abro > Abrao; Sarai > Sara; Jac > Israel). Em Isaas 62:2-4, Desamparadae Desolada recebem nomes novos: Minha-Delcia e Desposada, mostrando a bno de estarcom Deus. Veja, tambm, 3:12. A pedrinha branca pode incluir vrios significados,conforme os costumes da poca. Pedras brancas foram usadas para indicar a inocncia depessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiis. Pedras brancas foramdadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiis no so mais escravos dopecado, pois se tornaram cidados da ptria celestial (Filipenses 3:20). Elas foram usadaspelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite os fiis aentrarem na presena dele para o seu banquete (veja 19:6-9). Tambm foram dadas aosvencedores de corridas e aos vitoriosos em batalha. Os fiis so vencedores que receberoo prmio (2 Timteo 4:7-8).

Concluso

Devemos imitar a perseverana dos discpulos em Prgamo, mantendo firme a nossa f, mesmose encararmos ameaas e perseguies. Ao mesmo tempo, no devemos negligenciar outrasresponsabilidades diante de Deus. Servimos um Deus puro, e devemos manter e defender a

doutrina pura que ele revelou. Qualquer doutrina que incentiva a idolatria ou a imoralidade vem dodiabo. Procuremos o man que vem de Deus para nos sustentar para sempre.

Perguntas1. Descreva o ambiente espiritual de Prgamo.

2. Qual foi a caracterstica positiva dessa igreja?

3. Descreva a doutrina de Balao.

4. Qual outra doutrina falsa foi tolerada pela igreja em Prgamo?

5. Se uma igreja no rejeitar falsos mestres, o que Jesus far?

6. De onde vem o man que sustenta os fiis?

7. A doutrina de Balao foi a doutrina sobre Balao oua doutrina que ele ensinou? O que a doutrina deCristo?

Leitura para aprxima aula:Apocalipse 2-3

Lio 8: A Carta Igreja em Tiatira (2:18-29) 29

Apocalipse: Lio 8

A Carta Igreja em Tiatira(Apocalipse 2:18-29)

Satans estava presente e ativo na sia quando Jesus enviou estas cartas s igrejas. Ele tinhasinagogas em Esmirna (2:9) e Filadlfia (3:9), e um trono em Prgamo (2:13). Em Tiatira, eletinha uma profetisa que incentivava as pessoas a conhecerem as coisas profundas de

Satans. Para servir a Deus num ambiente cheio da influncia do diabo, o discpulo de Cristo teriaque lutar e confiar em Deus, certo da recompensa para os vencedores.

Ao Anjo da Igreja em Tiatira (2:18-29)2:18

A igreja em Tiatira: A cidade de Tiatira situava-se no caminhoentre Prgamo e Sardes. Atualmente, chama-se Akhisar (significacastelo branco), na Turquia. Ldia, a primeira pessoa convertidapor Paulo na Europa, era de Tiatira (Atos 16:14), mas no temosmais nenhuma informao sobre esta igreja. O que sabemos daigreja vem das referncias no Apocalipse.

A cidade de Tiatira era conhecida pela produo de prpura, uma tinta usada em tecidos (veja Atos16:14), alm de roupas, artigos de cermica, bronze, etc. Havia em Tiatira grupos organizados deartesos e profissionais, semelhantes s associaes profissionais de hoje, mas com elementosreligiosos de influncia pag. Como as outras cidades da poca, Tiatira teve seus templos e santuriosreligiosos, incluindo templos aos falsos deuses Apolo, Tirimnios e rtemis (uma deusa chamadaDiana pelos romanos veja Atos 19:34) e um santurio a sibila (orcula) Sambate. A importncia defiguras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher queseduzia os discpulos e incentivava a idolatria e a prostituio.

O Filho de Deus: Esta expresso aparece somente aqui no Apocalipse. comum no NovoTestamento, especialmente nos livros de Joo, como descrio de Jesus Cristo. Os servos fiis sodescritos, tambm, como filhos de Deus (veja 21:7; 1 Joo 3:1,2,10; 5:2; Joo 1:12; etc.) Aqui, aexpresso obviamente se refere a Cristo.

Olhos como chama de fogo: Jesus tem olhos poderosos e penetrantes (veja 1:14; Daniel 10:6).

Ps semelhantes ao bronze polido: Ele tem fora para castigar e at esmagar os seus inimigos(veja 1:15; Daniel 10:6).

2:19

Jesus conhecia e elogiava as qualidades boas da igreja emTiatira:

! Obras/servio/ltimas obras mais numerosas do que asprimeiras A igreja em Tiatira era uma congregao ativa. Aoinvs de esfriar, ela se tornou cada vez mais ativa no servio aDeus. A f que agrada a Deus a f ativa que se mostra pelassuas obras (Tiago 2:14-17). Os servos de Deus devem ser sempre abundantes na obra doSenhor (1 Corntios 15:58),